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INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATI
MESTRADO PROFSSIONAL EM TERAPIA INTENSIVA - MPTI
WILGRIA MÉRCIA PALHETA DE SOUSA
‘
FISIOTERAPIA INTENSIVA NA ATENÇÃO E VISITA DOMICILIAR UMA
INTERVENÇÃO NECESSÁRIA NA ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA
FAMÍLIA-ESF: REVISÃO INTEGRATIVA
MANAUS – AM
1
2018
WILGRIA MÉRCIA PALHETA DE SOUSA
FISIOTERAPIA INTENSIVA NA ATENÇÃO E VISITA DOMICILIAR UMA
INTERVENÇÃO NECESSÁRIA NA ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA
FAMÍLIA-ESF: REVISÃO INTEGRATIVA
Trabalho realizado como requisito para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva - SOBRATI.
Orientador(a): Phd Dr. Daniel Xavier.
2
MANAUS-AM2018
WILGRIA MÉRCIA PALHETA DE SOUSA
FISIOTERAPIA INTENSIVA NA ATENÇÃO E VISITA DOMICILIAR UMA
INTERVENÇÃO NECESSÁRIA NA ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA
FAMÍLIA-ESF: REVISÃO INTEGRATIVA
Trabalho realizado como requisito para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva - SOBRATI.
Aprovado em: _____________, __________________, ____________
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________Examinador 1
_________________________________________________Examinador 2
3
__________________________________________________Examinador 3
AGRADECIMENTOS
Em decorrer da jornada de nossa vida, existem pessoas que nos acompanham nos
diferentes momentos, de modo que se tornam especiais em nossos caminhos, fazendo parte
das recordações, aos quais agradecemos pelas conquistas realizadas.
Agradeço primeiramente a Deus por nos proporcionar saúde, força, sabedoria para
conseguir alcançar mais esse objetivo em minha vida.
À minha família e ao meu esposo Marcos pela força e dedicação.
Ao nosso orientador(a) Phd Dr. Daniel Salgado Xavier pelo aprendizado,
incentivo nos avanços profissionais, presença, auxílio, orientação e, sobretudo, confiança.
Aos professores do curso do Mestrado Profissional em Terapia Intensiva do
IBRATI.
4
Epígrafe
“A ciência nos proporciona caminhos de
como cuidar e tratar diversas patologias,
porém sem fé a alma adoece levando a
diversas doenças inexplicáveis e a cura está
naquele que acredita no onipotente.”
5
Autor(a): Sousa, W. M. P. de, 2018.
RESUMO
Introdução: Este estudo buscou contextualizar sobre a intervenção do fisioterapeuta na
fisioterapia intensiva na atenção e visita domiciliar que é uma intervenção importante e
necessária na execução de programas de saúde, e faz parte da Estratégia Saúde da Família, a qual
se constitui numa estratégia de reorientação da atenção básica do Sistema Único de Saúde. O
objetivo desta pesquisa é analisar e contextualizar a fisioterapia intensiva na atenção e visita
domiciliar na ESF. Metodologia: é um estudo com base na abordagem de uma revisão
integrativa, utilizou como princípio metodológico a pesquisa bibliográfica com a revisão dos
descritores atenção e visita domiciliar, ESF e fisioterapia intensiva, nos últimos 10 anos, manuais
de saúde pública, periódicos em revistas científicas em português publicados na base de dados
da Biblioteca virtual de Saúde/BVS e SciELO, (Scientific Electronic Library Online). Análise
dos resultados e Discussões: Durante a pesquisa foram encontrados somente 14 artigos
relacionados aos descritores, porém nenhum relacionado com a fisioterapia intensiva na
atenção e visita domiciliar na estratégia da saúde da família. Considerações: A presença e
atuação do fisioterapeuta dentro da unidade de terapia intensiva é imprescindível para uma
assistência integral e de qualidade aos pacientes criticamente enfermos. Entretanto, alguns
estudos estão presentes sobre a ESF em diversas modalidades de saúde e doença, faltando
destacar a intervenção da fisioterapia intensiva como estratégia da família
Palavras-chave: Atenção e Visita domiciliar, Fisioterapia intensiva e estratégia saúde da
família.
6
ABSTRACT
Introduction: This study sought to contextualize on the intervention of the physiotherapist in
the intensive physiotherapy in the care and home visit is an important and necessary role in
the development of health programs, and is part of the Family Health Strategy, which
constitutes a reorientation strategy basic care of the Unified Health System. The objective of
this research is to analyze and contextualize intensive physiotherapy in the care and home
visits in the FHS. Methodology: it is a study based on the approach of an integrative review,
used as a methodological principle to literature reviewing the attention descriptors and home
visit, ESF and intensive physiotherapy for the past 10 years, public health handbooks, journals
in scientific journals in Portuguese published in the Virtual Library Database Health / VHL
and SciELO (Scientific Electronic Library Online). Analysis of results and Discussion:
During the research found only fourteen articles related to descriptors, but none related to
intensive physiotherapy in the care and home visits in the family health strategy.
Considerations: The presence and role of the physiotherapist in the intensive care unit is
essential for a comprehensive and quality care to critically ill patients. However, some studies
are featured on the ESF in several type of health and illness, missing out the intervention of
intensive physiotherapy as family strategy
Keywords: Attention Home visits, intensive physiotherapy and family health strategy.
7
SumárioINTRODUÇÃO........................................................................................................................10
REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................................131 Histórico da Unidade de terapia intensiva e Fisioterapia Intensiva......................................13
1.1.Técnicas fisioterapêuticas...............................................................................................141.2.Técnicas respiratórias......................................................................................................141.3.Técnicas motoras e Recursos terapêuticos......................................................................141.4.Recursos Fisioterapêuticos na Fisioterapia Respiratória................................................15
2-Atenção Domiciliar à Sáude..................................................................................................173-Visita Domiciliar (VD)..........................................................................................................214-Estratégia Saúde Da Família - ESF.......................................................................................24METODOLOGIA.....................................................................................................................26
Método da Pesquisa..............................................................................................................26ANALISE DOS RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................27CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................300REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................322
8
TABELA
Tabela 01- Artigos, monografias relacionado ao tema e descritores no período de 2005 à
primeiro semestre de 2015................................................................................................... 28
LISTA DE SIGLAS
AFE - Aceleração do Fluxo Expiratório
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
AVD’s – Atividades da Vida Diárias
CPAP - Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas
DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
EPAP- Pressão positiva expiratória.
ESF – Estratégia da Saúde da Família
FRC - Fisioterapia Respiratória Convencional
OMS – Organização Mundial de Saúde
PACS - Programa de Agentes Comunitários de Saúde
PSF - Programa de Saúde da Família
PEEP- Positive end expiratory pressure.
RDC - Resolução da Diretoria Colegiada
SDR – Síndrome do desconforto Respiratório
SI – Síndrome do Imobilismo
SUS – Sistema Único de Saúde
TEMP - Terapia Expiratória Manual Passiva
UBSF – Unidade Básica da Saúde da Família
UNESP – Universidade Estadual Paulista
UTI – Unidade de Terapia Intensiva
VD – Visita Domiciliar
9
ZEEP - Zero End Expiratory Pressure
PEEP- Positive end expiratory pressure.
EPAP- Pressão positiva expiratória.
INTRODUÇÃO
A fisioterapia intensiva se faz necessário nas unidades de terapia intensiva e após alta
de alguns pacientes acamados sendo indispensável na prevenção, promoção e reabilitação
para prevenção de retorno hospitalar e avanços das sequelas já instaladas e futuras lesões
causadas pela Síndrome do Imobilismo (SI).
Segundo França (2006, p. 370) traz que a fisioterapia contribui para o tratamento de
vários aspectos de desordens respiratórias tais como obstrução de vias aéreas, retenção de
muco, alteração da função ventilatória, dispnéia, disfunção musculoesquelética e na qualidade
de vida. Para tanto, são aplicadas técnicas visando higiene brônquica, treinamento
respiratório, e exercícios para musculatura periférica e respiratória.
Atualmente, o fisioterapeuta intensivista participa desde a avaliação do paciente no
momento da sua admissão na Unidade de Terapia Intensiva, prosseguindo com o seu
acompanhamento, incluindo as fases de ventilação mecânica invasiva, desmame, extubação,
retirada do leito, até a alta da unidade (SARMENTO, 2010, p.4).
A inserção do profissional fisioterapeuta como membro da Equipe de Saúde da
Família (ESF) tem um papel significativo, na promoção a saúde e prevenção de doenças
através de informações e orientações para AVD´s, prevenção de deformidades, cuidados
posturais, cuidados com sequelas após alterações musculoesqueléticas, neuromusculares e
cardiopulmonares quando a doença já se encontra instalada e a reintegração social,
conhecendo o contexto onde o indivíduo assistido vive (BRAGA; ROSA; NOGUEIRA,
2008).
A proximidade do fisioterapeuta no ambiente domiciliar proporciona cuidados
diretos no tratamento da doença, numa visão do contexto familiar, especialmente às barreiras
ambientais e relacionais na prevenção de agravos à saúde do ser cuidado e da família. O
fisioterapeuta conhece o ambiente em que vive o paciente, tornando mais fácil realizar o
treino de AVD´s e instruí-lo quanto às suas limitações, de modo a proporcionar melhora na
adaptação à realidade nesse momento de fragilidade da saúde (SILVA; DURÃES;
AZOUBEL, 2011).
10
Euzebio e Rabinovich (2006), relatam que a fisioterapia contribui para a manutenção
e recuperação da funcionalidade do paciente dependente, as orientações referentes à saúde os
cuidados e complicações próprios de doenças crônico-degenerativas contribuem para o
preparo e diminuição do estresse do cuidador. Assim, a fisioterapia domiciliar traz benefícios
tanto ao paciente quanto ao cuidador e aos familiares.
E atualmente, no desenvolvimento social, populacional e tecnológicos, aumentou os
indicadores de problemas relacionados à saúde e a necessidade de estratégia para prevenção,
promoção de saúde na atenção primaria, evitando altos índices de pessoas hospitalizadas, com
isso necessita de profissionais capacitados para diagnóstico precoce e educação em saúde para
a população, sendo o fisioterapeuta importantíssimo nessa assistência.
Uma das propostas de atenção primária em saúde foi a Conferência Internacional
sobre Cuidados Primários em Saúde, em Alma Ata, no ano de 1978. Elevou-se a atenção
primária em saúde como a estratégia para se alcançar a meta de Saúde para Todos no Ano
2000, definida pela assembleia mundial da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1977,
assumindo uma proposta de extensão da cobertura dos serviços básicos de saúde com base em
sistemas simplificados de assistência à saúde. A Declaração de Alma Ata, de 1978, codificou
a “santidade” da atenção primária à saúde como um princípio para todos os sistemas de saúde
do mundo (STARFIELD, 2002).
A Estratégia de Saúde da Família (ESF) faz parte do processo de reforma do setor
de saúde brasileiro, que desde a Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), visa aumentar
o acesso da população ao sistema de saúde e o incremento das ações de prevenção e
promoção da saúde, contribuindo para a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). Os
objetivos do SUS consistem na identificação e divulgação de fatores condicionantes e
determinantes da saúde; na formulação de políticas de saúde destinadas a promover ações e
serviços de saúde, bem como na assistência às pessoas por meio de ações de promoção,
proteção e recuperação da saúde (BRASIL, 1990).
Devido às modificações dos sistemas de saúde e a implantação da ESF, a atenção
domiciliar à saúde vem ganhando espaços cada vez maiores e, a sua importância tem sido
considerada nos sistemas públicos e privados, dada sua atuação diferenciada e complementar
às práticas da atenção básica e hospitalar. Assim, a atenção domiciliar à saúde passou a fazer
parte da atenção das políticas de saúde, e foi regulamentada pela Resolução RDC nº 11, de 26
de janeiro de 2006. Esta dispõe sobre o regulamento técnico de funcionamento de serviços
que prestam atenção domiciliar à saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária –
11
ANVISA e possui projeto preliminar do Ministério da Saúde para uma Política Nacional de
Atenção Domiciliar (ANVISA1, 2006; BRASIL2, 2004).
De acordo com essas normas, a atenção domiciliar é um termo genérico que
envolve ações de promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação
desenvolvidas no contexto domiciliar (ANVISA, 2006), por uma equipe interdisciplinar, a
partir do diagnóstico da realidade em que o usuário e sua família estão inseridos, bem como
do diagnóstico de seus potenciais, problemas e limitações de saúde (BRASIL, 2004). Inserida
nas políticas de atenção domiciliar encontra-se a assistência domiciliar à saúde, denominado
por mim de cuidado domiciliar à saúde. A assistência domiciliar caracteriza-se como um
conjunto de atividades de caráter ambulatorial, programadas e continuadas desenvolvidas em
domicílio (ANVISA, 2006), é inerente ao processo de trabalho das equipes de atenção básica,
o que inclui a ESF, pressupõe ações sistematizadas, planejadas, regulares e articuladas entre
seus membros e os demais níveis de atenção à saúde (BRASIL, 2004).
A visita domiciliar é o instrumento de realização da assistência domiciliar. Sendo
constituído pelo conjunto de ações sistematizadas para viabilizar o cuidado a pessoas com
algum nível de alteração no estado de saúde (dependência física ou emocional) ou para
realizar atividades vinculadas aos programas de saúde. (BRASIL, 2003).
A problemática do presente estudo está no desenvolvimento social, tecnológico e
populacional que aumentaram o número de doenças crônicas e degenerativas, devido ao
aumento da poluição, hábitos alimentares, política econômica e mudanças no meio ambiente
causada pela ação antrópica, afetando assim, a saúde da população. Em decorrer dos anos a
ESF veio promover a prevenção de algumas doenças e a atenção e visita domiciliar vem
sendo primordial na assistência à saúde da família na atenção primária, porém não só na
atenção primária mais também na atenção secundária e terciária com pacientes acamados que
vivem próximo a Unidade Básica de Saúde da Família-UBSF. Devido às necessidades no
tratamento e reabilitação do paciente acamados após a alta hospitalar para continuidade do
tratamento a domicilio se faz necessário a intervenção do fisioterapêutica intensiva, para
melhorar a qualidade de vida do paciente na capacidade cardiopulmonar e motora. Dessa
forma, o tema apresentado encontra-se em discussão, de modo que esta pesquisa busca
contextualizar e investigar como operacionalizar avanços nas práticas de atenção domiciliar
1 ANVISA. Resolução RDC nº 11, de 26 de janeiro de 2006. Disponível em: http://elegis. anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=20642&word=rdc%202006%20domiciliar. Acesso em: 15 jun. 2015.2 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes para a atenção domiciliar no Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
12
do fisioterapeuta na ESF, que infelizmente atualmente não é obrigatório sua inserção a ESF.
Para tal, buscou-se suporte teórico nas legislações e conceituações atuais sobre os temas
relacionados. O objetivo geral dessa pesquisa é contextualizar se a intervenção da fisioterapia
intensiva se faz necessária na atenção e visita domiciliar na Estratégia da Saúde da Família.
I - REFERENCIAL TEÓRICO
1. Histórico da Unidade de terapia intensiva e Fisioterapia Intensiva
A Unidade de Terapia Intensiva possui registros de sua existência desde o século
XIX. Porém, eles se tornaram mais evidentes a partir de 1969, quando verificou-se a
necessidade de criação de uma unidade de cuidados específicos para pacientes críticos
(ROGERS, RM; WEILER,C; RUPPHENTAL, B.1972).
Durante a II Guerra Mundial, a necessidade de um local para assistência aos
soldados vitimados e a escassez de equipes de enfermagem para manter os cuidados
necessários exigiu a criação de uma sala onde a atenção intensiva pudesse ser assegurada, o
que resultou na difusão de salas de recuperação (Society of Critical Care Medicine; c2001-
2008). A propagação do conceito de um local próprio para atenção intensiva aconteceu, por
sua vez, em função da alta mortalidade provocada pelas epidemias de poliomielite ocorridas
na Dinamarca e nos Estados Unidos na década de 50. Nessa época foi criado o centro de
tratamento respiratório no Massachusetts General Hospital e em 1958, a primeira UTI
multidisciplinar em Baltimore (ARAÚJO, 1983). No Brasil, a primeira UTI surgiu no ano de
1967 na cidade do Rio de Janeiro11. No Estado de Santa Catarina, a primeira UTI foi
inaugurada em 1968, no Hospital Governador Celso Ramos. Em 1983 inaugurou - se a UTI
do Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa
Catarina (COSTA, 1994).
A fisioterapia respiratória em terapia intensiva é utilizada há muitos anos, com o
objetivo de prevenir a instalação de infecções respiratórias e quando estas já estão instaladas,
promover um tratamento adequado, evitando complicações secundárias (SHEPHERD, 2002).
A Fisioterapia respiratória pode definir-se como uma especialidade da Fisioterapia
que utiliza estratégias, meios e técnicas de avaliação e tratamento que buscam a otimização do
transporte de oxigênio, contribuindo assim para prevenir, reverter ou minimizar disfunções
ventilatórias, promovendo a máxima funcionalidade e qualidade de vida dos pacientes.
13
Podendo ainda proporcionar assistência ao paciente criticamente enfermo em unidades de
terapia intensiva (UTI), além de intervenções terapêuticas em pacientes com diversas
disfunções de sistemas orgânicos em UTI’s. A função que o fisioterapeuta exerce na Unidade
de Terapia Intensiva varia consideravelmente de uma unidade a outra, dependendo do país, da
instituição, do nível de treinamento e da situação do paciente. Em alguns países ou
instituições o fisioterapeuta tem a responsabilidade de avaliar todos os pacientes em Unidades
de Terapia Intensiva, sendo que, em outros locais, participam da equipe de cuidados quando o
médico responsável solicita sua participação (STILLER, 2000).
1.1. Técnicas fisioterapêuticas
As técnicas fisioterapêuticas têm o objetivo de auxiliar na manutenção das
funções vitais, reduzindo assim o número de complicações e o tempo de ocupação do leito.
Essas técnicas podem ser frequentemente utilizadas em pacientes adultos na unidade de
terapia intensiva e se dividem em respiratórias e motoras.
1.2. Técnicas respiratórias
A fisioterapia respiratória em terapia intensiva envolve um grande número de
técnicas que podem ser associadas às modalidades de ventilação mecânica. Dentre as
principais estão: manobras de higiene brônquica e reexpansão pulmonar (KNOBEL, 1995).
- Manobras de higiene brônquica: drenagem postural; percussão; vibração
manual; vibrocompressão; aceleração do fluxo expiratório (AFE); terapia expiratória manual
passiva (TEMP); tosse assistida; aspiração traqueobrônquica; ZEEP (Zero End Expiratory
Pressure); recrutamento alveolar.
- Técnicas de reexpansão pulmonar: exercícios respiratórios; padrão
ventilatório diafragmático; padrão ventilatório em tempos; compressão/descompressão;
fortalecimento muscular.
1.3. Técnicas motoras e Recursos terapêuticos
Os exercícios (movimentos ativos, ativo-assistidos ou passivos) são de grande
importância na manutenção da saúde física e mental do ser humano. A mobilização dos
membros superiores utilizados juntamente com exercícios respiratórios otimiza o aumento dos 14
diâmetros da caixa torácica, melhorando a ventilação. Os exercícios com os membros
inferiores são importantes na manutenção do retorno venoso. Os recursos terapêuticos auxilia
e algumas condutas como o cicloergômetro, theraband, halteres, bola suíça, disco
proprioceptivo, barra paralelas, bolas proprioceptivas e etc., para ganho de amplitude
movimento, anho de força e propriocepção. Portanto, se faz importante a retirada do paciente
do leito precocemente, promovendo assim melhora nas condições ventilatórias, circulatórias,
motoras e psicológicas (KNOBEL, 2002). Entre as técnicas motoras mais utilizadas estão:
Mobilizações; Método Kabat e Posicionamento.
1.4. Recursos Fisioterapêuticos na Fisioterapia Respiratória
Os recursos mecânicos da fisioterapia respiratória são de extrema importância na
recuperação dos pacientes ambulatoriais, domiciliares ou hospitalares que apresentem
disfunções respiratórias. O Flutter ou Shaker® é um aparelho simples, portátil, em forma de
cachimbo pode ser usado para assistir à eliminação de secreções brônquicas (BRITTO, 2009).
BENTO (2004) afirma que o Flutter é um sistema de desobstrução brônquica com
deslocamento da secreção por oscilação positiva. FITIPALDI (2009) concorda relatando que
o flutter é um aparelho desenvolvido com o objetivo de facilitar a limpeza das vias aéreas.
Combina os efeitos da Pressão Expiratória Positiva com os efeitos de oscilações orais de alta
freqüência. Possui um formato de cachimbo com uma bola metálica repousando sobre um
cone e recoberta por uma tampa perfurada em formato circular. O peso da bola sobre o cone
funciona como o resistor, que gera um determinado valor de PEP (entre 10 – 25 cmH2O). A
oscilação da mesma, de acordo com a intensidade do fluxo expiratório, gerará a frequência de
oscilação, em torno de 15 Hz. Existem basicamente dois tipos de inspirômetros de incentivo:
inspirômetros orientados a volume nos quais um volume pré-determinado deve ser atingido e
inspirômetros orientados a fluxo nos quais um fluxo pré- determinado deve ser atingido
(BRITTO, 2009).
Os inspirômetros de incentivo à volume têm indicadores da qualidade do fluxo
inspiratório. Portanto, durante o uso de aparelhos a volume, deve-se prescrever o volume a ser
alcançado e orientar quanto ao fluxo inspiratório. Os manuais dos diferentes aparelhos
descrevem os indicadores de qualidade (BRITTO 2009). Os inspirômetros de incentivo a
fluxo não tem marcador de volume mas somente escalas numéricas indicando o fluxo
inspiratório que deve ser desenvolvido durante a realização das inspirações. De acordo com o
15
manual de instruções de uso do inspirômetro de incentivo Triflo II, um dos mais utilizados em
nosso meio, fluxo inspiratórios de 600 ml/segundo (correspondem a elevação da primeira
esfera através do cilindro graduado) e 900 ml/segundo (elevação da primeira e segunda
esfera) permitem distribuição uniforme do ar no pulmão. A elevação da terceira esfera não
seria recomendada, pois para isso seria necessária uma velocidade de fluxo inspiratória muito
alta (BRITTO, 2009).
O Voldyne® possui uma câmara graduada, cursor de indicação do incentivo,
válvula móvel de estimulo e filtro na conexão da traquéia. Alguns modelos de uso pediátrico
possuem desenhos coloridos para melhorar visualização e incentivo do tratamento (BENTO
2004).
O Threshold® é um cilindro plástico (1,5 cm de diâmetro interno) que possui uma
válvula com regulador de pressão interna, controlada pela tensão da mola. O indivíduo deve
inspirar através do bocal com utilização de clipe nasal e gerar uma pressão subatmosférica
capaz de abrir a válvula. Quando a pressão gerada for maior que a exercida pela mola, o ar é
inspirado através do aparelho. A sobrecarga é aumentada com o aumento da resistência da
mola (BRITTO, 2009).
A inaloterapia é um recurso utilizado para manter a umidade adequada das vias
aéreas, permitindo que a respiração funcione adequadamente. Com o uso da inaloterapia,
pode-se mobilizar e fluidificar as secreções mucosas, aliviar o edema da mucosa, reduzir o
broncoespasmo e até reduzir o processo inflamatório por nebulizações de antibióticos
(COSTA, 1999).
A aspiração traqueal deve ser utilizada para retirada de secreção das vias aéreas
mediante a utilização de uma sonda conectada a um gerador de pressão negativa, devendo ser
aplicada em pacientes com tosse ineficaz ou em uso de via aérea artificial, com o objetivo de
remover secreções das vias aéreas. A técnica deve ser realizada de maneira asséptica. A
duração de uma aspiração não deve ser maior que 10 a 15 segundos e o sistema de aspiração
pode ser aberto ou fechado (SARMENTO, 2007). Existem alguns recursos utilizados para
realização da fisioterapia respiratória no pós-operatório de cirurgias como a pressão positiva
contínua na via aérea (CPAP), a pressão positiva expiratória (EPAP), a pressão positiva em
dois níveis pressóricos nas vias aéreas (BIPAP), a respiração com pressão positiva
intermitente (RPPI) e o incentivador respiratório (ROMANINI, 2007).
A pressão positiva contínua nas vias aéreas durante todo o ciclo respiratório tem a
finalidade de aumentar a capacidade residual funcional. Pode ser aplicada por meio de um
16
gerador de fluxo contínuo de gás, gerador eletrônico, gerador de fluxo específico, ventilador
ciclado a pressão adaptado (BIRD MARK 7) ou mesmo dois fluxômetros interligados por um
circuito comum. Essa aplicação objetiva o aumento da capacidade residual funcional e a
otimização das trocas gasosas (SARMENTO, 2007).
A respiração com pressão positiva intermitente pode ser gerada a partir de
ventiladores ciclados a pressão ou volume ou por meio de máscara facial ou bucal. O
propósito primário dessa aplicação é aumentar a expansibilidade pulmonar, prevenindo os
colapsos alveolares e restaurando os volumes e capacidades pulmonares, além de minimizar o
trabalho respiratório (SARMENTO, 2007).
O aparelho BIPAP permite a oferta de dois níveis pressóricos distintos durante a
inspiração e a expiração. A redução da pressão expiratória diminui o trabalho respiratório
relacionado à expiração em vigência de pressão positiva, tornando o método mais confortável.
A possibilidade de ajuste individualizado permite a utilização de pressão inspiratória em
níveis que não seriam tolerados de forma contínua. Além disso, a diferença pressórica facilita
o aumento da ventilação, benéfica nos casos de hipoventilação alveolar (SILVA &
PACHITO, 2006).
O sistema EPAP é composto por uma máscara facial, uma válvula unidirecional e
um resistor expiratório, que é responsável pela resistência ao fluxo expiratório, que
determinará o nível da PEEP. A válvula com resistência expiratória é ofertada por um
mecanismo de molas (Sistema Spring Loaded) que oferece uma força contra a superfície por
onde passará o fluxo expiratório, mantendo a compressão constante contra esta superfície. A
aplicação do EPAP pode determinar um aumento no trabalho ventilatório que é proporcional
ao nível de PEEP utilizada. A avaliação do padrão respiratório é importante para a
quantificação do esforço produzido durante a realização da técnica, na tentativa de minimizar
a carga de trabalho imposta aos músculos respiratórios, que pode ser considerada a principal
causa do insucesso da terapia. (SILVA et. al., 2009).
2. Atenção Domiciliar à Saúde
A atenção domiciliar à saúde é uma prática já exercida em períodos anteriores da
civilização, como nos tempos bíblicos, em que cuidar dos doentes se configurava como forma
de caridade; nos períodos de guerras civis, em especial nos Estados Unidos (DUARTE;
DIOGO, 2000). Na última década retoma seu espaço, demonstrando a relevância da inclusão
17
da família no processo de cuidados, bem como do ambiente domiciliar para a saúde dos
indivíduos e famílias.
A retomada da modalidade da atenção domiciliar à saúde responde a muitas
demandas dos sistemas, social e de saúde, mundiais como: a transição demográfica e
epidemiológica da população, com aumento do número de idosos e com isso do adoecimento
crônico e dos tratamentos de longo prazo; a necessidade de compreensão multidimensional do
indivíduo pelo profissional, como integrante de uma realidade social, econômica e cultural; o
aumento populacional, que ocasionou redução na cobertura institucional dos serviços de
saúde; os elevados custos da assistência hospitalar; a falta de leitos hospitalares para
tratamento médico; o reconhecimento por parte da população da necessidade de um
atendimento mais humano, com aproximação do paciente, familiares e profissionais, dentre
outros aspectos (GIACOMOZZI, 2005).
Na atenção domiciliar à saúde e em suas categorias são considerados como pontos
fundamentais: o paciente, o domicílio, a família, o cuidador e a equipe multiprofissional
(DUARTE; DIOGO, 2000). Essa modalidade mostra grande versatilidade e possibilidades de
construção diferenciada de práticas cuidadoras, potencializando a oferta das ações de saúde,
numa lógica humanizadora, com objetivo de atender as pessoas em sua integralidade e de
acordo com suas necessidades (BRASIL, 2004). Nessa modalidade estão envolvidas
diferentes esferas sociais e de atenção à saúde, que são responsáveis, no conjunto,
estruturação da saúde integral da população.
Em sua especificidade, a atenção domiciliar constitui ampla modalidade que
envolve as ações de promoção em sua totalidade, determinada pelas políticas econômicas,
sociais e de saúde. Inclui ações preventivas e assistenciais com as seguintes categorias: visita,
atendimento e internação domiciliar (GIACOMOZZI, LACERDA, 2005).
Essas ações são realizadas no domicílio do paciente por uma equipe
multiprofissional, a partir do diagnóstico da realidade em que o mesmo está inserido
(DUARTE; DIOGO, 2000).
Portanto, é uma atividade que envolve não só os diferentes profissionais da área,
como também o cliente e sua família, visando o estabelecimento da saúde como um todo.
Permite que os profissionais desenvolvam atividades de modo que o cliente perceba que a sua
participação no processo saúde-doença é de fundamental importância, pois é ele (o cliente)
que poderá diminuir ou até mesmo eliminar os fatores que colocam em risco sua saúde, não
bastando apenas à informação transmitida pelos profissionais (LACERDA et al, 2006). Mazza
18
(2004) considera a atenção domiciliar um meio de integrar indivíduo, família e comunidade
no planejamento, organização, operação e controle dos cuidados em saúde fazendo uso dos
recursos locais disponíveis. A legislação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
ANVISA de 2006 considera que a atenção domiciliar à saúde inclui: admissão, alta, plano e
serviço de atenção domiciliar. A admissão é o processo que se caracteriza pela indicação,
elaboração do plano de cuidados domiciliares e início da prestação da assistência ou
internação domiciliar. O plano de atenção domiciliar contempla um conjunto de medidas que
orienta a atuação dos profissionais, envolvidos de maneira direta ou indireta na assistência, ao
passo que o serviço de atenção domiciliar é realizado por uma instituição pública ou privada
responsável pelo gerenciamento e operacionalização de assistência e/ou internação domiciliar.
A alta determina o encerramento da prestação de serviços, o que pode ser decorrente de
internação hospitalar, estabilidade clínica, cura, a pedido do paciente e/ou responsável, ou o
óbito (ANVISA, 2006).
A regulamentação para a atenção domiciliar prevê que o profissional que
acompanha o paciente deve fazer relatório detalhado sobre as condições de saúde e doença do
paciente contendo histórico, prescrições, exames e intercorrências, de modo a determinar a
indicação para a atenção domiciliar (ANVISA, 2006), elaborando um plano de atenção
domiciliar.
O plano de atenção domiciliar deve contemplar a prescrição da assistência clínico-
terapêutica e psicossocial; requisitos de infra-estrutura do domicílio do paciente, recursos
humanos, materiais, medicamentos, equipamentos, retaguarda de serviços de saúde,
cronograma de atividades dos profissionais; o tempo estimado de permanência no serviço
considerando a evolução clínica, superação de déficits, independência de cuidados técnicos e
de medicamentos, equipamentos e materiais que necessitem de manuseio continuado de
profissionais; a periodicidade dos relatórios de evolução e acompanhamento, mantendo um
prontuário domiciliar com o registro de todas as atividades realizadas durante a atenção direta
ao paciente, desde a indicação até a alta ou óbito (ANVISA, 2006).
No entanto, diante das disposições existentes na legislação da ANVISA, penso
que o termo adequado para os expostos acima seja cuidado domiciliar à saúde, em
substituição ao termo atenção domiciliar. Isso porque a normatização prevê as ações
profissionais e organização dos serviços, porém não determina as responsabilidades de cada
esfera na oferta de estrutura social necessária, o que está incluído no conceito de atenção
domiciliar á saúde adotado nesse trabalho.
19
A ANVISA considera a necessidade de propor os requisitos mínimos de
segurança para o funcionamento de Serviços de Atenção Domiciliar nas modalidades de
Assistência e Internação Domiciliar; uma vez esses são responsáveis pelo gerenciamento da
estrutura, dos processos e dos resultados por eles obtidos, devendo atender às normas e
exigências legais, desde o momento da indicação até a alta ou óbito (ANVISA, 2006). Assim,
esses serviços são complementares à atenção domiciliar à saúde propriamente dita, em que a
esfera estatal tem responsabilidade sobre toda estruturação social e de atendimento à saúde
das pessoas.
Diversos são os núcleos de cuidado domiciliar públicos existentes no Brasil. Esses
núcleos constituem parcerias entre a rede hospitalar e básica de saúde, com programas de
internação domiciliar de hospitais. A ESF embora não seja um programa de atenção
domiciliar específico, constitui atualmente importante ferramenta de trabalho de atenção à
saúde nos domicílios, devendo, a mesma, ser indicada pelo profissional de saúde que
acompanha o paciente.
O atendimento domiciliar à saúde é uma categoria ampla da atenção domiciliar,
que se diferencia da mesma por não incluir todas as ações de promoção à saúde, uma vez que
está relacionado diretamente às práticas dos profissionais, sendo influenciado pelas políticas
de saúde, mas sem representá-las no todo. Inclui ações profissionais de educação, assistência
direta aos pacientes, inclusão da família, dentre outros aspectos.
É também denominado assistência domiciliar à saúde ou cuidado domiciliar
(LACERDA et al., 2006). É considerado, pela ANVISA (2006) como conjunto de atividades
de caráter ambulatorial, programadas e continuadas desenvolvidas em domicílio. Representa
uma categoria da atenção domiciliar à saúde que engloba muito mais do que o simples
fornecimento de tratamento médico residencial padronizado, enfatizando a autonomia e
esforçando-se em realçar as habilidades das pessoas dentro de seus ambientes (PROTNOWS;
SAMUELS, 1997), de modo a individualizar e/ou contextualizar as ações profissionais,
diferenciando-se pela compreensão do processo de vida e adoecimento da família.
O cuidado domiciliar pode ser eficaz forma do cumprimento do papel social dos
profissionais de saúde, que se manifesta sob o compromisso de desempenhá-lo, expressando o
significado de sua contribuição à sociedade como profissional pelo cuidado aos indivíduos,
familiares e comunidade (LACERDA, 2000). Esse cuidado envolve a realização de ações
educativas, orientação, demonstração de procedimentos técnicos a serem delegados ao cliente
ou ao seu cuidador, bem como a execução destes pela equipe multiprofissional no domicílio
20
do cliente, que se utiliza de elementos que fortalecem os fatores benéficos ao indivíduo já
acometido por uma doença ou sequela, abrangendo tanto atividades simples como as mais
complexas (LACERDA et al., 2006). Ele pode ser representado pelas outras categorias da
atenção domiciliar à saúde: visita e internação domiciliares; e, entretanto, nem todo
atendimento é necessariamente visita ou internação domiciliar à saúde, mas pode ser a
realização de consultas, procedimentos, exames.
O conceito de visita domiciliar parece ser o mais difundido, de acordo com
Lacerda et al.(2006), contudo, a categoria da visita domiciliar não tem sido
considerada na modalidade de atenção domiciliar à saúde pelas esferas de organização
e regulamentação desses serviços, que não a integram mas a definem como uma
categoria de atuação no domicilio. Martins (2006) relata que o termo visita domiciliar
à saúde tem sido utilizado de forma genérica para designar qualquer ação profissional
realizada com família ou nos domicílios.
3. Visita Domiciliar (VD)
No presente estudo procurou-se descrever e discutir sobre alguns aspectos da visita
domiciliar. A visita domiciliar, visa prestar uma assistência educativa e assistencial no âmbito
do domicílio. É através dela que fazemos um levantamento e avaliação das condições
socioeconômicas em que vive o indivíduo e seus familiares, elaborando assim uma assistência
específica a cada caso (KAWAMOTO et al, 1995, p. 35).
A visita domiciliar tem uma grande importância na área da saúde visto que, através
dela, podemos avaliar as condições ambientais e físicas em que vive o indivíduo e sua família,
prestar assistência, levantar dados sobre condições de habitação e saneamento e aplicar
medidas de controle, nas doenças transmissíveis ou parasitárias, e principalmente educar
(KAWAMOTO et al, 1995).
Segundo SCOTNEY (1981),
“visitas domiciliares sistemáticas para localizar casos, fazer um levantamento da
saúde e educação para a saúde deveriam de início, convergir para uma área
específica e limitada”.
Nesse sentido, deve estar adequada à realidade de vida de uma determinada
população assim como atender ás necessidades específicas de um programa de atendimento 21
na área de saúde. Estes aspectos também são apontados por PADILHA et al (1994) onde,
segundo as autoras a visita domiciliar é importante para identificar as condições social e
sanitária do cliente do serviço bem como a sua família, no sentido de complementar as
orientações do processo educativo no atendimento fisioterapêutico, e, também, adaptar os
conhecimentos e procedimentos técnicos à realidade social, econômica, cultural e ambiental
do cliente-família.
De acordo com BEVILACQUA (2000), os itens a serem observados durante a visita
são os seguintes:
Número de cômodos;
Tipo de construção
Rede elétrica e facilidade de acesso para comunicação telefônica;
Saneamento básico e pavimentação da rua;
Condições de iluminação e ventilação da casa;
Avaliação do local de trocas e local de armazenamento das bolsas;
Número de pessoas que vivem na casa;
Relacionamento interpessoal dos moradores.
A visita domiciliar, também chamada de “VD”, é o instrumento de realização da
assistência domiciliar. Sendo constituído pelo conjunto de ações sistematizadas para viabilizar
o cuidado as pessoas com algum nível de alteração no estado de saúde (dependência física ou
emocional) ou para realizar atividades vinculadas aos programas de saúde (BRASIL, 2003).
A Visita Domiciliar deve ser planejada, portanto antes de realiza-la, o visitador
deve:
Ter claro o(s) objetivo(s) da visita (assistencial, educativa, de avaliação, entre
outros);
Conferir se o paciente a ser visitado está cadastrado na Unidade de Saúde ou não;
Reunir todos os dados sobre o paciente ou a família que irá visitar, da seguinte
maneira:
Pesquisando com o solicitante através de anamnese: idade, sexo, motivo da
solicitação, sinais e sintomas que o paciente apresenta e condições atuais;
Revisando o prontuário do paciente para inteirar-se de dados que podem ser úteis;
Avaliar se há condições de manejar o problema em casa;
A partir da anamnese inicial com o solicitante, estabelecer o espaço de tempo em que
deverá ser realizada a visita (é urgente? Pode ser agendada?);
22
Avaliar qual o profissional da equipe é indicado para avaliar a situação trazida, e se
há necessidade de mobilizar outros recursos - da equipe ou externos;
Anotar e confirmar o endereço antes da visita;
Levar material e medicações apropriadas para o atendimento do caso,
providenciando aqueles que não existem na maleta de atendimento domiciliar;
Levar e preencher o formulário para registro do atendimento;
Ao retornar do atendimento, o profissional deve:
Registrar o atendimento no prontuário;
Dar a equipe e aos colegas que atendem o paciente retorno sobre o atendimento.
Segundo Trelha et al (2007), o fisioterapeuta vem adquirindo crescente
importância nos serviços de atenção primária à saúde como é o caso do ESF. A inserção do
fisioterapeuta nos serviços de atenção primária à saúde é um processo em construção,
associado, principalmente a criação da profissão, rotulando o fisioterapeuta como reabilitador,
voltando-se apenas para uma pequena parcela do seu objeto de trabalho, que é tratar a doença
e suas sequelas (RAGASSON et al.,2006).
A fisioterapia é uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios
cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por
alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas (COFFITO, 2007). Sabe-se que as
práticas Fisioterapêuticas podem ser desenvolvidas em todos os níveis de atenção à saúde.
Porém, devido a aspectos de ordem político-econômicos e organizacionais, sua função é
pouco divulgada e subutilizada, uma vez que sua forma mais tradicional de atuação é
centralizada nas áreas curativas e reabilitadoras, voltadas para as práticas hospitalares e
ambulatoriais em detrimento aos novos modelos assistenciais. Assim em seu processo de
trabalho na Atenção Básica (AB) o Fisioterapeuta deve suprir a demanda da comunidade com
uma prática integral perpassando pela educação em saúde, acolhimento atendimentos
individuais, grupos operativos e realizando visitas domiciliares, quebrando o paradigma de ser
uma profissão apenas reabilitadora. (PEIXOTO, MATTOS e BARBOSA, 2007).
A assistência domiciliar (ou atendimento) é um conjunto de atividades de caráter
ambulatorial, programadas e continuadas, desenvolvidas em domicílio, com o objetivo de
permitir que indivíduos que necessitem de cuidados para circunstâncias agudas ou crônicas de
saúde, recebam o tratamento de alta qualidade no domicílio ou na comunidade, facilitando a
23
longo prazo o cuidado, sendo que a sustentação do cuidado para os amigos e a família se torne
importante (LACERDA et al., 2006).
A visita domiciliar visa a prestar uma assistência educativa e assistencial no
âmbito do domicílio. É por meio dela que fazemos levantamento e avaliação das condições
socioeconômicas em que vive o indivíduo e seus familiares, elaborando assim uma assistência
específica a cada caso (MUNIZ et al., 2007).
4. Estratégia Saúde Da Família - ESF
Atenção Básica está em pauta como principal forma de atenção à saúde, nas quais
é valorizada a infraestrutura existente nas comunidades, para o desenvolvimento das ações de
promoção à saúde, o que inclui educação, cultura, emprego e moradia como relevantes fatores
contributivos à saúde. Com isso, a atenção à saúde volta-se para as relações sociais que
permeiam a vida das famílias, visando melhor compreendê-las, de modo a intervir nas
questões de saúde no nível primário de atenção, bem como numa amplitude maior e mais
complexa que a individual, atendendo os princípios de integralidade da atenção,
universalidade de acesso, equidade e hierarquização dos serviços, dentre outros princípios do
SUS. Na perspectiva de consolidar esses princípios e fortalecer a Atenção Básica, surge o
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e o Programa de Saúde da Família
(PSF) no início da década de 1990, posteriormente denominado Estratégia Saúde da Família
(ESF).
A ESF tem sido considerada potencialmente capaz de reordenar o modelo
assistencial, buscando interação dos profissionais e das famílias, criando vínculos e laços
afetivos, buscando a integralidade das ações e o trabalho multiprofissional, valendo-se da co-
responsabilização entre os serviços de saúde e as comunidades, sem restrição das ações a
procedimentos institucionais. Atualmente, se expande por todas as regiões do país na
perspectiva de reordenar o modelo assistencial predominante, passando a considerar a família
em seu local de inserção social e priorizando ações de promoção da saúde e prevenção de
doenças, além da recuperação e reabilitação da saúde.
A ESF visa a reorganização da atenção básica à saúde de acordo com os princípios
do SUS. Possui caráter substitutivo em relação à rede de atenção básica tradicional nos
territórios em que as equipes de saúde da família atuam, realizando cadastramento domiciliar,
diagnóstico situacional, ações dirigidas aos problemas de saúde de forma pactuada com a
24
comunidade. Visa também o cuidado contínuo aos problemas de saúde dos indivíduos e
famílias. Destaca-se, ainda, que esse modelo de atenção à saúde preconiza postura pró-ativa
profissional frente aos problemas de saúde; desenvolvendo atividades de acordo com o
planejamento e programação que são realizados com base no diagnóstico situacional, com
foco na saúde coletiva; estabelecendo parcerias com organizações sociais da área de
abrangência e constituindo espaço de construção de cidadania (BRASIL, 2006). Com isso, se
transformou em uma estratégia de abrangência nacional e demonstra necessidade de
adequação de suas normas, em virtude da experiência acumulada nos diversos estados e
municípios brasileiros (BRASIL, 2006).
Pode ser considerado o antecessor da ESF, por enfocar a família e não somente o
indivíduo e por agir em caráter preventivo sobre a demanda, organizando-a (BRASIL, 2003).
Contudo, atualmente, além do caráter complementar de atuação desse programa, ocorrem
divergências no trabalho da equipe de saúde, com dificuldades na compreensão de papéis, nos
quais os agentes comunitários interferem diretamente.
De acordo com a portaria 648 são itens necessários à implantação da ESF: equipe
multiprofissional composta por médico, enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem e
agente comunitário de saúde para cada 3 mil habitantes, comportando no máximo 4 mil;
Unidade Básica de Saúde inscrita no Cadastro de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da
Saúde, na área de atendimento da equipe de ESF, garantia de fluxos de referência e contra-
referência aos serviços especializados, de apoio diagnóstico, terapêutico, ambulatorial e
hospitalar, equipamentos e materiais adequados ao elenco de ações programadas, de forma a
garantir resolutividade da atenção básica (BRASIL, 2006).
A ESF pressupõe o trabalho em equipe em consonância com as necessidades de
saúde das famílias da comunidade. O termo equipe interprofissional deixa implícito a
complementaridade das ações profissionais, com desempenho de atividades conjuntas,
integradas, de troca e não apenas somadas; sendo a base para o trabalho efetivo, resolutivo.
Em uma equipe, o foco do trabalho e o esforço são coletivos, pois, os membros buscam
atingir objetivos e metas comuns, existindo confiança, respeito, cooperação e comunicação,
integrando os trabalhos para uma ação coletiva, com o objetivo de promover a saúde das
famílias (ABREU et al., 2005).
Diante do exposto, cabe aos profissionais de ESF: participar do processo de
territorialização da área de atuação da equipe, identificando as necessidades de saúde de
indivíduos e famílias e situações de risco a que estão expostos. Neste processo as informações
25
devem ser sistematicamente atualizadas para realizar cuidados da população da área adscrita,
na unidade de saúde, nos domicílios e nos demais espaços da comunidade, com ações de
atenção integral. A integralidade da atenção deve ser garantida por meio da realização de
ações de promoção da saúde, prevenção e cura de agravos, atendimento à demanda
espontânea.
Nesse sentido, a ESF oferece ao indivíduo e família a oportunidade de construir
cidadania e de serem pró-ativos nos cuidados à saúde da comunidade de sua área de
abrangência; proporciona melhor qualidade de vida aos usuários, atende aos princípios de
integralidade, equidade e universalidade preconizado pelo atual, Sistema de Saúde.
Infelizmente, o fisioterapeuta ainda não faz parte da equipe básica da ESF, somente é inserido
conforme o s administração pública de cada município e ainda não é obrigatório e percebe-se
a sua necessidade na atenção básica.
II - METODOLOGIA
O presente estudo utiliza como método a revisão integrativa da literatura, a qual
tem como finalidade reunir e resumir o conhecimento científico já produzido sobre o tema
investigado, ou seja, permite buscar, avaliar e sintetizar as evidências disponíveis para
contribuir com o desenvolvimento do conhecimento na temática. Para a elaboração da
presente revisão integrativa as seguintes etapas foram percorridas: definição da questão
norteadora (problema) e objetivos da pesquisa; estabelecimento de critérios de inclusão e
exclusão das publicações (seleção da amostra); busca na literatura; análise e categorização dos
estudos, apresentação e discussão dos resultados. (MENDES, KDD, SILVEIRA, RCCP,
GALVÃO, CM, 2008)
Método da Pesquisa
O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa em manuais de saúde
pública, monografias, teses, periódicos em revistas científicas em português publicados na
base de dados da Biblioteca virtual de Saúde/BVS e SciELO, (Scientific Electronic Library
Online), tendo como inclusão na pesquisa artigos relacionados ao tema proposto e como
descritores (Atenção e Visita domiciliar, estratégia da saúde da família e Fisioterapia 26
Intensiva), publicados no período de 2007 até primeiro semestre de 2017. Método de exclusão
foram artigos que não estavam relacionados com o tema proposto, dos descritores e
periódicos internacionais.
III - ANÁLISE DOS RESULTADOS E DISCUSSÕES
Durante a pesquisa foram encontrados somente 14 artigos relacionados aos
descritores, porém nenhum relacionado com a fisioterapia intensiva na atenção e visita
domiciliar na estratégia da família. Percebeu-se que durante a pesquisa obteve artigos sobre a
fisioterapia na ESF e na atenção domiciliar. Sendo somente 7 (sete) de periódicos destacados
em cor cinza e os 7 (sete) restantes em site de Universidades (monografias e artigos),
conforme tabela abaixo:
N. AUTORES/PERIÓDICOS TÍTULOS TIPO DE
ESTUDO
ANO
01Silva, D. J. & Da Ros, M. A.Ciência & Saúde Coletiva,
12(6):1673-1681, 2007SCIELO
Inserção de profissionais de fisioterapia na
equipe de saúde dafamília e Sistema Único de Saúde:
desafios na formação
Estudo de pesquisa
qualitativa do tipo estudo de caso
2007
02HENEMANN, Léo. Monografia de conclusão de curso de graduação,
publicada no site http://tcconline.utp.br/ da Universidade Tuiuti do Paraná
A fisioterapia no programa de assistência
domiciliar em uma unidade de saúde na cidade de Curitiba
Estudo de Pesquisa de Campo
2007
03 ABREU , Ana Renata Braga Ricardo; APA, Maria Fernanda de Mello; VAL,
Luciane Ferreira. IV Simpósio Internacional De Ciências
IntegradasDa UNAERP-Universidade De Ribeirão
Preto Campus Guarujá 2007
Fisioterapia: a importância na
estratégia saúde da família
Estudo Bibliográfico
qualitativo descritivo
2007
04 COSTA, Juliana Lima; PINHO, Moema de Almeida; FILGUEIRAS, Marcelo de
Carvalho; OLIVEIRA, Júlia Barreto Bastos. FAENFI, Faculdade de
Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia v. 2, n. 1 (2009)
A fisioterapia no programa de saúde
da família: percepções dos
usuários
Estudo Qualitativo
2009
05 DAMIÃO, Damiana Corado. Assistência Assistência 2011
27
domiciliar – home care: características e benefícios. 2011. 12 f. Monografia
(Terapia Intensiva). Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2011.
domiciliar – home care: características
e benefícios
Estudo qualitativo,com caráter descritivo
06PORTES, Leonardo Henriques;
CALDAS, Maria Alice Junqueira; Paula, Leandro Talma; Freitas, Marcos Souza.
Rev. de APS, v. 14, n. 1 (2011)/SCIELO
Atuação do fisioterapeuta na Atenção Básica à
Saúde: uma revisão da literatura
brasileira
Estudo Bibliográfico
qualitativo descritivo
2011
07Mariana Chaves Aveiro; Giovanni
Gurgel Aciole; Patricia Driusso; Jorge Oishi.Ciênc. saúde
coletiva vol.16 supl.1 Rio de Janeiro-RJ./ SCIELO
Perspectivas da participação do
fisioterapeuta no Programa Saúde
da Família na atenção à saúde do
idoso
Estudo descritivo e qualitativo
2011
08
Almir Vieira Dibai Filho; Mariana Chaves Aveiro.
Universidade Federal de São Carlos -UFSCar - São Carlos (SP) – Brasil.
Red de Revistas Científicas de América Latina y el Caribe, España y
Portugal/ SCIELO
Atuação dos fisioterapeutas dos núcleos de apoio à saúde da família entre idosos do Município de Arapiraca-Al,
Brasil
Estudo descritivo e qualitativo
2012
09
SOUZA, Márcio Costa;BOMFIM, Aline Santana;
SOUZA, Jairrose Nascimento;FRANCO, Túlio Batista.O Mundo da
Saúde, São Paulo - 2013;37(2):176-184/ SCIELO
Fisioterapia e Núcleo de Apoio à Saúde da Família:
conhecimento, ferramentas e
desafios
Estudo qualitativo,com caráter descritivo
2013
10 Giovanni Gurgel Aciol; Lucia Helena Batista. Saúde debate vol.37 no.96 Rio
de Janeiro Jan./Mar./ SCIELO
Promoção da saúde e prevenção de incapacidades funcionais dos
idosos na estratégia de saúde
da família: a contribuição da
fisioterapia
Estudo investigativo, qualitativo e quantitativo
2013
11Marina Branco Stein. Curso da
Especialização em Gestão da Atenção em Saúde do Idoso. Parceria do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia com o Grupo Hospitalar
Conceição.
Acesso à Fisioterapia aos
Idosos na Atenção Básica em Saúde de Porto Alegre e Região do Vale do
Gravataí
Pesquisa é do tipo qualitativa e quantitativa,
exploratória e descritiva
2013
12 Vivianne de Lima Biana, Geraldo Magella Teixeira, Camila Viana Leite da Silva, Emanuella Pinheiro de Farias Bispo, Maria Valdete da Silva. J
Atuação do fisioterapeuta na saúde da família:
desafios e
pesquisa bibliográfica
2014
28
Health Sci Inst.;32(2):211-18 conquistas13 BEZERRA,Maria Iracema Capistrano;
LIMA, Maria José Melo Ramos; LIMA, Ylana Castro Ponciano. Rev Políticas Públicas S A N A R E, Sobral, V.14,
n.01, p.76-80, jan./jun. - 2015
A visita domiciliar como ferramenta de
cuidado daFisioterapia na
estratégia saúde da família
Estudo qualitativo,com caráter descritivo
2015
14 Magda Socorro Barboza da Silva Bueno, Giulliano Gardenghi. Trabalho de Pós-
graduação em Fisioterapia Cardiopulmonar e Terapia Intensiva pelo
CEAFI Pós-graduação, Goiânia/GO.
Relevância da Fisioterapia na
Atenção Básica: Foco na saúde da
família
Revisão narrativa realizada por meio
de pesquisa nos sistemas Lilacs,
Medlline, Pubmed e Google Acadêmico
2017
Tabela 01- Artigos, monografias relacionadas ao tema e descritores no período de 2007 à
primeiro semestre de 2017.
Percebe-se que durante a pesquisa nos últimos 10 anos quase não houve interesse
sobre a fisioterapia intensiva na atenção e visita domiciliar na ESF, entende-se que é de tal
relevância para a atenção primária de saúde na prevenção de doenças e principalmente na
reabilitação de pacientes sequelados e acamados. Porém, a VD serve também como
acompanhamento familiar em sua totalidade, além de tratar o individuo com sua total
integralidade nos cuidados gerais conforme a necessidade.
De acordo com REHEM e TRAD (2005), cabe indagar se o acompanhamento
sistemático à família é restrito a situações concretas de adoecimento no domicílio, envolve
acompanhamento de riscos, e refere-se ao indivíduo ou à família, de modo a distinguir uma
proposta de cuidado domiciliar de uma assistência mais ampla que se inscreveria no contexto
de uma atenção domiciliar, para a qual considero ser necessária maior integração social.
As dualidades existentes no cuidado domiciliar na ESF posicionam o profissional
numa atuação ambígua, o que dificulta a padronização da prática de acordo com critérios bem
estabelecidos. Observa-se também que poucas pesquisas foram realizadas sobre Fisioterapia
intensiva na atenção domiciliar. No entanto, a ESF destaca o cuidado domiciliar para a
sociedade com vista na promoção e prevenção da saúde. Mas também é realizado no âmbito
curativo e/ou paliativo para recuperar ou reabilitar a saúde, atendendo o princípio da
integralidade da atenção à saúde.
A integralidade vai além da estrutura organizacional da assistência de saúde, se
prolonga pela qualidade real da atenção individual e coletiva do sistema, requisita o
compromisso com a aprendizagem contínua e com a prática multiprofissional, no qual
processo o usuário é percebido como sujeito histórico, social e político, articulado ao seu
29
contexto familiar, ao meio ambiente e à sociedade na qual se insere (MACHADO et al.,
2007).
No cuidado domiciliar ele deve ser utilizado para a construção de sujeitos
autônomos, pois não há construção de vínculo sem que o usuário seja reconhecido na
condição de sujeito, que fala, julga e deseja (SCHMIDT; LIMA, 2004). O vínculo é
estabelecido no cuidado domiciliar com o tempo, o respeito e postura dos profissionais no
domicílio e contribui para todas as ações em que há compromisso e confiança. Contudo, o
estabelecimento do vínculo não é algo fácil, dependendo tanto do profissional quanto da
população. Quanto á população, ele depende da abertura que apresentam para receberem os
profissionais em seus domicílios, da disposição para agirem e interagirem entre si, visando
melhorar sua saúde, da concepção e compreensão que possuem do cuidado domiciliar à saúde
e da presença dos profissionais principalmente do Fisioterapeuta na reabilitação, prevenção e
promoção da saúde.
Entretanto, ainda não existe o profissional fisioterapeuta obrigatório na ESF e é
opcional pelo SUS, porém se faz necessário a presença desse profissional na comunidade e
principalmente na ESF e na atenção domiciliar tanto na atenção primária como em todos os
níveis de atenção à saúde.
IV - CONSIDERAÇÕES FINAIS
No desenvolvimento da pesquisa percebeu-se a necessidade de analisar e
contextualizar melhor a fisioterapia na atenção e visita domiciliar na ESF, quase não existe
pesquisa recentes relacionada a essa prática que é essencial e necessária na promoção,
prevenção e reabilitação de saúde de uma sociedade.
A fisioterapia, embora considerada uma profissão relativamente nova, é aplicada e
relatada desde os tempos mais remotos. Após a regulamentação da profissão no Brasil em
1969, o fisioterapeuta passou a ganhar espaço e notoriedade científica promovendo
reabilitação física e atuando em diversas áreas e especialidades como é o caso da terapia
intensiva.
A presença e atuação do fisioterapeuta dentro da unidade de terapia intensiva é
imprescindível para uma assistência integral e de qualidade aos pacientes criticamente
enfermos. Para que sua atuação contribua não só para a prevenção de desordens,
principalmente respiratória, musculoesqueléticas e neuromusculares, mas também para
30
melhora da sobrevida e qualidade de vida dos indivíduos, o fisioterapeuta intensivista precisa
estar capacitado para prestar a assistência integral aos pacientes enfermos tanto na unidade
hospitalar como também a domicílio.
O processo de construção de estratégias de avanços no desenvolvimento do
cuidado domiciliar e da visita domiciliar são essenciais na prática da ESF pelo profissional
capacitado como o fisioterapeuta, mas como essa prática esta sendo conduzida e será que está
sendo abordada de forma correta para diagnóstico, reabilitação, tratamento e prevenção de na
promoção da saúde. Infelizmente há poucos estudos sobre essas práxis.
Entretanto, alguns estudos estão presentes sobre a ESF em diversas modalidades
de saúde e doença, faltando destacar a intervenção da fisioterapia intensiva como estratégia da
família. Devemos levantar, contextualizar e abordar questões do processo de trabalho em
cuidado domiciliar à saúde; reunindo conhecimentos teóricos e práticos, com discussões
interdisciplinares. Os profissionais se tornam capazes de abstrair problemas e soluções das
ações realizadas em domicílio, refletindo sobre as mesmas, para a adequação e melhoria de
sua atuação em assistência domiciliar à saúde. A partir disso, a modalidade de cuidado
domiciliar à saúde conta com a atenção e visita domiciliar para determinar como cuidar do
grupo familiar conforme a realidade de cada um e o fisioterapeuta deverá estar preparado para
discutir com outros grupos sobre ação profissional em cuidado domiciliar à saúde e no
processo de prevenção promoção e reabilitação evitando futuras internações hospitalares e
com essa prática redução na ocupação de leitos e gastos nos cofres públicos.
31
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