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1 capa 1107308 E-book gerado especialmente para MARIANO DE PAULA MAGEROTE

01 Lingua Portuguesa

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Lingua Portuguesa ensino medio

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    capa

    1107308 E-book gerado especialmente para MARIANO DE PAULA MAGEROTE

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    1 Compreenso e interpretao de textos .......................................................................................... 1

    2 Tipologia textual ............................................................................................................................. 12

    3 Ortografia oficial ............................................................................................................................. 15

    4 Acentuao grfica ........................................................................................................................ 31

    5 Emprego das classes de palavras .................................................................................................. 40

    6 Emprego do sinal indicativo de crase ............................................................................................. 56

    7 Sintaxe da orao e do perodo ..................................................................................................... 65

    8 Pontuao ...................................................................................................................................... 81

    9 Concordncia nominal e verbal ...................................................................................................... 88

    10 Regncia nominal e verbal ......................................................................................................... 110

    11 Significao das palavras .......................................................................................................... 119

    12 Redao de correspondncias oficiais ....................................................................................... 125

    Candidatos ao Concurso Pblico, O Instituto Maximize Educao disponibiliza o e-mail [email protected] para dvidas

    relacionadas ao contedo desta apostila como forma de auxili-los nos estudos para um bom desempenho na prova.

    As dvidas sero encaminhadas para os professores responsveis pela matria, portanto, ao entrar em contato, informe:

    - Apostila (concurso e cargo); - Disciplina (matria);

    - Nmero da pgina onde se encontra a dvida; e - Qual a dvida.

    Caso existam dvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminh-las em e-mails separados. O professor ter at cinco dias teis para respond-la.

    Bons estudos!

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    A literatura a arte de recriar atravs da lngua escrita. Sendo assim, temos vrios tipos de gneros textuais, formas de escrita; mas a grande dificuldade encontrada pelas pessoas a interpretao de textos. Muitos dizem que no sabem interpretar, ou que muito difcil. Se voc tem pouca leitura, consequentemente ter pouca argumentao, pouca viso, pouco ponto de vista e um grande medo de interpretar. A interpretao o alargamento dos horizontes. E esse alargamento acontece justamente quando h leitura. Somos fragmentos de nossos escritos, de nossos pensamentos, de nossas histrias, muitas vezes contadas por outros. Quantas vezes voc no leu algo e pensou: Nossa, ele disse tudo que eu penso. Com certeza, vrias vezes. Temos a a identificao de nossos pensamentos com os pensamentos dos autores, mas para que acontea, pelo menos no tenha preguia de pensar, refletir, formar ideias e escrever quando puder e quiser.

    Tornar-se, portanto, algum que escreve e que l em nosso pas uma tarefa rdua, mas acredite, valer a pena para sua vida futura. Mesmo que voc diga que interpretar difcil, voc exercita isso a todo o momento. Exercita atravs de sua leitura de mundo. A todo e qualquer tempo, em nossas vidas, interpretamos, argumentamos, expomos nossos pontos de vista. Mas, basta o(a) professor(a) dizer Vamos agora interpretar esse texto para que as pessoas se calem. Ningum sabe o que calado quer, pois ao se calar voc perde oportunidades valiosas de interagir e crescer no conhecimento. Perca o medo de expor suas ideias. Faa isso como um exerccio dirio e ver que antes que pense, o medo ter ido embora.

    Texto um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interao comunicativa (capacidade de codificar e decodificar).

    Contexto um texto constitudo por diversas frases. Em cada uma delas, h certa informao que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condies para a estruturao do contedo a ser transmitido. A essa interligao d-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases to grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poder ter um significado diferente daquele inicial.

    Intertexto - comumente, os textos apresentam referncias diretas ou indiretas a outros autores atravs de citaes. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.

    Interpretao de Texto - o primeiro objetivo de uma interpretao de um texto a identificao de sua ideia principal. A partir da, localizam-se as ideias secundrias, ou fundamentaes, as argumentaes, ou explicaes, que levem ao esclarecimento das questes apresentadas na prova.

    Normalmente, numa prova, o candidato convidado a:

    Identificar - reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentao, de um processo, de uma poca (neste caso, procuram-se os verbos e os advrbios, os quais definem o tempo).

    Comparar - descobrir as relaes de semelhana ou de diferenas entre as situaes do texto.

    Comentar - relacionar o contedo apresentado com uma realidade, opinando a respeito.

    1 Compreenso e Interpretao de Textos

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    Resumir - concentrar as ideias centrais e/ou secundrias em um s pargrafo.

    Parafrasear - reescrever o texto com outras palavras.

    Exemplo

    Ttulo do Texto Parfrases

    O Homem Unido A integrao do mundo. A integrao da humanidade. A unio do homem. Homem + Homem = Mundo. A macacada se uniu. (stira)

    Condies Bsicas para Interpretar

    Faz-se necessrio: - Conhecimento Histrico literrio (escolas e gneros literrios, estrutura do texto), leitura e prtica. - Conhecimento gramatical, estilstico (qualidades do texto) e semntico. Na semntica (significado

    das palavras) incluem-se: homnimos e parnimos, denotao e conotao, sinonmia e antonmia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros.

    - Capacidade de observao e de sntese. - Capacidade de raciocnio.

    Interpretar X Compreender

    Interpretar Significa Compreender Significa Explicar, comentar, julgar, tirar concluses, deduzir. Tipos de enunciados: - atravs do texto, infere-se que... - possvel deduzir que... - o autor permite concluir que... - qual a inteno do autor ao afirmar que...

    Inteleco, entendimento, ateno ao que realmente est escrito. Tipos de enunciados: - o texto diz que... - sugerido pelo autor que... - de acordo com o texto, correta ou errada a afirmao... - o narrador afirma...

    Erros de Interpretao

    muito comum, mais do que se imagina, a ocorrncia de erros de interpretao. Os mais frequentes so:

    - Extrapolao (viagem). Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que no esto no texto, quer por conhecimento prvio do tema quer pela imaginao.

    - Reduo. o oposto da extrapolao. D-se ateno apenas a um aspecto, esquecendo que um texto um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.

    - Contradio. No raro, o texto apresenta ideias contrrias s do candidato, fazendo-o tirar concluses equivocadas e, consequentemente, errando a questo.

    Observao: Muitos pensam que h a tica do escritor e a tica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso o que deve ser levado em considerao o que o autor diz e nada mais.

    Coeso - o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, oraes, frases e/ou pargrafos entre si. Em outras palavras, a coeso d-se quando, atravs de um pronome relativo, uma conjuno (nexos), ou um pronome oblquo tono, h uma relao correta entre o que se vai dizer e o que j foi dito. So muitos os erros de coeso no dia a dia e, entre eles, est o mau uso do pronome relativo e do pronome oblquo tono. Este depende da regncia do verbo; aquele do seu antecedente. No se pode esquecer tambm de que os pronomes relativos tm cada um valor semntico, por isso a necessidade de adequao ao antecedente. Os pronomes relativos so muito importantes na interpretao de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coeso. Assim sendo, deve-se levar em considerao que existe um pronome relativo adequado a cada circunstncia, a saber:

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    Que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente. Mas depende das condies da frase. Qual (neutro) idem ao anterior. Quem (pessoa). Cujo (posse) - antes dele, aparece o possuidor e depois, o objeto possudo. Como (modo). Onde (lugar). Quando (tempo). Quanto (montante).

    Exemplo: Falou tudo quanto queria (correto). Falou tudo que queria (errado - antes do que, deveria aparecer o demonstrativo o).

    Vcios de Linguagem h os vcios de linguagem clssicos (barbarismo, solecismo, cacofonia...); no dia a dia, porm, existem expresses que so mal empregadas, e por fora desse hbito cometem-se erros graves como:

    - Ele correu risco de vida, quando a verdade o risco era de morte. - Senhor professor, eu lhe vi ontem. Neste caso, o pronome oblquo tono correto o. - No bar: Me v um caf. Alm do erro de posio do pronome, h o mau uso.

    Algumas dicas para interpretar um texto:

    - O autor escreveu com uma inteno - tentar descobrir qual , qual a chave. - Leia todo o texto uma primeira vez de forma despreocupada - assim voc ver apenas os aspectos

    superficiais primeiro. - Na segunda leitura observe os detalhes, visualize em sua mente o cenrio, os personagens - Quanto

    mais real for a leitura na sua mente, mais fcil ser para interpretar o texto. - Duvide do(a) autor(a), leia as entrelinhas, perceba o que o(a) autor(a) te diz sem escrever no texto. - No tenha medo de opinar - J vi terem medo de dizer o que achavam e a resposta estaria correta

    se tivessem dito. - Visualize vrios caminhos, vrias opes e interpretaes, s no viaje muito na interpretao. Veja

    os caminhos apontados pela escrita do(a) autor(a). Apegue-se aos caminhos que lhe so mostrados. - Identifique as caractersticas fsicas e psicolgicas dos personagens - Se um determinado

    personagem tem como caracterstica ser mentiroso, por exemplo, o que ele diz no texto poder ser mentira no mesmo? Analisar e identificar os personagens so pontos necessrios para uma boa interpretao de texto.

    - Observe a linguagem, o tempo e espao, a sequncia dos acontecimentos. O feedback conta muito na hora de interpretar.

    - Analise os acontecimentos de acordo com a poca do texto, assim, certas contradies ou estranhamentos vistos por voc podem ser apenas a cultura da poca sendo demonstrada.

    - Leia quantas vezes achar que deve - No entendeu? Leia de novo. Nem todo dia estamos concentrados e a rapidez na leitura vem com o hbito.

    Para ler e entender um texto preciso atingir dois nveis de leitura: Informativa e de reconhecimento;

    Interpretativa: A primeira leitura deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se

    informaes e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a interpretao grife palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra ideia-central de cada pargrafo. A ltima fase de interpretao concentra-se nas perguntas e opes de respostas. Marque palavras com no, exceto, respectivamente, etc, pois fazem diferena na escolha adequada. Retorne ao texto mesmo que parea ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor.

    Organizao do Texto e Ideia Central

    Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias seletas e organizadas, atravs dos pargrafos que composto pela ideia central, argumentao e/ou desenvolvimento e a concluso do texto. Podemos desenvolver um pargrafo de vrias formas:

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    - Declarao inicial; - Definio; - Diviso; - Aluso histrica.

    Serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques. Convencionalmente, o pargrafo indicado atravs da mudana de linha e um espaamento da margem esquerda. Uma das partes bem distintas do pargrafo o tpico frasal, ou seja, a ideia central extrada de maneira clara e resumida. Atentando-se para a ideia principal de cada pargrafo, asseguramos um caminho que nos levar compreenso do texto.

    Os Tipos de Texto

    Basicamente existem trs tipos de texto: - Texto narrativo; - Texto descritivo; - Texto dissertativo.

    Cada um desses textos possui caractersticas prprias de construo, que veremos no tpico seguinte (Tipologia Textual).

    comum encontrarmos queixas de que no sabem interpretar textos. Muitos tm averso a exerccios nessa categoria. Acham montono, sem graa, e outras vezes dizem: cada um tem o seu prprio entendimento do texto ou cada um interpreta a sua maneira. No texto literrio, essa ideia tem algum fundamento, tendo em vista a linguagem conotativa, os smbolos criados, mas em texto no literrio isso um equvoco. Diante desse problema, seguem algumas dicas para voc analisar, compreender e interpretar com mais proficincia.

    - Crie o hbito da leitura e o gosto por ela. Quando ns passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a ns mesmos. No se deixe levar pela falsa impresso de que ler no faz diferena. Leia tudo que tenha vontade, com o tempo voc se tornar mais seleto e perceber que algumas leituras foram superficiais e, s vezes, at ridculas. Porm elas foram o ponto de partida e o estmulo para se chegar a uma leitura mais refinada. Existe tempo para cada momento de nossas vidas.

    - Seja curioso, investigue as palavras que circulam em seu meio. - Aumente seu vocabulrio e sua cultura. Alm da leitura, um bom exerccio para ampliar o lxico

    fazer palavras cruzadas. - Faa exerccios de sinnimos e antnimos. - Leia verdadeiramente. - Leia algumas vezes o texto, pois a primeira impresso pode ser falsa. preciso pacincia para ler

    outras vezes. Antes de responder as questes, retorne ao texto para sanar as dvidas. - Ateno ao que se pede. s vezes a interpretao est voltada a uma linha do texto e por isso voc

    deve voltar ao pargrafo para localizar o que se afirma. Outras vezes, a questo est voltada ideia geral do texto.

    - Fique atento a leituras de texto de todas as reas do conhecimento, porque algumas perguntas extrapolam ao que est escrito. Veja um exemplo disso:

    Texto:

    Pode dizer-se que a presena do negro representou sempre fator obrigatrio no desenvolvimento dos latifndios coloniais. Os antigos moradores da terra foram, eventualmente, prestimosos colaboradores da indstria extrativa, na caa, na pesca, em determinados ofcios mecnicos e na criao do gado. Dificilmente se acomodavam, porm, ao trabalho acurado e metdico que exige a explorao dos canaviais. Sua tendncia espontnea era para as atividades menos sedentrias e que pudessem exercer-se sem regularidade forada e sem vigilncia e fiscalizao de estranhos.

    (Srgio Buarque de Holanda, in Razes)

    Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram: (A) os portugueses.

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    (B) os negros. (C) os ndios. (D) tanto os ndios quanto aos negros. (E) a miscigenao de portugueses e ndios.

    (Aquino, Renato. Interpretao de textos, 2 edio. Rio de Janeiro: Impetus, 2003.)

    Resposta C. Apesar do autor no ter citado o nome dos ndios, possvel concluir pelas caractersticas apresentadas no texto. Essa resposta exige conhecimento que extrapola o texto.

    - Tome cuidado com as vrgulas. Veja por exemplo a diferena de sentido nas frases a seguir: (1) S, o Diego da M110 fez o trabalho de artes. (2) S o Diego da M110 fez o trabalho de artes. (3) Os alunos dedicados passaram no vestibular. (4) Os alunos, dedicados, passaram no vestibular. (5) Marco, canta Garom, de Reginaldo Rossi. (6) Marco canta Garom, de Reginaldo Rossi.

    Explicaes: (1) Diego fez sozinho o trabalho de artes. (2) Apenas o Diego fez o trabalho de artes. (3) Havia, nesse caso, alunos dedicados e no dedicados e passaram no vestibular somente os que

    se dedicaram, restringindo o grupo de alunos. (4) Nesse outro caso, todos os alunos eram dedicados. (5) Marco chamado para cantar. (6) Marco pratica a ao de cantar.

    Leia o trecho e analise a afirmao que foi feita sobre ele:

    Sempre fez parte do desafio do magistrio administrar adolescentes com hormnios em ebulio e com o desejo natural da idade de desafiar as regras. A diferena que, hoje, em muitos casos, a relao comercial entre a escola e os pais se sobrepe autoridade do professor.

    Frase para anlise.

    Desafiar as regras uma atitude prpria do adolescente das escolas privadas. E esse o grande desafio do professor moderno.

    - No mencionado que a escola seja da rede privada. - O desafio no apenas do professor atual, mas sempre fez parte do desafio do magistrio. Outra

    questo que o grande desafio no s administrar os desafios s regras, isso parte do desafio, h tambm os hormnios em ebulio que fazem parte do desafio do magistrio.

    - Ateno ao uso da parfrase (reescrita do texto sem prejuzo do sentido original). Veja o exemplo: Frase original: Estava eu hoje cedo, parado em um sinal de trnsito, quando olho na esquina, prximo

    a uma porta, uma loirona a me olhar e eu olhava tambm.

    (Concurso TRE/SC) A frase parafraseada : (A) Parado em um sinal de trnsito hoje cedo, numa esquina, prximo a uma porta, eu olhei para uma

    loira e ela tambm me olhou. (B) Hoje cedo, eu estava parado em um sinal de trnsito, quando ao olhar para uma esquina, meus

    olhos deram com os olhos de uma loirona. (C) Hoje cedo, estava eu parado em um sinal de trnsito quando vi, numa esquina, prxima a uma

    porta, uma louraa a me olhar. (D) Estava eu hoje cedo parado em um sinal de trnsito, quando olho na esquina, prximo a uma porta,

    vejo uma loiraa a me olhar tambm.

    Resposta C.

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    - A parfrase pode ser construda de vrias formas, veja algumas delas: substituio de locues por palavras; uso de sinnimos; mudana de discurso direto por indireto e vice-versa; converter a voz ativa para a passiva; emprego de antonomsias ou perfrases (Rui Barbosa = A guia de Haia; o povo lusitano = portugueses).

    Observe a mudana de posio de palavras ou de expresses nas frases. Exemplos: - Certos alunos no Brasil no convivem com a falta de professores. - Alunos certos no Brasil no convivem com a falta de professores. - Os alunos determinados pediram ajuda aos professores. - Determinados alunos pediram ajuda aos professores.

    Explicaes: - Certos alunos = qualquer aluno. - Alunos certos = aluno correto. - Alunos determinados = alunos decididos. - Determinados alunos = qualquer aluno.

    Questes

    01. (PM/BA - Soldado da Polcia Militar - FCC - PM/BA - Soldado da Polcia Militar) Desde o desenvolvimento da linguagem, h 5.000 anos, a espcie humana passou a ter seu caminho

    evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitao da biologia e os aoites da natureza. Foi pela capacidade de pensar e de se comunicar que a humanidade obteve os meios para escapar da fome e da morte prematura.

    O atual empuxo tecnolgico se acelerou de tal forma que alguns felizardos com acesso a todos os recursos disponveis na vanguarda dos avanos mdicos, biolgicos, tecnolgicos e metablicos podem realisticamente pensar em viver em boa sade mental e fsica bem mais do que 100 anos. O prolon-gamento da vida saudvel, em razo de uma velhice sem doenas, j foi s um exerccio de visionrios. Hoje um campo de pesquisa dos mais srios e respeitados.

    Robert Fogel, o principal formulador do conceito da evoluo tecnofsica, e outros estudiosos esto projetando os limites dessa fabulosa caminhada cultural na qualidade de vida dos seres humanos. Quando se dedicam a essa tarefa, os estudiosos esbarram, em primeiro lugar, nas desigualdades de renda e de acesso s inovaes. Fazem parte das conjecturas dos estudiosos a questo ambiental e a necessidade urgente de obteno e popularizao de novas formas de energia menos agressivas ao planeta.

    (Adaptado de Revista Veja, 25 de abril de 2012 p 141)

    ... a espcie humana passou a ter seu caminho evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitao da biologia ... (1 pargrafo)

    O sentido do segmento grifado acima est reproduzido com outras palavras, respeitando-se a lgica, a correo e a clareza, em:

    (A) o caminho da evoluo da humanidade, apesar das limitaes biolgicas, passam ainda hoje pelo desenvolvimento c cultural, que as possibilita.

    (B) o desenvolvimento cultural da humanidade permitiu descobrir as causas de problemas que afetavam a sade das pessoas, bem como combater as doenas.

    (C) os problemas de origem fsica, como uma doena, nem sempre foi possvel resolv-la, com base nos problemas resultantes da biologia.

    (D) com o desenvolvimento da cultura humana, descobriu-se as leis da biologia e do ambiente que viviam, permitindo-os evoluir com mais sade.

    (E) as descobertas cientficas da biologia veio permitir que a humanidade fosse se tornando mais capaz de evoluir por um tempo mais longo e com sade.

    02. (IBAM - Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM)

    A historieta a seguir dever ser utilizada para resolver a questo a seguir.

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    Tendo por base a frase Venha aqui, seu vagabundo, analise as afirmaes seguintes.

    I. Temos na orao, um verbo conjugado no modo imperativo. II. O vocbulo seu, no caso, um pronome possessivo. III. A vrgula foi empregada para isolar o vocativo.

    correto o que se afirmou em: (A) I, apenas. (B) I e III, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I, II e III.

    03. (MPE/RS - Tcnico Superior de Informtica - MPE)

    01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36

    Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou que o que mais se faz no Facebook, depos de interagir com amigos, olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer. Se voc gostar do perfil, adicionar aquela pessoa, e estar formado um vnculo. No final, todo mundo vira amigo de todo mundo. Mas, no bem assim. As redes sociais tm o poder de transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam o mesmo ambiente social, mas no so suas amigas) em elos fracos - uma forma superficial de amizade. Pois , por mais que existam excees ______ qualquer regra, todos os estudos mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet so mais fracas, sim, do que aquelas que nascem e se desenvolvem fora dela.

    Isso no inteiramente ruim. Os seus amigos do peito geralmente so parecidos com voc: pertencem ao mesmo mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, no. Eles transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes - gerando uma renovao de ideias que faz bem a todos os relacionamentos, inclusive s amizades antigas. O problema que a maioria das redes na Internet simtrica: se voc quiser ter acesso s informaes de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com ela, obrigado a pedir a amizade dela. Como meio grosseiro dizer no ________ algum que voc conhece, todo mundo acaba adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalizao do conceito de amizade.

    verdade. Mas, com a chegada de stios como O Twitter, ficou diferente. Esse tipo de stio uma rede social completamente assimtrica. E isso faz com que as redes de seguidos de

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    algum possam se comunicar de maneira muito mais fluida. Ao estudar a sua prpria rede no Twitter, o socilogo Nicholas Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu que seus Amigos tinham comeado a se comunicar entre si Independentemente da mediao dele. Pessoas cujo nico ponto em comum era o prprio Christakis acabaram ficando amigas. No Twitter, eu posso me interessar pelo que voc tem a dizer e comear a te seguir. Ns no nos conhecemos. Mas voc saber quando eu o retuitar ou mencionar seu nome no stio, e poder falar comigo. Meus seguidores tambm podem se interessar pelos seus tutes e comear a seguir voc. Em suma, ns continuaremos no nos conhecendo, mas as pessoas que esto _______ nossa volta podem virar amigas entre si.

    Considere as seguintes afirmaes. I. Atravs do uso do advrbio sim (L. 15), o autor valida a assertiva de que as redes sociais tendem a

    transformar elos latentes (L. 09) em elos fracos (L. 11). II. Por meio da frase Isso no inteiramente ruim (L. 17), o autor manifesta-se favorvel afirmao

    de que as melhores amizades so aquelas que descobrimos fora das redes sociais. III. Mediante o emprego do segmento verdade (L. 33), o autor reitera sua opinio a respeito do carter

    trivial que a concepo de amizade vem assumindo nas redes sociais. Quais esto corretas, de acordo com o texto? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

    04. (TJ/SP - Escrevente Tcnico Judicirio - Prova verso 1 - VUNESP) Leia a tira.

    No segundo quadrinho, a fala da personagem revela: (A) hesitao. (B) indiferena. (C) contradio. (D) raiva. (E) exaltao.

    05. (TJ/SP - Escrevente Tcnico Judicirio - Prova verso 1 - VUNESP) A frase inicial do texto Geralmente, numa situao um posto de trabalho. expressa as condies gerais em uma situao de altos ndices de desemprego. De acordo com essas condies,

    (A) o perfil de profissional pretendido nem sempre bem definido nas empresas. (B) o desemprego aumenta em decorrncia da qualificao profissional. (C) a formao de um profissional , via de regra, questo secundria na sua contratao. (D) a qualificao profissional um caminho para se conseguir um emprego. (E) o profissional deve ter qualificao inferior em relao s pretenses da empresa.

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    06. (TJ/SP - Escrevente Tcnico Judicirio - Prova verso 1 - VUNESP)

    Saber trabalhar

    Geralmente, numa situao de altos ndices de desemprego, o trabalhador sente a necessidade de aprimorar a sua formao para obter um posto de trabalho. As empresas buscam os mais qualificados em cada categoria e excluem os que no se encaixam no perfil pretendido. Nos ltimos anos, essa no tem sido a lgica vigente no Brasil. Segundo a pesquisa de emprego urbano feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatstica e Estudos Socioeconmicos) e pela Fundao Seade (Sistema Estadual De Anlise de Dados), os nveis de pessoas sem emprego esto apresentado quedas sucessivas de 2005 para c. O desemprego em nove regies metropolitanas medido pela pesquisa era de 17,9% em 2005 e fechou em 11,9% em 2010.

    A pesquisa do Dieese u medidor importante, pois sua metodologia leva em conta no s o desemprego aberto (quem est procurando trabalho), como tambm o oculto (pessoas que desistiram de procurar ou esto em postos precrios). Uma das consequncias dessa situao apontada dentro da prpria pesquisa, um aumento mdio no nvel de rendimentos dos trabalhadores ocupados.

    A outra a dificuldade que as empresas tm de encontrar mo de obra qualificada para os postos de trabalho que esto abertos. A Fundao Dom Cabral apresentou, em maro, a pesquisa Carncia de Profissionais no Brasil. A anlise levou em conta profissionais dos nveis tcnico, operacional, estratgico e ttico. Do total, 92% das empresas admitiram ter dificuldade para contratar a mo de obra de que necessitam.

    (Lngua Portuguesa, outubro de 2011, Adaptado)

    De acordo com o texto Saber Trabalhar responda:

    O texto revela que, no Brasil, (A) as empresas esto mais rigorosas para selecionar os mais qualificados. (B) os ndices de desemprego tm se elevado continuamente nas regies metropolitanas. (C) os trabalhadores tm investido mais do que o necessrio em sua formao profissional. (D) as pesquisas sobre emprego so pouco consistentes e confiveis. (E) as empresas convivem com a carncia de mo de obra qualificada.

    07. (TJ/SP - Escrevente Tcnico Judicirio - Prova verso 1 - VUNESP) De acordo com o texto Saber Trabalhar responda:

    No contexto em que se insere o perodo A outra a dificuldade que as empresas tm de encontrar mo de obra qualificada para os postos de trabalho que esto abertos. (3. pargrafo), entende-se que a expresso

    A outra refere-se a: (A) consequncias. (B) lgica. (C) pesquisa. (D) situao. (E) metodologia.

    08. (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM)

    O velho Chico Buarque

    O velho sem conselhos De joelhos De partida

    Carrega com certeza Todo o peso Da sua vida

    A vida inteira, diz que se guardou Do carnaval, da brincadeira

    Que ele no brincou. Me diga agora

    O que que eu digo ao povo

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    O que que tem de novo Pra deixar

    Nada S a caminhada

    Longa, pra nenhum lugar.

    Nos versos da msica O velho, Chico Buarque de Holanda retrata a vida de um homem que: (A) temia envelhecer. (B) no soube aproveitar a vida. (C) foi apaixonado pelo carnaval. (D) tinha orgulho de suas conquistas.

    09. (PM/BA - Soldado da Polcia Militar - FCC)

    Minha jangada vai sair pro mar Vou trabalhar, meu bem querer Se Deus quiser quando eu voltar do mar Um peixe bom eu vou trazer Meus companheiros tambm vo voltar E a Deus do cu vamos agradecer

    Os versos acima, de uma msica de Dorival Caymmi, abordam predominantemente, (A) o trabalho dos pescadores, na busca de sua sobrevivncia cotidiana. (B) o respeito s condies ambientais como garantia da preservao dos recursos da natureza. (C) a competio acirrada entre os pescadores pelos melhores pontos de pesca, (D) a religiosidade dos pescadores, em que se misturam elementos de origem africana. (E) a explorao a que esto sujeitos os trabalhadores que dependem do mar para sobreviver.

    10. (IFC - Analista de Tecnologia da Informao - IFC)

    Texto 1 O futuro do trabalho [...] Seja como for, preciso resolver os problemas do desemprego e da informalidade, que so mais

    acentuados nos pases subdesenvolvidos. O caminho estabelecer polticas de gerao de empregos, alm de garantir melhores condies para os trabalhadores em ocupaes precrias.

    Uma das sadas a reduo da jornada de trabalho: as pessoas trabalham menos para que se abram vagas para as desempregadas. Outra estratgia instituir programas de formao profissional e de microcrdito para trabalhadores autnomos, desempregados e pequenas empresas.

    Vestibular-Editora Abril, nov., 2002.

    Texto 2 Conflito de geraes

    - Marquinhos... Marquinhos! [...] O filho tentou disfarar, l no fundo do quintal, tirando meleca do nariz, mas, quando a me chamava assim, era melhor ir. Na cozinha, a me ao lado da geladeira aberta, com uma garrafa e um saco plstico vazios nas mos: - Voc comeu toda a salsicha?! - No bem verdade...Eu s usei as salsichas pra acabar com a mostarda. J estava at verde! Algum ia acabar comendo estragado e ficar doente. [...] - Voc tem resposta pra tudo, no?! - No bem verdade... a senhora que sempre pergunta. - Voc uma gentinha! S uma gentinha, t entendendo? O filho ficou olhando praquela me batendo com o p no cho, bem nervosa mesmo, mais alta que a geladeira e tudo. A foi obrigado a dizer: - ... isso eu acho que verdade.

    BONASSI, Fernando. In: Folha de So Paulo, 23 nov. 2002.

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  • 11

    Ao analisar a linguagem e o discurso do texto 1 e do texto 2 respectivamente. Assinale a alternativa CORRETA:

    (A) no texto 1, a linguagem mais informal, seguindo norma padro; utiliza-se ainda o discurso indireto, envolvendo questes sociais. No texto 2, percebe-se uma linguagem menos informal e um discurso direto entre me e filho.

    (B) no texto 1, a linguagem coloquial, seguindo norma padro; tem-se ainda o discurso indireto e direto, aplicado interpretao do cotidiano. J no texto 2, a linguagem formal, ocorre ainda um dilogo entre me e filho.

    (C) no texto 1, a linguagem mais formal, obedecendo norma culta; consegue-se ainda identificar um discurso indireto, aplicado interpretativamente s questes sociais. J no texto 2, alm de uma linguagem informal, em que se notam repeties e frases, ocorre, tambm, um dilogo entre me e filho.

    (D) no texto 1, a linguagem formal, segundo norma culta; tem-se ainda a presena do discurso direto que revela questes da comunidade. J no texto 2, a linguagem culta e o discurso direto.

    (E) no texto 1, a linguagem menos formal, no entanto, segue norma culta; identifica-se ainda o discurso indireto, aplicado anlise do cotidiano. No texto 2, a linguagem coloquial e o discurso direto entre me e filho.

    Respostas

    01. Resposta: B Caminho evolutivo direcionado pela cultura em outras palavras: o desenvolvimento cultural

    02. Resposta: B SEU = pode ser empregado como pronome possessivo ou como substantivo masculino (forma

    utilizada na questo acima).

    Observe abaixo um pouco do que diz o dicionrio Houaiss sobre a utilizao da palavra SEU como substantivo masculino:

    seu s.m. senhor ('tratamento respeitoso') (Empregado diante de nome de pessoa, ou de outro axinimo, ou de palavra designativa de profisso.) (seu Joaquim) (seu doutor) (seu delegado). GRAM fem.: sinh, sinha, si, sia, senhora. Uso empregado tambm com valor afetivo (seu bobinho!), de forma jocosa (p. ex.: aposto que seu Tiago saber a resposta - sendo Tiago uma pessoa jovem) ou disfmica (seu pateta!), ou, ainda, com matiz interjetivo (tinha coragem de me enfrentar nada, seu!); nestes casos, h no Brasil os fem. sua, senha, sinha.

    Fonte: Dicionrio Houaiss da lngua portuguesa / Antnio Houaiss e Mauro de Salles Villar

    03. Resposta: D No nmero II o autor deixa claro no texto, que as amizades formadas por redes sociais no so

    duradoras nem possuem uma base slida. J no nmero III, a concepo de amizade proveniente de redes sociais, esbarra em um ponto importante, aquela amizade de curtir fotos, comentrios mas nada profundo com sentimento.

    04. Resposta: B Sim, o sentimento expresso no segundo quadrinho de indiferena, visto que ele no se importa se a

    grama do vizinho mais verde ou no.

    05. Resposta: D Aqueles que no possuem um diferencial, uma maior qualificao, esto sujeitos a ficar sem emprego,

    pois no possuem nada novo para oferecer s empresas.

    06. Resposta: E Segundo o texto, cada vez menos os candidatos a uma vaga de emprego se especializam ou possuem

    um diferencial na hora de concorrer uma vaga de emprego.

    07. Resposta: A Consequncia, pois antes j estava enumerado outros motivos para a falta de qualificao dos

    candidatos a um emprego.

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  • 12

    08. Resposta: B No trecho que ele diz: A vida inteira, diz que se guardou do carnaval, da brincadeira que ele no

    brincou... com este trecho possvel chegar a resposta B ele no aproveitou a vida.

    09. Resposta: A Somente o o trecho: Se Deus quiser quando eu voltar do mar, um peixe bom eu vou traxer, j

    possvel perceber qual a ideia de sua cano. A volta dos pescadores depois de um perodo no mar.

    10. Resposta: C No texto 1 o autor descreve um problema e apresenta a soluo, em uma linguagem mais culta. J no

    texto 2 temos um dilogo entre me e filho, o que no necessrio o uso da linguagem formal.

    Texto Literrio: expressa a opinio pessoal do autor que tambm transmitida atravs de figuras, impregnado de subjetivismo. Ex: um romance, um conto, uma poesia... (Conotao, Figurado, Subjetivo, Pessoal).

    Texto No-Literrio: preocupa-se em transmitir uma mensagem da forma mais clara e objetiva possvel. Ex: uma notcia de jornal, uma bula de medicamento. (Denotao, Claro, Objetivo, Informativo).

    O objetivo do texto passar conhecimento para o leitor. Nesse tipo textual, no se faz a defesa de uma ideia. Exemplos de textos explicativos so os encontrados em manuais de instrues.

    Informativo: Tem a funo de informar o leitor a respeito de algo ou algum, o texto de uma notcia de jornal, de revista, folhetos informativos, propagandas. Uso da funo referencial da linguagem, 3 pessoa do singular.

    Descrio: Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produo o adjetivo, pela sua funo caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se at descrever sensaes ou sentimentos. No h relao de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. fazer uma descrio minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se refere.

    Narrao: Modalidade em que se conta um fato, fictcio ou no, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. H uma relao de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante o passado. Estamos cercados de narraes desde as que nos contam histrias infantis, como o Chapeuzinho Vermelho ou a Bela Adormecida, at as picantes piadas do cotidiano.

    Dissertao: Dissertar o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentao cientfica, o relatrio, o texto didtico, o artigo enciclopdico. Em princpio, o texto dissertativo no est preocupado com a persuaso e sim, com a transmisso de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.

    2 Tipologia Textual

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  • 13

    Argumentativo: Os textos argumentativos, ao contrrio, tm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, alm de explicar, tambm persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo. Exemplos: texto de opinio, carta do leitor, carta de solicitao, deliberao informal, discurso de defesa e acusao (advocacia), resenha crtica, artigos de opinio ou assinados, editorial.

    Exposio: Apresenta informaes sobre assuntos, expe ideias, explica, avalia, reflete. Estrutura bsica; ideia principal; desenvolvimento; concluso. Uso de linguagem clara. Ex: ensaios, artigos cientficos, exposies,etc.

    Injuno: Indica como realizar uma ao. tambm utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos so, na sua maioria, empregados no modo imperativo. H tambm o uso do futuro do presente. Ex: Receita de um bolo e manuais.

    Dilogo: uma conversao estabelecida entre duas ou mais pessoas. Pode conter marcas da linguagem oral, como pausas e retomadas.

    Entrevista: uma conversao entre duas ou mais pessoas (o entrevistador e o entrevistado), na qual perguntas so feitas pelo entrevistador para obter informao do entrevistado. Os reprteres entrevistam as suas fontes para obter declaraes que validem as informaes apuradas ou que relatem situaes vividas por personagens. Antes de ir para a rua, o reprter recebe uma pauta que contm informaes que o ajudaro a construir a matria. Alm das informaes, a pauta sugere o enfoque a ser trabalhado assim como as fontes a serem entrevistadas. Antes da entrevista o reprter costuma reunir o mximo de informaes disponveis sobre o assunto a ser abordado e sobre a pessoa que ser entrevistada. Munido deste material, ele formula perguntas que levem o entrevistado a fornecer informaes novas e relevantes. O reprter tambm deve ser perspicaz para perceber se o entrevistado mente ou manipula dados nas suas respostas, fato que costuma acontecer principalmente com as fontes oficiais do tema. Por exemplo, quando o reprter vai entrevistar o presidente de uma instituio pblica sobre um problema que est afetando o fornecimento de servios populao, ele tende a evitar as perguntas e a querer reverter a resposta para o que considera positivo na instituio. importante que o reprter seja insistente. O entrevistador deve conquistar a confiana do entrevistado, mas no tentar domin-lo, nem ser por ele dominado. Caso contrrio, acabar induzindo as respostas ou perdendo a objetividade.

    As entrevistas apresentam com frequncia alguns sinais de pontuao como o ponto de interrogao, o travesso, aspas, reticncias, parntese e s vezes colchetes, que servem para dar ao leitor maior informaes que ele supostamente desconhece. O ttulo da entrevista um enunciado curto que chama a ateno do leitor e resume a ideia bsica da entrevista. Pode estar todo em letra maiscula e recebe maior destaque da pgina. Na maioria dos casos, apenas as preposies ficam com a letra minscula. O subttulo introduz o objetivo principal da entrevista e no vem seguido de ponto final. um pequeno texto e vem em destaque tambm. A fotografia do entrevistado aparece normalmente na primeira pgina da entrevista e pode estar acompanhada por uma frase dita por ele. As frases importantes ditas pelo entrevistado e que aparecem em destaque nas outras pginas da entrevista so chamadas de "olho".

    Crnica: Assim como a fbula e o enigma, a crnica um gnero narrativo. Como diz a origem da palavra (Cronos o deus grego do tempo), narra fatos histricos em ordem cronolgica, ou trata de temas da atualidade. Mas no s isso. Lendo esse texto, voc conhecer as principais caractersticas da crnica, tcnicas de sua redao e ter exemplos.

    Uma das mais famosas crnicas da histria da literatura luso-brasileira corresponde definio de crnica como "narrao histrica". a "Carta de Achamento do Brasil", de Pero Vaz de Caminha, na qual so narrados ao rei portugus, D. Manuel, o descobrimento do Brasil e como foram os primeiros dias que os marinheiros portugueses passaram aqui. Mas trataremos, sobretudo, da crnica como gnero que comenta assuntos do dia a dia. Para comear, uma crnica sobre a crnica, de Machado de Assis:

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  • 14

    O nascimento da crnica

    H um meio certo de comear a crnica por uma trivialidade. dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do leno, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenmenos atmosfricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrpolis, e la glace est rompue est comeada a crnica. (...)

    (Machado de Assis. "Crnicas Escolhidas". So Paulo: Editora tica, 1994)

    Publicada em jornal ou revista destina-se leitura diria ou semanal e trata de acontecimentos cotidianos. A crnica se diferencia no jornal por no buscar exatido da informao. Diferente da notcia, que procura relatar os fatos que acontecem, a crnica os analisa, d-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situao comum, vista por outro ngulo, singular.

    O leitor pressuposto da crnica urbano e, em princpio, um leitor de jornal ou de revista. A preocupao com esse leitor que faz com que, dentre os assuntos tratados, o cronista d maior ateno aos problemas do modo de vida urbano, do mundo contemporneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades.

    Jornalismo e literatura: assim que podemos dizer que a crnica uma mistura de jornalismo e literatura. De um recebe a observao atenta da realidade cotidiana e do outro, a construo da linguagem, o jogo verbal. Algumas crnicas so editadas em livro, para garantir sua durabilidade no tempo.

    Questes

    1. (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAO PBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF TCNICO EM ELETRNICA IADES/2014). Quanto tipologia, o texto lido , predominantemente,

    (A) descritivo, pois est voltado apenas para a representao das caractersticas dos trens do metr e dos carros de So Paulo.

    (B) narrativo, pois desenvolve uma sequncia de acontecimentos durante alguns perodos do dia em So Paulo.

    (C) dissertativo, pois apresenta e analisa dados sobre a velocidade dos trens do metr de So Paulo e a dos carros que circulam pela metrpole.

    (D) narrativo, pois relata episdios sobre os horrios de pico de So Paulo. (E) dissertativo, pois apresenta e discute uma opinio sobre a qualidade do servio prestado pelo metr de

    So Paulo.

    Resposta

    1. Resposta: C

    O texto apresenta caractersticas da descrio, mas, como destacado no enunciado: predomina o dissertativo, analisando dados que do ao autor base para argumentao.

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  • 15

    A palavra ortografia formada pelos elementos gregos orto correto e grafia escrita sendo a escrita correta das palavras da lngua portuguesa, obedecendo a uma combinao de critrios etimolgicos (ligados origem das palavras) e fonolgicos (ligados aos fonemas representados).

    Somente a intimidade com a palavra escrita, que acaba trazendo a memorizao da grafia correta. Deve-se tambm criar o hbito de consultar constantemente um dicionrio.

    Alfabeto

    O alfabeto passou a ser formado por 26 letras. As letras k, w e y no eram consideradas integrantes do alfabeto (agora so). Essas letras so usadas em unidades de medida, nomes prprios, palavras estrangeiras e outras palavras em geral. Exemplos: km, kg, watt, playground, William, Kafka, kafkiano.

    Vogais: a, e, i, o, u. Consoantes: b,c,d,f,g,h,j,k,l,m,n,p,q,r,s,t,v,w,x,y,z. Alfabeto: a,b,c,d,e,f,g,h,i,j,k,l,m,n,o,p,q,r,s,t,u,v,w,x,y,z.

    Emprego da letra H

    Esta letra, em incio ou fim de palavras, no tem valor fontico; conservou-se apenas como smbolo, por fora da etimologia e da tradio escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta palavra vem do latim hodie.

    Emprega-se o H: - Inicial, quando etimolgico: hbito, hlice, heri, hrnia, hesitar, haurir, etc. - Medial, como integrante dos dgrafos ch, lh e nh: chave, boliche, telha, flecha, companhia, etc. - Final e inicial, em certas interjeies: ah!, ih!, hem?, hum!, etc. - Algumas palavras iniciadas com a letra H: hlito, harmonia, hangar, hbil, hemorragia, hemisfrio,

    heliporto, hematoma, hfen, hilaridade, hipocondria, hiptese, hipocrisia, homenagear, hera, hmus; - Sem h, porm, os derivados baianos, baianinha, baio, baianada, etc.

    No se usa H: - No incio de alguns vocbulos em que o h, embora etimolgico, foi eliminado por se tratar de palavras

    que entraram na lngua por via popular, como o caso de erva, inverno, e Espanha, respectivamente do latim, herba, hibernus e Hispania. Os derivados eruditos, entretanto, grafam-se com h: herbvoro, herbicida, hispnico, hibernal, hibernar, etc.

    Emprego das letras E, I, O e U

    Na lngua falada, a distino entre as vogais tonas /e/ e /i/, /o/ e /u/ nem sempre ntida. principalmente desse fato que nascem as dvidas quando se escrevem palavras como quase, intitular, mgoa, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais.

    Escreve-se com a letra E:

    - A slaba final de formas dos verbos terminados em uar: continue, habitue, pontue, etc.

    3 Ortografia Oficial

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  • 16

    - A slaba final de formas dos verbos terminados em oar: abenoe, magoe, perdoe, etc. - As palavras formadas com o prefixo ante (antes, anterior): antebrao, antecipar, antedatar,

    antediluviano, antevspera, etc. - Os seguintes vocbulos: Arrepiar, Cadeado, Candeeiro, Cemitrio, Confete, Creolina, Cumeeira,

    Desperdcio, Destilar, Disenteria, Empecilho, Encarnar, Indgena, Irrequieto, Lacrimogneo, Mexerico, Mimegrafo, Orqudea, Peru, Quase, Quepe, Seno, Sequer, Seriema, Seringa, Umedecer.

    Emprega-se a letra I:

    - Na slaba final de formas dos verbos terminados em air/oer /uir: cai, corri, diminuir, influi, possui, retribui, sai, etc.

    - Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra): antiareo, Anticristo, antitetnico, antiesttico, etc. - Nos seguintes vocbulos: aborgine, aoriano, artifcio, artimanha, camoniano, Casimiro, chefiar,

    cimento, crnio, criar, criador, criao, crioulo, digladiar, displicente, erisipela, escrnio, feminino, Filipe, frontispcio, Ifignia, inclinar, incinerar, inigualvel, invlucro, lajiano, lampio, ptio, penicilina, pontiagudo, privilgio, requisito, Siclia (ilha), silvcola, siri, terebintina, Tibiri, Virglio.

    Grafam-se com a letra O: abolir, banto, boate, bolacha, boletim, botequim, bssola, chover, cobia, concorrncia, costume, engolir, goela, mgoa, mocambo, moela, moleque, mosquito, nvoa, ndoa, bolo, ocorrncia, rebotalho, Romnia, tribo.

    Grafam-se com a letra U: bulir, burburinho, camundongo, chuviscar, cumbuca, cpula, curtume, cutucar, entupir, ngua, jabuti, jabuticaba, lbulo, Manuel, mutuca, rebulio, tbua, tabuada, tonitruante, trgua, urtiga.

    Parnimos: Registramos alguns parnimos que se diferenciam pela oposio das vogais /e/ e /i/, /o/ e /u/. Fixemos a grafia e o significado dos seguintes:

    rea = superfcie ria = melodia, cantiga arrear = pr arreios, enfeitar arriar = abaixar, pr no cho, cair comprido = longo cumprido = particpio de cumprir comprimento = extenso cumprimento = saudao, ato de cumprir costear = navegar ou passar junto costa custear = pagar as custas, financiar deferir = conceder, atender diferir = ser diferente, divergir delatar = denunciar dilatar = distender, aumentar descrio = ato de descrever discrio = qualidade de quem discreto emergir = vir tona imergir = mergulhar emigrar = sair do pas imigrar = entrar num pas estranho emigrante = que ou quem emigra imigrante = que ou quem imigra eminente = elevado, ilustre iminente = que ameaa acontecer recrear = divertir recriar = criar novamente soar = emitir som, ecoar, repercutir suar = expelir suor pelos poros, transpirar sortir = abastecer surtir = produzir (efeito ou resultado) sortido = abastecido, bem provido, variado

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  • 17

    surtido = produzido, causado vadear = atravessar (rio) por onde d p, passar a vau vadiar = viver na vadiagem, vagabundear, levar vida de vadio

    Emprego das letras G e J

    Para representar o fonema /j/ existem duas letras; g e j. Grafa-se este ou aquele signo no de modo arbitrrio, mas de acordo com a origem da palavra. Exemplos: gesso (do grego gypsos), jeito (do latim jactu) e jipe (do ingls jeep).

    Escrevem-se com G:

    - Os substantivos terminados em agem, -igem, -ugem: garagem, massagem, viagem, origem, vertigem, ferrugem, lanugem. Exceo: pajem

    - As palavras terminadas em gio, -gio, -gio, -gio, -gio: contgio, estgio, egrgio, prodgio, relgio, refgio.

    - Palavras derivadas de outras que se grafam com g: massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem), ferruginoso (de ferrugem), engessar (de gesso), faringite (de faringe), selvageria (de selvagem), etc.

    - Os seguintes vocbulos: algema, angico, apogeu, auge, estrangeiro, gengiva, gesto, gibi, gilete, ginete, gria, giz, hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, sugesto, tangerina, tigela.

    Escrevem-se com J:

    - Palavras derivadas de outras terminadas em j: laranja (laranjeira), loja (lojista, lojeca), granja (granjeiro, granjense), gorja (gorjeta, gorjeio), lisonja (lisonjear, lisonjeiro), sarja (sarjeta), cereja (cerejeira).

    - Todas as formas da conjugao dos verbos terminados em jar ou jear: arranjar (arranje), despejar (despejei), gorjear (gorjeia), viajar (viajei, viajem) (viagem substantivo).

    - Vocbulos cognatos ou derivados de outros que tm j: laje (lajedo), nojo (nojento), jeito (jeitoso, enjeitar, projeo, rejeitar, sujeito, trajeto, trejeito).

    - Palavras de origem amerndia (principalmente tupi-guarani) ou africana: canjer, canjica, jenipapo, jequitib, jerimum, jiboia, jil, jirau, paj, etc.

    - As seguintes palavras: alfanje, alforje, berinjela, cafajeste, cerejeira, intrujice, jeca, jegue, Jeremias, Jeric, Jernimo, jrsei, jiu-jtsu, majestade, majestoso, manjedoura, manjerico, ojeriza, pegajento, rijeza, sabujice, sujeira, traje, ultraje, varejista.

    - Ateno: Moji, palavra de origem indgena, deve ser escrita com J. Por tradio algumas cidades de So Paulo adotam a grafia com G, como as cidades de Mogi das Cruzes e Mogi-Mirim.

    Representao do fonema /S/

    O fonema /s/, conforme o caso, representa-se por:

    - C, : acetinado, aafro, almao, anoitecer, censura, cimento, dana, danar, contoro, exceo, endereo, Iguau, maarico, maaroca, mao, macio, mianga, muulmano, muurana, paoca, pana, pina, Sua, suo, vicissitude.

    - S: nsia, ansiar, ansioso, ansiedade, cansar, cansado, descansar, descanso, diverso, excurso, farsa, ganso, hortnsia, pretenso, pretensioso, propenso, remorso, sebo, tenso, utenslio.

    - SS: acesso, acessrio, acessvel, assar, asseio, assinar, carrossel, cassino, concesso, discusso, escassez, escasso, essencial, expresso, fracasso, impresso, massa, massagista, misso, necessrio, obsesso, opresso, pssego, procisso, profisso, profissional, ressurreio, sessenta, sossegar, sossego, submisso, sucessivo.

    - SC, S: acrscimo, adolescente, ascenso, conscincia, consciente, crescer, creso, descer, deso, desa, disciplina, discpulo, discernir, fascinar, florescer, imprescindvel, nscio, oscilar, piscina, ressuscitar, seiscentos, suscetvel, suscetibilidade, suscitar, vscera.

    - X: aproximar, auxiliar, auxlio, mximo, prximo, proximidade, trouxe, trouxer, trouxeram, etc. - XC: exceo, excedente, exceder, excelncia, excelente, excelso, excntrico, excepcional, excesso,

    excessivo, exceto, excitar, etc.

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  • 18

    Homnimos

    acento = inflexo da voz, sinal grfico assento = lugar para sentar-se actico = referente ao cido actico (vinagre) asctico = referente ao ascetismo, mstico cesta = utenslio de vime ou outro material sexta = ordinal referente a seis crio = grande vela de cera srio = natural da Sria cismo = penso sismo = terremoto empoar = formar poa empossar = dar posse a incipiente = principiante insipiente = ignorante intercesso = ato de interceder interseo = ponto em que duas linhas se cruzam ruo = pardacento russo = natural da Rssia

    Emprego de S com valor de Z

    - Adjetivos com os sufixos oso, -osa: gostoso, gostosa, gracioso, graciosa, teimoso, teimosa, etc. - Adjetivos ptrios com os sufixos s, -esa: portugus, portuguesa, ingls, inglesa, milans, milanesa,

    etc. - Substantivos e adjetivos terminados em s, feminino esa: burgus, burguesa, burgueses,

    campons, camponesa, camponeses, fregus, freguesa, fregueses, etc. - Verbos derivados de palavras cujo radical termina em s: analisar (de anlise), apresar (de presa),

    atrasar (de atrs), extasiar (de xtase), extravasar (de vaso), alisar (de liso), etc. - Formas dos verbos pr e querer e de seus derivados: pus, pusemos, comps, impuser, quis,

    quiseram, etc. - Os seguintes nomes prprios de pessoas: Avis, Baltasar, Brs, Eliseu, Garcs, Helosa, Ins, Isabel,

    Isaura, Lus, Lusa, Queirs, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Toms, Valds. - Os seguintes vocbulos e seus cognatos: alis, anis, arns, s, ases, atravs, avisar, besouro,

    coliso, convs, corts, cortesia, defesa, despesa, empresa, esplndido, espontneo, evasiva, fase, frase, freguesia, fusvel, gs, Gois, groselha, heresia, hesitar, mangans, ms, mesada, obsquio, obus, paisagem, pas, paraso, psames, pesquisa, presa, prespio, presdio, querosene, raposa, represa, requisito, rs, reses, retrs, revs, surpresa, tesoura, tesouro, trs, usina, vasilha, vaselina, vigsimo, visita.

    Emprego da letra Z

    - Os derivados em zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: cafezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha, cozito, avezita, etc.

    - Os derivados de palavras cujo radical termina em z: cruzeiro (de cruz), enraizar (de raiz), esvaziar (de vazio), etc.

    - Os verbos formados com o sufixo izar e palavras cognatas: fertilizar, fertilizante, civilizar, civilizao, etc.

    - Substantivos abstratos em eza, derivados de adjetivos e denotando qualidade fsica ou moral: pobreza (de pobre), limpeza (de limpo), frieza (de frio), etc.

    - As seguintes palavras: azar, azeite, azfama, azedo, amizade, aprazvel, baliza, buzinar, bazar, chafariz, cicatriz, ojeriza, prezar, prezado, proeza, vazar, vizinho, xadrez.

    Sufixo S e EZ

    - O sufixo s (latim ense) forma adjetivos (s vezes substantivos) derivados de substantivos concretos: monts (de monte), corts (de corte), burgus (de burgo), montanhs (de montanha), francs (de Frana), chins (de China), etc.

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  • 19

    - O sufixo ez forma substantivos abstratos femininos derivados de adjetivos: aridez (de rido), acidez (de cido), rapidez (de rpido), estupidez (de estpido), mudez (de mudo) avidez (de vido) palidez (de plido) lucidez (de lcido), etc.

    Sufixo ESA e EZA

    Usa-se esa (com s): - Nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados em ender: defesa (defender), presa

    (prender), despesa (despender), represa (prender), empresa (empreender), surpresa (surpreender), etc. - Nos substantivos femininos designativos de ttulos nobilirquicos: baronesa, dogesa, duquesa,

    marquesa, princesa, consulesa, prioresa, etc. - Nas formas femininas dos adjetivos terminados em s: burguesa (de burgus), francesa (de

    francs), camponesa (de campons), milanesa (de milans), holandesa (de holands), etc. - Nas seguintes palavras femininas: framboesa, indefesa, lesa, mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa,

    toesa, turquesa, etc.

    Usa-se eza (com z): - Nos substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos e denotando qualidade, estado,

    condio: beleza (de belo), franqueza (de franco), pobreza (de pobre), leveza (de leve), etc.

    Verbos terminados em ISAR e -IZAR

    Escreve-se isar (com s) quando o radical dos nomes correspondentes termina em s. Se o radical no terminar em s, grafa-se izar (com z): avisar (aviso + ar), analisar (anlise + ar), alisar (a + liso + ar), bisar (bis + ar), catalisar (catlise + ar), improvisar (improviso + ar), paralisar (paralisia + ar), pesquisar (pesquisa + ar), pisar, repisar (piso + ar), frisar (friso + ar), grisar (gris + ar), anarquizar (anarquia + izar), civilizar (civil + izar), canalizar (canal + izar), amenizar (ameno + izar), colonizar (colono + izar), vulgarizar (vulgar + izar), motorizar (motor + izar), escravizar (escravo + izar), cicatrizar (cicatriz + izar), deslizar (deslize + izar), matizar (matiz + izar).

    Emprego do X

    - Esta letra representa os seguintes fonemas:

    Ch xarope, enxofre, vexame, etc. CS sexo, ltex, lxico, txico, etc. Z exame, exlio, xodo, etc. SS auxlio, mximo, prximo, etc. S sexto, texto, expectativa, extenso, etc.

    - No soa nos grupos internos xce- e xci-: exceo, exceder, excelente, excelso, excntrico, excessivo, excitar, inexcedvel, etc.

    - Grafam-se com x e no com s: expectativa, experiente, expiar, expirar, expoente, xtase, extasiado, extrair, fnix, texto, etc.

    - Escreve-se x e no ch: Em geral, depois de ditongo: caixa, baixo, faixa, feixe, frouxo, ameixa, rouxinol, seixo, etc. Excetuam-se caucho e os derivados cauchal, recauchutar e recauchutagem. Geralmente, depois da slaba inicial en-: enxada, enxame, enxamear, enxaguar, enxaqueca, enxergar, enxerto, enxoval, enxugar, enxurrada, enxuto, etc. Excepcionalmente, grafam-se com ch: encharcar (de charco), encher e seus derivados (enchente, preencher), enchova, enchumaar (de chumao), enfim, toda vez que se trata do prefixo en- + palavra iniciada por ch. Em vocbulos de origem indgena ou africana: abacaxi, xavante, caxambu, caxinguel, orix, maxixe, etc. Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, mexer, mexerico, puxar, rixa, oxal, praxe, vexame, xarope, xaxim, xcara, xale, xingar, xampu.

    Emprego do dgrafo CH

    Escreve-se com ch, entre outros os seguintes vocbulos: bucha, charque, charrua, chavena, chimarro, chuchu, cochilo, fachada, ficha, flecha, mecha, mochila, pechincha, tocha.

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  • 20

    Homnimos

    Bucho = estmago Buxo = espcie de arbusto Cocha = recipiente de madeira Coxa = capenga, manco Tacha = mancha, defeito; pequeno prego; prego de cabea larga e chata, caldeira Taxa = imposto, preo de servio pblico, conta, tarifa Ch = planta da famlia das teceas; infuso de folhas do ch ou de outras plantas X = ttulo do soberano da Prsia (atual Ir) Cheque = ordem de pagamento Xeque = no jogo de xadrez, lance em que o rei atacado por uma pea adversria

    Consoantes dobradas

    - Nas palavras portuguesas s se duplicam as consoantes C, R, S. - Escreve-se com CC ou C quando as duas consoantes soam distintamente: convico, occipital,

    coco, frico, friccionar, faco, suco, etc. - Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando, intervoclicos, representam os fonemas /r/ forte e /s/

    sibilante, respectivamente: carro, ferro, pssego, misso, etc. Quando a um elemento de composio terminado em vogal seguir, sem interposio do hfen, palavra comeada com /r/ ou /s/: arroxeado, correlao, pressupor, bissemanal, girassol, minissaia, etc.

    C - cedilha a letra C que se ps cedilha. Indica que o passa a ter som de /S/: almao, ameaa, cobia, doena,

    eleio, exceo, fora, frustrao, geringona, justia, lio, mianga, preguia, raa. Nos substantivos derivados dos verbos: ter e torcer e seus derivados: ater, ateno; abster, absteno;

    reter, reteno; torcer, toro; contorcer, contoro; distorcer, distoro. O s usado antes de A, O, U.

    Emprego das iniciais maisculas

    - A primeira palavra de perodo ou citao. Diz um provrbio rabe: A agulha veste os outros e vive nua. No incio dos versos que no abrem perodo facultativo o uso da letra maiscula.

    - Substantivos prprios (antropnimos, alcunhas, topnimos, nomes sagrados, mitolgicos, astronmicos): Jos, Tiradentes, Brasil, Amaznia, Campinas, Deus, Maria Santssima, Tup, Minerva, Via-Lctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc.

    - Nomes de pocas histricas, datas e fatos importantes, festas religiosas: Idade Mdia, Renascena, Centenrio da Independncia do Brasil, a Pscoa, o Natal, o Dia das Mes, etc.

    - Nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da Repblica, etc. - Nomes de altos conceitos religiosos ou polticos: Igreja, Nao, Estado, Ptria, Unio, Repblica, etc. - Nomes de ruas, praas, edifcios, estabelecimentos, agremiaes, rgos pblicos, etc: Rua do

    Ouvidor, Praa da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colgio Santista, etc.

    - Nomes de artes, cincias, ttulos de produes artsticas, literrias e cientficas, ttulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os Lusadas, O Guarani, Dicionrio Geogrfico Brasileiro, Correio da Manh, Manchete, etc.

    - Expresses de tratamento: Vossa Excelncia, Sr. Presidente, Excelentssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.

    - Nomes dos pontos cardeais, quando designam regies: Os povos do Oriente, o falar do Norte. Mas: Corri o pas de norte a sul. O Sol nasce a leste.

    - Nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o dio, a Morte, o Jabuti (nas fbulas), etc.

    Emprego das iniciais minsculas

    - Nomes de meses, de festas pags ou populares, nomes gentlicos, nomes prprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, etc.

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  • 21

    - Os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando empregados em sentido geral: So Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua ptria.

    - Nomes comuns antepostos a nomes prprios geogrficos: o rio Amazonas, a baa de Guanabara, o pico da Neblina, etc.

    - Palavras, depois de dois pontos, no se tratando de citao direta: Qual deles: o hortelo ou o advogado?; Chegam os magos do Oriente, com suas ddivas: ouro, incenso, mirra.

    - No interior dos ttulos, as palavras tonas, como: o, a, com, de, em, sem, grafam-se com inicial minscula.

    Algumas palavras ou expresses costumam apresentar dificuldades colocando em maus lenis quem pretende falar ou redigir portugus culto. Esta uma oportunidade para voc aperfeioar seu desempenho. Preste ateno e tente incorporar tais palavras certas em situaes apropriadas.

    A anos: a indica tempo futuro: Daqui a um ano iremos Europa. H anos: h indica tempo passado: no o vejo h meses.

    Procure o seu caminho Eu aprendi a andar sozinho Isto foi h muito tempo atrs Mas ainda sei como se faz Minhas mos esto cansadas No tenho mais onde me agarrar. (gravao: Nenhum de Ns)

    Ateno: H muito tempo j indica passado. No h necessidade de usar atrs, isto um pleonasmo.

    Acerca de: equivale a (a respeito de): Falvamos acerca de uma soluo melhor. H cerca de: equivale a (faz tempo). H cerca de dias resolvemos este caso.

    Ao encontro de: equivale (estar a favor de): Sua atitude vai ao encontro da verdade. De encontro a: equivale a (oposio, choque): Minhas opinies vo de encontro s suas.

    A fim de: locuo prepositiva que indica (finalidade): Vou a fim de visit-la. Afim: um adjetivo e equivale a (igual, semelhante): Somos almas afins.

    Ao invs de: equivale (ao contrrio de): Ao invs de falar comeou a chorar (oposio). Em vez de: equivale a (no lugar de): Em vez de acompanhar-me, ficou s.

    Faa voc a sua parte, ao invs de ficar me cobrando! Quantas vezes usamos ao invs de quando queremos dizer no lugar de! Contudo, esse emprego equivocado, uma vez que invs significa contrrio, inverso. No que

    seja absurdamente errado escrever ao invs de em frases que expressam sentido de em lugar de, mas prefervel optar por em vez de.

    Observe: Em vez de conversar, preferiu gritar para a escola inteira ouvir! (em lugar de) Ele pediu que fosse embora ao invs de ficar e discutir o caso. (ao contrrio de)

    Use ao invs de quando quiser o significado de ao contrrio de, em oposio a, avesso, inverso. Use em vez de quando quiser um sentido de no lugar de ou em lugar de. No entanto, pode assumir

    o significado de ao invs de, sem problemas. Porm, o que ocorre justamente o contrrio, coloca-se ao invs de onde no poderia.

    A par: equivale a (bem informado, ciente): Estamos a par das boas notcias. Ao par: indica relao (de igualdade ou equivalncia entre valores financeiros cmbio): O dlar e o

    euro esto ao par.

    Aprender: tomar conhecimento de: O menino aprendeu a lio. Apreender: prender: O fiscal apreendeu a carteirinha do menino.

    toa: uma locuo adverbial de modo, equivale a (inutilmente, sem razo): Andava toa pela rua. toa: um adjetivo (refere-se a um substantivo), equivale a (intil, desprezvel). Foi uma atitude toa

    e precipitada. (at 01/01/2009 era grafada: -toa)

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  • 22

    Baixar: os preos quando no h objeto direto; os preos funcionam como sujeito: Baixaram os preos (sujeito) nos supermercados. Vamos comemorar, pessoal!

    Abaixar: os preos empregado com objeto direto: Os postos (sujeito) de combustvel abaixaram os preos (objeto direto) da gasolina.

    Bebedor: a pessoa que bebe: Tornei-me um grande bebedor de vinho. Bebedouro: o aparelho que fornece gua. Este bebedouro est funcionando bem.

    Bem-Vindo: um adjetivo composto: Voc sempre bem vindo aqui, jovem. Benvindo: nome prprio: Benvindo meu colega de classe. Bomia/Boemia: so formas variantes (usadas normalmente): Vivia na bomia/boemia.

    Botijo/Bujo de gs: ambas formas corretas: Comprei um botijo/bujo de gs.

    Cmara: equivale ao local de trabalho onde se renem os vereadores, deputados: Ficaram todos reunidos na Cmara Municipal.

    Cmera: aparelho que fotografa, tira fotos: Comprei uma cmera japonesa.

    Champanha/Champanhe (do francs): O champanha/champanhe est bem gelado.

    Cesso: equivale ao ato de doar, doao: Foi confirmada a cesso do terreno. Sesso: equivale ao intervalo de tempo de uma reunio: A sesso do filme durou duas horas. Seo/Seco: repartio pblica, departamento: Visitei hoje a seo de esportes.

    Demais: advrbio de intensidade, equivale a muito, aparece intensificando verbos, adjetivos ou o prprio advrbio. Vocs falam demais, caras!

    Demais: pode ser usado como substantivo, seguido de artigo, equivale a os outros. Chamaram mais dez candidatos, os demais devem aguardar.

    De mais: locuo prepositiva, ope-se a de menos, refere-se sempre a um substantivo ou a um pronome: No vejo nada de mais em sua deciso.

    Dia a dia: um substantivo, equivale a cotidiano, dirio, que faz ou acontece todo dia. Meu dia a dia cheio de surpresas. (at 01/01/2009, era grafado dia-a-dia)

    Dia a dia: uma expresso adverbial, equivale a diariamente. O lcool aumenta dia a dia. Pode isso?

    Descriminar: equivale a (inocentar, absolver de crime). O ru foi descriminado; pra sorte dele. Discriminar: equivale a (diferenar, distinguir, separar). Era impossvel discriminar os caracteres do

    documento. Cumpre discriminar os verdadeiros dos falsos valores. /Os negros ainda so discriminados.

    Descrio: ato de descrever: A descrio sobre o jogador foi perfeita. Discrio: qualidade ou carter de ser discreto, reservado: Voc foi muito discreto.

    Entrega em domiclio: equivale a lugar: Fiz a entrega em domiclio. Entrega a domiclio com verbos de movimento: Enviou as compras a domiclio.

    As expresses entrega em domiclio e entrega a domiclio so muito recorrentes em restaurantes, na propaganda televisa, no outdoor, no folder, no panfleto, no catlogo, na fala. Convivem juntas sem problemas maiores porque so entendidas da mesma forma, com um mesmo sentido. No entanto, quando falamos de gramtica normativa, temos que ter cuidado, pois a domiclio no aceita. Por qu? A regra estabelece que esta ltima locuo adverbial deve ser usada nos casos de verbos que indicam movimento, como: levar, enviar, trazer, ir, conduzir, dirigir-se.

    Portanto, A loja entregou meu sof a casa no est correto. J a locuo adverbial em domiclio usada com os verbos sem noo de movimento: entregar, dar, cortar, fazer.

    A dvida surge com o verbo entregar: no indicaria movimento? De acordo com a gramtica purista no, uma vez que quem entrega, entrega algo em algum lugar.

    Porm, h aqueles que afirmam que este verbo indica sim movimento, pois quem entrega se desloca de um lugar para outro.

    Contudo, obedecendo s normas gramaticais, devemos usar entrega em domiclio, nos atentando ao fato de que a finalidade que vale: a entrega ser feita no (em+o) domiclio de uma pessoa.

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  • 23

    Espectador: aquele que v, assiste: Os espectadores se fartaram da apresentao. Expectador: aquele que est na expectativa, que espera alguma coisa: O expectador aguardava o

    momento da chamada.

    Estada: permanncia de pessoa (tempo em algum lugar): A estada dela aqui foi gratificante. Estadia: prazo concedido para carga e descarga de navios ou veculos: A estadia do carro foi

    prolongada por mais algumas semanas.

    Fosforescente: adjetivo derivado de fsforo; que brilha no escuro: Este material fosforescente. Fluorescente: adjetivo derivado de flor, elemento qumico, refere-se a um determinado tipo de

    luminosidade: A luz branca do carro era fluorescente.

    Haja - do verbo haver - preciso que no haja descuido. Aja - do verbo agir - Aja com cuidado, Carlinhos.

    Houve: pretrito perfeito do verbo haver, 3 pessoa do singular. Ouve: presente do indicativo do verbo ouvir, 3 pessoa do singular.

    Levantar: sinnimo de erguer: Gins, meu estimado cunhado, levantou sozinho a tampa do poo. Levantar-se: pr de p: Lus e Diego levantaram-se cedo e, dirigiram-se ao aeroporto.

    Mal: advrbio de modo, equivale a erradamente, oposto de bem: Dormi mal. (bem). Equivale a nocivo, prejudicial, enfermidade; pode vir antecedido de artigo, adjetivo ou pronome: A comida fez mal para mim. Seu mal crer em tudo. Conjuno subordinativa temporal, equivale a assim que, logo que: Mal chegou comeou a chorar desesperadamente.

    Mau: adjetivo, equivale a ruim, oposto de bom; plural=maus; feminino=m. Voc um mau exemplo (bom). Substantivo: Os maus nunca vencem.

    Mas: conjuno adversativa (ideia contrria), equivale a porm, contudo, entretanto: Telefonei-lhe mas ela no atendeu.

    Mais: pronome ou advrbio de intensidade, ope-se a menos: H mais flores perfumadas no campo.

    Nem um: equivale a nem um sequer, nem um nico; a palavra um expressa quantidade: Nem um filho de Deus apareceu para ajud-la.

    Nenhum: pronome indefinido varivel em gnero e nmero; vem antes de um substantivo, oposto de algum: Nenhum jornal divulgou o resultado do concurso.

    Obrigada: As mulheres devem dizer: muito obrigada, eu mesma, eu prpria. Obrigado: Os homens devem dizer: muito obrigado, eu mesmo, eu prprio.

    Onde: indica o lugar em que se est; refere-se a verbos que exprimem estado, permanncia: Onde fica a farmcia mais prxima?

    Aonde: ideia de movimento; equivale (para onde) somente com verbo de movimento desde que indique deslocamento, ou seja, a+onde. Aonde vo com tanta pressa?

    Pode seguir a tua estrada o teu brinquedo de estar fantasiando um segredo o ponto aonde quer chegar... (gravao: Baro Vermelho)

    Por ora: equivale a por este momento, por enquanto: Por ora chega de trabalhar. Por hora: locuo equivale a cada sessenta minutos: Voc deve cobrar por hora.

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  • 24

    Emprego do Porqu

    POR QUE Oraes Interrogativas (pode ser substitudo por: por qual motivo, por qual razo)

    Exemplo: Por que devemos nos preocupar com o meio ambiente?

    POR QUE

    Equivalendo a pelo qual Exemplo: Os motivos por que no respondeu so desconhecidos.

    POR QU

    Final de frases e seguidos de pontuao

    Exemplos: Voc ainda tem coragem de perguntar por qu? Voc no vai? Por qu? No sei por qu!

    PORQUE Conjuno que indica explicao ou causa

    Exemplos: A situao agravou-se porque ningum reclamou. Ningum mais o espera, porque ele sempre se atrasa.

    POR QUE Conjuno de Finalidade equivale a para que, a fim de que.

    Exemplos: No julgue porque no te julgues.

    PORQU Funo de substantivo vem acompanhado de artigo ou pronome

    Exemplos: No fcil encontrar o porqu de toda confuso. D-me um porqu de sua sada.

    1. Por que (pergunta) 2. Porque (resposta) 3. Por qu (fim de frase: motivo) 4. O Porqu (substantivo)

    Emprego de outras palavras

    Seno: equivale a caso contrrio, a no ser: No fazia coisa nenhuma seno criticar. Se no: equivale a se por acaso no, em oraes adverbiais condicionais: Se no houver homens

    honestos, o pas no sair desta situao crtica.

    Tampouco: advrbio, equivale a tambm no: No compareceu, tampouco apresentou qualquer justificativa.

    To pouco: advrbio de intensidade: Encontramo-nos to pouco esta semana.

    Trs ou Atrs = indicam lugar, so advrbios. Traz - do verbo trazer.

    Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui. Vultuoso: atacado de congesto no rosto: Sua face est vultuosa e deformada.

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    Questes

    1. (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP). Assinale a alternativa em que todas as palavras esto grafadas segundo a ortografia oficial.

    (A) Diante da paralizao das atividades dos agentes dos correios, pede-se a compreeno de todos, pois ouve excees na distribuio dos processos.

    (B) O revesamento dos funcionarios entre o Natal e o Ano Novo ser feito mediante sorteio, para que no ocorra descriminao.

    (C) Durante o perodo de recesso, os chefes sero encumbidos de controlar a imisso de faxes e copias xerox.

    (D) A concesso de frias obedece a critrios legais, o mesmo ocorrendo com os casos de resciso contratual.

    (E) certo que os cuidados com o educando devem dobrar durante a adolecencia, para que o jovem haja sempre de acordo com a lei.

    2. (CIAAR - Capelo Militar Catlico - CIAAR)

    O gilete dos tablets

    Num mundo capitalista como este em que vivemos, onde as empresas concorrem para posicionar suas marcas e fixar logotipos e slogans na cabea dos consumidores, a sndrome do Gillette pode ser decisiva para a perpetuao de um produto. isso que preocupa a concorrncia do iPad, tablet da Apple.

    Assim como a marca de lminas de barbear tornou-se sinnimo de toda a categoria de barbeadores, eclipsando o nome das marcas que ofereciam produtos similares, o mesmo pode estar acontecendo com o tablet lanado por Steve Jobs. O maior temor do mercado que as pessoas passem a se referir aos tablets como iPad em geral, dizendo iPad da Samsung ou iPad da Motorola, e assim por diante.

    [...] O mesmo se deu com os lenos Kleenex, os curativos Band-aid e as fotocopiadoras Xerox. Resta saber se os consumidores se habituaro com outros nomes para produto tecnolgico.

    Disponvel em: http//revistalingua.uol.com.br/textos/blog-edgard/o-gilete-dos-tablets-260395-1.asp Adaptado.

    No texto I, a palavra gilete (com inicial minscula e apenas uma letra L na segunda slaba) compe o ttulo, ao passo que no primeiro pargrafo tem-se a forma Gillette (com inicial maiscula e duas letras L na segunda slaba). Julgue as afirmativas a respeito dessa diferena.

    I. A diferena de grafia entre as duas formas fruto de um erro de ortografia. II. A diferena de grafia se d devido gilete, do ttulo, ser um nome comum e Gillette, do primeiro

    pargrafo, um nome prprio. III. H diferena entre as formas por Gillette ser parte do nome de um problema recorrente em

    economia chamado sndrome do Gillette. IV. H diferena entre as formas por gilete ser a designao de qualquer lmina descartvel de

    barbear e Gillette, uma lmina descartvel de uma marca especfica. Esto corretas apenas as afirmativas (A) I e III. (B) II e III. (C) II e IV. (D) III e IV.

    3. (CRF-SC - Operador de Computador - IESES)

    Pra que serve um vereador?

    por Csar Cerqueira Disponvel em Http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0

    EMI3171-1-PRA+QUE+SERVE+UM+VEREADOR. Html/Acesso em 06 de outubro de 2012.

    (...) Mas se o prefeito e seus secretrios planejam e coordenam toda a administrao da cidade, o que sobra ao vereador, esse cargo que em 2012 ser disputado por 440 mil pessoas? (H mais candidatos a vereador do que a soma de budistas e judeus no Brasil segundo o Censo de 2010).

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    A constituio de 1988 ajudou a defninir a funo desses polticos, apontando suas competncias genricas. Segundo a Carta, as principais so legislar e fiscalizar. As leis que eles redigem e aprovam no podem contrariar as das esferas superiores (estadual e federal), mas podem regulamentar algumas coisas importantes, como restries a fumo em locais e regras para venda de carne moda. Mas outras nem tanto, como o nome novo daquela rua que voc nem sabe que existe. Na rea de fiscalizao, cabe a eles acompanhar gastos do municpio, avaliar aes do prefeito e cobrar trasnparncia. Alm disso, eles devem atuar como administradores das prprias Cmaras, e s vezes at como juzes, ao processar e julgar o prefeito e os prprios colegas em caso de irregularidades. Isso o que diz a lei.

    No dia a dia, porm, a atividade que toma mais tempo dos vereadores o atendimento de pedidos dos indivduos, comunidades e outros grupos de eleies. Sabe aquelas faixas que dizem Obrigado, vereador Fulano, por trazer o asfalto comunidade da Vila Ribeirinha? Pode ser asfalto, mas tambm pode ser emprego, remdios, culos, dinheiro para pagar contas, material de construo. Ou seja, atender a demandas especficas e imediatas, sejam individuais ou coletivas. Isso o que a maioria dos vereadores tenta fazer at porque justamente isso que os eleitores esperam dele.

    Uma pesquisa publicada pelo luperj (Instituto Universitrio de Pesquisa do rio de Janeiro) em 2009 mostra como um vereador da zona oeste do Rio construiu sua fama a partir da manuteno de centros sociais privados, com 80 funcionrios cada um, que ofereciam desde cursos de lambaerbica at consultas mdicas e jurdicas. O Brasil est cheio de exemplos assim. E como esas atividades no esto proibidas em lei ao menos fora do perodo eleitoral -, complicado dizer se isso certo ou errado.

    Medir o clientelismo, a troca de benefcios entre pessoas com diferentes nveis de poder, muito difcil. A fronteira tica neste caso muito borrada, porque, por mais que isso possa ter uma conotao negativa, o vereador importante como canal para resolver problemas pontuais da populao, diz Felix Lopez, cientsta poltico do IPEA (Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada). Ele lembra que, afinal, esse o representante poltico mais acessvel ao cidado comum.

    A maioria dos eleitores acha inadequado o vereador dizer: Meu papel legislar e fiscalizar e no vou fazer isso que voc est me pedindo, afirma Lopez, coautor de um estudo que analisou em detalhes a rotina de vereadores de 12 cidades de Minas Gerais. Quando questionados sobre o que era mais importante em seu trabalho, 60% deles responderam que era atender a pedidos individuais ou coletivos de eleitores (...). No por acaso, 44% deles disseram que essa era a atividade que mais ocupa seu tempo de trabalho.

    No estudo, os autores apontam trs fatores que ajudam a explicar esse perfil assistencialista do vereador. Um deles a natureza quase amadora da gesto municipal brasileira, baseada em redes de contato pessoal. Outro seria o tamanho relativamente pequeno dos municpios no pas nos 89% com menos de 50 mil habitantes, no existe mesmo tanta coisa sobre o que legislar. Inclusive, a maior parte das cmaras nessas cidades s tem uma ou duas sesses por semana. A ltima explicao seria o poder reduzido desses polticos: questes importantes, como a definio do oramento, acabam na mo dos prefeitos.

    Para compensar e mostrar servio na Cmara, os vereadores acabam sugerindo e aprovando um grande volume de leis que pouco ajudam a vida do cidado (...)

    Analise as proposies a seguir e em seguida assinale a alternativa correta: I. O termo isso, destacado no terceiro pargrafo, retoma a expresso pode ser asfalto, mas tambm

    pode ser emprego, remdio, culos, dinheiro para pagar contas, material de construo. II. No trecho: H mais candidatos a vereador do que a soma de budistas temos a presena de

    palavras parnimas. III. Em: consultas mdicas e jurdicas, as duas palavras acentuadas recebem acento pelo mesmo

    motivo. IV. O emprego dos parnteses no final do 1 pargrafo tem a funo de indicar possibilidade alternativa

    de leitura. (A) Apenas as assertivas II, III e IV esto corretas. (B) Apenas as assertivas II e III esto corretas. (C) Apenas as assertivas I e IV esto corretas. (D) Apenas a assertiva III est correta.

    4. (MPE-RS - Tcnico em Informtica - Sistemas - MPE)

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    01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44

    A empresa de segurana mvel LookOut afirmou nesta segunda-feira que algumas redes de publicidade recolheram secretamente informaes pessoais de usurios de aplicativos durante o ano passado e agora ________ acesso a milhes de smartphones em todo o mundo. Segundo a LookOut, essas prticas no regulamentadas esto em ________. Por essa razo, urge que desenvolvedores de aplicativos e anunciantes se unam na busca de solues para que o consumidor no fique vulnervel a esse tipo de invaso. A empresa afirma que mais de 80 milhes de aplicativos que foram baixados carregam uma forma de anncios invasivos que podem pegar os dados pessoais dos usurios a partir de telefones ou instalar software sem o conhecimento deles. Algumas redes mais agressivas conseguem at mesmo coletar endereos de e-mail ou nmeros de telefone sem a permisso do usurio. As redes de publicidade atuam como intermedirias, ligando um grande nmero de anunciantes com editores de mdia. Os casos esto crescendo especialmente a partir da expanso da plataforma Android, do Google, onde aplicativos como o Angry Birds so distribudos gratuitamente e financiados por meio de anncios. As empresas de publicidade esto acompanhando de perto como o setor de anncios mveis ________ representando uma oportunidade para novos fluxos de receita. Todavia, com consumidores cada vez mais conscientes das questes de privacidade, algumas dizem que prticas agressivas como essas poderiam ser ________ para o aumento da comercializao de smartphones. "Estamos vivendo os primrdios da publicidade mvel, e os modelos so muito similares aos da web, onde as prticas no so muito respeitosas", disse Anne Bezanon, presidente da Placecast, que fornece servios baseados em localizao de marketing, mas garante no vender as informaes de seus 10 milhes de clientes. A experincia mvel muito mais ntima e pessoal um telefone como se fosse uma extenso da pessoa. o equivalente a algum sussurrar em seu ouvido, afirma Bezanon.

    Adaptado de:< http://oglobo.globo.com/tecnologia/empresa-deseguranca-alerta-para-ameaca-privacidade-em-smartphones-5429137>. Acesso em: 09 de julho de

    2012.

    Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas 05, 07, 28 e 33, nesta ordem. (A) tm ascenso vem desastrosas (B) tem asceno vm desastrozas (C) tm ascenso vem desastrozas (D) tm asceno veem desastrozas (E) tem asceno vm dezastrosas

    5. (IFC - Auxiliar administrativo - IFC). Assinale a opo em que todas as palavras so vocbulos de sentidos iguais ou aproximados:

    (A) Escopo; Intento; Mira; Tronco. (B) Adiado; Adiantado; Delongado; Moroso.

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    (C) Dctil; Madeira; Lenha; Brando. (D) Branco; Nveo; Cndido; Alvo. (E) Tangerina; Bergamota; Jambo; Mexerica.

    6. (TJ-SP - Escrevente Tcnico Judicirio - Prova verso 1 - VUNESP) Que mexer o esqueleto bom para a sade j virou at sabedoria popular. Agora, estudo levanta

    hipteses sobre ........................ praticar atividade fsica..........................benefcios para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas terapias para reabilitar msculos contundidos ou mesmo para .......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o avano da idade.

    (Cincia Hoje, maro de 2012)

    As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com: (A) porque trs previnir (B) porque traz previnir (C) porqu tras previnir (D) por que traz prevenir (E) por qu trz prevenir

    7. (TJ-MG) Tcnico Judicirio - Analista de Recursos Humanos

    Como o rei de um pas chuvoso

    (1) Um espectro ronda o mundo atual: o espectro do tdio. Ele se manifesta de (2) diversas maneiras. Algumas de suas vtimas invadem o shopping Center e, (3) empunhando um carto de crdito, comprometem o futuro do marido ou da mulher (4) e dos filhos. A maioria opta por ficar horas diante da TV, assistindo a reality (5) shows, os quais, por razes que me escapam, tornam interessante para seu (6) pblico a vida comum de estranhos, ou seja, algo idntico prpria rotina considerada vazia, claustrofbica.

    (8) O mal ataca hoje em dia faixas etrias que, uma ou duas geraes atrs, (9) julgvamos naturalmente imunizadas a seu contgio. Crianas sempre foram (10) capazes de se divertir umas com as outras ou at sozinhas. Dotadas de crebros (11) que, como esponjas, tudo absorvem e de um ambien