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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL CONSTRUÇÃO CIVIL IV Prof.ª MSc. Heloisa Fuganti Campos 1 Prof.ª MSc. Heloisa Fuganti Campos TC 042 - Construção Civil IV NORMA DE DESEMPENHO Prof.ª: MSc.: Heloisa Fuganti Campos SETOR DE TECNOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL 2018 NORMA DE DESEMPENHO Prof.ª MSc. Heloisa Fuganti Campos 3 INTRODUÇÃO Em função dos crescentes problemas de degradação precoce observados nas estruturas, das novas necessidades competitivas e das exigências de sustentabilidade no setor da Construção Civil, observa-se, nas últimas duas décadas, uma tendência mundial no sentido de privilegiar os aspectos de projeto voltados à durabilidade e à extensão da vida útil das estruturas. Prof.ª MSc. Heloisa Fuganti Campos 4 Normas técnicas: Uniformizam e consolidam o conhecimento Prescrevem boas técnicas Estabelecem um padrão de qualidade São benéficas para a sociedade INTRODUÇÃO Prof.ª MSc. Heloisa Fuganti Campos 5 Direito: LEI 8.078/90 (código de defesa do consumidor): “Art. 39: É vedado ao fornecedor de produtos e serviços colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial CONMETRO.” PARA O DIREITO O ATENDIMENTO ÀS NORMAS TÉCNICAS É UMA PRESUNÇÃO DE REGULARIDADE! INTRODUÇÃO Prof.ª MSc. Heloisa Fuganti Campos 6 Direito: “Art. 615. Concluída a obra de acordo com o contrato, o dono é obrigado a recebê-la. Poderá, porém, rejeitá-la, se o empreiteiro se afastou das instruções recebidas e dos planos dados, (projetos) ou das regras técnicas em trabalhos de tal natureza (normas técnicas).” “Art. 616. No caso da segunda parte do artigo antecedente, (“regras técnicas”) pode quem encomendou a obra, em vez de enjeitá-la, recebê-la com abatimento do preço .” INTRODUÇÃO

042 - Construção Civil IV NORMA DE DESEMPENHO · Iluminação natural: atender requisitos mínimos (correta posição) Iluminação artificial: a norma especifica os valores mínimos,

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CONSTRUÇÃO CIVIL IV

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TC 042 - Construção Civil IV

NORMA DE DESEMPENHO Prof.ª: MSc.: Heloisa Fuganti Campos

SETOR DE TECNOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

2018

Prof.ª MSc. Heloisa Fuganti Campos

NORMA DE DESEMPENHO

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3

INTRODUÇÃO

Em função dos crescentes problemas de

degradação precoce observados nas

estruturas, das novas necessidades

competitivas e das exigências de

sustentabilidade no setor da Construção Civil,

observa-se, nas últimas duas décadas, uma

tendência mundial no sentido de privilegiar os

aspectos de projeto voltados à durabilidade e à

extensão da vida

útil das estruturas.

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4

• Normas técnicas:

Uniformizam e consolidam o

conhecimento

Prescrevem boas técnicas

Estabelecem um padrão de

qualidade

São benéficas para a sociedade

INTRODUÇÃO

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5

• Direito:

LEI 8.078/90 (código de defesa do consumidor):

“Art. 39: É vedado ao fornecedor de produtos e serviços colocar, no

mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as

normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas

específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas

ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia,

Normalização e Qualidade Industrial – CONMETRO.”

PARA O DIREITO O ATENDIMENTO

ÀS NORMAS TÉCNICAS É UMA

PRESUNÇÃO DE REGULARIDADE!

INTRODUÇÃO

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6

• Direito:

“Art. 615. Concluída a obra de acordo com o contrato, o dono é

obrigado a recebê-la. Poderá, porém, rejeitá-la, se o empreiteiro se

afastou das instruções recebidas e dos planos dados, (projetos) ou

das regras técnicas em trabalhos de tal natureza (normas

técnicas).”

“Art. 616. No caso da segunda parte do artigo antecedente,

(“regras técnicas”) pode quem encomendou a obra, em vez de

enjeitá-la, recebê-la com abatimento do preço.”

INTRODUÇÃO

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• Direito:

Consequências:

Rejeição do produto

Abatimento do preço/indenização/dano moral

Obrigação de fazer troca/reparos

Multa (Procons) – cobrança executiva

Reflexos na esfera criminal (Normas de segurança)

INTRODUÇÃO

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8

• A norma foi aprovada no dia 12/05/2008, entrou em vigor,

no período de testes em 12/05/2010, e deveria ter

começado a vigorar oficialmente em 12 de novembro de

2010, contudo foi prorrogada Polêmica que causou

no setor da construção civil

• 19/07/2013: a última versão foi publicada

A norma, consolida entre projetistas, fabricantes,

incorporadores/construtores e moradores a ‘co-

responsabilidade’ pelo desempenho e vida útil de uma

edificação

INTRODUÇÃO

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• Final da Década de 1970: IPT e a Escola Politécnica da USP

fazem os primeiros trabalhos sobre o conceito de desempenho

• Início do ano 2000: Caixa Econômica Federal contrata o IPT para

a elaboração da Norma de Desempenho

• 2008: 12/maio Publicação e entrou em vigor

• 2011: 20/dezembro Consulta Nacional para prorrogação da

revisão até março/2012

• 2012: 18/janeiro Resultado da Consulta Nacional favorável a

prorrogação

• 2013: Norma de desempenho passa a ser exigida

INTRODUÇÃO

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• Aplica-se a edificações habitacionais com qualquer número de

pavimentos, geminadas ou isoladas, construídas com qualquer

tipo de tecnologia

• Edificações de até cinco pavimentos Ressalvas indicadas na

norma

• Não se aplica: obras já concluídas e construções pré-existentes,

obras em andamento na data da entrada em vigor da norma,

projetos protocolados nos órgãos competentes até a data da

entrada em vigor, obras reformadas e edificações provisórias

• Sistemas elétricos: não são abordados (ABNT NBR 5410 -

Instalações elétricas de baixa tensão)

APLICAÇÃO

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ASPECTOS GERAIS

• Refere-se a sistemas que compõem edificações

habitacionais, independentemente dos seus materiais

constituintes e do sistema construtivo utilizado

• Foco: exigências dos usuários para o edifício habitacional e

seus sistemas, quanto ao seu comportamento em uso e

não na prescrição de como os sistemas são

construídos

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REQUISITOS DE DESEMPENHO CONTEMPLADOS NA

NORMA

• Desempenho Estrutural

• Segurança contra incêndio

• Segurança no uso e operação

• Estanqueidade

• Desempenho térmico

• Desempenho acústico

• Desempenho lumínico

• Durabilidade e manutenibilidade

• Conforto tátil e antropodinâmico

• Adequação ambiental

O objetivo é traduzir, em

requisitos técnicos, as

necessidades dos

usuários de imóveis ao

longo de uma vida útil

Menos

subjetividade

ASPECTOS GERAIS

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ESTRUTURA CLÁSSICA

Edifício e suas partes

Requisitos

Critérios

Métodos de avaliação

QUALITATIVOS:

Segurança contra incêndio:

- evitar, sobreviver em caso

de, evitar danos

QUANTITATIVOS:

Exemplo - Proteção

contra descargas

atmosféricas, existência

de rotas de fuga, etc.

Análises de projeto (em

outros casos, ensaios

laboratoriais, em

protótipos, in loco,

simulação em

computador, etc.)

Condições

de Exposição Necessidades

dos usuários

ASPECTOS GERAIS

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• Principais diferenças desta norma em relação às outras já

vigentes:

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Cobra resultados e não a forma de obtê-los (prescrições)

Estabelece uma vida útil mínima obrigatória para cada sistema

contemplado

Define o papel de cada agente para a obtenção do

desempenho ao longo do tempo: incorporadores, construtores,

projetistas, fabricantes de materiais etc.

Permite a mensuração objetiva de todos os requisitos através

de métodos de avaliação claros - INSTRUMENTOS PARA

DEMANDAS JUDICIAIS

ASPECTOS GERAIS

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15

• A manutenção como um dos itens mais importantes da

norma, técnica e juridicamente:

Reflexos na qualidade: se a manutenção não for feita, a

vida útil pode não ser atingida

A apuração se se trata de falha, ou não, passa pela

verificação se foi feita a manutenção (perícias)

Obrigação de realizar: a manutenção é responsabilidade

dos usuários, assim definida na Norma

O ônus da prova da manutenção é dos próprios usuários

ASPECTOS GERAIS

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• Cabe ao construtor especificar as atividades de

manutenção, por meio dos manuais

O usuário deve providenciar e manter atualizados os

documentos e registros da edificação e fornecer documentos

que comprovem a realização dos serviços de manutenção,

como contratos, notas fiscais, garantias, certificados, etc..

ASPECTOS GERAIS

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• Incumbências dos intervenientes

Fornecedor: caracterizar o desempenho de acordo com a

norma produtos sem normas brasileiras especificas devem

fornecer resultados comprobatórios

Projetista: estabelecem a vida útil projetada de cada sistema

Construtor e incorporador: identificação dos riscos

previsíveis na época do projeto, devendo providenciar os

estudos técnicos requeridos e alimentar os diferentes

projetistas com as informações necessárias elaborar o

manual de operação uso e manutenção, ou documento

similar

Usuário: realizar a manutenção

ASPECTOS GERAIS

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• A ABNT NBR 15575 contem as seguintes partes:

Parte 1: Requisitos gerais

Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais

Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos

Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações

verticais internas e externas

Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas

Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários

ASPECTOS GERAIS

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NORMA DE DESEMPENHO

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NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais

• Descreve os requisitos dos usuários de uma maneira

geral, envolvendo toda a edificação, com relação ao

comportamento em uso e não a prescrição de como os

sistemas deverão ser construídos

• Avaliação do desempenho: investigação sistemática

baseada em métodos consistentes, capazes de produzir

uma interpretação objetiva sobre o comportamento

esperado do sistema nas condições de uso definidas

inspeções, ensaios, normas, projetos...

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NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais

• Definições:

Vida útil – VU

Vida útil de projeto – VUP

• É apresentada uma lista de requisitos do usuário, a fim de

servir como premissas para a elaboração de um projeto

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• Período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas

se prestam às atividades para as quais foram projetados e

construídos considerando a periodicidade e correta

execução dos processos de manutenção especificados no

respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção

VIDA ÚTIL - VU

NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais

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NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais

VIDA ÚTIL - VU

• Econômico - Visão de longo prazo é essencial: Custo global

construção + uso e operação

< Custo construção - nunca é o menor custo global

> Custo de construção - pode não ser o menor custo global

Vida útil definida no nível do projeto tende a diminuir o custo

global, sem regra definida o construtor tende a construir

pelo menor custo de construção

• Ambiental

• Humano - Bom para o consumidor, protege os usuários de

baixa renda

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NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais

VIDA ÚTIL - VU

Vida útil é

essencial para

a abordagem

de

desempenho

Vida útil é

essencial para a

Sustentabilidade

– Análise de Ciclo

de Vida

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25

• Período estimado de tempo para o qual um sistema é

projetado a fim de atender aos requisitos de desempenho

estabelecidos na norma, considerando o atendimento aos

requisitos das normas aplicáveis, o estágio do

conhecimento no momento do projeto e supondo o

cumprimento da periodicidade e correta execução dos

processos de manutenção especificados no respectivo

Manual de Uso, Operação e Manutenção

VIDA ÚTIL DE PROJETO - VUP

NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais

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NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais

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NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais

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28

• Segurança estrutural:

Manual proprietário deve informar as sobrecargas limitantes

Desempenho estrutural deve ser verificado pelas normas brasileiras

de projetos estruturais específicas em relação ao ELU e ELS

• Segurança contra fogo:

Proteger a vida dos ocupantes e áreas de risco

Proporcionar meios de controle e extinção do incêndio

Dar condições de acesso para o Corpo de Bombeiros

• Segurança no uso e na operação:

Segurança na utilização e das instalações

SEGURANÇA

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• Estanqueidade a fontes de umidade interna e externa a

edificação;

• Desempenho térmico - Procedimento normativo

• Desempenho acústico - Medições in loco

• Desempenho lumínico:

Iluminação natural: atender requisitos mínimos (correta posição)

Iluminação artificial: a norma especifica os valores mínimos,

retirados da ABNT NBR 5413

• Saúde, higiene e qualidade do ar - as exigências relativas à

saúde devem atender a legislação vigente

HABITALIDADE

NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais

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30

• Conforto tátil e antropodinâmico (movimentos requeridos pelas

diversas atividades humanas):

Não prejudicar as atividades normais dos usuários, dos

edifícios habitacionais, quanto ao caminhar, apoiar, limpar,

brincar e semelhantes

Não apresentar rugosidades, depressões ou outras

irregularidades nos elementos, componentes, equipamentos e

quaisquer acessórios ou partes da edificação

HABITALIDADE

NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais

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31

• Durabilidade:

A durabilidade do edifício e de seus sistemas é uma exigência

econômica do usuário associada ao custo global do bem

imóvel

A durabilidade de um produto se extingue quando ele deixa de

cumprir as funções que lhe forem atribuídas degradação

que o conduz a um estado insatisfatório de desempenho, ou

obsolescência funcional

Avaliação: normas específicas

SUSTENTABILIDADE

NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais

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NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais

SISTEMA VUP MÍNIMA (EM ANOS)

Estrutura ≥40

Pisos Internos ≥13

Vedação vertical externa ≥40

Vedação vertical interna ≥20

Cobertura ≥20

Hidrossanitário ≥20

*Considerando periodicidade e processos de manutenção especificados no

respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção entregue ao usuário elaborado em atendimento à norma NBR 5674.

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33

• Manutenibilidade Manter a capacidade do edifício e de

seus sistemas e permitir ou favorecer as inspeções prediais

• Impacto Ambiental Técnicas de avaliação do impacto

ambiental resultante das atividades da cadeia produtiva da

construção ainda são objeto de pesquisa

• De forma geral, os empreendimentos e sua infraestrutura

devem ser projetados, construídos e mantidos de forma a

minimizar as alterações no ambiente

SUSTENTABILIDADE

NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais

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• Nível de desempenho:

Para todos os itens citados, será necessário o

cumprimento de um desempenho mínimo (M)

O cumprimento dos níveis intermediário (I) e

superior (S) fica à escolha do construtor ou

incorporador

Para a vida útil e vida útil de projeto a norma define

somente os níveis mínimo (M) e superior (S)

NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais

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NORMA DE DESEMPENHO Parte 1: Requisitos gerais

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36

• Esta parte da norma trata do estabelecimento de

critérios e verificações relacionados aos estados

limites últimos e de serviço, de modo que não

haja comprometimento da estrutura e tão pouco de

seus sistemas estruturais, como mau

funcionamento de portas e janelas, por exemplo

NORMA DE DESEMPENHO Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais

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37

NORMA DE DESEMPENHO Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais

• Exemplos: alguns requisitos e como atendê-los -

Segurança estrutural:

Não ruir ou perder a estabilidade de nenhuma de suas partes

Prover segurança aos usuários sob ação de impactos, choques

etc.

Não provocar sensação de insegurança

Não repercutir em estados inaceitáveis de fissuração de

vedação e acabamentos

Não prejudicar a manobra normal de partes móveis, como

portas e janelas

Interagir com o solo e com o entorno do edifício com segurança

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38

NORMA DE DESEMPENHO Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais

Seguir normas existentes para as estruturas – Ex.: NBR 6118

já tem implícito uma vida útil de 50 anos

Atender aos Euro Codes, na inexistência de normas

brasileiras

Demonstrar a estabilidade estrutural através de cálculos,

modelos e ensaios - Ex: impacto de corpo duro e mole

Sistemas Estruturais inovadores: investir em ensaios que

comprovem o seu desempenho ao longo da vida útil de

projeto – SINAT (Sistema Nacional de Aprovações Técnicas)

• Exemplos: alguns requisitos e como atendê-los -

Segurança estrutural:

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39

NORMA DE DESEMPENHO Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais

• Exemplos:

NB

R 1

55

75

:20

13

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40

NB

R 1

55

75

:20

13

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NORMA DE DESEMPENHO Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais

• Exemplos:

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42

NORMA DE DESEMPENHO Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos

• Desempenho do sistema de pisos, considerando os

elementos e componentes, tanto para áreas de uso privativo

quanto para áreas de uso comum em áreas externas e

internas da edificação

NB

R 1

55

75

:20

13

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43

NORMA DE DESEMPENHO Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos

• O sistema de piso não pode apresentar ruína e nem falhas,

de modo a colocar em risco a integridade física do usuário

• Coeficiente de atrito da camada de acabamento: tornar

segura a circulação dos usuários, evitando

escorregamentos e quedas

• Estanqueidade: o adequado controle da umidade em uma

edificação habitacional ou sistema é a chave para o

controle de muitas manifestações patológicas

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44

NORMA DE DESEMPENHO Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos

• Cargas verticais concentradas:

Resistir a cargas verticais concentradas previsíveis nas

condições normais de serviço, sem apresentar ruína ou danos

localizados nem deslocamentos excessivos

Os sistemas de pisos não devem apresentar ruptura ou

qualquer outro dano quando submetido a cargas verticais

concentradas de 1 kN aplicadas no ponto mais

desfavorável e não apresentar deslocamentos superiores a

L/500, se constituídos ou revestidos de material rígido, ou

L/300, se constituídos ou revestidos de material dúctil

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45

NORMA DE DESEMPENHO Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos

• Desempenho acústico: uma

das principais fontes de

reclamação dos usuários de

imóveis

NBR 15575 - estabelece

um nível mínimo de

desempenho acústico

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46

NORMA DE DESEMPENHO Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos

L’nTw – indicador normalizado padrão ISO para desempenho acústico ao ruído

de impacto quanto mais alto esse índice, pior o desempenho

• Exemplos:

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47

NORMA DE DESEMPENHO Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos

• Exemplos:

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48

NORMA DE DESEMPENHO Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais

internas e externas – SVVIE

• Os sistemas de vedações que tiverem também função

estrutural deve atender aos critérios estabelecidos na

ABNT NBR 15575-2 e critérios especificados nesta parte

• Deve ser mencionada em projeto a função estrutural ou

não da vedação, assim como a indicação da norma

utilizada para o dimensionamento, caso se enquadre no

primeiro caso

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49

NORMA DE DESEMPENHO Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais

internas e externas – SVVIE

• Desempenho estrutural nos sistemas de vedações verticais

internas e externas:

Estabilidade e resistência estrutural

Deslocamentos, fissuração e ocorrência de falhas

Limitar os deslocamentos, fissurações e falhas

Solicitações de cargas provenientes de peças suspensas

Requisito – Impacto de corpo mole e duro

Ações transmitidas por portas

Cargas de ocupação incidentes em guarda-corpos e

parapeitos de janelas

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NORMA DE DESEMPENHO Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais

internas e externas – SVVIE

• Segurança contra incêndio: dificultar a propagação,

preservar estabilidade da estrutura

• Estanqueidade: quanto à infiltração de água e a umidade

• Desempenho térmico: adequação de paredes externas e

aberturas para ventilação

• Desempenho acústico, térmico e lumínico

• Durabilidade e manutenibilidade

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51

NORMA DE DESEMPENHO Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais

internas e externas – SVVIE

• Exemplos:

Prof.ª MSc. Heloisa Fuganti Campos

52

NORMA DE DESEMPENHO Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais

internas e externas – SVVIE

• Exemplos: Transmitância térmica Capacidade de transmitir calor

Transmitância Térmica U W/m2.K

Zonas 1 e 2 Zonas 3, 4, 5, 6, 7 e 8

U ≤ 2,5 α a ≤ 0,6 α a > 0,6

U ≤ 3,7 U ≤ 2,5

a α é absortância à radiação solar da

superfície externa da parede.

Transmitância térmica de paredes externas

U = 1/ RT (W/m².K) R = e / λ (W/m².K) Onde:

e: espessura da camada

λ: condutividade térmica do material da camada

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53

NORMA DE DESEMPENHO Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura

• Os sistemas de coberturas (SC) exercem funções

importantes nas edificações habitacionais, desde a

contribuição para preservação da saúde dos usuários até

a própria proteção do corpo da construção, interferindo

diretamente na durabilidade dos demais elementos

• Impedem a infiltração de umidade oriunda das intempéries

para os ambientes habitáveis e previnem a proliferação de

microrganismos patogênicos e de diversificados processos

de degradação dos materiais de construção

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54

NORMA DE DESEMPENHO Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura

• Parte do edificação habitacional mais exposto à radiação

direta do sol Influência na carga térmica transmitida aos

ambientes Conforto térmico e consumo de energia

• As ações atuantes, particularmente vento, intensidade de

chuvas e insolação, são as que exercem a maior

influência e são determinantes nos projetos de (SC)

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55

NORMA DE DESEMPENHO Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura

• Resistência e deformabilidade: nível satisfatório de segurança

contra a ruína e não apresentar deformações que prejudiquem a

funcionalidade

• Solicitações de montagem ou manutenção: suportar cargas

transmitidas por pessoas e objetos nas fases de montagem ou

de manutenção

AÇÃO DE CARGA VERTICAL CONCENTRADA DE 1 KN APLICADA

NA SEÇÃO MAIS DESFAVORÁVEL, SEM QUE OCORRAM FALHAS

OU QUE SEJAM SUPERADOS OS LIMITES DE DESLOCAMENTO!

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56

NORMA DE DESEMPENHO Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura

• Resistência aos impactos de corpos mole e duro

• Solicitações em forros: possibilitar a fixação de luminárias e

outras cargas de ocupação

• Ação do granizo e outras cargas acidentais em telhados: não

sofrer avarias sob a ação de granizo e de outras cargas

• Avaliação da reação ao fogo da face externa do sistema

• Segurança no uso e na operação: não apresentar partes soltas

ou destacáveis sob ação do peso próprio e sobrecarga de uso

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57

NORMA DE DESEMPENHO Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura

• Estanqueidade: ser estanques à água de chuva, evitar a

formação de umidade e evitar a proliferação de insetos e

microorganismos

• Desempenho térmico: apresentar transmitância térmica e

absortância à radiação solar que proporcionem um desempenho

térmico apropriado para cada zona bioclimática

• Desempenho acústico: são considerados o isolamento de sons

aéreos do conjunto fachada/cobertura de edificações e o nível de

ruído de impacto no piso

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58

NORMA DE DESEMPENHO Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura

• Exemplo:

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59

NORMA DE DESEMPENHO Parte 6: Requisitos para os sistemas Hidrossanitários

• As instalações hidrossanitárias são responsáveis diretas pelas

condições de saúde e higiene requeridas para a habitação, além

de apoiarem todas as funções humanas nela desenvolvidas

• As instalações devem ser incorporadas à construção, de forma a

garantir a segurança dos usuários, sem riscos de queimaduras

(instalações de água quente), ou outros acidentes

• Devem ainda harmonizar-se com a deformabilidade das

estruturas, interações com o solo e características físico-

químicas dos demais materiais de construção

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60

NORMA DE DESEMPENHO Parte 6: Requisitos para os sistemas Hidrossanitários

• Resistência mecânica: resistir às solicitações mecânicas durante

o uso

• Solicitações dinâmicas dos sistemas hidrossanitários: não

provocar golpes e vibrações que impliquem risco à sua

estabilidade estrutural

• Segurança contra incêndio: capacidade do material de não

propagar as chamas, necessidade de reserva técnica de

incêndio e disposição de extintores

• Estanqueidade: todos os sistemas, águas fria e quente, captação

de águas pluviais e esgotamento sanitário, sejam estanques

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL IV

Prof.ª MSc. Heloisa Fuganti Campos 11

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NORMA DE DESEMPENHO Parte 6: Requisitos para os sistemas Hidrossanitários

• Saúde, higiene e qualidade do ar:

1. Contaminação da água a partir dos componentes das instalações

2. Contaminação biológica da água na instalação de água potável

3. Contaminação da água potável do sistema predial

4. Contaminação por refluxo da água

5. Ausência de odores provenientes da instalação de esgoto

6. Contaminação do ar ambiente pelos equipamentos

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NORMA DE DESEMPENHO Parte 6: Requisitos para os sistemas Hidrossanitários

• Adequação ambiental:

1. Uso racional da água: reduzir a demanda de água da rede

pública de abastecimento e o volume de esgoto conduzido para

tratamento

2. Contaminação do solo e do lençol freático: o objetivo deste

requisito é não contaminar o solo ou lençol freático, exigindo que os

sistemas da edificação estejam ligados à rede pública de esgoto ou

a um sistema localizado de tratamento

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NORMA DE DESEMPENHO Parte 6: Requisitos para os sistemas Hidrossanitários

• Exemplos:

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR

15575 – Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 1 a 6, Rio de

Janeiro, 2013.

FREITAS, Rinaldo Maciel de. O princípio da legalidade aplicado às

normas ABNT. Disponível em: http://jus.com.br/artigos/23337.

PAIVA, Maurício Ferraz. Em debate “normalização” – A

obrigatoriedade da observância das normas técnicas brasileiras.

Disponível http://www.osetoreletrico.com.br.

CBIC, Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Guia orientativo para

atendimento à norma ABNT NBR 15575/2013. Brasília 2013.

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