13

Click here to load reader

05 11 2011 atividade de leitura analise e producao escrita internet e inclusão

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 05 11 2011 atividade de leitura analise e producao escrita internet e inclusão

Pós-Graduação em Supervisão Pedagógica e

Formação de Formadores com Acesso ao

Mestrado Europeu em Ciências da Educação

Disciplina:

Comunicação e Tecnologia em Supervisão

Pedagógica e Formação de Professores

Trabalho:

Atividade de Leitura Análise e Produção Escrita

Autor(a): Elisabete Jorgino Ferreira Coelho

Ano: 2011

Page 2: 05 11 2011 atividade de leitura analise e producao escrita internet e inclusão

Trabalho exigido como avaliação da Disciplina

Comunicação e Tecnologia em Supervisão

Pedagógica e Formação de Professores, sob

orientação da Profa. Dra. Suely Soares Galli da

Pós-Graduação em Supervisão Pedagógica e

Formação de Formadores com acesso ao

Mestrado Europeu em Ciências da Educação.

Page 3: 05 11 2011 atividade de leitura analise e producao escrita internet e inclusão

“Internet e inclusão: otimismo exacerbado e lucidez pedagógica

Elisabete Jorgino Ferreira Coelho

Este texto é parte de um estudo mais amplo realizado a partir da leitura do

livro Educação e Comunicação da autora Suely Galli Soares, capítulo III “Internet e

inclusão: otimismo exacerbados e lucidez pedagógica, como complemento de

estudo para cumprimento da Disciplina Comunicação e Tecnologia em Supervisão

Pedagógica e Formação de Professores. Nosso interesse nesse tema origina-se

pela compreensão sobre a realidade social hoje e a presença das tecnologias de

informação em todos os setores da sociedade e segmentos sociais, razão pela

qual faz parte de uma grande parte dos objetos de pesquisa.

A autora trata em suas primeiras indagações sobre a importância da

tecnológica no mundo de hoje, a influência da globalização como a principal causa

do crescimento da comunicação eletrônica nos últimos anos, tal crescimento

exacerbados seguindo de otimismo para uma comunicação de acesso a todos

quebrando as fronteiras nacionais e internacionais contribuindo diretamente para o

desenvolvimento social, econômico das diferentes culturas. Ressalta inclusive que

o crescimento desta comunicação não ficou limitada apenas as grandes empresas

mas também as Organizações não-governamentais, que utilizam-se da internet

para suas estratégias de negócios.

Enquanto na Europa, segundo Biernatzki, SJ (2000), a estrutura das

telecomunicações é apontada por dois modelos: o idealista que disponibiliza a

internet a todos com preços cada vez mais baixos e o estratégico que limita o uso

e acesso de algumas inovações técnicas, informando a autora que o modelo

idealista é o que interessa ao seu estudo de pesquisa por beneficiar toda a

camada da sociedade e da economia. Fica claro a importância do Governo para a

inclusão digital dos povos em especial dos países pobres e periféricos, há uma

preocupação em avançar os acessos a estes. Na afirmativa a seguir a autora

confronta o que falamos aqui:

“No entanto, a pregação de que o livre acesso à informação na Internet

resulta na necessidade cada vez mais urgente e realização cada vez mais

Page 4: 05 11 2011 atividade de leitura analise e producao escrita internet e inclusão

próxima, do desenvolvimento de políticas que contemplem a formação

cidadã condição imperativa da nova sociedade. O que dependera não

apenas da distribuição democrática dos conhecimentos e informações, mas

também da capacidade para produzi-los(GALLI SOARES, 2006:p.100”

A capacidade de produzir conhecimento e informação que o acesso a

informática traz é um dos pré-requisitos para uma sociedade mais igualitária

ficando não só a cargo do governo mais do próprio cidadão.

Ainda segundo GALLI SORES (2006) a comunicação digital trouxe a

inserção da tecnologia no mundo educacional. No Brasil, através de inúmeras

inovações as quais as escolas, faculdades, docentes, pedagogos, diretores e

gestores tiveram que se adaptar, seja através da educação continuada, seja

através de orientações pedagógicas, aos poucos inserindo no mundo digital

modernizando assim o acesso as informações em prol de uma educação mais ágil

e inovadora.

O Ministério da Educação, em 27 de maio de 1996, por meio da SEED –

Secretaria de Educação a Distância, onde oficializa a criação pelo Decreto no.

1.917, atua como um agente de inovação tecnológica nos processos de ensino e

aprendizagem, suprindo a inserção das tecnologias de informação e comunicação

(TICs) e das técnicas de educação a distancia aos métodos didático-pedagógicos.

Ainda promove a pesquisa e desenvolvimento voltados para a introdução de

novos conceitos e praticas nas escolas publicas brasileiras.

Programas e Ações, para discentes e docentes, promovendo a tecnologia

são apontados aqui como exemplo: DVD Escola1; e-ProInfo2; ProInfo Integrado3e-

TEC4; Educação Indígena5; Formação de Professores na Educação6; Mídias na

Educação7; Observatório da Educação8, entre outros, ressaltando que o MEC

1 DVD Escola – materiais de áudio e vídeo da TV Escola distribuidos as escolas.

2 e-ProInfo – introduzir o uso das tecnologias de informação e comunicacao nas escolas publicas.

3 ProInfo Integrado – Programa de formação voltada para o uso didático-pedagogico das tecnologias da

informação e... 4 e-TEC – Escola Tecnica Aberta do Brasil: educação profissional a distancia.

5 Educacao Indigena – Acoes para garantir a oferta de educação escolar indígena de qualidade,

6 Formacao de Professores na Educacao – Ensino a distancia, em parceria com a UAB (Sistema Universidade

Aberta do Brasil). 7 Midias na Educacao – Formacao continuada para o uso pedagógico de TV e vídeo, informática, radio e

impresso.

Page 5: 05 11 2011 atividade de leitura analise e producao escrita internet e inclusão

disponibiliza em seu site a explicação sobre cada Programa e Ação. Dentre estes

destaca-se o EAD que através do MDEC tem incentivado a ampliação dos

projetos, ressaltando que atinge todos os níveis, inclusive o ensino superior, para

completar este entendimento cito o que a autora indica em seu capitulo.

“A Portaria no. 2.253, de 18 de outubro de 2001 regulamenta a Oferta de

Disciplinas Não Presenciais em Cursos Reconhecidos nas Instituições de

Ensino Superior, a partir do disposto no art. 81 da Lei 9394/1996 e no art.

1º do Decreto no. 2494, de 10 de fevereiro de 1998 onde as disciplinas

integrantes do currículo de cada curso superior reconhecido, poderão

utilizar o método não presencial de até 20% de sua carga horária.”

Como informa a autora, o sistema educacional brasileiro tem se ocupado

dessa questão, ainda que em pequenas doses frente as necessidade das

discussões e projetos de modernização tecnológica na gestão educacional de um

modelo geral. Desta forma não há como negar que a tecnologia promove

mudanças no ensino, onde traz a agilidade, dinâmica de ensino-aprendizado,

estudos comparativos em tempo real, aprimoramento no conhecimento, acesso a

professores tutores on-line contribuindo com um ganho na variedade de tópicos a

serem ensinados, desde que bem utilizados. No entanto, o acesso as tecnologias

ainda é restrito as pessoas mais pobres, havendo a necessidade do Governo

investir neste massa.

Perante este novo cenário, o professor para utilizar-se dos recursos

tecnológicos deve buscar na sua formação continuada, possibilidades de

conhecer, aprimorar e inovar seus conhecimentos frente a comunicação digital

para adotar didaticamente ao conteúdo ministrado, afim de cobrar do aluno a

apresentação de trabalhos, seminários, pesquisas utilizando-se também de

recursos tecnológicos. Não será fiel aos seus princípios éticos se ele, o professor

não dominar aquilo que pede ao aluno que utilize. Neste caso a formação

continuada, lhe proporcionará o conhecimento sempre que encontrar-se defasado,

pois as mudanças são rápidas.

Page 6: 05 11 2011 atividade de leitura analise e producao escrita internet e inclusão

Hoje alunos e professores tem o acesso a informação simultaneamente, há

alunos que ousam apresentar temas sobre o seu conteúdo antecipando o que o

professor apresentara em sua matéria o que em algumas situações leva o

professor a desanimar de tal ação, porém cremos que o aluno, embora tenha a

informação simultaneamente e queira afrontar o professor em relação ao conteúdo

estudado, temos que convir que o conhecimento naquele momento não pertence

ao aluno e sim ao professor, quando o professor alcançar esta visão de que o

conhecimento esta em suas mãos e o aluno tem apenas um volume de

informações, algumas vezes truncadas e sem coerência um assunto com o outro,

com certeza o professor não cairá no desanimo.

“Hoje, deste universo de informação e comunicação em rede, fora de

controle e de incontáveis temas e conteúdos disponíveis ao acesso na

Internet, o aluno tem o mesmo acesso que o professor e pela sua própria

condições e motivações de descoberta e de novidades, pode acessar antes

mesmo do professor dados interessantes ou não para o assunto em questão,

ou ainda sair recortando e colando tudo o que encontra trazendo um

amontoado de papel impresso como prova de sua pesquisa ou trabalho. Isso

tem desanimado os professores em relação as possibilidades da Internet

como recursos de pesquisa e complemento de seu trabalho pedagógico.

Alguns chegam ao limite de proibir os alunos de utilizarem o computador

para evitar a colagem. (Galli,Soares 2000, p.104)”

O professor deve ter o tempo necessário e adequado para a pesquisa em

livros, sites, entre outros, afim de elaborar o seu conteúdo didático, refazer sua

didática de ensino-aprendizagem utilizando-se das tecnologias disponíveis e

recursos necessários para aquele conteúdo aplicando-o tanto em sala de aula

como no fechamento e analise de disciplinas.

Perante este contexto das novas tecnologias e da necessidade capacitação

continuada para utilizá-las, deveremos estar atentos e ter tempo para nos

aprimorarmos, pois não há como não falar de um perfil que esta sendo bem

estudado que é o professor reflexivo, somente com esta característica intrínseca

em cada um de nós é que entendermos e nos ajustarmos no crescimento e

apropriação desta realidade, pois estaremos a todo o tempo nos questionando se

aquela forma de apresentação do conteúdo foi valido e onde poderemos melhorar.

Page 7: 05 11 2011 atividade de leitura analise e producao escrita internet e inclusão

“...abre um caminho para que a formação continuada consista em algo

mais, que não se limite à atualização profissional realizada por alguns

especialistas”(que iluminam os professores com seus conhecimentos

pedagógicos para que sejam reproduzidos) se não que ao contrário, passe

pela criação de espaços de reflexão e participação, dos quais o profissional

da educação faça surgir à teoria subjacente a sua prática, com o objetivo de

recompô-la, justificá-la ou destrui-la (Imbernón, Francisco 2000 p.112).”

O professor deve ter disponibilidade, vontade, e reflexão sobre a

importância da formação continuada e esta ação deve ocorrer todos os dias com

todos os conteúdos, segundo Imbernón, Francisco 2001, p.48-49:

“a formação terá como base uma reflexão dos sujeitos sobre sua prática

docente, de modo permitir que examinem suas teorias implícitas, seus

esquemas de funcionamento suas atitudes etc., realizando um processo

constante de auto-avaliação que oriente seu trabalho. A orientação para

esse processo de reflexão exige uma proposta crítica da intervenção

educativa, uma análise de prática do ponto de vista dos pressupostos

ideológicos e comportamentais subjacentes (2001 p.48.49).”

O professor quando atento a sua ação e reação dos alunos, será aquele

que traz para dentro de si a reflexão de seus atos. No entanto, não esta na mão

somente do professor, da escola ou do aluno essa responsabilidade, mas, da

parceria com a família e a sociedade, objetivando a construção coletiva do saber,

o que valida a afirmativa da autora:

“A comunidade de pais também deve assumir compromisso com essa

formação buscando o dialogo nos conselhos de escola e em outras

associações, de forma engajada no sentido de compreender a

importância desse conhecimento na formação educacional escolar,

as dificuldades de implementação e as formas de organização

possíveis para superar e agilizar as ações. Ocupar lugar de parceiro

de implantação da mudança na escola, reconhecendo os

conhecimentos e saberes que devem ser construídos coletivamente e

integrados ao currículo escolar e educacional.”

Trata-se de uma convivência em torno do ensino-aprendizagem, não

podendo sobrecarregar nenhuma das partes, mas do conjunto do qual a escola

Page 8: 05 11 2011 atividade de leitura analise e producao escrita internet e inclusão

esta inserida, seja ela interna ou externamente diluída em suas ações extra muros

escolares, na sociedade onde, tudo esta engajado para esta continuidade do

saber.

Atuação a distância: entendimento e explicações.

A Ação a distância causa transformação no ensino-aprendizagem, de um

lado a tele-aula representa transmissão de conteúdos específicos onde é

apresentado material de apoio e ao final uma avaliação dos módulos atingindo o

publico de nível fundamental, médio e suplência onde avança com o

desenvolvimento de tecnologia permitindo ao aluno encontros virtuais com o

professor, de outro lado a maturação do ensino a distância para cursos de

graduação, porém há uma aceitação aos cursos de pós-graduação lato sensu,

bem como vestibulares.

O ambiente que possibilita a ação a distância na conversa por chat, biblioteca

virtual, material didático, tornando o estudo dinâmico, uma agilidade e

assertividade para as pessoas que utilizam este ferramental com seriedade e

destreza, embora os prazos existam para a evolução dos estudos, ou seja, há

uma monitoria que controla e o próprio sistema impede que alguma tarefa do

estudo seja realizada após o prazo pré-estabelecido é importante esta informação

pois fica claro que as pessoas que utilizarem deste estudo a distância terá que

aprender a disciplinar a agenda para cumprir as atividades impostas pelas

disciplinas e/ou cursos em essencial.

É sabido que os recursos virtuais não vem para eliminar a importância do

professor, o Projeto Pedagógico do curso, garante que esta ação a distância é

apenas um ferramental apropriado para o meio e não como a extinção das relação

aluno X professor, onde assume um caráter de sala de aula virtual com utilização

de links que levam os estudantes e professores a outros ambientes de pesquisa

complementares as atividades desta ação.

O ambiente de comunicação e interatividade é propiciado pela educação a

distancia atingindo a todos os públicos, como: moradores em região distantes;

aqueles que necessitam de uma pós-graduação como um diferencial para atingir

outro nível de cargo; aqueles que buscam facilidade na comunicação virtual –

Page 9: 05 11 2011 atividade de leitura analise e producao escrita internet e inclusão

como dona de casa – pessoas que conclui uma graduação e não esta intimamente

ligado aos assuntos de sua formação; as pessoas que não tem como ausentar do

emprego porém necessitam da continuidade da formação onde a exigência da

freqüência presencial é no mínimo 75%; atingir a certificação impostas por normas

de qualidade de empresas ou instituições; convocação de requalificações

profissional ou o simples interesse próprio pela formação continuada.

Esse estudo ressalta que o ensino a distancia é normatizada pelo MEC nos

termos de resoluções e pareceres que orienta a política de educação nacional e o

ensino a distância.9

Há o caráter social da educação a distancia que via a qualidade de vida e das

relações das pessoas, competitividades entre outros, e este espaço virtual esta

além das escolas e faculdades, atingem as empresas, grandes corporações que

possui interesse neste ferramental.

“Nossa avaliação dessas parcerias e interesses comerciais nelas guardados

compreende uma averiguação dos benefícios de aprendizagem e de novos

conhecimentos que os professores possam ter com o contato com essas

tecnologias.

Além disso, resta-nos a reflexão sobre os desígnios da sociedade atual em

relação ao desenvolvimento das engenharias de softwares e a hegemonia da

indústria estrangeira sobre o Brasil.

Se por um lado tecemos nossas críticas ao consumo de tecnologias

importadas, em lugar de incentivos às pesquisas de tecnologias internas,

nacionais, lembramos também das possibilidades de utilização de

plataformas e ambientes educacionais na rede, com produtos genuinamente

nacionais, que talvez não sejam tão divulgados no meio educacional. Além

disso, o conceito de propriedade tecnológica e do conhecimento ganha

9 - Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

- Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998. Regulamenta o Art. 80 da LDB (Lei n.º 9.394/96).

- Decreto n.º 2.561, de 27 de abril de 1998. Altera a redação dos arts. 11 e 12 do Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o disposto no art. 80 da Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

- Portaria n.º 301, de 7 de abril de 1998 (Ministério da Educação).Define normas para credenciamento de instituições para

a oferta de cursos de graduação e educação profissional tecnológica a distância.

- Resolução CES/CNE n.º 1, de 3 de abril de 2001. Estabelece normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação. - Parecer CES/CNE n.º 908/98. Especialização em área profissional.

- Parecer CNE/CES n.º 617/99. Aprecia projeto de Resolução que fixa condições de validade do certificado de cursos de

especialização.

- Portaria nº 612 de 12 de abril de 1999 e Portaria nº 514 de 22 de março de 2001. Autorização e Reconhecimento de cursos seqüenciais.

Page 10: 05 11 2011 atividade de leitura analise e producao escrita internet e inclusão

novas formatações e valores no universo da Internet. (Galli, Suely, 2010,

pag.118).”

Além do NIED, Núcleo de informática Aplicada a Educação da Universidade

Estadual de Campinas, UNICAMP, em Campinas, SP, outras universidades

brasileiras investem em pesquisas de novos ambientes educacionais, na caso da

UNICAMP o TelEdic, ambiente educacional gratuito, desenvolvido pela equipe do

NIED oferecendo bases a distância, interagindo com avaliações processuais.

Construção de aprendizagem

O letramento é um conceito que ultrapassa o de alfabetização. Pode-se dizer

que nem todos os alfabetizados são letrados, onde o ambiente criado pelo

ferramental da informática e das telecomunicações agrupados pela internet, exige

uma nova postura do usuário ou leitor desse ambiente tendo a possibilidade de

facilitar o mecanismo da comunicação alcançando caráter didático e com fácil

acesso.

Interessante como o site revela potencial de comunicação, linguagem

didática, e interatividade seja com o leitor ou pesquisador concedendo a

autonomia necessária frente a este ambiente. A autora traz de forma objetiva

como se constrói esta linguagem:

“A linguagem didática se mostra na construção clara, objetiva,

explicativa e de fácil compreensão do conteúdo. Deve considerar

para quem se dirige – público – por que e qual a especificidade que

guarda e necessita explicitar. Pressupõe conhecer o perfil da

demanda, ou seja: quem é, o que faz e pensa e porque busca a

informação a pessoa que acessá-lo? A que universo cultural, social e

profissional pertence? Que condições de letramento apresentam?

É nítido que o letramento contribui relevantemente na aplicação do currículo

via mídia possibilitando a interação entre professor e alunos de forma oculta ou

não.

Page 11: 05 11 2011 atividade de leitura analise e producao escrita internet e inclusão

É publicamente notória a velocidade que o sistema de comunicação provoca

nas atividades do nosso cotidiano, a sociedade tornou-se mais próxima da

informação mundial, quebrando barreiras que antes eram impostas e impossíveis

de alcançar, nada de telefone ou fax, é algo muito maior, é universal, o mundo

esta se estreitando nas relações, não só profissionais e sociais, mas cotidianas.

Nota-se a comunicação virtual não só no mundo juvenil mas maiormente no

mundo envelhecido, estas pessoas estão recuperando o gosto pela vida devido a

facilidade, agilidade e nitidez das comunicações que este sistema permite, via

software de bate-papo e outros, curando da solidão que esta fase da vida castiga.

A autora apresenta de forma clara e direta o assunto:

“Os sistemas de comunicação disponíveis socialmente, não apenas

mudaram o cenário urbano em suas relações virtuais, como tornou a

sociedade mais inteligente e veloz nos processos que eliminam o

dispêndio de tempo e a locomoção no ir e vir, entre outras tarefas

que sobrecarregam e atrasam o cotidiano. Os contatos e interações

passam de um universo já ampliado pela telefonia e pelo fax, para

outros que reconfiguram limites profissionais e sociais, modificando

as perspectivas de comunicação e organização das pessoas de

qualquer idade, situação e lugar, redefinindo o envelhecimento e a

solidão10

.

Essa reflexão da autora traz a tona uma citação do estudioso MORAN, onde

declara que as mudanças nas comunicações proveniente do processamento abre

inúmeras portas onde atrás destas a informação é possível veicular de forma

dinâmica.

Estudiosos como MORAN explicam as mudanças na

comunicação com o processamento multimidiático, isto é,

com as possibilidades abertas com as diferentes formas de

veiculação da informação...(GALLI SOARES,2006:110).”

10

Em pleno início do 3º. Milênio (ano 2004), pessoas envelhecidas que carregam um certo potencial de vulnerabilidade

social causado pela solidão e isolamento, recorrem aos software de bate papo ou a troca de e-mail na Internet para

relacionar-se. Esse contato descarta limites e limitações que o meio físico impõe, instalando uma nova cultura de

sociabilidade e comunicação.

Page 12: 05 11 2011 atividade de leitura analise e producao escrita internet e inclusão

A sociedade vem alcançando contatos antes nunca vistos, devido o sistema de

comunicação que possibilita esta facilidade e nitidez, há aquele que recusa a

utilizar, mas por pouco tempo pois ao meio de todo este avanço cria-se novas

necessidades de conhecimento, o profissional, este chamado de arquiteto da

comunicação na web, seja ele Pedagogo, Engenheiro da comunicação, analista

de sistemas, entre outros. A autora apresenta este paradigma educacional

emergente de forma clara:

Esta nova atribuição não é tão simples assim, pois temos a informações, que

aplica o conhecimento, o estudo, a análise critica de saber aceitar aquilo que se

pesquisa ou se constrói com dados obtidos por esta ferramenta, estes

profissionais dão sentidos as informações e agregam em seu conteúdo ou projeto.

Dentre os equívocos que transparecem nesse sistema de comunicação, diz

respeito à determinação dos conteúdos. A idéia de que basta ter um projeto

detalhado e dele fazer o site, é a que predomina. No entanto resta saber:

Qual é o conceito de projeto? Como se dá a linguagem e potencial de

compreensão quanto ao objeto principal ou produto, objetivos gerais, ações

previstas, públicos identificados como demanda, desenvolvimento e

avaliação processual das ações, previsão e resultados que espera obter de

sua ação e para quê?

...A definição de conteúdos de um site pode ser feita a partir de um projeto,

no entanto, deve ser feita a partir de estudos e planejamento do grupo que

vai desenvolver as ações previstas ou declaradas no projeto. Deve ter a

clareza dos objetivos e da forma como se realizará, dos procedimentos

metodológicos, ferramental didático e da avaliação. Estabelecer um roteiro

detalhado da metodologia da comunicação pretendida é uma forma de

prever os resultados e proporcionar pistas para a avaliação de sua

eficácia...

Nada fugirá do estudo aprofundado perante a informação mediante ao conteúdo,

será considerado o objetivo traçado, a didática, a avaliação e principalmente o

resultado através da metodologia aplicada por este ou aquele profissional.

Page 13: 05 11 2011 atividade de leitura analise e producao escrita internet e inclusão

Este estudo não tem a pretensão de esgotar aqui suas reflexões e análises mas

desencadear o debate no interior das práticas docentes como questão de

cidadania por meio da inclusão digital.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

GALLI GOMES, Suely. Educação e Comunicação, São Paulo, 2006, pág. 99 a

136 – capitulo III