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1. FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
LEITURA E ESCOLA: DESPERTANTO O PRAZER DE LER
Autor Maria Antonia da Cruz Machado Zagulski
Escola de Atuação Colégio Estadual Idália Rocha. Ensino Fundamental e Médio
Município da Escola Núcleo Regional de Educação
Ivaiporã Ivaiporã
Orientadora Dr.ª Maria Carolina de Godoy - Prof.ª Dr.ª do Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas da Universidade Estadual de Londrina e coordenadora do projeto Literatura afro-brasileira e sua divulgação em rede, financiado pelo CNPq e Fundação Araucária.
Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual de Londrina
Disciplina/Área Língua Portuguesa
Produção Didático - pedagógica
Unidade Didática
Relação Interdisciplinar Língua Portuguesa e História
Público Alvo Localização
Estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental Colégio Estadual Idália Rocha. Ensino Fundamental e Médio Avenida Castelo Branco, 875 Bairro: Centro 86.870-000 - Ivaiporã - Paraná
Apresentação: Esta unidade didática tem como objetivo incentivar e favorecer a leitura prazerosa aos educandos por meio da leitura orientada. O desenvolvimento do prazer da leitura é o enfoque deste projeto, levando em consideração que ler é um ato prazeroso e não obrigatório, sendo que o posicionamento do professor perante a leitura é fator importantíssimo na construção do leitor. O ato de leitura é tido pelos educandos como sendo um dever, sua obrigação em cumprir tarefas e trabalhos impõe uma visão equivocada do ato de ler. É importante ressaltar que o processo construtivo do hábito de leitura por parte dos educandos necessita de constante incentivo, dentre eles, a leitura livre, ou estruturada por meio de mecanismos motivadores. Nesta unidade didática, pretendo desenvolver um trabalho voltado à leitura dos contos Maneira de amar(1981) e Vó caiu na piscina(2003)de Carlos Drummond de Andrade, Cabelo de Lelê(2007)de Valéria Belém, Menina Bonita do Laço de Fita(1986)de Ana Maria Machado e O Menino Marrom(1994) de Ziraldo. Tais textos foram selecionados tendo em vista o desenvolvimento do hábito pela leitura de modo
prazeroso, desenvolvendo assim, uma população que não busque somente em filmes ou músicas significados para momentos em suas vidas, mas sim em livros em que as pessoas tenham a possibilidade de desenvolver sua imaginação e, consequentemente, sua criatividade.
Palavras-chave Língua Portuguesa. LiteraturaInfantojuvenil. O Ato da
Leitura.
APRESENTAÇÃO
A escola atualmente possui como função social educar para a diversidade,
visando atender às necessidades históricas dos sujeitos excluídos ou discriminados
e deve ir além de uma política que só privilegia alguns grupos nela incluídos. Deve
conceber uma educação pela qual, a partir do conhecimento, seja possível
compreender a sociedade e suas contradições.
Na disciplina de Língua Portuguesa, a leitura recebe uma atenção especial,
sendo motivada em todos os momentos do ensino, visto que a leitura não é parte
integrante somente de Língua Portuguesa, mas sim de todas as disciplinas, sendo
essencial que se desenvolva desde o primeiro dia, o prazer pela leitura, fato que
será fundamental para o desenvolvimento educacional nesta fase.
O desenvolvimento do prazer da leitura é o enfoque deste projeto levando-se
em consideração que ler é um ato prazeroso e não obrigatório, sendo que o
posicionamento do professor perante a leitura é fator importantíssimo na construção
do leitor. O ato de leitura é tido pelos educandos como sendo um dever, sua
obrigação em cumprir tarefas e trabalhos impõe uma visão equivocada do ato de ler.
É importante ressaltar que o processo construtivo do hábito de leitura por parte dos
educandos necessita de constante incentivo, dentre eles, a leitura livre, ou
estruturada por meio de mecanismos motivadores.
Nesta unidade didática, pretendo desenvolver um trabalho voltado ao uso dos
contos “O Cabelo de Lelê” da obra O Cabelo de Lelê (2007) de Valéria Belém,
“Maneira de amar” da obra Contos Plausíveis(1981)e “Vó Caiu na piscina” da obra
Vó Caiu na Piscina (2003)de Carlos Drummond de Andrade, “O Menino Marrom” da
obra O Menino Marrom (1994) de Ziraldo e “Menina Bonita do Laço de Fita” da obra
Menina Bonita do Laço de Fita (1986) de Ana Maria Machado. Os referidos textos
abordam em suas temáticas a questão da diversidade brasileira, sendo uma
LEITURA EM ESCOLA: DESPERTANDO O PRAZER DE LER
realidade existente na escola onde será aplicado o projeto. As obras fomentam o
desenvolvimento do hábito pela leitura de modo prazeroso, desenvolvendo assim,
uma população que não busque somente em filmes ou músicas significados para
momentos em suas vidas, mas sim em livros em que as pessoas tenham a
possibilidade de desenvolver sua imaginação e, consequentemente, sua
criatividade.
A leitura é uma importante ferramenta de ensino para todas as etapas da
educação. No ensino fundamental, especificamente, a leitura é apontada como uma
ferramenta essencial para a transmissão de conhecimentos, mesmo assim, ainda
existe uma grande dificuldade na compreensão da real significação dos textos e
histórias que são repassadas às crianças e adolescentes. A entrada dos educandos
nas séries finais do ensino fundamental proporciona-lhes um momento em que a
leitura se integra de modo constante em sua realidade educacional, sendo
fundamentais que todos os profissionais estejam atentos às necessidades
educacionais de cada educando oferecendo-lhes uma educação de modo igualitário
a todos.
Atualmente, a educação ofertada nas escolas se concentra na contribuição
pela formação dos educandos em um indivíduo crítico-participativo que esteja
preparado para atuar proativamente na sociedade em que se encontra inserido.
Sendo assim, a escola anseia conhecer e desenvolver as competências de escrita e
leitura, fazendo uso dos mecanismos disponíveis para ofertar um ensino de
qualidade e bem diversificado aos educandos a que atende.
A riqueza e a variedade dos gêneros do discurso são infinitas, pois a variedade virtual da atividade humana é inesgotável, e cada esfera dessa atividade comporta num repertório de gêneros discursivos que vai diferenciando-se e ampliando-se à medida que a própria esfera se desenvolve e fica mais complexa (BAKHTIN, 1992, p. 279).
PARTE I
FORMAÇÃO DO LEITOR
Bakhtin, em sua obra Estética da criação verbal(1992), defende a importância
que os livros voltados ao público infantil exercem na formação de futuros leitores,
sendo um importante instrumento para se motivar o ato criativo dos educandos, haja
vista que, por meio de propostas criativas de trabalho, é possível transformar um
educando desmotivado ou alienado em alguém motivado a desvendar os mistérios
da vida, incentivando a busca pelo conhecimento e a ampliação da compreensão de
seu papel perante a sociedade.
O ato de leitura busca em sua essência proporcionar ao leitor a oportunidade
de recriar o mundo no qual se encontra inserido, promovendo assim o
desenvolvimento de seu intelecto e a ampliação de sua capacidade criativa. Aponta-
se a falta de leitura como um problema a ser solucionado, pois existe uma evidente
necessidade de se realizarem diversas transformações nas metodologias atuais
utilizadas no ensino da Língua Portuguesa, fato este evidenciado nos atuais
procedimentos de reestruturação da Base Nacional Comum e dos currículos nela
elencados. Pautando-se na necessidade de mudanças, os professores de Língua
Portuguesa devem trabalhar em prol da transformação da visão dos educandos
acerca da leitura como sendo um processo obrigatório e restrito à escola, tornando-
se essencial educar de modo a tornar a leitura um hábito prazeroso.
O prazer pela leitura é um importante sentimento a ser desenvolvido nos
educandos por todos os professores, indiferente de sua disciplina. Na infância,
alguns pais realizam a leitura de histórias infantis, sendo que, neste momento, as
crianças são inseridas no fantástico mundo da leitura. Este período de inserção das
crianças é marcado pelo deslumbramento, quando a magia e histórias mirabolantes
passam a chamar a atenção e tornam as crianças ansiosas pelo descobrimento de
novas histórias.
A prática da leitura deve ter como princípio o reconhecimento da importância
em se ouvir e contar uma história, pois o ato de ler histórias é algo essencial para
todos os educandos. Durante sua formação, serão necessárias diversas leituras de
livros, dentro das mais diversas temáticas, sendo assim, a leitura será fundamental
para toda sua vida. Na infância, o ato de ouvir contos e histórias dos mais velhos é
comum, quando avós e pais, com o intuito de orientar suas ações, passam a relatar
acontecimentos de sua vida a título de exemplo de como agir no futuro. Neste
contexto, é essencial que todos da sociedade incentivem a leitura de livros para as
crianças, fazendo uso de uma curiosidade que não pode ser desvalorizada ou
simplesmente trocada por novos mecanismos de interação como a internet.
O processo de formação das crianças e adolescentes é muito complexo e
diversificado, ao passar dos anos eles passam a pedir por mais histórias e os pais e
familiares recorrem a textos criados por escritores com o intuito de repassar algum
significado para quem os lê, como no caso de livros como Diário de um Banana. As
histórias que passam a fazer parte do imaginário das crianças são relacionadas com
o real e o imaginário de cada um, Sandroni& Machado (1998, p.15) apontam que “os
livros aumentam muito o prazer de imaginar coisas. A partir de histórias simples, a
criança começa a reconhecer e interpretar sua experiência da vida real”, sendo
assim, os livros são fundamentais para o processo de alfabetização de toda criança.
Para Piaget (apud Vygotsky, 1991) as crianças e adolescentes adquirem
valores ao construí-los interiormente, por meio da interação com o meio externo e
isso ocorre, por exemplo, com o contato com a leitura de contos, todavia haverá uma
real interiorização dos valores e ainda a compreensão de seu próprio mundo e do
mundo ao seu redor, possibilitando ao educando a construção de ideias que servirão
para a tomada de decisão em suas vidas.
Bamberger (2006) pede atenção em relação aos interesses prévios dos
educandos, fator importante na escolha da obra, considerando que se não fizer parte
da realidade e assim sentido ao mundo, provavelmente a leitura não será realizada.
O interesse do educando pela leitura é a principal ferramenta a ser trabalhada neste
projeto, sendo que a literatura nacional deverá ser a principal ferramenta a ser
incentivada, visto que a internacional conta com uma divulgação muito mais ampla,
contendo adeptos em todas as faixas etárias.
OBJETIVO: Levantar junto aos educandos qual a leitura realizada de modo
espontâneo.
A literatura livre e a literatura abordada
TEMPO ESTIMADO: 4 horas aulas
A mediação inicial será realizada por meio das seguintes etapas:
Apresentação do projeto para os educandos, elencando seus objetivos e
metodologias.
Explicação, passo a passo, de como será desenvolvida toda a abordagem.
Conscientização dos educandos de que a presente abordagem vislumbra
incentivar a leitura de modo livre e espontâneo, enfatizando a necessidade da
constância da leitura em sua vida.
Inicialmente será destacada a importância da leitura na formação da pessoa,
sendo proposta uma análise inicial das obras literárias em evidência na atualidade,
demonstrando como ocorre o desenvolvimento do processo de leitura das pessoas e
sua essencialidade na formação de opinião e conhecimento.
Em seguida serão apresentadas as obras "O cabelo de Lelê" de Valéria
Belém, "Vó caiu na piscina" e "Maneira de amar" de Carlos Drummond de Andrade,
"O menino marrom" de Ziraldo e "Menina Bonita do Laço de Fita" de Ana Maria
Machado. Os referidos textos abordam em suas temáticas a questão da diversidade
brasileira, realidade existente na escola onde será aplicado o projeto. A opção por
textos curtos se baseará no público a ser atendido, visto que os educandos do sexto
ano do ensino fundamental ainda não possuem interesse em histórias longas, sendo
assim, é fundamental iniciar-se com textos curtos que demonstrem que a literatura é
prazerosa e pode proporcionar todos os sentimentos que os contos infantis
propiciaram aos alunos, em seu início literário.
Deverão ser realizados constantes questionamentos de acordo com as obras
literárias propostas. É importante reiterar que a literatura infantojuvenil será
trabalhada como motivação para a leitura, sendo apresentados diversos escritores
da temática nacionais ou internacionais.
1.1 PROPOSTA DE TRABALHO
OBJETIVO: O primeiro momento desta proposta propõe levantar junto aos
educandos como o processo de leitura se apresenta em sua vida, elencando de
modo espontâneo quais suas motivações de ler.
TEMPO ESTIMADO: 2 horas aulas
Professor!
Fale um pouco de suas próprias impressões de leitura; do que sente quando
lê um texto em voz alta; se gosta do conto escolhido e por quê; se tem hábito de
fazer leituras em voz alta fora do contexto escolar etc. É importante que essa
conversa seja descontraída e informal, estimulando os estudantes também a ler voz
alta.
Exposição da importância da leitura, por meio de um diálogo e, em seguida,
apresentam-se os seguintes questionamentos:
1) Ler é algo natural em sua vida?
( )Sim ( ) Não.
2) Você leu algum livro no último ano?
( )Sim. Quais? ___________________________________________________
() Não. Por quê? ___________________________________________________
3) Se fosse para atribuir um conceito para seu interesse pela leitura de livros sem
gravuras ou imagens, qual seria?
( ) Péssimo ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo
4) Liste os livros que você já leu em sua vida?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
5) O que gosta mais de ler?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
6) Liste os temas de livros que despertam seu interesse pela leitura?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
7) Com que frequência você costuma ler?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
8) Quantos livros você leu até o quinto ano?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
9) Que sentimento desperta em você quando lê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10) O que/ou quem incentivou você a ler (ou a não ler)? Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
1.2 PROPOSTA DE TRABALHO
OBJETIVO: Proporcionar aos educandos um momento de pesquisa direcionada, no
qual o despertar da curiosidade será utilizado como mecanismo de motivação pelo
ato da leitura.
TEMPO ESTIMADO: 2 horas aulas
O educando será encaminhado à biblioteca da escola, onde deverá buscar
nos livros disponíveis obras que despertem seu interesse pela leitura, oportunizando
assim a leitura que, segundo Cagliari (1995), deve ser trabalhada no sentido em que
o estudante não perca o interesse pela leitura de uma obra em virtude do
desconhecimento do problema retratado ou por não reconhecer o problema que se
encontra implícito.
O prazer pela leitura é um importante sentimento a ser desenvolvido nos
educandos por todos os professores, indiferente da disciplina ministrada. Na
infância, alguns pais realizam a leitura de histórias infantis, sendo que, neste
momento, as crianças são inseridas no fantástico mundo da leitura. Este período de
inserção das crianças é marcado pelo deslumbramento, quando a magia e histórias
mirabolantes passam a chamar a atenção e, consequentemente, tornam as crianças
ansiosas pelo descobrimento de novas histórias. Neste viés, é fundamental que o
docente selecione, inicialmente, obras literárias das temáticas mais variadas
possíveis, auxiliando seus alunos a percorrerem os caminhos literários.
1.3 PROPOSTA DE TRABALHO
OBJETIVO:Investigar o conhecimento prédio do estudante.
TEMPO ESTIMADO: 2 horas aulas
Professor!
Solicite aos educandos, no laboratório de informática ou em qualquer outro lugar a que tenham acesso à internet, que façam uma pesquisa sobre o autor do conto lido: quem é, o que já escreveu além do conto, onde mora, do que gosta,etc. Depois, ainda utilizando esse recurso, peça que pesquisem, em sites especializados, novos contos que gostariam de ler para a classe em outra aula.
Questões de reflexão
1. O que é oralidade para você?
2. Alguma vez você ouviu a expressão tradição oral?
Um blog é reconhecido como sendo um diário pessoal na internet, sua
estrutura permite a atualização rápida das informações por meio de artigos ou
postagens. Neste modelo de página da Internet é possível inserir textos, imagens,
links de outras páginas da Internet, assim como é possível se utilizar de mídias
disponíveis na atualidade.
Neste projeto, o blog será utilizado como mecanismo de coletânea de
informações do projeto, sendo o local no qual serão inseridas as informações
desenvolvidas durante o projeto.
1.4 PROPOSTA DE TRABALHO
OBJETIVO:Desenvolver um blog no qual os educandos irão publicar todo o material
produzido durante o projeto.
TEMPO ESTIMADO: 4 horas aulas.
Durante os questionamentos, o professor poderá gravar ou filmar as
respostas dadas pelos estudantes para que, posteriormente, possa postá-
las em um site ou blog, o qual será criado e organizado pelos alunos com
auxílio do professor.
Blog como ferramenta educacional
1.5 PROPOSTA DE TRABALHO
OBJETIVO: Proporcionar aos educandos um momento de pesquisa específica,
quando cada educando será levadoa buscar as seguintes obras: "O cabelo de Lelê"
de Valéria Belém, "Vó caiu na piscina" e "Maneira de amar" de Carlos Drummond de
Andrade, "O menino marrom" de Ziraldo e "Menina bonita do laço de fita" de Ana
Maria Machado.
TEMPO ESTIMADO: 2 horas aulas
Alves (2016) afirma que a narração corresponde a uma das partes de um
acontecimento (relato), explicitamente é o que surge depois da proposição, sendo
onde são contados os fatos e os episódios históricos e mitológicos da obra. Para um
maior aprofundamento relativo à narrativa recomendo o acesso ao site disponível
em: http://edtl.fcsh.unl.pt/ Acesso em 18/Dez./2016. A narrativa é estruturada em
cinco elementos essenciais: enredo, personagem, espaço, tempo e narrador.
O enredo pode ser definido como sendo o conteúdo em que se constrói um
texto, sendo também denominado como trama, possui sempre núcleo que é
reconhecido como conflito. O conflito por sua vez define a expectativa que é
submetida à narração. É essencial a compreensão de que por meio de enredo é que
são desenvolvidos os acontecimentos e sucessivamente o tecido da história.
(ARAÚJO, 2016)
O personagem é o membro integrante da narração, sendo que por meio dele
é possível ao narrador desenvolver sua história e assim o este elemento se
Professor!
Realize uma visita junto com os estudantes à biblioteca de seu
município para que possam socializar no mesmo ambiente pesquisando as
obras selecionadas com a orientação do professor.
responsabiliza pelas ações destinadas pelo autor/narrador. O espaço em uma
narração é local onde ocorre a história, podendo ser a mais variada possível,
viajando ao longo do tempo, o tempo por sua vez é o período onde ocorre a história.
Alves (2016) define o narrador como sendo "a instância da narrativa que
transmite um conhecimento, narrando-o. Qualquer pessoa que conta uma história é
um narrador." O narrador por sua vez pode atuar em primeira pessoa, quando ele
participa como personagem da história, e em terceira pessoa quando atua como um
narrador de algo que observa.
Questões para reflexão
1. O que é conto?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
2. O que é uma narrativa?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
3. Conto e narrativa são a mesma coisa?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
4. Conto e narrativa têm algo em comum com histórias que escutamos pelos
nossos avós e pais na hora de dormir?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
5. Vocês gostam de ouvir histórias?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
6. Alguém da sua família conta história para você?
_________________________________________________________________
Após a socialização e interação a respeito do gênero conto, será apresentado
o conto Maneira de amar de Carlos Drummond de Andrade.
Maneira de Amar
“[...] O jardineiro conversava com as flores, e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza. Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na devida ocasião[...]” (ANDRADE, 1985).
Após o momento da contação de história, o professor deverá pedir aos
estudantes que comentem oralmente as informações contidas no conto lido.
Professor!
Depois que tiver explorado bem o assunto, peça aos estudantes que
apontem semelhanças e que apresentem os elementos das narrativas
como fatores comuns a esses textos. Como aspectos que diferenciam já
será o suficiente perceberem que os livros paradidáticos de literatura ou
outras narrativas longas que conheçam são desenvolvidos de forma mais
complexa e detalhada e os contos apresentam uma história mais curta e
objetiva.
Questões de reflexão
1. O jardineiro entendia o comportamento do girassol? Por quê?
2. O jardineiro foi despedido por qual motivo?
3. Na sua opinião, esse motivo foi justo? Por quê?
1.4.1 PROPOSTA DE TRABALHO
Vó caiu na piscina De noite na casa da serra, a luz acabou. Entra o garoto: − Pai, vó caiu na piscina. − Tudo bem, filho. O garoto insiste: − Escutou o que eu falei pai? − Escutei, e daí? Tudo bem. − Ce não vai lá? − Não estou com vontade de cair na piscina... (ANDRADE, 2003)
O estudante será encaminhado ao laboratório Paraná Digital no qual deverá
acessar o site, Disponível em: http://profhelena4e5ano.blogspot.com.br/2010/12/vo-
caiu-na-piscina.html acesso 25/Out./2016, onde se encontra disponível o texto
Professor!
Após a leitura e os comentários faça a sistematização; caracterize o
diálogo inicial e final como tempo cronológico, que deve ser compreendido
como tempo mensurável, que vai desde marcas da cronologia humana a
sequências de uma narrativa, explicitamente delimitadas (“de noite”).
O tempo psicológico, por sua vez, é a expressão da mente ou do
sentimento de uma dada personagem ou do narrador. É o tempo do mundo
interior, não mensurável, de forma precisa por minutos e horas.
completo. Após a leitura na íntegra, o estudante deverá responder o questionário a
seguir.
Questões de interpretação
1. Que motivo gerou a falta de entendimento por parte do pai de Nelsinho?
______________________________________________________________
2. Observe no texto a participação do narrador. Quantas vezes ele aparece?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
3. O trecho “Noite na casa da serra a luz apagou”, retrata as informações de qual
fato presente na história?
______________________________________________________________
4. O filho fala: “Tá escuro, pai.” Qual a reação do pai diante da insistência do
menino?
_______________________________________________________________
5. Que fator contribuiu para dona Marieta caísse na piscina?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
6. Em sua opinião, a queda de energia é um fato comum nas cidades ou na zona
rural? Por quê?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
7. O mal-entendido acontece porque o verbo cair pode ser interpretado de várias
formas. Qual sentido o pai atribuiu?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
TEMPO ESTIMADO: 2 horas aulas
O educando será encaminhado ao laboratório de informática onde irá
pesquisar as obras pré-definidas. É importante apresentar inicialmente uma lista
com as obras literárias a serem abordadas nesta unidade didática, proporcionando
assim a interação direta na inserção da leitura livre e prazerosa.
Ler é bem mais do que muitas pessoas pensam, não é apenas juntar letras,
sílabas e formar palavras, frases, orações e período. É necessário que o leitor
entenda, ou seja, interprete o que leu, observando algumas mensagens repassadas
pelo texto. É importante lembrar que um texto pode ter significados diferentes
dependendo da interpretação de quem leu. Outros, podem não ter sentido algum. “O
ponto de vista do leitor sempre oscila, de modo que os segmentos de cada
perspectiva se tornam seja tema, seja horizonte” (ISER, 1996, p. 182).
Daí a importância da leitura. Esta faz com que as pessoas se tornem mais
informadas e preparadas para acompanharem o desenvolvimento no meio em que
vivem. Para isso, é necessário que a leitura faça parte do cotidiano de cada um, não
basta apenas ler uma vez ou outra, é preciso que se pratique até que se torne um
hábito. Ao praticar com frequência a leitura, o leitor passará cada vez mais a ter
facilidade de interpretar um texto. (BRASIL, 2008)
Uma vez que para Jauss (1994) a literatura ao longo de um caminho feito pelo
leitor deve ser encarada como uma provocação, na qual este indivíduo perpasse um
plano real e concreto e subjuga-se a compreender a obra e sua relação entre ela e
aquele que lê. Um bom leitor é capaz de atribuir valores aos signos e construir os
seus significados e extrapolar o limite prometido pela estruturação do texto, ou seja,
um leitor ideal.
PARTE II
LEITURA, ESTÉTICA E O LEITOR
Diante de tudo, percebe-se que para haver uma conexão entre o leitor e o
texto, é preciso que se pratique a leitura, pois só assim será possível formar bons e
praticantes leitores.
Sabemos que no mundo contemporâneo, a leitura é uma necessidade básica,
vista que o ser humano almeja ser inserido numa realidade em que todos tenham os
mesmos direitos e deveres, dessa forma, são obrigadas a adquirirem tal habilidade
para não serem descartados ou deixados à margem de um mundo em que se prega
o conhecimento. Isso exige que a escola e a família sejam gerenciadoras desse
processo, uma vez que cada cidadão possa participar ativamente da vida em
sociedade de maneira a contribuir com as transformações do indivíduo e da
realidade em que o circunda.
No que tange a literatura, de acordo com Jauss e Iser, o texto literário nos
instiga a ponto de questionarmos a realidade em que vivemos e propormos novas
leituras de mundo a partir delas, nos aprimorando enquanto leitores e indivíduos,
pois no instante em que lemos, fazem parte dessa leitura e por consequência, ela de
nós. A leitura e o texto literário nos edificam, nos faz crescer e acrescentar aos
nossos conhecimentos o que pudemos compartilhar com a obra. Uma vez que o
leitor deixa sua contribuição com a obra, no instante em que dela faz parte, portanto,
temos um leitor ideal.
Provocando a leitura
Professor! Organize uma roda de apreciação de contos. Essa atividade é extensa, uma vez que todos os estudantes são convidados a participar, você precisa administrar o tempo das leituras de modo que todos possam ler, mesmo que para isso necessite de mais aulas. O objetivo é que os estudantes vivenciem a leitura de contos, experimentando que a leitura é um ato prazeroso e desenvolve comportamentos de escuta nos estudantes. Por isso, o momento da roda deve ser preparado cuidadosamente: é preciso pensar no espaço(na sala de aula, no jardim da escola, na quadra, etc.) onde as leituras acontecerão.
O ato de compartilhamento oral entre os estudantes é essencial para a
propagação pelo prazer pela leitura, visto que um professor, ao divulgar uma obra
literária, pode enfrentar certa barreira na propagação da qualidade da obra, porém
quando um colega relata que leu e gostou do livro, seu sucesso será evidente.
O professor deve propor aos educandos que durante o projeto sejam
realizadas rodas de leitura, nas quais os livros deste projeto e os demais de seu
interesse sejam apresentados ao coletivo, expondo opinião dos estudantes referente
ao livro, assim como incentivá-los a realizar a leitura de um trecho da obra que leu.
OBJETIVO: Ofertar aos educandos a oportunidade de ampliar seus interesses pela
leitura.
TEMPO ESTIMADO: 4 horas aulas
Os educandos possuem interesse nas mais variadas temáticas possíveis,
desde as atuais séries como "Jogos Vorazes", "Divergente", sem esquecer-se do
jovial "Diário de uma Banana", que tem servido de base para minhas atividades em
sala de aula no incentivo à leitura livre. Ao abordar os educandos com livros que
chamam a atenção dos jovens na atualidade tornou-se possível inserir livros
literários cada vez mais cedo, permitindo a comparação entre os filmes e os livros
que serviram de base para sua produção.
A apresentação de trechos de filmes será utilizada como meio incentivador do
interesse pela leitura, sendo exemplificado que não existe somente a televisão como
meio de despertar a curiosidade, mas sim o vasto mundo da leitura.
2.1 PROPOSTA DE TRABALHO
OBJETIVO: Apresentar aos educandos a obra de Jeff Kinney "O Diário de um
Banana", obra internacional que, devido a seu sucesso mundial entre o público
jovem, tem servido de enredo ou influenciado a narrativa de diversos filmes.
TEMPO ESTIMADO: 4 horas aulas
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Identificar o gênero diário como forma de relatar
situações vivenciadas no seu cotidiano. Identificar as características estruturais e
funcionais do gênero diário.
Estrutura da narrativa
O assunto a ser tratado nessa aula é o diário. Um dos gêneros da literatura
autobiográfica em que são registrados acontecimentos do dia a dia e aparecem
marcas de interlocução, ou seja, o autor conversa com um possível leitor ou com o
diário como se fosse um amigo. Geralmente, os diários são escritos em linguagem
informal, espontânea, próxima do que se utiliza no cotidiano.
Atividade oral
Para ativar o conhecimento prévio dos estudantes a respeito do gênero diário, o
professor deverá indagar aos educandos.
1. O que é diário pessoal?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
2. Você tem diário ou conhece alguém que tenha?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
3. Diário é só para meninas?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
4. Meninos podem ter diários?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
5. Por que as pessoas escrevem diário?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
6. Você acha que escrever diário está fora de moda? Por quê?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Neste momento, o professor irá solicitar aos estudantes que produzam um
mural na escola onde cada um deverá colocar um trecho do livro de seu interesse,
motivando-se na necessidade de despertar nos colegas o interesse pela leitura de
modo livre e prazeroso.
Inicialmente os estudantes deverão ser encaminhados ao Laboratório de
Informática onde deverão acessar a página disponível
em:http://4.bp.blogspot.com/_UA8XLoRk428/S9a8qK1HzKI/AAAAAAAACm4/UO2A-
mSbTPw/s1600/pag1.jpg, Acesso em 21/Out./2016. O professor deverá levar à sala
de aula cópias das páginas do diário de Greg – narrador do “Diário de um banana”.
.
Depois da leitura do diário de Greg, os educandos deverão responder às questões:
1. Quem são os personagens retratados nesse trecho do diário?
______________________________________________________________
2. Qual é a idade do personagem principal?
______________________________________________________________
3. Qual é esse acontecimento?
______________________________________________________________
4. O pai deu castigo para o irmão mais velho? Por quê?
______________________________________________________________
Professor!
A apresentação da obra será realizada por meio do destaque de
partes do livro a serem apresentadas em slides em sala de aula, assim
como na apresentação de trechos dos filmes que retratem fielmente a
história do livro.
A pessoa que tem um diário pode colocar nele, além do texto escrito, letras de
canções, poemas, desenhos, fotos, bilhetes e alguns elementos de histórias em
quadrinhos (Como balões de fala e onomatopeia).
Expressividade informal de acordo com as Diretrizes Curriculares de Língua
Estrangeira Moderna para a Educação Básica (2006):
Atribuição de fraqueza pelo locutor ao discurso produzido;
Presença de referentes afetivos e cognitivos;
Caráter subjetivo;
Familiaridade, tanto do professor como dos estudantes com este gênero;
Os diários podem ser fictícios, ou seja, inventados por um escritor como o
deDiário de um Banana, ou reais, em que as pessoas contam fatos vividos por elas.
Os diários desse tipo, algumas vezes, são publicados. Um exemplo é o que foi
escrito entre 1942 e 1944 pela menina Anne Frank no esconderijo onde ela e sua
família ficaram durante a perseguição nazista aos judeus ocorrida durante a
Segunda Guerra Mundial.
Professor,
Explicar para os estudantes o recurso onomatopeia.
No gênero “diário” há algumas características pertinentes como:
Professor! Nesse momento você pode escolher outros contos em outras fontes para desenvolver atividade de leitura, combine com seus estudantes um momento de silêncio e inicie a atividade com uma leitura em voz alta, feita por você, do conto escolhido. Essa leitura deve ser corrida, sem interrupções ou questionamentos de sua parte ou da de seus estudantes. Ao terminar, em roda, peça a eles que comecem suas impressões do que ouviram; gostaram; (ou não); ficaram curiosos ou com vontade de ler o texto eles mesmos; quiseram saber sobre o autor do texto; relacionaram o texto a alguma história real que conhecem etc.
As atividades sugeridas a seguir são adequadas aos estudantes do sexto ano
do Ensino Fundamental, tendo como finalidade criar o hábito e despertar o prazer
pela leitura pautando-se no mesmo prazer que eles possuem ao ler obras como O
Diário de um Banana. Nesta obra, a facilidade de comunicação trabalhada e a
ligação do cotidiano dos personagens com o cotidiano atual dos estudantes, tem
proporcionada uma maior atratividade de todos na literatura infantojuvenil.
Baseando-se nesse interesse pela leitura, o professor deverá elaborar uma visita
junto à biblioteca de sua escola onde deverá previamente ambientar a sala de
acordo com as obras a serem trabalhadas, uma sugestão e a construção de uma
boneca de tecido que seja inspirada na personagem principal da obra “Menina
Bonita do Laço de Fita”, assim como a disposição diferenciada das obras a serem
trabalhadas no projeto, permitindo ainda a colocação de livros que os estudantes
destaquem como sendo interessantes para despertar o prazer pela leitura.
2.2 PROPOSTA DE TRABALHO
OBJETIVO:Apresentar aos educandos as obras “O cabelo de Lelê" de Valéria
Belém, "Vó caiu na piscina" e "Maneira de amar" de Carlos Drummond de Andrade,
"O menino marrom" de Ziraldo e "Menina bonita de fita" de Ana Maria Machado.
TEMPO ESTIMADO: 8 horas aulas
Apresentar aos estudantes o vídeo "O cabelo de Lelê" de Valéria Belém
disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RriQiWMnDXU, acesso em
29/Out./2016, Valéria Belém é uma reconhecida jornalista e escritora que nasceu no
Rio de Janeiro; seu papel como importante escritora da temática diversidade fez-lhe
receber o título de “Jornalista Amiga da Criança” pela Agência de Notícias dos
Direitos da Infância (Andi).
O Cabelo de Lelê é uma obra que aborda de modo singular a valorização dos
cabelos de cada criança, transparecendo a importância em se reconhecer como é
fundamental o conhecimento da diversidade em todas as características de cada
pessoa.
O professor propõe aos estudantes uma contação de história do livro O
cabelo de Lelê de Valéria Belém; os educandos deverão sentar-se em roda para
ouvir a história que o professor irá contar.
Após a contação da história, o professor fará algumas indagações à turma
que irão responder de maneira informal.
1. Como é o cabelo de Lelê?
______________________________________________________________
2. Quais são as características de Lelê? Por que ela apresenta tais
características?
______________________________________________________________
3. Na sala de aula há algum colega com as características de Lelê?
______________________________________________________________
4. Lelê conhece suas origens?
______________________________________________________________
5. A menina Lelê enfrenta alguns obstáculos no convívio por causa dos seus
cabelos?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
6. Você conhece alguém no seu convívio que sofre algum preconceito?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
7. Qual é a situação inicial apresentada pela história?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
8. A história tem final triste ou feliz?
______________________________________________________________
9. Você já sofreu algum tipo de preconceito?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
10. Qual atividade Lelê tem para resolver suas inquietações?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Professor
Ao abordar a temática Cultura Afro-brasileira é essencial que faça uso do
estudo da Lei nº 10.639 de Janeiro de 2003 que trata da obrigatoriedade do ensino
da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", exemplificando por meio da lei a
necessidade de se abordar a temática desta importante cultura presente
significativamente na história brasileira.
2.3 PROPOSTA DE TRABALHO
OBJETIVO: Proporcionar aos educandos a observação e pesquisa da importância
da Cultura Afro-brasileira no Brasil.
TEMPO ESTIMADO: 2 horas aulas
Os estudantes deverão pesquisar ossitesdisponíveis
em:http://helen11hotmail.blogspot.com.br/2012/04/heranca-cultural-africana.html,
acesso em 30/Out./2016, disponível em:http://www.geledes.org.br/tag/carolina-
maria-de-jesus/, acesso em 30/Out./2016,
disponívelem:http://escolakids.uol.com.br/influencia-africana-na-cultura-
Professor!
Converse com os estudantes sobre a influência africana no Brasil.
brasileira.htm, acesso em 30/Out./2016, e disponível
em:http://www.idealdicas.com/a-heranca-africana, acesso em 30/Out./2016.
Em seguida deverão elaborar uma listagem sobre o que eles identificam como
herança africana.
1. Manifestações culturais;
2. Alimentação;
3. Palavras;
4. Religião.
Escolher com a classe dois aspectos citados para pesquisarem e conhecer
mais sobre o tema em questão.
Para refletir
„
Nesse momento, apresentarei o livro Menina Bonita do Laço de Fita de Ana
Maria Machado, obra na qual a autora coloca em cena,por meio da história de um
coelho que se apaixona por uma menina negra, alguns assuntos muito importantes
nos dias atuais, como a autoestima das negras e igualdade racial.
Atividade de pesquisa
Livro ... me fascina. Eu fui criada no mundo. Sem orientação materna.
Mas os livros guiaram os meus pensamentos. Evitando os abismos que
encontramos na vida. Bendita as horas que passei lendo. Cheguei à
conclusão que é o pobre quem deve ler.
Porque o livro é a bússola que há de orientar o homem no porvir (...)‟‟
(JESUS, 1996, p.167).
Professor!
Para a realização dessa atividade é de suma importância a leitura dos
contos de Ana Maria Machado e Valéria Belém, pois, por meio dela, os
estudantes tomarão conhecimento sobre a cultura afro-brasileira,
intrinsecamente ligada a nossa cultura. Dessa forma, passando a conhecê-
la e assim respeitando-a. O resultado da pesquisa deverá ser apresentado
para a classe, e o professor irá conduzindo as apresentações da maneira
que achar conveniente. Após as apresentações expor o resultado no mural
da sala.
Momento de Descontração:
O professor poderá contar a história e a trajetória da escritora Carolina Maria
de Jesus e apresentar aos estudantes suas obras Quarto de despejo (1960), Casa
de Alvenaria (1961), Pedaços de fome (1963) e Provérbios (1963).
Em seguida, numa roda da leitura, contar a história de "Menino Marrom” de
Ziraldo sobre a amizade entre dois meninos, um negro e um branco, por meio da
convivência aventureira dessas crianças ao longo de suas vidas.
Objetivos: apresentar aos educandos a riqueza da diversidade étnico-cultural
brasileira, além da apropriação de valores como respeito a si própria e ao outro.
Questões de interpretação
Era uma vez um menino marrom Sua pele era de cor chocolate Seus olhos eram muitos vivos, grandes, pareciam duas jabuticabas. Seus dentes eram clarinhos, clarinhos. Seus cabelos eram enroladinhos e fofos (ZIRALDO, 1994, p.3).
a) Escreva os adjetivos relacionados ao menino
Cor dos olhos
___________________________________________________________
Sua pele
___________________________________________________________
Seus cabelos
___________________________________________________________
b) Você conhece alguém com as características dos meninos da história?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
c) Quais são as suas características?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
2) O menino Marrom às vezes ficava triste, outras vezes alegre. Você já ficou triste
em alguma situação?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3) A professora fez uma experiência com as cores no laboratório da escola usando o
disco de Newton.
a) Você sabe quais são as cores desse disco?
______________________________________________________________
b) Como ele funciona? Se o disco girar que cor resulta?
______________________________________________________________
4). Com a mistura de tinta e do movimento do Disco de Newton os meninos
chegaram a uma resposta.
a) Qual é a explicação que eles dão à cor marrom?
______________________________________________________________
b) E a cor branca?
______________________________________________________________
5). O IBGE (2016) define "Cor ou Raça - característica declarada pelas pessoas de
acordo com as seguintes opções: branca, preta, amarela, parda ou indígena."
Porém, no texto o autor não leva em conta essa divisão.
a) Como é chamado o menino branco?
___________________________________________________________
b) E o menino negro?
___________________________________________________________
As tecnologias são apontadas por Dowbor (2013) como sendo algo que
possibilita a ampliação das estratégias educacionais, visto que através delas é
possível realizar atividades com menor esforço sendo este um fator muito favorável
ao considerar a disponibilidade dos professores na atualidade.
Porém, as tecnologias desligadas da educação ou da aquisição de
conhecimento e sabedoria que possibilitam seu aproveitamento de alguma forma,
levam somente à construção de uma escala geométrica que amplia o
desenvolvimento de erros.
Inicialmente, era considerado como fundamental a criação de indústrias e
bancos para o desenvolvimento de um país ou região, em contrariedade,
atualmente, evidenciou-se que, na ausência dos conhecimentos e da organização
social correspondente, constrói-se uma modernidade inconsistente que apresenta
um luxo sem consciência da realidade.
Dowbor (2013) aponta que as tecnologias e suas facilidades possuem
diversas vantagens a serem consideradas, porém, devem ser utilizadas de modo a
não causar prejuízos no processo de ensino-aprendizagem e do desenvolvimento de
raciocínio dos educandos. Ou seja, as tecnologias não devem servir simplesmente
como ferramentas que solucionem o problema em questão, mas sim, devem
encaminhar e auxiliar o alcance de uma solução, permitindo que o educando atue de
modo ativo na busca pela solução, proporcionando o desenvolvimento das
capacidades lógicas do educando e alcançando o desejado aprendizado.
Os diversos momentos da história apontam que em cada época foi utilizado o
recurso tecnológico disponível no período, reconhecendo que era uma função
essencial pensar e desenvolver novas técnicas para corresponder às novas
demandas de cada época. No caso da educação, este desenvolvimento foi
constante, evidenciado no desenvolvimento de métodos e técnicas que fazem uso
das mais modernas áreas tecnológicas da atualidade.
PARTE III
AS TECNOLOGIAS VOLTADAS À LÍNGUA PORTUGUESA
E na medida em que a educação não é uma área em si, mas um processo permanente de construção de pontes entre o mundo da escola e o universo que nos cerca, a nossa visão tem de incluir estas transformações. Não é apenas a técnica de ensino que muda, incorporando uma nova tecnologia. É a própria concepção do ensino que tem de ser repensada (DOWBOR, 2013, p.5).
Dowbor (2013) evidencia em sua abordagem que o impacto das tecnologias
sobre a educação serão constantes no decorrer dos anos. Todavia, é importante
ressaltar que a educação não pode tornar-se dependente da tecnologia, sendo
fundamentalmente tratadas como sendo aliadas da educação, e que, dessa
forma,vislumbram facilitar o ensino e possibilitem a construção e o desenvolvimento
de um aprendizado de modo mais dinâmico.
Os recursos didáticos podem ser considerados como sendo materiais
auxiliares dos professores para o desenvolvimento da aprendizagem, assim como os
reconhecidos livros, cadernos, textos escritos, giz e quadro-negro. Na atualidade, os
novos recursos didáticos foram inclusos nas escolas, sendo estes os computadores,
televisores, aparelhos de som e DVD, tablet, lousa digital, data show, entre outros.
Pimenta (2015, p.23) aponta que, "Porém, os recursos atuais, mesmo estando
disponíveis, ainda não são devidamente explorados ou utilizados com a mesma
importância e valorização dos recursos tradicionais."
Esta unidade didática pauta-se no reconhecimento da relevância cultural e a
construção de saberes que refletem em práticas de intervenção social no âmbito das
diversidades culturais com as quais nos deparamos no dia a dia na sala de aula,
explorando através da literatura afro-brasileira estratégias pedagógicas que
valorizam a diversidade objetivando a superação da desigualdade étnico-racial que
está presente em todos os níveis de ensino.
OBJETIVO: Promover uma Mostra cultural na qual serão transmitidas as opiniões
dos educandos, gravadas em filme, assim como será apresentada a leitura de
contos.
TEMPO ESTIMADO: 4 horas aulas.
A Mostra Cultural é um evento no qual os estudantes e professores
socializam suas experiências dos conhecimentos e aprendizagens alcançados no
decorrer do desenvolvimento do projeto. Serão apresentados aos demais estudantes
da escola e membros da comunidade escolar como o prazer pela leitura foi
desenvolvido por meio das diversas inserções dos livros Maneira e amar (1981) e Vó
caiu na piscina (2003) de Carlos Drummond de Andrade, Cabelo de Lelê (2007) de
Valéria Belém, Menina Bonita do Laço de Fita (1986) de Ana Maria Machado e O
Menino Marrom(1994) de Ziraldo.
A Mostra Cultural é um momento interativo no qual os estudantes
apresentaram:
os vídeos de contação de histórias apresentados no projeto, assim como o
relato de experiência dos estudantes durante o projeto;
cartazes sobre os livros abordados no projeto;
materiais produzidos durante o projeto;
o blog desenvolvido pelos estudantes.
PARTE IV
Encerramento do projeto
REFERÊNCIAS AGUIAR, Vera Teixeira; BORDINI, Maria da Glória. A formação do leitor. Porto
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ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: J. Olympio
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BELEM, Valéria. Cabelo de Lelê. Ilustrações Adriana Mendonça. São Paulo:
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BAMBERGER, R. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Ática, 2000.
BENTES, Anna Christina. Linguagem oral no espaço escolar: rediscutindo o lugar
das práticas e dos gêneros orais na escola. Cap. 6. Ministério da Educação,
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Alfabetização e linguagem. – ed. rev. e ampl. incluindo SAEB/Prova Brasil matriz de
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DOWBOR, Ladislau. Tecnologias do conhecimento: os desafios da educação.
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FERNANDES, Frederico Augusto Garcia. Oralidade e literatura: manifestações e
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ISER, Wolfgang. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. Tradução de
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