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Discente: Taiuan Reis Santos Docente: Evandro Rabello Disciplina: História da Comunicação Curso: Publicidade e Propaganda Semestre: 1. História da Propaganda no Brasil A História da Propaganda Brasileira surgiu em meados de 1800, quando a mídia televisão ainda não existia. Desde a sua origem até os dias de hoje, a propaganda passou por importantes e grandes mudanças acompanhando as necessidades mercadológicas que revolucionaram o mercado publicitário. Até o ano de 1900, as propagandas no Brasil baseavam-se em temas como compra e venda de móveis e até de escravos.

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Discente: Taiuan Reis Santos Docente: Evandro RabelloDisciplina: História da ComunicaçãoCurso: Publicidade e Propaganda Semestre: 1°

1. História da Propaganda no Brasil

A História da Propaganda Brasileira surgiu em meados de 1800, quando a mídia

televisão ainda não existia. Desde a sua origem até os dias de hoje, a propaganda passou por

importantes e grandes mudanças acompanhando as necessidades mercadológicas que

revolucionaram o mercado publicitário.

Até o ano de 1900, as propagandas no Brasil baseavam-se em temas como compra e

venda de móveis e até de escravos. 

A propaganda realmente começou séria no país apenas quando se iniciou a fabricação

de automóveis aqui, antes não havia produções. Era inexistente o conceito de marketing como

hoje se predomina, e talvez considerada indispensável, não se realizavam pesquisas

motivacionais.

A propaganda ainda tem muito a evoluir, e num certo sentido, iremos atingir uma

sinceridade enorme, podendo dizer coisas como são e não deixar que os preconceitos criem uma

barreira entre nós e a realidade. 

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Uma visão do projeto

Pero Vaz de Caminha e sua carta ao Rei D. Manuel, o Venturoso, de Portugal. Assim

nascia a propaganda brasileira e, por parte do Brasil e dos brasileiros, um exercício permanente

de marketing para escapar ao destino que Cabral lhe reservou: ser colônia.

De nossos índios - que pintavam papagaios para vendê-los como araras, lesando o

"consumidor" europeu, desprotegido de códigos ou leis - até nossos camelôs - que "correm

atrás" de novidades e oportunidades vale tudo quando se trata de "vender" uma idéia ou

produto. Ou seja: no Brasil, a propaganda está no sangue. Mascates, ambulantes e tropeiros

foram os primeiros vendedores, pioneiros das vendas por telefone, catálogos e Internet. Com

chuva e sol, calor, subindo rios e montanhas, atravessando matas, de barco ou em lombo de

mula, a mercadoria era entregue nas mãos do freguês. Naquela época ninguém era cliente, era

freguês mesmo.

Com a vinda de D. João VI em 1808 e a criação da Imprensa Régia, a colônia vira Reino

e "civiliza-se". Enfim, o jornal. Oficial, é verdade, porque o primeiro foi criado em Londres por

Hipólito da Costa, em 1806. Clandestino, de oposição, o "Correio Braziliense" com "z" mesmo

foi proibido de circular no Brasil. Só com a criação da Imprensa Régia é que surge a "Gazeta do

Rio", ainda em 1808. E depois dela, os anúncios.

Jornal, classificados, agência de propaganda. Este trio poderoso entra em cena em 1891,

com a criação da "Empresa de Publicidade e Comércio". Os anúncios eram uma espécie de

classificados de maior tamanho. E os grandes anunciantes, os remédios, fortificantes e elixires,

prometendo vigor e o bem estar das senhoras.

No início do século, o Rádio revoluciona a vida brasileira. O rádio trouxe os jingles, a

imaginação e o sonho para a vida brasileira. Ouvir "Jerônimo, Herói do Sertão" ou o "Direito de

Nascer" pelo rádio foram experiências, segundo nossos avós, fascinantes.

Antes da criação do outdoor, a mídia era feita em jornais, revistas, no rádio e nos bondes.

Os cartazetes colocados nas laterais internas dos bondes foram extremamente criativos. Outra

mídia importante eram as revistas, sendo que a maior delas foi "O Cruzeiro", que chegou a

vender 700.000 exemplares.

No Brasil, 1950 marca a chegada da televisão que, como o rádio, revoluciona a vida

brasileira. A TV Tupi apresentava "Espetáculos Tonelux" e a garota-propaganda era Neide

Aparecida. A Xuxa da época era a vedete Virgínia Lane em programa infantil, no qual saía de

dentro de uma árvore vestida de coelho e cantando: "Eu sou o coelhinho da Phillips..."

Nos anos 70, entretanto, deu-se o “boom” das telecomunicações e da Comunicação,

profissionalizando um mercado criativo, mas amador. As rádios FM conquistaram um público

impressionante. Via Embratel, a TV a cores muda mais uma vez a propaganda. Na mídia

impressa, o off-set e rotogravura abrem caminho para o padrão de qualidade na propaganda.

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Até o final dos anos 80, a propaganda brasileira passa por várias transformações: as

duplas de criação que surgiram nos anos 70 passaram a trabalhar em equipe, numa espécie de

agência sem paredes, que integrou Mídia, Planejamento e Criação. O fim das grandes

campanhas institucionais governamentais e a retração do mercado definiu o perfil da nova

agência de propaganda: a Full Service. Nesta década, o Brasil começa a marcar presença nos

festivais publicitários internacionais. A propaganda se auto-regulamenta, com base na ética e no

respeito ao consumidor, mais exigente e crítico.

A partir do final dos anos 80, a propaganda é bombardeada por todos os lados. E divide

sua importância com o Merchandasing, a Promoção, e Assessórias de Comunicação. A Internet

conquista seu espaço como mídia. As TVs por assinatura tiram o espectador dos canais abertos.

Com a computação gráfica, efeitos especiais substituem a falta de idéias. É o fim? Não. Apenas

o começo de uma nova etapa.

Cinco séculos de propaganda são cinco séculos de Brasil. Um registro de nossos

produtos, hábitos e comportamento. Um registro da moda, da política e da economia. Cinco

séculos de história e sonhos, refletidos em panfletos, cartazes, jingles, anúncios e comerciais.

Cinco séculos de idéias, bordões e personagens que invadem o cotidiano. E que contam, a seu

modo, a vida e a História do povo brasileiro.

Período de 1800 a 1930

Até o ano de 1900, as propagandas no Brasil baseavam-se em temas como compra e

venda de móveis e até de escravos. Alguns nomes daqueles anos ainda nos são familiares, como

os Pós da Pérsia, o Bálsamo Maravilhoso, Ungüento Santo, o Óleo de Fígado Bacalhau, o Licor

de Alcatrão e a Magnésia Fluida. Textos, que eram feitos por poetas como Olavo Bilac, eram

muito extensos, mas pouco a pouco foram sendo reduzidos e tornaram-se mais objetivos. Um

outro hábito da época era a utilização de políticos em muitas propagandas. Desde o início do

século, como atualmente, as últimas capas das revistas eram muito concorridas.

O primeiro anúncio em um jornal foi publicado na Gazeta do Rio de Janeiro no ano de

1808, era sobre a venda de uma casa e o estilo de anunciar usado foi parecido dos que ecoam

nos pregões, o de “quem quiser” e “quem quer comprar”, lembrando até os vendedores

ambulantes dos nossos dias.

Aparece em 1821 um novo jornal carioca chamado de O Diário do Rio de Janeiro, que se

apresentava como jornal de anúncios, pois havia a necessidade dos anúncios nos jornais, para

que se facilitasse as transações comerciais da época.

No começo do século, surgem as revistas, que se diferencia do jornal, pois este surgiu pela luta

política, e a revista surge com a finalidade de promover anúncios.

No princípio do século, uma antiga moda de colocar políticos em anúncios começou.

Faziam deles caricaturas, criavam diálogos, com muito humor e com certa alegria, pois a

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propaganda da época não era agressiva, ia mais ara o lado irreverente e ingênuo, tudo bem

imprevisto, sem dúvida, mas acima de tudo liberal.

Em 1913 ou 1914, nasce a primeira Agência de Publicidade, na verdade não foi uma

agencia desde o começo, era uma firma que evolui no sentido da publicidade e logo se

transforma em agencia. Segundo Júlio Cosi, nos começos da Eclética “os jornais eram quase os

mesmos de hoje, mas extremamente pobres em publicidade”.

Na época da Primeira Guerra Mundial havia cinco agências funcionando em São Paulo: a

Eclética, A Pettinati, a Edanée, a de Valentim Haris e a de Pedro Didier e Antônio Vaudagnoti.

Folheando jornais de São Paulo e Rio de Janeiro nos anos de conflito europeu, não se notava

grandes mudanças. Eram os mesmos anúncios de sempre que prevaleciam, na maioria das vezes

de remédios, com algum avanço na visualização, mas sempre com o mesmo padrão de

mensagem.

A Bayer foi à pioneira em fazer sucessivas campanhas, todas compostas de muitas peças.

Anúncios com títulos imaginosos, de sabor institucional, ou de um paralelismo ingênuo, ou

ainda fortemente agressivos. Foram feitos para diferentes produtos séries e mais séries de

anúncios. Na medida em que eram lançados novos produtos, a propaganda da empresa mais e

mais se avolumava. Sempre interessante sempre indicativa dos vários estágios pelos quais foi

passando a publicidade. Não há registro de quem a fazia. Mas pode-se supor um cliente com

departamento organizado, atuante, que mobilizava os recursos da época: desenhista, redator,

tipógrafo, agente. E com tais resultados.

Na década de 1920, vários temas foram abordados, em 22, propagandas sobre sabonete

mostravam com nitidez a preocupação com a beleza e a estética. Em 1926 fica mais explícito

esse lado de preocupação com a estética com os primeiros anúncios sobre moda. Neste mesmo

ano, pode-se perceber a presença cada vez mais acentuada das empresas norte-americanas. Com

a vinda das marcas, também chegavam ao país a técnica norte-americana de propaganda

comercial, neste ano a GM tem seu próprio departamento de propaganda com funcionários. Ao

longo do tempo essa pequena oficina de publicidade da GM soube compreender as necessidades

crescentes, procurou aparelhar-se, aumentar em eficiência e perfeição. Investiu, foi ajudada.

Período de 1930 a 1940

A crise de 1929 e as Revoluções de 1930 e 1932 foram acontecimentos que segundo Júlio

Cosi não só abalaram a economia e a vida do país, mas que também paralisaram a propaganda

totalmente, bem na passagem do período de especialização (começo das agências), para a

importação de modelos mais evoluídos. “A propaganda no Brasil, começou antes das

necessidades do mercado e antecipou-se ao período que eclodiram as técnicas e a

industrialização” “A Revolução de 1932 foi a implantadora da indústria no país” foram

palavras de Aldo Xavier, publicitário que esclarece este período de transição. Antes dessas

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comoções, as tentativas resultavam sempre em falhas. Mas em ecos de Modernismo que

trabalhava o publico. E com o aparecimento de uma indústria nacional, em um quadro amplo de

evolução, a propaganda se desenvolveu mais rapidamente.

A primeira fase da propaganda no Rádio foi marcada pelo pioneiro Sangirardi Jr., essa se

destacou pelos programas de grandes dimensões, musicais, locutores, programas de auditório,

rádionovelas, com grandes recordes de audiência. 

Período de 1940 a 1950

Em 1939, com o inicio da 2.ª Guerra Mundial, homens ligados ao mundo dos negócios

falaram a Revista Propaganda o que eles achavam da situação brasileira diante a guerra. Eles

não se preocupavam, a guerra não traria modificações ponderáveis, segundo Adolfo Milani.

Apenas Alcindo Brito mostrou-se cauteloso, sua preocupação estava certa – “... a fogueira da

Europa afetaria em parte os negócios no Brasil”.

Na década de 40 as atividades publicitárias foram as mais turbulentas, problemas

surgiram, o decréscimo violento no movimento de anúncios. O período de 1941 a 1945 foram

anos de guerra também para a propaganda, guerra das trocas comerciais. Já o período de 1945 á

1950, o país procurando corrigir as falhas no desenvolvimento econômico e social pós-guerra.

Os slogans também tiveram destaques nesta época, a Rádio Nacional, veiculava boa

parte, pois era a de maior audiência, tinha as grandes produções da época, as rádionovelas e os

programas de auditório, com essa grande extensão do slogan, em 1948, José Scatena fundou a

Rádio de Gravações Especializadas (RGE), para gravação e criação de spots e slogans.

Esse crescimento espantoso fez o mercado publicitário e seus profissionais tivessem

necessidades de organização, disciplina e conceitos. Nasciam em 1949 os convênios entre

agencias de propaganda, juntamente com a Associação Brasileira de Propaganda (ABA) e o

Conselho Nacional de Imprensa (CNI) tempos mais tarde surgia a Associação Brasileira de

Agências de Propaganda (ABAP).

Período de 1950 a 1960

Em 1950, o Brasil recebe a sua primeira emissora de TV, a Rede de Televisão Tupi (canal

4) em São Paulo. A iniciativa foi de Assis Chateaubriant, um homem de muito talento e visão.

Além de ser o marco para o país era também o marco para a Publicidade Brasileira, a TV

trouxe ao Brasil a evolução na arte de vender.

Com a chegada da TV, inicia-se a discussão sobre estratégias de marketing como

propaganda, promoção e pesquisa de mercado para atingir as metas de vendas dos fabricantes,

foi uma virada para as agências e todo o mercado publicitário brasileiro. Os gigantes do Rádio

foram levados a TV, locutores viravam apresentadores com os programas de auditório, e

surgindo também as garotas propagandas.

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Um grupo de São Paulo, em 1956 lança a Revista Propaganda, que tratava de assuntos

ligados a Publicidade e Propaganda e também o futuro do Brasil, promoções, verba de

propaganda, as perspectivas do ano e os destaques. A revista nascia sob o signo do

profissionalismo e acima de tudo assinada por grandes nomes da propaganda brasileira.

Período de 1960 a 1970

No período de 1960 a 1970, as agências norte-americanas, ditaram as normas de criação.

Veio então a época mais japonesa, (copiar, diminuir, baratear), que foi muito positiva, pois

resultou em uma melhoria expressiva do ponto de vista de padrão criativo. Com a inauguração

de Brasília, acreditava-se muito em uma descentralização imediata e enfim na criação de um

mercado nacional. 

Houve uma fusão de agências, mesmo as que já possuíam alguma certa fatia do mercado,

se uniram a outras para possuírem uma maior força.

A profissão ganha à universidade tem seu reconhecimento em nível superior, trazendo

certa sofisticação. 

Um entre três publicitários contribuía muito para o avanço da propaganda no Brasil. A

propaganda realmente começou séria no país apenas quando se iniciou a fabricação de

automóveis aqui, antes não havia produções. Era inexistente o conceito de marketing como hoje

se predomina, e talvez considerada indispensável, não se realizavam pesquisas motivacionais.

A propaganda ainda tem muito a evoluir, e num certo sentido, iremos atingir uma

sinceridade enorme, podendo dizer coisas como são e não deixar que os preconceitos criem uma

barreira entre nós e a realidade. 

Fundou-se em 1651, pela necessidade de formar profissionais da área, a primeira Escola

Superior de Propaganda. Com professores escolhidos entre os profissionais mais qualificados e

empenhados a orientar e visar o lado prático. 

O final do século XX marca uma nova configuração econômica no mundo, a

globalização, irá obrigar o mercado a posicionar-se de forma diferenciada e este fato exige das

agências uma reestruturação em termos de ganhos e de atendimento a seus clientes. Redução de

quadros, de ganhos e maior maturidade do setor são as principais mudanças ocorridas. Este fato

permite um salto na criatividade publicitária nacional alçando o país à condição de terceira

potência mundial em criação publicitária na década de 90.

A propaganda hoje é responsável pelo sustento de boa parte da mídia e é inseparável do

setor de negócios e de produção, sua maturidade e capacidade de adequar-se às novas realidades

que se constituem através de todo o século XX é que a transforma em um dos bons setores de

negócios do país.

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A evolução econômica do Brasil e a contribuição da propaganda

Que papel a propaganda desempenhou nesta aceleração de nosso crescimento? E que papel desempenhar deverá nos próximos anos?

Não queremos estabelecer uma relação de causa e efeito entre o desenvolvimento da

propaganda em nosso país e o crescimento do mercado brasileiro. Mas diríamos que a economia

e as comunicações são partes orgânicas da sociedade e nenhuma delas pode se desenvolver sem

um desenvolvimento correspondente da outra. A história típica do desenvolvimento das

comunicações “é uma cadeia de interações, na qual a educação, a indústria, a urbanização, a

renda nacional, a participação política e os meios de comunicação em massa avançam juntos,

estimulando-se mutuamente”.

A propaganda agressiva e inteligente de um produto ou serviço, enquanto serve ao

interesse próprio do produtor através do aumento de vendas lucrativas, ao mesmo tempo

contribui de maneira importante para a economia nacional, educando um maior número DCE

pessoas, levando-as a um nível de vida mais alto. Isto leva a níveis mais elevados de consumo e,

conseqüentemente, de produção e de riqueza.

Sem a força educacional da propaganda é pouco provável que as idéias e os anseios do

consumidor, relativas ao seu padrão de vida, mudem com suficiente rapidez, para servir de

apoio ao crescimento produtivo potencial.

As grandes e constantes inovações da tecnologia no terreno dos bens duráveis e dos

bens de consumo só poderão ser incorporados tão rapidamente aos hábitos de milhões de

consumidores graças à propaganda.

Através da propaganda criaram-se grandes mercados, sem os quais não seria possível o

consumo em larga escala, a produção em série, o desenvolvimento econômico.

As House-Agencies não são um fenômeno novo

O fato de um anunciante verticalizar sua organização provendo-se de serviços próprios

na área de propaganda, ou de empresários de outros setores diversificarem sua atuação, entrando

no mercado de agência, não significa ameaça à agência independente ou uma “sublevação do

anunciante”.

O fato de algumas grandes organizações varejistas terem suas próprias agências reflete

mais o nível de concentração existente em nossa economia, o que coloca nas mãos destas

organizações verbas de porte muito grande em face das dimensões do mercado publicitário

brasileiro, somado à busca de agilidade, do que uma tendência do anunciante inclinar-se pela

house-agency.

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De escravos a automóveisA evolução da propaganda, do primeiro anúncio à publicidade de massa.

1808O primeiro anúncio, referente à venda de um imóvel, é publicado na Gazeta do Rio de Janeiro.

1809A escravidão torna-se tema recorrente na publicidade brasileira.

1838Surgem nos jornais do Rio de Janeiro os anúncios de produtos farmacêuticos importados, como o Elixir de Boubée e o Elixir do Dr. Guillié. Os laboratórios se tornariam a partir de então os maiores anunciantes do país.

1875Chegam ao mercado brasileiro — e aos anúncios de jornais — produtos como Farinha Láctea Nestlé e Emulsão de Scott.

1891É fundada em São Paulo a primeira agência de propaganda do Brasil, a Empresa de Publicidade e Comércio, que funcionaria até 1915.

1900A indústria gráfica passa a usar novas tecnologias, como litografia e fotogravura, modernizando a apresentação dos anúncios e abrindo espaço para o lançamento das revistas ilustradas.

1910Anúncios de marcas como Antarctica, Singer, Brahma, Gillette e Mappin Stores aparecem em revistas como O Malho, O Tico-Tico e Fon Fon.

1920O escritor Monteiro Lobato cria campanha publicitária com o personagem Jeca Tatuzinho para o Biotônico Fontoura.

1929A agência americana J.Walter Thompson abre sua filial em São Paulo para atender à conta da General Motors e inicia um grande processo de modernização da publicidade brasileira.

1935A McCann Erickson abre seu escritório no Rio de Janeiro para atender à conta da Standard Oil e sua marca Esso.

1945A publicidade se consolida no país e o primeiro Anuário de Publicidade contabiliza 32 agências em funcionamento no país. Os maiores anunciantes do ano são RCA Victor, General Electric, General Motors, Pan American World Airways, Philips e Ford.

1950 - até hojeNa década de 50, a publicidade reflete a transição do país agrário para o país urbanizado e industrial. A chegada da televisão e novos meios de comunicação lançam as bases da propaganda moderna nos padrões como conhecemos hoje.

Os 20 maiores anunciantes no Brasil – 1950

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Coca-Cola Refrescos S.A. SAS – Scandinavian Airlines Syste

Standard Electric

Cia Cervejaria Brahma

Produtos da Perfumaria Myrta S.A.

Gillette

Souza Cruz

General Electric

Coty

Sul América – Cia Nacional de Seguros de Vida

Banco Nacional de Minas Gerais

Café Paulista

Televisão Tupi

Shell

Industrias Alimentícias Carlos de Britto S/A

Aerovias Brasil

Agência Dubar da Cia. Antarctica Paulista

Refinadora de Óleos Brasil S.A.

S.A de Perfumaria J. & E. Atkinson

Lever

As principais agências nos 20 maiores mercados publicitários brasileiros:

São Paulo: Age, Colucci, Contexto, Dentsu, FabraQuinteiro, Giacometti, Ghirotti & Cia., GP7, JF/Law Comunicação, Loducca, Logullo, MatosGrey, Mohallen Meireles, Multi Solution, OWL, QG Saviezza, Taterka, e Zero 11.

Rio de Janeiro: Agência 3, Artplan Mais, Binder/FC+G, Casa da Criação, Contemporânea, Quê Comunicação, Script e Staff Comunicação.

Minas Gerais: Casablanca, CPA, 2004 Comunicação, Espontânea, Lápis Raro, RC Comunicação, Solution e Tom Comunicação.

Espírito Santo: Aquatro, MP Publicidade e Prisma.

Rio Grande do Sul: Agência Matriz, DCS Net, e21, GlobalComm, Martins + Andrade,

Paim e RBA.  Santa Catarina: D/Araújo,

Fórmula, One WG, Prime Brasil e

Propague.  Paraná: Bronx, By Vivas, Exclam,

Getz Propaganda e Heads.

Bahia: Idéia 3, Link, Propeg e SLA.

Paraíba: Antares e Zag.

Pernambuco: Ampla, Arcos,

Gruponove e Italo Bianchi.  Rio Grande do Norte: Ratts Ratis.

Ceará: EBM Novotempo, Mota Comunicação, Slogan e 333

Propaganda. 

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Piauí: AMC.

Maranhão: Mallmann Marketing.

Goiás: Cannes e Netmídia. Mato Grosso: Casa D´Idéias,

Genius e ZF Comunicação.

Mato Grosso do Sul: Art & Traço, Competence Qualitás e Remat.

Pará: Borges, CA, DC3/Unicom, Griffo, Mendes e Vanguarda.

Amazonas: Oana, Saga e Tape.

Brasília: Comunicata e Mr. Brain. 

Agências certificadas de Feira de Santana

Agência Z ZAS ZOOM ArteCapital Ativa Comunicação Casa de Idéias Cidades Propaganda Criatório Comunicação DNMix Comunicação DPS Filopequeno Formato Comunicação

IMK Publicidade Meio Comunicação Mercado Comunicação Nerobianco Comunicação NP3 Comunicação e Marketing OK Propaganda Ponto X Comunicação LTDA Prophoto Propaganda SP Propaganda TV ON Comunicação

2. História da Propaganda no mundo

Mensagens comerciais e campanhas políticas foram encontradas em ruínas da antiga

Arábia. Egípcios usavam papiros para criar mensagens de venda e cartazes, enquanto o

conhecido volante (flyer) de hoje podia ser facilmente encontrado na antiga Grécia e Roma.

Pinturas em muros ou rochas utilizadas como propagandas eram outras formas encontradas

no tempo antigo e é utilizada até hoje em várias partes da Ásia, África e alguns países da

América do Sul, incluindo o Brasil. A tradicional pintura nas paredes pode ser encontrada

desde expressões artísticas em rochas feitas por populações indígenas que datam de 4.000

AC até pinturas desenvolvidas nos séculos XV e XVI que auxiliavam a divulgação de

volantes na época.

No século XVII, as propagandas começaram a aparecer em jornais semanais na

Inglaterra. Esses anúncios eram utilizados para promover livros e jornais, que

patrocinavam a imprensa, e medicamentos, que se tornaram muito procurados após

algumas doenças terem devastado a Europa. No entanto, falsas propagandas, também

conhecidas como “quack” (termo da época para designar uma pessoa que dizia ter

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profissionalmente habilidades, conhecimentos ou qualificações que não tinha), tornaram-se

um problema, que culminou na regulamentação dos conteúdos publicados nas propagandas.

Com a economia expandindo durante o século XIX, as propagandas cresceram. Nos

Estados Unidos, os classificados tornaram-se bem populares preenchendo muitas páginas

de jornal com pequenos anúncios de itens variados. O sucesso desse formato de

propaganda eventualmente levou ao aparecimento e crescimento da mala-direta. Em 1841 a

primeira Agência de Publicidade e Propaganda foi criada por Volney Palmer em Boston. A

agência criada por Palmer também foi a primeira a cobrar a taxa de 25% de comissão dos

jornais para vender espaço publicitário, o que antes era feito apenas por corretores de

propaganda.

Na virada do século, havia poucas escolhas de carreira para mulheres no mercado, no

entanto a publicidade e propaganda foi uma das poucas a abrir esse mercado. Desde que as

mulheres eram responsáveis pela maioria das compras feitas em casa, anunciantes e

agências reconheceram o valor introspectivo que a mulher tinha durante os processos

criativos, por curiosidade, a primeira propaganda norte-americana com apelo sexual foi

criada por uma mulher, Helen Lansdowne Resor, para anunciar o Woodbury’s Facial Soap.

Embora simplória para os dias atuais, a propaganda mostrava um casal com a mensagem:

“The skin you love to touch”, que significava “A pele que você adora tocar”.

Quando as estações de rádio iniciaram suas transmissões em meados de 1920, os

programas não continham propagandas. Isso acontecia porque as primeiras estações de

rádio foram estabelecidas com equipamentos feitos manualmente e varejistas que

ofereceram programas em busca de vender mais aparelhos de rádio para os consumidores.

Com o passar do tempo, muitas organizações sem fins lucrativos, como escolas, clubes e

organizações populares, começaram a construir suas próprias estações de rádio. Quando a

prática de patrocinar programas foi popularizada, cada programa era patrocinado por um

anunciante pela troca da simples menção de seu nome no início e no fim dos programas.

No entanto, os donos de estações logo viram que poderiam ganhar mais dinheiro vendendo

pequenos espaços de tempo para vários anunciantes durante toda a programação da rádio e

não só no início e fim de cada programa para apenas um patrocinador. Essa prática foi

herdada pela televisão posteriormente nos meados de 1940 a 1950.

Durante a Guerra

Durante a 1ª Guerra Mundial, as técnicas de propaganda foram cientificamente

organizadas e aplicadas para influenciar a opinião pública a entrar na guerra ao lado da

Inglaterra. Hitler interessava-se e admirava os modelos de propaganda utilizados pelos

ingleses. Na guerra, o objetivo da propaganda é sempre provocar o ódio. “A propaganda

consiste em forçar uma doutrina nos povos inteiros. A propaganda atual na sociedade, no

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ponto de vista de uma idéia e falas maduras para a vitória desta idéia .” – palavras de

Hitler no seu livro Mein Kampf.

Goebbels

Paul Joseph Goebbels (Mönchengladbach, 29 de outubro de 1897 - Berlim, 1° de

maio de 1945) foi o ministro da Propaganda de Adolf Hitler (Propagandaministerium) na

Alemanha Nazista.

Em Berlim, Goebbles torna-se o editor do jornal “Der Angrif” (O Ataque), que

publicava constantemente difamações anti-semitas. Os objetivos do ministério eram

assegurar que a mensagem nazi fosse espalhada através da arte, música, teatro, filmes,

livros, rádio, material educacional e imprensa. O ministro da propaganda, Goebbles, tinha

duas tarefas principais: assegurar que ninguém na Alemanha lia ou via idéias contrárias ao

partido Nazi e assegurar que as idéias Nazis fossem expostas da maneira mais persuasiva

possível.

DDB

Doyle Dane Bernbach mais conhecida por DDB é uma agência de publicidade nos

Estados Unidos, fundada por Maxwell (Mac) Dane, James “Ned” Doyle, e William

Bernbach em 1949.

DDB se tornou famosa nos anos 50 e 60 por suas campanhas inovadoras para a

Volkswagen (“Think Small”), Avis Rent A Car System Inc. (“We Try Harder”), e outras

companhias. Ela foi também responsável pela campanha publicitária que ajudou Lyndon B.

Johnson a ganhar a presidência dos Estados Unidos da América em 1964. No Brasil, é

sócia da agência DM9DDB - o outro sócio é o brasileiro Grupo Ypy de Comunicação, de

Nizan Guanaes e Guga Valente.

Grupo Omnicom

Grupo Omnicom é uma das maiores agências de publicidade de sociedade gestora de

participações sociais do mundo (com trezentos e quarenta e cinco escritórios espalhados por

setenta e seis países, que trocam informações, tecnologias e técnicas de pesquisa).

Saatchi & Saatchi

Charles Saatchi nasceu em 9 de Junho de 1943 em Bagdad (Iraque) e foi o fundador

da agencia Saatchi & Saatchi. Era a maior agência do mundo antes quando ele e o seu

irmão Maurice foram forçados a deixar a empresa e fundaram a agencia “M&C Saatchi”.

Com o grande números de clientes potenciais foram rapidamente uma agência nos Britain´s

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top ten. Foi então conhecido pelo “art collector” e proprietário da “Saatchi Gallery” e em

particular o patrocinador da “Young British Artists” incluindo Damien Hirst.

Ogilvy

David MacKenzie Ogilvy (23 de junho de 1911 – 21 de julho de 1999) foi um

publicitário e fundador da Ogilvy & Mather. David fez sucesso com campanhas para a

Rolls Royce, Schweppes, Shell, além de campanhas para desenvolver o turismo nos

Estados Unidos, Inglaterra e Porto Rico.

Grupo Publicis

Qual a relação entre uma garrafa de Coca-Cola, um cartão Visa, um produto do

laboratório Pfizer, o supermercado Carrefour, um filme de Walt Disney, uma campanha

publicitária para recrutar soldados para o exército americano e uma estratégia para a

implantação da Philip Morris na China? A resposta é: Publicis, o quarto maior grupo de

comunicação do mundo, com 35 166 empregados, 32,1 bilhões de euros em cifras de

negócios, 3,8 bilhões de euros de renda e 150 milhões de lucro.

Y&R - Young & Rubicam

A Y&R é hoje a maior agência do mercado publicitário brasileiro em volume de

investimentos em mídia, segundo o ranking publicado pelo Instituto Ibope-Monitor. Foi

também eleita, de acordo com a edição brasileira do Great Place to Work, uma das 100

melhores empresas do país para trabalhar. É o resultado da fusão da Young & Rubicam e

Bates Brasil ocorrido em janeiro de 2004.

Atualmente a Y&R conta com clientes como Bradesco, Casas Bahia, Colgate,

Palmolive, Danone, Goodyear, Nova Schin, Mercedes-Benz, Perdigão, Perdigão, Santa

Casa de Misericórdia, TAM - Linhas Aéreas, Texaco, Vivo, UOL (Universo On-line), entre

outros.

J. W. Thompson

JWT (ou J. W. Thompson) agência de publicidade multinacional, fundada em 1864 por

William James Carlton, e modificada por John Walter Thompson em 1877 para J. Walter

Thompson Company. Uma das maiores agências do mundo inclui em sua cartela de clientes as

empresas HSBC, DTC. Ford, Nestle, Shell, Pfizer e Vodafone, entre outras.

Em 1929, chega ao Brasil como a primeira agência de publicidade internacional. De

origem americana, a JWT foi pioneira na introdução da fotografia nos anúncios, na realização

da primeira pesquisa de mercado, e em várias atividades na jovem televisão brasileira. E não

parou por aí. Desde a sua fundação, tem sido responsável pelo atendimento de marcas líderes de

mercado. Entre elas, estão parcerias de longa data com empresas como o Unilever (desde 1967),

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a Nestlé (desde 1957) e a Warner Lambert (desde 1973). Liderada no Brasil por Stefano Zunino

e com Ricardo Chester como chief creative office, a agência vai além: integra as áreas de

criação, planejamento, mídia e atendimento para criar campanhas sólidas, comprometidas com

os negócios das empresas clientes.

Euro RSCG Worldwide

A Euro RSCG Worldwide é a maior agência de publicidade global pelo segundo ano

consecutivo, como medido pelo número total de contas globais, segundo o 2007 Advertising

Age Global Marketers Report (Relatório das Empresas Globais Especializadas em Marketing de

2007). Classificada como #1 no relatório de 2006, a Euro RSCG Worldwide continuou no topo

do ranking no relatório deste ano devido ao crescimento em todas as regiões e um desempenho

muito forte em novos negócios que contaram com a adição dos negócios globais da Reckitt

Bencksier no total de US$ 1,5 bilhão, juntamente com grandes contratos da sanofi-aventis,

Kraft, ExxonMobil, Danone Group, Alcatel Lucent, Dell, Novartis e Areva entre muitos outros.

A Euro RSCG Worldwide ficou no topo do ranking com 42 clientes globais e 1.167 serviços,

ultrapassando as agências Ogilvy & Mather e McCann Erickson Worldwide, que juntas ficaram

entre as três maiores agências, segundo os valores divulgados pela Advertising Age nesta

semana.

Grupo Newcomm

Grupo Newcomm nasceu em janeiro de 2004, da associação entre Roberto Justus e o

grupo WPP, que deu origem à primeira holding mista da história da propaganda brasileira em

regime de gestão compartilhada e um modelo inédito no país.

Roberto Justus é CEO do Grupo Newcomm, holding prestadora de serviços de back

office tais como jurídico, RH, finanças, administração e relações internacionais, entre outros.

Sob o controle do Grupo Newcomm estão as agências Y&R, Dez Brasil, Wunderman, Ação

Produções Gráficas, Maestro e LongPlay Comunicação 360º.

Coca-Cola

A Coca-Cola bebida, foi desenvolvida a partir da fórmula de um remédio, calmante

para tosse, dosado pelo farmacêutico John Styth Pemberton em 1886 em Columbus,

no estado da Geórgia, EUA. Recebeu originalmente o nome de Pemberton’s French

Wine Coca;

A bebida recebeu o nome de Coca-Cola porque originalmente o estimulante

misturado na bebida era cocaína, que vem das folhas de coca da América do Sul.

Hoje, o estimulante foi alterado para cafeína, mas o sabor ainda é feito através de

noz de cola e folha de coca. A cocaína foi removida das folhas e a bebida não

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contém traços da droga. Depois foi relançada como bebida leve. A bebida foi

anunciada, publicamente, pela primeira vez em 29 de maio;

Em alguns lugares, anúncios da Coca-Cola são quase onipresentes, especialmente

em áreas mais ao sul da América do Norte, como em Atlanta, onde a Coca surgiu.

Os Jogos Olímpicos de Verão de 1996 foram em Atlanta, e como resultado, a Coca-

Cola recebeu publicidade gratuita. A Coca-Cola também foi à primeira

patrocinadora dos Jogos Olímpicos, nos Jogos de 1928 em Amsterdã.

Coca-Cola vs. Papai Noel

A publicidade da Coca-Cola tem tido um impacto significativo na divulgação da

cultura norte-americana, sendo freqüentemente creditada à bebida a “invenção” da

imagem moderna do Papai Noel como um homem idoso em roupas vermelhas e

brancas, justamente as cores da Coca-Cola. Apesar disso, a companhia começou a

promover esta imagem de Papai Noel somente na década de 1930, nas suas

campanhas de inverno; mas usar esta imagem de Papai Noel já era comum antes

disso.