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Interação Nutrientes e Interação Nutrientes e Drogas que atuam no SNCDrogas que atuam no SNC
Disciplina de Interação Alimento Medicamento
Prof. Carlos Eurico da Luz Pereira
22Fármacos que Atuam no Fármacos que Atuam no Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Central
• Anestésicos Gerais• Drogas usadas nos Distúrbios Motores:
Antiepilépticos e Antiparkinsonianos• Hipnóticos e Ansiolíticos• Antipsicóticos• Fármacos usados nos Distúrbios Afetivos• Fármacos de Uso Não-Médico
33O SISTEMA NERVOSO CENTRAL FUNCIONA
COMO PROCESSADOR DE INFORMAÇÕES, MANTENDO A HEMOSTASIA DE VÁRIOS
SISTEMAS, REGULANDO FUNÇÕES VEGETATIVAS E POSSIBILITANDO
RACIOCÍNIO LÓGICO, JULGAMENTO E COMUNICAÇÃO SIMBÓLICA.
RECEBE SINAIS DETECTADOS POR RECEPTORES PERIFÉRICOS E CONDUZIDOS
POR VIAS AFERENTES SENSITIVAS. ANALISA, FILTRA, ARMAZENA E REELABORA ESSAS INFORMAÇÕES, PROGRAMANDO REAÇÕES
MOTORAS, COMUNICADAS POR NERVOS EFERENTES A ÓRGÃOS EXECUTORES.
O SISTEMA NERVOSOO SISTEMA NERVOSO
Sistema Nervoso Periférico
Sistema Nervoso Central
Encéfalo
Medula Espinhal
Nervos cranianos
Nervos espinhais
55
TELENCÉFALOTELENCÉFALO
MESENCÉFALOMESENCÉFALO
DIENCÉFALODIENCÉFALO
PONTEPONTE
BULBOBULBO
66
DESTINA-SE A:
Reagir aos estímulos
Transmitir a excitação resultante com rapidez para outras partes da célula e para outros neurônios, céls musculares e glandulares.
Mais de 100 bilhões (1011) de neurônios (células nervosas), estão
integrados no tecido estrutural e funcional que é o encéfalo.
O NEURÔNO É A O NEURÔNO É A UNIDADE BÁSICA DO UNIDADE BÁSICA DO SISTEMA NERVOSOSISTEMA NERVOSO
77NEURÔNIONEURÔNIOTRANSMISSÃOTRANSMISSÃO
SINAPSESINAPSE
NEURÔNIONEURÔNIO
88SINAPSESINAPSE
É o local de contato de um neurônio com o outro.
99No interior do neurônio gera-se um
impulso elétrico, fruto de trocas iônicas transmembranas.
O impulso nervoso é, na verdade, uma onda de despolarização propagada, causada pela passagem rápida de sódio do exterior para o
interior da célula, com conseqüente diminuição da eletronegatividade da face
interna da membrana.
Descarga nervosa = potencial de ação, que se propaga até terminais nervosos.
1010Chegando aos botões terminais, os
impulsos nervosos promovem a liberação de substâncias químicas
especiais denominadas NEUROTRANSMISSORES.
Neurotransmissores são sintetizados em várias partes da célula nervosa e armazenam-se em vesículas
localizadas nos terminais sinápticos, de onde são liberados mediante impulso adequado.
Na fenda, ligam-se a receptores pré e pós sinápticos.
1111
Combinação com receptores pós-sinápticos resulta em excitação ou
inibição neuronais.
Interação com receptores pré-sinápticos causa alterações em velocidade de síntese e liberação do próprio neurotransmissor em seu terminal
nervoso = auto-regulação.
1212NEUROTRANSMISSORES DO SNC:NEUROTRANSMISSORES DO SNC:
• ColinérgicosColinérgicos : Acetilcolina• MonoaminasMonoaminas: Epinefrina, dopamina,
histamina, norepinefrina e serotonina.• AminoácidosAminoácidos: ác.glutâmico, ác. Aspártico,
GABA, glicina e taurina.• NeuropeptídeosNeuropeptídeos: Angiotensina II, glucagônio,
neurotensina, opióides endógenos, substância P, ACTH, MSH,VIP.
• PurinasPurinas: ATP, adenosina• Substâncias gasosasSubstâncias gasosas: NO, CO• OutrasOutras: Insulina, benzodiazepínicos.
1313Existem fibras nervosas em que se
verifica predomínio de determinado neurotransmissor e que, por isso, constituem alguns sistemas específicos do SNC:
•NoradrenérgicoNoradrenérgico – norepinefrina
•ColinérgicoColinérgico – acetilcolina
•DopaminérgicoDopaminérgico – dopamina
•SerotoninérgicoSerotoninérgico – serotonina
•Peptídeos opióides endógenosPeptídeos opióides endógenos: encefalinas, endorfinas e dinorfinas.
1414
• Drogas de ação central ou psicotrópicas podem influenciar de modo seletivo ou generalizado determinadas funções cerebrais.
• Estimulam funções: Estimulantes ou excitadores cerebrais.
• Inibem funções: depressores cerebrais.
•Excitatório: aumento de atividade de sistemas excitatórios ou inibição de sistemas inibitórios.
•Depressores: estimulam sistemas inibitórios.
1515
NEUROFÁRMACOS interferem no processo de síntese, armazenamento, recaptação intraneuronal e intravesicular, biotransformação e liberação de neurotransmissores.
Podem também atuar em sítios Podem também atuar em sítios receptores, acoplando-se e receptores, acoplando-se e mimetizando a ação do mimetizando a ação do neurotransmissor (agonistas) ou neurotransmissor (agonistas) ou bloqueando-os (antagonistas).bloqueando-os (antagonistas).
1616Classificação das drogas psicotrópicas:Classificação das drogas psicotrópicas:
• Ansiolíticos e sedativos:– Sinônimos: hipnóticos, sedativos, tranquilizantes
menores.– Definição: drogas que causam sono e reduzem a
ansiedade.– Ex: barbitúricos, benzodiazepínicos e etanol.
• Drogas antipsicóticas:– Sinônimos: neurolépticos, tranquilizantes maiores,
antiesquizofrênicos.– Definição: drogas eficazes no alívio dos sintomas
da esquizofrenia.– Exemplos:clozapina, clorpromazina, haloperidol.
1717• Agentes antidepressivos:
– Sinônimos: timolépticos– Definição: que aliviam os sintomas depressivos.– Ex: inib. da monoamina oxidase e antidep.
tricíclicos.
• Estimulantes psicomotores:– Sinônimo: psicoestimulantes– Definição: drogas que produzem vigília e euforia– Ex: anfetamina, cocaína e cafeína.
• Drogas psicomiméticas:– Sinônimos: alucinógenos, drogas psicodislépticas.– Definição: drogas que causam distúrbios da
percepção (aluc. Visuais) e do comportamento.– Ex: dimetilamida do ác lisérgico (LSD), mescalina e
fenciclidina.
1818
• Potencializadores da cognição:– Sinônimos: drogas nootrópicas– Definição: drogas que melhoram a
memória e o desempenho cognitivo– Ex: tacrina, donepezil, piracetam.
1919DROGAS USADAS NOS DROGAS USADAS NOS
DISTÚRBIOS MOTORESDISTÚRBIOS MOTORES
ANTIEPILÉPTICOS
ANTIPARKINSONIANOS
2020
2121
Processo convulsivoProcesso convulsivo
1- Há um desequilíbrio na proporção de moléculas excitatórias e inibitórias no cérebro.
2- Os neurônios começam a transmitir informações desorganizadamente, essas mensagens chegam à medula.
3- Neurônios na medula passam as "ordens" de contração para os músculos, gerando a convulsão.
2222• As crises podem ser generalizadas em toda a
superfície cerebral e atingem todo o corpo - , ou parciais - que envolvem apenas uma região do cérebro, tendo efeito em apenas uma parte do corpo. Dependendo da área cerebral afetada, a pessoa não entra em convulsão, mas experimenta outras reações.
• A-Pernas B-Tronco C-Braços D-Face
2323
CRISE CONVULSIVACRISE CONVULSIVA
• A crise convulsiva clássica caracteriza-se pela perda perda
repentina da consciênciarepentina da consciência, acompanhada de contrações contrações
muscularesmusculares violentas.
2424
• A vítima de uma crise convulsiva sempre sempre cai e seu corpo fica tenso e retraídocai e seu corpo fica tenso e retraído. Em seguida ela começa a se debater debater violentamenteviolentamente e pode apresentar os
olhos virados para cimaolhos virados para cima e os lábios e lábios e dedos arroxeadosdedos arroxeados. Em certos casos, a vítima apresenta sialorréiasialorréia e perda de perda de
esfincteres.esfincteres.
2525
• Estas contrações fortes duram de dois a duram de dois a quatro minutosquatro minutos. Depois disto, os
movimentos vão enfraquecendo e a vítima recupera-se lentamenterecupera-se lentamente.
• Pode ficar inconscienteinconsciente ou com movimentosmovimentos lentoslentos e/ou confusão confusão
mentalmental por vários minutos após a crise, o que representa o estado pós-
convulsivo (pós-ictal).
2626
Causas de convulsões:Causas de convulsões:• A crise convulsiva pode acontecer em
conseqüência de:• febre muito alta,
• intoxicações,
• overdose de drogas,
• abstinência alcóolica,
• hipertensão na gravidez (eclâmpsia)
• epilepsia ou lesões cerebrais.
2727Classificação Internacional das Crises Classificação Internacional das Crises Epilépticas:Epilépticas:
I) Crises Parciais (Locais ou Focais): A) Crises Parciais Simples (sem envolv. consciência)
B) Crises Parciais Complexas (psicomotoras ou de lobo temporal, com alteração de consciência)
C) Crises Parciais Seguidas de Crises Generalizadas Secundárias (tônico-clônica, tônica ou clônica)
II. Crises Generalizadas (convuls. e ñ-convulsivas)
A. Ausência (pequeno mal)B. Crises MioclônicasC. Crises ClônicasD. Crises TônicasE. Crises Tônico-clônicas (grande mal)F. Crises Atônicas
III. Crises Epilépticas Não-Classificáveis
2828Mecanismo de Ação dos Mecanismo de Ação dos AntiepilépticosAntiepilépticos
1) Ação nos neurônios patológicos, impedindo ou reduzindo a descarga neuronal excessiva.
2) Redução da difusão da excitação e impedimento da detonação e da ruptura das funções dos agregados normais de neurônios
3) Ação sobre lesões não-neuronais envolvidas na gênese do foco (redução isq.)
-Potencialização ação do GABA – Inibição da função dos canais de sódio.
2929DROGAS ANTIEPILÉPTICASDROGAS ANTIEPILÉPTICAS
1. Hidantoínas (Fenitoína)2. Barbitúricos (Fenobarbital)3. Desoxibarbitúricos (Primidona)4. Iminoestilbenos (Carbamazepina)5. Succinimidas (Etosuximida)6. Ácido Valpróico7. Oxazolidinadionas (Trimetadiona)8. Benzodiazepínicos (Diazepam)
3030
Efeitos Adversos dos AntiepilépticosEfeitos Adversos dos Antiepilépticos
Fármaco Efeitos AdversosFenitoína Hiperplasia gengival, hirsutismo, sonolência, náuseas,
vômitos, hipocalcemia, osteomalácia, agranulocitose,dermatites, lupus eritematoso sistêmico, hepatite
Fenobarbital Sedação, irritabilidade, nistagmo, ataxia, erupção cutânea,anemia megaloblástica e agitação em crianças e idosos.
Carbamazepina Sedação, desconforto gastrointestinal, reação cutânea,anemia aplásica(rara), leucopenia, vertigem, nistagmo,
ataxia.
ÁcidoValpróico
Náuseas e vômitos, sedação, hepatotoxicidade, alopécia,tendência hemorrágica, pancreatite aguda, aumento de peso.
Benzodiazepínicos
Sedação, incoordenação, ataxia, tontura, salivação,alterações de comportamento
3131Interações Farmacológicas Entre Interações Farmacológicas Entre AntiepilépticosAntiepilépticosFármaco em uso Fármaco Associado Efeito
Fenitoína CarbamazepinaDiazepamFenobarbitalÁc. Valpróico
AumentoAumentoAumento/diminuiçãoDiminuição
Fenobarbital FenitoínaÁc. Valpróico
AumentoAumento (40%)
Carbamazepina FenitoínaFenobarbital
DiminuiçãoDiminuição
Ác. Valpróico CarbamazepinaFenobarbitalFenitoína
DiminuiçãoDiminuiçãoDiminuição
Clonazepam FenobarbitalFenitoína
DiminuiçãoDiminuição
3232Interações entre Antiepilépticos e Interações entre Antiepilépticos e outros Fármacosoutros Fármacos
Antiepiléptico Fármaco Associado EfeitoFenitoína Cloranfenicol, cimetidina,
isoniazida, cumarínicos,dissulfiramSalicilatos, fenilbutazona eteofilina
Aumento
Diminuição
Fenobarbital Anticoncepcionais oraisCumarínicos e Cloranfenicol
DiminuiçãoDiminuição
Carbamazepina Cumarínicos, tetraciclina,estrógenos
Verapamil e diltiazem
Diminuição
Aumento
Ácido Valpróico Salicilatos Aumento
3333
FENITOÍNAFENITOÍNA
Altera ou diminui a percepção do paladar.
Pode causar hiperplasia gengival.
Náuseas, vômitos, hepatite, hipocalcemia
3434
3535
FENOBARBITALFENOBARBITAL
Melhor administrar em jejum
Alimentos retardam e reduzem sua absorção – entretanto reduzem sintomas
gastrointestinais.
Reduz a atividade do ácido fólico e vitaminas B6, B12, D e K.
Reduz absorção de cálcio.
3636
CARBAMAZEPINACARBAMAZEPINA
Ministrar com alimentos – aumento da absorção.
Pode causar perda de apetite.
3737
ÁCIDO VALPRÓICOÁCIDO VALPRÓICO
Ministrar com as refeições, alimento ou leite, para prevenir
distúrbios gastrointestinais.
Aumento de peso.
Hepatotoxicidade
Pancreatite aguda
3838
PRIMIDONAPRIMIDONA
Reduz a absorção de cálcio
Reduz a absorção de ácido fólico
Reduz a absorção das vitaminas B6 e B12.
3939INTERAÇÃO NUTRIENTES COM INTERAÇÃO NUTRIENTES COM
FÁRMACOS ANTIPARKINSONIANOSFÁRMACOS ANTIPARKINSONIANOS• Doença de Parkinson: Processo degenerativo
extrapiramidal que resulta em distúrbios no controle dos movimentos.
• Prevalência: Primeiro mundo 1:1000. No BR desconhecida.
• Faixa Etária: Quinta e sexta décadas. Infreqüente antes dos 30 anos.
• Sintomas clássicos: – BRADICINESIA– TREMOR DE REPOUSO– RIGIDEZ– PERDA DE REFLEXOS POSTURAIS
4040ANTIPARKINSONIANOSANTIPARKINSONIANOS
• Defeito bioquímico: Depleção de dopamina no sistema extrapiramidal, decorrente de degeneração neuronal.
• PARKINSONISMO: – PRIMÁRIO: Sem causa conhecida. DOENÇA DE PARKINSON.– SECUNDÁRIO:
• Infeccioso ou pós infeccioso (encefalites, LUES, AIDS)• Toxinas (manganês, Thinner, mercúrio)• Medicamentos: Cinarizina, flunarizina, Lítio, hidantoína, captopril,
metoclopramida, alfa-metildopa, antipsicóticos (fenotiazinas).• Tumores cerebrais• Trauma físico (encefalopatia pugilística)• Metabólico (hipoparatireoidismo, hipotireoidismo)
4141
ANTIPARKINSONIANOSANTIPARKINSONIANOS
• Objetivo do Tratamento: Reverter o tremor, rigidez e bradicinesia,
responsáveis por imobilidade, fraturas e infecções a que estão sujeitos os
pacientes.
• Início do tratamento:Quando os sintomas começam a
prejudicar o desempenho profissional ou as tarefas diárias dos pacientes.
4242Classificação dos fármacos Classificação dos fármacos AntiparkinsonianosAntiparkinsonianos
Grupos Representantes
ANTICOLINÉRGICOS Triexifenidil, biperideno, antihistamínicos
LIBERADORES DE
DOPAMINA
Amantadina
PRECURSOR
DOPAMINÉRGICO
Levodopa
INIBIDORES PERIFÉRICOS
DA DOPA-DESCARBOXILASE
Carbidopa, benserazida
AGONISTAS
DOPAMINÉRGICOS
Bromocriptina, pergolida.
INIBIDORES DA MAO-B Selegilina (l-deprenil), cabergolida
4343Fármacos Efeitos Adversos
Anticolinérgicos Boca seca, confusão mental, delírio, sonolência, alucinações, constipação e
retenção urinária.
Amantadina Alucinações, confusão, pesadelos, insônia, tontura, letargia, fala arrastada,
náuseas, vômitos, anorexia, constipação, edema pré-tibial, exacerbação da
insuficiência cardíaca.
Levodopa + carbidopa ou beserazida
Hipotensão postual, arritmias, taquicardia, anorexia, náuseas, vômitos, movimentos
involuntários, flutuações clínicas, distúrbios psiquiátricos, exacerbação de úlcera péptica, coloração avermelhada
ou escura da urina.
4444Interações Antiparkinsonianos Interações Antiparkinsonianos
NutrientesNutrientes• LEVODOPA:
– Administração feita com pequenas refeições para prevenir náuseas e vômitos, embora alimentos reduzam sua absorção.
– Consumo alto de proteínas diminui a eficácia do fármaco.
– Evitar alimentos ricos em vit B6 (fígado, leveduras ou levedo de cerveja, carnes, vegetais, peixes, grãos integrais) – aumentam o metabolismo extra-cerebral.
– Evitar preparações multivitamínicas que contenham mais de 10 a 15 mg de vit B6 por drágea.
4545
Interações Antiparkinsonianos Interações Antiparkinsonianos NutrientesNutrientes
• ANTICOLINÉRGICOS:– Antagonistas do sistema dopaminérgico
– bloqueio colinérgico leva a aumento do efeito dopaminérgico: boca seca, constipação e retenção urinária.
4646Interação Nutrientes e
Fármacos que atuam no SNC
FÁRMACOS UTILIZADOS FÁRMACOS UTILIZADOS NOS DISTÚRBIOS NOS DISTÚRBIOS
AFETIVOSAFETIVOS
Prof. Carlos Eurico Pereira
4747
• Alterações do humor:
DEPRESSÃO E DISTÚRBIO BIPOLAR.
4848
ANTIDEPRESSIVOSANTIDEPRESSIVOS• A depressão é após a hipertensão, a
condição médica crônica mais comum na população.
• Pelo menos 1 em cada 10 pacientes apresentam depressão maior, mas a maioria não é diagnosticada ou é inapropriadamente tratada.
4949DEPRESSÃO MAIORDEPRESSÃO MAIOR
• Caracteriza-se por humor deprimido e/ou perda de interesse em praticamente todas as atividades por pelo menos duas semanas, acompanhado de pelo menos três ou quatro dos seguintes sintomas:
– Insônia ou hipersonia– Sentimentos de desvalorização ou excesso de culpa;– Fadiga ou falta de energia;– Redução da capacidade de pensar ou concentrar-se;– Alteração significativa no apetite ou peso;– Retardo ou agitação psicomotora;– Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.
5050FÁRMACOS UTILIZADOS NO FÁRMACOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DAS DEPRESSÕES:TRATAMENTO DAS DEPRESSÕES:
ESPECÍFICOSAntidepressivos tricíclicos: imipramina
(Tofranil), desipramina, trimipramina, clomipramina (Anafranil), amitriptilina (Tryptanol), nortriptilina (Pamelor), protriptilina, doxepina, amoxapina, maprotilina (Ludiomil).
Antidepressivos atípicos: mianserina (Tolvon),
trazodona (Donaren), bupropriona, fluoxetina (Prozac, Daforin, Verotina), fluvoxamina (Fluvox), citalopram, sertralina (Zoloft), paroxetina (Aropax).
5151
Inibidores da MAO: IRREVERSÍVEIS: fenelzina, isocarboxazida, tranilcipromida.REVERSÍVEIS: moclobemida (Aurorix).
INESPECÍFICOS: Precursores: L-dopa, L-triptofano, adenosil-S-
metionina. Potencializadores: triiodotironina. Outros: lítio, estrógenos, salbutamol, captopril,
sulpirida, carbamazepina, alprazolam, metilfenidato.
FÁRMACOS UTILIZADOS NO FÁRMACOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DAS DEPRESSÕES:TRATAMENTO DAS DEPRESSÕES:
5252Mecanismo de Ação: 1) Bloqueio da recaptação neuronal 2) Inibição do metabolismo da noradrenalina ou
serotonina
Os antidepressivos são o tratamento de escolha em depressão maior.
Eficácia: Estudos demonstram que os
antidepressivos clássicos e os novos tem semelhante eficácia quando comparados, devendo os novos serem reservados como agentes de segunda escolha.
5353
Interação Nutrientes e AntidepressivosInteração Nutrientes e Antidepressivos
• Antidepressivos tricíclicos:– Efeitos anticolinérgicos: boca seca,
retenção urinária, diminuição da motilidade gastrointestinal.
– Ganho de peso.– Hepatotoxicidade.
• Antidepressivos Atípicos:– Menores efeitos adversos
5454Interação Nutrientes e AntidepressivosInteração Nutrientes e Antidepressivos
• Inibidores da Monoamino Oxidase:– Tranilcipromina (parnate): administrar 30 min.
antes das refições. Reage com alimentos com TIRAMINA, levando a cefaléia intensa, hipertensão, hemorragia intracraniana e até morte.
– Alimentos ricos em TIRAMINA:• Álcool, cerveja preta, queijos (brie, cheddar, camenbert, stilton),
vinho, café, fígado de galinha, chocolate, bebidas com cola, figos enlatados, peixe seco, fígado, chá, passas, molho de soja, iogurte e baunilha.
– Moclobemide (aurorix): sem hepatotoxicidade, poucos efeitos com alimentos com tiramina.
5555BibliografiaBibliografia1) Fuchs, F.D.; Wannamacher, L. Farmacologia Clínica -
Fundamentos da Terapêutica Racional. 2ª ed. Guanabara Koogan, RJ, 1998.
2) Gilman, A.G.As bases Farmacológicas da terapêutica. 8ª ed. Guanabara Koogan, RJ, 1991.
3) Rang, H. P.; Dale, M.M. Farmacologia. 2ª ed. Guanabara Koogan, RJ, 1993.
4) Lima, D.R. Manual de Farmacologia Clínica, terapêutica e toxicologia.3ª ed, Guanabara
5)Koogan, RJ, 1995.Nitrini, R.; Bacheschi, L.A.. A Neurologia que Todo Médico Deve Saber.1ª ed., editora Manole, SP, 1991.
6)Prado, F.C.; Ramos, J.; Valle, J.R. Atualização Terapêutica. Manual Prático de Diagnóstico e Tratamento. 17ª ed., editora Artes Médicas, SP, 1995.