Upload
others
View
7
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1º RELATÓRIO PARCIAL DO MONITORAMENTO
DOS PROCESSOS EROSIVOS NA REGIÃO DE
INFLUÊNCIA DA UHE TIBAGI MONTANTE
Período de Referência: Dezembro/2019
Janeiro/2020
1º RELATÓRIO PARCIAL DO MONITORAMENTO
DOS PROCESSOS EROSIVOS NA REGIÃO DE
INFLUÊNCIA DA UHE TIBAGI MONTANTE
Período de Referência: Dezembro/2019
CONTRATANTE: ELABORAÇÃO E RESPONSABILIDADE:
De Curitiba/PR para Tibagi/PR
Janeiro/2020
iii
APRESENTAÇÃO DA EQUIPE
Coordenação Geral
Helder Rafael Nocko Engenheiro Ambiental, MSc.
Equipe
Gabriel Augusto Nocera Analista Ambiental
Larissa dos Santos Silva Analista Ambiental
Wallington Felipe de Almeida Analista Ambiental
01 15/01/2020 RP1 LSS HRN HRN
00 10/01/2020 RP1 LSS HRN HRN
Revisão Data Descrição
Breve
Ass. do
Autor.
Ass. do
Superv.
Ass. de
Aprov
1º RELATÓRIO PARCIAL DO MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
NA REGIÃO DE INFLUÊNCIA DA UHE TIBAGI MONTANTE
Período: Dezembro/2019
Elaborado por:
Larissa dos Santos Silva
Supervisionado por:
Helder Rafael Nocko
Aprovado por:
Helder Rafael Nocko
Revisão Finalidade Data
01 03 15/01/2020
Legenda Finalidade: [1] Para informação [2] Para comentário [3] Para aprovação
EnvEx Engenharia e Consultoria Rua Doutor Jorge Meyer Filho, 93 – Jardim Botânico
CEP 80.210-190 | Curitiba – PR
Tel: (41)3053-3487 [email protected] |
www.envexengenharia.com.br
v
APRESENTAÇÃO
Apresentamos à Tibagi Energia SPE S/A o 1º Relatório Parcial do
Monitoramento de Processos Erosivos na Região de Influência da UHE Tibagi
Montante – Período de Referência: Dezembro/2019. Tal documento se insere no
contexto dos trabalhos realizados pela EnvEx Engenharia e Consultoria à Tibagi Energia
acerca dos Programas Ambientais como condicionantes à Licença de Operação nº
36.320 de 27 de setembro de 2019.
Helder Rafael Nocko
Engenheiro Ambiental, Msc.
Coordenador Geral
vi
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO............................................................................................................. v
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 12
2. ÁREA DE ESTUDO E CARACTERIZAÇÃO REGIONAL .................................. 13
3. MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS ...................................... 17
3.1. Procedimentos Metodológicos ........................................................................................ 17
3.2. Resultados Obtidos .............................................................................................................. 18
3.2.1. Ponto 1 ..................................................................................................................................... 18
3.2.2. Ponto 2 ..................................................................................................................................... 20
3.2.3. Ponto 3 ..................................................................................................................................... 21
3.2.4. Ponto 4 ..................................................................................................................................... 24
3.2.5. Ponto 5 ..................................................................................................................................... 26
3.2.6. Ponto 6 ..................................................................................................................................... 28
3.2.7. Ponto 7 ..................................................................................................................................... 30
3.2.8. Ponto 8 ..................................................................................................................................... 32
3.2.9. Ponto 9 ..................................................................................................................................... 34
3.2.10. Ponto 10 ................................................................................................................................... 35
3.2.11. Ponto 11 ................................................................................................................................... 37
3.2.12. Ponto 12 ................................................................................................................................... 39
3.2.13. Ponto 13 ................................................................................................................................... 40
3.2.14. Ponto 14 ................................................................................................................................... 42
3.2.15. Ponto 15 ................................................................................................................................... 42
3.2.16. Ponto 16 ................................................................................................................................... 43
3.2.17. Ponto 17 ................................................................................................................................... 45
3.2.18. Ponto 18 ................................................................................................................................... 47
3.2.19. Ponto 19 ................................................................................................................................... 49
vii
3.2.20. Ponto 20 ................................................................................................................................... 50
3.2.21. Ponto 21 ................................................................................................................................... 52
3.2.22. Ponto 22 ................................................................................................................................... 53
3.2.23. Ponto 23 ................................................................................................................................... 56
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 58
5. REFERÊNCIAS ................................................................................................. 61
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Localização da UHE Tibagi Montante e pontos de monitoramento dos
processos erosivos. ............................................................................................................................... 14
Figura 2: Características geológicas e geomorfológicas no entorno da UHE Tibagi
Montante. ................................................................................................................................................. 16
Figura 3: Localização do ponto 1. ................................................................................................... 19
Figura 4: Localização do ponto 2. ................................................................................................... 20
Figura 5: Localização dos pontos 3, 3a, 3b, 3c e 3d. ................................................................ 22
Figura 6: Ravina identificada no ponto 3. ..................................................................................... 23
Figura 7: Processos erosivos de sulcos e ravinas formados pelo escoamento superficial
da água no ponto 3a. .......................................................................................................................... 24
Figura 8: Localização do ponto 4. ................................................................................................... 25
Figura 9: Localização do ponto 5. ................................................................................................... 27
Figura 10: Armazém e vegetação presente no ponto 5. ......................................................... 28
Figura 11: Localização do ponto 6. ................................................................................................. 29
Figura 12: Ocorrência de erosão laminar no ponto 6. ............................................................. 30
Figura 13: Localização do ponto 7. ................................................................................................. 31
Figura 14: Localização do ponto 8. ................................................................................................. 32
Figura 15: Ocorrência de sulcos no ponto 8. .............................................................................. 33
Figura 16: Erosão laminar registrada no ponto 9. ..................................................................... 34
Figura 17: Localização do ponto 9. ................................................................................................. 35
Figura 18: Localização do ponto 10................................................................................................ 36
Figura 19: Localização do ponto 11................................................................................................ 38
Figura 20: Localização do ponto 12................................................................................................ 39
Figura 21: Localização do ponto 13................................................................................................ 41
Figura 22: Localização do ponto 14................................................................................................ 42
Figura 23: Localização do ponto 15................................................................................................ 43
Figura 24: Localização do ponto 16................................................................................................ 44
ix
Figura 25: Lavoura com cultivo de milho na região de acesso dos pontos 17 e 17a. . 45
Figura 26: Localização do acesso aos pontos 17 e 17a. .......................................................... 46
Figura 27: Localização do ponto 18a. ............................................................................................ 47
Figura 28: Localização dos pontos 18b, 18c e 18d. .................................................................. 48
Figura 29: Localização do ponto 19................................................................................................ 49
Figura 30: Localização do ponto 20................................................................................................ 51
Figura 31: Localização do ponto 21................................................................................................ 52
Figura 32: Localização do ponto 22................................................................................................ 54
Figura 33: Localização dos pontos 22a e 22b. ............................................................................ 55
Figura 34: Compressão do solo por máquinas e veículos e presença de erosão laminar
no solo exposto na área do ponto 23. .......................................................................................... 56
Figura 35: Localização do ponto 23................................................................................................ 57
x
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Pontos de monitoramento de processos erosivos e respectivas coordenadas.
..................................................................................................................................................................... 14
Tabela 2: Pontos de monitoramento e necessidade de futuras avaliações dos processos
erosivos. .................................................................................................................................................... 59
xi
LISTA DE SIGLAS
APP Área de Preservação Permanente
CEMA Conselho Estadual do Meio Ambiente
EIA Estudo de Impacto Ambiental
GPS Global Positioning System
IAP Instituto Ambiental do Paraná
IAPAR Instituto Agronômico do Paraná
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
ITCG Instituto de Terras, Cartografia e Geologia do Paraná
LI Licença de Instalação
LO Licença de Operação
MINEROPAR Serviço Geológico do Paraná
PR Paraná
PRAD Programa de Recuperação de Áreas Degradadas
SANEPAR Companhia de Saneamento do Paraná
SEMA Secretaria Estadual do Meio Ambiente
SIRGAS 2000 Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas
TR Termo de Referência
UHE Usina Hidrelétrica
UTM Universal Transversal de Mercator
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
12 DEZEMBRO/2019
1. INTRODUÇÃO
No âmbito do licenciamento ambiental da Usina Hidrelétrica (UHE) Tibagi
Montante, após realização de estudos, como o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e a
obtenção de Licença de Instalação (LI), o enchimento do reservatório foi finalizado em
30 de agosto de 2019, e a Licença de Operação (LO) foi emitida em 27 de setembro de
2019 (LO nº 36.320), com validade de quatro anos.
Como condicionante, foram exigidos Programas e Planos Ambientais aprovados
pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), os quais são contemplados pela LI nº 23.038
e LO supracitada, e a legislação vigente mínima, tais como a Instrução Normativa
IBAMA nº 146/2007, a Resolução CEMA nº 065/2008, a Resolução Conjunta SEMA/IAP
nº 004/2010 e 009/2010 e Portaria IAP nº 097/2012.
Dentre os Programas Ambientais aprovados pelo IAP como condicionante ao
empreendimento, estão sob responsabilidade de elaboração da EnvEx: o Programa de
Controle dos Processos Erosivos, Programa de Monitoramento da Atividade Sísmica e
o Programa de Monitoramento Climatológico.
Neste relatório são apresentadas informações referentes à identificação,
monitoramento e avaliação dos processos erosivos na região diretamente influenciada
pela formação do reservatório no rio Tibagi.
Em linhas gerais, o Capítulo 2 contextualiza a área de estudo, considerando
aspectos geológicos, geomorfológicos e pedológicos. O Capítulo 3 apresenta os
procedimentos metodológicos e os resultados obtidos com a verificação dos pontos
pré-estabelecidos para a realização do monitoramento. O Capítulo 4 indica de forma
resumida os pontos com identificação de erosão e os pontos que carecem de futuros
monitoramentos.
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
13 DEZEMBRO/2019
2. ÁREA DE ESTUDO E CARACTERIZAÇÃO REGIONAL
Localizada no município de Tibagi/PR, a Usina Hidrelétrica Tibagi Montante
possui eixo de barramento e reservatório no curso do rio Tibagi, a montante da rodovia
PR-340 e da área urbana. Apresentam-se ainda os pontos de monitoramento
propostos para o presente programa ambiental (Figura 1 e Tabela 1).
Inserida na Bacia Hidrográfica do rio Paranapanema, a UHE dispõe de potência
instalada de 36 MW, com elevação máxima normal de 721 m, ocupando uma área de
6,83 km²; extensão total de 24,4 km, profundidade média de 7 m e máxima de 21 m
(ENVEX, 2019), e vazão remanescente de 10,90 m³/s (IAP, 2019). Ressalta-se que o
enchimento do reservatório foi finalizado em 30 de agosto de 2019.
A região está localizada na Bacia do Paraná, composta por rochas sedimentares
e basálticas, sobre o Segundo Planalto Paranaense, mais precisamente no Planalto de
Tibagi – composta por relevo de média dissecação, topos aplainados, vertentes
retilíneas e convexas a vales em forma de “V” (MINEROPAR, 2006). A UHE está situada
predominantemente sobre o Grupo Paraná, na Formação Ponta Grossa cuja litologia
contempla predominantemente folhelhos e siltitos; porções de sedimentos recentes
correspondentes à planície fluvial do leito do rio Tibagi; e, a montante do reservatório
localiza-se a Formação Furnas, caracterizados predominantemente por arenitos
brancos, de granulação média a grossa (MINEROPAR, 2001) (Figura 2).
No que se refere aos solos, à região apresenta desde afloramentos rochosos e
solos rasos como neossolos, até solos com maior profundidade, como associações de
latossolos e cambissolos (ITCG, 2008), podendo ser encontradas ainda outras
tipologias pedológicas. Em função das características das rochas, o grau de
intemperismo e a formação do relevo nas diversas posições topográficas, resultam em
diferentes tipos de solo, que por sua vez possuem maior ou menor suscetibilidade a
erosão, conforme o uso do solo e/ou presença de vegetação.
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
14 DEZEMBRO/2019
Figura 1: Localização da UHE Tibagi Montante e pontos de monitoramento dos
processos erosivos.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
Tabela 1: Pontos de monitoramento de processos erosivos e respectivas coordenadas.
Ponto Longitude (X) Latitude (Y) Dentro da APP Fora da APP Área Alagada
1 558809 7280466 x
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
15 DEZEMBRO/2019
Ponto Longitude (X) Latitude (Y) Dentro da APP Fora da APP Área Alagada
2 561970 7281219 x
3 560836 7283209 x
3a 560785 7283340 x
3b 560740 7283436 x
3c 560435 7283321 x
3d 560392 7283123 x
4 558838 7286512 x
5 559785 7286413 x
6 559892 7286010 x x
7 560322 7284718 x
8 559675 7286135 x
9 560176 7284370 x
10 561440 7282671 x
11 562126/ 7282183 x
12 562446 7281746 x
13 560682 7281085 x
14 559727 7271175 x
15 557223 7277310 x
16 556966 7277676 x
17 559770 7281797 x
17a 559628 7282095 x
18a 560031 7285252 x
18b 559948 7285998 x
18c 559940 7286192 x
18d 560247 7286042 x
19 559044 7285132 x
20 559393 7284754 x
21 560281 7286292 x
22 560467 7285798 x
22a 561022 7285308 x
22b 561071 7285115 x
23 560351 7285952 x
Nota: Coordenadas em Sistema Universal Transversal de Mercator (UTM), SIRGAS 2000, fuso 22 S.
Fonte: SOMA; TIBAGI ENERGIA (2019); ENVEX ENGENHARIA E CONSULTORIA (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
16 DEZEMBRO/2019
Figura 2: Características geológicas e geomorfológicas no entorno da UHE Tibagi
Montante.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
17 DEZEMBRO/2019
3. MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
A formação de um reservatório altera a dinâmica hídrica da região onde este se
insere, e também pode alterar outros aspectos, os quais precisam ser monitorados
durante a instalação e operação do empreendimento, uma vez que o meio físico,
biótico e socioeconômico da região é afetado direta ou indiretamente.
Devido à formação do reservatório da UHE Tibagi Montante, possíveis processos
erosivos do entorno da UHE podem ser desenvolvidos ou cessarem e, para isto, o
monitoramento na região de influência é necessário para a avaliação da ocorrência
destes processos. Desta forma, o monitoramento dos processos erosivos acompanha
a evolução superficial das encostas no entorno do reservatório para a sua análise e
avaliação, para, principalmente:
• Identificar as áreas com incidência e com maiores riscos de ocorrência de
processos erosivos e escorregamentos; e
• Avaliar os efeitos do enchimento do reservatório sobre as condições de
estabilidade de suas encostas marginais; propiciando condições
adequadas para a recomposição florestal na Área de Preservação
Permanente (APP) do reservatório, incluindo indicar a correção de
processos erosivos nas propriedades lindeiras, e propor e implantar
novas alternativas técnicas capazes de conter os problemas relacionados
à erosão do solo e escorregamentos.
3.1. Procedimentos Metodológicos
Para o monitoramento e a avaliação dos processos erosivos da região de
interesse, foram consultados os relatórios anteriores referentes aos programas
ambientais executados durante a licença de instalação do empreendimento. O relatório
do Programa de Controle dos Processos Erosivos elaborado pela empresa SOMA (com
data de vistoria de campo em agosto de 2019), apresenta metodologia do Instituto de
Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo a fim de definir quais as áreas com
maior potencial de erosão e vulnerabilidade. Foram definidos 23 pontos de
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
18 DEZEMBRO/2019
monitoramento na área de influência conforme metodologia, onde foram feitas
inspeções visuais pela equipe da UHE Tibagi Montante durante os três primeiros meses
após a formação do reservatório, consolidadas as análises no quarto mês com a visita
técnica conduzida pela ENVEX no dia 18 de dezembro de 2019. Após o enchimento do
reservatório (finalizado em 30 de agosto de 2019), alguns dos pontos identificados
foram alagados, outros se encontram na faixa da Área de Preservação Permanente
(APP) e os demais estão em propriedades lindeiras.
A realização de vistoria de campo foi realizada utilizando barco nos pontos
localizados no reservatório ou nas margens e veículo terrestre para acesso por estradas
rurais. Além disso, com o roteiro pré-estabelecido de visita aos pontos, utilizou-se
planilhas de campo para preenchimento das informações constatadas in loco,
demarcação com GPS e registro fotográfico. Com as informações coletadas,
consultaram-se ainda referências bibliográficas buscando as melhores recomendações
para cada tipo de erosão e as peculiaridades dos pontos visitados.
3.2. Resultados Obtidos
A partir dos estudos e levantamentos realizados em campo e análise das áreas
identificadas como potencialmente erosivas ou com vulnerabilidade de encostas da
região de interesse, serão apresentados e descritos na sequência cada um dos 23
pontos identificados e as respectivas recomendações.
3.2.1. Ponto 1
O ponto 1 se localiza na faixa de APP do reservatório. Atualmente a maior parte
desta área está sendo utilizada como lavoura, a qual é contornada pela mata ciliar, já
em estágio médio para avançado (Figura 3). Durante os levantamentos realizados na
fase de instalação do empreendimento foram identificados processos erosivos
decorrentes de atividades agrícolas. Contudo, nos levantamentos atuais não foram
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
19 DEZEMBRO/2019
identificados processos erosivos neste ponto. Ainda assim, é mantida a recomendação
de isolamento da área e recomposição da faixa de APP estabelecida pela legislação
vigente.
Figura 3: Localização do ponto 1.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
20 DEZEMBRO/2019
3.2.2. Ponto 2
O ponto 2 está situado na Área de Preservação Permanente do reservatório da
UHE Tibagi Montante (Figura 4), com vegetação entre estágio de médio e avançado.
Figura 4: Localização do ponto 2.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
21 DEZEMBRO/2019
O local se encontra no terço médio do relevo, sendo este caracterizado como
forte ondulado. É possível identificar afloramentos rochosos próximos à margem do
corpo hídrico. No que diz respeito aos processos erosivos, este ponto não apresentou
indícios. Ainda assim, é recomendável que o empreendedor acompanhe a recuperação
florestal dessa área.
3.2.3. Ponto 3
Devido a sua grande extensão, o ponto 3 foi subdividido em cinco locais durante
os monitoramentos da fase de instalação: 3, 3a, 3b, 3c, 3d (Figura 5).
Como já havia sido previsto, o enchimento do reservatório deixou submerso os
pontos 3b e 3c, sendo estes descartados do monitoramento. O ponto 3d ficou
localizado em propriedade particular e fora da área delimitada como APP do
reservatório do empreendimento. O local é constituído por lavoura e não apresentou
indício de processos erosivos, de forma que não apresenta necessidade de continuar
o monitoramento neste ponto. Sendo assim, apenas os pontos 3 e 3a foram
considerados como áreas sujeitas a erosões.
O ponto 3 fica localizado dentro da faixa de APP, no terço inferior do relevo. A
área é composta por vegetação rasteira (gramíneas e arbustos), sendo que o trecho
que compõe o terço médio do relevo (fora da APP) é utilizado para lavoura. O solo
característico na área é o neossolo, o qual possui maior suscetibilidade a erosão.
Neste ponto foi possível identificar indícios de deslocamento de massas, de forma
que houve a degradação do solo por sulcos e ravinas em desenvolvimento inicial
(Figura 6). Nos casos mais sutis, foi possível identificar erosão laminar.
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
22 DEZEMBRO/2019
Figura 5: Localização dos pontos 3, 3a, 3b, 3c e 3d.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
23 DEZEMBRO/2019
Figura 6: Ravina identificada no ponto 3.
Fonte: EnvEx Engenharia e Consultoria (2019).
Por sua vez, o ponto 3a também está localizado no terço inferior do relevo, dentro
da APP do reservatório. A vegetação é composta por gramíneos e pequenos arbustos.
O solo é classificado como neossolo, de forma que, conforme já mencionado, facilita a
ação de processos erosivos. Assim como no ponto 3, o ponto 3a apresentou
deterioração por sulcos e ravinas, como ilustrado na Figura 7.
É recomendável a implantação de obstáculos (galhadas, folhagens, etc.) para
reduzir a energia da água no ponto, de forma que os sedimentos carreados venham a
ficar retidos nas áreas afetadas. O reflorestamento da mata ciliar com espécies nativas
é de grande importância para preservação do solo.
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
24 DEZEMBRO/2019
Figura 7: Processos erosivos de sulcos e ravinas formados pelo escoamento superficial
da água no ponto 3a.
Fonte: EnvEx Engenharia e Consultoria (2019).
3.2.4. Ponto 4
O ponto 4 se situa na área onde funcionava o antigo alojamento dos
colaboradores (Figura 8), sendo que este foi retirado ao após o enchimento do
reservatório. Atualmente, não possui cobertura vegetal considerável, apenas uma faixa
de gramíneas no canteiro da estrada.
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
25 DEZEMBRO/2019
Figura 8: Localização do ponto 4.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
26 DEZEMBRO/2019
Em alguns trechos o solo está compactado pela movimentação das máquinas,
sendo que em outros as atividades de terraplanagem recentes causaram o
despendimentos de partículas e, consequentemente, erosão laminar no terreno.
Neste caso, mante-se a recomendação feita durante o monitoramento da fase de
instalação: submissão da área as ações do PRAD da UHE Tibagi Montante.
3.2.5. Ponto 5
Localizado na área do canteiro de obras da UHE Tibagi Montante, mais
precisamente na ombreira esquerda do barramento, o ponto 5 atualmente possui
apenas instalações para armazenamento de equipamentos de pequeno porte (Figura
9). É possível evidenciar a vegetação rasteira composta por pequenos arbustos e
herbáceas (Figura 10).
A tipologia de solos varia entre latossolo e nitossolo nessa área, sendo que há
indícios de erosão superficial laminar, porém já em processo de controle.
Sendo assim, a recomendação para este ponto é o acompanhamento da
formação da faixa florestal implantada no PRAD.
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
27 DEZEMBRO/2019
Figura 9: Localização do ponto 5.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
28 DEZEMBRO/2019
Figura 10: Armazém e vegetação presente no ponto 5.
Fonte: EnvEx Engenharia e Consultoria (2019).
3.2.6. Ponto 6
O ponto 6 fica localizado na APP do reservatório, no local onde é realizada a
captação de água pela SANEPAR, conforme Figura 11.
Localizado no terço inferior do relevo, a vegetação que compõe essa área é
formada por arbustos e espécies nativas incorporadas durante as ações do PRAD. O
terreno é composto basicamente por nitossolo, sendo que foi possível identificar a
ocorrência de erosão laminar em alguns trechos (Figura 12).
Neste caso, a recomendação é para que seja acompanhada a evolução da
recomposição vegetal implantada na área de APP durante as ações do PRAD e avalie
sua eficiência no controle de processos erosivos.
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
29 DEZEMBRO/2019
Figura 11: Localização do ponto 6.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
30 DEZEMBRO/2019
Figura 12: Ocorrência de erosão laminar no ponto 6.
Fonte: EnvEx Engenharia e Consultoria (2019).
3.2.7. Ponto 7
Este ponto ficou dentro da área de enchimento do reservatório da UHE Tibagi
Montante, de forma que será retirado dos pontos de monitoramento das próximas
campanhas.
A Figura 13 contém a localização do ponto, destacando a área de alagamento do
reservatório, bem como a imagem registrada em campo da área submersa.
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
31 DEZEMBRO/2019
Figura 13: Localização do ponto 7.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
32 DEZEMBRO/2019
3.2.8. Ponto 8
Localizado onde funcionava o canteiro industrial (Figura 14), este ponto não está
dentro da área delimitada para APP.
Figura 14: Localização do ponto 8.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
33 DEZEMBRO/2019
Por ainda não ter passado pelos processos estabelecidos no PRAD, à área não
possui cobertura por vegetação. Com relação à posição referente ao relevo, o ponto 8
se localiza no terço médio, com ondulação moderada. O terreno, por sua vez, é
composto por latossolos e nitossolos.
O fato de a superfície estar exposta faz com que o solo fique sensível a processos
erosivos, sendo que estes podem ser observados no local em formatos de sulcos,
conforme é apresentado na Figura 15.
Figura 15: Ocorrência de sulcos no ponto 8.
Fonte: EnvEx Engenharia e Consultoria (2019).
Sendo assim, é indicado que esta área seja manejada de acordo com as atividades
previstas no PRAD o quanto antes, para que esses processos não venham evoluir e
causar maior degradação do solo.
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
34 DEZEMBRO/2019
3.2.9. Ponto 9
Situado dentro da APP do reservatório, o ponto 9 está no terço inferior do relevo.
A vegetação nesse ponto está ainda em estágio inicial, visto que é composta
basicamente por gramíneas e espécies de pequeno porte.
Com a presença de neossolos e nitossolos na região, no local foram evidenciadas
ocorrências de erosão laminar por escoamento da água (Figura 16), porém já sendo
controlada pelas ações de recomposição da mata ciliar (Figura 17).
Figura 16: Erosão laminar registrada no ponto 9.
Fonte: EnvEx Engenharia e Consultoria (2019).
Sendo assim, mantêm-se a mesma recomendação técnica feita durante os
monitoramentos da fase de instalação do empreendimento, onde se sugere o
isolamento da área e acompanhamento por parte do empreendedor nos processos de
recuperação natural da vegetação nativa.
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
35 DEZEMBRO/2019
Figura 17: Localização do ponto 9.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
3.2.10. Ponto 10
A área foi parcialmente alagada com o enchimento do reservatório.
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
36 DEZEMBRO/2019
A parte não alagada está dentro da APP, sendo composta por vegetação rasteira
e lavoura, no terço médio (Figura 18).
Figura 18: Localização do ponto 10.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
37 DEZEMBRO/2019
O solo característico do ponto varia entre neossolo e nitossolo, sendo que, neste
caso, foram identificados processos erosivos superficiais de baixa intensidade.
Recomenda-se para este ponto o isolamento da APP e aplicação de técnicas de
reflorestamento para recomposição da mata ciliar.
3.2.11. Ponto 11
Localizado na faixa de preservação permanente estabelecida para o reservatório,
no terço inferior do relevo. Devido a recente supressão de pinnus SP, a vegetação do
local é de baixa intensidade, sendo composta por pequenos arbustos e poucas árvores
de médio porte, próximo a margem do rio Tibagi.
No que diz respeito a processos erosivos, o local não apresenta indícios desses
fenômenos, uma vez que toda a superfície está coberta pelos resíduos da extração da
cultura (Figura 19).
Desta forma, recomenda-se para este ponto o reflorestamento da APP através do
plantio de espécies nativas e o isolamento da área utilizando cercas.
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
38 DEZEMBRO/2019
Figura 19: Localização do ponto 11.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
39 DEZEMBRO/2019
3.2.12. Ponto 12
Localizado dentro de propriedade particular e fora da APP estabelecida para o
reservatório (Figura 20).
Figura 20: Localização do ponto 12.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
40 DEZEMBRO/2019
Situa-se no terço médio, com ondulações moderadas. É possível identificar
afloramentos de arenito em certos pontos da área, sendo estes margeados por
vegetação rasteira.
Conforme já apresentado nos laudos dos monitoramentos de processos erosivos
da fase de instalação do empreendimento, o local vem sendo utilizado como lavoura
desde o início dos estudos. Devido à presença da lavoura, não foi possível identificar
processos erosivos neste ponto.
Sendo assim, por não se tratar da faixa de APP e não possuir processos erosivos
significativos que possam evoluir, não há necessidade de se adotar medidas de
controle, de forma que se recomenda a eliminação desse ponto dos futuros
monitoramentos.
3.2.13. Ponto 13
Localizado no terço médio e com relevo consideravelmente ondulado, podendo
ser classificado como forte ondulado, a superfície apresenta ocorrência de
afloramentos de rochas, com vegetação local caracterizada por pequenos arbustos e
uma faixa de espécies já em estágio médio na margem do rio (Figura 21).
Para este ponto não foram identificados processos erosivos. Sendo assim, a
recomendação técnica é o isolamento da área e acompanhamento por parte do
empreendedor no processo de restauração natural da vegetação.
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
41 DEZEMBRO/2019
Figura 21: Localização do ponto 13.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
42 DEZEMBRO/2019
3.2.14. Ponto 14
Localizado dentro da APP do reservatório e no terço superior do relevo, o acesso
para este ponto estava bloqueado no dia de realização da visita técnica, de forma que
não foi possível a vistoria do local. Este ponto foi indicado anteriormente como sem
necessidade de continuidade no acompanhamento, visto que não foram observados
processos erosivos em dezembro de 2019. Sendo assim, é recomendado que este
ponto não seja contemplado no próximo monitoramento da fase de operação.
Figura 22: Localização do ponto 14.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
3.2.15. Ponto 15
Neste ponto não foi possível à visitação para averiguar as condições físicas do
local, visto que a porteira de acesso estava trancada e não havia moradores próximos
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
43 DEZEMBRO/2019
para liberar a entrada da equipe. Na Figura 23 é apresentada a porteira de acesso ao
ponto 15.
Contudo, o estudo de processos erosivos realizado na fase de instalação da usina
já indicou que não haveria necessidade de continuar o monitoramento, por não ter
apresentados indícios de erosão na área monitorada. Sendo assim, sugere-se que este
ponto não seja acompanhado nos próximos monitoramentos durante a fase de
operação.
Figura 23: Localização do ponto 15.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
3.2.16. Ponto 16
Como o acesso a esse ponto se dá pela mesma estrada do ponto 15, o ponto 16
também não foi vistoriado, visto que a porteira de acesso estava fechada (Figura 24).
Uma vez que nos estudos de processos erosivos realizados na fase de instalação foi
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
44 DEZEMBRO/2019
identificado indícios de erosão nessa área, as próximas campanhas de monitoramento
irão manter o ponto no roteiro de visitação.
Figura 24: Localização do ponto 16.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
45 DEZEMBRO/2019
3.2.17. Ponto 17
O ponto 17 é subdividido em dois pontos (17 e 17a) devido à extensão da área.
Estes pontos se localizam entre a faixa de proteção permanente do reservatório e a
lavoura. O acesso a essas áreas é feito por meio da lavoura, visto que não é possível
pelas margens.
Durante a campanha realizada estavam sendo cultivadas culturas de milho, uma
vez que estes já estavam em fase avançada de desenvolvimento. Sendo assim, não foi
possível acessar os pontos 17 e 17a durante os monitoramentos a que este relatório
se refere. A Figura 25 e Figura 26 apresentam o local de acesso aos pontos
mencionados, de forma que fica evidente que não houve a possibilidade de ingresso
por meio da lavoura.
Figura 25: Lavoura com cultivo de milho na região de acesso dos pontos 17 e 17a.
Fonte: EnvEx Engenharia e Consultoria (2019).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
46 DEZEMBRO/2019
Como estes pontos foram indicados para continuidade no monitoramento após
o fim da fase de instalação da usina, as próximas campanhas contemplarão visitas de
acompanhamentos nessas áreas para acompanhamento do processo de recuperação.
Figura 26: Localização do acesso aos pontos 17 e 17a.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
47 DEZEMBRO/2019
3.2.18. Ponto 18
Compreende os pontos 18a, 18b, 18c, 18d – localizados na área de alagamento
(Figura 27 e Figura 28). Logo, não serão considerados em levantamentos futuros.
Figura 27: Localização do ponto 18a.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
48 DEZEMBRO/2019
Figura 28: Localização dos pontos 18b, 18c e 18d.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
49 DEZEMBRO/2019
3.2.19. Ponto 19
O ponto 19 compreende a estrada construída sobre o Córrego Passatempo
(Figura 29).
Figura 29: Localização do ponto 19.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
50 DEZEMBRO/2019
Esse acesso percorre um dos braços do reservatório, ficando próximo ao
barramento. A estrutura desenvolvida conta com revestimento de rochas para reduzir
o impacto erosivo sobre o talude causado pela oscilação do nível d’água, de forma que
conta ainda com hidro semeadura para potencializar a conservação do solo.
A recomendação para este ponto segue a mesma linha do que foi descrito no
relatório de monitoramento de processos erosivos da fase de instalação, onde se
sugere continuar o monitoramento do local para avaliação da eficácia das ações do
PRAD.
3.2.20. Ponto 20
O ponto 20 se localiza na zona que foi utilizada como pedreira na fase de
instalação, local este que ficou submerso com o enchimento do reservatório (Figura
30). Todavia, durante a vistoria, verificou-se que parte da margem encontra-se erodida
– com o período de chuvas mais intensas durante o verão, os processos erosivos
evoluem com maior intensidade, com movimentos de massa. A função da APP é de
proteger o solo e evitar tais processos. Neste caso, como o nível do reservatório estava
um pouco baixo, as porções erodidas aparecem.
Logo, este ponto continuará sendo monitorado. Ademais, recomenda-se a
inserção de obstáculos (como blocos rochosos e galhadas) nas margens, ou ainda
muro de contenção com sacos de solo-cimento (técnica denominada Rip-Rap), visando
reduzir a energia da água no ponto e estabilizar a encosta, além da recomposição da
mata ciliar e acompanhamento.
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
51 DEZEMBRO/2019
Figura 30: Localização do ponto 20.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
52 DEZEMBRO/2019
3.2.21. Ponto 21
Este ponto se localiza dentro da Área de Preservação Permanente do reservatório
(Figura 31), ficando situado no terço inferior do relevo.
Figura 31: Localização do ponto 21.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
53 DEZEMBRO/2019
A vegetação do local se encontra em estágio médio de desenvolvimento,
possuindo pequenas porções em estágio inicial. O local possui ainda um depósito de
galhada, a qual foi originada da supressão vegetal.
Não foram observados processos erosivos significativos. Sendo assim, a
recomendação feita anteriormente pela empresa SOMA na fase de LI para este ponto
é a implantação das ações do PRAD.
3.2.22. Ponto 22
Como este ponto aborda uma grande extensão, durante os monitoramentos da
fase de implantação do empreendimento foi subdividido em 3 pontos (22, 22a, 22b)
com potenciais erosivos. Desses pontos, apenas o 22 comtempla a APP estabelecida
para o reservatório da usina, ficando os demais dentro de propriedade particular.
Esses locais possuem galhada proveniente da supressão vegetal realizada antes
do enchimento do reservatório. A vegetação se encontra em estágio inicial na sua
maior parte, contando com faixas de espécies em estágio médio em certos trechos
(Figura 32). O ponto 22 não possui indício de erosão, visto que a superfície se encontra
coberta por galhadas e vegetação rasteira.
Os pontos 22a e 22b foram acompanhados durante a fase de implantação do
empreendimento, de forma que os processos erosivos identificados já foram
controlados pelos proprietários.
Sendo assim, recomenda-se que sejam retirados os resíduos mais grosseiros da
supressão, deixando apenas as galhadas para manter o controle dos processos
erosivos. Por se localizarem fora da APP do reservatório (Figura 33), sugere-se que os
pontos 22a e 22b não sejam contemplados nos próximos monitoramentos, mantendo
apenas o ponto 22 nas visitas.
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
54 DEZEMBRO/2019
Figura 32: Localização do ponto 22.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
55 DEZEMBRO/2019
Figura 33: Localização dos pontos 22a e 22b.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
56 DEZEMBRO/2019
3.2.23. Ponto 23
O ponto 23 se localiza dentro da faixa de APP, no trecho onde funcionava a área
de empréstimo de argila. O local possui armazenada parte da galhada retirada na
supressão vegetal, sendo margeado pela faixa de vegetação ciliar em estágio médio.
Com relação ao relevo, o ponto se localiza no terço médio.
As características pedológicas variam entre latossolo e nitossolo, sendo que foi
possível identificar erosão laminar nesse trecho, ocasionado por veículos que
comprimiram a superfície, conforme apresentado na Figura 34 e Figura 35. Para esta
área recomenda-se que sejam aplicadas as medidas preventivas, tais como o
isolamento da área e recomposição da faixa de APP.
Figura 34: Compressão do solo por máquinas e veículos e presença de erosão laminar
no solo exposto na área do ponto 23.
Fonte: EnvEx Engenharia e Consultoria (2019).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
57 DEZEMBRO/2019
Figura 35: Localização do ponto 23.
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
58 DEZEMBRO/2019
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando as informações apresentadas na seção anterior, verifica-se que a
avaliação de cada ponto durante os monitoramentos trimestrais e anuais colaboram
para a análise da evolução e estabilização dos processos relacionados à erosão e
possíveis alterações causadas pelo enchimento do reservatório.
Com as análises, percebe-se a necessidade de monitoramento para os próximos
meses nos demais pontos, em especial nos pontos 3 e 3a – dada a sua extensão e
evolução. Em vista disso, as medidas foram propostas a fim de garantir a estabilização
de encostas, para mitigação e o controle dos processos erosivos.
Dos 23 pontos, 4 não foram visitados devido à impossibilidade de acesso (os
pontos 14, 15, 16 e 17). No entanto, os mesmos não apresentavam (no relatório
anterior) problemas significativos.
Além disso, dos 19 pontos visitados, 10 apresentaram algum tipo de erosão. E
dessa forma, na seção anterior foram traçados comentários específicos sobre medidas
e mecanismos de controle.
Após as análises realizadas individualmente por ponto, foi possível avaliar a
necessidade ou não de continuidade do monitoramento, o que está resumido na
Tabela 2. Observa-se que os pontos 3d, 12, 17a, 22a e 22b, estão localizados em
propriedades particulares, onde são realizados diferentes cultivos ao longo do ano.
Assim, em alguns períodos os solos ficam expostos, mas as erosões são controladas ao
serem alternadas as culturas de plantio. Sugere-se que nestes períodos de entressafras
sejam realizadas visitas para avaliação da efetividade dos métodos de controle.
Os pontos 3b, 3c, 7, 10, 18a, 18b, 18c e 18d estão localizados em áreas que foram
alagadas pelo enchimento do reservatório da UHE Tibagi Montante, de forma que
estes não serão considerados em monitoramentos futuros de processos erosivos. Por
sua vez, os pontos 1, 2, 9, 11 e 13 não apresentaram erosão ou já estavam passando
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
59 DEZEMBRO/2019
pelo processo de controle efetivo, deste modo, não serão incluídos nas próximas
campanhas. Assim recomenda-se que para o próximo monitoramento sejam realizadas
vistorias em 13 pontos, conforme comentários já realizados na seção anterior.
Tabela 2: Pontos de monitoramento e necessidade de futuras avaliações dos processos erosivos.
Ponto Longitude (X) Latitude (Y) Erosão Necessidade de Monitoramento
1 558809 7280466
2 561970 7281219
3 560836 7283209 x x
3a 560785 7283340 x x
3b 560740 7283436
3c 560435 7283321
3d 560392 7283123
4 558838 7286512 x x
5 559785 7286413 x x
6 559892 7286010 x x
7 560322 7284718
8 559675 7286135 x x
9 560176 7284370 x
10 561440 7282671 x
11 562126/ 7282183
12 562446 7281746
13 560682 7281085
14 559727 7271175
15 557223 7277310
16 556966 7277676 x
17 559770 7281797 x
17a 559628 7282095
18a 560031 7285252
18b 559948 7285998
18c 559940 7286192
18d 560247 7286042
19 559044 7285132 x
20 559393 7284754 x x
21 560281 7286292 x
22 560467 7285798 x
22a 561022 7285308
22b 561071 7285115
23 560351 7285952 x x
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
60 DEZEMBRO/2019
Nota: Coordenadas em Sistema Universal Transversal de Mercator (UTM), SIRGAS 2000, fuso 22 S.
Fonte: SOMA; TIBAGI ENERGIA (2019); ENVEX ENGENHARIA E CONSULTORIA (2020).
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
61 DEZEMBRO/2019
5. REFERÊNCIAS
CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução CEMA nº 065, de 01 de julho
de 2008. Dispõe sobre o licenciamento ambiental, estabelece critérios e procedimentos
a serem adotados para as atividades poluidoras, degradadoras e/ou modificadoras do
meio ambiente e adota outras providências. Secretaria Estadual do Meio Ambiente:
Curitiba, PR, 01 jul. 2008. Disponível em:
<http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/Legislacao_ambiental/Legislacao_estadual/RE
SOLUCOES/RESOLUCAO_CEMA_65_2008_PROCEDIMENTOS_GERAIS_LICENCIAMENT
OS_PR.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2019.
ENVEX ENGENHARIA E CONSULTORIA. Modelagem Matemática da Hidrodinâmica
e da Qualidade da Água da UHE Tibagi Montante. Curitiba, 2019.
INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ. Licença de Operação nº 36320. Ponta Grossa,
PR: IAP, 27 set. 2019.
INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ. Portaria IAP nº 97, de 29 de maio de 2012. Dispõe
sobre conceito, documentação necessária e instrução para procedimentos
administrativos de Autorizações Ambientais para Manejo de Fauna em processos de
Licenciamento Ambiental. Diário Oficial do Estado do Paraná: 05 jun. 2012.
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS RENOVÁVEIS. Instrução
Normativa nº 146, de 10 de janeiro de 2007. Diário Oficial da União: n. 8, 11 jan. 2007.
INSTITUTO DE TERRAS, CARTOGRAFIA E GEOLOGIA DO PARANÁ. Mapa de Solos do
Paraná. 2008. Disponível em:
<http://www.itcg.pr.gov.br/modules/faq/category.php?categoryid=9>. Acesso em: 08
jan. 2020.
MINEROPAR. Atlas Comentado da Geologia e Recursos Minerais do Estado do
Paraná. 2001. Disponível em:
<http://www.mineropar.pr.gov.br/arquivos/File/MapasPDF/atlasgeo.pdf>. Acesso em:
08 jan. 2020.
MINEROPAR. Atlas Geomorfológico do Estado do Paraná. 2006. Disponível em:
<http://www.mineropar.pr.gov.br/arquivos/File/MapasPDF/Geomorfologicos/atlas_ge
omorforlogico.pdf>. Acesso em: 08 jan. 2020.
SECRETARIA DO ESTADO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS; INSTITUTO
AMBIENTAL DO PARANÁ. Resolução Conjunta SEMA/IAP nº 009, de 03 de novembro
de 2010. Dá nova redação a Resolução Conjunta SEMA/IAP nº005/2010, estabelecendo
procedimentos para licenciamentos de unidades de geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica no Estado do Paraná. Secretaria do Estado do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos: Curitiba, PR. Disponível em:
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS
62 DEZEMBRO/2019
<http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/Legislacao_ambiental/Legislacao_estadual/RE
SOLUCOES/RESOLUCAO_SEMA_09_2010_PCHS.pdf>. Acesso em: 18 dez. 2019.
SOMA; TIBAGI ENERGIA. PROGRAMA DE CONTROLE DOS PROCESSOS EROSIVOS:
Proposição/implementação/correção de medidas preventivas e/ou corretivas.
Vistoria de campo realizada em agosto de 2019.