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Xarroco Nome científico Morfologia Distribuição Reprodução Alimentação Curiosidades Fontes Halobratchus dictactylus Tem um comprimento total até 40-50 cm (máximo 62 cm), sendo os machos maiores que as fêmeas. O xarroco é de uma espécie bastante feia. A sua cabeça tem a forma de uma bola com olhos salientes no topo da cabeça.
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Xarroco
Nome científico
Morfologia
Distribuição
Reprodução
Alimentação
Curiosidades
Fontes
Halobratchus dictactylus
O xarroco é de uma espécie bastante feia. A sua cabeça tem a
forma de uma bola com olhos salientes no topo da cabeça.
Tem um comprimento total até 40-50 cm (máximo 62 cm), sendo os
machos maiores que as fêmeas.
Pode viver 8 anos. Apresenta uma grande boca, com dentes fortes,
o maxilar inferior é proeminente e ornamentado por expansões
cutâneas.
A cabeça é maciça, bastante desproporcionada em relação ao
comprimento do corpo, lembrando um tamboril. Possui duas barbatanas
dorsais, a primeira muito mais pequena e com três espinhos curtos, e a
segunda longa quase alcançando a base da barbatana caudal, sendo
esta arredondada. Apresenta ainda uma barbatana anal longa,
barbatanas pélvicas e umas grandes barbatanas peitorais. A coloração é
castanho esverdeada ou amarelada com manchas escuras. As escamas
são pequenas e estão embebidas numa substância viscosa que cobre todo
o corpo, passando despercebidas. O corpo parece, por isso, estar coberto
por uma pele semelhante à das rãs. Em "comum" com este anfíbio tem,
aliás, outra característica: emite sons semelhantes a um coaxar, mas não
repetidos, que são produzidos pela bexiga gasosa.
É um peixe característico das zonas subtropicais. Vive
no Oceano Atlântico, entre o centro da Península
Ibérica e o Golfo da Guiné. Em Portugal encontra-se no
estuário do Tejo, Sado, Mira e na Ria Formosa.
No estuário do Tejo encontra-se na zona norte. Por esse
motivo, devido ao abaixamento da temperatura na
região em meados da década de 1960, a espécie
desapareceu. A partir de 1990, com o aquecimento
global do planeta, reapareceu no estuário do Tejo,
apresentando actualmente populações muito
abundantes.
Este peixe costuma ser avistado em Lisboa e pode viver em água doce e
salgada. Vive em meios marinhos e salobros onde se pode enterrar em
sedimentos ou abrigar-se em cavidades.
É relativamente sedentário e tem hábitos solitários.
Acasalam em Março.
Reproduzem-se no meio das algas e põe cerca 5 ovos por mês. A
desova ocorre no final da Primavera ou no início do Verão.
Os machos defendem o ninho, atraem as fêmeas através de
vocalizações produzidas com a bexiga gasosa e exibem cuidados
parentais.
Existem machos tipo 1 e o machos tipo 2. Os machos tipo 1 constroem
o ninho e tentam atrair as fêmeas para este ninho para as fecundarem.
Os machos tipo 2 tentam “roubar” as fêmeas aos machos tipo 1
(machos dominantes) . Chamam-se machos oportunistas e procuram
fecundar as fêmeas que se encontram nos ninhos dos machos
dominantes.
É carnívoro. Alimenta-se de invertebrados e peixes.
Come outros peixes tais como: sardinha, caranguejos, robalo,
camarão, tainha e outros peixes de menor tamanho.
É uma espécie usada como modelo experimental na área da toxicologia e
cardiologia. O coração desta espécie parece ser um modelo cardíaco
simples para estudar diferentes alterações funcionais, farmacológicas e
patológicas.
Embora desengraçado e feio o xarroco é afamado até pela poesia de
António Guedelho. E depois de cozinhado pode dar-nos um prazer
sublime! Não sendo uma das espécies principais, é utilizado na caldeirada
de peixe, sendo obrigatório, pelo menos, na famosa caldeirada à
setubalense.
http://lisboaverde.cm-lisboa.pt/index.php?id=3997