12842658-Entrevista-Psiquiatrica

Entrevista psiquiátricaEntrevista psiquiátrica

IPBEscola Superior de Saúde de Bragança

Inês CostaMª José AmadoMarta MatosNeuza MaiaSandra CostaVera Ferreira

http://www.epilepsia.org/


Plano da sessão

Tema: Entrevista psiquiátrica

Duração:

Data:

Destinatários: Alunos de 3ºano

Entrevista Psiquiátrica


Objectivos:• Servir como instrumento de avaliação;• Adquirir e transmitir conhecimentos

sobre o tema;• Suporte teórico para a prática no

ensino clínico.

Metodo:

Material:



Sumário

Relação de Ajuda; Relação terapêutica;

Exame psiquiátria

Entrevista psiquiátrica: Objectivos; Características; Regras da entrevista; Fases da entrevista; Técnica de entrevista.


Objectivos

Fases


Introdução

A Enfermagem Psiquiátrica diferencia-se apenas no que se refere ao principal objectivo, no caso o esforço visando a assistência ao doente mental, que requer do enfermeiro um desenvolvimento mais completo, uma compreensão especial e um relacionamento terapêutico com os seus pacientes.



Introdução (cont.)

A intervenção em Enfermagem Psiquiátrica consiste em ajudar a pessoa a reconhecer o seu modo particular de estar no mundo de acolher e de deixar crescer o sentido particular da sua natureza.



Relação de Ajuda

“… É o tipo de relação criada por uma pessoa psicologicamente madura, ou seja, a minha capacidade de criar relações que facilitem o crescimento do outro como pessoa independente e mede-se pelo desenvolvimento que eu próprio atingi.”

Carl Rogers



http://www.acolher.hpg.ig.com.br/Seja%20bem%20vindo!.htm

Relação de ajuda

Características essenciais do enfº para a relação de ajuda:

Capacidade de ser específico e de fazer especificar o doente;

Capacidade de respeitar-se e respeitar;

Capacidade de ser congruente com ele mesmo e com o doente;

Capacidade de ser empático com ele mesmo e com o doente.



Relação de ajuda

O enfº deve ser capaz de:

Criar um clima de confiança;

Escutar em vez de discursar;

Compreender e reformular.



Relação de Ajuda

O enfº deve ter:

Vontade de ajudar;

Qualidades pessoais e maturidade (conhecimento de si).



Relação terapêutica

Pilares da relação terapêutica:

Humanidade – preservação dos direitos do utente;

Humildade – evitar o distanciamento, a arrogância, o paternalismo exagerado e confiança excessiva;



Relação Terapêutica

Honestidade – deve haver um respeito total pelos direitos do doente, pela sua autonomia, pelos seus desejos, convicções e crenças;

Confidencialidade – todos os técnicos de saúde têm o dever de não divulgar aquilo que vêm ou ouvem no exercício da sua profissão



Relação Terapêutica

Responsabilidade – cada técnico deve assumir as suas intervenções;

Disponibilidade – desde o primeiro contacto o doente deve sentir que dispomos de tempo para ouvir, observar e orientar o seu pedido de ajuda;

Exigência – devemos procurar fazer o melhor que sabemos e podemos.



Exame Psiquiátrico

Objectivo:

- Estabelecimento de diagnóstico (ou de hipóteses diagnosticas) do utente.

Etapa essencial para o planeamento da terapia



Exame Psiquiátrico

Fases:

Anamnese – entrevista psiquiátrica;

Exame do estado físico;

Exame do estado mental.




Definição:

A entrevista psiquiátrica é o método mais importante de se chegar a um entendimento do paciente que exibe os sinais e sintomas de um transtorno psiquiátrico.

Stephen C. Scheiber cit por John Talbolt et al, 1988




Objectivos:

Observar o comportamento mental do utente;

Obter dados que permitem concluir se não é portador de algum transtorno – estabelecimento do diagnóstico;




Objectivos (cont.):

Avaliar o grau de comprometimento que a doença/transtorno acarreta;

Pode ser usada como recurso terapêutico (psicoterapia);

Averiguar a capacidade e aptidão para o exercício da actividade diária.




Características da entrevista:

É necessariamente longa; Realiza-se habitualmente a sós; Feita por tópicos; Relação de ajuda.




Características do ambiente:

Silencioso; Sem estimulos; Tranquilo; Confortável; Bem iluminado; Sem interrupções; Privacidade.




Características do entrevistador:

Mostrar interesse; Mostrar-se disponivel; Escutar o paciente e entendê-lo; Estabelecer um “rapport”; Ser imparcial; Preocupado; Amável; Cordialidade;




Características do entrevistador (cont.):

Calor humano; Proximidade; Espontaneidade; Deve ser pontual; Evitar atrasos; Ser honesto; Sincero; Guardar sigilo; Usar linguagem simples.




Regras da entrevista:

1. Não fazer promessas;

2. Tranquilizar o utente;

3. Não tomar o partido do doente;

4. Não influenciar o discurso do doente;

5. Não dar conselhos




Fases da entrevista psiquiátrica:

1. Inicial:

2. Intermédia;

3. Conclusão




1. Inicial:

a) Queixa principal;

b) Doença actual;

c) Sentimentos sobre eventos significativos.




2. Intermédia:

a) Paciente como pessoa;b) História familiar passada;c) História pessoal;d) História conjugal;e) Hábitos pessoais;f ) História social;g) História médica;h) História sexual;i ) Personalidade.




3. Conclusão:

a) Perguntas do paciente;

b) Partilha de impressões clínicas;

c) Permissão para obter registos;

d) Permissão para falar com outras pessoas;

e) Plano de tratamento e reacção do doente.



Técnicas da entrevista

A – Mensagens facilitadoras:

Pergunta: “Conte-me sobre…”; Reflexões: “Encontra-se ansiosa a

quanto se irá conseguir”; Facilitação: “Uh,huh”; Reforço positivo: “Bom, isso ajuda-me

a entendê-lo”;



Silêncio: Longa pausa permitindo que o paciente se distancie da linguagem verbal;

Interpretação: ”Quando não pode agir da maneira que pensa que deveria, tenta fazer alguma coisa para agradar”;

Perguntas de verificação: ”Quando está nervoso, as suas mãos suam? Tem palpitações?A sua respiração é rápida?”



Mensagem “eu quero”: ”Deveriamos falar de outra coisa além da sua depressão! Fale-me da sua familia”;

Transições: “Agora que já falou sobre o seu trabalho, descreva-me o seu dia-a-dia”;

Auto-revelação: “Quando estive numa situação semelhante senti-me aterrorizado!”.



B- Mensagens obstrutivas:

Perguntas directas excessivas:Psq.:”O que é que o está a deixar triste?”

Pac.:”Perdi uma namorada.”

Psq.:”Chorou muito?”

Pac.:”Sofri um pouco!”

Psq.:”Sofreu inadequadamente!”

Pac.:”Não tenho a certeza!”



Conselho prematuro:Pac.:”Eu sinto um mal estar no

estômago!”Psq.:”podia experimentar anti-àcidos e

leite morno antes de dormir e fazer seis refeições por dia!”

Reafirmação falsa:Psq.:”Não precisa de se preocupar

com a sua dor fantasma – muitos amputados experimentam o mesmo problema!”



Execução sem explicação:

Psq.:”Eu sei qual é o seu problema! Está a sofrer de ansiedade por stress excessivo. Reduza as suas horas de estudo. Tome este medicamento três vezes dia.Comece por fazer três refeições por dia.”



Perguntas humilhantes:Psq.: “Como é que você pode

continuar a queixar-se de inadequação académica, quando tira as melhores notas, e recentemente, recebeu uma distinção académica?”

Declaração do tipo “você é mau”:Psq.: “Sempre que mencionamos o

nome da sua mãe, chora. Sabemos que os histéricos fazem isso!”



Criar confusão ao paciente:Psq.:”Acabou de dizer que estava

satisfeito com o seu progresso, agora está a queixar-se que ainda está deprimido!”

Mensagens não-verbais de ressentimento:

O psiquiatra afasta-se do paciente, remexe nos papeis sobre a mesa, fecha os olhos quando o paciente se repete.



Tipo de entrevistas:

Devem variar de acordo com:

reacções da personalidade do utente;

tipo de patologia; objectivos da entrevista.


Conclusão

O cuidado de enfermagem depende da compreensão do comportamento do paciente e do modo de reagir a tal comportamento, à luz dessa compreensão.


FIMFIM

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