16° Asphe - livro de programação

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Livro de programação e caderno de resumos do 16° encontro da Asphe.

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16 Encontro Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Histria da Educao24 a 26 de novembro de 2010 Porto Alegre - RS

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16 Encontro Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Histria da Educao Coordenao geral Maria Stephanou (UFRGS) Dris Almeida (UFRGS) Comisso organizadora Claudemir de Quadros (UFSM) Carla Rodrigues Gastaud (UFPel) Edison Luiz Saturnino (Facos) Larissa Camacho Carvalho (doutoranda PPGEdu/UFRGS) Mauricio Perondi (doutorando PPGEdu/UFRGS) Carine Winck Lopes (mestranda PPGEdu/UFRGS) Carolina Monteiro (mestranda PPGEdu/UFRGS) Comisso cientfica Beatriz Teresinha Daudt Fischer (UNISINOS) Berenice Corsetti (UNISINOS) Carla Rodrigues Gastaud (UFPel) Eliane Peres (UFPel) Giani Rabelo (UNESC) Jorge Luiz da Cunha (UFSM) Luciane Wilke Freitas Garbosa (UFSM) Luciane Sgarbi Grazziotin (UCS) Terciane ngela Luchese (UCS) Zita Rosane Possamai (UFRGS)

Promoo Associao Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Histria da Educao ASPHE Programa de Ps-Graduao em Educao, Faculdade de Educao UFRGS

Apoio Institucional UFRGS UFSM UNISINOS

ASPHEDiretoria Presidente: Maria Stephanou (UFRGS) Vice-presidente: Claudemir de Quadros (UFSM) Secretria-geral: Carla Gastaud (UFPel) Conselho fiscal Giani Rabelo (UNESC) Luciane Grazziotin (UCS) Rita de Cssia Greco dos Santos (FURG)

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16 Encontro Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Histria da Educao

ASPHE 15 anos: Patrimnio & Histria da Educao24 a 26 de novembro de 2010 Programa de Ps-Graduao em Educao, Faculdade de Educao Universidade Federal do Rio Grande do Sul

evento so publicados Anais com os resumos e os trabalhos completos apresentados nas sesses de comunicao de pesquisas. Em 2010, realizar-se- o 16 Encontro Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Histria da Educao, tendo como foco temtico ASPHE 15 anos: Patrimnio & Histria da Educao em comemorao ao seu dcimo quinto aniversrio. Seguindo a sistemtica adotada nos eventos anteriores, realizar-se-o uma conferncia, mesas-redondas e sesses de comunicao de pesquisas, atividades culturais alm da Assemblia Geral da Associao.

Apresentao A Associao Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Histria da Educao - ASPHE, criada em 1995, completa 15 anos de profcuas contribuies histria da educao brasileira e riograndense. A ASPHE e a revista Histria da Educao tm sido mbitos privilegiados de socializao das pesquisas, de dinamizao da produo historiogrfica e de importantes debates no campo da investigao histrica, mbitos construdos coletivamente com a participao de todos os associados e que conferem uma significao singular Associao. Ao longo de sua trajetria, a ASPHE consolidou-se; projetou-se regional, nacional e internacionalmente; ampliou suas propostas; constituiu-se como espao de acolhimento para os iniciantes e de formao profissional e qualificao acadmica. A ASPHE j realizou encontros de pesquisadores, com o apoio institucional das universidades do Rio Grandes do Sul representadas por seus associados e, em alguns casos, com financiamentos das agncias de fomento, como FAPERGS, CAPES e CNPq. Para cada

Objetivos Refletir acerca da produo em Histria da Educao, tendo a ASPHE como local de referncia; Avaliar a produo do conhecimento na rea, considerando o tema Patrimnio & Histria da Educao como objeto de estudo e reflexo; Promover a formao continuada dos pesquisadores em Histria da Educao; Congregar e oportunizar espaos de trocas e intercmbios entre pesquisadores, mestrandos, doutorandos e graduandos, envolvidos com pesquisas em Histria da Educao.

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PROGRAMAO GERAL 24 de novembro de 2010 quarta-feira

Local: Sala 101 da Faculdade de Educao 19h30min: Visita Exposio ASPHE 15 anos: Patrimnio & Histria da Educao Coquetel de lanamento da Revista Histria da Educao e de livros

Local: Sala 101 da Faculdade de Educao 9h: Inscries e credenciamento 10h: Sesso de abertura 10h30min-12h: Mesa Redonda com ex-presidentes da ASPHE A ASPHE como patrimnio e o Patrimnio da ASPHE Coordenao Prof. Dr. Claudemir de Quadros (UFSM) Local: Sala Fahrion 2 andar prdio da Reitoria 14h-16h30min: Conferncia Educao para o Patrimnio: algumas contribuies museolgicas Prof Dra. Maria Cristina Oliveira Bruno (USP) Coordenao Prof. Dra. Zita Rosane Possamai (UFRGS) Local: Faculdade de Educao 16h30min-17h: Coffee break 6 andar 17h-19h30min: Sesses de apresentao de trabalhos Sesso 1: sala 601 Sesso 2: sala 606 Sesso 3: sala 608

25 de novembro de 2010 quinta-feira

Local: Faculdade de Educao 8h30min-10h: Sesses de apresentao de trabalhos Sesso 4: sala 601 Sesso 5: sala 703 Sesso 6: sala 608 10h-10h30min: Coffee break 6 andar Local: Saguo da Faculdade de Educao 10h30min: Encontro para visita guiada ao Museu Julio de Castilhos Exposio IVO VIU A UVA: Mudanas e Permanncias na Educao Republicana Local: Faculdade de Educao 14h30min-17h: Sesses de apresentao de trabalhos Sesso 7: sala 601 Sesso 8: sala 606 Sesso 9: sala 608 Sesso 10: sala 101

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Local: Sala 101 da Faculdade de Educao 17h-17h15min: Coffee break 17h15min-18h: Assembleia geral da ASPHE Local: Saguo da Faculdade de Educao 18h: Sada para a Caminhada Cultural na Cidade Baixa e visita guiada ao Museu Joaquim Jos Felizardo Local: Restaurante Via Imperatore Rua da Repblica, 509 20h30min: Jantar de confraternizao

SESSES DE APRESENTAO DE TRABALHOS

Sesso 1 - 24 de novembro de 2010 - Sala 601 17h-19h30min Coordenao: Maurcio Perondi

26 de novembro de 2010 sexta-feira

17h-17h15min - Carla Beatriz Meiner e Said Los - O ensino de histria no jogo da memria e do esquecimento dos professores em formao 17h15min-17h30min - Manuela O. de Paula Borges - Uma professora do final do sculo XX em Novo Hamburgo: apontamentos a partir da memria 17h30min-17h45min - Claudia Luci Scussel e Terciane ngela Luchese - Memrias de um tempo escolar: ser aluna nos anos de 1930-1960, em Bento Gonalves, RS 17h45min-18h - Sulen Teixeira da Silva e Fabiana de Moraes - O curso de Pedagogia da FaE/UFPel em 30 anos de histria: memrias de coordenadores 18h-18h15min - Elisabete Bloss e Valeska Alessandra de Lima - A melhor coisa da minha vida! Histria de vida de uma professora primria

Local: Sala 101 da Faculdade de Educao 9h: Mesa Redonda Patrimnio & Histria da Educao Prof. Dr. Paulo Garcez (USP) Prof Dra. Zita Possamai (UFRGS) Prof Ms. Claudia Aristimunha (UFRGS) Coordenao Prof Dra. Maria Stephanou (UFRGS) 10h45min: Coffee break 11h: Continuao da mesa redonda 12h: Sesso de encerramento 12h30min: Brinde festivo 15 anos ASPHE

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18h15min-18h30min - Mirian Fhr - Elvira e Lenira Brandi Grin: duas professoras, duas geraes fazendo parte da histria da educao de Novo Hamburgo/RS 18h30min-18h45min - Ariane dos Reis Duarte; Beatriz T. Daudt Fischer - Histrias de professores em Novo Hamburgo e So Leopoldo/RS (1930-2000): memrias e acervos 18h45min-19h - Priscila de Souza de Aguiar e Cristina Maria Rosa O curso de pedagogia da FAE/UFPEL atravs dos currculos de 1979 e 1985 19h-19h15min - Jos Edimar de Souza - Memrias de uma trajetria docente em Lomba Grande/RS: a histria da professora Gersy 19h15min-19h30min - DEBATE

17h30min-17h45min - Carla Gastaud - Prticas de correspondncia: as materialidades das cartas 17h45min-18h - Patrcia Machado Vieira - Discursos sobre escrita caligrfica em manuais de formao de professores (1930-1960) 18h-18h15min - DEBATE 18h15min-18h30min - Carolina Monteiro - A importncia da boa posio para a boa escrita: apontamentos sobre o Mtodo de Caligrafia De Franco 18h30min-18h45min - Roseli Maria Bergozza e Terciane ngela Luchese - As representaes do discurso escolanovista e do Mtodo Intuitivo na Escola Complementar de Caxias (1930-1939) 18h45min-19h - Alice Rigoni Jacques - Cadernos escolares relquias de memrias

Sesso 2 - 24 de novembro de 2010 - Sala 606 17h-19h30min Coordenao: Carla Gastaud

19h-19h15min - Maria Stephanou - Leituras e escrituras ordinrias na vida domstica: mltiplos usos da escrita pessoal no passado 19h15min-19h30min - DEBATE

17h-17h15min - Celine Lehmann Escher - Dificuldades de escrita: discursos em manuais de formao de professores da escola primria (1930-1960) 17h15min-17h30min - Vania Grim Thies - Dirios de um agricultor: um patrimnio do escrito

Sesso 3 - 24 de novembro de 2010 - Sala 608 17h-19h30min Coordenao: Claudemir de Quadros

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17h-17h15min - Frankiele Oesterreich e Luciane Wilke Freitas Garbosa - A insero da disciplina de msica no curso de pedagogia da UFSM 1984 17h15min-17h30min - Antonio Cesar dos Santos Esperana - O ensino de matemtica no gymnasio do Rio Grande do Sul nos tempos dos preparatrios 17h30min-17h45min - Maria Teresa Santos Cunha Um patrimnio documental: livros no museu da escola catarinense/ sculo XX 17h45min-18h - Edlaine C. Rodrigues de Almeida e Luciane Sgarbi S. Grazziotin - Evoluo histrica e desenvolvimento da enfermagem 18h-18h15min - Carina Vasconcellos Abreu - Formao e Profisso de Guia de Turismo no Brasil 18h15min-18h30min - Liliane Maria Viero Costa - A escola municipal de belas artes de Caxias do Sul: histrias e memrias (1949 a 1967) 18h30min-18h45min - Flvia Obino Corra Werle - Ensino rural e a utilizao do rdio no Rio Grande do Sul 18h45min-19h - Mariana dos Reis Santos - O contexto sciohistrico do curso de pedagogia no Brasil 19h-19h15min - Claudemir de Quadros Vivncias em ensino de histria da educao: Formao de professores e educao digital 19h15min-19h30min - DEBATE

Sesso 4 - 25 de novembro de 2010 - Sala 601 8h30min-10h Coordenao: Edison Luiz Saturnino

8h30min-8h45min - Jeane dos Santos Caldeira - Asilo de rfs So Benedito: o uso de fotografias para analisar sua histria 8h45min-9h - Beatriz T. Daudt Fischer - Recordao escolar: aluno, livros, mapa e globo uma imagem recorrente (1949-2004) 9h-9h15min - Edison Luiz Saturnino - O corpo leitor na pintura artstica brasileira do sculo XIX 9h15min-9h30min - Milena Arago e Lcio Kreutz - Constituindo-se professora de educao infantil: do voluntariado profissionalizao 9h30min-9h45min - Andra Cristina Baum Schneck - Imagens pintadas de Flvio Scholles: evocadores de memrias e narrativas de vida 9h45min-10h - DEBATE

Sesso 5 - 25 de novembro de 2010 - Sala 703 8h30min-10h Coordenao: Carolina Monteiro

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8h30min-8h45min - Josiane Alves da Silveira e Giana Lange do Amaral - Faculdade catlica de filosofia de Rio Grande: espao conquistado pelas mulheres na dcada de 1960 8h45min-9h - Rita de Cssia Grecco dos Santos e Letcia Schneider Ferrari - Como ser mulher no alvorecer do sculo XX em Pelotas: a veiculao de representaes sociais de gnero no peridico Diario Popular (1909-1920) 9h-9h15min - Valesca Brasil Costa - A presena feminina no espao jurdico: resgate da memria da alunas pioneiras da faculdade de direito de Pelotas-RS 9h15min-9h30min - Estela Denise Schtz Brito - Memrias de trabalhadoras escolares no docentes: um estudo a partir da escola normal evanglica em So Leopoldo/RS (1952-1966) 9h30min-9h45min - Cineri Fachin Moraes - Palavras evocando uma histria: os bastidores da formao acadmica 9h45min-10h - DEBATE

8h30min-8h45min - Berenice Guedes - O projeto educacional da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil para o Rio Grande do Sul segundo o estandarte cristo peridico oficial da igreja (1901/1950) 8h45min-9h - Cludia Regina Costa Pacheco e Elomar Antonio Calegaro Tambara - Pascam in judicio: a constituio humana na perspectiva catlica de D. Joo Becker (1870-1946) 9h-9h15min - Giani Rabelo - Uma freira entre as famlias operrias mineiras no sul de Santa Catarina: vestgios (auto)biogrficos de uma pedagogia missionria (1950-1960) 9h15min-9h30min - Marcelo Freitas Gil e Giana Lange do Amaral As relaes do espiritismo com a educao em Pelotas: uma anlise preliminar 9h30min-9h45min - Itamaragiba Chaves Xavier - Moral, religio e civilidade no manual enciclopdico para uso das escolas de instruo primria de Emilio Achilles Monteverde 9h45min-10h - DEBATE

Sesso 6 - 25 de novembro de 2010 - Sala 608 8h30min-10h Coordenao: Larissa Camacho Carvalho

Sesso 7 - 25 de novembro de 2010 - Sala 601 14h30min-17h Coordenao: Carine Winck Lopes

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14h30min-14h45min - Lisiane Sias Manke - Histria da leitura: uma comunidade de leitoras rurais 14h45min-15h - Antnio Maurcio Medeiros Alves - A coleo de livros didticos para o ensino primrio Nossa Terra Nossa Gente e o movimento da matemtica moderna (1960-1980) 15h-15h15min - Carine Winck Lopes - Literaturas que fazem a cabea dos professores 15h15min-15h30min - Patrcia Weiduschadt - Prticas e modos de leitura na revista O Pequeno Luterano 15h30min-15h45min - DEBATE 15h45min-16h - Andrea Miln Vasques Pautasso - A comisso de literatura infantil (1936-38) 16h-16h15min - Eduardo Arriada, Lus Artur Borges e Gigliane Ferreira Segovia - Prticas de leituras dos estudantes brasileiros no sculo XIX 16h15min-16h30min - Roselusia Teresa Pereira de Morais - A criao ficcional da personagem Clarissa: representaes em romances de rico Verssimo 16h30min-16h45min - Vivian Anghinoni Cardoso Corra - As prticas de leitura e escrita na seo infantil rico Verssimo da Bibliotheca Pblica Pelotense: breve anlise das fichas de leitura preenchidas pelos frequentadores (1946-1958)

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Sesso 8 - 25 de novembro de 2010 - Sala 606 14h30min-17h Coordenao: Edison Luiz Saturnino

14h30min-14h45min - Ana Ramos Rodrigues - Educao no-formal nos museus estudo de caso: Museu Julio de Castilhos 14h45min-15h - Elisabete Zardo Brigo Matemtica moderna na UFRGS: professores em movimento 15h-15h15min - Alessandro Bica - Primeiras aproximaes entre educao e civismo na primeira repblica rio-grandense: o caso da praa de desportos do municpio de Bag 15h15min-15h30min - Carmen Maria Koetz - O sistema de avaliao do rendimento escolar do Rio Gande do Sul SAERS: trajetria institucional 15h30min-15h45min - DEBATE 15h45min-16h - Dilza Porto Gonalves - O relatrio da administrao de Florinda Tubino Sampaio entre 1940-1943: a imagem de uma escola modelo (1870-1946) 16h-16h15min - Diogo Franco Rios, Francisco de Oliveira Filho e Elisabete Zardo Brigo - O movimento da matemtica moderna no

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Brasil: conexes entre as polticas educacionais pblicas e a formao de professores 16h15min-16h30min - Elomar Tambara e Valdinei Marcola - Uma tentativa de insero da capitania de So Pedro do Rio Grande do Sul no sistema colonial de ensino o projeto de Paulo Gama 16h30min-16h45min - Rosiley Teixeira - Abrir escolas e fechar cadeias: a construo de um modelo administrativo para a ptria paulista (1890- 1930) 16h45min-17h - DEBATE

15h15min-15h30min - Patrcia Silveira Zaneti, Eduardo Arriada e Jos Lino Hack - Ver, julgar e agir: uma proposta de educao? 15h30min-15h45min - DEBATE 15h45min-16h - Andra Silva de Fraga - O Estudo: um exemplar da imprensa estudantil dos anos de 1920 e 1930 16h-16h15min - Dris Almeida Bittencourt - Um observatrio de jovens: a revista O Clarim (1945- 1965) 16h15min-16h30min - Tatiane de Freitas Ermel e Maria Helena Camara Bastos - Infncias escritas: o jornal A Voz da Escola (19361938) 16h30min-16h45min - Moiss Waismann - O ensino de cincias econmicas: estranhamentos e questes de pesquisa 16h45min-17h DEBATE

Sesso 9 - 25 de novembro de 2010 - Sala 608 14h30min-17h Coordenao: Dris Almeida Bittencourt

14h30min-14h45min - Clarice Rego Magalhes - O papel dos jornais na gnese da escola de belas artes de Pelotas 14h45min-15h - Dilmar Kistemacher e Berenice Corsetti - A Revista Brasileira de Estudos Pedaggicos e a discusso sobre o rendimento escolar e a avaliao da educao (1944-1964) 15h-15h15min Helena Neves - A educao debatida nas pginas do jornal correio mercantil da cidade de Pelotas-RS (1875-1880) Sesso 10 - 25 de novembro de 2010 - Sala 101 14h30min-17h Coordenao: Luciane Grazziotin

14h30min-14h45min - Isabel Spies e Lcio Kreutz - Tunpolis, SC (1954-1974): uma anlise do processo escolar no contexto de migrao alem

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14h45min-15h - Patrcia Rodrigues Augusto Carra e Silvana Schuler Pineda - Alzira Freitas Tacques: um anjo no espelho 15h-15h15min Sergio Ricardo Pereira Cardoso - Os servios de ajuda mtua da Associao Sul Rio-Grandense de Professores 15h15min-15h30min - Rosimar Serena Siqueira Esquinsani - O contexto educacional dos anos 1980 e as avaliaes em larga escala modismo, tendncia ideolgica ou necessidade? 15h30min-15h45min - Luciane Sgarbi S. Grazziotin - Vida privada e ofcio de mestre: memrias de escola e docncia 1913/1950 15h45min-16h - Marcos Fontana Cerutti - Acadmicos da UFRGS e comisso especial de Investigao sumria (1964) 16h-16h15min - Maria Cristina dos Santos Louzada - Memrias da atuao de uma alfabetizadora do colgio So Jos em Pelotas/RS nas dcadas de 1940 a 1980: primeiras aproximaes 16h15min-16h30min - Nei Carlos de Moura - Extenso, pesquisa e ensino: trilogia, presente na histria de vida do professor nnio Amaral 16h30min-16h45min - Maristela da Rosa, Rmulo Ferreira Corra e Norberto Dallabrida - A apropriao da lei orgnica do ensino comercial pela academia de comrcio de Santa Catarina (1943-1961) 16h45min-17h DEBATE

RESUMOS DOS TRABALHOS

Alessandro Carvalho Bica (UNIPAMPA) PRIMEIRAS APROXIMAES ENTRE EDUCAO E CIVISMO NA PRIMEIRA REPBLICA RIOGRANDENSE: O CASO DA PRAA DE DESPORTOS DO MUNICPIO DE BAG Este artigo integra a investigao de doutorado que vem sendo realizada junto ao Programa de Ps-Graduao em Educao da UNISINOS. Tem como propsito estabelecer dilogos historiogrficos entre os discursos cvicos e as intenes pedaggicas da construo de um espao destinado Educao e ao Civismo, na segunda dcada do sculo XX, no municpio de Bag/RS. Para tanto, as fontes utilizadas neste trabalho foram os Relatrios Intendenciais, Oramentrios e o Regulamento da Praa dos Desportos e foram abordadas sobre o prisma da metodologia histrico-crtica, constituindo um arcabouo emprico capaz de articular as relaes entre o escrito e o no-escrito dos documentos.

Alice Rigoni Jacques (PUCRS) CADERNOS ESCOLARES RELQUIAS DE MEMRIAS O presente artigo um estudo sobre as marcas de correo nas prticas educativas dos cadernos escolares do curso primrio do Colgio Farroupilha. As fontes de dados utilizadas foram uma coleo de 25 cadernos de um aluno da 1 srie do Colgio Farroupilha de POA/RS no ano de 1951 e seu depoimento. As anlises da coleo dos cadernos confirmam que a recorrncia das marcas de correo evidenciam a construo de um discurso indicador de identidades, do aluno, da professora que atuou durante 50 anos como alfabetizadora e da instituio. Os dados aqui pesquisados visam tambm contribuir para este estado de conhecimento da Histria da Educao, que so os cadernos escolares.

Ana Ramos Rodrigues (UNISINOS) EDUCAO NO-FORMAL NOS MUSEUS ESTUDO DE CASO: MUSEU JULIO DE CASTILHOS O presente artigo tem como objetivo apresentar a pesquisa realizada no ano de 2009, em um museu de tipologia histrica neste caso, o Museu Julio de Castilhos (MJC) para mostrar como ocorre a visita escolar dentro da disciplina de Histria em escolas do Ensino Fundamental da Regio Metropolitana de Porto Alegre, tendo como base de estudo, professores de escolas pblicas e privadas. Como

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metodologia foi aplicado um questionrio junto aos professores de Histria para identificar como os professores desenvolvem esta atividade em sua disciplina. Este trabalho, portanto, visa mostrar a importncia da educao em museus atravs das visitas escolares, pois esta instituio, quando utilizada como uma ferramenta de conhecimento, contribui para a formao de cidadania na sociedade.

Andra Cristina Baum Schneck (UFRGS) IMAGENS PINTADAS DE FLVIO SCHOLLES: EVOCADORES DE MEMRIAS E NARRATIVAS DE VIDA O estudo concebe as imagens como privilegiados canais de fluxo das memrias, elas mesmas tomadas como narrativas de memrias, no mbito da Histria da Educao. Examina as complexas relaes entre memria e imagem. Detm-se na anlise dessas relaes a partir das obras de pintura do artista gacho Flvio Scholles, considerado um guardio de memrias. Discute o significado de suas imagens como disparadoras do exerccio de rememorar e a dimenso educativa das mesmas, problematiza em que medida essas pinturas possuem um potencial evocador de memrias individuais e coletivas de sujeitos da regio do Vale dos Sinos, RS. Faz-se acompanhar das reflexes propostas por vrios autores, dentre eles Ecla Bosi, Antoinette Errante, Alberto Manguel, Maria Stephanou, Edison Saturnino, entre outros.

Andra Silva de Fraga (UFRGS) O ESTUDO: UM EXEMPLAR DA IMPRENSA ESTUDANTIL DOS ANOS DE 1920 E 1930 A proposta de escrita desse artigo se destina a apresentar um exerccio intelectual, a um pouso no papel de uma prtica de escrita que representa a apropriao das minhas prticas de leituras, acerca do que venho desenvolvendo no meu mestrado, desde maro de 2010. um momento reflexivo, todavia com mais dvidas do que respostas, como todo incio de uma pesquisa. O corpus documental que disponho corresponde ao total de 23 exemplares da revista intitulada O Estudo, publicado entre os anos de 1922 a 1931, pelo Grmio de Estudantes da Escola Complementar, que a partir do ano de 1929 passou a se chamar Escola Normal, e no ano de 1939 passou a ser conhecida por Instituto de Educao General Flores da Cunha. Portanto, corresponde a um determinado impresso escolar produzido por alunas e futuras professoras, e como tal traz a possibilidade de se estudar a histria da instituio e cultura escolar.

Andrea Miln Vasques Pautasso (UFRGS) A COMISSO DE LITERATURA INFANTIL (1936-38) O estudo aqui proposto visa, inicialmente, apresentar ao pblico leitor a Comisso de Literatura Infantil criada no ano de 1936 no processo de nacionalizao do ensino brasileiro, atravs de sua portaria de abertura, atas, editais, cartas... Em seguida, de modo a demonstrar uma dentre as iniciativas criadas pela Comisso, realizada uma aproximao inicial com trs obras de literatura infantil premiadas no Concurso de Literatura Infantil promovido pela CLI (Comisso de Literatura Infantil), no ano de 1936. Trata-se dos livros O Circo, de autoria de Santa Rosa Jr; A Casa das Trs Rolinhas, de autoria de Marques Rebello e Arnaldo Tabay e O Boi Aru, de autoria de Lus Jardim. O estudo integra a pesquisa de dissertao de mestrado, no campo da Histria da Educao.

Antonio Cesar dos Santos Esperana (UFRGS) O ENSINO DE MATEMTICA NO GYMNASIO DO RIO GRANDE DO SUL NOS TEMPOS DOS PREPARATRIOS O presente artigo apresenta resultados iniciais de uma pesquisa histrica que investiga o ensino de matemtica no Gymnasio do Rio Grande do Sul, hoje Colgio Estadual Jlio de Castilhos, nos primeiros anos do sculo XX. Analisa a relao entre o ensino secundrio e os exames de preparatrios (parcelados), com base nos Relatrios da Escola de Engenharia de Porto Alegre. Procura investigar como essa escola se organizou nos seus primeiros 10 anos; que influencias foram marcantes na sua organizao e como a Matemtica e seu ensino estavam inseridos nesse contexto histrico.

Antnio Maurcio Medeiros Alves (FURG; UFPEL) A COLEO DE LIVROS DIDTICOS PARA O ENSINO PRIMRIO NOSSA TERRA NOSSA GENTE E O MOVIMENTO DA MATEMTICA MODERNA (1960-1980) O presente trabalho apresenta os resultados iniciais de pesquisa de doutorado de carter qualitativo, em desenvolvimento junto ao Programa de Ps Graduao da UFPEL. Considerando a importncia da produo de livros didticos no Estado do Rio Grande do Sul para o Ensino Primrio, o trabalho pretende, a partir da anlise documental, estudar a escolarizao da Matemtica Moderna, na coleo Nossa Terra Nossa Gente, de autoria das professoras gachas, Cecy Cordeiro Thofehrn e Nelly Cunha, editada na dcada de 1970.

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Ariane dos Reis Duarte; Beatriz T. Daudt Fischer (UNISINOS) HISTRIAS DE PROFESSORES EM NOVO HAMBURGO E SO LEOPOLDO/RS (1930-2000): MEMRIAS E ACERVOS O presente texto deriva de uma pesquisa mais ampla, que intenta reunir histrias de professores/as que tiveram trajetrias docentes vividas em dois municpios do Vale do Rio dos Sinos/RS, entre os anos 1930 e 2000. Atravs da evocao da memria e da investigao em acervos pblicos e privados, um conjunto de dados permitir maior compreenso de acontecimentos relacionados histria da educao nestas localidades. Os aportes tericos que sustentam os procedimentos analticos esto fundamentados basicamente em Foucault, em especial no sentido de no priorizar as histrias de sujeitos sob a perspectiva individual, mas consider-las entrelaadas em redes de poder, tramadas no respectivo contexto. Entre os procedimentos metodolgicos destacam-se a histria oral e a pesquisa documental.

pedaggica especificamente para o Rio Grande do Sul, no perodo de 1901 a 1970, procurando divulgar a viso anglicana de educao, pouco conhecida. uma investigao de cunho Qualitativo onde os resultados obtidos se deram pela tica da Anlise do Discurso, sendo apresentados de forma Descritiva.

Carine Winck Lopes (UFRGS) LITERATURA QUE FAZEM A CABEA DOS PROFESSORES Nos ltimos anos, possvel observar um aumento no nmero dos professores que buscam algum tipo de aperfeioamento em literaturas de cunho pedaggico ou no. Porm, historicamente, estas literaturas orientaram a busca dos professores por uma especializao, quer que seja pelo desejo prprio ou pela imposio de saberes-intenes ligados a questes polticas. Ainda hoje, podemos vivenciar um debate surdo que ocorre com grande parte dos professores que procuram apoio pedaggico em livros didticos disponveis nas escolas, livrarias, bibliotecas, entre outros. Diante desta vasta literatura sugerida desde o ano de 1944 at os dias de hoje, que leitura realizada pelo professor?

Beatriz T. Daudt Fischer (UNISINOS) RECORDAO ESCOLAR: ALUNO, LIVROS, MAPA E GLOBO - UMA IMAGEM RECORRENTE (1949-2004). Ao longo de dcadas, e em diferentes contextos, quase no h variao no retrato denominado Recordao Escolar uma fotografia encontrada em muitos acervos de famlia ou mesmo na parede das salas: estudante, sentado frente a uma mesa, sobre ela, livros e um globo terrestre e, como pano de fundo, mapa e/ou bandeira. Analisando 67 fotografias, datadas entre 1949 e 2004, este trabalho descreve e analisa este que pode ser considerado um acontecimento discursivo, o qual por dcadas, e em diferentes contextos, encontrou condies de possibilidade para emergir e se manter.

Berenice Guedes (UFPel) O PROJETO EDUCACIONAL DA IGREJA EPISCOPAL ANGLICANA DO BRASIL PARA O RIO GRANDE DO SUL SEGUNDO O ESTANDARTE CRISTO PERIDICO OFICIAL DA IGREJA (1901/1950) Este trabalho um recorte de minha Tese de Doutorado Histria da Educao no Rio Grande do Sul, Maonaria e Igreja Anglicana: algumas imbricaes, contradies e paradoxos (1901/1970). Tem como corpus documental basilar o peridico Oficial de Registro e Divulgao das atividades da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil e analisa o Projeto Educacional desta e sua proposta

Carla Beatriz Meinerz; Said Los (UFRGS) O ENSINO DE HISTRIA NO JOGO DA MEMRIA E DO ESQUECIMENTO DOS PROFESSORES EM FORMAO O trabalho apresenta resultados iniciais de uma pesquisa em andamento na Faculdade de Educao da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, cujo objetivo compreender os discursos e as aes dos professores de histria da rede pblica da cidade de Porto Alegre acerca da construo do conhecimento histrico, atravs do estudo de suas memrias. Partindo do pressuposto de que o docente se constitui na medida de sua trajetria pessoal e acadmica, analisa os memoriais descritivos de professores em formao, ou seja, licenciandos cursando atualmente Histria na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Confronta essa produo recente de estudantes em formao com um levantamento de estudos acerca de histrias de vida de professores de histria em nosso pas, datados especialmente a partir dos anos oitenta do sculo XX.

Carla Gastaud (UFPel) PRTICAS DE CORRESPONDNCIA: AS MATERIALIDADES DAS CARTAS Este trabalho trata das materialidades das cartas a partir de prescries de manuais e de cartas pessoais, pertencentes a dois conjuntos epistolares distintos,

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escritas no ltimo quarto do sculo XIX e na primeira metade do sculo XX. Essas materialidades da escritura tm implicaes: o papel, o envelope, a pena/caneta, a distribuio do escrito na pgina; entre outros aspectos, provocam efeitos sobre os missivistas. Os exteriores da carta so objeto dos manuais que se ocupam do papel de cartas, da tinta, dos espaos em branco, dos vocativos, etc. A materialidade da carta pretende conformar a leitura que ser feita pelo destinatrio.

circulao no Brasil nas dcadas de 30 a 60. Observa os argumentos e proposies diante do que construdo como problema quanto escrita, acompanhando as persistncias e mudanas no decorrer do perodo examinado.

Carmen Maria Koetz (UNISINOS) O SISTEMA DE AVALIAO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO RIO GRANDE DO SUL SAERS: TRAJETRIA INSTITUCIONAL Este trabalho parte uma pesquisa de Mestrado sobre a Poltica de Avaliao Educacional do Rio Grande do Sul implantado pela Secretaria de Educao, atravs do SAERS Sistema de Avaliao do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul. Tendo como objetivo analisar a trajetria de institucionalizao deste sistema de avaliao. Para a compreenso do SAERS apresento um breve histrico das polticas pblicas da educao brasileira que conduziram s avaliaes em larga escala na educao bsica. Relato a implantao e caractersticas do SAEB nos diferentes ciclos de aplicao, visto que suas experincias estimulam a implantao de Sistemas de Avaliaes em mbito dos Estados. E finalizo com a trajetria de implantao e implementao do SAERS a partir de 1996.

Carolina Monteiro (UFRGS) A IMPORTNCIA DA BOA POSIO PARA A BOA ESCRITA: APONTAMENTOS SOBRE O MTODO DE CALIGRAFIA DE FRANCO O trabalho tem como objeto de estudo a 6 edio da obra Mtodo de Caligrafia De Franco: Sempre Tempo... (1938). Analisa, em particular, o conjunto de 14 aparelhos idealizados e construdos pelo Professor Calgrafo Antonio De Franco para a correo das ms posies do corpo, braos e mos para o exerccio da caligrafia. Reflete sobre os modos de disciplinamento do corpo que visam eficincia e rapidez dos gestos, imprescindveis para a boa escrita.

Cineri Fachin Moraes (UCS) PALAVRAS EVOCANDO UMA HISTRIA: OS BASTIDORES DA FORMAO ACADMICA Apresento neste texto uma anlise das representaes acerca da formao acadmica de um grupo de professoras, com especial ateno aos bastidores desta formao. Estas reflexes emergem de pesquisa de mestrado, vinculada linha de pesquisa de Histria e Filosofia da Educao, mais especificamente as memrias e histrias de professoras. Estas representaes foram analisadas a partir de memoriais de formao, ou seja, narrativas autobiogrficas de vida e formao, escritos como trabalho de concluso de curso por um grupo de dezenove professoras em exerccio. Estas professoras foram alunas na primeira turma do Curso de Licenciatura em Pedagogia na modalidade a distncia da Universidade de Caxias do Sul. O aporte terico utilizado para descrever, narrar e interpretar este corpus est ancorado na Histria Cultural, tendo a anlise textual discursiva como apoio para o tratamento dos dados. As narrativas escritas por este grupo de professoras foram tomadas como objeto privilegiado de estudo por permitirem analisar os bastidores desta formao no que se refere a necessidade de uma rotina de estudos, o enfrentamento de roteiros imprevistos e a identificao enquanto estudantes. As palavras das professoras evocaram a importncia e a possibilidade de compreender e ouvir a educao a partir de quem personagem deste processo.

Celine Lehmann Escher (UFRGS) DIFICULDADES DE ESCRITA: DISCURSOS EM MANUAIS DE FORMAO DE PROFESSORES DA ESCOLA PRIMRIA (1930-1960) O estudo examina discursos acerca da escrita considerada errada, ou sobre os assim considerados transtornos e dificuldades para a aprendizagem da escrita, presentes em manuais de formao de professores da escola primria, em

Clarice Rego Magalhes (UFPel) O PAPEL DOS JORNAIS NA GNESE DA ESCOLA DE BELAS ARTES DE PELOTAS Analisamos, ao longo deste texto, trs matrias publicadas no incio do ano de 1948, nos jornais de Pelotas, tratando da possibilidade de fundao de uma Escola de Belas Artes na cidade. Nosso objetivo foi verificar se teria havido influncia da imprensa na fundao da Escola, ocorrida em 1949, e qual teria sido o papel desempenhado por estas reportagens. Atravs da anlise do contedo das matrias consultadas, com o apoio de tericos que tratam do tema dos peridicos e seu uso na pesquisa histrica, constatamos que, mais do que noticiar, dar publicidade ao projeto, a imprensa faz uma defesa apaixonada da Escola, desempenhando assim o papel de participante ativo neste processo.

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Claudemir de Quadros (UFSM) VIVNCIAS EM ENSINO DE HISTRIA DA EDUCAO: FORMAO DE PROFESSORES E EDUCAO DIGITAL Neste texto, apresenta-se o relato de experincia de ensino e aprendizagem em histria da educao, desenvolvida com estudantes do curso de Pedagogia do Centro Universitrio Franciscano - Unifra, em Santa Maria/RS, entre os anos de 2007 e 2009. No mbito dessa experincia, destacaram-se preocupaes com processos de ensino e aprendizagem, promoo da curiosidade e estmulo capacidade criadora, educao digital e profisso docente.

Claudia Luci Scussel; Terciane ngela Luchese (UCS) MEMRIAS DE UM TEMPO ESCOLAR: SER ALUNA NOS ANOS DE 1930-1960, EM BENTO GONALVES, RS Este artigo resultado parcial de pesquisa desenvolvida a nvel de mestrado. Tendo como corpus documental emprico memrias e relatos autobiogrficos de trs professoras do municpio de Bento Gonalves, buscamos refletir sobre suas vivncias escolares enquanto alunas do perodo de 1930 a 1960. Privilegiamos suas falas, buscando perceber nas vivncias dessas docentes-alunas as prticas, os saberes e as relaes estabelecidas no espao/tempo escolar no perodo em estudo. A pesquisa alicera-se na Histria Cultural, com referencial metodolgico da Histria Oral. Consideramos as narrativas de histrias de vida essenciais para a compreenso dos processos de escolarizao e da constituio de um ser/fazer docente que se inicia na condio de aluno.

Dilmar Kistemacher; Berenice Corsetti (UNISINOS) A REVISTA BRASILEIRA DE ESTUDOS PEDAGGICOS E A DISCUSSO SOBRE O RENDIMENTO ESCOLAR E A AVALIAO DA EDUCAO (1944-1964) A opo por estudar a temtica, no perodo de 1994 a 1964, parte do reconhecimento de que os princpios educacionais so criados e recriados conforme a conjuntura poltica e o contexto sociohistrico em que eles so produzidos. Franco (2007) enfatiza que [...] torna-se indispensvel considerar que a relao que vincula a emisso das mensagens [...] est necessariamente articulada s condies contextuais de seus produtores (p. 19). Parte-se, ainda, do pressuposto de que determinados princpios e valores podem ser afianados atravs de sua socializao. Compreende-se assim que as concepes sobre a educao escolar so o resultado de um conjunto complexo de valores e interesses sociais. Elas so culturalmente elaboradas e difundidas na e pela sociedade numa determinada conjuntura, portanto histricas. A proeminncia da Revista Brasileira de Estudos Pedaggicos para o campo educacional, abalizado pelo lugar institucional ocupado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira - INEP no cenrio poltico brasileiro, certamente oportunizou a penetrao de sistemas simblicos junto comunidade escolar em mbito nacional e, certamente, no que concerne s polticas educacionais. Portanto, a Revista, como fonte de pesquisa, se explica, em primeiro plano pela relao com o objeto e, em segundo, pelo lugar institucional e social que a Revista ocupou no cenrio poltico educacional desde a sua fundao.

Cludia Regina Costa Pacheco ; Elomar Antonio Calegaro Tambara (UFPel) PASCAM IN JUDICIO: A CONSTITUIO HUMANA NA PERSPECTIVA CATLICA DE D. JOO BECKER (1870-1946) O cerne deste trabalho est na compreenso da figura e da atuao de Dom Joo Becker (1870-1946) arcebispo de Porto Alegre no perodo de 1912 a 1946. Buscouse entender em que medida Becker contribuiu/interferiu na constituio de um ideal humano tendo a educao como principal mecanismo para a sua efetivao? O arcebispo tentava reforar a autoridade espiritual tendo como instrumento uma poltica de recristianizao social, cuja ao deveria se estender a todas as esferas da sociedade. Trazendo como lema Apascentar com Justia, Becker fez e desfez acordos polticos tentando inculcar seus ideais mesmo em contextos adversos.

Dilza Porto Gonalves (PUCRS) O RELATRIO DA ADMINISTRAO DE FLORINDA TUBINO SAMPAIO ENTRE 1940-1943: A IMAGEM DE UMA ESCOLA MODELO Este texto tem por objetivo analisar um conjunto de imagens fotogrficas que influenciaram na construo da identidade do Instituto de Educao General Flores da Cunha como uma escola modelo. As imagens analisadas compem o relatrio da administrao de Florinda Tubino Sampaio (1936-1945) e parecem ser resultado de uma ideologia e projeto de Estado Nacional. Para elaborar esse artigo recorre-se ao aporte terico referente a Histria Cultural, com enfoque na histria da educao e na cultura visual, e ao contexto poltico nacional e gacho, bem como ao projeto educacional no estado do Rio Grande do Sul.

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Dris Almeida Bittencourt (UFRGS) UM OBSERVATRIO DE JOVENS: A REVISTA O CLARIM (1945- 1965) Este trabalho toma como objeto de investigao o exame da Revista O Clarim, produzida pelo grmio de alunos do Colgio Farroupilha, em Porto Alegre/RS, entre os anos de 1945 e 1965. A histria do Clarim constitui-se em uma rica fonte documental de histria da educao que permite uma aproximao do passado, especialmente do universo cultural daqueles jovens estudantes, revelando o imaginrio e as representaes da cultura juvenil daquele tempo. Procurei mapear os discursos que circulavam na revista e trazer tona as representaes juvenis recorrentes que circulavam nos peridicos. Interessam, portanto, os significados da difuso dos discursos difundidos pelas revista, nos processos de subjetivao provocados pelos textos escritos e suas possveis influncias nos modos como aqueles jovens pensavam, agiam e se expressavam nos espaos de construo de suas identidades.

assistncia, cuidando de forma emprica dos doentes e necessitados. A primeira iniciativa com relao ao estabelecimento da enfermagem profissional no Brasil foi Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras do Hospital Nacional de Alienados, no RJ. No RS, em 1950 inaugura a primeira Escola Superior - Escola de Enfermagem de Porto Alegre, anexa Faculdade de Medicina da UFRGS, e em 1968, torna-se autnoma. Na cidade de Caxias do Sul - RS, em 1957 foi inaugurada a Escola de Enfermagem Madre Justina Ins, que posteriormente originou a faculdade da UCS.

Edison Luiz Saturnino (UFRGS; FACOS) O CORPO LEITOR NA PINTURA ARTSTICA BRASILEIRA DO SCULO XIX Se evidente que a leitura tem uma histria, certo tambm que esta histria pode ser pensada a partir de diferentes posicionamentos e percursos tericometodolgicos. Uma das possibilidades tomar os textos e as materialidades dos suportes que os veiculam, procurando neles as pistas e os vestgios que possam indicar as maneiras como os sujeitos se relacionaram com o impresso em determinados contextos histricos. Escrevendo para um leitor presumido e idealizado, os autores procuram manter o controle sobre o texto, atravs de estratgias que tem por finalidade fixar sentidos nicos e interpretaes autorizadas, bem como indicar a maneira correta de ler e a postura corporal mais adequada para a decifrao do escrito. Nesta perspectiva, o historiador pode direcionar seu foco de ateno para os protocolos de leitura inscritos nos textos pelos seus criadores.

Eduardo Arriada; Lus Artur Borges; Gigliane Ferreira Segovia (UFPel) PRTICAS DE LEITURAS DOS ESTUDANTES BRASILEIROS NO SCULO XIX Este trabalho tem como objetivo analisar os textos escolares indicados nos programas de duas instituies escolares: o Imperial Colgio Pedro II da Corte; e o Liceu D. Afonso, depois denominada Ateneu Rio-Grandense, da Provncia de So Pedro do RGS. Do primeiro foram analisados os programas de 1856, 1862 e 1878; do segundo, os programas de 1851, 1859 e 1872. Tambm investigamos as leituras extra-escolares realizadas pelos estudantes no sculo XIX. A nossa preocupao restringe-se ao universo escolar secundarista. Para isso, o uso de memrias, dirios, cartas, catlogos de editoras, anncios na imprensa, etc., nos possibilitaram reconstituir, ainda que parcialmente, as prticas de leituras dessa poca.

Edlaine C. Rodrigues de Almeida; Luciane Sgarbi S. Grazziotin (UCS) EVOLUO HISTRICA E DESENVOLVIMENTO DA ENFERMAGEM Esta pesquisa descreve o surgimento e o desenvolvimento das prticas do cuidar e algumas instituies de ensino que surgiram para auxiliar na formao dos profissionais enfermeiros. Relata o cuidar instintivo como a primeira forma de

Elisabete Bloss; Valeska Alessandra De Lima (UFRGS) A MELHOR COISA DA MINHA VIDA! HISTRIA DE VIDA DE UMA PROFESSORA PRIMRIA Este artigo apresenta a trajetria de vida de uma professora primaria oriunda do interior do Estado do Rio Grande do Sul. A pesquisa identifica-se com o campo de pesquisas da Histria da Educao e vincula-se aos pressupostos tericos da histria cultural, corrente historiogrfica que pretende buscar alternativas histria de cunho tradicional. Assim, por meio da metodologia da histria oral, procurou-se analisar o processo de memria dessa professora, a partir dos discursos e dos contedos de verdade produzidos em entrevistas. Percebendo, que da insegurana inicial at a aposentadoria, a professora tem hoje, a convico de que ser professora foi a melhor coisa que aconteceu em sua vida.

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Elisabete Zardo Brigo; Francisco de Oliveira Filho; Diogo Franco Rios (UFRGS; UNIBAN; UFBA) O MOVIMENTO DA MATEMTICA MODERNA NO BRASIL: CONEXES ENTRE AS POLTICAS EDUCACIONAIS PBLICAS E A FORMAO DE PROFESSORES Nos ltimos anos, as investigaes sobre o movimento da matemtica moderna no Brasil tm dado lugar a uma vasta produo sobre diferentes dimenses do movimento, e com mbitos de estudo tambm variados regies, instituies, personagens. Apesar de poucos desses estudos se dedicarem s conexes entre o movimento e as polticas educacionais pblicas do perodo, possvel encontrar um amplo conjunto de referncias a essas conexes dispersas nos diversos trabalhos. Apresentamos neste texto um recorte dos resultados identificados, indicando o papel da formao de professores na articulao entre as polticas pblicas e o processo de modernizao da matemtica no pas.

Estela Denise Schtz Brito (UNISINOS) MEMRIAS DE TRABALHADORAS ESCOLARES NO DOCENTES: UM ESTUDO A PARTIR DA ESCOLA NORMAL EVANGLICA EM SO LEOPOLDO/RS (1952-1966) O presente trabalho traz tona memrias de senhoras que trabalharam durante o perodo de 1952 a 1966 em setores de limpeza e alimentao, na Escola Normal Evanglica (ENE), ento localizada na cidade de So Leopoldo/RS. A pesquisa coletou narrativas a partir da metodologia da histria oral, fundamentando-se em autores como Bosi, Stephanou, Bastos e Werle, entre outros. Verificou-se que estudos voltados para esta categoria de trabalhadores dentro das escolas pouco so enfocados quando se pesquisa histria de instituies escolares. Concluiu-se acerca da importncia do protagonismo de sujeitos no docentes no processo educativo dos estudantes.

Elisabete Zardo Brigo (UFRGS) MATEMTICA MODERNA NA UFRGS: PROFESSORES EM MOVIMENTO O trabalho analisa o engajamento de professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) no movimento da Matemtica Moderna. Est baseado na anlise de documentos e em entrevistas semi-estruturadas com professores que atuaram nas dcadas de 1960 e 1970. Nesse perodo, foram implementadas aes relacionadas formao de professores e experincias de inovao curricular. Na anlise das motivaes para esse engajamento, so destacados: o envolvimento de professores da Faculdade de Filosofia com o ensino secundrio; a defesa de valores presentes na cultura acadmica dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Matemtica.

Fabiana de Moraes; Sulen Teixeira da Silva (UFPel) O CURSO DE PEDAGOGIA DA FAE/UFPEL EM 30 ANOS DE HISTRIA: MEMRIAS DE COORDENADORES O objetivo da pesquisa destacar, atravs de memrias orais, a participao de um grupo de professores que atuaram como coordenadores do Curso de Pedagogia da Faculdade de Educao da UFPel, de 1978 a 2008. A metodologia empregada entrevistas partiu do desejo de dar voz a esses personagens atravs de suas peculiares lembranas. Os resultados indicam que cada um dos docentes teve uma participao importante e guarda dessa, uma lembrana bastante viva.

Elomar Tambara; Valdinei Marcola (UFPel) UMA TENTATIVA DE INSERO DA CAPITANIA DE SO PEDRO DO RIO GRANDE DO SUL NO SISTEMA COLONIAL DE ENSINO O PROJETO DE PAULO GAMA Este trabalha analisa a tentativa do governador Paulo Gama que pioneiramente, em 1803, apresentou ao Vice-rei um projeto de estruturao de um sistema de ensino pblico na Capitania de S. Pedro do Rio Grande do Sul. Estuda-se a vinculao entre o sistema produtivo em implantao na capitania o agropastoril e as dificuldades de implantao da rede de ensino pblica. Conclui-se pela compreenso da existncia de um vnculo entre as idias iluministas hegemnicas na corte portuguesa e esta tentativa mesmo que frustrada.

Flvia Obino Corra Werle (UNISINOS) ENSINO RURAL E A UTILIZAO DO RDIO NO RIO GRANDE DO SUL Este trabalho discute a importncia do rdio, no perodo de 1940 a 1960, como veculo de comunicao e difuso de propostas de modernizao do mundo rural e de difuso do ruralismo pedaggico. um estudo que revisa a histria da radiodifuso no pas, dialoga com a produo cientifica e utiliza fontes coletadas em projeto que a coordenadora vem desenvolvendo acerca das escolas de formao de professores para zonas rurais. O texto, com base em fontes documentais localizadas em arquivos escolares, entrevistas com ex-alunos e exprofessores, apresenta prticas das escolas normais rurais do Rio Grande do Sul que indicam as mltiplas formas de utilizao do rdio e de formao dos

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professores. Por fim discute-se um impresso do governo do estado, o Boletim de Educao Rural identificando dentre suas mensagens o destaque dado ao rdio.

Frankiele Oesterreich; Luciane Wilke Freitas Garbosa (UFSM) A INSERO DA DISCIPLINA DE MSICA NO CURSO DE PEDAGOGIA DA UFSM - 1984 O presente estudo investigou a insero da disciplina de msica no curso de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Maria, realizada em 1984, buscando compreender como se deu sua construo e os fatores que influenciaram sua implantao. A pesquisa insere-se no campo da histria das disciplinas escolares, fundamentando-se em Bittencourt (2003), Chervel (1990), Goodson (1995, 2008), e Santos (1990). Com enfoque qualitativo, o trabalho foi organizado a partir da histria oral (MEIHY, 2005), mediante depoimentos de professores e de documentos legais. A insero da disciplina de msica na Pedagogia/UFSM foi fruto do trabalho em equipe de professores com uma viso singular em relao s artes na formao do professor unidocente.

Helena de Araujo Neves (UFPel) A EDUCAO DEBATIDA NAS PGINAS DO JORNAL CORREIO MERCANTIL DA CIDADE DE PELOTAS-RS (1875-1880) O objetivo desta pesquisa foi investigar, por meio do peridico Correio Mercantil, da cidade de Pelotas-RS, quais eram as concepes ideolgicas de tal publicao, procurando identificar como esse discutia a temtica educao. Esta investigao, portanto, insere-se nos estudos que utilizam a imprensa para analisar aspectos da Histria da Educao. De modo exploratrio observou-se tambm como as relaes entre a educao; a poltica e a religio eram discutidas ou noticiadas. Dessa forma, foi possvel inferir que existia no perodo investigado um frtil terreno de disputas e de formao e consolidao de grupos de pertena em que a educao foi um tema muito debatido.

Giani Rabelo (UNESC) UMA FREIRA ENTRE AS FAMLIAS OPERRIAS MINEIRAS NO SUL DE SANTA CATARINA: VESTGIOS (AUTO)BIOGRFICOS DE UMA PEDAGOGIA MISSIONRIA (1950-1960) O presente artigo tem o intuito de contribuir para o debate acerca do uso da (auto) biografia como fonte para os estudos no campo da histria da educao. Trata-se da trajetria da Ir. Claudia, religiosa que atuou nos anos de 1950 e 1960 na Vila Operria Prspera, pertencente Companhia Siderrgica Nacional CSN, em Cricima. A principal fonte de pesquisa foi o livro intitulado a Semente de Luz em terra prspera: o bairro Prspera no tempo das freiras, produzido pelos filhos da Ir. Claudia, como se auto denominam. Nele a religiosa ocupa lugar de centralidade. O referencial terico-metodolgico est pautado em autores do campo da histria cultural, mais precisamente aqueles que discutem a historiografia da educao, memria e histria oral. Os indcios encontrados nos documentos problematizados apontam para uma multiplicidade de aes, articuladas s prticas catlicas desenvolvidas e/ou coordenadas pela religiosa, com insidiosa presena nos diferentes mbitos da vida social e familiar dos operrios mineiros.

Isabel Spies; Lcio Kreutz (UCS) TUNPOLIS, SC (1954-1974): UMA ANLISE DO PROCESSO ESCOLAR NO CONTEXTO DE MIGRAO ALEM O presente texto investiga o processo escolar realizado no municpio de Tunpolis, localizado no oeste catarinense, com predomnio de migrantes alemes provenientes do Rio Grande do Sul, no recorte temporal entre os anos de 1954 e 1974, perodo em que ocorreu o funcionamento exclusivo de 1 a 4 srie na escola. Analisando termos de visita de inspetores escolares e entrevistas com exprofessores e ex-alunos, moradores e lideranas da cidade no perodo em questo, os resultados apontam que o processo escolar auxiliou na prevalncia de prticas de pertencimento tnico imigrao alem, como tambm na construo de processos identitrios entre os seus habitantes.

Itamaragiba Chaves Xavier (UFPel) MORAL, RELIGIO E CIVILIDADE NO MANUAL ENCICLOPDICO PARA USO DAS ESCOLAS DE INSTRUO PRIMRIA DE EMILIO ACHILLES MONTEVERDE O presente artigo tem por objetivo analisar o discurso moral, religioso e civilizador presente no Manual enciclopdico para uso das escolas de instruo primria de Emilio Achiles Monteverde, tendo por fonte a sua stima edio de 1861. Os tericos que fundamentam esse estudo so: Choppin (2009), Corra (2005), Ferreira (2009), Tambara (2002) e Zuin (2005). notvel a inteno de disseminar a aceitao de uma sociedade hierarquizada, onde o inferior est sempre numa postura de submisso e o superior ao agir de forma afvel recebe do subordinado mais respeito, considerao e fidelidade.

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Jeane dos Santos Caldeira (UFPEL) ASILO DE RFS SO BENEDITO: O USO DE FOTOGRAFIAS PARA ANALISAR SUA HISTRIA O presente texto tem como principal objetivo abordar a utilizao de fotografias nas pesquisas em Histria da Educao como fonte de pesquisa e no apenas para ilustrarem textos. A principal fonte utilizada para este estudo foi o acervo de fotografias do Instituto So Benedito, no tempo que a instituio era asilo para rfs na cidade de Pelotas.

O curso de Belas Artes, um dos cinco primeiros cursos da Universidade de Caxias do Sul, foi criada pela lei municipal n 151 de 19 de maio de 1949. A partir de alguns elementos que possibilitam pesquisa, jornais e documentos, ser identificada a trajetria histrica dos primeiros anos do Curso de Artes a sua implicao para cidade e regio Compreender as redes de significados construdas ao longo dos anos de existncia do curso de artes no que se refere s relaes com a comunidade, como a criao da Escola por uma lei municipal, as transformaes curriculares, possveis especificidades de gnero e etnia,como foram as primeiras gestes, os alunos, os relatrios, bem como a criao da Universidade de Caxias do Sul.

Jos Edimar de Souza (UNISINOS) MEMRIAS DE UMA TRAJETRIA DOCENTE EM LOMBA GRANDE/RS: A HISTRIA DA PROFESSORA GERSY Este texto integra um projeto de pesquisa mais amplo, cujo objetivo consiste em coletar e analisar histrias de docentes que atuaram em classes multisseriadas no espao rural de Novo Hamburgo/RS. A pesquisa, de natureza qualitativa, traz fragmentos da trajetria da professora Maria Gersy Hher Thiesen (1942/1969). Utiliza a metodologia da histria oral, valendo-se de entrevistas semi-estruturadas e de fontes escritas, documentais e iconogrficas. Autores como Maurice Halbwachs e Eric Hobsbawm entre outros, auxiliam como ferramentas conceituais na construo das relaes e significados analticos. Atravs de seu depoimento percebe-se o significado da ao docente no contexto daquela comunidade.

Lisiane Sias Manke (UFPel) HISTRIA DA LEITURA: UMA COMUNIDADE DE LEITORAS RURAIS Este estudo parte de um projeto mais amplo que compreende estudos de doutoramento, relacionado investigao de prticas de leitura de indivduos vinculados zona rural. Neste artigo, ao abordar questes relacionadas histria da leitura enquanto prtica cultural prope-se analisar a apropriao da leitura e o acesso ao impresso por leitoras que moram no meio rural. Conforme sugere Chartier (1998), estas leitoras a partir das especificidades de suas prticas compe uma determinada "comunidade de leitores", assim denominadas como leitoras rurais. Atravs de entrevistas semi-estruturadas analisa-se a relao de quatro moradoras da zona rural, da regio sul do RS, com a leitura.

Josiane Alves da Silveira; Giana Lange do Amaral (UFPel) FACULDADE CATLICA DE FILOSOFIA DE RIO GRANDE: ESPAO CONQUISTADO PELAS MULHERES NA DCADA DE 1960 Este artigo apresenta um breve histrico sobre a Faculdade Catlica de Filosofia de Rio Grande, criada em 1960 e integrada a Universidade do Rio Grande em 1969. Salienta a baixa procura feminina nos cursos superiores da cidade at sua criao. Investiga a possibilidade dos novos cursos, voltados para a formao docente, terem propiciado o aumento da procura feminina. Objetiva analisar, atravs da documentao pesquisada, a influncia dessa Faculdade de Filosofia na formao de docentes do sexo feminino em Rio Grande. A partir de ento, constata a marcante presena de mulheres formadas nessa instituio, como um diferencial em relao s demais Faculdades criadas na cidade. Liliane Maria Viero Costa (UCS) A ESCOLA MUNICIPAL DE BELAS ARTES DE CAXIAS DO SUL: HISTRIAS E MEMRIAS (1949 A 1967)

Luciane Sgarbi S. Grazziotin (UCS) VIDA PRIVADA E OFCIO DE MESTRE: MEMRIAS DE ESCOLA E DOCNCIA 1913/1950 A pesquisa realizada no municpio de Bom Jesus entre os anos de 1913 a 1950, analisa as memria de nove sujeitos apontando algumas particularidades referentes a religio, polticas pblicas e profisso docente estabelecendo uma relao com o a vida privada dos professores, nessa regio e tempo estudado. O objetivo desse trabalho discutir historicamente um contexto de vida de professor, articulando alguns aspectos pessoais e particularidades regionais carreira do magistrio. Para isso se utiliza documentos orais utilizando da Histria Oral como metodologia.

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Manuela O. de Paula Borges (UNISINOS) UMA PROFESSORA DO FINAL DO SCULO XX EM NOVO HAMBURGO: APONTAMENTOS A PARTIR DA MEMRIA Este trabalho integra o projeto de pesquisa Histrias de professores/as em Novo Hamburgo e So Leopoldo (1930-2000): memrias e acervos, destacando fragmentos de memrias de uma professora primria do municpio de Novo Hamburgo. O objetivo principal da pesquisa a preservao da memria pedaggica, no somente para a escola onde os professores pesquisados atuaram, mas para todos interessados em histria da educao. O procedimento metodolgico adotado - histria oral - permite identificar situaes vividas por uma professora em torno dos anos 1980 e 1990. Trata-se de uma docente no graduada, porm que plantou sementes, servindo de exemplo a alunos e colegas. Que isto no se perca.

Correio do Povo no ano de 1964. O texto conclui com destaque para algumas constataes em torno da represso instalada na universidade e consideraes acerca do processo de pesquisa que lida com memria.

Marcelo Freitas Gil; Giana Lange do Amaral (UFPel) AS RELAES DO ESPIRITISMO COM A EDUCAO EM PELOTAS: UMA ANLISE PRELIMINAR O presente trabalho faz uma anlise preliminar das relaes do espiritismo com o campo educacional pelotense. Com base em fontes escritas e orais pretende-se compreender o sentido que dado categoria educao pelos espritas, buscando entender a influncia dessa concepo no campo educacional de Pelotas, desde o momento em que a doutrina esprita se firmou na cidade, no incio do sculo XX, at os dias atuais. Para tanto, e com base na viso esprita sobre educao, adotou-se uma diviso desse campo educacional em duas reas distintas: educao formal e educao informal. A primeira abarca as duas escolas espritas existentes na cidade, enquanto que a segunda diz respeito ao modelo educacional desenvolvido pelos espritas em seus centros, modelo esse que em Pelotas teve incio com a fundao da Sociedade Unio e Instruo Esprita em 1901.

Maria Cristina dos Santos Louzada; Giana Lange do Amaral (UFPel) MEMRIAS DA ATUAO DE UMA ALFABETIZADORA DO COLGIO SO JOS EM PELOTAS/RS NAS DCADAS DE 1940 A 1980: PRIMEIRAS APROXIMAES O presente trabalho trata-se de uma pesquisa histrica de caractersticas biogrficas, que procura descrever a atuao da alfabetizadora Irm Lusa Maria durante o tempo em que atuou no Colgio So Jos em Pelotas/RS. Busco resgatar suas memrias atravs de entrevistas e documentos que descrevem o seu mtodo e a forma como desenvolvia suas aulas, desde o perodo preparatrio da alfabetizao at a aquisio da leitura e da escrita por parte dos alunos, levando em considerao, ainda, o contexto social e cultural em que se desenvolveram as relaes entre professora e os alunos, relacionando-o ao seu fazer docente.

Marcos Fontana Cerutti (UNISINOS) ACADMICOS DA UFRGS E COMISSO ESPECIAL DE INVESTIGAO SUMRIA (1964) A Comisso Especial de Identificao Sumria (CEIS), instalada na UFRGS logo aps o Golpe Militar/64, tinha como objetivo investigar os atos subversivos de professores, funcionrios e estudantes dentro da instituio. A presente pesquisa buscou saber como tal acontecimento repercutiu na trajetria de vida de alguns estudantes envolvidos naquele contexto. Para tal utilizou a metodologia da histria oral, por meio de cinco entrevistas, e a anlise documental (atas, transcries de depoimentos, fichas de informaes, ofcios) e matrias do jornal

Maria Helena Camara Bastos; Tatiane de Freitas Ermel (PUCRS) INFNCIAS ESCRITAS: O JORNAL A VOZ DA ESCOLA (1936-1938) O presente estudo analisa os escritos dos alunos do ensino primrio do Colgio Elementar Souza Lobo (Porto Alegre/RS), publicados no jornal A Voz da Escola (1936-1938), como prtica de formao pessoal, cvica e religiosa, de aprendizagem da moral e/ou da civilidade. Busca analisar os discursos veiculados, que expressam prticas curriculares do cotidiano escolar e suas influncias nos modos como os autores alunos pensavam, agiam e se expressavam nos espaos de construo de suas identidades. Entre as instituies complementares escola, estimuladas pelos protagonistas da escola nova, desde as primeiras dcadas do sculo XX, destaca-se o jornal escolar, elaborado pelos alunos como atividade de sala de aula ou extra-classe. Os impressos de estudantes, em diferentes nveis de ensino, so documentos importantes para analisar a cultura escolar.

Maria Stephanou (UFRGS) LEITURAS E ESCRITURAS ORDINRIAS NA VIDA DOMSTICA: MLTIPLOS USOS DA ESCRITA PESSOAL NO PASSADO H alguns anos, mais precisamente em 1998, Martyn Lyons chamava a ateno dos historiadores quanto ao fato de que a histria da escrita h bastante tempo vinha sendo negligenciada (Lyons, 1999, p.59). Para o autor, as prticas de escrita

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efetivadas na vida cotidiana podem oferecer uma viso mais completa das prticas culturais do passado, notadamente no caso das escritas que tiveram lugar no espao domstico, ou privado se preferimos tal caracterizao, e que integram as complexas relaes familiares, possibilitam identificar os mltiplos usos da escrita pessoal no passado. No mbito da histria da cultura escrita, as escrituras ordinrias ou pessoais vm mobilizando diferentes pesquisadores, circunscrevendo corpus empricos distintos, bem como elegendo teorias e estratgias analticas variadas que tm promovido um reconhecimento de prticas da escrita at ento relegadas invisibilidade. O estudo aqui apresentado, dedica ateno especial a um artefato cultural que, juntamente a outras prticas escritursticas, como as cartas, os dirios ntimos, os cadernos de receitas ou as anotaes junto ao calendrio de parede, por exemplo, indiciam a cultura escrita de um tempo: trata-se dos lbuns de beb. Acompanha a circulao de diferentes lbuns, as leituras propiciadas por estes e as escritas a registradas em exemplares dos anos 1920 a 1970, particularmente no Brasil.

realizar uma anlise crtica sobre a redao final do texto das Diretrizes Curriculares Nacionais para Curso de Pedagogia (legitimadas na Resoluo CNE/CP N 1, de 15 de maio de 2006), alm de utilizar como fontes analticas, os estudos e fontes referentes a formao de pedagogo.

Maristela da Rosa; Rmulo Ferreira Corra; Norberto Dallabrida (UDESC) A APROPRIAO DA LEI ORGNICA DO ENSINO COMERCIAL PELA ACADEMIA DE COMRCIO DE SANTA CATARINA (1943-1961) Este estudo pretende compreender a cultura escolar da Academia de Comrcio de Santa Catarina no perodo de 1943 a 1961, sobretudo acerca do curso tcnico em contabilidade. Era uma instituio para fins educativos e intuitos no econmicos, a qual tinha por objetivo ministrar o ensino tcnico e formar profissionais habilitados para o exerccio de atividades aplicadas ao comrcio. Pautada na Lei Orgnica do Ensino Comercial (1943), esta insituio oferecia uma educao profissionalizante a ambos os gneros, geralmente oriundos das camadas empobrecidas dispostas a ingressar no mercado de trabalho.

Maria Teresa Santos Cunha (UDESC) UM PATRIMNIO DOCUMENTAL: LIVROS NO MUSEU DA ESCOLA CATARINENSE/ SCULO XX O Museu da Escola Catarinense, mantido pela Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC, desde 1992, integra em Florianpolis (SC), as aes de recolha e preservao do patrimnio escolar em Santa Catarina. Em suas dependncias, livros escolares oriundos de doaes contabilizaram, at 2006, 277 exemplares. Este trabalho objetiva mostrar esse acervo e identificar os caminhos dos leitores aqui chamado como biblioteca anotada - pelos livros perceptveis atravs de anotaes variadas (dedicatrias, marginlias, objetos-relquia,marcas do tempo e de uso) e que abrem possibilidades para futuras pesquisas na rea de acervos/ patrimnio cultural escolar em interface com a histria da leitura e dos livros.

Milena Arago; Lcio Kreutz (UCS) CONSTITUINDO-SE PROFESSORA DE EDUCAAO INFANTIL: DO VOLUNTARIADO PROFISSIONALIZAO O presente texto objetiva investigar o perfil das educadoras atuantes numa instituio de Educao Infantil inaugurada na dcada de 1960 em Caxias do Sul/RS, estendendo a pesquisa at a dcada de 2000, a fim de acompanhar as mudanas e constncias, tanto na formao, quanto nas representaes sobre a funo docente, face s diretrizes da LDB 9394/96. Neste sentido, buscamos em atas de reunies, fichas de contratao profissional, textos de apoio pedaggico entre outros documentos, pistas que nos permitissem alcanar o objetivo proposto. Como discusso, problematizamos a questo da formao docente, enfatizando sua importncia para a qualificao deste nvel de ensino.

Mariana dos Reis Santos (UFRJ) O CONTEXTO SCIO-HISTRICO DO CURSO DE PEDAGOGIA NO BRASIL O presente estudo se caracteriza pela retomada do contexto histrico do curso de Pedagogia no Brasil at a relao entre o processo de formulao das Diretrizes Curriculares Nacionais do curso. A partir dos debates e polmicas produzidos nas Faculdades de Educao brasileira sobre processo de formulao das Diretrizes Curriculares Nacionais de Pedagogia, sua concepo de Pedagogo e ambigidades presentes no documento, esse texto de caracterizao histrica se prope a

Mirian Fhr (UNISINOS) ELVIRA E LENIRA BRANDI GRIN: DUAS PROFESSORAS, DUAS GERAES FAZENDO PARTE DA HISTRIA DA EDUCAO DE NOVO HAMBURGO/RS Este trabalho integra o projeto de pesquisa Histrias de Professores/as de Novo Hamburgo e So Leopoldo (1930-2000), cujo objetivo principal consiste em reunir histrias de professores/as que tiveram suas trajetrias docentes vividas nesses

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dois importantes municpios do Vale do Rio dos Sinos/RS, entre os anos 1930 e 2000. Neste texto, compartilham-se algumas informaes relevantes sobre a trajetria docente de duas professoras, me e filha, que exerceram a docncia da regio em pocas distintas. Atravs da histria oral, de documentos escritos e iconogrficos, o conjunto de dados permite identificar algumas caractersticas que envolviam o exerccio da docncia naquele contexto.

Moiss Waismann (UNISINOS) O CONTEXTO EDUCACIONAL DOS ANOS 1980 E AS AVALIAES EM LARGA ESCALA MODISMO, TENDNCIA IDEOLGICA OU NECESSIDADE? O crescimento industrial que ocorreu a partir do incio do governo JK influenciou aparecimento de novas exigncias educacionais. A nova situao, tanto poltica, como econmica, modificou profundamente o quadro das aspiraes sociais, educacionais e as prprias aes do Estado. O objetivo deste estudo buscar compreender alguns aspectos do contexto histrico, sob ponto de vista politico e econmico, que marca o incio do ensino superior no municpio de Caxias do Sul, e abrir caminhos para compreender os movimentos de retrao na procura pelo ensino de economia no Brasil.

Patrcia Machado Vieira (UFRGS) DISCURSOS SOBRE ESCRITA CALIGRFICA EM MANUAIS DE FORMAO DE PROFESSORES (1930-1960) O estudo pretende examinar e descrever justificativas e argumentos acerca da importncia do ensino da Caligrafia presentes em alguns manuais de formao de professores da escola primria, escritos entre 1930 e 1960, e em circulao no Brasil. O estudo procura entender as idias que defendem a utilizao dessa prtica de ensino da escrita na escola primria, acompanhando as persistncias e mudanas discursivas no perodo examinado; contribuindo para os estudos que se voltam compreenso dos modos de realizao da cultura escolar no contexto brasileiro.

Nei Carlos de Moura (UFPEL) EXTENSO, PESQUISA E ENSINO: TRILOGIA, PRESENTE NA HISTRIA DE VIDA DO PROFESSOR NNIO AMARAL Este Texto um recorte de meu projeto de dissertao, tem sua gnese bsica na investigao da histria de vida do prof. nnio Amaral, e de vrias circunstncias e questes que procuro responder, sendo basilar para esta pesquisa, sua trajetria profissional. Tais questes esto inseridas na problemtica de como um professor de educao profissional de nvel mdio engendrou ensino, pesquisa e extenso, em uma poca em que as bases para essa modalidade de ensino se referendavam no tecnicismo. Essa indissociabilidade do ensino, pesquisa e extenso, foi estabelecida constitucionalmente em 1988 e referendada na Lei de Diretrizes e Base da Educao Nacional LDB, Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, mas h estudos que demonstram essa preocupao em perodos anteriores. Desenvolvi esse trabalho, como um estudo de caso, com uma metodologia de cunho qualitativo com pressupostos terico-metodolgico de Histrias de Vida, onde procurei atravs de narrativas, anlise documental, dentre outros, explicitar e dar visibilidade ao protagonismo desse professor.

Patrcia Rodrigues Augusto Carra; Silvana Schuler Pineda (Colgio Militar de Porto Alegre) ALZIRA FREITAS TACQUES: UM ANJO NO ESPELHO A pesquisa aborda a trajetria da escritora Alzira Freitas Tacques, dando nfase ao perodo compreendido entre 1927 e 1937. Durante essa fase, a autora, ento aluna do Colgio Bom Conselho (Porto Alegre, Rio Grande do Sul), publicava textos em uma revista literria produzida pelos alunos do Colgio Militar de Porto Alegre denominada Hyloea. Sua atuao como escritora ampliou-se atravs dos anos: publicou diversas obras, dentre elas a antologia Perfis de Musas, Poetas e Prosadores Brasileiros, amplamente utilizada por escolas brasileiras durante as dcadas de 1956 a 1970. Foi, tambm, uma das fundadoras da Academia Literria Feminina do Rio Grande do Sul em 1943. Sua trajetria como colaboradora na revista Hyloea repleta de significados para a Histria da Educao: demonstra, por exemplo, o intercmbio entre escolas de meninos e meninas; sinaliza para quais critrios eram utilizados para uma publicao feminina ser aceita em uma revista de uma escola masculina. Atravs dos escritos de Alzira Freitas Tacques, na Hyloea, possvel perceber o perodo em que a mulher, tendo um acesso maior escolarizao e, tentando conquistar seu espao na esfera pblica, tentava, tambm, ampliar seu espao na produo cultural no Rio Grande do Sul.

Patrcia Silveira Zaneti; Eduardo Arriada; Jos Lino Hack (UFPel) VER, JULGAR E AGIR: UMA PROPOSTA DE EDUCAO? O presente artigo tem por objetivo analisar o mtodo ver-julgar- agir. O mtodo ver-julgar-agir foi desenvolvido pelo Padre Cardjin a partir de uma experincia que realizou junto a jovens operrios de Bruxelas. exatamente a partir das

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transformaes ocorridas no mundo contemporneo que a Igreja ento se v obrigada a adaptar-se aos novos tempos. Ver era identificar propsitos temporais e eternos. Julgar envolvia a anlise das causas histricas e estruturais. Agir significava comprometer-se com Deus. No Brasil, ver evoluiu para a interpretao crtica das realidades econmicas, polticas e religiosas; Agir passou a significar converter os operrios para que beneficiassem a prpria classe; e Julgar passou a incluir uma ampla gama de atividades.

(CERTEAU, 2007) como perspectiva terico-metodolgica. Constatamos que tal peridico no criou o modelo ideal de mulher, posto que, atribumos a articulao e assuno de algumas destas representaes conformao de alguns elementos-chave no alvorecer do sculo passado, numa sociedade que ansiava por uma formao feminina nos moldes do recato, da f e da subservincia.

Patrcia Weiduschadt (UNISINOS) PRTICAS E MODOS DE LEITURA NA REVISTA O PEQUENO LUTERANO O presente artigo pretende refletir categorias conceituais, envolvendo a histria da leitura sob a perspectiva da Histria Cultural em especial a partir dos estudos de Roger Chartier. Pretende-se entender como modo e prticas de leitura esto imbricados no contexto da anlise historiogrfica, tendo como material de anlise um impresso, a revista O Pequeno Luterano. Discutiremos nesta anlise conceitual as prticas e os modos de leitura, a apropriao pelos leitores, a produo, circulao e controle na constituio da leitura.

Priscila de Souza de Aguiar; Cristina Maria Rosa (UFPel) O CURSO DE PEDAGOGIA DA FAE/UFPEL ATRAVS DOS CURRCULOS DE 1979 E 1985 O presente trabalho tem como proposio central conhecer, descrever e analisar a histria do Curso de Pedagogia da Faculdade de Educao da Universidade Federal de Pelotas desde sua criao (1978) at o ano de 2008, quando completou 30 anos. Parte-se do pressuposto que pesquisar um processo que tem por finalidade buscar indcios de um fenmeno at ento desconhecido e/ou pouco explorado, a proposta foi apresentada e vem sendo desenvolvida pelo Programa de Educao Tutorial - PET/Educao. Rita de Cssia Grecco dos Santos; Letcia Schneider Ferrari (UFPel) COMO SER MULHER NO ALVORECER DO SCULO XX EM PELOTAS: A VEICULAO DE REPRESENTAES SOCIAIS DE GNERO NO PERIDICO DIARIO POPULAR (19091920) O texto apresenta as principais representaes sociais (HALL, 1997) sobre como ser mulher nas primeiras dcadas do sculo XX, em Pelotas, veiculadas no Diario Popular. Alm da reviso bibliogrfica, recorremos coleta, anlise e interpretao dos dados obtidos no referido peridico, assumindo a Historiografia

Roseli Maria Bergozza; Terciane ngela Luchese (UCS) As representaes do discurso escolanovista e do Mtodo Intuitivo na Escola Complementar de Caxias (1930-1939) O texto tem como objetivo apresentar elementos do discurso escolanovista e referncias ao Mtodo Intuitivo nas prescries e falas, dos sujeitos envolvidos direta ou indiretamente, no processo escolar da primeira instituio pblica para formao de professores na cidade de Caxias do Sul. Tendo como referncia terica a Histria Cultural, a anlise foi produzida a partir dos jornais escolares e da documentao produzida pela Escola. A instalao da Escola Complementar em Caxias acontece em 1930, sendo resultado de vrios fatores, especialmente pela mobilizao da Intendncia e do Conselho Municipal, que buscaram junto ao governo estadual, dar a ver as vantagens que ela acarretaria para instruo regional, j que os movimentos em prol da escolarizao e alfabetizao acentuaram-se aps a da Proclamao da Republica, sobretudo a partir da dcada de 1920.

Roselusia Teresa Pereira de Morais (UFPEL) A CRIAO FICCIONAL DA PERSONAGEM CLARISSA: REPRESENTAES EM ROMANCES DE ERICO VERISSIMO Este trabalho apresenta a possibilidade de identificar representaes a partir da criao ficcional da personagem Clarissa, em romances produzidos pelo escritor Erico Verissimo (1905 - 1975). Os fundamentos terico-metodolgicos desta investigao consistem em um conjunto de conceitos do campo da Educao, Literatura e Histria da Educao. Para a realizao desta investigao foi utilizada como categoria de anlise, principalmente, o conceito de representao de Roger Chartier (2009). Nesta perspectiva, o escritor aquele que, atento ao mundo em que vive, transporta para o universo ficcional uma forma especfica e particular de ver e dizer esse mundo.

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Rosiley Teixeira (UNINOVE) Abrir escolas e fechar Cadeias: a construo de um modelo administrativo para a ptria paulista (1890- 1930) Em So Paulo, no incio da Repblica, havia uma preocupao, sobretudo, com a garantia da ordem, da liberdade e do progresso. Somente com base nesses conceitos, seria possvel chegar reorganizao do Estado. O objetivo deste texto mostrar os contornos dados administrao do estado paulista, a partir da criao de toda uma estrutura poltica, administrativa e funcional que pudesse organizar a populao. Havia a inteno de viabilizar o complexo modo de produo em vigncia, bem como os meios utilizados. Para tanto, os meios so entendidos aqui como os velhos e novos elementos humanos incorporados nova estrutura poltico-administrativa, isto , os funcionrios pblicos, dentre eles o professor. Visa tambm por meio das leis oramentrias do perodo estabelecer um comparativo entre os gastos previstos com a Instruo pblica e a Fora pblica,com o intuito de se verificar a viabilizao do discurso preconizada - abrir escolas para fechar cadeias.

tambm se estabelece um processo de organizao destes, que se intensifica na dcada de 1930. Diante disso, este artigo, parte de uma pesquisa de doutoramento, procura analisar os servios prestados pela Associao Sul RioGrandense de Professores (ASRP), desde sua fundao, em 1929, at a dcada de 60; estes servios eram caractersticos das associaes mutuais, ou seja, tipifica-se aqui a ASRP como associao docente de ajuda mtua, que muito contribuiu para a profissionalizao docente em Pelotas e regio.

Rosimar Serena Siqueira Esquinsani (UPF) O CONTEXTO EDUCACIONAL DOS ANOS 1980 E AS AVALIAES EM LARGA ESCALA MODISMO, TENDNCIA IDEOLGICA OU NECESSIDADE? No contexto dos anos 1980 surgem, no Brasil, os primeiros ensaios da avaliao de sistema educacional, atualmente conhecida como avaliao em larga escala. A partir deste esteio, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa sobre uma reviso bibliogrfica temtica, visando descortinar o papel dos anos 1980 no surgimento e consolidao do estado avaliador atravs das avaliaes em larga escala, tangenciando trs argumentos: as avaliaes em larga escala seguiram a lgica dos modismos que rechearam o cenrio educacional, esgotado pelos longos anos de educao tradicional e em contraposio ao perfil tecnicista dos anos 1970; as avaliaes materializaram, no campo das polticas educacionais, uma tendncia ideolgica, no bojo da instalao e fortalecimento do neoliberalismo; ou, tratou-se de uma necessidade, sobretudo diante da realidade educacional apresentada.

Valesca Brasil Costa (UNISINOS) A PRESENA FEMININA NO ESPAO JURDICO: RESGATE DA MEMRIA DA ALUNAS PIONEIRAS DA FACULDADE DE DIREITO DE PELOTAS-RS Este trabalho tem por objetivo abordar a respeito da presena feminina no espao jurdico, centrando nas alunas pioneiras do curso da Faculdade de Direito de Pelotas. Quanto a questo metodolgica, conta dizer que a primeira fase da pesquisa constitui a reviso bibliogrfica. A segunda fase teve como local a Biblioteca Pblica Pelotense e a Faculdade de Direito de Pelotas onde se trabalhou com arquivos, jornais, livros, degravao de fitas cassete, e registros. Quando chegado este momento da pesquisa em que temos os resultados finais observamos o importante valor que a educao tem para mulheres e a incluso social feminina em especial no espao jurdico tido como tipicamente masculino.

Vania Grim Thies (UFPel) DIRIOS DE UM AGRICULTOR: UM PATRIMNIO DO ESCRITO O presente trabalho parte integrante da pesquisa de doutorado em andamento e tem como objetivo refletir sobre os cadernos dirios de um agricultor apresentando-os como um patrimnio do escrito realizado fora do ambiente escolar. Trata-se dos cadernos dirios de Aldo Schmidt (62 anos), que foram escritos no perodo que compreende os anos de 1972 at os dias atuais. O referencial terico est apoiado em Hbrard (2000, 2001), Mignot (2008), Frago (1999), Fabre (1993) entre outros. O trabalho procura trazer contribuies para a Histria da Educao problematizando os dirios em uma perspectiva social e cultural.

Sergio Ricardo Pereira Cardoso (UFPel) OS SERVIOS DE AJUDA MTUA DA ASSOCIAO SUL RIO-GRANDENSE DE PROFESSORES As associaes de ajuda mtua frequentemente estiveram presentes na histria da organizao dos trabalhadores. Com os professores no seria diferente; afinal,

Vivian Anghinoni Cardoso Corra (UFPel) AS PRTICAS DE LEITURA E ESCRITA NA SEO INFANTIL ERICO VERISSIMO DA BIBLIOTHECA PBLICA PELOTENSE:

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BREVE ANLISE DAS FICHAS DE LEITURA PREENCHIDAS PELOS FREQUENTADORES (1946-1958) Esse artigo, resultante do projeto de pesquisa sobre a Seo Infantil Erico Verissimo da Bibliotheca Pblica Pelotense, tem por objetivo fazer uma anlise das teorias sobre a leitura de crianas em idade escolar na primeira metade do sculo XX e sua aplicao, entre os anos de 1946-1958, nas atividades realizadas na Seo Infantil. Como exemplo dessas prticas, faz-se uma anlise do preenchimento das fichas de leitura pelos frequentadores da Bibliotheca.

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