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18-05-2017
Revista de Imprensa
1. Ministro da Saúde apresenta em Sernancelhe projecto «Aldeias Humanitar», Gazeta Rural, 15-05-2017 1
2. Vila Verde Centro de Saúde do Vade remodelado num investimento de mais de 200 mil euros, Correio doMinho, 18-05-2017
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3. Estudo avalia radão e lança pistas para a prevenção, Jornal de Notícias, 18-05-2017 3
4. Porto cria novos alimentos para travar doenças, Diário de Notícias, 18-05-2017 4
5. População mais alerta contra melanoma mas falta passar da teoria à prática, Diário do Minho, 18-05-2017 5
6. Diagnóstico ao cancro da pele, Correio da Manhã - Correio da Manhã Norte, 17-05-2017 6
7. Porto - Prevenção, Jornal de Notícias, 18-05-2017 7
8. Dor em discussão no Hospital de Braga, Diário do Minho, 18-05-2017 8
9. Surdos já podem fazer chamadas vídeo para serviços das 17 câmaras do Porto, Jornal de Notícias, 18-05-2017
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10. Nutrição no pré-escolar reduz obesidade infantil, Jornal de Notícias, 18-05-2017 11
11. Obesidade, i, 18-05-2017 12
12. O Estado obeso, Jornal de Notícias, 18-05-2017 13
13. Não há resposta para todas as situações sociais, Destak, 18-05-2017 14
14. 29 com sarampo, Correio da Manhã, 18-05-2017 15
15. ADSE aperta cerco a privados . Doentes crónicos obrigados a pagar medicação, i, 18-05-2017 16
16. Portugal iguala média europeia nos suicídios, Destak, 18-05-2017 18
17. Já é possível produzir células que dão origem ao sangue, Diário de Notícias, 18-05-2017 20
18. repercussões na fisiologia e traduz-se em ganhos de saúde, desde a diminuição das proteínasinflamatórias no sangue até ao fortalecimento do sistema imunitário- Entrevista a James R. Doty, Visão, 18-05-2017
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19. Como é ser mãe e ter autismo, Sábado, 18-05-2017 24
20. Hackers atacaram o instituto que gere o sistema informático dos tribunais, Público, 18-05-2017 26
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Tiragem: 2000
País: Portugal
Period.: Quinzenal
Âmbito: Outros Assuntos
Pág: 34
Cores: Cor
Área: 18,15 x 21,31 cm²
Corte: 1 de 1ID: 69559962 15-05-2017
O Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, vai abrir ofi-
cialmente, no dia 19 de Maio, a Expo Desporto e Saúde, em Sernancelhe. Quatro anos depois de ter sido criado, o evento assume um cariz cada vez mais pedagógico, nomeadamente no campo da saúde, contando nesta edição com a apresentação do projecto “Aldeias Hu-manitar”, um Encontro da Saúde e do Social - Douro e Beiras, e ainda um en-contro intergeracional das instituições sociais de toda a região.
Ao longo de três dias, o Expo Salão disponibilizará um programa pleno de iniciativas desportivas, promovendo de igual forma o contacto com a natureza, as paisagens e o património concelhio.
No contexto da Expo Desporto e Saú-de, no dia 19 de Maio vai ser conhecido o programa “Aldeias Humanitar”, que visa apoiar a população, em especial a mais idosa, através de programas inovadores no campo da saúde e do social, que ga-rantam qualidade de vida aos cidadãos, num quadro de proximidade e acompa-nhamento contínuo, em particular a to-dos os utentes que careçam da presta-ção de serviços paliativos ao domicílio.
Ao dispor de todos os utentes dos concelhos de Sernancelhe e Penedono passarão a estar equipas especializadas na prestação de cuidados continuados, num exemplo claro da união de esfor-ços e do aproveitamento dos recursos técnicos e humanos, logrando envolver ainda a Unidade de Cuidados Conti-nuados de Sernancelhe, as unidades de saúde, nove misericórdias do Douro Sul e as diversas instituições sócias.
O projecto chama-se “Aldeias Huma-nitar”, que beneficiará os concelhos de Sernancelhe e Penedono e a Rede So-cial de Saúde, tendo como instituição âncora a Santa Casa da Misericórdia de Sernancelhe, mereceu com o alto pa-trocínio da Presidência da República e da Fundação EDP. A apresentação ofi-cial será durante a tarde de 19 de Maio,
Expo Desporto e Saúde decorre de 19 a 21 de Maio
Ministro da Saúde apresenta em Sernancelhe projecto “Aldeias Humanitar”
pelo Ministro da Saúde, estando ainda presentes o presidente da ARS Norte, o presidente da Rede Nacional de Cui-dados Continuados e o assessor para a Área da Saúde da Presidência da Repú-blica.
Imediatamente a seguir, e ainda no espaço do Expo Salão, profissionais da área da saúde e do social de toda a região Norte participarão no Encontro Científico Regional da Saúde e do So-cial, cujo painel contará com a presen-ça e intervenção do Ministro Adalberto Campos Fernandes.
Em simultâneo iniciarão as activida-des da Expo Desporto e Saúde, nomea-damente os 14 ateliers temáticos, repre-sentando outras tantas instituições do Concelho e da Região.
Até ao dia 21 de Maio, o Expo Salão transformar-se-á num mega pavilhão gimnodesportivo, onde será possível
praticar boccia, Pilares, total workout, torneios de futsal, ténis de mesa, bas-quetebol, sueca, matraquilhos, jogo da malha, levantamento de peso, jump training, kickboxing, cycling, danças de salão e latinas, zumba, kizomba, karaté shukokai, ballet, cross training, culturis-mo, ginástica rítimica, entre outros.
Destaque ainda para a Mega aula de Zumba “white party”, no dia 20, pelas 19 horas, que promete juntar centenas de praticantes, e que contará com a presença em palco de oito treinadores. Referência ainda para a aula de hidrogi-nástica, na Piscina Municipal, na manhã de 20 de Maio, o jogo de futebol de ve-teranos entre o Sernancelhe e o Bustelo, no Estádio da Pedreira, e ainda a Cami-nhada de Macieira, denominada “Pelos Trilhos da Zebreira”, cujo percurso tem a particularidade de decorrer em monta-nha, a cerca de 950 metros de altitude.
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Tiragem: 8000
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
Pág: 18
Cores: Cor
Área: 9,95 x 6,82 cm²
Corte: 1 de 1ID: 69576938 18-05-2017
Vila VerdeCentro de Saúde do Vade remodelado num investimento de mais de 200 mil eurosO Centro de Saúde do Vade, em Vila Verde, vai ser alvo de uma “profunda remo-delação”, num investimento superior a 200 mil euros que visa a melhoria dascondições de funcionamento e de conforto, informou o município.Em nota publicada na sua página na internet, o município acrescenta que a em-preitada vai ser lançada a concurso público no final desta semana e inclui aindao arranjo urbanístico da zona envolvente ao edifício.Segundo o município vilaverdense, esta intervenção resolverá igualmente asquestões de mobilidade e de acessibilidade ao imóvel, cumprindo o preceitua-do na lei.
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Tiragem: 72675
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 52
Cores: Cor
Área: 5,34 x 13,06 cm²
Corte: 1 de 1ID: 69574496 18-05-2017
Estudo avalia radão e lança pistas para a prevenção
TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Um estudo que avaliou o risco de exposição ao gás radão em Trás--os-Montes e Alto Douro revelou existirem maiores concentrações em zonas graníticas e edifícios mais recentes e recomendou me-didas preventivas simples como a ventilação natural das casas.
A investigadora da Universida-de de Trás-os-Montes e Alto Dou-ro, Lisa Maria Martins, afirma que "se o radão' está presente em ro-chas, solos e habitações, não po-demos fugir, mas aprender a con-viver com ele, tomando medidas para reduzir o impacto junto das populações". Foi verificado que "as concentrações de radão mais elevadas se encontram na envol-vência de falhas geológicas e car-reamentos e em áreas de substra-to granítico de Vila Real, Alijó, Vila Pouca de Aguiar e Chaves.*
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Tiragem: 24614
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 14
Cores: Cor
Área: 11,04 x 29,69 cm²
Corte: 1 de 1ID: 69574117 18-05-2017
Catarina Vila Real (segunda à esq.) desenvolveu trabalho no Quénia
Porto cria novos alimentos para travar doenças
Alimentação. Investigação portuguesa pode combater problemas de coração e diabetes
FILOMENA NAVES
Investigadores portugueses estão a desenvolver novos alimentos mais ricos em fibra e capazes de preve-nir doenças crónicas, como as car-diovasculares ou a diabetes, a par-tir de sorgo e milho painço, dois ce-reais de utilização comum em África. Bebidas para substituir, por exemplo, o iogurte ao pequeno-al-moço e massas frescas são a apos-ta do grupo de investigação, que é coordenado por Elisabete Pinto no Centro de Biotecnologia e Quími-ca Fina da Universidade Católica, no Porto, e que até final do ano conta ter prontos "três, ou mais" desses novos alimentos chamados funcionais.
O trabalho está a ser desenvolvi-do no âmbito de um projeto euro-peu liderado por investigadores finlandeses e envolve também duas equipas em África, no Quénia e no Burkina Faso, já que um dos objetivos era caracterizar a inges-tão nutricional das populações da-queles dois países — algo que não estava feito —, além de transferir para aqueles países o conhecimen-to sobre os novos alimentos e os seus processos de produção.
"Além de estes dois cereais se-rem de uso generalizado em África, não contêm glúten, o que é uma grande vantagem para quem tem intolerância" a esta proteína, expli-cou ao DN Elisabete Pinto. Os dois cereais e os novos alimentos deles
derivados "podem assim ser uma alternativa alimentar para estas pessoas", sublinha a investigadora.
A equipa de investigação da Fin-lândia, que lidera o projeto, está a desenvolver pães e os respetivos processos de produção com base nos dois cereais, e ao grupo portu-guês, que criou também e aplicou no terreno os instrumentos de aná-lise de ingestão nutricional das po-pulações locais, coube estudar os processos de fermentação dos dois cereais para desenvolver as bebi-das e as massas frescas.
"Uma das nossas investigadoras, a Catarina Vila Real, que está a fazer o doutoramento, esteve três meses no Quénia a fazer esse trabalho para caracterizar a ingestão nutri-cional da população e vai em breve para o Burldna Faso fazer a mesma coisa", adianta a coordenadora do grupo da Universidade Católica.
Esses instrumentos de análise "vão ficar para esses países, para que possam continuar a usá-los", explica ainda a investigadora, e o mesmo acontecerá com os resulta-dos finais do projeto: o conheci-mento sobre os novos alimentos e os seus processos de produção.
No Quénia já se fez., aliás, a trans-ferência de conhecimento para os pães desenvolvidos pelo grupo de investigação finlandês, junto de empresas de panificação locais. Com os processos de fermentação desenvolvidos no Porto, que estão em testes finais agora, vai aconte-cer a mesma coisa.
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Tiragem: 8500
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
Pág: 8
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Área: 21,84 x 25,15 cm²
Corte: 1 de 1ID: 69575508 18-05-2017
Carla Esteves
Os portugueses, em particular os bra-carenses, estão cada vez mais informa-
dos acerca dos sinais de alerta do cancro da pele, mas falta passar da teoria à prática, aplicando efe-tivamente todas as reco-mendações dadas pelos especialistas. A conclu-são foi ontem avançada pela diretora do Serviço de Dermatologia do Hos-pital de Braga, Celeste Brito, à margem de mais uma ação de sensibiliza-ção para o cancro da pele realizada naquela unida-de hospitalar.
Ao longo de todo o dia, cerca de meia centena de pessoas, de todas as ida-des, participaram na ini-ciativa, que se destinou a assinalar o Dia do Euro Melanoma, informando a população acerca dos sinais de alerta e sensi-bilizando para a impor-tância da prevenção e da deteção precoce.
De acordo com a di-retora do Serviço de Dermatologia «nota-se que, de ano para ano, as pessoas estão mais sen-sibilizadas, mas a sen-sibilização não chega, sendo necessário passar à prática».
«Continua-se a ver muitos efeitos do sol na população, e muitos de-les resultam de algumas mudanças nos hábitos das pessoas, nomeadamente do facto de se fazerem fé-
rias em sítios quentes no inverno, sendo os golpes de calor realmente nefas-tos a longo prazo», afir-mou a médica, acrescen-tando que «muitas vezes as pessoas afirmam que não apanharam sol, mas o sol já lá está marcado na pele, daí a importância de prevenir a queimadu-ra solar em criança por-que mais cedo ou mais tarde, ela poderá causar problemas».
Segundo a dermatolo-gista as pessoas começam a ter cada vez mais cuida-dos na praia, e sobretudo com as crianças, mas es-quecem-se que existe sol ao longo de todo o ano.
«Alerto sempre para os perigos dos quintais,
Cerca de 50 pessoas participaram ontem na ação de sensibilização realizada no Hospital de Braga
População mais alerta contra melanoma mas falta passar da teoria à prática
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porque é muitas vezes aí que as pessoas, sobretudo as mulheres, apanham as queimaduras, porque se esquecem que também devem ter cuidado nes-sas situações», afirmou.
Sinais congénitos devem ser retiradosCeleste Brito alertou on-tem para a grande quanti-dade de melanomas, o ti-po de cancro da pele mais grave, que surgem devido a nevos pré-existentes, ou seja, sinais e manchas na pele com que nascem al-gumas pessoas.
«Aquela perspetiva de que se nasceu com o si-nal não se mexe, não pode continuar. O sinal com que se nasceu, na maior par-
te das vezes, será para ser retirado», avançou, acres-centando que as chama-das "flores" ou angiomas têm riscos mais reduzidos.
De acordo com a es-pecialista os rastreios são «fundamentais» para a to-mada de consciência da existência de determina-do problema, e cada vez mais são realizados por pessoas mais novas.
Realçando que o me-lanoma é o tipo de can-cro «que realmente ma-ta», a diretora do Serviço de Dermatologia realçou que «a diferença entre ser diagnosticado a tempo, é a taxa entre a sobrevida aos cinco anos poder ser de 95% ou poder ser de 10 ou 20%».
Destaque
Este ano registaram-se no Hospital de Braga 32 melanomas, a maioria dos quais devido a nevos pré-existentes, ou seja, sinais congénitos existentes à nascença. De acordo com Celeste Brito «normalmente os números dos melanomas aumentam sempre no mês seguinte aos rastreios porque as pessoas, após a iniciativa ficam mais alerta».«É o chamar de atenção à população. Daí a importância do rastreio e da passagem correta da informação», disse.
Hospital de Braga assinalou Dia do Cancro da pele com rastreio
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Correio da Manhã Norte Tiragem: 126401
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 16
Cores: Cor
Área: 4,93 x 6,73 cm²
Corte: 1 de 1ID: 69562191 17-05-2017
-PORTO. SAÚDE
Diagnóstico ao cancro da pele I3 A consulta de diagnóstico precoce do cancro da pele, realizada de forma gratuita pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, na'Areosa, Porto, já observou seis mil utentes em 10 anos. O objetivo é de-tetar precocemente os mela-nomas. o
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A7
Tiragem: 72675
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 49
Cores: Cor
Área: 10,10 x 8,83 cm²
Corte: 1 de 1ID: 69574541 18-05-2017
Porto: mais de sete mil consultas gratuitas
PREVENÇÃO Mais de sete mil pessoas passaram já pela consulta de diagnóstico precoce de cancro de pele da Liga Portuguesa Contra Can-cro — Núcleo Regional do Norte, que assinalou 10 anos de existência. O exame é gratuito. A consulta é semanal com marcação prévia.
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A8
Tiragem: 8500
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
Pág: 8
Cores: Preto e Branco
Área: 4,40 x 23,50 cm²
Corte: 1 de 1ID: 69575494 18-05-2017Dor em discussão no Hospitalde Braga
MEDICINA O Serviço de Medicina Física e de Reabilitação (MFR) do Hospital de Braga orga-niza, hoje e amanhã, as Jornadas de MFR na Dor.
Segundo dados da As-sociação Portuguesa pa-ra o Estudo da Dor, em Portugal cerca de 37% da população adulta sofre com dor, sendo que 14% vive com dor crónica.
É com base nesta pre-valência, que Evidenciar o papel da Medicina Fí-sica e de Reabilitação no tratamento da dor é o objetivo principal des-ta primeira edição.
Segundo Filipe An-tunes, médico fisiatra e elemento da organi-zação, as Jornadas «têm uma temática muito per-tinente: a dor».
Segundo o médico, «faz todo o sentido por-que a dor é transversal a toda a atividade de saú-de, e em particular de forma peculiar à espe-cialidade de MFR, onde a maior parte dos uten-tes apresentam qua-dros clínicos com dor associada».
A sessão de abertura das jornadas acontece pelas 11h00 de amanhã, dia 19 de maio, e con-tará com a presença de elementos da Socieda-de Portuguesa de MFR.
Hoje terá lugar o workshop para médicos "Farmacologia na dor" e amanhã, antes da sessão de abertura, continuará a discussão "Dor em In-vestigação", seguindo-se à tarde "Dor na Clínica".
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Tiragem: 72675
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 46
Cores: Cor
Área: 25,50 x 30,00 cm²
Corte: 1 de 2ID: 69574390 18-05-2017
Parceiros Autoridade Tributária á caso único
Da experiência do Serviin, Filipe Pereira recorda uma vez em que, há quatro anos, uma cidadã com surdez profunda contactou o ser-viço porque entrou em trabalho de parto no dia 31 de dezembro e es-tava sozinha em casa. E, por sua vez, o Serviin ligou para o INEM. A
propósito, o administrador do grupo First, que atua nos siste-mas de informação para a área da saúde, recordou os contactos fei-tos há anos com INEM para o "112 vídeo" que "não se concretizou'. Na lista de parceiros do Serviin está a Autoridade Tributária e Aduaneira, mas é caso único no portal geral do cidadão, onde há. 41 números para usar.
130 mil portugueses têm deficiência auditiva e calcula--se que haja 120 mil surdos pro-fundos. Com base nos censos de 2011, serão 77 mil com deficiência na AMP (em 1,7 milhães de residen-tes) e 17,5 mil surdos profundos.
i444è,4°—.;44.
Serviin foi usado por Aldónlo Pesta- na, professor na Madeira, para con- tar a sua experiên- cia ao JN
,4111nlew.
Área Metropolitana do Porto Comunicação via portal ou chamada para o 12472 chega hoje aos municípios
Surdos contactam serviços por. vídeo Cada Soaras carlas(ajn.pt
► Contactar os serviços públicos municipais nos 17 concelhos da Área Metropolitana do Porto (AMP) é, a partir de hoje, uma tare-fa mais fácil para a comunidade surda, que dispõe agora de um ser-viço de videochamada com inter-pretação em Língua Gestual Por-tuguesa (LGP).
Num território onde são estima-das cerca de 77 mil pessoas com deficiência auditiva, incluindo mais de 17 mil surdos profundos que dependem da língua gestual, a AMP assume, numa primeira fase de ano e meio, uma despesa de 18 mil euros para levar o Serviin aos municípios. O projeto é apre-sentado esta tarde, na Fundação Cupertino de Miranda, Porto.
De forma gratuita no site (por-taldocidadaosurdo.p0, onde está a lista de concelhos, ou gastando um cêntimo por minuto na videocha-mada pelo 12472, preço negociado com as operadoras, o cidadão sur-do já não tem de recorrer a um fa-miliar ou amigo. Pode usar o servi-ço todos os dias, menos aos fins de semana, das oito às 23 horas.
Aplicação ainda este ano No último trimestre deste ano, o Serviin, do grupo "First", terá uma aplicação gratuita para Android e 10S. Para já, acedendo ao portal ou ligando 12472, o cidadão surdo pode aceder diretamente aos ser-viços por videoconferência e com intermediação de intérpretes. Por exemplo, se estiver a tratar de uma licença no gabinete de obras pode agora fazê -10 por telefone. Contac-
ta o Serviin e a intérprete comuni-ca com o município.
O "call center". que funciona a partir de Lisboa com quatro intér-pretes, existe desde 2011 e tem vá-rios parceiros: desde seguros a te-lecomunicações, passando pela
Discurso direto :
Filipe Pereira Administrador do grupo First
w o Serviin visa que- brar barreiras de co-
municação entre a pessoa surda e a instituição. O custo é assumido pelas entidades"
TAP, pela EDP e hospitais. No San-ta Maria, prevê-se alargar a tecno-logia a todo o hospital, estando hoje só no serviço de otorrino, dis-se ao IN Filipe Pereira, administra-dor do grupo "First", na sede de Matosinhos. No hospital de S. Se-
.4 Este projeto Inclusivo revela a preocupação
da AMP com todos e a evolu-ção de uma sociedade onde todos se possam sentir bem"
bastião (Feira) está generalizado. Filipe Pereira explica que 40%
das chamadas não são para os par-ceiros. O Serviin é usado para ma-triculas no ensino ou simplesmen-te comunicar com o farmacêutico. Um surdo só tem de orientar o ví-deo para si e o som do telefone para o funcionário.
Aldónio Pestana, que conversou com o IN pelo Serviin, já o utiliza há anos para ligar ao médico, à agência de viagens ou escolas. Tem 32 anos, ensina LGP na Ma-deira e os alunos também já expe-rimentaram o sistema. "Antes ti-nha de pedir à familia ou amigos para fazer contactos, e isso não me dava autonomia suficiente". recor-da. Mas nota que a lista de parcei-ros é insuficiente, dando o exem-plo dos M entre os serviços que gostaria de contactar. •
Encha Sousa Presidente da AMPorto
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Tiragem: 72675
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Área: 3,11 x 5,46 cm²
Corte: 2 de 2ID: 69574390 18-05-2017
Rali vai hoje para a estrada e garante retorno de 129 milhões 1'ag,111.1%
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111,10:
Surdos já podem fazer chamadas vídeo para serviços das 17 cãmaras do Podo
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As cartas da paz entre
dragões e leões
Bruno de Carvalho defende "partilha de ideias e propostas para
a verdade e justiça desportivas". Pinto da Costa pede convergência
no trabalho em prol da transparéncia I ' I
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COMECE JÁ A SONHAR MAIS. MUITO MAIS
Quinta-feira 18 de inalo 2017 • www.jept • a • KM • km129 • IlsemAfonse Cambes • IkelernealtseColgosdeleade • su&Lesoawaao blis (ardoso e Pedro No Cambo • Ihs dekie Pedm
Jorna de Notícias
Medida justificada com desgaste de viaturas e cansaço dos homens nas viagens entre Lisboa e Viam do Cutelo pagiria, 28
Governo manda bombeiros de comboio para incêndios • JN lança campanha SOS Incêndios e Metade da receita de publicidade desta edição reverte para a Liga of, Heróis que arriscam a vida 4, Aprender a ser voluntário desde pequeno
• Ataques em Gaia, Maia e Matosinhos Página 2.1
Gangue violento assalta a tiro bombas de gasolina nas autoestradas
Menores em risco 3400 crianças retiradas às famílias num ano
Crime Informático Máfias apostam no roubo de dados a empresas
Braga Bosch amplia fábrica e contrata 500 pessoas
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O QUE FARIA COM
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Tiragem: 72675
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Área: 21,02 x 22,40 cm²
Corte: 1 de 1ID: 69574136 18-05-2017
Acompanhamento nutricional num jardim de Infância ►eduziu substancialmente a taxa de obesidade
Estudo Exercício e presença de profissional diminuem prevalência de excesso de peso entre os 2 e os 6 anos
Nutrição no pré-escolar reduz obesidade infantil
Inas Schreck [email protected]
► A presença de nutricionistas no ensino pré-escolar, aliada à prática de exercício físico, permite reduzir a prevalência do excesso de peso e obesidade nas crianças, revela um estudo realizado pelo Centro de In-vestigação em Tecnologias e Servi-ços de Saúde (Cintesis) da Faculda-de de Medicina da Universidade do Porto. A investigação mostra ainda que os mais pequenos têm mais probabilidade de serem gordos quando os dois pais têm excesso de
peso ou obesidade. Mas também es-tas crianças saem a ganhar quando há um nutricionista no infantário.
O estudo avaliou 129 crianças dos dois aos seis anos do Centro de Apoio Social de Mozelos, em Santa Maria da Feira, onde o nutricionis-ta e investigador Júlio César Rocha supervisiona os hábitos alimenta-res dos alunos desde 2003 e onde a atividade física é disponibilizada gratuitamente duas vezes por se-mana. Os resultados revelaram que a prevalência global de excesso de peso e obesidade nestas crianças é de 11.7% (7.8% de excesso de peso e
3,9% de obesidade), uma taxa bem menor do que a encontrada na po-pulação pediátrica em geral, na or-dem dos 30%.
Os pais dos alunos também fo-ram pesados e medidos e apresen-taram uma prevalência de excesso de peso e obesidade similar à da população em geral (40,5% de ex-cesso de peso e 17,3% de obesida-de). A relação entre o excesso de peso das crianças e dos pais ficou bem demonstrada. "Quando am-bos os progenitores não tinham ex-cesso de peso, a prevalência nas crianças é zero. Quando um deles é obeso ou tem excesso de peso a prevalência é de 7% e quando têm os dois sobe para 14%", referiu, ao IN, Júlio César Rocha. O investiga-dor destaca a importância de ter nutricionistas nos infantários por-que é nos primeiros anos de vida que se definem os hábitos alimen-tares e o peso que as crianças vão ter em idade adulta. A isto acresce a necessidade de envolver as famí-lias no combate àquela que já foi considerada pela Organização Mundial da Saúde como a epidemia do século XXI.
"É mais fácil prevenir mais cedo do que deixar esta luta para o 1.* e 2Y ciclos, onde as taxas de sucesso vão ser muito mais baixas", alertou o in-vestigador. Não basta, no entanto, ter um nutricionista a fazer emen-tas mensais para a escola. "É impor-tante ter em atenção as caracteris-ticas das crianças e supervisionar a confeção das refeições. Os fritos, por exemplo, devem ser reservados para dias especiais", defende Júlio César Rocha. •
saber mais
Um em dez rapazes i obeso • Um em cada dez rapazes por-tugueses de 11 anos tem obesi-dade, segundo um estudo elabo-rado para a Organização Mundial da Saúde (OMS) e que mostra que os adolescentes estão a con-sumir menos fruta e vegetais. Os dados demonstram que a obesi-dade tende a baixar com a idade, dos 11 aos 15 anos, tanto nos ra-pazes como nas raparigas.
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Tiragem: 16000
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 7
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Corte: 1 de 1ID: 69574198 18-05-2017
Obesidade
Obesidade vai afetar mais
mulheres ALERTA A obesidade mórbida vai atingir 9% das mulheres . em todo o mundo até 2025. O alerta foi feito ontem no Porto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) durante o 24.° Congresso Europeu de Obesidade, que está a decorrer até sábado. De acordo com João Breda, representante da OMS em Portugal, o aumento da obesidade mórbida resultará da "alimentação e da falta de exercício físico. Mais do que uma bactéria, contribuem para que a obesidade seja uma doença".
MULHERES ESTIGMATIZADAS De acordo com João Breda, as mulheres são "as mais estigmatizadas" devido ao peso excessivo.
MASSA GORDA Cerca de "20% das pessoas com peso acima da média têm associados problemas de saúde", avisou a professora na Universidade de Viena Karin Schindler. A docente questionou se a definição de obesidade deve ser transversal ao longo da vida do ser humano. É que "a massa gorda muda ao longo da nossa vida, tal como do homem para a mulher", sublinhou a académica austríaca, referindo que os asiáticos "têm maior percentagem de massa gorda que os caucasianos da mesma idade, sexo e massa corporal".
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Tiragem: 72675
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 2
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Mgr Saias Editor-executivo-adjunto
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O Estado obeso
iim relatório da Organização Mundial de Saúde indica que as nossas crianças e adolescentes têm níveis de obesida-de bem acima da média. Atafulhados naquela lufa-lufa diária, andamos a prestar pouca atenção à alimentação dos
nossos filhos. E este quadro nem me causa grande surpresa. A sociedade portuguesa sofreu uma transformação importante nas últimas quatro décadas. Positiva, em quase todos os sentidos, mas que nos coloca problemas novos, aos quais nem sempre temos conseguido responder. Embora existam bons exemplos e para todos os gostos.
A médio prazo. o que hoje constatamos - naquilo que verda-deiramente interessa: o futuro dos nossos jovens - pode tornar-se uma situação grave de saúde pública, se ainda não se tornou. Importa, portanto, agir, ou pelo menos identificar medidas es-truturais que nos permitam encarar a situação com otimismo. E não é isso que acontece quando verificamos a forma como o Es-tado negligencia a educação.
Há várias maneiras de abordar esta realidade. Num ângulo, es-taremos todos de acordo: há 30 anos, com um atraso considerá-vel em relação ao resto da Europa, a dinâmica das famílias mu-dou radicalmente. Hoje, em quase todas, homem e mulher tra-balham - ou pelo menos aspiram a isso -, pelo que sobra menos tempo para estarmos com os nossos filhos. A escola assume um papel mais importante do que nunca. Claro que devemos educar em casa, mas é impossível não valorizarmos o espaço onde os jo-vens passam cada vez mais tempo. O ensino não se substitui aos pais. Mas pode e deve ajudar, é imperioso que o faça. Eis-nos, pois, chegados ao Estado. Se pagamos impostos na escala dos paí-ses ricos, também devemos exigir, no mínimo, especial atenção a uma escola, agora e sempre, decisiva.
Assim, e colocando o problema em duas perspetivas, é inad-missível que aos profissionais que lidam com os nossos filhos seja proporcionada escassa formação - e não falo dos professo-res, obviamente - e, nalguns casos, salários ao nível do Terceiro Mundo. Depois, é também importante possuir uma política de-cente para a educação física, o que não acontece. Basta percor-rer os bons exemplos do Norte da Europa, onde o problema da obesidade nas crianças é residual, para verificarmos que não se combate o sedentarismo com o isolamento da atividade física em dois dias da semana, no plano curricular, mas decompondo-a por cinco e oferecendo, assim, a possibilidade de os jovens se iden-tificarem com o desporto, um direito constitucional que. por es-tes dias, está apenas reservado àqueles cujos pais têm capacida-de financeira para o proporcionar fora do âmbito escolar.
Página 13
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Tiragem: 70000
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
Pág: 4
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AsecretáriadeEstadodaSeguran-ça Social reconheceu que é díficil darresposta a todas as situações sociaissinalizadaspeloshospitaisàSeguran-ça Social, nomeadamente os idososque permanecem nas unidades apósterem alta. Isto apesar dos esforçosque têm sido feitos, como o alarga-mento darede de cuidados continua-dos. Segundo o Governo, em 2016 fo-ram criadas cerca de 600 camas naRedeNacionaldeCuidadosContinua-dosIntegradosecercade300esteanona área da saúde mental.
Não há respostapara todas assituações sociais
HOSPITAIS
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Tiragem: 126401
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 19
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Corte: 1 de 1ID: 69575131 18-05-2017
SAÚDE
29 COM SARAMPO O número de casos confirmados este ano de sarampo em Portu-gal subiu para 29, num total de 145 notifica-ções, segundo a Dire-ção-Geral da Saúde.
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Tiragem: 16000
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 48
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Associação escreveu ao governo e aos deputados da Assembleia da República JOSE SÉRGIO
ADSE. Doentes com esclerose múltipla têm de custear medicação
Associação foi informada por um hospital privado de Braga que vão ter de pagar para levantar medicação até aqui gratuita. ADSE nega ter mudado regras e justifica com maior controlo de erros de faturação
MARTA F. REIS [email protected]
A denúncia foi feita ontem pela Associa-ção Todos com a Esclerose Múltipla. Durante a tarde, a associação diz ter sido informada por um hospital privado de Braga de que os doentes com ADSE segui-dos nesta unidade terão de passar a cus-tear 20% da medicação, uma despesa mensal que supera os 200 euros. A TEM enviou uma carta aos ministros da Saú-de e das Finanças, que tutelam a ADSE, mas também ao parlamento, onde denun-cia "o fim dos medicamentos gratuitos a doentes crónicos" e questiona se esta passa a ser a regra em todos os hospi-tais, incluindo doentes seguidos nas par-cerias público-privadas.
Paulo Alexandre Pereira, dirigente da associação de doentes, lamentou ao i a "insensibilidade" da medida. Para con-tinuarem a ter acesso a medicamentos gratuitos, a alternativa para os doentes é recorrerem ao Serviço Nacional de Saú-de, explica, onde terão de marcar con-sulta, sem que tenham sido informados de qualquer período de transição. "Dizem--nos que está em vigor. Entre marcar a consulta no SNS, e o processo nestes casos tem dé ir à comissão técnica de farmácia do hospital, nunca será ime-diato. Pode levar uma semana ou seis
meses. Mesmo que isto fosse uma medi-da justa, não dão tempo sequer aos doen-tes para organizar a sua vida de forma a ter a medicação em tempo útil."
Contactado pelo i, o presidente do Ins-tituto de Proteção e Assistência na Doen-ça, que desde o início do ano gere a ADSE, rejeitou que tenha havido qualquer mudança recente nas regras de compar-ticipação de medicação. Carlos Libera-to Baptista justifica a situação com o fac-to de haver doentes que estariam a bene-ficiar de comparticipações adicionais de
Em pelo menos três hospitais havia doentes
a beneficiar de comparticipações
a que não tinham direito, informou ADSE. "Essa
situação existia face a um menor controlo
que este subsistema exercia", diz responsável
medicamentos sem terem direito a tal, situação que foi detetada até ao momen-to em três hospitais, incluindo a unida-de de Braga.
Em causa está medicação do grupo dos antineoplásicos e imunomoduladores que, de acordo com as regras da ADSE, é comparticipada a 100% quando se tra-te de tratamentos de cancro, a 98% quan-do forem fármacos utilizados como adju-vantes de quimioterapia, e a 80% fora da quimioterapia. Alguns dos medicamen-tos neste grupo são usados não no can-cro, mas em doenças inflamatórias como é o caso da esclerose.
Segundo o i apurou junto de fonte hos-pitalar, o esclarecimento enviado aos hospitais foi no sentido de doentes que não estejam' a fazer tratamentos onco-lógicos e a quem são receitados estes medicamentos suportarem 20% dos encar-gos. "Essa situação existia face a um menor controlo que este subsistema exer-cia no passado, situação que agora pas-sou a ter um controlo efetivo", justifica Carlos Liberato Baptista. A ADSE não esclareceu se existe um limite dos valo-res que os doentes podem ter de supor-tar no privado. "De salientar ainda que o SNS (através dos seus hospitais) dispo-nibiliza gratuitamente aos doentes com esclerose múltipla a respetiva medica-ção", disse ainda o responsável da ADSE.
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Tiragem: 16000
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
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Corte: 2 de 2ID: 69574508 18-05-2017
Maçonaria Conheça os
programas dos candidatos
a grão- -mestre
João Soares apoia José Adelino Maltez: "A maçonaria pode ter um grande papel e tem estado aquém", diz ao i o ex-ministro
Ex-bastonários António Arnaut e António Reis apoiam recandidatura do atual grão-mestre, Fernando Lima /1 PÁGS. 2-5
rítárilikriliarkàã. -
Geração precária
Millennials ganham dois euros à hora.
Quando ganham
PÁGS. 14-21
euro milhões ESTA SEXTA
O QUE FARIA COM c ,S06 201377
n rnrnu, .e,n1 nn, termos leggslinaia enn r,gor COMECE IA.A.S-0?;11-1,41-t. MUITO MAIS.
i ;20 //evitibfeire, 18 maio 2017 //Ano 8 // Número2441 // Diretor Mário Ramiresll executtvo: Vita ibrnal/Dir eaoacutbra aciluntt Ana Sá Lopes!! Subdiretor executiva Jorrá Cabrita Saraiva // Da: de aros ~cisco Alves
ADSE APERTA CERCO A PRIVADOS. DOENTES CRÓNICOS OBRIGADOS A PAGAR MEDICAÇÃO
Mais de 500 queixas na ERC por causa da divulgação de uma violação // PÁG.
Donald Trump Impeachment já é falado abertamente em Washington II PÁGS. 12-13
Montepio. "Governo não dá ordens à Santa Casa", diz ministro
1/ PÁGS. 8-9
Mónaco vence. Jardim, Bernardo e Moutinho são campeões de França // PÁGS. 42-43
PEIA
Página 17
A18
Tiragem: 70000
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 5
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Corte: 1 de 2ID: 69573890 18-05-2017
cada 100 mil habitantes, seguida deLetónia, Hungria e Eslovénia, todoscom 19. Grécia e Chipre tiveram astaxas mais baixas (5), seguidos de Itá-lia (6) e Reino Unido (7).
©123RF
Portugal igualamédia europeiaOnze pessoas por 100 mil habitantes decidirampôr fim à própria vida em 2014, revela o Eurostat.
Em Portugal, homens cometeram75% dos suicídios há três anos
REDAÇÃ[email protected]
Ataxa de suicídio em Portu-gal em 2014 foi de 11 pes-soas por cada100 mil habi-tantes, exatamente a mé-
dia da União Europeia. Segundo osdados ontem divulgados pelo Euros-tat, 1.223 portugueses (925 homens e298 mulheres) decidiram pôr fim àprópria vida em 2014.
O gabinete oficial de estatísticas daUnião Europeia revela que, dos 4,9milhões de mortes reportadas no es-paço comunitário em 2014, 58 mil (ouseja, 1,2%) foram suicídios, sendo queoito em cada dez (77%) foram come-tidos por indivíduos do sexo mascu-lino e praticamente metade (48%) porpessoas com idades compreendidasentre os 40 e os 65 anos.
Emtermos relativos, aLituâniare-gistou, de formadestacada, ataxadesuicídio mais elevada entre os 28 Es-tados-membros, com32 suicídios por
SUICÍDIO
Página 18
Tiragem: 70000
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Corte: 2 de 2ID: 69573890 18-05-2017
Diretor: Diogo Torgal Ferreira | Edição nº 2921. Jornal diário gratuito.
© DR
O HORROR REGRESSOU:‘ALIEN: COVENANT’GANHÁMOS CORAGEM E FOMOSENTREVISTAR RIDLEY SCOTTCINEMA • 12 E 13
Parlamento vai avaliarexpansão do MetroPrincipais decisores do processo deexpansão do Metropolitano de Lisboavão dar explicações aos deputados.
CIDADES • 02
ATUALIDADE • 04
Telecomunicaçõescomparadas à lupaFerramenta online vai analisar osmais de 400 produtos oferecidos pelos operadores nacionais e apontaro quemais se adequa às pretensões de cada utilizador. Tudo será tido em conta, de forma simples.
Oeiras assinala aberturada época balnearMunicípio vai revelar o sistema diáriode limpeza das praias e o plano desegurança para os próximos meses.
CIDADES • 03
Portugal iguala médiaeuropeia nos suicídiosOnze pessoas em 100 mil habitantesdecidiram pôr fim à própria vida em2014, revela órgão de estatísticas.
ATUALIDADE • 05
Está em falta um planocontra poluição acústicaUnião Europeia avisa Portugal que temde definir mapas de ruído em váriasaglomerações e eixos rodoviários.
ATUALIDADE • 06
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Monaco é campeão aofim de 17 temporadasEquipa de Leonardo Jardim conquistouo título em França. Real Madrid está aum ponto de o conseguir em Espanha.
DESPORTO • 07
Modelo angolana entrapara lista (muito) restritaAmilna Estevão está entre as melhores50 modelos de um site especializado eé vista como uma estrela em ascensão.
FAMA&TV • 09
Lisboa e Porto recebemconcertos “secretos”Três espetáculos na capital e outrostrês na Invicta, em local desconhecido.As UberSessions estão de volta.
MÚSICA • 10
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Tiragem: 24614
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Corte: 1 de 1ID: 69574107 18-05-2017
Já é possível produzir células que dão origem ao sangue Avanço Cientistas conseguiram pela primeira vez, depois de 20 anos de tentativas falhadas, criar células estaminais sanguíneas
ILSA
S OA
RE
S r G
LOB A
L IM
AG
ENS
No futuro, produzir sangue pode passar por aqui
FILOMENA NAVES
As células estaminais que dão ori-gem às células sanguíneas, e que todos temos nà medula óssea, fo-ram pela primeira vez criadas em laboratório, culminando duas dé-cadas de trabalho — e de muitas tentativas falhadas. Apesar de apre-sentar ainda alguns problemas téc-nicos, este é um novo marco que poderá no futuro abrir a porta à produção de sangue em laborató-rio, diminuindo a dependência de dadores, ou permitira criação de novas terapias para doenças como as leucemias.
O resultado foi obtido de forma independente, e com métodos di-ferentes, por duas equipas de in-
vestigação dos Estados Unidos, e os dois estudos foram publicados on-tem na revista Nature.
O grupo de George Daley, do Hospital das Crianças de Boston, Massachusetts, utilizou no seu tra-balho células humanas adultas de pele que reprogramou para que se tornassem células pluripotentes — estas dão origem a quase todos os tecidos que constituem o organis-mo. Depois, os investigadores ma-nipularam as células assim obtidas para conseguirem transformá-las em céh ilas estaminais sanguíneas.
Foi nesta fase que o grupo deu um passo inovador, porque isso envolveu inserir nas células pluri-potentes "ordens" químicas para elas se tornarem células sanguí-neas. O pacote assim formado foi
depois injetado em ratos e, ao fim de 12 semanas, as células pluripo-tentes tinham-se transformado em células estaminais sanguíneas. "É fantástico", diz George Daley, o coordenador da equipa de Har-vard. "Estamos muito contentes com este resultado", garante.
A outra equipa, liderada por Shahin Raffi, daWeill Cornell Me dical College, em Nova Iorque, uti-lizou um método diferente, crian-do as células estaminais sanguí-neas sem passar pela fase das células pluripotentes. Para o fazer, a equipa usou células de ratos, re-tiradas dos tecidos que formam as paredes dos pulmões, e manipu-lou-as no laboratório de forma que se transformassem em células estaminais sanguíneas — o que
conseguiram. Depois, quando a equipa pegou nestas células e as injetou em ratinhos doentes, que quase não tinham células do san-gue, os animais recuperaram, por-que as células estaminais criadas em laboratório "fabricaram" san-gue novo.
Apesar destes resultados, que cientistas da área que não partici-param nestes estudos não hesitam em classificar como uma grande
proeza, estes métodos não pode-rão ser utilizados a breve prazo para tratar doentes ou para produ-zir sangue destinado a transfusões. Nesta fase, há o risco de se darem mutações que provocam cancro e, além disso, estas células estaminais sanguíneas criadas em laboratório ainda não são tão eficientes como as que existem naturalmente na medula óssea. Certo, portanto, é que o trabalho vai continuar.
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A21
Tiragem: 93360
País: Portugal
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Âmbito: Interesse Geral
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10 V I S Ã O 1 8 M A I O 2 0 1 7
Ser compassivo tem repercussões na fisiologia e traduz-se em ganhos de saúde, desde a diminuição das proteínas inflamatórias no sangue até ao fortalecimento do sistema imunitário
C L A R A S O A R E S
James R. Doty Neurocirurgião e filantropo
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Tiragem: 93360
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Âmbito: Interesse Geral
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1 8 M A I O 2 0 1 7 V I S Ã O 11
JJames poderia ter sido apenas mais um miúdo pobre, com fome, condenado a crescer numa família disfuncional e a viver à margem até final dos seus dias numa pequena aldeia da Califórnia. Tinha 12 anos quando entrou numa loja de magia. A misteriosa mulher que o atendeu foi o seu porto de abrigo: durante um mês e meio, ensinou-lhe “truques” que lhe mudariam a vida. Meio século depois, o prestigiado neurocirurgião dedica--lhe o livro Dentro da Loja Mágica (Lua de Papel, 230 págs, €14,90). Nesta obra, o médico explica como superou a adversidade e alcançou o sonho de vencer na vida através de técnicas milenares – relaxando o corpo, acalmando a mente, visualizando o que desejava. James teve tudo – tornou-se milionário – e quase tudo perdeu, na bolha das dot.com. Restavam-lhe ações de uma empresa que valiam 30 milhões de euros, aplicadas num fundo universitário. Apesar de ter dívidas de 3 milhões de euros, Doty decidiu doar todas essas ações ao fundo, aplicando a quarta técnica que a tal mulher misteriosa lhe ensinara: abrir o coração. Hoje, continua a acreditar que a generosidade e a compaixão transformam o mundo. Decidiu fundar o Centro de Investigação e Educação da Compaixão e Altruísmo (CCARE), apoiado pelo Dalai Lama. Aos 61 anos, James vive cada dia como se fosse único. Porque é mesmo.Dorme pouco por natureza?Por norma, costumo precisar de quatro a seis horas. Mas, se estiver realmente muito cansado, sou pessoa para dormir 12 horas seguidas. Outras vezes opto por fazer uma pequena sesta.É raro encontrar médicos e investigadores que tenham um discurso próximo do místico.Se pensarmos no que nos torna
humanos, seja através da religião, da cultura ou da sociedade, chegamos sempre à compaixão. Deve haver uma razão para isso. Como cientista, sou ateu. Não acredito num Deus que olha por mim nem que existe algo mais para além do presente. Tal não impede que haja uma maioria a acreditar nisso, nem que eu reconheça a beleza da vida e a capacidade para amar e cuidar que as pessoas têm. Fascina-me como os líderes filosóficos e religiosos estão disponíveis para motivar as pessoas a serem melhores. Os budistas, por exemplo, usam técnicas validadas pela ciência para melhorar a saúde física e mental. Diz que o coração é um órgão inteligente. Quer explicar isso um pouco melhor?Começa a provar-se cientificamente o que diziam os líderes espirituais: a ligação entre a mente e o coração, que está ligado ao nervo vago, situado entre a base da cabeça e o tronco cerebral. Estes dois órgãos comunicam entre si através do sistema nervoso autónomo, que é formado por dois sistemas, o simpático e o parassimpático.Um gera a resposta de stresse e o outro a de relaxamento, é isso?Sim. O sistema nervoso simpático é ativado em face de uma ameaça ou perigo e conduz à libertação de neurotransmissores. A pressão arterial e o ritmo cardíaco aumentam, o fluxo sanguíneo é desviado da zona abdominal para o sistema musculoesquelético, de modo a podermos correr e as pupilas dilatam para que possamos ver melhor. Quando a sobrevivência não está em jogo, o sistema nervoso parassimpático, cujo lema é “descansar e digerir”, permite funcionar sem correrias e com discernimento.À primeira vista, a “loja mágica” confunde-se com “pensamento mágico” e “profecias que se autorrealizam”, que são considerados sintomas de perturbações psicológicas…Suspeito que quer saber se sou alvo de críticas. Entendo que quem nunca é criticado dificilmente estará a fazer algo interessante. Dito isto, tive educação científica e vivi coisas invulgares, diria mágicas até, como o estar entre a vida e a morte, e que aceitei apenas como ocorrências.Ter passado por uma experiência de quase-morte, depois de um
acidente de carro, abalou as suas crenças? Pessoas que passaram por isso passaram a acreditar na vida depois da morte, mas tal não se passou comigo. Eu reconheço que há uma validação científica para certos fenómenos. Atribui a sua realização a “truques” aprendidos numa loja de magia e que são validados pela ciência. O que quer dizer ao certo?Cada ser humano é o somatório das experiências de vida que teve. Se eu não tivesse conhecido Ruth, a misteriosa mulher da loja de magia, talvez não fosse quem sou hoje. Quando não se tem acesso a dinheiro ou a mentores, ou se cresce em condições adversas, como pobreza, violência, abuso de drogas ou doença, a probabilidade de ser alguém na vida é zero.Foi vítima de bullying, tinha uma mãe suicida e um pai alcoólico. Como superou esses traumas?As pessoas que fazem bullying foram, elas próprias, vítimas de agressão. Sofrem com isso. Parte do meu padrão de frustração, raiva e impotência tinha a ver com o sentimento de desilusão face aos meus pais e às condições em que me criaram. Mais tarde pude perceber que também eles estavam embrenhados no seu próprio sofrimento, incapazes de satisfazer as minhas necessidades. Reconhecer isto permite perdoar e quebrar o padrão de agressão. “Um verdadeiro mágico acredita na sua magia e transporta a audiência para um mundo onde o inacreditável se torna credível.” Fala assim aos seus formandos?Claro! Cada pessoa tem potencial para exercer um impacto transformador na vida dos outros. Sou médico. Sei que manifestar interesse pela vida de alguém através de um simples “olá” afeta a fisiologia, do mesmo modo que o tom da voz ou o toque. A mente é poderosa, mas é a compaixão que nos transforma.Mesmo em situações críticas, de vida ou de morte, como numa sala de operações?Falámos há pouco do sistema nervoso simpático que está envolvido nas reações de medo. O modo de sobrevivência limita as funções executivas e a capacidade de ver outras opções. Numa emergência cirúrgica, isso pode ter efeitos negativos. No caso que descrevo no livro
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Tiragem: 93360
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[rompimento de vaso numa cirurgia à cabeça de uma criança, que seria fatal], a turbulência emocional era muita; o que fiz foi estimular o meu sistema nervoso parassimpático, respirar e, num estado relaxado, visualizar a veia com olho da mente e estancar a hemorragia.Como define “o olho da mente”, numa perspetiva científica?É o modo como a intenção e a repetição se manifestam em neuroplasticidade e no fortalecimento de vias neuronais. Em certa medida, foi isso que me permitiu desenvolver resiliência. De resto, a mensagem que transmito no livro está a ser usada nos manuais escolares como forma de dar ferramentas às crianças para lidarem com a adversidade.Teve tudo, perdeu tudo. O sucesso e o dinheiro não trazem mesmo a felicidade?O facto de atrairmos para a nossa vida o que desejamos, com visualização, intenção e repetição pode funcionar ao contrário. As crenças negativas e a falta de compaixão aprisionam-nos. O que quer dizer com isso?Eu era um miúdo pobre que queria ter dinheiro para ter poder, para ter controlo. Achava que o reconhecimento profissional e a riqueza financeira bastavam para ser feliz, mas quando os alcancei senti-me mais miserável. A vida mudou, sofri perdas. Refleti sobre essa prisão. Para sair dela, tinha de abrir o coração.Como se abre o coração?É algo que passa por ser generoso, empático e estar ao serviço. Posso fazer coisas muito boas, mas serão sempre transitórias e, em última análise, insignificantes. Era isso que aquela mulher misteriosa que conheci queria dizer-me, e que só mais tarde compreendi plenamente.Qual é a meta do Centro de Investigação e Educação da Compaixão e Altruísmo? No CCARE temos vários programas que permitem aprender a ser compassivo. Isso tem repercussões na fisiologia e traduz-se em ganhos de saúde, desde a diminuição das proteínas inflamatórias no sangue até ao fortalecimento do sistema imunitário. Os resultados preliminares de alguns estudos já feitos no meio educativo sugerem que o treino da compaixão reduz o bullying e permite regular emoções, além de melhorar a atenção e o rendimento académico.
Sou médico. Sei que manifestar interesse pela vida de alguém através de um simples ‘olá’ afeta a fisiologia, do mesmo modo que o tom da voz ou o toque. A mente é poderosa, mas é a compaixão que nos transforma”
“Achava que o reconhecimento e a riqueza bastavam para ser feliz, mas quando os alcancei senti-me mais miserável. Refleti sobre essa prisão. Para sair dela, tinha de abrir o coração”
Pode dar exemplos do impacto da ciência da compaixão no quotidiano social?Um clima de abertura e de confiança laboral reflete-se em melhores níveis de produtividade com impacto no mercado de capitais. Nos cuidados de saúde, a compaixão contribui para baixar os níveis de ansiedade, acelerar processos de cura e reduzir o tempo de internamento. Na justiça, permite reduzir a violência e as recaídas em pessoas que cumpriram pena.De que fala no seu podcast, Alfabeto do Coração?Começou a partir da mnemónica que fiz para apresentar na palestra
dirigida a futuros estudantes de medicina, na universidade de Tulane (em Nova Orleães), que vai de C a L, ou seja, CDEFGHIJKL. Compaixão, Dignidade, Equanimidade – manter-se presente e sereno em todas as circunstâncias. Perdão (Forgiveness), Gratidão, Humildade, Integridade, Justiça, Generosidade (Kindness) e Amor (Love), que contém todas as anteriores. O Alfabeto do Coração teve tanto eco que ganhou a forma de podcast, com vários milhares de visitas.Havendo tantas possibilidades de conexão, porque é que o mundo está tão assustador?Uma das características que permite a sobrevivência humana é o tribalismo. Num cenário de medo, real ou imaginário, o sistema nervoso simpático é ativado e a reatividade toma o lugar da sensatez. As pessoas associam-se em função de crenças, e daí a cometerem atrocidades vai um passo. Olha-se para o outro como o inimigo, uma ameaça. Há recursos no planeta que chegam para todos. O problema é quando gente movida pelo ego cria uma narrativa baseada no medo para conquistar poder. A maioria das pessoas só quer viver a sua vida, mas acaba por ceder ao medo e ser cúmplice da ideia de que as diferenças são perigosas.Como se sai desse ciclo?Todos queremos comida, segurança, paz e uma vida melhor para os nossos descendentes. Basta uma mudança de circunstâncias para sermos nós a estar no lugar de refugiados, a fugir da violência como eles, arriscando estar numa situação ilegal. Um dos erros do colonialismo foi não haver uma verdadeira intenção de implementar direitos iguais para os que ficaram independentes, mas sem as mesmas oportunidades que os outros para terem uma vida melhor, que levou a condutas hostis. Colocar-se no lugar do outro e recusar-se a ser manipulado é libertador. Teve convites de instituições do governo para usar o altruísmo na política, na economia? Ainda não, mas reconheço que alguns decisores têm uma visão distorcida do mundo e tentam impô-la aos outros, como sucede com o discurso em torno das alterações climáticas e outras, assentes em dogmas religiosos. O desafio é alterar este estado de coisas com amor e paciência. [email protected]
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Tiragem: 100000
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Period.: Semanal
Âmbito: Interesse Geral
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Cores: Preto e Branco
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COMO E SER MÃE E TER AUTISMO A paciência diminui mais do que o comum, as conversas tornam-se cansativas rapidamente e as piadas ficam por perceber. Mas é quando está com as três filhas que Rita Nolasco se sente mais verdadeira. Por Dina Arsénio
Familia
PRIMEIRA PESSOA. DESCOBRIU QUE TINHA ASPERGER AOS 40 ANOS
Quatro vezes mais
comum em ra- pazes do que
em raparigas. o autismo só é
detectado mais tarde nelas. refe-
re a Scientific American
iC De repente.
desato a gritar com
elas... Agora quando estou
a atingir o meu limite
digo: 'Por fa- vor. ajudem
a mãe'
sempre tentei disfarçar as minhas dificuldades. Acha-va que não tinha interesse nenhum, que era "pouco-
chinha". As outras pessoas pensa-vam que era arrogante e malcriada. porque fazia cara de poucos ami-gos mas era tudo para me defen-der. Pensava: "Ok, sinto-me mal. mas mais ninguém sabe." Por exemplo, quando as pessoas saem para se distraírem, isso para mim é um sofrimento. É muita informação a entrar, fico cansadíssima. não consigo desligar de tudo o que está a acontecer à minha volta. E é o ter de interagir... Não saber o que é que hei-de dizer às pessoas... Sinto sempre que o que vou dizer não tem interesse. Depois, as minhas reacções nas conversas são: se toda a gente está a rir, eu também me vou rir. Posso nem estar bem a ou-vir a conversa mas se estão todos a rir é porque é suposto rir, portanto faço o que o grupo está a fazer.
Com as minhas três filhas é fan-tástico porque sempre fui verda-deira com elas. Sempre pude ser eu na realidade e portanto com elas -
que têm 14 anos. 11 e a mais nova 5 - estava bem. Não tinha que usar máscaras, não tinha de fingir que compreendia. Claro que o facto de me cansar muito depressa faz com que me irrite também rapidamen-te. De repente, desato a gritar, a disparatar com elas... E era muito difícil depois recuperar a partir dali. Aconteceu várias vezes com as mais velhas, principalmente, ir-ritar-me, chegar a extremos... Ago-ra lá sei que quando estou a atingir o meu limite, aviso: "Meus amores. a mãe está a atingir o limite. Por favor ajudem a mãe a não atingir esse limite." Foi por causa de uma das minhas filhas que descobri, aos 40 anos, que tenho Asperger. aliás, chama-se agora Perturbação do Espectro do Autismo.
A minha filha precisava de ajuda. estava com algumas dificuldades na escola, principalmente falta de concentração, e achei que ela po-deria ter qualquer coisa que neces-sitasse de terapia. Eu e o meu ma-rido João fomos a uma clínica fazer uma avaliação e comecei a estudar todos os tipos de diagnóstico. Gos-
to de saber exactamente o que é que as minhas filhas têm para po-der apoiá-las ao máximo. Estudei a Perturbação de Hiperatividade/Dé-fice de Atenção, o Transtorno Obsessivo-Compulsivo... A Síndro-me de Asperger (inserida na Per-turbação do Espectro do Autismo) era uma delas. Identifiquei-me.
já não estava a ver a minha filha mas a mim. Identificava-me com todas as coisas que lia, as dificulda-des de interacção com as pessoas. o sentir-me a mais. ter uma dificul-dade enorme em estar com muitas pessoas. sentir-me estoirada.
Numa conversa com a terapeuta que fez a avaliação à minha filha, o João diz-lhe: "Ah. tem graça. a Rita acha que ela tem Asperger." A tera-peuta pára tudo e diz: "Não. a Rita é claramente Asperger, não há dúvi-da nenhuma." Agora, referia-se a mim. Um dos traços do Asperger é
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Tiragem: 100000
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Interesse Geral
Pág: 79
Cores: Cor
Área: 18,00 x 25,30 cm²
Corte: 2 de 2ID: 69574500 18-05-2017
ser muito literal, então achei que aquele "claramente" significava que toda a gente sabia mas nunca ninguém me tinha dito nada. Achei que tinha vivido 40 anos em menti-ra. E agora como é que ia gerir a minha nova vida? Neste processo de me encontrar entrei numa de-pressão muito forte, muito profun-da, que durou cerca de um ano.
Ser Asperger É muito difícil arranhar psicólogos e psiquiatras que compreendam o autismo de adultos. E de mulheres são raros. Sei que há porque na minha pagina do Facebook - Cla-ramente Asperger -, que lá tenho há um ano, falei com pessoas que me indicaram especialistas. Mas na altura, como é que uma pessoa faz? Val-se ao Google, não é? "Pre-ciso de um psicólogo para mulhe-res autistas." Não aparece nada.
Os psicólogos ainda podem co-nhecer as características dos ho-mens porque está tudo muito en-viesado para os homens, os dia-gnósticos e as avaliações. Mas não conhecem as características das mulheres. Acham que o facto de eu ter seguido com a minha vida, ter casado, ter filhos é razão para eu não ser Asperger. Ou então: "Ok. eu sou Asperger mas qual é o proble-ma? Tenho a minha vida." Mas não percebem é o que se passa no meu interior. Ninguém vê o que é que eu sinto, não esta à vista.
Quando me fui abaixo, fiquei sem amor-próprio. Preferia pensar nas outras pessoas, nas minhas filhas. no João. Era como se não existisse. Então, comecei a pedir mais tem-po para mim e a dizer: "A mãe agora não pode brincar com vocês. preciso de fazer outra coisa, preci-so de estar comigo."
o Rita Nolasco, edi-tora de Imagem. ficou a saber que tinha autismo quando procurou ajuda para a filha
CC Quando me fui abaixo, fiquei sem amor-pró- prio, não
gostava de mim. Prefe- ria pensar
nas minhas filhas
Elas não sentiram esta descoberta da mesma forma que eu senti. No máximo. o que sentiram foi eu ter desaparecido um ou dois dias. Geri as coisas de forma a que as minhas irmãs as fossem buscar e que elas não sentissem grande diferença e assim pude ter o meu espaço.
Nunca choro à frente delas quan-do estou triste. Posso-me isolar mais, mas tento não chorar. Na-quela altura precisava de estar so-zinha. Elas foram percebendo o que eu tinha. Não me sentei com as minhas filhas e disse: "Olhem agora vamos falar sobre o Asper-ger." Mostrei-lhes a página onde escrevia e elas fizeram perguntas: "0 que é isso que a mãe passa tan-to tempo a fazer ao computador?" E eu fui-lhes falando naturalmen-te. As mais velhas reagiram sem stress mas a mais nova não faz a mínima ideia do que é.
É normal que elas tenham cu-riosidade porque roubo um boca-dinho do tempo com elas para es-crever na página. Acho que a mensagem em relação ao autismo está mal passada. As pessoas não sabem realmente o que é o autis-mo. Existe um rótulo de que é algo incapacitante - mas não é. Por exemplo, falando no trabalho - sou editora de imagem as pessoas são muito focadas e po-dem ser dos melhores trabalha-dores porque a entrega é total. Quando um autista gosta daquilo que está a fazer entrega-se de corpo e alma.
É certo que sou muito rígida em termos de pensamento e é muito difícil ir um bocadinho mais para a direita ou para a esquerda, de-mora tempo. Mas também sou muito verdadeira. A minha relação com o meu marido é baseada na verdade, sempre lhe contei tudo e ele sempre me contou tudo tam-bém. Muitas vezes o João está a dizer algo simples e eu penso que ele me está a acusar de algo, mas não. Isso compreendemos nós agora porque eu estou a perceber o Asperger e ele também está. Es-tamos os dois a crescer juntos. O
Por Venda Marques
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Tiragem: 32559
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Ataque travado no servidor de mails que serve sistema dos tribunais
O Instituto de Gestão Financeira e
Equipamentos da Justiça (IGFEJ),
responsável pela gestão do sistema
informático dos tribunais, foi um
dos organismos do Estado recente-
mente atacados por piratas informá-
ticos, confi rmou ao PÚBLICO fonte
ligada àquele instituto. Em causa
esteve um ataque de ransomware,
normalmente provocado pela re-
cepção de mails com um vírus que
depois bloqueia os conteúdos dos
computadores, sendo o desbloqueio
apenas possível se a vítima pagar um
resgate aos hackers.
Neste caso, porém, o ataque não
infl igiu danos já que as medidas de se-
gurança recentemente activadas neu-
tralizaram os efeitos do vírus fi ltrando
de imediato a chegada dos mails e im-
pedido que estes chegassem sequer
aos utilizadores dos servidores de
mail do sistema informático judicial.
“Foram detectados e travados
emails com malware dirigidos a en-
dereços de correio electrónico da
Rede da Justiça. Todos os sistemas
permaneceram operacionais e não
foi registado nenhum incidente
provocado por estas tentativas de
ataque. O Ministério da Justiça per-
manece atento e manterá as medi-
das de protecção consideradas ade-
quadas”, explicou ontem aquele mi-
nistério. A tutela garantiu ainda que
“será feita queixa às autoridades”,
mas o PÚBLICO confi rmou que, en-
tre vários organismos públicos afec-
tados por estes ataques no país, o
IGFEJ foi o único que já participou
a situação às autoridades, nomea-
damente à Polícia Judiciária (PJ) e
ao Centro Nacional de Cibersegu-
rança (CNC).
Estes ataques informáticos, re-
gistados na sexta-feira, assumiram
um escala global atingindo também
várias empresas e entidades portu-
guesas. Diversas empresas admitiram
publicamente ter sido atingidas, mas
nenhuma delas tinha apresentado
até ontem queixa formal junto das
Hackers atacaram o instituto que gere o sistema informático dos tribunais
FERNANDO VELUDO/NFACTOS
JustiçaPedro Sales Dias e Luciano AlvarezAtaque igual ao que atingiu várias empresas nos últimos dias travado por medidas de segurança postas em prática recentemente
autoridades competentes, designa-
damente junto da Polícia Judiciária,
apurou o PÚBLICO.
Ontem, decorreu no Porto um
encontro sobre cibersegurança, or-
ganizado pela Escola Superior de
Tecnologia e Gestão, do Instituto
Politécnico do Porto, em que vários
especialistas afi rmaram serem cada
vez mais os ataques informáticos às
empresas portuguesas. Alguns admi-
tiram mesmo que os ataques estão a
ocorrer a um nível sem precedentes.
O ataque informático com recurso
ao software malicioso WannaCry de
sexta-feira está a ser investigado pela
PJ. Esta polícia de investigação reve-
lou que o ataque não causou grandes
danos às empresas portuguesas. O
Centro Nacional de Cibersegurança
emitiu um alerta à administração pú-
blica no fi m-de-semana para que os
serviços não abram emails de origem
desconhecida para evitar o bloqueio
de computadores, como aconteceu
na sexta-feira, e que atingiu pelo me-
nos 150 países e fez mais de 200 mil
vítimas, segundo um balanço feito no
domingo pela Europol, e que resul-
tou no sequestro de fi cheiros a troco
de dinheiro.
O ataque atingiu, indiscriminada-
mente, grandes organizações públi-
cas e várias empresas multinacionais
a nível global. De acordo com Pedro
Veiga, coordenador do CNC que falou
ao Diário de Notícias, a tolerância de
ponto (devido à visita do Papa) terá
ajudado a que os números em Por-
tugal não fossem maiores.
Os hospitais e centros de saúde já estão desde ontem a funcionar sem restrições no acesso
à Internet e a ferramentas como o email, confirmou a assessoria de imprensa dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), organismo responsável pela rede informática destas instituições. As limitações tinham sido impostas depois de um ataque informático levado a cabo no dia 12 de Maio e que afectou organizações e empresas nacionais e internacionais. A SPMS reconhece que no início da semana houve algumas limitações no funcionamento da prescrição electrónica, tomadas de forma preventiva, mas assegura que já está tudo a funcionar correctamente e nega que existam problemas e atrasos nos centros hospitalares e centros de saúde. Também o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) garantiu que as “medidas preventivas” adoptadas não condicionaram os serviços prestados. Romana Borja-Santos
Hospitais sem limitações
[email protected]@publico.pt Página 26