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Revista SBOT | Edição 02 | Jan/2014 TRANSPARêNCIA “É o reconhecimento da formação de três anos como residente em seus serviços. É uma conquista pessoal e, ao mesmo tempo, coletiva, pois todo residente é um verdadeiro aluno cercado pelos seus preceptores”. TEOT A IMPORTÂNCIA DA PROVA PARA O ORTOPEDISTA Balanço financeiro da SBOT-PE 2013 OPORTUNIDADE DE APERFEIÇOAMENTO NOS EUA E ALEMANHA Magazine pág: 16 pág: 14 pág: 19

2. Edição da SBOT Magazine

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A equipe da KOMMU acabou de finalizar a segunda edição da Revista SBOT, uma revista semestral para os membros da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

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Revista SBOT | Edição 02 | Jan/2014

TRANSPARêNCIA

“É o reconhecimento da formação de três anos como residente em seus serviços. É uma conquista pessoal e, ao mesmo tempo, coletiva, pois todo residente é um verdadeiro aluno cercado pelos seus preceptores”.

TEOTA IMPORTÂNCIA DA PROVAPARA O ORTOPEDISTA

Balanço financeiro da SBOT-PE 2013

OPORTUNIDADEDE APERFEIÇOAMENTONOS EUA E ALEMANHA Magazine

pág: 16pág: 14

pág: 19

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Revista SBOT | Edição 02 | Jan/2014

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Palavrado PresidenteCaros colegas ortopedistas,

Esta é a segunda edição da SBOT Magazine e só tenho

a agradecer todos os parceiros (Boehringer, Merck, Ache, Baxter,

Sanofi, Art Cirúrgica, ADN, Dudder, Ortoplan, Opera, Ortoserv,

PE implantes, SIMEPE, ITORK, CK consultores), diretoria e

colegas ortopedistas pelo apoio.

Um ano atípico e movimentado no Recife. A Copa das

Confederações e os conflitos políticos com as reinvidicações

do povo na rua e problemas assistenciais, diante do desenrolar

do Projeto Mais Médicos, do Governo Federal, movimentaram

a cidade, porém a SBOT-PE soube utilizar o momento para

enaltecer seu nome em campanhas junto ao SIMEPE e

CREMEPE e não deixou de lado o projeto anual SBOT-PE 2013.

Foram metas dadas e cumpridas (até a edição desta matéria):

1. Programa teórico dos R2 nas terças - feiras – coordenado

pelo ortopedista Leonardo Silveira;

2. Programa teórico dos R1 nas quintas - feiras – coordenado

pelo ortopedista Marco Pablo;

3. Reativação do jornal nos moldes de revista – SBOT

MAGAZINE (duas edições);

4. Homenagem aos novos membros da SBOT-PE: entrega

dos diplomas (TEOT), com a presença do Presidente

da SBOT nacional, seguido de jantar aberto a todos, no

Restaurante Boi e Brasa (Boa Viagem) – dia 01 de fevereiro

de 2013;

5. Programa de Educação Continuada (PEC – Jornada do

Quadril). Hotel Atlante Plaza. Dias 26 e 27 de Abril de 2013;

6. Programa de Educação Continuada (PEC – Jornada do Ombro).

Hospital Memorial São José. Dias 24 e 25 de Maio de 2013;

[ Marcelo Krause ]Presidente SBOT-PE

7. Skill – Lab de Artroscopia (joelho, ombro e quadril) – Em

parceria com a OPERA. Dias 22 e 23 de Maio de 2013;

8. Sábado de revisão (preparatório TEOT) – Hotel

Transamérica (Boa Viagem). Dia 06 de Julho de 2013;

9. Programa de Educação Continuada (PEC – Jornada

do Joelho). Hotel Beach Class (Boa Viagem). Dia 14 de

Setembro de 2013;

10. TECNOV – I Jornada Internacional de Tecnologia e

Novidades em Ortopedia e Traumatologia. Onda Mar Hotel

(Boa Viagem). De 16 a 19 de Setembro de 2013;

11. Festa do Ortopedista no Bar Sr. Chopp, no Recife. Dia 21

de Setembro de 2013;

12. Simulado TEOT e WorkShop de Artroplastias de Joelho

– Parceria com SANOFI e ADN, no Hotel Transamérica (Boa

Viagem) – dia 18 de Outubro de 2013.

Eventos programados:

1. Eleição do presidente SBOT-PE 2015, no dia 20 de

Dezembro de 2013.

2. Posse do Presidente SBOT-PE 2014, no dia 03 de

Janeiro de 2014.

A marca SBOT-PE foi fortalecida e trabalhada através

das campanhas, dos eventos e das confraternizações, pelas

várias notificações em jornais, rádio e televisão ao longo do ano,

e, principalmente, pela Revista SBOT-Magazine.

A Revista, em sua primeira edição, teve 1200 exemplares

distribuídos nos principais hospitais, clínicas, consultórios e

regionais da capital, com a ajuda dos nossos patrocinadores e

pelo próprio presidente que vos escreve, visitando os serviços.

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Revista SBOT | Edição 02 | Jan/2014

Os programas teóricos dos residentes do primeiro e segundo

anos foram supervisionados pelos secretários gerais da gestão

SBOT-PE 2013, os médicos Leonardo Silveira e Marcus Pablo,

aos quais venho agradecer pelo empenho em abdicar de

momentos de descanso, lazer e trabalho para essa tarefa árdua

e semanal de ministrar aulas ou conseguir um colega para o

mesmo. Não posso esquecer de agradecer ao Simepe, que

disponibilizou seu auditório sem custo nas terças e quintas-feiras

de 2013 para a SBOT-PE, neste momento em que não temos

sede própria.

Um grande sucesso da SBOT-PE foi sua primeira

Jornada Internacional, voltada para a tecnologia e novidades

na área de medicamentos, biológicos, técnicas cirúrgicas e

materiais com público bem acima do esperado e, destaque, foi

gratuita. Vale ressaltar os palestrantes internacionais James

Tibone (atualização em patologias do ombro) e Stéphane

Denjean (artroplastia navegada do joelho) que compareceram

ao evento.

A Festa do Ortopedista teve um retorno triunfal.

Foram mais de cem colegas presentes. O local reservado era

espaçoso, confortável, com comida e bebida à vontade, música

ao vivo e teve seis horas de duração, o que permitiu flexibilidade

de horário e renovação do grupo. O evento saiu praticamente

gratuito a cerca de 95% dos participantes, já que a presença

na TECNOV garantia o ingresso, assim como nossos parceiros

receberam ingressos a fim de realizar a distribuição.

O simulado do TEOT seguiu os mesmos padrões

da prova escrita, com cem questões de A a D, objetivas e

com muitas imagens. Foram dadas dicas de como a prova é

realizada, como são os padrões das questões, o percentual de

questão por segmento e por dificuldade. Após a correção, os

dois primeiros colocados (1-Alessandro Nunes – HC / 2- Juliana

Rocha – Itork) foram presenteados com passagem, inscrição e

estadia para o TEOT 2014 através do apoio da Sanofi. Quanto à

situação financeira da SBOT-PE, resolvemos inovar e estamos

divulgando, nesta edição, na matéria “portal da transparência”,

um resumo do balanço financeiro, para que todos os ortopedistas

visualizem que foi graças ao apoio dos parceiros que neste ano

tivemos um recorde de arrecadação e que, em conjunto com o

projeto de diminuição de custo fixo, as metas propostas para

os parceiros puderam ser executadas focando toda a gama de

estratificação: R1, R2, R3 e ortopedistas formados.

Com relação às questões burocráticas, tivemos

problemas advocatícios que geraram um atraso imenso nas

regras de regularização estatutária, e já que seria necessário

realizar outras alterações após eleição, foi optado por contenção

de custo e iniciar apenas um processo no começo do ano.

Após um ano de dedicação, saio com a sensação

de dever cumprido, de que me esforcei ao máximo para o

crescimento de nossa Sociedade e com a esperança de ver

perdurar os programas teóricos e práticos, as confraternizações

e as parcerias.

[ Marcelo Krause ]Presidente SBOT-PE

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5

PRESIDENTEMarcelo Carvalho Krause Gonçalves

1º VICE - PRESIDENTEPablo de Andrade Lima

2º VICE - PRESIDENTEJader Wanderley Filho

1º TESOUREIROMarcos André Costa Ferreira

2º TESOUREIROOrcélio Fernandes Sampaio

1º SECRETÁRIOLeonardo de Lima Silveira

COORDENAÇÃO EDITORIALLuciano Conde

DESIGN E DIAGRAMAÇÃOKOMMU - Comunicação Inteligente

JORNALISTAS RESPONSÁVEISKeila Vasconcelos - DRT 3089Juliana Melo - DRT 3002(Comunicativa Assessoria de Imprensa)

IMPRESSÃOBrascolor Gráfica & Editora

www.portalsbot.org.br

Aconteceu

Medalha Saúde O ortopedista pernambucano Romeu Krause (Itork)

recebeu, dia 18 de dezembro, a medalha Mérito de Saúde

Professor Fernando Figueira, destinada aos melhores

profissionais da área, na Câmara Municipal do Recife.

Eleição SBOT-PE No dia 20 de dezembro foi realizada a eleição do ano

2015 da SBOT-PE na sua sede provisória, na Ilha do Leite. O

presidente eleito foi Marcus André. No próximo dia 03 de janeiro

tomará posse o presidente de 2014, Jader Wanderley.

Rom

eu Krause

Marcus A

ndré

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Revista SBOT | Edição 02 | Jan/2014

Sumário

CAPA 16

Programa de Educação Continuada SBOTArtroplastia total primária do joelho: Indicações, Alternativas e Limites

10

14

19

20

Avaliação pré - operatória22

Aconteceu 04 08

Portal da transparência: balanço financeiro da SBOT-PE 2013

Oportunidade de aperfeiçoamento nos EUA e Alemanha

Saúde nas ciclofaixas do Recife

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7

Festa do Ortopedista foi um sucesso! Em 2013 a Festa do Ortopedista foi um sucesso!

Aconteceu no Restaurante Sr. Chopp, no Espinheiro,

no dia 21 de setembro, das 12 às 18h. Mais de

cem profissionais prestigiaram o evento regado

à feijoada, bebidas e petiscos. Três bandas de

samba se apresentaram ao vivo em um ambiente

climatizado, descontraindo todos os presentes. A

entrada foi gratuita. Quem compareceu à Tecnov

garantiu o ingresso.

Para o presidente da SBOT-PE, Marcelo

Krause, este tipo de evento é importante para a

confraternização entre os médicos, colegas de

trabalho e companheiros de profissão, valorizando

cada vez mais a especialidade e unindo a categoria.

Aconteceu

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Revista SBOT | Edição 02 | Jan/2014

A TECNOV APRESENTOU NO RECIFE AS ÚLTIMAS NOVIDADES TECNOLÓGICAS EM ORTOPEDIA PARA TRATAMENTO DE DOENÇAS

R ecife foi palco, de 16

a 19 de setembro de

2013, de um evento na

área de ortopedia que

contou com a presença de convidados

internacionais para apresentar as

últimas tecnologias no setor. À frente

da Tecnov - Jornada Internacional de

Tecnologia e Inovação em Ortopedia

- estiveram o médico Romeu

Krause e o presidente da SBOT-PE,

Marcelo Krause. Foram marcantes

as presenças de especialistas locais

e laboratórios (Ortoplan, Opera, PE

Implantes e ADN Saúde – Soluções

Cirúrgicas) que exibiram suas

expertises.

Marcelo Krause destacou o

fato de ser a primeira vez que acontece

o evento com especialistas da França

e Estados Unidos. “Havia dez anos que

não ocorria um encontro promovido

pela SBOT-PE. Esperamos muita

troca de informações e um público

interessante”, disse, ao começo da

jornada de palestras. Além disso,

Krause destacou a apresentação

de novos medicamentos, como

uso de viscossuplementação,

condoprotetores, anticoagulantes, das

células – tronco, emprego da robótica

e navegação, de procedimentos

pouco invasivos. “Hoje é evidente

o nível superior dos instrumentos

cirúrgicos”, ressalta.

Para Romeu Krause, a Tecnov

foi um evento com filosofia inovadora,

que trouxe o melhor da tecnologia

na área ortopédica a Pernambuco,

desfazendo alguns dogmas. “Foi uma

oportunidade ímpar!”, comemorou.

O evento aconteceu ainda em

homenagem ao Dia do Ortopedista,

ocorrido em 19 de setembro.

A Jornada Internacional

de Tecnologia e Inovação em

Ortopedia foi prestigiada também

pelo americano James E. Tibone,

da University of Southern California.

Ele proferiu palestra que trouxe

os novos conceitos sobre cirurgia

artroscópica de ombro e o uso de

enxertos nas lesões maciças do

manguito rotador, entre outros

tópicos. Veio a convite da SBOT-PE,

estreando na capital pernambucana.

O médico Epitácio Rolim

Filho, ortopedista da área pediátrica,

especializado no tratamento de

deficiências musculoesqueléticas,

falou dos fixadores externos,

apresentando uma visão do que há

de mais moderno no segmento e

disseminando novos conhecimentos

ao público presente.

Já o francês Stéphane

Denjean conta a sua segunda

estada no Brasil, sendo a primeira

no Recife. “Tenho a expectativa de

dividir meus feitos, de mostrar o uso

da tecnologia a favor das cirurgias.

Quero passar minha experiência aos

médicos e conhecer os cirurgiões”,

revela.

A Tecnov também integrou

os ortopedistas recém-formados

à comunidade médica, bem como

os residentes. Foi um experimento

bem-sucedido para tentar, nos

próximos anos, reativar o Congresso

Pernambucano de Ortopedia.

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A Tecnov apresentou no Recife as últimas novidades

tecnológicas em ortopedia

para tratamento de doenças

01

Aconteceu

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Revista SBOT | Edição 02 | Jan/2014

Matéria de 1PágPrograma de Educação Continuada SBOT

N o mês de setembro, a SBOT –PE realizou

sua PEC Regional, com o tema Artroplastia

Total Primária do Joelho: Indicações,

Alternativas e Limites, no Hotel Beach

Class. Foram palestrantes: Rogério Fuchs, de Curitiba,

com o tema: Limites da Artroscopia Primária: casos

não convencionais; Romeu Krause, de Pernambuco,

falando sobre opções não cirúrgicas na artrose do joelho:

condoprotetores e viscossuplementação; e José Maria

de Carvalho, também de Pernambuco, sobre Artroplastia

Total x Unicomportamental. O evento reuniu cerca de 50

profissionais para debater o assunto. Segundo Marcelo

Krause, presidente da SBOT-PE, esse tipo de encontro

serve para sedimentar o conhecimento e discutir as

novidades do mundo e suas aplicações. “ É importante

unificar as informações para que todos falem a mesma

linguagem e estejam no mesmo patamar de atualização”,

ressalta Krause.

O evento iniciou com Marcelo, agradecendo

as parcerias e, em seguida, passando o bastão para o

primeiro palestrante, Romeu Krause, do Itork. Durante

a palestra, Krause alertou para o fato de problemas no

joelho estarem se tornando caso de saúde pública e que é

Artroplastia total primária do joelho: Indicações, Alternativas e Limites

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preciso ter atenção especial a isso. Citou os tratamentos

não cirúrgicos e finalizou ressaltando que a associação

das drogas indicadas, para agirem em vias diferentes, é

melhor do que as isoladas.

Rogério Fuchs, do Instituto Fuchs Joelho e Quadril, realizou

sua palestra de forma dinâmica, com a participação de todos. Trouxe

vários casos clínicos e questionou os presentes acerca das temáticas

levantadas em pauta. Logo em seguida, José Maria Carvalho, da

Ortoclínica, iniciou sua palestra com um histórico das artroplastias,

defendeu que a prótese unicomportamental é uma atraente alternativa

para osteotomia ou artroplastia total em pacientes criteriosamente

selecionados, apresentou imagens de cirurgias unicomportamentais

e também trocou ideias com os presentes.

Todos os palestrantes do dia foram unânimes em

concordar com a importância de eventos desse nível, que

aproximam os médicos, favoreceram a troca de experiências

e enriquecem o conhecimento. Romeu Krause destacou que a

informalidade, a expressão de opiniões, cada um apresentando

sua realidade, enriquece o conhecimento e o paciente será

o maior beneficiado. Destacou ainda a importância de tratar

os pacientes com individualidade. Rogério Fuchs lembrou

como é valiosa essa troca de experiências entre pessoas

que praticam a especialidade há anos. José Maria Carvalho

finalizou ressaltando que esses encontros se distanciam da

superficialidade, além de debaterem técnicas importantes e

atuais, utilizadas no mundo inteiro.

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Revista SBOT | Edição 02 | Jan/2014

CONTRIBUIÇÃO DO RADIOLOGISTA NA AVALIAÇÃO DAS LESÕES MuSCULOESQUELÉTICAS DOS ATLETAS

E

m todos os esportes, existem lesões típicas que

estão diretamente relacionadas aos movimentos

envolvidos em cada modalidade.

O futebol é um esporte que merece destaque pela

sua popularidade e pelo grande número de lesões decorrentes

de sua prática. A grande maioria das lesões desta modalidade

é de natureza leve a moderada, e as mais frequentes são as

contusões musculares e as entorses das articulações.

As lesões musculares são responsáveis por

30-50% de todas as lesões desportivas. A maior parte

delas acontece durante uma arrancada ou uma corrida

a toda velocidade, sem qualquer impacto ou contato

com outros jogadores. Os músculos mais acometidos

são aqueles biarticulares, que têm predomínio de fibras

do tipo 2 e distribuição peneada de suas fibras, como,

por exemplo, os músculos isquiotibiais, quadríceps e

gastrocnêmios.

A ultrassonografia realizada em aparelho de alta resolução

e por médico radiologista experiente na avalição do sistema

musculoesquelético, é o método de escolha na avaliação das lesões

musculares, visto que demonstra a arquitetura muscular com uma

resolução mais alta do que a atualmente obtida pela ressonância

magnética (RM), além de ser relativamente de baixo custo, não

utilizar radiação ionizante, avaliar de forma dinâmica os tendões,

músculos e as partes moles, auxiliar nas punções e aplicação de

drogas, no diagnóstico das complicações e ajudar na decisão do

retorno às atividades esportivas.

lesão grau II do bíceps femoral.

Page 13: 2. Edição da SBOT Magazine

13

04

Assim como o tornozelo, o joelho é uma

articulação frequentemente lesionada em jogadores

de futebol. Impactos diretos ou indiretos podem afetar

ligamentos (principalmente o ligamento cruzado anterior -

LCA), tendões ou cartilagens.

A lesão no joelho mais temida e uma das mais

graves é o rompimento do LCA.

O LCA é um dos principais estabilizadores do joelho. A RM

é o método diagnóstico de escolha na suspeita de lesões

completas ou parcias, agudas ou antigas, assim como dos

achados associados e avalição pós-operatória.

É necessário RM de alto campo, com sequências

especias para a avaliação precisa deste ligamento, além

de uma seleção e pós-processamento das imagens,

visando agilizar e facilitar a interpretação do exame pelo

médico solicitante.

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Revista SBOT | Edição 02 | Jan/2014

Portal da transparência: balanço financeiro da SBOT-PE 2013

P ela primeira vez, a SBOT-PE realiza

divulgação pública para todos os ortopedistas

e parceiros, para que tenham noção de como

funcionamos, de onde vem nosso dinheiro,

como podemos trabalhar, quem são nossos reais parceiros

e por que precisamos tanto do apoio de todos os colegas

e do pagamento em dia da anuidade da SBOT nacional.

A SBOT-PE vinha de uma situação financeira difícil

nos últimos anos, em recuperação gradual principalmente

com os esforços dos últimos presidentes. A sede da

regional Pernambuco tinha muitos problemas estruturais

(estacionamento complicado, infiltrações, problemas

com o condomínio) que fizeram com que seu espaço

fosse subutilizado ao longo do tempo. Auditório parado

é prejuízo. Dividir a sede com outras especialidades não

foi uma ideia viável. O custo fixo (como se pode ver nos

meses de janeiro e fevereiro) era muito alto, apesar de

ser um espaço próprio (não ter aluguel). Sua venda era a

única forma de reerguer a SBOT-PE e permitir a realização

dos eventos que sempre gostaríamos de ter. O dinheiro

adquirido com a venda continua aplicado com a finalidade

de compra de nova sede no futuro.

Após a venda e com a parceria do ITORK, que

cedeu espaço físico, telefone fixo e internet banda larga, o

custo fixo passou de 4.156,87 para 1.592,63, ou seja, uma

“economia relativa” de 2.564,24 reais por mês. O repasse

financeiro da SBOT nacional se faz duas vezes no ano. O

primeiro é um percentual do lucro do CBOT, e o segundo,

um percentual das mensalidades pagas em dia pelos

ortopedistas cadastrados como daquela regional. Sendo

assim, vale salientar que quanto maior for o número de

ortopedistas pagantes em dia, maior será o repasse. O

percentual do lucro do CBOT é maior para a regional sede

do evento, por isso, temos que realizar um novo CBOT

no Recife. Não custa lembrar: foi o percentual do lucro do

CBOT de 2003 que possibilitou a compra da antiga sede.

Ter um projeto anual com calendário pré-definido

é essencial para arrecadação de fundos. Parceria só é

parceria se for boa pros dois lados. Apesar de tentarmos

montar contas, não podemos explorar uns ou simplesmente

excluir os menores, sendo assim, fomos fazendo ajustes,

ao longo do tempo, para que todos pudessem contribuir.

Apesar das cobranças constantes, existiram contribuições

irregulares de muitos parceiros, desistências de alguns e

inclusões pontuais de outros.

Em ordem de contribuição, para realização de

nosso projeto anual, tivemos (até fechamento desta

edição):

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Repasse da SBOT Nacional 30.658,16

SANOFI* 11.800,00

OPERA 14.800,00

PE implantes 12.800,00

ADN Saúde 12.800,00

ACHE 10.800,00

ORTOPLAN 8.500,00

Art Cirúrgica 7.000,00

MERCK 4.800,00

Ortoserv 4.000,00

Duder 2.000,00

Boeringher 2.000,00

Baxter 1.300,00

TOTAL DE ARRECADAÇÃO 117.958,16

TECNOV + festa do ortopedista 27.239,00

SBOT Magazine 11.565,00

Funcionário 9.535,00

Condomínio (antiga sede) 8.120,00

Contadora 3.575,00

Jantar homenagem novos membros 3.316,00

INSS 2.758,60

Passagens (funcionário) 1.650,00

FGTS 932,28

Telefone (antiga sede) + celular Fátima 710,20

Projetor 450,00

IPTU (antiga sede) 351,10

Despesas bancárias 202,80

Energia elétrica (antiga sede) 201,38

Total de despesas 70.696,36

Em ordem de contribuição, para realização de nosso projeto anual,

tivemos (até fechamento desta edição):

Sem programação de custo, sem a realização de eventos ou publicidades,

não se tem arrecadação.

* SANOFI -> +4.800,00 a serem depositados até o fim de dezembro / Contribuição nos eventos científicos dos

sábados dos R3 / forneceu passagem, estadia e inscrição para o TEOT 2014 a fim de premiar os 02 R3 com melhor

classificação após simulado.

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Revista SBOT | Edição 02 | Jan/2014

08

A importância da prova do TEOT para o ortopedista

A Sociedade Brasileira de Traumatologia e Ortope-

dia (SBOT) é respeitada hoje dentro do Ministério

da Educação (MEC) como uma sociedade médica

envolvida com o controle de qualidade da espe-

cialização em ortopedia. Foi uma das primeiras a elaborar e aplic-

ar um exame de titulação, o Título de Especialista em Ortopedia e

Traumatologia (TEOT), enquanto existem especialidades que, até

hoje, baseiam-se na concessão do título somente pela aprovação

do residente. A aproximação entre SBOT e Comissão Nacional de

Residência Médica (CNRM) fez com que a sociedade se tornasse

referência, um modelo nacional. A Comissão de Ensino e Treina-

mento (CET) tem a função, dentre outras, de organizar a prova para

obtenção do Título de Especialista em Ortopedia e Traumatologia

(TEOT), que ocorre uma vez por ano. Hoje, o TEOT é exigido como

critério de contratação pelos melhores hospitais, já que a SBOT

conseguiu organizar, em nível nacional, o ensino da ortopedia.

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09

Para o ortopedista Marcos Pablo, que já fez a prova

da TEOT em 2011, a expectativa de futuro é que

a SBOT mantenha o mesmo padrão de excelência que marcou anos anteriores.

Para o ortopedista Marcos Pablo, que já fez a prova da

TEOT em 2011, a expectativa de futuro é que a SBOT mantenha

o mesmo padrão de excelência que marcou anos anteriores.

“Temos uma prova abrangente, bem elaborada e que cobra dos

candidatos não apenas um conhecimento teórico, mas também

uma habilidade prática ao simular situações cirúrgicas como

parte da sua avaliação, além de avaliar a capacidade deste can-

didato em dialogar com outros médicos acerca das doenças que

acometem seu paciente. É, dessa forma, uma prova que verda-

deiramente avalia se os candidatos estão aptos a compor um

dos grupos científicos mais destacados do nosso país. Esse tipo

de prova se faz importante por selecionar com rigor ortopedistas

que gozam de conhecimento suficiente à prática dessa espe-

cialidade, garantindo um bom atendimento aos pacientes, além

de maior credibilidade aos membros da SBOT”, finaliza Marcos.

Leonardo Silveira, profissional que realizou a prova

Page 18: 2. Edição da SBOT Magazine

Revista SBOT | Edição 02 | Jan/2014

em 2010, também considera importante a prova do TEOT. “

Ao final da residência médica, quando me submeti ao TEOT, a

expectativa era de ser aprovado para pertencer a um grupo forte

de especialistas e com credibilidade. A importância dessa prova

está no fato de estimular todos a estudar mais e preparar melhor

os ortopedistas em formação para atender a sociedade. Fazer

parte da SBOT é importante para que o ortopedista se mantenha

atualizado nas diversas subespecialidades, o que é fundamental

para manter um atendimento de excelência”, conclui Silveira.

Para Leonardo Pinheiro, ortopedista que fará a

próxima edição, em janeiro de 2014, a prova da SBOT tem uma

importância muito grande para os residentes de Ortopedia e

Traumatologia. “É o reconhecimento da formação de três anos

como residente em seus serviços. É uma conquista pessoal e,

ao mesmo tempo, coletiva, pois todo residente é um verdadeiro

aluno cercado pelos seus preceptores”. “Não é necessário

o TEOT para atuar como ortopedista. Basta ter concluído a

residência pelo MEC. Porém, num país como o nosso, que passa

por uma invasão de médicos estrangeiros, muitos com formação

médica de baixa qualidade, e que o Ministério da Saúde permite

que trabalhem sem registro no Conselho Regional de Medicina,

o reconhecimento do especialista pela Sociedade Brasileira da

área ganha importância extra, visto que atesta bons níveis de

conhecimento teórico e prático. Há ainda uma outra importância

na aprovação dos residentes no TEOT, que é assegurar o

reconhecimento ao serviço onde ele foi residente. Sabe-se que

um serviço que não aprova a maioria dos seus residentes pode

ser descredenciado pela SBOT. Portanto, passar no TEOT é

a última e mais importante missão de todo residente. E, para

alcançar este objetivo, é necessário muito estudo nos três anos

de duração da residência”, explica Pinheiro.

Alessandro Nunes, que também fará a prova pela

primeira vez, na próxima edição, reitera que atualmente a

avaliação do TEOT tem uma importância fundamental para

os médicos residentes de ortopedia e traumatologia, e nota-

se o quanto também ela é valiosa para a sociedade. Este

recurso possui vital significância, pois para o residente traz a

oportunidade de receber o feedback sobre seu desempenho,

possibilitando a melhoria deste. Para a sociedade, cria a

possibilidade de receber profissionais que se submeteram a

um controle de qualidade. “Esta avaliação do desempenho é

uma ferramenta muito importante no universo médico, pois,

através dela, o ortopedista tem a oportunidade de se avaliar

e ser avaliado. Também é um mecanismo interessante para

avaliação dos cursos de especialização e dos programas

de residência médica de todo o país. Possibilita ajustar

determinadas falhas e promover o aproveitamento desse

capital humano. Saber daquilo que foi exposto acima contribui

para o estresse diante da prova iminente do TEOT. E toda

aquela expectativa relacionada à importância desta avaliação

gera ansiedade de desempenho. E, logicamente, torna-se uma

tarefa árdua controlar essas pressões intrínsecas ao momento

e ao sentimento de sucesso e fracasso. Mas temos que manter

a concentração e encararmos de frente essa etapa que, para a

maioria, nada mais é do que o encerramento de um ciclo para

o início de outro”, conclui Nunes.

O preceptor Romero Mendes acrescenta ainda que

o título de especialista da SBOT traz para toda sociedade a

garantia na qualidade da formação do médico ortopedista, em

especial após a implantação da prova de habilidades. Também

contribui para o controle dos serviços credenciados, além

de nortear o estudo dos residentes durante os três anos de

formação.

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11

Há quatro anos, o ortopedista pernambucano Romeu

Krause e o ortopedista René Abdalla, consultores da

Smith & Nephew, representada no Brasil pela Dis-

tribuidora Opera e PCE, coordenam, em Andover,

Boston, um laboratório Cadaver Lab, com a finalidade de pesquisa e

treinamento para aperfeiçoamento em cirurgia do joelho.

A parceria consiste na pesquisa contínua dos coordena-

dores e a oportunidade da realização de cursos práticos em cadáver,

sendo divididos em duas etapas, básico e avançado, com frequên-

cia de duas vezes ao ano, com turmas de dez profissionais brasilei-

ros selecionados. Curso este que não existe no Brasil e que difere

dos demais existentes por ter como característica ser ministrado por

brasileiros, facilitando, assim, a interação entre os participantes.

Durante o ano, nos meses de fevereiro e setembro, 20

profissionais participam do Curso Básico e 20, do Avançado, que são

orientados por 10 preceptores também brasileiros. Em 2014, o curso

irá premiar os R4 destaques de cada serviço credenciado pela SBCJ,

que serão indicados pelos chefes do serviço, e o primeiro colocado

na prova de conclusão de R4.

Como a iniciativa do Laboratório Cadaver Lab tornou-se um

sucesso, está sendo implantado, em Munique, na Alemanha, uma es-

trutura similar, e terá as primeiras turmas no próximo ano. A empresa

investidora é a Aesculap, representada pela distribuidora Opera. O

serviço será coordenado por Romeu Krause, Marcos Luzo (Unifesp)

e Anderson Costa (Hospital Naval Marcilio Dias - RJ). Serão realiza-

das aulas teóricas sobre Artroplastia Primária Total de Joelho ( passo a

passo da técnica cirúrgica), truques, pitfalls e aula prática em cadáver.

Para cada dois alunos convidados, existirá um preceptor.

As aulas serão ministradas em português, com material

igual ao utilizado no Brasil, repetição da prática mais de uma vez,

discussão do treinamento e sugestões para aprimoramento. Uma

iniciativa louvável que irá beneficiar profissionais brasileiros da área.

Oportunidade de aperfeiçoamento nos EUA e Alemanha

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Revista SBOT | Edição 02 | Jan/2014

R ecife é uma cidade que nasceu com uma geo-

grafia privilegiada, voltada para a beleza, plana

e cortada por dois rios que se encontram e desa-

guam no Oceano Atlântico. Cidade que acordou

ainda mais bonita quando centenas de pessoas com roupas

coloridas, trajes apropriados, inauguraram as ciclofaixas criadas

pela Prefeitura. Aqui, as famílias deixaram seus apartamentos,

filhos deixaram as televisões, jogos eletrônicos, redes sociais

( facebook, whatsApp) e se agruparam para fazer encontros

com outras famílias e desfrutarem o momento de lazer e saúde

através das pedaladas em suas bicicletas ( bikes), para usar um

termo mais moderno.

O exercício pedalar teoricamente é saudável. É verdadeira esta afirmação?

Tudo começou a acontecer como se imaginava. To-

dos os participantes alegres, porém poucos utilizando de fer-

ramentas apropriadas para prática daquele lazer ou esporte.

Bikes, de todos os modelos, trajes visualmente bonitos, mas

os cuidados com a saúde ( ingerir líquidos hidratantes, usar

protetores solar) são colocados em segundo plano. Tudo era

alegria.

SAÚDE NAS CICLOFAIXAS DO RECIFE Romeu Krause

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O r t o p e d i a Pediátrica nos dias atuais [ Salvador Luiggi ]

A Ortopedia Pediátrica é uma especialidade que já

se impõe no mundo, principalmente no Primeiro

Mundo. A necessidade da formação da Ortopedia

Pediátrica se deu devido à complexidade de

entender e tratar tantas síndromes, defeitos congênitos, doenças

metabólicas, doenças neuromusculares e as sequelas daqueles

pacientes que ainda crescem.

Um dos precursores da Ortopedia Pediátrica

no Brasil foi o Hospital Menino Jesus, no Rio de Janeiro, que

teve como fundadores da especialidade os médicos Campos da

Paz e Arcelino Bitar. O hospital era eminentemente Pediátrico.

Lá existia um dos primeiros pulmões de aço para tratar polio na

fase aguda, que acometia a musculatura intercostal, assim como

as sequelas da doença, que, hoje, graças à vacinação, já se

encontra em extinção em nosso país. As sequelas de paralisia

cerebral eram poucas porque os bebês não sobreviviam à sua

prematuridade, diferente de hoje, que os cuidados pré e pós-

natal salvam muitas crianças que em alguns casos apresentam

sequela neurológica.

A especialidade se impõe porque é muito diferente

tratar daqueles que crescem dos que pararam de crescer.

Também é uma especialidade que se tem que pensar com a

natureza, pois ela em muitas vezes é responsável pelo sucesso

de uma conduta mais conservadora. Por fim, tratar uma criança

não é só cuidar dela e sim muitas vezes orientar seus pais e

avós.

As semanas se passaram e em cada uma delas o

aumento do número de participantes. Observando a movimen-

tação, no meu íntimo começou a aparecer a sensação do perigo

para a saúde dos participantes. Nasceu então a ideia de prote-

ger preventivamente o público desta atividade, criando áreas de

avaliação e orientação de como eles poderiam exercê-la com

mais segurança para a saúde.

Colocamos em pontos estratégicos das ciclofaixas pos-

tos médicos para avaliar o ciclista, aferindo a pressão arterial,

a glicemia, nos caso dos diabéticos, orientando como e qual a

bike ideal para o biotipo, como hidratar-se, fazer uso de protetor

solar, ou seja, tudo com o propósito de tornar aquela atividade

recreativa mais segura e saudável.

O grupo do ITORK, junto ao Hospital Esperança do

Grupo Dör, estudou o projeto e criou a proposta, apresentando-

a ao prefeito da cidade do Recife, Geraldo Júlio - ideia que foi

acatada de imediato.

Nossa iniciativa começou no dia 11 de agosto e até

a presente data, mais de dois mil atendimentos foram feitos.

Esta ação começou a atrair novos parceiros, como o Saúde

Residência (ambulância com desfibrilador, etc). A duração pre-

vista é de um ano, com vários postos de atendimento: roteiro

Norte: Av. Mario Melo, próximo ao Procape; roteiro sul , Rua

Antônio Gois, em frente ao DNIT; roteiro oeste, Praça Chora

Menino. Entre ações que executamos, destaque para atendi-

mentos de primeiros socorros, prevenção de acidentes de

trânsito, realização de curativos, execução de IMC, aferição de

pressão arterial, medição de glicemia, circunferência abdomi-

nal, estatura e peso.

Romeu Krause

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Revista SBOT | Edição 02 | Jan/2014

AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA

A s cirurgias eletivas em ortopedia têm crescido nos

últimos anos haja vista uma maior expectativa de

vida, novos conceitos relacionados à qualidade

de vida e à medicina preventiva, sem esquecer

dos diagnósticos mais precisos e precoces com a evolução dos

exames complementares.

Pacientes cada vez mais velhos sendo submetidos

a procedimentos e o uso cada vez mais comum de múltiplos

medicamentos torna a presença de comorbidade e as

associações medicamentosas algo frequente que demanda

atenção redobrada e uma avaliação pré-anestésica passa

a ser de suma importância, a fim de identificar e quantificar

os fatores de risco, suspender, substituir ou adequar as

medicações, orientar o jejum, diminuir a ansiedade do

paciente e orientar sobre o procedimento anestésico mais

adequado.

Cirurgias de grande porte, como artrosplastias com

implantes, de forma não rara, são realizadas em pacientes

da terceira idade que muitas vezes necessitam de avaliação

multidisciplinar e não de parecer cardiológico isolado. Avaliação

vascular, de uma infectologista, e avaliação anestésica

corroboram para o sucesso do procedimento.

A conduta anestésica muda de acordo com a cirurgia,

o tempo do procedimento, o posicionamento do paciente e a

condição clínica, principalmente cardíaca, pulmonar, de vias

aérias e hemodinâmica. Se Raqui, peridural, geral (com ou sem

broncoscopia) e/ou bloqueio? Só avaliando.

Atualmente preconiza-se um menor do tempo de jejum

para alguns alimentos, principalmente de líquidos claros, a fim

de obter hidratação, diminuição de náuseas e vômitos (mais

comuns em jejum prolongado) e conforto ao paciente .

Silvana Amorim

Para listar alguns dos motivos de uma avalição

anestésica prévia:

1. Conhecer o paciente e este o profissional a quem creditará

sua confiança.

2. Otimizar clinicamente o paciente.

3. Informar sobre o tipo de anestesia, seus riscos e beneficios.

4. Tornar ciente sobre a necessidade do jejum, evitando

possível e temida broncoaspiração.

5. Suspender e/ou manter medicações de uso habitual do

paciente, quando necessário, e pontuar o motivo para o

mesmo.

6. Solicitar mais exames que possam ajudar na aptidão para

cirurgia, sempre que necessário.

7. Encaminhar a outras especialidades quando mister.

8. Preparar o paciente psicologicamente para cirurgia e

eventuais suspensões.

9. Prescrever as medicações e observações para que a equipe

de enfermagem possa ministrar assim que o paciente se

internar.

10. Coletar termo de ciência e consentimento sobre o

procedimento anestésico e cirúrgico.

11. Evitar surpresas desagradáveis.

É certamente por todos estes aspectos que não se

pode, não se deve subestimar a avaliação pré-anestésica e sim

colocá-la em prática no nosso dia a dia.

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