2. Farmacia Homeopatica

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    FARMÁCIA HOMEOPATICA  8º SEMESTRE 2015 

    HISTÓRIA ....................................... 2 

    Hipocrates e a similitude ........ 2 Hahnemann ............................ 2 

    ORGANOM .................................. 2 Brasil ....................................... 2 

    DEFINIÇÃO ..................................... 3 

    CONCEITOS .................................... 3 

    FUNDAMENTOS ............................. 4 

    Lei dos semelhantes ................ 4 Experimentação no homem

    sadio ....................................... 4 Doses mínimas ........................ 4 Remédio único ........................ 4 

    ESCOLAS HOMEOPATICAS .............. 5 

    Unicismo ................................. 5 Kentismo ................................. 5 

    Pluralismo ............................... 5 Complexismos ......................... 5 Organismo .............................. 5 

    MEDICAMENTOS HOMEOPATICOS . 6 

    ORGANOM .................................. 6 Medicamento vegetal ............. 6 Medicamento animal .............. 7  Medicamentos minerais ......... 8 

    Minerais naturais .............. Erro!

    Indicador não definido. Medicamentos policrestor ...... 8 Medicamentos incompatíveis . 8 Medicamentos

    complementares ..................... 8 NOMENCLATURA ........................ 8 SINONIMIAS .............................. 10 

    SAUDE-DOENÇA ........................... 11 

    ORGANOM ................................ 11 NÍVEIS DINÂMICOS .................... 11 DOENÇAS .................................. 12 

    Doença aguda ....................... 13 Doença crônica ..................... 13 

    Doenças medicamentosas ..... 13 Doenças crônicas falsas ......... 13 Doenças crônicas verdadeiras,

    ou miasmas ........................... 13 

    MIASMAS .................................. 14 Psora ..................................... 14 Sicose .................................... 14 Sífilis ...................................... 14 

    PROCESSO DE CURA .................. 15 

    FARMACOLOGIA .......................... 16 

    AÇÃO PRIMARIA E REAÇÃO SECUNDÁRIA ............................. 17 

     Ação primária ....................... 17  Reação secundária ................ 17  

    FARMACOLOGIA DOS 

    CONTRÁRIOS ............................. 17 ENERGIA MEDICAMENTOSA ..... 18 

    BIOTERÁPICOS E ISOTERAPICOS .... 8 

    Bioterápicos ............................ 8 Isoterápicos ............................ 8 

    Autoisoterápicos ..................... 8 Heteroisoterápicos .................. 9 

    RDC 67 ......................................... 19 

    ANEXO 5 .................................... 19 Objetivo ................................ 19 Infraestrutura ....................... 19 Limpeza e sanitização ........... 19 Manipulação ......................... 19 Rotulagem e embalagem ..... 19 

    FARMACOTÉCNICA HOMEOPATICA

     ..................................................... 21 

    Boas práticas de manipulação e

     preparação homeopática

    (BPMH) ................................. 20 ALCOOMETRIA .......................... 21 

    Determinação de título

    alcoometrico ......................... 21 Preparo de álcool etílico diluído

    ............................................... 21 TINTURA MÃE (TM) ................... 22 

    Preparação ........................... 22 Maceração .................... ......... 22 Percolação .................... ......... 22 

    Determinação do resíduo sólido

     .............................................. 22 MÉTODO HAHNEMANNIANO ... 24 

    Método de frascos múltiplos 24 Técnica de obtenção ........... .. 24 

    Método de trituração ........... 25 Escala cinquenta milesimal... 26 

    Técnica .................... ............... 26 Dispensação ................... ........ 26 

    MÉTODO KORSAKOVIANO ........ 27 Técnica .................................. 27  

    MÉTODO DE FLUXO CONTÍNUO 

    (FC) ............................................ 27 Técnica .................................. 27  

    FORMAS FARMACEUTICAS .......... 28 

    FORMAS FARMACÊUTICAS DE USO 

    INTERNO ................................... 28 Dose única líquida................. 28 

    Preparação líquida (gotas) ..... 28 Forma liquida ........................ 28 Formas sólidas ...................... 28 

    Glóbulos................................. 28 Pós ........................................ . 29 

    Tabletes ................................ . 29 Comprimidos ......................... 30 

    VALIDADE .................................. 31 Formulações líquidas ............ 31 Formulações sólidas ............. 31 FORMAS FARMACEUTICAS DE

    USO EXTERNO ....................... 32 Formas liquida ...................... 32 

    Liniamento ..................... ........ 32 Preparações nasais ................ 32 Preparações oftálmicas ......... 32 Preparações otológicas .......... 32 

    Formulações semissólidas .... 32 Cremes .................... ............... 32 Géis-Cremes ...................... .... 33 Pomadas ................................ 33 

    PREPARAÇÕES ........................... 34  Arnica Montana 6CH líquida 34 

    Procedimento ........................ 34 Chamomilla 6CH (V/X/20) e

    31CH ..................................... 34 Procedimentos ..................... . 34 

    Sulphur 12LM ........................ 35 Procedimento ........................ 35 

    Sulphur .................................. 35 Do sólido para o líquido ......... 35 

    Calcarea carbônica ............... 35 Procedimento ........................ 35 

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    HISTÓRIAHipocrates e a similitude

    Na Grécia, para Hipocrates a cura tinha por base opoder curativo da natureza a Vis MedicatrixNaturae, que mantinha a pessoa em harmoniaconsigo mesmo e com a natureza. A doença é umaperturbação do equilíbrio dessa harmonia.

    HahnemannEm 1790, Hahnemann ficou indignado quandotraduziu a matéria médica, do médico escocêsWillian Cullen, onde dizia que a quina tinhaeficiência terapêutica sobre o estomago depacientes acometidos pela malaria. A partir dissoele resolveu fazer experiências ingerindo, por váriosdias, certa quantidade de quina. Para sua surpresaele passou a apresentar uma série de sintomasparecidos aos da malaria. Ao suspender o uso dadroga, sua saúde voltou ao normal. Em seguida

    experimentou a quina em seus familiares e amigos,notando que o fenômeno se repetia, passou assima realizar experimentos com outras substâncias,catalogando seus efeitos no organismo sadio. Apartir da compilação dos sinais e sintomas queessas substâncias provocaram no homem sadio,ele decidiu fazer novas observações agora nohomem doente, para confirmar o principio dasimilitude. Como a maioria dos resultados foipositivo, a hipótese de Hahnemann foi confirmada.Em 1805, publicou a primeira edição de seu livro,

    Organon d a arte da cura , no qual se encontram a

    doutrina homeopática e seus sintomas, regras paraexame, entrevistas e tratamento.

    Figura 1: Chris t ian Friedrich Samu el Hahnemann (1755- 1843) alemão nasc ido em Meissem , filho d e um p into r depor celana, falava várias língu as. Est udo u m edicin a emLeipzig, Viena e Erlanger. Teve 11 fi lhos no primeirocasamento. Largou a medicina pois, estava insatisfeitocom seus resultados.

    ORGANOMOrganom §1: a mais alta e única missão do médicoé restabelecer a saúde nos doentes, que é o que sechama curar.Organom §3: se o médico percebe o que há paraser curado nas doenças, isto é, em cada casoindividual, de doença, se ele também percebe o que

    é curativo nos medicamento, ao que considerousem duvida patológico no paciente, se sabe adaptá-lo, tanto a respeito da conveniência domedicamento mais apropriado quanto ao seu modode ação no caso de que se trata, como a respeito

    da maneira exata de sua preparação e quantidade,e do período apropriado de sua repetição; se,finalmente, conhece os obstáculos aorestabelecimento em cada caso, e sabe removê-losde modo que a cura seja durável: então ele saberáagir de maneira racional e profunda, e então eleserá um verdadeiro médico.

    Organom §5: no auxilio da cura servem ao médico,os dados detalhados da causa ocasional mais

     provável da doença aguda, bem como osmomentos mais significativos na historia inteira dadoença crônica, para encontrar a sua causafundamental, na maioria dos casos devido a ummiasma crônico. Ele deve considerar a constituiçãofísica do paciente, seu caráter normal e intelectual,suas ocupações, seu modo de vida e hábitos suascondições sociais e domésticas, sua idade e funçãosexual etc.

    BrasilFoi introduzido no Brasil em 1840, pelo médico

    Frances Dr. Benoit Jules Mure. As TM eramtrazidas da Europa e os próprios médicos amanipulavam, devido à falta de farmáciasespecializadas. Em 1851 a escola homeopática doBrasil, por pressão dos farmacêuticos, aprovou aseparação da prática médica da praticafarmacêutica em 1886, com decreto nº 9.554, surgiuuma lei que dava direito de manipulação apenasaos farmacêuticos. A partir de 1965, surgiram leisespecificas para a farmácia homeopática até que,por meio do decreto nº. 78.841 de 25/11/1976 foiaprovado a primeira edição da FHB. Em 1980 coma resolução nº 1000/80. A homeopatia foireconhecida pelo conselho federal de medicinacomo especialidade médica.

    Figura 2: Benoit Jules Mure (1809-1858) filho de ricoscom erciantes de seda, pegou tuberculose, e foi salvo por ummédico hom eopata, após su a cura, dedic ou s e ao estudo dahom eopatia, teve contato com Hahnemann em paris e com elemant eve cor respo ndência.

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    DEFINIÇÃO A homeopatia é uma especialidade médico-farmacêutico que consiste na administração dedoses mínimas da substancia, de acordo com a leidos semelhantes (s imi l ia simi l ibu s curantur) , paraevitar piora dos sintomas e estimular a reaçãoorgânica na direção da cura.

     A homeopatia é baseada no principio da similitude,apoiada na observação experimental de que todasubstância capaz de provocar determinadossintomas num individuo saudável é capaz de curar,desde que em doses adequadas, o doente queapresente sintomas semelhantes. Ex.: umasubstância que causa tosse, diarreia e provoquevômitos, curam doenças que apresentam sintomassemelhantes, desde que usadas em dosesmenores.

    CONCEITOSPatogenesias: É o conjunto de sintomasapresentadas por um indivíduo sadio e sensível,durante a experimentação de uma droga.Alopatia: Usam-se remédios de ação diferentes dadoença que precisa ser tratada.Isopatia: usa o mesmo fator que é a causa dadoença, por exemplo, temos as vacinas e os soros.Dinamizações: processo de diluição, sucussõesou triturações sucessivas do PA e do VI;Escala: é a proporção entre VI e PA usada napreparação das dinamizações. As formasfarmacêuticas derivadas são preparadas segundoas escalas centesimal (CH), decimal (DH) ecinquenta milesimal (LM).  CH: preparada na proporção de 1/100 (1 parte

    do PA em 99 partes de VI: total de 100 partes);  DH: preparada na proporção de 1/10 (1 parte

    do PA em 9 partes de VI:total de 10 partes);  LM: preparada na proporção de 1/50000.Formas farmacêuticas derivadas (FFD): sãopreparações vindas do PA obtidos por diluições em

    VI´s adequados seguidos de sucussões outriturações sucessivas, conforme a FHB.Medicamento homeopático: forma farmacêuticade dispensação ministrada segundo princípio dasemelhança, com objetivo curativo ou preventivo;Medicamento composto: é preparado decomponente único mais PA;Medicamento de componente único: é preparadoa partir de um só PA;Sucussões: processo manual que consiste nomovimento vigoroso e ritmado do antebraço, contraanteparo semirrígido, do PA, dissolvido em VI

    adequado.Tintura mãe (TM): É a forma farmacêutica líquidaque origina as diferentes formas, e diluições demedicamentos homeopáticos, sendo preparadapara extração de substância vegetal ou animais

    dissolvidos ou extraídos por maceração oupercolação numa solução hidroalcoolica.

    Insumo ativo: principio ativo, tintura mãe, trituraçãomãe;Insumo inerte: excipiente ou veiculo álcool 96, 70,30 e 20% e outras diluições, água destilada,glicerina, lactose, glóbulos inertes, comprimidosinertes;Potencial: energia adquirida pelo medicamento

    após a dinamização.Matriz: insumo ativo de estoque para preparaçãode medicamentos homeopáticos ou formasfarmacêuticas derivadas;Trituração: consiste na redução do insumo ativo apartículas menores por meio de processoautomatizado ou manual, usando lactose comoinsumo inerte, visando dinamizar o mesmo.Repertórios homeopáticos: é um índice desintomas coletados, a partir de registrostoxicológicos, experimentações em indivíduossaudáveis e curas praticadas na clinica, que são

    reproduzidos e arranjado de forma prática,auxiliando-nos a encontrar os sintomas requeridos juntamente ao medicamento ou grupo deles, osquais são citados em diferentes graus, com aintenção de facilitar a rápida seleção do Simillimum.

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    FUNDAMENTOSEssa ciência tem por fundamento quatro princípios:

      Lei dos semelhantes;  Experimentação no homem sadio;  Doses mínimas;  Remédio único.

    Lei dos semelhantesQualquer substância que provoque determinadossintomas em humanos saudáveis e sensíveis, comdoses adequadas e especialmente preparadas, écapaz de curar um doente que apresente quadro desintomas parecidos, exceto lesões irreversíveis.Ex.: um doente com úlcera gástrica, durante umavisita ao homeopata, afirma sangrar comfrequência, têm diarreias eventuais e explosivas,gosto amargo na boca, sensação de sufocamentocom falta de ar à noite, grande inquietude deespírito, ansiedade e muito medo da morte,diminuição da memória, além de queimação noestomago, que acalmam com o calor e pioram como frio. Por serem sintomas parecidos com os daingestão de arsênio, tais sintomas sugerem aindicação de  Arsenicum álbum, que será prescritoem doses diminutas.

    Experimentação no homem sadioTorna possível o conhecimento do poderfarmacodinâmico de cada droga, como artifício paraevidenciar o desvio da força vital ou do mecanismo

    de homeostase frente a um estímulo perturbador. Aprovocação experimental aciona um encadeamentode fenômenos, traduzidos em sintomas, e que numcircuito de medição ou de Feedback, acabam sendoautorreguláveis, reconduzindo o organismo aoequilíbrio inicial. Sendo assim, a substânciaexperimental, suas consequências se extinguemsem deixar sequelas. Hahnemann foi o primeiro aexperimentar substancias no homem saudável. Estetipo de prova representa recurso indispensável eválido para o conhecimento dos efeitos puros epeculiares das drogas sobre a saúde humana, pois

    somente as transformações constatadas destaforma permitem reconhecer estados mórbidoscorrespondentes, que as mesmas têm apropriedade de curar. De modo geral, o homemsaudável é mais sensível para doença artificial doque para a doença natural. Por sua vez, o homemdoente é mais sensível do que o sadio àadministração de uma droga.

    Doses mínimasDentro do raciocínio da semelhança adotou-se aaplicação de substancias em doses reduzidas,subtóxicas, embora em nível ponderável, ocorrendocura sempre que a correlação da semelhança fosseobedecida. A experimentação diária mostrouagravamento inicial, atribuído à soma da doença jáexistente, com aquela artificial provocada peloSimilimum em doses ponderáveis. Para contornar

    este inconveniente, Hahnemann procedeu àredução das doses numa técnica de diluição emágua e álcool, em CH progressiva, tendo o cuidadode homogeneizar cada diluição através doprocedimento de sucussões, ele receava que talconduta prejudicasse o efeito terapêutico, masacabou-se surpreendendo ao constatar que asdiluições sucessivas além de conservarem osefeitos terapêuticos, adquiriram maior potencialcurativo.

    Fig ur a 3: din ami zações. ( a  ) in su mo ati vo ; ( b  ) 1CH; ( c  ) 2CH;( d  ) 3CH.

     Assim, quanto maior a potencia ou dinamização domedicamento menor a probabilidade de encontrar

    moléculas da droga original na solução.

    Remédio únicoDurante a experimentação testa-se apenas umasubstância por vez, obtendo as característicasfarmacodinâmicas das substâncias. Hahnemannadministrava as substâncias isoladamente, uma porvez, por ser mais racional e para impedir asinterações entre diferentes medicamentos. Paraisso, pesquisa-se a patogenesias capaz de cobrir atotalidade dos sintomas do momento. A homeopatia procura individualizar o quadrosintomático do paciente para encontrar osimillimum. Se usarmos num mesmo paciente, deuma vez, mais de um medicamento, estesmobilizarão juntos os mecanismos de defesa doorganismo, numa competição. Pelo principio dasimilitude apenas um deve cobrir a totalidade dossintomas apresentados pelo doente. Além disso,com uso simultâneo de dois ou mais medicamento,é impossível determinar, qual foi o responsável pelacura.

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    ESCOLAS HOMEOPATICASOs motivos para serem criadas diferentes escolashomeopáticas são: a complexidade da doençaobservada, a imprecisão dos sintomas, odesconhecimento dos princípios homeopáticos, oprocesso de industrialização do medicamentohomeopático, a inexistência de patogenesiascapazes de produzir a totalidade dos sintomas

    observados no doente. As principais escolashomeopáticas são o unicismo, o pluralismo, ocomplexismo e o organismo.

    UnicismoO mais forte argumento sobre a necessidade deprescrição do remédio único está no fato datotalidade dos sintomas representar a expressão dadoença como única indicação, única guia capaz deidentificar o Simillimum. O uso do remédio únicorepresenta segurança na resolução do quadroclinico porque permite:  Verdadeira cura, com base na totalidade

    sintomática;  Seguimento detalhado;  Domínio da matéria médica;  Documentação;  Registro de transformação inerente ao

    Simillimum;  Interrupção do medicamento mal escolhido;  Melhor avaliação evolutiva das manifestações

    patognomonicas da doença;No unicismo, é prescrito apenas um único

    medicamento, com base na totalidade dos sintomasdo doente. Exemplos de receitas unicista:  Pulsatilla nigricans 6LM;  Tomar uma colher de chá a cada 2h.  Sépia 12CH;  Pingar 10 gts na boca, 2 vezes ao dia.

    KentismoÉ uma variante do unicismo de Hahnemann. Osseguidores de Kent, responsáveis por fazerexperiências com altíssimas potencias, além do

    remédio único, usam uma única dose, geralmenteem potencia superior a 1.000 FC.Exemplo de receitas Kentiana:  Phosphorus 10.000 FC líquida;  Tomar todo o conteúdo do frasco, de uma vez,

    em jejum.

    Figur a 4: James Tyler Kent (1849-1916) americano , pratican teda alopatia, atésua esp osa ficar enf erma e ser cur ada por ummedico homeopata. Estudou profundamente as obras deHahnemann, f oi pro fesso r em várias esco las médic ashom eopáticas e publicou livros impo rtantes paraaperfeiçoamen to da ho meop atia.

    PluralismoSão chamados de alternistas ou pluralistas osprofissionais que prescrevem sistematicamente doisou três medicamentos no mesmo caso atual, emmomentos separados. O homeopata prescreve doisou mais medicamentos para ser administrada emhoras distintas, alternadamente, com a finalidade deum complementar a ação do outro, atingindo,assim, a totalidade dos sintomas do paciente.

    Exemplo de receita pluralista:  Barium carbonicum 6CH, 20ml, 1frasco;  Phytolocca decandra 6CH, 20ml, 1 frasco;Pingar 5 gts decandra medicamento, na boca, acada 2h, alternando-os a cada tomada.

     As desvantagens do pluralismo são:  Desconhecimento da lei da semelhança;  Tendência à polifarmacia, impedindo a

    avaliação correta da atividade de cada droga;  Indução de segundo estimulo diferente antes de

    haver-se esgotado a ação farmacodinâmica

    anteriorComplexismos

    Nessa escola o homeopata prescreve dois ou maismedicamentos para serem administrado juntos nopaciente. Exemplos de receitas complexistas:  Hydrastis canadensis 6CH, 20ml, 1 frasco;  Kalium sulfur 6CH, 20ml, 1 frasco;Pingar 5 gts de cada um dos medicamentos, na

    boca, a cada 2h.  Fuparpium 5CH;  Bryonia Alba 6CH; - ãã  – q.s.p 30ml   Allium cepa 6CH.Tomar 5 gts 4 vezes ao dia.

    O complexismo representa a prescrição simultâneade vários medicamentos homeopáticos. Estaconduta, após aparente vantagem inicial, complica-se por dificuldades mediatas:  Impossibilidade de distinguir o medicamento que

    realmente atuou;  Impossibilidade de identificar no complexo

    medicamento a droga eventualmente prejudicial;  Pelas possíveis combinações químicas e

    dissociações iônicas, imprevisíveis e nãocogitadas no momento da prescrição.

    Organismo A preparação do medicamento é visando os órgãosdo doente, considerando as queixas mais imediatasdo paciente. Essa conduta é bem próxima damedicina alopática, que fragmenta o ser humanoem órgão e sistemas. Exemplo de receitaorganicista:  Urtica urens 6CH, 20ml, 1 frasco.  5 gts a cada hora.

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    MEDICAMENTOS HOMEOPATICOSÉ toda forma farmacêutica de dispensaçãosegundo o principio da semelhança, com fimcurativo ou preventivo. Obtido pela dinamização, eusado para uso externo ou interno, sendo obtido devegetais, animais e substâncias naturais e tambémda indústria e dos laboratórios. Os medicamentoshomeopáticos têm origem nos diferentes reinos da

    natureza, assim como nos produtos químico-farmacêuticos, substâncias ou materiais biológicos,patológicos ou não. A homeopatia qualifica de medicamentos quaisquersubstâncias capaz de provocar no homem sadiosintomas ou quadro artificiais da doença chamadopatogenesias. Um medicamento se converte emremédio homeopático de determinado doentequando apresentar coincidência de manifestaçõespatogenéticas.

    ORGANOMOrganom §20: o poder do medicamentohomeopático só pode ser descoberto pelaexperimentação.Organom §21: o principio curativo dosmedicamentos não é em si perceptível, nada podeser observado, a não ser o poder de curaralterações distintas no estado de saúde do corpohumano, e especialmente no individuo saudável, ede nele excitar vários sintomas mórbidos definidos.Os medicamentos, só podem manifestar, a suacapacidade curativa mediante seu poder de alterar

    o estado de saúde dos homens. Os fenômenosmórbidos produzidos pelos medicamentos no corposadio são a única indicação possível de seu podercurativo.Organom §22: o remédio produz um estadomórbido artificial em pessoas sadias e remove oestado mórbido natural dos enfermos. Outra formade tratamento é com os remédios alopáticos, cujossintomas não têm relação patológica direta com oestado mórbido, nem semelhante nem oposta, masdiferente dos sintomas da doença.Organom §23: a doença não pode ser tratada com

    remédios que tenha sintomas opostos aos seus.Como se dá com o tratamento enantiopático,antipático ou paliativo, que após alivio transitórioretorna mais intensamente.Organom §24: não resta, assim, nenhum outrométodo de uso de medicamento a não ser, ohomeopático pelo qual procuramos para atotalidade dos sintomas do caso de doença, umremédio que dentre todos os outros, tenha o poderde produzir um estado mórbido artificial o maissemelhante ao caso da doença em questão.Organom §25: todos os remédios curam, semexceções, aquelas moléstias cujos sintomas maisse assemelham aos seus, sem deixar de curarnenhuma.

    Organom §27: o poder curativo dos medicamentosdepende de seus sintomas, semelhantes aos dadoença, mas superiores em força, de modo quecada caso individual de doença é eliminado apenas por um remédio capaz de produzir no organismohumano, da maneira mais completa e semelhante,a totalidade dos seus sintomas, que são, ao mesmotempo, mais fortes que a doença;Organom §29: ao ser administrado o remédio

    homeopático, desaparece a sensibilidade dadoença dinâmica natural. A doença não mais existe para o princípio vital agora ocupado e governadosomente pela afecção da doença artificial, maisforte. O remédio tendo uma ação mais curta, logoserá eliminado, diferentemente da doença naturalque é mais longa.Organom §30: o corpo humano parece ser muitomais afetado em seu estado de saúde por meio demedicamentos do que por estímulos mórbidosnaturais.Organom §32: os medicamentos agem de formadiferente: eles agem sempre, em todas ascircunstancias e em todos os homens, produzindoos seus sintomas peculiares, podendo ser percebido distintamente em cada caso.Organom §34: a cura de moléstias naturais, pelacapacidade dos medicamentos em produzir umamoléstia artificial no homem é semelhante à damoléstia natural, porém em maior intensidade,restaurando assim a força vital alterada eextinguindo a moléstia natural. Organom §36: quando duas doenças nãosemelhantes existem ao mesmo tempo no serhumano e forem de força igual, ou ainda, se a maisantiga for mais forte, a nova moléstia será repelidado corpo pela anterior.Organom §38: quando a nova doença nãosemelhante for mais forte, a doença mais antiga,sendo mais fraca, será suspensa, temporariamente,até a mais forte ser curada, quando então a maisantiga volta a se manifestar.Organom §42: as complicações da associação demoléstias ocorrem apenas quando elas nãoapresentam semelhança entre si.

    Medicamento vegetalÉ o que fornece maior número de medicamentos,de plantas inteiras ou as suas partes. É comumencontrarmos extratos, cápsulas e chás à base deplantas nas farmácias homeopáticas. As partesusadas para a preparação da TM e medicamentossão:  Raízes, rizomas e bulbos, são coletados no

    inicio do inverno, quando os talos murcham, ouno inicio da primavera;

      O lenho, é obtido no inicio da primavera. é a

    madeira principal tecido de sustentação econdução;

      As cascas são retiradas no período dodesenvolvimento das folhas; O caule é colhidoentre o desenvolvimento das folhas e a floração.

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    Para a preparação das TM´s, o vegetal passa arelação rigorosa em que são retiradas as partesdeterioradas e as contaminações grosseiras. Emseguida, a planta é lavada em água corrente, porultimo, em água purificada. Constituem exemplosde medicamentos vegetais, os oriundos de plantasinteiras:  Arnica Montana;  Hyosciamus higer.

    Figura 5: plantas inteiras. ( a  ) Arn ica montana; ( b  ) Hy osc iamushiger.

    Constituem exemplos de medicamentos vegetais,oriundos de partes da planta:

      Raiz: Actea racemosa;Podophyllum peltatum.

      Bulbo: Allium cepa;Colchicum autumnale.

      Folhas: Cactus grandi florus;Sambucos.

      Semente: Ignatia amara;Croton tigliun.

    Sarcodio vegetalChamamos de sarcodios vegetais os provenientesde produtos fisiológicos da planta. Algumaspatogênesias foram elaboradas a partir de produtosativos isolados, a exemplo do Strychninum, amaioria das experimentações foi processada complantas inteiras ou suas partes, atribuindo-se aspropriedades farmacodinâmicas ao componentedominante.Na TM predomina alcaloides:

      Strammonium;  Sanguinária canadensis.

    Glucosides:  Strophantus hispidus;  Jalapa.

    Bálsamos:  Copaiva balsamus;

    Resinas:  Podophyllum peltatum;  Terenbenthinae.

    Óleos:  Croton tiglium;  Ricins comunis.

    Nosodios vegetaisChamamos de nosódios vegetais os provenientesde produtos patológicos. Entre os nosodios maisdestacados são Secale cornutum e Ustilago maidis,de importância ginecológica.  O Secale cornutum provêm do centeio espigado

    parasitado por micélios de Claviceps purpúrea,cujos principais alcaloides presentes nosesporos são a ergotinina e a ergotoxina.

      O Ustilago maidis é um produto dos esporos domilho afetado por fungos da família dosUstiginaceas, e Urstilargotoxina.

    Medicamento animalNão são tão numerosos, quanto os dos vegetais eminerais, ele fornece importantes drogas usadascom frequência em homeopatia. Também, pode serusado o animal inteiro, suas partes, seus produtospatológicos. Os animais podem estar vivos ou não,recentemente sacrificados ou dessecados, ou sob aforma de produto de extração ou transformação.Entre os medicamentos oriundos do animal inteirotemos:

      Apis mellifera;  Cantharis.

    Figura 6: animais (insetos) inteiros. ( a  ) Apis me ll if er a; ( b  ) Canth ar is .Entre os medicamentos oriundos de partes doanimal temos:

      Thyroidinum;  Calcarea ostrearum.

    Medicamentos sarcódios temos:  Sepia soccus;  Folliculinum.

    Medicamentos animais nosódios temos:  Secreções patológicas: Medorrhinum;

    Bacillinum.

    Nosodios homeopáticosO termo nosodio homeopático designa patologia

    da doença em forma dinamizada, dispondoobrigatoriamente da perspectiva patogênesia esendo aplicada sob critério da semelhançasintomática.  Psorium, Hering designou o primeiro nosodio a

    partir do material da vesícula escabióticassubmetido à experimentação no homem sadio,dispondo de patogenesias. O quadropatogenético cutâneo do Psorium émanifestações de ansiedade, hipersensibilidadeao frio, tendência a supurações, tristeza,alternância mórbidas e periodicidade.

      Pyrogenium, nosodio preparado a partir da carnebovina em decomposição, introduzido em 1880 porDrysdale, igualmente dispõe de patogenesias.

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    Medicamentos minerais Além dos minerais obtidos em seu estado natural,consideramos pertencentes ao reino mineral, osprodutos extraídos, purificados e produzidos peloslaboratórios, bem como os preparados obtidossegundo formas magistrais de Hahnemann. O reinomineral fornece grande variedade de substânciaspara a preparação dos medicamentoshomeopáticos, que podem ser simples, como

     Aurum metallicum, Chlorum e Bromum, oucompostas, como Natrium chloratum, AcidumPhosphoricum e Kalium bichcomicum. Depois dovegetal, o reino mineral é o que mais fornece omaior numero de drogas, sendo algunsmedicamentos minerais usados, como Sulfur,Phosphorus e Causticum. Os minerais naturais sãoassim chamados por serem usados na forma quesão encontradas na natureza.

    Figura 7: medicamentos min erais. ( a  ) A uru m metal li cum ; ( b  )Acidum phosphor icum.

    BioterapicosBioterapicos são produtos quimicamente nãodefinidos (secreções, excreções patológicas ou não,certos produtos de origem microbiana, alérgeno)que servem de matéria-prima para as preparações

    homeopáticas. O termo bioterápico, foi proposto porP. Vanneir, para substituir o termo nosodio.Consideramos os bioterapicos liberados a partir da3CH, para uso oral distinguimos três categorias:  Bioterapicos códex: preparados a partir de

    soros, vacinas, toxinas e anatoxinas;  Bioterapicos simples: preparados a partir de

    culturas microbianas;  Bioterapicos complexos: oriundos de

    substâncias quimicamente indefinidas, a partirde secreções ou excreções, que obedecem amétodos definido de preparação.

    Medicamentos policrestorO termo policrestor do grego poli=mitos ekrestor=benefício, favorável, ou a forma latinapolychrestus significando que tem muitasaplicações. Hahnemann estabeleceu uma primeiralista de 24 policrestor: Aconi tum napel lus ; Arn icamo ntana; A rsenicum álbum ; B el ladona; Chinaoff ic inal l is ; Bryo nia; calcarea estrerum; c arbolvegetabi l is ; Chamomil la; toxicodendron;serp iua; s il icea; súlfur e veratrum álbum .

    Medicamentos incompatíveisQuando dois ou mais medicamentos, não se

     justificam na mesma prescrição ou em sequênciaimediata, são qualificados de incompatíveis ouinimigos a incompatibilidade depende damanifestação opostas importantes, especialmenteda astenicidade  e estenicidade  da sensibilidadeao frio ou ao calor, das modalidades relacionadas àmenstruação e dos sintomas mentais. Devido a

    estes aspectos diz-se que Apis metilifera nãocombina com Rhustoxico dendron que Pux vomicaé incompatível com pulsatilla.

    Medicamentos complementaresSuprem a deficiência de outros, no uso demedicamento incapaz de cobrir um quadro mórbidoexcepcionalmente se justifica a prescrição de umsegundo complemento para compensar asdeficiências patogenéticas do primeiro, quando ummedicamento corresponde a determinado terrenosusceptível a crises agudas que requerem

    repetidamente um segundo medicamento crônico,também chamado medicamento de terreno, oumedicamento de fundo.

    BIOTERÁPICOS E ISOTERAPICOSBioterápicos

    São preparações medicamentosas, obtidas a partirde produtos biológicos como: secreções, excreções,tecidos, órgãos, produtos de origem microbiana ealérgenos. Essas preparações podem ser de origempatológica (nosódios) ou não patológica

    (sarcodios), elaborada conforme a FHB. Osbioterápicos de estoque são produtos cujoinsumo ativo é constituído por amostraspreparadas e fornecidas por laboratóriosespecializados. 

    Isoterápicos A preparação de heteroisoterápicos substânciasde especialidade farmacêutica que com substânciassujeitas a controle especial deve ser realizada apartir do estabelecimento ou proveniente do própriopaciente. Porem, a preparação e dispensação de

    dinamizações igual ou acima de 6CH ou 12DH, commatrizes obtidas de laboratórios indústriais, nãoprecisam de autorização especial emitida peloórgão sanitário responsável. São preparaçõesmedicamentosas obtidas a partir de insumosrelacionados com a patologia do paciente,elaboradas conforme a FHB, sendo classificadascomo autoisoterapicos e heteroisoterapicos.

    AutoisoterápicosSão isoterápicos cujos insumos ativos são obtidos

    do próprio paciente (fragmentos de órgãos etecidos, sangue, secreções, excreções, cálculos,fezes, urina, culturas microbianas e outras) edestinadas somente a este paciente.

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    HeteroisoterápicosSão isoterápicos cujos insumos ativos são

    externos ao paciente (alergenos, alimentos,cosméticos, medicamentos, toxinas, poeira, pólen,solventes e outros, que de alguma forma osensibiliza).Preparação: Por ser materiais contaminados commicrorganismos, pode apresentar patogenicidade,o preparo dos bioterápicos e isoterápicos deve

    obedecer, técnicas homeopáticas e ser realizadoem laboratório que garanta segurança biológica.Quando comprovada a inatividade microbiana, apreparação pode ser realizada em área comumde manipulação homeopática. No caso demateriais de origem microbiana, animal ouhumana, medidas apropriadas devem sertomadas a fim de reduzir riscos relacionados àpresença de agentes infecciosos naspreparações homeopáticas. Para tal, o método depreparação deve possuir uma ou várias etapas,

    que demonstrem a eliminação ou a inativaçãodos agentes infecciosos na matriz. Coleta:  A coleta deve ser feita sob a orientaçãode profissional habilitado, em local apropriado,segundo legislação em vigor. Quando for materialmicrobiano, a coleta deve ser realizada de modoa garantir a presença do agente etiológico,evitando que seja contaminado com outrosmicrorganismos não desejados. Os aspectosmais importantes nos procedimentos de coletasão:

    Toda amostra de origem biológica deve sertratada como se fosse patogênica;Observar e seguir as normas técnicas desegurança individual e EPI;Descontaminar a parte externa do recipiente dacoleta, quando se tratar de material patogênico;Colher o material, sempre que possível, antes doinício de qualquer tratamento;O material utilizado na coleta deve serdescartável, sendo necessário para o seudescarte aplicar o PGRSS, de acordo com o

    material coletado e outras normas vigentes parasegurança do manipulador;   O material reutilizavel deve ser descontaminado,

    de forma que a biossegurança seja garantida. Ponto de partida: os principais pontos de partidaspara os bioterapicos e isoterapicos são: alergenos,cálculos, culturas microbianas, escarros, fezes,fragmentos de órgão ou de tecido, pelos e poeira,pus, raspado de pele ou de unha, saliva sangue,secreções, excreções, soro sanguíneo e urina.Escala: CH, DH e LM.Requisitos mínimos: quando comprovada a

    inatividade microbiana, a preparação poderá serfeita em área comum de manipulação homeopática.O método de preparação deve possuir uma ouvarias etapas, que demonstrem a eliminação ouinativação dos agentes infecciosas na matriz.

    NOMENCLATURA As regras de nomenclatura ajudam os clínicos aprescrever certo, o farmacêutico a identificar nareceita o medicamento homeopático a ser aviado.Essas regras são:1. Escreve-se o nome do primeiro componente

    com a primeira letra maiúscula e os demaiscomponentes em letra minúscula:  Ferrum phosphoricum;  Natrium muriaticum natronatum;  Bryona.

    2. Quando usamos em homeopatia apenas umaespécie de determinado gênero, é facultadoomitir a espécie identificando o medicamentoapenas pelo gênero:  Ruta (Ruta graveolens);  Lycopodium (Lycopodium clavatum);  Collisonia (Collinsonia canadensis).

    3. Quando usamos nomes tradicionais emhomeopatia, mesmo que tenha varias espécies,

    podemos omitir a espécie, desde que não gereduvidas.  Eupatorio: é o Eupatorium perfoliatum, pois

    os outros são pouco usado.4. Para os nomes tradicionais faculta-se ainda

    usar somente o nome da espécie, omitindo-se ogênero:  Chamomilla (Matricaria camomila);  Belladona (Atropa belladona);  Mezereum (Daphne mezerum);  Nux vomica (Strychnys nux vomica).

    5. Nos casos de substâncias químicas, ácidos e

    sais, escrevemos o nome do elemento ou íon devalência positiva, primeiro e em seguida, o devalência negativa, garantindo-se o uso denomes homeopáticos tradicionais, além dadenominação oficial:  Acidum sulfuricum (sulfuris acidum);  Acidum nitricum (nitric acidum).

    6. Podemos usar o nome abreviado domedicamento, desde que não gere duvidasdurante a interpretação do receituário medico.  acon. ou aconit, no lugar de aconitum ou

    aconitum napellus.

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    SINONIMIASO uso de sinônimo deve ficar restrito a constantenas obras cientifica. Para homeopatia é validoapenas o nomes científicos homeopáticos. Para ahomeopatia também é valido o uso de sinônimos,nos casos de continuidade do medicamento inicialno tratamento do doente, mesmo apresentandouma evolução no caminho da cura, com aprescrição do sinônimo, evita-se que o paciente

    fique ansioso.   Actae racemosa = Cimicífuga;   Agaricus muscarius = amanita muscarius;   Antimorium tartaricum = tartarus emeticus;   Arsenicum álbum = metallum álbum;  Bryonua Alba = Vitis Alba;  Calcarea carbônica  = calcarea ostreorum,

    calcarea osthreuca;  Chamomilla = matricaria;  Glanoinum = trinitrinum;  Graphitos = carbo mineralis;

      Hydrastis canadensis = warneria canadensis;  Ipeca ou radix  = cephaelis ipecacuanha;  Lycopodium = muscus clavatus;  Nux vomica = colubrina;  Pulsatilla = anemone pratensis;  Rustoxico condendron = vitis canadensis;  Secalecornutum = clavicep purpúrea;  Sterculla acuminata = kola, cola;  Sulphur  = flaum depuratum;  Thuya occidentalis = arbas vitae.

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    SAUDE-DOENÇAPara Hahnemann a força vital mantinha o equilíbriodo corpo. Nessa perspectiva as doenças sãomanifestações deletérias da força vital modificada.O organismo humano saudável está em equilíbrionos seus aspectos, emocional, físico e mental.Quando a força vital está perturbada, os

    mecanismos de defesa do corpo são acionados(sistema imunológico e endócrino). A força vitalpode ser influenciada negativamente por fatoresexógenos, como vítimas de vias insalubres,alimentação de má qualidade, drogas etc. E porfatores endógenos, como tristeza, irritabilidade, ódioetc. A força vital impede que o corpo físico de seguiras leis físico-químicas da natureza. O corpo físico,após o abandono da força vital, na morte ficaexposto, e entra em decomposição, retornando aocampo da ação física. À força vital é favorecida poratividades físicas, artísticas, sono, alimentação e

    ritmo de vida saudável.

    ORGANOMOrganom §7: Nas doenças nada se pode perceberalem de sinais mórbidos. Deve se afastar a causaque a provoque ou sustente; achando-se na presença de um possível miasma, e emcircunstâncias acessórias, somente os sintomasdevem orientar na escolha dos meios para a cura. Atotalidade dos sintomas, deve ser o principal e únicomeio pelo qual a enfermidade mostra o

    medicamento de que precisa e é o único meio quedetermina a escolha do medicamento maisapropriado, a totalidade dos sintomas deve ser aúnica coisa que ele deve ver em cada caso dedoença, é afastar pela sua arte.Organom §9: No estado de saúde, a força vitalmantém todas as atividades em estado de harmoniae o espírito pode alcançar os mais altos fins daexistência.Organom §10: O organismo sem a força vital, nãoé capaz de ter sensações, funções, nem auto-conservação.

    Organom §11: Na doença a força vital éinicialmente afetada de forma dinâmica, permitindoao corpo manifestar as sensações desagradáveisem forma de sintomas. A ação é dinâmica e nãomaterial, e quanto menor a matéria e melhordinamizada, maior será o seu efeito.Organom §12:  As doenças são o resultado dealterações na força vital, e sinais e sintomasexpressam ao mesmo tempo, toda a mudançainterna. Além disso, o desaparecimento, pelotratamento, de todos os fenômenos mórbidos quediferem das funções vitais no estado de saúde,

    necessariamente acarreta o restabelecimento do principio vital e, portanto, a recuperação da saúdede todo o organismo.

    NÍVEIS DINÂMICOS A homeopatia reconhece a interdependência entreos processos psicomentais, o corpo e o papelintegrador da força vital. Nesse contexto,concebemos, a doença como processo que podeter inicio nos níveis emocionais e mentais dosindivíduos suscetíveis, e posteriormente semanifestam sob a forma de lesão orgânica. Naalopatia o corpo físico é a única dimensão do

    organismo humano, o ponto inicial da doença érevelado quando identificamos essas lesões. Para amedicina alopática ela situa-se no componentecelular, para a homeopatia a causa primária dosdesequilíbrios pode advir de diferentes níveis darealidade humana. Como consequência, ahomeopatia pode privilegiar a prevenção ao atuarsobre os níveis emocionais e mentais alterados pormeio do fortalecimento da força vital. O ser humanoapresenta três níveis dinâmicos:1. Físico;2. Mental;3. Emocional.Sobre eles age a força vital, mantendo-osequilibrados. O homem pensa por meio do seu nívelmental, sente por seu nível emocional, age pelo seunível físico e encontram-se coesos em seus trêsníveis pela ação integrada da força vital. Existe umahierarquia na constituição do ser humano:  Nível mental: mais importante;  Nível físico: menos importante;  Nível emocional: menos importante que o

    mental, mas mais importante que o físico.

    Cada um desses níveis apresenta uma hierarquia:  Nível físico: os órgãos respiratórios são mais

    importantes que a pele;  Nível emocional: uma irritabilidade é menos

    importante que uma depressão;  Nível mental: a falta de concentração ou uma

    letargia são menos importantes que um delírioou paranóia.

    Quando um órgão nobre é atingido por umadoença, a força vital transfere o problema para umnível mais periférico para aliviar a agressão. Comoexemplo, na bronquite asmática, o paciente poderá

    alternar crises de tosse e eczema. A força vital, nãosendo forte o suficiente para eliminar a bronquite,transfere o problema para a pele, ela passa a ser aválvula de escape do organismo. Um indivíduo compouca vitalidade, acometido de crise emocionalprolongada, poderá ter uma piora no seu estadomental. Como exemplo, uma angustia que setransforma em depressão, o problema foi deslocadodo nível emocional para o mental, uma vez que aforça vital não estava fortalecida o suficiente paratransferi-la para o nível físico. Nesse caso, ahomeopatia, com seus medicamentos, ao fortalecera vitalidade do individuo doente, restabelece oequilíbrio entre os três níveis. A pele é muitoimportante no contexto geral para o organismo.

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    Não devemos usar medicamentos de uso tópico deforma paliativa, pois assim criamos um enormeobstáculo à tentativa de cura da força vital. Aoremover a totalidade dos sintomas antes da cura doproblema original (estado de profunda tristeza),além de não curar, impedimos a identificação dosimillimum. A supressão decorre da ação medicamentosapaliativa, que acarretará inibição ou remoção de

    sintomas antes da cura do problema original,fazendo que ocorra seu retorno ou de outrosproblemas mais graves depois de certo tempo.Metástase mórbida são perturbações causadaspela supressão, que, ao eliminar os sintomas, fazuma reversão de ação mórbida a níveis maisprofundos e perigosos. Como exemplo, aoeliminarmos uma diarreia com antiespasmódicos eantidiarreicos, tomando-se os sintomas comodoença, sem considerar os diferentes níveisdinâmicos, provavelmente faremos uma supressão.Esta poderá gerar como metástase mórbida uma

    úlcera gástrica ou outro problema mais grave que adiarreia.Outro exemplo, um indivíduo apresenta amigdalitecom certa frequência. Embora muitas pessoastenham bactérias supostamente causadoras deamigdalite, nem todas desenvolvem a doença. Opaciente poderá tomar antibióticos para exterminaras bactérias. Se o fator que desencadeou aenfermidade foi um problema emocional,responsável pelo enfraquecimento da vitalidade,ocorrerá apenas inibição dos sintomas, queretornarão mais tarde quando a flora bucal forrestabelecida.

    Plano mentalO nível mais alto e mais importante em que o serhumano funciona é o mental e espiritual. É no nívelmental que um indivíduo pensa, critica, compara,calcula, classifica, cria, sintetiza conjectura,visualiza, planeja, descreve, comunica-se, etc. Asperturbações dessas funções constituem sintomasde doença mental.

    Plano emocionalNele incluímos todos os graus e nuanças dasemoções, desde as mais primitivas até maissublime. Esse da existência age como receptor domecanismo de defesa dos estímulos emocionais domeio ambiente. E funciona como veiculo deexpressão para os sentimentos, as ações e asperturbações emocionais que ocorrem no individuo.

    DOENÇASPara os homeopatas as doenças são toda equalquer alteração da energia vital, levando umindividuo ao desequilíbrio, o que resulta num novomal estar, que se manifesta por uma moléstia. Deum modo geral, poderíamos dividir as doenças emagudas e crônicas. Para Hahnemann toda doença,aguda ou crônica, é de natureza dinâmica, nadependência da força vital. Cujos fenômenos

    expressam comportamento defensivo no sentido doreequilíbrio.

    NoxasVem do latim noxa, e significa dano. Parahomeopatia, noxa significa causa ou etiologia, ouseja, o termo visa designar um estimulo umdesencadeante. As noxas podem ser classificadasde acordo com:1. Natureza:

      Naturais: frio, calor, umidade, etc.;  Artificiais: queimaduras, eletricidade,

    medicamentos, etc.2. Reação:

      Especificas: microbiana, virótica, parasitária;  Inespecíficos: meteorológicas, alimentícias,

    psíquicas, etc.;3. Imunidade:

      Imunizantes: sarampos, coqueluche,rubéola, etc.

      Não imunizantes: diversos, outros, inclusivemicrobianas.

    4. Duração:  Ação aguda: pouco tempo, microbianas

    agudas;  Ação crônica: sífilis, Chagas, poeira, etc.

    5. Terreno:  Todas as pessoas: traumas, tóxicos e

    medicamentosos;  Só os susceptíveis: microbianos, viróticas,

    psíquicas.O individuo uma vez atingido pelo noxa, reage deacordo com sua natureza e suscetibilidade.Observa-se que em pacientes que tiveramestímulos noxas, após períodos de reatividadepróprios à circunstancias, superam o evento, semque o noxa determina qualquer sintomatologia.Toda uma sintomalogia ou dinâmica aparente.

    HereditariedadesDomina os fatores do terreno e a patologia começae termina nos cromossomos, cabendo ao médicoauxiliar a homeostase. A terapêutica homeopáticapropícia recursos específicos exclusivos adaptadosas diferentes pré-disposições do terreno.  Idiossincrasia: resposta excepcional, genética,

    caracterizada por sensibilidade exógena dasubstância que são inofensivas e bem toleradaspela maioria quase absoluta dos indivíduos, nãoinfluenciado por nenhuma terapêutica.

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    Doença agudaSão as que se desenvolvem num prazo mais oumenos determinado e sua evolução é para a curaou a morte. As doenças agudas podem seragrupadas em:1. Doenças agudas de natureza não dinâmica:  Indisposições simples;  Doenças cirúrgicas e doenças;  Traumáticos e locais provocados por causas

    externas.2. Doenças agudas dinâmicas:  Doenças agudas individuais = episódios

    miasmáticos;  Doenças agudas coletivas esporádicos =

    sofrimento de condições ambientais adversos;  Doença aguda coletivas especifica = sarampo,

    varicela;  Doença aguda epidérmicas = gripes, dengue e

    febre amarela.

    Doenças individuais agudasConstituem episódios dependentes de abiotrofia,Locus minoris resitentiae e da hereditariedade quese exterioriza em padrão reacional determinadopelos componentes do terreno como causasessenciais ou fundamentais da doença, e tornadaevidente por influencia desencadeante. Esteepisódio que afeta o organismo por inteiros ouapenas parte dele, aquelas mais vulneráveis,comprometendo repentinamente mesmos tecidosou órgãos num determinado individuo. A própriacausa corrente de ar frio que, inofensiva para uns,

    torna-se agressiva para outros organismos, nadependência de situações de estresse e dasuscetibilidade.

    Doença crônicaSão as que se arrastam por um prazo indefinido.

     As doenças crônicas podem ser divididas em trêstipos principais:  Doenças medicamentosas;  Doenças crônicas falsas;  Doenças crônicas verdadeiras ou miasmas.

    Doenças medicamentosasSão doenças iatrogênicas de alteração patológicaprovocada no paciente por tratamento médicoerrados ou inadvertidos, ou causada pelosmedicamentos e seus efeitos nocivos e colaterais.

    Doenças crônicas falsasCabe aqui apontar a grande responsabilidade domeio ambiente que nos rodeia, bem como asdoenças anti-higiênicas, como as profissionais, bemvistos pelos estudiosos da medicina de trabalho, e

    ao modo insalubre do homem adquirir certosconfortos, ficando claro que certas doenças podemvir a curar-se, por si, uma vez adequadas ascondições de vida, acarretando, comoconsequência, a cura das falsas doenças crônicas.

    Doenças crônicas verdadeiras, ou miasmas As verdadeiras doenças crônicas naturais sãooriundas de um miasma crônico que, quandoentregue à própria sorte, e não combatidas pelo usode remédio especifico para elas, continuam sempreaumentando e, piorando, não obstante os melhoresregimes mentais e físicos atordoam o paciente até ofim de sua vida, com sofrimentos sempre

    crescentes. Esses, exceto os produzidos mediantetratamento médico errôneo são os mais numerosose maiores flagelos da raça humana; mesmo umaconstituição física muito robusta, o modo de vidamais normal e a energia mais vigorosa da forçavital, são insuficientes para sua erradicação.

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    MIASMASEm 1828, depois de 11 anos de estudoHahnemann publicou a teoria miasmática ou teoriados miasmas crônicos. Ele distinguiu três tipos demiasmas: Psora, Sífilis e Sicose.O termo miasma foi adotado por analogia aomiasma das emanações dos pântanos ou algocontagioso no ar, que transmite doenças.Os miasmas constituem etapas fisiopatológicas de

    um mesmo desequilíbrio inicial que progride devidoà persistência do ambiente hostil, de sobrecargasinternas e de agressões diversas. Saturados emsua capacidade de tolerância e esgotados naspossibilidades defensivas, o organismo procuraalivio para a tensão interna através de fenômenosepisódicos e alternantes de descarga de toxinas, amaneira de válvulas de escape, servindo-se paraeste fim dos emunctórios naturais. Este conjunto decircunstancia e fenômenos, causas e efeitos,constituem a Psora. Na insuficiência de liberaçãodos fatores nocivos mediante hiperfunção dosórgãos e das vias excretoras, o organismo semobiliza em nível celular, alterando a quantidade ea qualidade das eliminações, ou ainda, em graumais avançado, bloqueia as toxinas em regiõescircunscritas, dando origem a neoformação emdecorrências desses mecanismos instala-se oestado de sicose. Se esta frente de defesa fornovamente ultrapassada, o organismo tenta sedesvencilhar da toxina ou se adaptar ao estado deestresse persistente, mediante sacrifício dospróprios tecidos, instalando o estado miasmático da

    sífilis. Inicialmente foi atribuída a cada miasma umaetiologia definida: escabiótica para a psora,blenorrágica para a sicose e luetismos para sífilis. A diátese  significa a predisposição congênita ouadquirida, essencial e invariavelmente crônica, emvirtude da qual se produzem alterações múltiplas naforma, porém, única na essência. A diáteserepresenta o estado orgânico que faz os tecidosreagirem de modo especial a certos estímulosextrínsecos, como expressão das suscetibilidades.O reconhecimento dos miasmas dominantesoferece subsídios para interpretações praticas:

      Contribui para evitar fracassos do planoterapêutico, quando o alivio conseguido com osimilimum é parcial ou transitório;

      Esclarece a profundidade do problema a serenfrentado, permitindo instruir o paciente nosentido de um programa terapêutico assíduo eprolongado;

      Possibilita melhor diagnóstico, não apenas combase no diagnóstico nosológico, mas tambémpor possibilitar defensivas do doente, orientandopara eventuais medidas higiênicas ouacessórias;

      Permite justificar as eventuais delongas nasresoluções da queixa principal que motivou aprimeira consulta.

    PsoraÉ a perturbação primordial da energia vital. É elaque predispõe o organismo para todas asenfermidades, pois coloca a energia vital numestado de hipersensibilidade aos agentesagressores de qualquer natureza. O termo Psorasignifica sarna; na época de Hahnemann essapalavra tinha um quadro mais amplo do que o dehoje, ela englobava várias patologias que possuíam

    sintomas da pele, como as pústulas, exantemas e oprurido. A Psora existe porque o caminho da curanormal foi, contrariado. A capacidade de defesa doorganismo encontrou um obstáculo. Essatransgressão do curso natural de liberação daenergia pode ocorrer objetivamente ousubjetivamente. Os sintomas na pele, que surgemnuma pessoa afetada pela Psora, mostram oesforço espontâneo da energia vital emrestabelecer o caminho da cura previamentedesrespeitado. Os sintomas psóricos melhoramcom o aparecimento e erupção na pele. São

    exemplos de manifestações da psora: crise debronco espasmo, crises pruriginosas, inflamaçõesrepetidas, erupções nas mucosas etc. A cura daPsora é, ao mesmo tempo, verdadeiro tratamento everdadeira profilaxia.

    SicoseO miasma crônico chamado sicose predispõe oorganismo às manifestações proliferativas. Surgeem algumas pessoas anteriormente afetadas pelomiasma crônico fundamental, a psora. A palavrasicose se refere a tumor, pois a manifestaçõesexternas principais desses miasmas crônicos sãoas tumorações, além das secreções patológicas.Hahnemann associou o surgimento da sicose com

    supressão de infecções genitais. O transtorno dosdoentes sicóticos melhora com a liberação desecreções patológicas como catarros, pús ecorrimentos, na pele, a exoneração mais comumsão as verrugas. A sicose representa umamodificação patológica da capacidade reativa doorganismo. A energia vital passa a produzir nasicose sintomas proliferativos (físicos e mentais)que expressam uma disfunção.

      São sintomas mentais: perversão dossentimentos, agressividades, exacerbação dasexualidade e egoísmo.

      São sintomas físicos: tumores, verrugas,catarro e supurações.

    SífilisO miasma crônico chamado sífilis predispõe oorganismo às manifestações destrutivas. A sífilissurge em algumas pessoas previamente afetadaspelo miasma crônico primordial, a psora. A psorapossibilita, então, o aparecimento de outros

    miasmas a sicose e a sífilis. Um doente cujomiasma crônico predominante é sífilis apresentarásintomas com tendência destrutiva desde mentalaté o físico. Na sífilis, a destruição da mente reflete-se na destruição dos tecidos.

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    São manifestações mentais do miasma sifilítico:  A agressividade, o desejo de vingança, a

    tendência ao suicídio, sentimentos de ódio, etc.  O transtorno do paciente sifilítico se alivia com o

    surgimento de úlceras na pele e mucosas e comas secreções purulentas.

      Já o miasma da sífilis leva a deficiência ou faltade reação natural do organismo. Enquanto asicose perverte a psora, o miasma sífilis inibe a

    psora.

    PROCESSO DE CURADiarreia e vômito são tentativas do organismo deeliminar toxinas, na inflamação temos vários fatoresque combatem agentes estranhos ao organismo. Afebre também é um sintoma que reflete asexpressões do mecanismo de defesa do corpo naluta contra a doença. Durante uma infecção quandosubstâncias estranhas chegam à correntesanguínea, o pirogênio endógeno liberado pelos

    leucócitos, produzem altas temperaturas causandoa febre, substâncias relacionadas ao sistemaimunológico são produzidas numa escala maiselevada para combater os microrganismos. Alémdisso, o pirogênio retém ferro no plasma sanguíneo,evitando, a sua disponibilidade para as bactérias,que a usam para sua multiplicação. A temperatura ideal para o crescimento demicrorganismo está entorno de 37,5 ºC. Com oaumento da temperatura, o ambiente torna-seinadequado para esse desenvolvimento. Cortar afebre, por meio do uso antitérmico é dificultar otrabalho orgânico em direção a cura.Os homeopatas, em vez de impedir a elevação datemperatura corporal, procuram atuar na causa queoriginou o problema e, por isso, estimulam osmecanismos de defesa do organismo, apenas osuficiente para a cura. A febre sumirá por não sermais necessária.Na terapia homeopática, caso o medicamento sejaadequadamente selecionado, o sintomadesaparecerá com a eliminação da sua causafundamental e a recuperação progressiva do

    paciente. O homeopata procura reforçar osmecanismos de defesa natural ao agir na mesmadireção da força vital, o ele procura não suprimir ossintomas. Sintomas observados na patogenesia dabeladona:  Sintomas físicos: olho vermelho, pupilas

    dilatadas, latejos na cabeça com cefalalgiaintensa, rubor facial, boca seca, com aversão àágua, extremidades frias, insônia etc.

      Sintomas emocionais: angustia irritabilidadeexcessiva etc. 

      Sintomas mentais: super-excitação mental,

    embotamento da mente, delírios comalucinações visuais etc.

    Se um indivíduo com faringite e outro comintoxicação alimentar apresentarem sintomasobservados nas patogenesias, da beladona, ohomeopata prescreverá para ambos o mesmomedicamento preparado a partir dessa planta.Os homeopatas observam tendências dominantesque expressam os processos de cura das doençascrônicas. Elas foram sistematizadas porConstantine Hering, que ajudou a estabelecer ahomeopatia nos EUA, depois de ter sido incumbido

    de escrever um trabalho critico a homeopatia, aopesquisá-la tornou-se um dos grandes homeopatasdo séc. 19.

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    Fig ura 8: Con stan tin e Hering (1800-1880) alemão,estudante de medicina em Leipzig. Quando jovem recebeua mi ssão de um médic o qu e era co nt ra a homeo pati a, deescrev er um liv ro cr itic o a homeo patia. Nessa époc a ficoudoente e foi curado por um tratamento hom eopático. Deperseguidor passou a ser admirador e pesquisador dahomeopatia.

    Ele elaborou vários experimentos, até mesmo comveneno de cobras. Afirmou que à medida que adoença torna-se crônica, existe uma progressãodos sintomas e o seu desaparecimento na ordeminversa do seu aparecimento, indica que a doença

    está evoluindo para a cura. Esses processos decura, chamados de leis de Hering, na verdade nãoé uma lei, apenas probabilidade que ajudam ohomeopata a acompanhar a evolução da doença.Nesse contexto, um indivíduo com enxaqueca,apresenta inicialmente tontura e, por ultimo,depressão, após a administração do simillimum,desaparecerá primeiro a depressão e depois atontura. Com essa evolução o médico assegurará,desse modo, que o individuo está em processo decura. Com a continuidade do tratamento, aenxaqueca, queixa principal do doente,desaparecerá em seguida.

    Figura 9: lei da cura. Os sintom as devem desaparecer naordem inv ersa do seu aparecimento; A cu ra progride doalto do corpo para baixo; O corpo proc ura exteriorizar ossintom as, mantendo-os em suas partes m ais exteriores(mucos as e pele); a cura p rogride dos órgãos mais n obrespara os menos nobres; Ant igos sin tomas podemreaparecer.

     A constatação de uma dessas eventualidadesajuda o homeopata a conduzir o tratamentohomeopático. Ele poderá suspender o medicamentoou até mesmo substituí-los, dependendo daevolução do quadro.

    Fenômenos de cura de HeringOs fenômenos de cura debatidas por Hering nãorepresenta uma lei, e sim probabilidade outendência dominantes.  Direção centrífuga dos sintomas;  Desaparecimento dos sintomas de cima para

    baixo;  Cura a partir dos órgãos mais nobres para os

    menos nobres.  Desaparecimento dos sintomas na ordem

    inversa do seu aparecimento;  Reaparecimento de sintomas antigos.

     A constatação de uma destas eventualidadesrepresenta indicio seguro de evolução favorável nosentido da cura, recomentado abstenção oumoderação do remédio.

    Tendência centrifugaEsforço de cura desloca a sede de atuação do fatornoxio no sentido do órgão menos nobre ou menos

    vital. Nas hierarquizações apresentadas o cérebrofigura como órgão mais importante, seguido pelocoração, fígado, pulmões, rins e pele.

    Desaparecimento inverso dos sintomasO desaparecimento dos sintomas de um casocrônico ocorrer na ordem inversa do seuaparecimento. Em quadro de cefaleia de longaevolução, inicialmente acompanhadas de vertigense depois seguidas de depressão, após o simillimumadequado desaparecerá prioritariamente adepressão, depois a vertigem e por ultimo cefaleia.

    Cura de cima para baixo A melhora dos sintomas, especialmente dasafecções dolorosas e eruptivas agudas, seprocessa de cima para baixo: da cabeça em direçãoàs extremidades tal sequencia acontece de formanítida no sarampo.

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    FARMACOLOGIA A farmacologia permite esclarecer os mecanismosde ação das drogas responsáveis pela açãoprimária e a reação secundária. A farmacodinâmicaestuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dasdrogas e seus mecanismos de ação. SegundoGoodmann e Gilman, os objetivos da análise de

    ação das drogas são identificar a ação primária queelas provocam no organismo, esclarecer suasinterações, a sequência, o campo de ação e osefeitos completos.

    AÇÃO PRIMARIA E REAÇÃO SECUNDÁRIAO modelo homeopático apresenta aspectos

    filosóficos e científicos. Ele é filosófico quandoconsidera a força vital, é científico quandorecomenda a experimentação e análises criteriosasnas pesquisas patogenéticas e clinicas. A cafeína,por exemplo, em dose usual, apresenta açãoprimária estimulante. À medida que ela é eliminadado organismo, a reação secundaria passa a sernotada por um estado de sonolência e desânimo.Desse modo, indivíduos viciados em caféapresentam mais sonolência com o passar dotempo, pois, apesar da cafeína tirar o sono por seuefeito estimulante (primário), estimula-o por seuefeito depressor (secundário). Ou seja, quanto maiso indivíduo é estimulado pela ingestão de café, maissonolento ficará quando a cafeína não exercer maissua ação direta e primaria do organismo após sua

    eliminação. Para manter o estado de vigília, oindivíduo tem de ingerir mais café, num circulovicioso.

    Ação primáriaToda a força que atue sobre a vida, todomedicamento, afeta, a força vital, causandoalteração no estado de saúde do homem por umperíodo maior ou menor. Ação primária é amodificação de maior ou menor duração provocadapor toda substância na saúde do indivíduo. O efeitoprimário resulta da interação das drogas com os

    componentes celulares (receptores e células-alvo),alterando as suas funções orgânicas, estimulando-os (efeito primário agonista) ou inibindo-as (efeitoprimário antagonista). Por esse meio as drogas sãopotencialmente capazes de despertar ou modificaras funções orgânicas, toda via são incapazes decriá-las. A ação primária é rapidamente sentida emaltas doses.

    Reação secundáriaNossa força vital se esforça para opor sua própriaenergia a esta ação. Tal ação oposta faz parte danossa força de conservação, constituindo umaatividade automática dela. Reação secundária é areação do próprio organismo ao estimulo que oaltera. O efeito secundário, chamado pelafarmacologia de efeito rebote  ou asupersensibilidade aos agonistas e antagonistas de

    receptores após diminuição do nível, crônico deestimulação do receptor pelo fármaco ou suacompleta metabolização dos receptores,provocando fenômeno de falência das drogas.Nesse caso, o efeito que acompanha a exposiçãocontínua da droga fica reduzido ou é totalmenteanulada. Quando a droga atinge baixo limiarsanguíneo ou é eliminada, a reação secundaria émanifestada.

    FARMACOLOGIA DOS CONTRÁRIOSCom base na constatação de que uma droga é

    capaz de despertar dois efeitos no organismo,Hipocrates assumiu duas linhas especificas detratamento: a lei dos contrários e a lei dossemelhantes. Para ele, era conveniente sempretratar pelos contrários ou pelos semelhantes,qualquer que fosse o mal, e de onde ele viesse.Hahnemann faz referência a quatro diferentesmaneiras medicas:1. Método alopático: tende a desenvolver no

    homem saudável sintomas diferentes emrelação àqueles apresentados pela doença a ser

    curada;2. Método enantiopático: sofrimento produz nohomem sadio efeitos contrários àquelesapresentados pelo doente;

    3. Método homeopático: faz uso de substânciasque produzam no homem saudável sintomassemelhantes aqueles apresentados pelo doente;

    4. Método isopático: é o método terapêutico quepromove o tratamento da doença pelo mesmoprincipio infeccioso que a produziu.

    De acordo com Hahnemann, se um médicoprescrever antibióticos ou antiparasitários, estará

    seguindo a alopatia, ao prescrever antitérmicos ouantiácidos, prática a enantiopatias, ao tratarcardiopatias com digitalinas e metrorragias comergotina, exerce a homeopatia; ao indicar vacinasou agentes sensibilizantes, prática a isopatia. Numexemplo, de tratamento pela lei dos contrários depaciente que apresenta indisposição, sonolência,fadiga bradicardia como sintomas. Ele receberáuma droga causadora de efeitos estimulantesprimários para neutralizar os sintomas. Enquanto, aconcentração da droga permanecer alta no sangue,o paciente se sentirá curado. Entretanto, para

    retornar à homeostase inicial, o organismo reagiráao estimulo que a droga provocou, produzindoefeitos opostos, depressores, secundários.

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    Quando essa droga for eliminada do organismo, opaciente voltará a sentir aqueles sintomas, poremmais forte, pois o organismo produziu efeitosdepressores contra ação estimulante que a drogaproporcionou em seu efeito primário. Para evitaresse feito rebote e manter a concentraçãosanguínea da droga num patamar suficiente paraproduzir o efeito estimulante, o paciente receberá,periodicamente, novas doses da droga.

    ENERGIA MEDICAMENTOSAPara evitar agravações dos sintomas a

    homeopatia usa medicamentos diluídos epotencializados por meio de processos dedinamização. O medicamento dinamizado é oestimulo necessário para despertar a reação vital.Com a diluição da droga, a agravação é controlada,e com a potencialização, a reação orgânica éestimulada ainda mais no sentido da cura.O medicamento dinamizado, semelhante àenfermidade potencializada, faz o efeito primáriopassar despercebido, a não ser nos indivíduossuscetíveis. Essa é a reação de seu uso. A concentração de um medicamento homeopáticoé proporcional a 100-n  molar, sendo n o grau dedinamização (diluições sucessivas, seguidas deagitações). O limite de avogrado é superadoquando n > 12 a partir de uma diluição 100-12  nãohá mais moléculas da droga original. Desse modo,a ação do medicamento homeopático não dependeda presença de moléculas da droga. A energiaproduzida pelas agitações deve ser a responsável

    pela transferência das informaçõesmedicamentosas à solução.

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    RDC 67/2007ANEXO 5

    Boas práticas de manipulação de preparaçãohomeopáticas (BPMH) em farmácias.

    Organizacional e pessoalSaúde, higiene, vestuário e conduta:

      Os funcionários envolvidos nos processosde manipulação devem estar devidamentehigienizados e não odorizados.

    ObjetivoTraz os requisitos mínimos relativos à manipulaçãode preparação homeopática em farmácias.

    Infraestrutura A farmácia para executar a manipulação depreparação homeopática deve possuir:  Sala exclusiva para a manipulação de

    preparação homeopática;  Área ou local de lavagem e inativação;  Sala exclusiva para coleta de material para o

    preparo de auto-isoterapicos, quandoaplicável.

     A sala de manipulação, quando aplicável, deve serdotada dos seguintes equipamentos específicos:  Balança Gay-Lussac;  Balança de uso exclusivo. A farmácia que realizar o preparo de auto-isoterápico deve possuir sala especifica para coleta

    e manipulação até 12CH ou 24DH, seguindo ospreceitos da FHB. Para garantir a efetiva inativaçãomicrobiana, deve ser realizado monitoramentoperiódico do processo de inativação, mantendo-seos registros. Devem existir procedimentos escritosde biossegurança, de forma a garantir a segurançamicrobiológica da sala de coleta e manipulação dematerial para preparo de auto-isoterápico,contemplando os seguintes itens:  Normas e condutas de segurança biológica,

    ocupacional e ambiental;  Instruções de uso dos equipamentos de

    proteção individual (EPI);  Procedimento em caso de acidentes;  Manuseio do material.

    Limpeza e sanitizaçãoPara a limpeza e sanitização de piso, parede emobiliário da sala de manipulação de preparaçõeshomeopáticas, devem ser usados produtos que nãodeixem resíduos ou possuam odores, sendoindicado o uso de sabão, água e soluçõessanitizantes. As bancadas de trabalho devem ser

    limpas com solução hidroalcoólica a 70%.

    Manipulação A identificação do medicamento homeopáticoprescrito deve ser realizada conforme nomenclaturaespecífica e ainda apresentar potencia, escalamétodo, forma farmacêutica, quantidades eunidade. A preparação de heteroisoterápicosprovenientes de especialidade farmacêuticassujeitas à prescrição deve estar acompanhada darespectiva receita.

     A preparação de heteroisoterapicos usandoespecialidades farmacêuticas que contenhamsubstância sujeitas a controle especial, deve serrealizada a partir do estoque do estabelecimento ouproveniente do próprio paciente. A preparação e dispensação de heteroisoterápicosde potencia igual ou acima de 6CH  ou 12DH  commatrizes obtidas de laboratórios industriais nãoprecisam da autorização especial emitida pela ANVISA.O local de trabalho e os equipamentos devem serlimpos periodicamente, de forma a garantir a

    higiene da área de manipulação.Os utensílios, acessórios e recipientes usados naspreparações homeopáticas devem ser descartados.Na possibilidade de sua reutilização, os mesmosdevem ser submetidos a procedimentos adequadosde higienização e inativação, atendendo àsrecomendações técnicas nacionais ouinternacionais. Após a inativação e higienização dosutensílios, recipientes e acessórios, estes devemser guardados ao abrigo de sujidades e odores.

    Rotulagem e embalagemDevem atender os seguintes requisitos:

    Insumo ativo: A TM deve ser identificada por rótulointerno ou do fornecedor, contendo os seguintesdados:   Nome científico da droga;  Data de fabricação;  Prazo de validade;  Parte usada;  Conservação;  Grau alcoólico;  Classificação toxicológica, quando for o caso;  Número de lote.

     A matriz deve ser identificada por meio do rótulointerno ou do fornecedor, de acordo com normasinternacionais, contendo os seguintes dados:  Dinamização escala e método;  Insumo inerte e grau alcoólico, quando for o

    caso;  Data da manipulação;  Prazo de validade (mês/ano);  Origem.

    Formas farmacêuticas de dispensação:

    Preparação para ser dispensado deve seridentificada por meio de rótulo contendo:   Nome da preparação;  Dinamização escala e método;  Forma farmacêutica;

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      Quantidade e unidade;  Data da manipulação;  Prazo de validade (mês/ano);  Identificação da farmácia com CNPJ.  Endereço, nome do farmacêutico responsável

    com o CRF.Nas preparações homeopáticas magistrais deveconstar no rótulo do paciente e do prescritor.

    Boas práticas de manipulação e preparaçãohomeopática (BPMH)

     As farmácias homeopáticas devem seguir asBPMH em farmácias presente na RDC 67. NasBPMH podemos destacar as seguintes regras:  As manipulações de preparações homeopáticas

    devem ser realizadas por funcionárioshigienizados e não odorizados;

      As preparações devem ser realizadas em salaexclusiva para manipulação de preparaçõeshomeopáticas, e que esteja localizada em área

    de baixa incidência de radiações e de odoresfortes;  A lavagem e inativação dos utensílios,

    acessórios e recipientes usados naspreparações homeopáticas devem serexecutadas, em local com estufa para secageminativação dos materiais com termômetro eregistro das temperaturas e tempo de processode inativação;

      Não devem ser usados produtos que dêresíduos ou possuam odores na limpeza doambiente, e mobiliário da sala de manipulação

    de preparações homeopáticas.

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    FARMACOTÉCNICAHOMEOPATICA A farmacotécnica homeopática é baseada emdiluições seguidas de sucussões ou triturações edinamizações seguidas. Os medicamentoshomeopáticos são, quase sempre, dinamizados,

    isto é, a substância natural é diluída e agitada. Paraisso, partindo de uma substância, com a qualpreparemos um medicamento, temos queconsiderar se ela é solúvel ou não. Os solventesque podem ser usados são: a água, o álcool etílicoe a glicerina. Quando a substância não for solúvelnestes solventes, usaremos a trituração.Na dinamização, usamos uma soluçãohidroalcoolica para diluir, geralmente álcool a 30%,e sucussionamos. Se a substância é solúvel emágua ou álcool etílico, puros ou combinados, elaserá dissolvida, na proporção de 1%, agitada 100

    vezes. O processo de trituração é aplicado parasubstâncias insolúveis. Neste caso, usaremos alactose para diluir, para agitar, usando o movimentode triturar a substância entre o pistilo de porcelana,contra as paredes dos recipientes, um gral deporcelana. A trituração é feita na proporção de 1%da substância ativa em lactose. As diluições podem ser feitas em diferentesdiluições ou escalas as mais usadas são naproporção de 1/100 (CH), Hering introduziu à escaladecimal (DH), preparada na proporção de 1/10.Para chegarmos a potências superiores, usamosoutras possibilidades. O russo Korsakov criou ummétodo prático. Ele propôs diluir a substância,sucussionar e depois, verter o conteúdo do frascoaberto, deixando que escorra todo o conteúdo.Desta forma, resta no frasco 1% da dinamizaçãoanterior. Depois disso enchemos novamente ofrasco, sucussionamos e esvaziamos, fazendo isso,até a potência K desejada.O método de fluxo contínuo (FC) trata-se de umequipamento mecânico, com uma câmara de vidro,onde ocorre à dinamização, ai é colocado à

    dinamização 30CH da substância a ser dinamizada,nesse método a diluição é contínua.Métodos de preparação das formas farmacêuticas

    derivadas: As formas farmacêuticas derivadas sãopreparadas nas escalas:  Decimal (DH);  Centesimal (CH);  Cinquenta milesimal (LM). A preparação deve seguir os métodosHahnemannianos, Korsakoviano ou FC como nãohá correspondência entre as escalas e métodos,ficam proibidos qualquer interconversão.

    ALCOOMETRIA Alcoometria é a determinação do grau alcoólicodas misturas de água e álcool etílico. O títuloalcoometrico, volumétrico ou grau alcoólicovolumétrico de uma mistura de água e etanol éexpresso pelo número em 100 volumes dessamistura a mesma temperatura, é expressa em %(v/v). O título alcoometrico ponderal é expressopela relação entre a massa de etanol contida numa

    mistura de água e etanol e a massa total desta éexpresso em % (p/p).

    Determinação de título alcoometricoO alcoômetro centesimal é um, densímetrodestinado à determinação do grau alcoólico dasmisturas de água e etanol, indicando somente aconcentração do etanol em volume. É expresso emgrau Gay-Lussac (GL).

    Preparo de álcool etílico diluídoPara a preparação do álcool etílico, diluído no teordesejado, calcular a quantidade de álcool etílico departida a ser usado segundo a expressão:  Tp= teor alcoólico desejado (% v/v).O volume de água purificado a ser adicionado paraobtenção do álcool etílico diluído desejado pode serencontrado segundo a expressão:

    Va= Vd - Vp Em que  Va= volume de água purificada ser usada (ml);  Vd= volume do álcool etílico diluído desejado

    (ml);

      Vp= volume de álcool etílico de partida a serusado (ml).Para preparar o álcool etílico, diluído, devemosseguir as seguintes instruções:  Medir o volume de álcool etílico e água

    separadamente;  Fazer a mistura dos dois líquidos;  Deixar em repouso até acomodação das

    moléculas;  Fazer a conferencia do álcool etílico obtido,

    usando o alcoômetro;  Fazer os ajustes necessários adicionando água

    ou álcool etílico.Técnicas para determinação do teor alcoólico:1. Colocar 1L do etanol neutro numa proveta de

    mesma capacidade;2. O menisco, inferior do líquido deve ficar acima

    da linha (divisão);3. Deixar o etanol por alguns minutos para que

    haja acomodação das moléculas;4. Colocar a ponta no interior do termômetro e

    anotar a temperatura;5. Mergulhar no líquido o alcoômetro previamente

    molhado no etanol em ensaio enxugado.Imprimir uma rotação de 360º, sentido anti-horário no alcoômetro que deverá flutuarlivremente na proveta, sem aderir às paredes;

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    6. Quando o alcoômetro deixar de oscilar, fixar oolhar abaixo do plano da superfície do líquido.

    7.Fig ur a 10: método de det erm in ação di títu lo

    alc oo métr ic o. ( a  ) proveta de 500m l co m alc oôme tr o jáinserido; ( b  ) comp le tamos com alcoo l etíli co atéofuncion amento do alcoômetro; ( c  ) 94G L (Gay Lussac ).

    Critérios volumétricos:  V/V = volume do álcool por volume de água;  P/P = peso do álcool por peso de água;  V/P ou P/V.  Ci x Pi = Cf x Pf  Ci = Concentração inicial do álcool;  Pi = Peso inicial do álcool;  Cf = Concentração final da solução;

      Pf = Peso final da solução.Exemplo:1. Preparar 100g de solução com concentração

    ponderal de etanol a [ ]: 70%, 30% e 45%.2. Procedimento experimental:

      Para concentração de álcool solicitadaproceda da seguinte forma: Separe 3 frascosde Erlenmeyer de 250ml e identifique como:

    a. Frasco 1 álcool;b. Frasco 2 água destilada;c. Frasco 3 álcool a x%.

    3. Tarar os frascos 1 e 2;

    4. Fazer cálculos para quantidades de álcool eágua necessárias para a preparação;

    5. No frasco 1 pesar a quantidade de álcool 96%encontrada no calculo realizado;

    6. No frasco 2 pesar a quantidade de águanecessária para atingir o valor final da solução;

    7. Verter os líquidos dos frascos 1 e 2 no frasco 3;8. Repetir os passos anteriores para as outras

    concentrações de álcool.

    TINTURA MÃE (TM)São preparações alcoólicas ou hidroalcoólicasresultantes da extração de drogas vegetais, animaisou da diluição dos respectivos extratos.

    PreparaçãoDroga vegetal fresca ou secaParte usada: vegetal inteiro, parte ou secreção.Líquido extrator : etanol em diferentes graduações,

    o teor alcoólico no inicio da extração deve ser de60% no final da extração deverá ser de 55% a 65%.Método de extração: maceração ou percolação.Relação resíduo sólido/volume final de TM: 1/10p/v 10%.Preparação a parti de plantas secas: Podem serpreparadas por maceração ou percolação.

    MaceraçãoConsiste deixar o vegetal dessecado, devidamentedividido, por pelo menos 15 dias, em contato com ovolume total do líquido extrator apropriado, emambiente protegido da ação direta da luz e calor,agitando o recipiente diariamente. A seguir, filtrar eguardar o filtrado. Prensar o resíduo, filtrar e juntaro líquido resultante dessa operação aqueleanteriormente filtrado. Deixar em repouso por 48h,filtrar e armazenar adequadamente. Para TM cujasmonografias determinem o teor de marcadorespecificado, um ajuste de concentração dessemarcador pode ser realizado por adição de etanolde mesmo teor que o usado para a preparação daTM.

    PercolaçãoConsiste em colocar a droga vegetal seca,finamente dividida e tamisada, em recipienteadequado. Adicionar o líquido extrator emquantidade suficiente para umedecer o pó e deixarem contato por 4h. Transferir cuidadosamente parao percolador de capacidade ideal, de forma a seevitar a formação de canais preferenciais para oescoamento do solvente. Colocar volume suficientede líquido extrator para cobrir toda a droga e para aobtenção da quantidade desejada de TM. Deixarem contato por 24h. Percolar à velocidade de

    8gts/m para cada 100g da droga, repondo osolvente de forma a manter a droga imersa, atéobter o volume previsto de TM. Deixar em repousopor 48h, filtrar e armazenar adequadamente.

    Determinação do resíduo sólidoTomar uma amostra de peso definido de vegetalfresco fracioná-la em fragmentos reduzidos,deixando-a em estufa à temperatura entre 100-105ºC, até peso constante. Calcular a porcentagem doresíduo sólido  (Rs) na amostra. Calcular o pesototal do Rs contido no vegetal fresco. Para se

    calcular o Vtm a ser obtido, multiplica-se o valor doRs contido no vegetal fresco por 10. O volume doliquido extrator (Vvi) a ser adicionado seráequivalente ao Vtm  a ser obtido menos o VH2O contido no vegetal fresco.

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    Vtm= 10 x Rs;Vtm= Vvi - VH2O 

     A graduação alcoólica final do líquido extrator deveser a especificada na monografia resultante damistura alcoólica acrescida do teor de água contidona planta. Caso não haja especificação emmonografias, o teor alcoólico no inicio da extraçãodeverá ser de 60% e ao final da extração deverá serde 55% a 65% , obedecendo a seguinte orientação:

    Resíduo sólido Teor hidroalcoólico Até 25% Álcool 90% (p/p).Entre 30 e 35% lcool 80% (p/p).Entre 35 e 50% Álcool 70% (p/p).Tabela 1: o ins umo inert e usado na TM depend erá da % do RSencontrado.

    Exemplo 1:Vegetal fresco = 1 Kg;Resíduo sólido = 20%;Resíduo sólido total do vegetal= 200g;Quantidade de água contida no vegetal= 800ml;Teor alcoólico do líquido extrator a ser usado= 90%

    (v/v);Volume de TM a ser obtida= 2000ml (10 vezes oresíduo sólido total);Volume de álcool 90 (v/v) a ser adicionado: 2000ml-800ml = 1200mlRelação resíduo sólido/volume final da TM 1/10(p/v) (10%).Exemplo 2:Vegetal fresco = 1kg;Resíduo sólido = 32%Resíduo sólido total do vegetal = 320gQuantidade do líquido extrator a ser usado = 80%(v/v);Volume da TM a ser obtida = 3200ml (10 vezes oresíduo sólido total);Volume do álcool 80% a ser adicionado: 3200ml-680ml = 2520ml;Relação resíduo sólido/volume final da TM 1/10(p/v) (10%).Exemplo 3:Vegetal fresco = 2Kg;Resíduo sólido = 30%;30% de 2Kg = 600g;

    600g do vegetal fresco é resíduo sólido e 1400g deteor de água. A quantidade de TM a obter será 600g x 10 = 6Kg.Calculo do liquido extratorComo é 30% de RS usaremos soluçãohidroalcoolica 80% (p/p);Vegetal fresco disponível = 2kg (600g de RS e1400g de água), TM seria preparada com 6kg (600gx 10).Para calcularmos a quantidade de álcool 80% (p/p)que será usado no preparo da TM;6kg da TM-1,4kg de água do vegetal = 4,6kg de

    álcool 80%; Ci x Pi = Cf x Pf80% x 4600= Cf x 6kgCf = 61,33% A FHB 2ª edição: permite RS 25 quando inferior a25%.

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    MÉTODOHAHNEMANNIANOPara drogas insolúveis, triturações para a fasesólida, diluições e sucussões para a fase líquida.Para drogas solúveis, diluição e sucussão, manualou mecânica. É assim chamado por ter sido criado

    por Hahnemann, pode ser dividido em três outrosmétodos:

    Método de frascos múltiplosDesenvolvido para preparar formas farmacêuticasderivadas nas escalas DH e CH, a partir da TM edrogas solúveis.

      Ponto de partida: Tintura-mãe, droga solúvelem água ou etanol de diferentes graduaçõescom solubilidade igual ou superior a 10% (DH)ou 1% (CH).

      Droga solúvel: Dinamização anterior a que sedeseja.

      Insumo inerte: Etanol em diferentesgraduações. Na 3CH e na 6DH, será usado oVI abaixo. TM usar VI com o mesmo títulohidroetanólico da TM (até à 3CH ou 6DH). Omesmo VI usado na solução da droga (até 3CH

    ou 6DH).  Número de frascos: Um frasco para cada

    etapa da dinamização.  Volume: Líquidos a ser sucussionado deverá

    ocupar no mínimo a metade e no máximo 2/3da capacidade do frasco usado na preparação.

      Numero de sucussões: 100 sucussões:  Processo para sucussões:

    a. Manual : a sucussão deverá ser executadaatravés de movimento vertical feito com oantebraço, contra um anteparo semirrígido.O moviment