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1º Congresso Sul 1º Congresso Sul Brasileiro Brasileiro Florianópolis, Maio/2008 Florianópolis, Maio/2008

2 Variações Pré Analíticas Do Perfil Lipídico1º Congresso Sul Brasileiro Maio2008

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  • 1 Congresso Sul BrasileiroFlorianpolis, Maio/2008

  • FONTES DE VARIAES PR ANALTICAS DO PERFIL LIPDICO

    SBAC SC

  • DRA MARIA ELIZABETE MENDES

    Mdica Patologista ClnicaChefe da Seo de Bioqumica de Sangue DLC HC FMUSPDoutora em Medicina Patologia FMUSP

    Declaro no haver conflito de interesses para esta apresentao

  • PAPEL DO EXAME LABORATORIAL

    OS RESULTADOS DE EXAMES TM UM PAPEL IMPORTANTE:

    NO DIAGNSTICONOS PROCEDIMENTOS TERAPUTICOSNO MONITORAMENTO DAS DOENASNO PROGNSTICO

  • PAPEL DO EXAME LABORATORIAL

    A EFICCIA DA MEDICINA LABORATORIAL TEM COMO PR- CONDIO A CONFIABILIDADE NOS RESULTADOS EMITIDOS

  • BOAS PRTICAS

    A SENSIBILIDADE E A ESPECIFICIDADE SO IMPORTANTES NA ESCOLHA DOS MTODOS ANALTICOS

    ASSIM COMO, O VALOR PREDITIVO DEVE SER CONSIDERADO PARA A RELEVNCIA CLNICA DO SEU RESULTADO H PADRES ANALTICOS GERANDO RGIDOS CRITRIOS DE CONTROLE TUDO ISTO VEM SENDO POSTO EM PRTICA COM SUCESSO

  • BOAS PRTICAS

    A FASE NO ANALTICA AINDA REQUER ATENO DE TODOS NS, PORQUE NELA ONDE OCORRE A MAIOR INCIDNCIA DE ERROS NO LABORATRIO.

  • BOAS PRTICAS

    A FASE PR ANALTICA CONTRIBUE COM 46 A 68,2% DO TOTAL DOS ERROS ENQUANTO UMA ALTA TAXA DE 18,5 A 47% DO TOTAL DOS ERROS SO DEVIDOS FASE PS ANALTICA

    PLEBANI M.- Clin Chem Lab Med. 2006;44(6):750-9

  • BOAS PRTICAS

    UMA DAS ESTRATGIAS DE BPLC DEVE SER DETECTAR E ELIMINAR OS ERROS NO ANALTICOS, ISTO , AQUELES QUE ENVOLVEM AS FASES PR E PS ANALTICAS.

  • BOAS PRTICASA REDUO DE ERROS E A MELHORIA DA QUALIDADE SO PARTES INTEGRANTES DAS ATVIDADES DO LABORATRIO CLNICO

    ESTA REDUO OCORRE COM A REVISO EM TODAS AS FASES DO EXAME

  • FONTES DE VARIAOCLASSIFICAO

    INTER-INDIVIDUAIS: diferenas existentes entre os indivduos, decorrem das diferenas de idade, sexo, raa e gentica.

    INTRA-INDIVIDUAIS: referem-se s variaes em relao ao valor real no prprio indivduo ao longo do tempo.Ocorrem pela sazonalidade, atividade, estado emocional,diferenas no preparo prvio (sono,dieta,drogas, exerccios,postura,torniquete).

  • FONTES DE VARIAOCLASSIFICAO

    PR ANALTICA: diferenas verificadas devido ao manuseio da amostra antes da fase de anlise.Diferem devido a: transporte, centrifugao, tempo de espera para ser processado,condies de estocagem.

    ANALTICA:diferenas nas medidas devidas etapa da realizao do exame

  • National Cholesterol Education Program( NCEP) atravs do Laboratory Standardization Panel (LSP)Estabeleceu critrios e recomendaes para adequar e orientar o desempenho dos laboratrios.Sua adoo garante que a contribuio do laboratrio para a variao total na dosagem dos lpides seja a menor possvel.

    Clin Chem ,1988;34:193-201NIH Publication n 93-2964, January,1993

  • Recomendaes das Diretrizes de Dislipidemia e Preveno de AteroscleroseNo se recomenda dosar Lpides Totais, pois h mtodos especficosEletroforese de Lipoprotenas:no recomendada para a avaliao do risco de doena coronariana, por ser mtodo semi-quantitativo.Ela indicada na diferenciao entre hiperlipidemias do tipo IIIb/ III e na constatao de ausncia de lipoprotenas.Usar Perfil Lipdico ao invs de Lipidograma ( termo obsoleto) Laboratrio deve participar de controle externo da qualidadeArq Bras Cardiol vol.77,supl III,2001

  • Recomendaes para minimizar as variaes pr-analticas

    Perfil Lipdico realizado em indivduos com perfil metablico estvelDieta habitual e peso mantidos por pelo menos 2 semanas antes da realizao do exameAps IAM ou AVC a amostra deve ser obtida nas primeira 24 h ou aps 8 semanasAps qualquer doena ou cirurgia o perfil lipdico poder estar temporariamente comprometido.Recomenda-se aguardar 8 semanas antes destas dosagens.

    Arq Bras Cardiol vol.77,supl III,2001

  • Recomendaes para minimizar as variaes pr-analticas

    Sem atividade fsica vigorosa nas 24 h antecedentes coleta. Jejum prvio de 12 -14 horas.Dosagens seriadas no mesmo laboratrio preferentemente.Evitar ingesto alcolica nas 72 horas que antecedem a coleta.

    Arq Bras Cardiol vol.77,supl III,2001

  • Recomendaes para minimizar as variaes pr-analticas

    Efetuar a coleta em pelo menos 2 amostras, coletadas com a diferena de pelo menos uma semana.Os resultados devem ser obtidos com esta mdia , que menor que a variao nas medidas individuaisPara triglicrides,HDL-c e LDL-c, so preferveis 3 amostras seriadas, mas 2 amostras podem ser utilizadas se necessrios

    Tietz 3Th edition;chapter 25,p.849,1999.

  • VARIAO BIOLGICA

    PEDIATRIAADOLESCNCIAADULTOS:IDOSOS: ateno para causas secundrias de dislipidemias.

  • VARIAO FISIOLGICASEXO

    MULHERES EM FASE ADULTAMULHERS PS MENOPAUSAHOMENS

  • VARIAO FISIOLGICAGESTAODurante a gestao e at o 3 ms do puerprio os valores do perfil lipdico esto aumentados

    Assim, recomenda-se estas dosagens a partir de 3 meses aps o parto

  • GESTAO

    Ateno ao interpretar-se os resultados de exames laboratoriais em gestantes, necessrio ter conhecimento da idade gestacional na qual a amostra foi colhida.

  • ESTILO DE VIDA

    DIETAEXERCCIOS E SEUS EFEITOSCONSUMO DE ETANOLTABAGISMO

  • DIETA ESTADOS NUTRICIONAIS

    Dietas ricas em gordura tendem a aumentar a concentrao de triglicridesAssim como a ingesto alcolica

  • JEJUM

    Jejum preconizado:12- 14 horasDeve-se evitar perodos muito prolongados de jejum ( acima de 16 horas)Eles so interpretados pelo organismo com situaes de stressAps 14 h de jejum aumentam a liberao dos alfa cetocidos, de cidos graxos livres,piruvato e lactato

    Vieira,JGH - Arq Bras Endocrinol Metab 2002; Fev 46/1:9-15

  • Frmula de Friedwald-mtodo indireto-

    Jejum inadequado gera super- estimao do TriglicridesAumentando a frao VLDL ,ie, TG/5Subestimando a frao LDL na frmula de Friedewald ( LDL-c = CT- (HDL-c + TG/5)Quando TG superior a 400 mg/dL ou excesso de quilomicrons no deve ser empregadaDosar LDL colesterol nesta situao ( acima de 350 mg/dL, na prtica)

  • Variao pr-analticae recomendaes

  • Variao intra-individual mxima aceitvel estimada pelos coeficientes de variao biolgico e analtico

  • Postura

    Mudanas posturais sbitas podem ocasionar variao em alguns componentes sricos.Da posio supina para ereta ocorre o afluxo de gua e substncias filtrveis do espao intravascular para o intersticial.Substncias no filtrveis, como protenas de alto peso molecular e elementos celulares tero sua concentrao relativa elevada at que o equilbrio hdrico se restabelea.

  • Postura

    Esta elevao pode ser da ordem de 8 a 10% da concentrao inicial

    Albumina, colesterol,triglicrides, Hto,Hb, drogas que se ligam s protenas e o n de leuccitos podem ser superestimados por esta razo

  • Atividade FsicaEfeito da atividade fsica transitrio e decorre de:

    Mobilizao de gua e outras substncias entre os diferentes compartimentos corporaisVariaes das necessidades energticas do metabolismoEventual modificao fisiolgica que a prpria atividade fsica condiciona

  • Atividade FsicaDa orientar-se a coleta de amostras preferentemente com o paciente em condies basais, porque so mais facilmente reprodutveis e padronizveisA coleta de sangue no um procedimento impeditivo ou limitante prtica do atividade fsicaAlteraes significativas no grau de atividade fsica( Ex.: internaes) podem causar variaes em alguns parmetros sanguneos

  • Atividade Fsica

    O esforo fsico pode causar aumento da atividade srica de alguns enzimas como CPK, Aldolase, AST pela maior liberao celular

    Este aumento pode persistir por 12 a 24 horas aps a realizao de um exerccio

    O uso concomitante de alguns medicamentos como as estatinas pode potencializar estas alteraes

    Lembrar que nos atletas a creatinina srica, sua taxa de excreo urinria e a formao de lactato so maiores quando comparadas com no atletas

  • Jejum

    Nas populaes peditrica e de idosos o jejum deve guardar relao com os intervalos de alimentaoPerodo de jejum habitual para a coleta de sangue de rotina de 8 horasPodendo ser reduzido para 4 horas na maioria dos exames

  • TORNIQUETE

    Aplicao do torniquete leva ao aumento da presso intravascular no territrio venosoFacilitando o extravasamento para o espao intersticial,resultando em hemoconcentrao relativaO garroteamento por tempo prolongado promove a estase venosa que levar a alteraes metablicas Desfazer o torniquete to logo a agulha penetre a veia.1 minuto: aumento de 5% no CT5 minutos: 10 a 15%

  • ANTICOAGULANTEO tipo de tubo empregado na coleta da amostra deve estar em conformidade com a metodologia empregada na determinao e com as caractersticas do analito EDTAHEPARINAOUTROS ANTICOAGULANTES NO DEVEM SER UTILIZADOS !!

  • INTERFERENTESUm dos maiores problemas da medicina laboratorialGerando prejuzos ao tratamento e acrscimos nos custos de sadeEstudo de 100 pacientes demonstrou que 7% de testes eram afetados nos pacientes que tomavam um droga e 16,7% em pacientes que tomam 2 drogas. Munzenberger,P. (1971)

  • INTERFERNCIA DEFINIO

    O EFEITO DE UMA SUBSTNCIA PRESENTE NA AMOSTRA QUE ALTERA O VALOR CORRETO DO RESULTADO DE UM ANALITO.

    Kroll, MH;Elin, RJ. Clin Chem 1994;41(11):1996-2005

  • INTERFERNCIA

    Como elimin-la ou mant-la sob controle?

  • INTERFERNCIA

    ESTABELECENDO-SE UM SISTEMA DE DETECOPARA IDENTIFICARPOSSVEIS INTERFERENTESNOS TESTES LABORATORIAIS.

  • EVITANDO OS ERROS O CONHECIMENTO DAS POSSVEIS CAUSAS DE ERROS NO LABORATRIO UMA CONDIO CRTICA PARA EVIT-LOS.

  • LIPEMIAO AUMENTO DA CONCENTRAO DE TRIGLICRIDES,NA VERDADE O ACMULO DE QUILOMICRON NO SORO GERA A INTERFERNCIA

    POBRE A ASSOCIAO ENTRE TRIGLICERIDEMIA E O NDICE LIPMICO.

    TWOMEY, PJ. - Journal of Clinical Pathology 2003;56:861-862.

  • LIPEMIA

    A INTERFERNCIA DA LIPEMIA DEVE SER CONSIDERADA COMO IMPORTANTE, QUANDO A APARENTE MUDANA NA CONCENTRAO DO ANALITO EXCEDER A SUA IMPRECISO DIRIA.

    NANJI, AA. - J Clin Pathol. 1988 September; 41(9): 10261027.

  • INTERFERENTES ENDGENOSDOENA INDUZIDA DOENA METABLICAHEPATOPATIADOENAS DE ACMULO - RENAL

  • INTERFERENTES ENDGENOSDROGA INDUZIDA

    DROGAS ANTI-HIPERTENSIVASIMUNOSSUPRESSORESESTERIDES SEXUAIS

  • TRANSPORTE

    O acondicionamento adequado do material biolgico minimiza os efeitos das variaes de temperatura,exposio solar,agitao

    Tempo decorrido no transporte tambm deve ser considerado

    Em ambiente hospitalar o uso de sistemas de tubos pneumticos requer ajustes e controles para evitar-se a hemlise durante o transporte

  • ESTOCAGEM E MANIPULAODA AMOSTRA

    empregar preferentemente centrfuga refrigeradasoro ou plasma devem ser separados em at 3 horas aps a venopunoTEMPO DE ARMAZENAMENTO: at 3 dias a 4 CInferior a -70C para longos perodos

  • Fase pr - analtica com qualidade garantida requer...

    Equipe de atendimento competente, treinada e motivadaPaciente bem preparado : instrues e materiaisPreparao para a coleta da amostra adequada: pedido mdico,SIL,cadastro, identificao do tuboColeta efetuada dentro das especificaesTransporte eficienteTratamento da amostra eficazArmazenamento da amostra sob condies controladas

  • Resultando em...

    CLIENTES FELIZES EQUIPE TCNICA SATISFEITAE

  • Dra. Maria Elizabete Mendes

    e-mail:[email protected]