31
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO PARANÁ UNIDADE DE CURITIBA DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE MECÂNICA RELATÓRIO EQUIPE 2 HARS (EQUIPE 24) SAE AERO DESIGN 2004 EQUIPE: ALEKSANDAR MILANKOVIC CLEVERSON KATSUO NAKAZAWA ELOI LACERDA FÁBIO ERNANES CZARNESKI GUSTAVO SOARES E SILVA LEANDRO LOURENÇO VIEIRA DA ROCHA MARCELO DELATORRE LEDOUX RAMOS RODRIGO RICETTI COCHÔA ROGÉRIO YOSHINORI MOTOYAMA THIAGO LEITOLES CORRÊA PROFESSOR ORIENTADOR: CLÁUDIO TAVARES DA SILVA CURITIBA PARANÁ 2004

2004

Embed Size (px)

DESCRIPTION

informe de aerodesign

Citation preview

  • CENTRO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLGICA DO

    PARAN

    UNIDADE DE CURITIBA

    DEPARTAMENTO ACADMICO DE MECNICA

    RELATRIO EQUIPE 2 HARS

    (EQUIPE 24)

    SAE AERO DESIGN 2004

    EQUIPE: ALEKSANDAR MILANKOVIC

    CLEVERSON KATSUO NAKAZAWA

    ELOI LACERDA

    FBIO ERNANES CZARNESKI

    GUSTAVO SOARES E SILVA

    LEANDRO LOURENO VIEIRA DA ROCHA

    MARCELO DELATORRE LEDOUX RAMOS

    RODRIGO RICETTI COCHA

    ROGRIO YOSHINORI MOTOYAMA

    THIAGO LEITOLES CORRA

    PROFESSOR ORIENTADOR: CLUDIO TAVARES DA SILVA

    CURITIBA PARAN 2004

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    1

    CPIA DO TERMO DE RESPONSABILIDADE

    PGINA EM BRANCO PROPOSITADAMENTE. SUBSTITU-LA PELA CPIA DO

    TERMO DE RESPONSABILIDADE.

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    2

    NDICE DE SMBOLOS

    EPS POLIESTIRENO EXPANDIDO

    TRIZ TEORIA DA SOLUO INVENTIVA DE PROBLEMAS

    CG CENTRO DE GRAVIDADE [M]

    AR DENSIDADE DO AR [KG/M3]

    AR VISCOSIDADE DO AR (PA.S)

    LC COEFICIENTE DE SUSTENTAO DO

    AEROFLIO

    lC COEFICIENTE DE SUSTENTAO DA

    ASA

    dtotC COEFICIENTE DE ARRASTO

    INDUZIDO TOTAL

    dC COEFICIENTE DE ARRASTO INDUZIDO

    DA ASA

    mC COEFICIENTE DE MOMENTO

    dpC COEF. DE ARRASTO INDUZIDO DO

    PROFUNDOR

    dfC COEFICIENTE DE ARRASTO

    PARASITA

    c CORDA MDIA [M]

    rc CORDA NA RAIZ [M]

    C T CORDA NA PONTA [M]

    sc CORDA DE STENDER [M]

    gc CORDA REAL [M]

    ec CORDA ELPTICA [M]

    UW CARGA TIL [KG]

    AW MASSA DO AEROMODELO [KG]

    TW MASSA TOTAL [KG]

    FW MASSA DO COMBUSTVEL [KG]

    T TRAO DA HLICE [N] D FORA DE ARRASTO [N] L FORA DE SUSTENTAO [N] M MOMENTO [N.M] I MOMENTO DE INRCIA [M4] r RAIO [M] t T ESPESSURA [M]

    h DISTNCIA, COMPRIMENTO OU ALTITUDE [M]

    nh PONTO NEUTRO MANCHE FIXO [M]

    oh CENTRO AERODINMICO DA ASA [M]

    mh PONTO DE MANOBRA MANCHE FIXO

    [M]

    S REA DE REFERNCIA [M2]

    eS REA TIL DA ASA [M2]

    v COEFICIENTE DE VOLUME DE CAUDA HORIZONTAL

    a COEFICIENTE AERODINMICO DE ESTABILIDADE

    NGULO DE ATAQUE DA ASA NGULO DE DOWNWASH FATOR DE ESTABILIDADE LONGITUDINAL

    B ENVERGADURA [M] b SEMI-ENVERGADURA [M]

    AR ALONGAMENTO V VELOCIDADE [M/S] n FATOR DE CARGA

    AFILAMENTO E MDULO DE ELASTICIDADE [PA]

    Y TENSO DE ESCOAMENTO [PA]

    R TENSO DE RUPTURA [PA]

    max TENSO MXIMA [PA]

    NDICES

    HT EMPENAGEM HORIZONTAL VT EMPENAGEM VERTICAL

    W ASA

    F FUSELAGEM TO DECOLAGEM

    S ESTOL SEM FLAPES

    C CRUZEIRO

    D MERGULHO A MANOBRA

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    3

    NDICE

    CPIA DO TERMO DE RESPONSABILIDADE .................................................................... 1

    NDICE DE SMBOLOS ........................................................................................................... 2

    1. INTRODUO .................................................................................................................. 6

    2. METODOLOGIA ............................................................................................................... 7

    3. REQUISITOS DE PROJETO ............................................................................................ 8

    4. CONCEPO DA AERONAVE ...................................................................................... 9

    4.1. Escolha do Aeroflio ......................................................................................................... 9

    4.2. Concepo da Asa ............................................................................................................. 9

    4.3. Concepo da Empenagem .............................................................................................. 10

    4.4. Concepo da Fuselagem ................................................................................................ 11

    5. ANLISE AERODINMICA ......................................................................................... 12

    5.1. Forma em planta .............................................................................................................. 14

    5.2. Consideraes do projeto................................................................................................. 15

    5.3. Distribuio de sustentao ............................................................................................. 16

    6. ANLISE DE ESTABILIDADE E CONTROLE ........................................................... 18

    7. ANLISE DE DESEMPENHO ....................................................................................... 20

    7.1. Conjunto Moto-propulsor ................................................................................................ 20

    7.2. Distncia de Pouso e Decolagem..................................................................................... 21

    7.3. Previso de Carga til ..................................................................................................... 24

    8. ANLISE ESTRUTURAL .............................................................................................. 25

    8.1. Diagrama V-n .................................................................................................................. 25

    8.2. Trem de Pouso ................................................................................................................. 26

    8.3. Distribuio de carregamentos na asa ............................................................................. 28

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ..................................................................................... 31

    GRFICO DE CARGA TIL ................................................................................................ 30

    PLANTA 01 ............................................................................................................................ 31

    PLANTA 02 ............................................................................................................................ 32

    PLANTA 03 ............................................................................................................................ 33

    PLANTA 04 ............................................................................................................................ 34

    PLANTA 05 ............................................................................................................................ 35

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    4

    1. INTRODUO

    A principal meta da competio SAE Aerodesign 2004 de que estudantes de

    engenharia resolvam problemas geralmente encarados por profissionais da indstria

    aeronutica. Orientadores e membros de todas as equipes devem, a cada ano, tentar melhorar

    seus projetos e desenvolver novas tecnologias a serem aplicadas em seus aeromodelos.

    Este relatrio tem como funo mostrar sucintamente o trabalho da equipe 2Hars no

    intervalo que sucede a competio. Este documento disposto da seguinte forma:

    Metodologia seguida, Requisitos de Projeto, Concepo da Aeronave, Anlise Aerodinmica,

    Anlise de Estabilidade e Controle, Anlise de Desempenho, Anlise Estrutural, Resultados e

    Concluses.

    explanada ainda sobre a inovao da equipe: utilizar a metodologia da TRIZ para

    desenvolver um trem de pouso inteirio e suas vantagens sobre os trens de pouso comuns.

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    5

    2. METODOLOGIA

    A metodologia utilizada durante todo o projeto do aeromodelo a descrita abaixo:

    Anlise dos requisitos de projeto;

    Anlise dos erros encontrados nos projetos das equipes do CEFET-PR em competies

    anteriores;

    Anlise dos projetos mais bem sucedidos de outras instituies;

    Prtica do projeto conceitual do aeromodelo, utilizando-se da ferramenta de criatividade

    Matriz Morfolgica, da ferramenta da TRIZ Anlise de Recursos e de sees de

    Brainstorming;

    Prtica do projeto detalhado e realizaes de testes em softwares e em um aeromodelo

    prottipo, seja de sustentao, de arrasto total, de estabilidade de vo, de carga mxima,

    dentre outros;

    Reparos e reclculos no projeto detalhado;

    Construo do aeromodelo e utilizao da ferramenta da TRIZ Evoluo Direcionada para

    a inovao de se utilizar um trem de pouso inteirio;

    Realizao de vos com o aeromodelo.

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    6

    3. REQUISITOS DE PROJETO

    O objetivo principal da equipe projetar, documentar e construir um aeromodelo

    radio-controlado que faa um vo padro, o qual consiste em decolar em uma distncia

    mxima de 61 metros, executar pelo menos uma volta completa e pousar dentro dos limites

    laterais da pista.

    O aeromodelo deve estar dentro de certos requisitos estipulados pela competio e

    encontrados no regulamento da mesma. Os requisitos da Classe Regular so listados abaixo:

    Envergadura Mxima: 1.83 m.

    Motor K&B .61 RC/ABC (PN 6170) ou O.S. .61 FX, originais, tipo glow, escapamento

    original do motor.

    Compartimento de Carga (medidas mnimas): 160 x 130 x 100 (mm3).

    Tanque de Combustvel: acessvel.

    Carga til: no pode contribuir na estabilidade estrutural do aeromodelo, mas deve ser

    fixa no compartimento de carga.

    Existem outros requisitos estipulados pela equipe, a serem executados na competio,

    quais sejam:

    Regularidades nos vos;

    Carga til de 7.5 kg (Vide Grfico de Carga til);

    Tempo mnimo de retirada de carga do compartimento;

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    7

    4. CONCEPO DA AERONAVE

    Definir a configurao da aeronave faz com que a mesma seja capaz de cumprir os

    requisitos especificados anteriormente. As seguintes etapas foram cumpridas: escolha do

    aeroflio, concepo da asa, concepo da empenagem vertical e horizontal e concepo da

    fuselagem.

    ESCOLHA DO AEROFLIO

    Na pesquisa dos aeroflios, tomou-se como base os perfis que apresentaram grande

    eficincia em projetos de Aerodesign anteriores. Analisou-se os perfis Selig1223 e

    Epller423, tomando como parmetro de comparao o maxlC e a relao d

    l

    CC

    . Em um

    segundo estgio foi verificado a facilidade de construo do perfil da asa e sua robustez.

    Atravs dos testes executados e descritos no item Anlise Aerodinmica, optou-se pelo

    perfil Eppler423.

    CONCEPO DA ASA

    A asa de uma aeronave tem como funo primria a gerao de uma fora que

    equilibra o peso da aeronave. Seguindo-se este raciocnio, procurou-se uma configurao que

    minimize o arrasto total para uma dada sustentao e que atenda os requisitos estipulados pela

    equipe inicialmente.

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    8

    CONCEPO DA EMPENAGEM

    A empenagem tem trs funes: compensao (trim), estabilidade e controle. Isso faz

    com que o dimensionamento e a configurao da empenagem tenham grande importncia.

    Partindo-se do princpio de que o aeromodelo apresenta uma corda na raiz muito

    grande, gerando uma grande regio de fluxo turbulento (downwash), no seria apropriado se

    utilizar uma configurao de empenagem convencional. Isto decorre do fato de que o ngulo

    entre a asa e a empenagem relativamente elevado (12).

    O ideal, ento, seria a utilizao de uma configurao em T, porm a empenagem

    ganharia peso, sendo necessrio fazer um reforo entre a empenagem horizontal e a vertical.

    Logo, adotou-se um misto entre as duas configuraes: configurao em cruz, onde se elevou

    o estabilizador horizontal, fazendo com que o ngulo do boom possa ficar relativamente suave

    (5).

    Para se determinar as dimenses da empenagem, usar-se- o coeficiente de volume da

    empenagem:

    WW

    HTHTHT

    Sc

    ShC (01)

    WW

    VTVTVT

    Sb

    ShC (02)

    Assim, pr-determinou-se como valor para os coeficientes, valores usados nas ultimas

    competies: 5,0HTC e 07,0VTC . Resultando-se, portanto, em reas para a empenagem

    horizontal e vertical de:

    212,0466,1

    7395,0.47,0.506,0mSHT (03)

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    9

    20672,0466,1

    7395,0.83,1.07,0mSVT (04)

    Com o valor das reas, podem-se determinar as dimenses finais, utilizando-se de uma

    razo de aspecto (alongamento) ARHT = 3 e ARVT = 0,86.

    mSARb HTHTHT 6,012,0.3 (05)

    mSARb VTVTHT 24,00672,0.86,0 (06)

    Resolveu-se utilizar tanto a empenagem vertical como a horizontal tradicional de

    aeromodelos, de forma a garantir um menor peso na empenagem e um menor LC .

    CONCEPO DA FUSELAGEM

    A fuselagem foi criada partindo-se das dimenses do compartimento de carga (160 x

    130 x 100 mm3). Este compartimento deve ter um CG que coincide com o CG de todo o

    avio, assim tendo um centragem correta.

    Quanto a localidade do motor na fuselagem, escolheu-se um local a frente do CG,

    facilitando, assim, a distribuio de massa e garantindo uma melhor centragem.

    O passeio do CG deve ser de tal forma que o aeromodelo voe de forma estvel. A

    fuselagem deve ser resistente, mas leve. Com isso, optou-se pela fuselagem composta de fibra

    de vidro e resina epxi, a qual foi construda utilizando-se de uma tcnica construtiva. Tal

    meta visou utilizar EPS (Poliestireno Expandido) como molde para se aplicar a resina.

    TABELA 01: Caractersticas Gerais do Aeromodelo

    Envergadura 1.83 m Comprimento do Aeromodelo 2 m

    rea Alar 0.73515 m2 Alongamento 4.5

    Perfil da Raiz da Asa Eppler 423 Corrida de Decolagem 60.33 m

    Autonomia 6min 30s ( plena carga) Carga til 7.5 kg

    Peso Total 11 kg Motor O.S. .61 FX

    Fatores de Carga Limite +4.40 / 1.76 Corda na Raiz 0.6 m

    Deflexo de Aileron: -10 a 20 Deflexo do Leme: -30 a 30

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    10

    5. ANLISE AERODINMICA

    A anlise aerodinmica do projeto tem grande importncia, visto que esta afeta

    diretamente o principal objetivo da competio que carregar a mxima carga possvel.

    O primeiro estgio envolveu a escolha do aeroflio a ser utilizado. Os itens analisados

    j foram citados anteriormente. Pode ser verificada no grfico polar de arrasto (Figura 01) a

    comparao das caractersticas dos perfis citados acima. Verifica-se que o perfil Selig1223

    tem um maxlC maior, porm ao mesmo tempo possui mC elevado. Isto acarreta em um

    aumento na rea do estabilizador.

    O perfil Eppler423, por outro lado, possui uma melhor relao d

    l

    CC

    e um traado

    de perfil mais simples, facilitando a construo e proporcionando um perfil mais robusto.

    A anlise dos perfis foi conduzida com o auxilio do software Javafoil (2004), escrito

    em linguagem Java. Este software utiliza o mtodo dos painis para calcular a distribuio de

    velocidade ao longo da superfcie do aeroflio. Adicionalmente, o Javafoil corrige o efeito de

    ponta de asa, utilizando a informao do alongamento da asa.

    O alongamento dado como:

    5.4

    2

    WW

    WW AR

    S

    BAR (07)

    Pode-se verificar na Figura 02 que com a restrio de envergadura, obtm-se um

    alongamento de pequeno valor e um aumento expressivo no arrasto induzido, ainda obtendo

    uma leve diminuio do lC .

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    11

    FIGURA 01: Polar de Comparao entre os Perfis Selig1223 e Eppler423

    FIGURA 02: Grfico Asa Infinita x Asa Real

    O passo seguinte foi estimar a contribuio da fuselagem para o arrasto e para a

    -1,0

    -0,5

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    -10 -5 0 5 10 15 20

    (deg)

    Eppler423

    Selig1223

    Cm Selig1223

    Cm Eppler423

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35

    Cd

    Cl

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    3,0

    0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30

    Cd

    Cl

    Perfil Eppler 423 - Re=650.000 - Asa Infinita

    Perfil Eppler 423 - Re=650.000 - AR=4,5

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    3,0

    -10 -5 0 5 10 15 20

    (deg)

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    12

    sustentao. Arbitrou-se que no haveria sustentao adicional por parte da fuselagem e que

    somente seria considerado a contribuio do arrasto aos clculos.

    O arrasto total da forma (com dC e dpC obtidos atravs do Javafoil e dfC obtido

    experimentalmente):

    dfdpddtot CCCC (08)

    FORMA EM PLANTA

    A asa de uma aeronave caracterizada pela sua forma, pela toro ao longo da

    envergadura e pelos aeroflios utilizados.

    Para a definio desses parmetros tomou-se como base a mxima envergadura

    permitida e procurou-se maximizar o peso carregado.

    Seguiu-se um processo iterativo para definir a corda na raiz ( rc ) com base no arrasto

    total e na distncia e velocidade de decolagem (atravs de um somatrio de foras) e tendo

    como parmetros fixos o afilamento ( 45.0W ) e a trao da hlice em funo da

    velocidade, VfT , considerando a densidade ( AR ) e a viscosidade do ar ( AR ) ao nvel

    do mar.

    O loop mostrado na Figura 03 foi realizado repetidas vezes, resultando na

    configurao que ala vo maior carga paga possvel.

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    13

    FIGURA 03: Processo Iterativo para a Definio do Cr

    Como resultado, obteve-se mcr 6.0 e 273515.0 mSW . A corda mdia

    aerodinmica c , segundo o mtodo grfico descrito por LENON (1996), resultou em

    mc 47.0 .

    CONSIDERAES DO PROJETO

    A forma em planta que prov a melhor relao D

    L , segundo ROSKAN (1997), tem

    distribuio elptica. Entretanto, uma asa sem enflechamento e sem toro e com afilamento

    45.0W possui arrasto induzido muito prximo de uma asa elptica, a qual fornece o

    mnimo valor para o arrasto induzido. Esse parmetro foi adotado como premissa.

    Com o ajuste do afilamento feito acima, a distribuio de lC ao longo da envergadura

    alcana seu valor mximo na regio prxima ponta de asa, local este onde ocorre o incio do

    estol. Porm, para o afilamento adotado, observa-se na Figura 04 (a) que a distribuio de lC

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    14

    tem pequena variao na regio onde se localiza o valor mximo.

    O alongamento resultou do processo iterativo de escolha da corda da raiz ( rc ) e tem

    variao segundo a figura 04 (b). Foram considerados a toro geomtrica e aerodinmica

    com valor zero, bem como o ngulo de enflechamento e de diedro na linha de pC .

    FIGURA 04: (a) Coeficiente de Sustentao Total x Coordenada ao Longo da Semi-Envergadura (b) Coeficiente

    de Sustentao Local x Coordenada ao longo da Envergadura

    DISTRIBUIO DE SUSTENTAO

    A forma como a fora de sustentao distribuda sobre uma asa finita uma das

    questes mais importantes para o calculo de esforos sobre este componente. Esta distribuio

    definir a silhueta das distribuies de esforos, bem como o momento fletor e o momento

    toror.

    O problema de resolver a forma desta distribuio foi solucionado por Ludwig Prandtl

    no incio do sculo XX. Utilizar-se- aqui o Mtodo de Stender, o qual se baseia na hiptese

    de que a distribuio de cargas ao longo da envergadura proporcional s reas de uma asa

    imaginria. Esta asa tem cordas que so mdia geomtrica das cordas reais de uma asa elptica

    de mesma rea e envergadura.

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    15

    As Cordas de Stender esto descritas na Equao (09).

    egs ccc . (09)

    Resultando assim na distribuio de cordas ao longo da semi-envergadura conforme

    Figura 05. Conforme citado anteriormente, admite-se que as sustentaes so proporcionais s

    suas cordas. As parcelas de sustentao so escritas como na Equao (10).

    LS

    SL

    s

    ii .

    (10)

    FIGURA 05: Cordas de Referncia de Stender

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    16

    6. ANLISE DE ESTABILIDADE E CONTROLE

    Deve-se analisar a estabilidade da empenagem, de modo que esta apresente eficincia.

    Isto porque a empenagem projetada para que o aeromodelo retorne a sua condio de

    equilbrio. Este equilbrio, no qual se encontra o aeromodelo durante o vo, pode ser

    perturbado por rajadas e ventos, fazendo com que a empenagem atue, estabilizando o

    aeromodelo e facilitando sua pilotagem quando sujeito a esses fenmenos.

    Ao se analisar a estabilidade longitudinal do aeromodelo, utilizando-se dos clculos

    dos coeficientes aerodinmicos, localiza-se o ponto neutro e o ponto de manobra.

    Primeiramente localizar-se- o ponto neutro:

    Fn

    asa

    Lon h

    d

    d

    d

    dC

    a

    vhh

    1 (11)

    Assim, nh foi localizado a 43,7% da corda mdia aerodinmica, a partir do bordo de

    ataque.

    J o ponto de manobra expresso pela frmula:

    asa

    Lnm

    d

    dCVhh

    2 (12)

    Sendo que dado pela seguinte frmula:

    HTAR

    T

    hSg

    W

    (13)

    Assim, o ponto de manobra mh est a 74,4% da corda mdia aerodinmica, a partir do

    bordo de ataque.

    Ainda tendo como dado o passeio do CG de 24% a 26% da corda mdia do avio,

    confirma-se que o avio estvel longitudinalmente. Isto decorre do fato de que os pontos

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    17

    neutros esto localizados atrs do passeio do CG. O aeromodelo apresenta uma margem de

    estabilidade mnima de 31% quando o avio estiver com a carga mxima.

    Devem-se ainda apresentar os dispositivos de controle no aeromodelo, de forma que

    esses permitam que o aeromodelo se movimente em torno de seus trs eixos de rotao.

    Utilizar-se- como dispositivos de controle ailerons, leme de direo e profundor. No ser

    utilizado nenhum dispositivo hiper-sustentador.

    Os ailerons possibilitam ao piloto inclinar o avio lateralmente em torno de seu eixo

    longitudinal, realizando o movimento de rolagem. O leme de direo, localizado junto ao

    estabilizador vertical, a superfcie de controle que comanda o movimento de guinada, que se

    d em torno do eixo vertical. Ele utilizado para controle do aeromodelo no solo, junto com a

    bequilha, e para compensar a guinada adversa, a qual ocorre pela diferena de arrasto entre os

    dois ailerons no momento de uma manobra de rolagem. O profundor permite o movimento do

    aeromodelo em torno de seu eixo transversal. Seu comando tambm pode auxiliar na

    decolagem do aeromodelo.

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    18

    7. ANLISE DE DESEMPENHO

    O desempenho da aeronave consiste na decolagem dentro dos 61 metros com a carga

    necessria e conseguir fazer o vo e pousar. Assim, o desempenho o reflexo da concepo

    da aeronave, do conjunto moto-propulsor, como tambm da parte aerodinmica.

    CONJUNTO MOTO-PROPULSOR

    Como j mencionado no item Requisitos de Projeto, a escolha do motor estipulada

    pelo regulamento. Optou-se em utilizar o motor O.S .61 devido a seu baixo peso, a possuir

    uma faixa maior de rotaes e a ter, observando competies anteriores, maior confiabilidade.

    Aps se ter escolhido o motor, deve-se partir para a escolha da hlice, a qual fator

    fundamental para o sistema moto-propulsor. Utilizou-se o software Propel para a comparao

    das performances das hlices 12.25 x 3.75, 13.00 x 6.00 e 14.00 x 4.00. Este software utiliza

    os mtodos das ps, conforme HOUGHTON (1993).

    FIGURA 06: Grfico Trao x Velocidade

    Nos grficos encontrados nas Figuras 06 e 07, observa-se que a hlice 13 x 6 possui

    um desempenho melhor do que as outras. Para se validar o resultado obtido no software,

    executou-se um teste esttico em uma bancada de trao. Este teste comprovou a maior trao

    da hlice 13 x 6.

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    0 5 10 15 20Velocidade [m/s]

    Tra

    o [N

    ]

    12,25 X 3,75 @ 10,000rpm

    13,00 X 6,00 @ 10,000rpm

    14,00 X 4,00 @ 10,000rpm

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    19

    FIGURA 07: Grfico Potncia Absorvida x Velocidade

    DISTNCIA DE POUSO E DECOLAGEM

    O processo de decolagem normalmente dividido em 3 fases: rolagem em solo,

    descolamento em solo e subida. Como restrio de projeto, a rolagem em solo no pode

    ultrapassar 61m, define-se ento a carga mxima como sendo a maior carga possvel de se

    alar vo nesta distncia.

    FIGURA 08: O Processo de Decolagem e suas Partes

    Segundo Roskan (1997), a velocidade de decolagem (VTO) no deve ser menor que

    SV2.1 .

    Fazendo-se o somatrio das foras, obtm-se a distncia de decolagem. Esta distncia

    foi avaliada considerando o empuxo total fornecido pela hlice em funo da velocidade, o

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    0 5 10 15 20Velocidade [m/s]

    Po

    tn

    cia

    [W

    ]

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    20

    arrasto induzido total, o arrasto parasita total e a resistncia rolagem do prottipo. O arrasto

    total ento dado pela seguinte frmula:

    VLWVDVDVTVF tpar (14)

    Segundo a mecnica clssica:

    saVV (15)

    e, como a acelerao dada pela 2 lei de Newton pela relao:

    VamVF (16)

    tem-se:

    TOTO VVDist

    dVVF

    VmDistdV

    Va

    Vds

    00

    .

    0

    . (17)

    Fez-se interpolaes com a ajuda do software MathCad e se chegou concluso de

    que a carga mxima total carregada de 11 kg.

    0,0

    10,0

    20,0

    30,0

    40,0

    50,0

    60,0

    70,0

    6,00 7,00 8,00 9,00 10,00 11,00 12,00

    Massa [kg]

    Dis

    tn

    cia

    de d

    eco

    lag

    em

    [m

    ]

    Distncia Utilizada

    Limite de Decolagem

    FIGURA 09: Grfico Distncia de Decolagem x Massa

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    21

    A velocidade e a distncia de decolagem foram obtidas atravs de clculos, j citados,

    tendo como resultado: smVTO /5.17 e mhTO 33.60

    Levou-se em considerao na decolagem:

    Pista com gradiente constante;

    peso constante durante a decolagem;

    Cl e Cd constantes;

    constante;

    variao da velocidade conhecida.

    Para o pouso, utilizou-se freio aerodinmico, no qual o aileron possui comandos

    independentes, para que o aeromodelo no ultrapassasse a distncia de 122 metros.

    Empiricamente, obtiveram-se as distncias de pouso, conforme o grfico da Figura 10.

    FIGURA 10: Grfico Distncia de Pouso x Massa Total do Avio (emprico)

    O clculo das cargas

    FATUUFAT WWWWWWWW (18)

    resulta em UW 7.5 kg.

    29.148

    m

    N

    S

    W

    W

    T (19)

    Considerando o ngulo de instalao da asa no aeromodelo sendo de 3 na raiz.

    Distncia de Pouso

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    0 4 8 12 16

    Massa(Kg)

    Dis

    tn

    cia

    (m

    )

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    22

    y = -6E-14x3 + 4E-09x

    2 - 0,0001x + 1,2255

    0,0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1,0

    1,2

    1,4

    0 2000 4000 6000 8000 10000 12000

    altitude (m)

    den

    sid

    ad

    e (

    kg

    /m)

    PREVISO DE CARGA TIL

    Para a previso da carga til, foi utilizada a seguinte frmula:

    ATOARU WSVhLhW 2

    2

    1 (20)

    Conhece-se que a densidade do ar fator fundamental no desempenho do aeromodelo,

    entretanto a mesma varia em funo da altura. A relao entre densidade do ar e a altitude,

    encontrada na referncia HOUGHTON & CARPENTER (1993), se encontra a seguir em uma

    equao aproximada.

    2255,110104100,6 429314 hhhhAR (21)

    Utilizando a equao (20) e a equao (21), tem-se a equao da Carga til (em kg)

    em funo da Altitude (em m) descrita pelo Grfico da Carga til.

    FIGURA 11: Grfico Densidade do Ar x Altitude

    Como o tempo da retirada do compartimento de carga bonificado, este tambm

    passou a ser um item no desempenho. O desempenho agora no do aeromodelo, mas sim da

    equipe na competio. Assim, foi necessrio otimizar a retirada da asa e, logo aps, do

    compartimento.

    Para isto, utilizou-se como fixao da asa um pino, um contra-pino e apenas um

    encaixe na parte frontal. Este modo de construo facilita a retirada da asa. Para o

    compartimento, foi elaborada uma ala.

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    23

    8. ANLISE ESTRUTURAL

    DIAGRAMA V-N

    O propsito principal do diagrama V-n a determinao das condies de vo para

    cada velocidade e para cada fator de carga que a estrutura do avio deve suportar. Este fator

    de carga pode depender tanto das rajadas (turbulncias), como tambm, da capacidade de

    manobra do avio.

    H quatro importantes velocidades a serem consideradas no diagrama V-n, quais

    sejam: SV , CV , DV e AV . Essas velocidades foram calculadas utilizando critrios da norma

    FAR-PART 23 e seus respectivos valores so:

    smVS /073.15 ;

    smVC /950.31 ;

    smVD /056.43 ;

    smVA /617.31 .

    Os valores obtidos para os limites de fator de carga foram 40.4max n e

    76.1min n , tendo como referncia o valor do fator carga adaptado para avies de categoria

    utilitria como descrito na norma FAR-PART 23 (2003).

    FIGURA 12: Diagrama V-n

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    24

    TREM DE POUSO

    O trem de pouso foi simulado e analisado utilizando o software por elementos finitos

    MSC.Visual Nastran 4D (2002). Os materiais utilizados no ensaio, bem como suas

    propriedades, esto listados na forma de tabela (Tabela 02).

    TABELA 02: Materiais Utilizados e Propriedades

    Pea Material E (GPa) Poisson Y (MPa) R (MPa) Rodas Alumnio 2024-T3 73,1 0,33 345 483

    Trem de Pouso Epxi com Fibra de Vidro 45 0,19 1020 1020

    Eixos Ao ANSI 1020 200 0,29 331 448

    Os ensaios foram realizados considerando-se a condio mais crtica do pouso:

    pouso em apenas uma roda, desprovida de mola de toro;

    velocidade horizontal nula, ou seja, maior impacto;

    velocidade vertical igual a 2m/s para baixo;

    altura inicial da roda em relao ao solo igual a 128 mm;

    avio com ngulo de ataque de 30;

    inclinao lateral 2 (para evitar o contato simultneo de ambas as rodas com o cho).

    A carga distribuda sobre o trem de pouso foi considerada como 10 kg e o peso deste

    como 0,5 kg.

    O tamanho da malha utilizada no ensaio da roda foi de 3mm. A Tenso Mxima de

    von Mises foi de 69,4 kPa, no ocorrendo a falha da roda (Figura 13a).

    O tamanho da malha utilizada no ensaio do eixo foi de 2mm. A Tenso Mxima de

    von Mises foi de 1,67 MPa, no ocorrendo falha no eixo (Figura 13b).

    O tamanho da malha utilizada no ensaio do corpo do trem de pouso foi de 7mm. A

    Tenso Mxima de von Mises foi de von Mises foi de 56,8 kPa, no ocorrendo falha no trem

    de pouso (Figura 14).

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    25

    FIGURA 13: Simulao de Carga (a) na Roda e (b) no Eixo

    FIGURA 14: Simulao de Carga no Trem de Pouso

    Para que ocorresse o sucesso no teste do trem de pouso, este foi projetado se utilizando

    uma ferramenta da TRIZ denominada Evoluo Direcionada. Esta ferramenta um conjunto

    de perguntas a serem respondidas sobre a histria da evoluo de um sistema de modo ao

    projetista ter informaes suficientes para aplicar as Tendncias de Evoluo.

    Tendncias de Evoluo so caminhos preferenciais que um sistema tende a evoluir.

    Foram realizados Brainstormings em ter os integrantes da equipe para se gerar solues

    inovadoras para o trem de pouso.

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    26

    As idias se basearam no fato de que o trem de pouso deve ter uma boa rolagem e uma

    trajetria retilnea na pista, mas ainda ser resistente ao impacto do aeromodelo no momento

    do pouso.

    Para isto foi escolhido o trem do tipo triciclo, no qual a bequilha e o trem de pouso

    principal constituem um s elemento. O material que constitui um compsito (fibra de vidro

    com resina epxi), como j mostrado na Tabela 02.

    A bequilha fundamental, pois possibilita o avio manobrar na pista e, ao mesmo

    momento, o avio consegue ter uma corrida retilnea no momento da decolagem ao ser

    devidamente fixada.

    Uma forma de se obter uma bequilha bem estvel e bem fixada, de maneira a no ser

    danificada no momento do pouso, foi a principal idia sugerida durante a aplicao da

    Evoluo Direcionada: trem de pouso em um s elemento (bequilha + trem de pouso

    principal). Obteve-se assim um elemento rgido e que absorve o impacto muito bem. A

    bequilha, adicionalmente, teve uma resposta melhor aos comandos.

    DISTRIBUIO DE CARREGAMENTOS NA ASA

    Para a anlise estrutural da longarina, utilizou-se a metodologia de clculo de vigas em

    flexo simples. Como referncia foi utilizado SHAMES (1983). Abaixo se encontram os

    clculos, conhecendo-se Lf = 187.2 N e CS = 2.5 (FAR-PART 23, 2003).

    b b

    F dyybb

    LVF

    0 0

    22 (22)

    )(yFyMmx (23)

    zz

    mxmx

    I

    cM

    (24)

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    27

    4

    ])2([ 44 trrI eezz

    (25)

    Utilizando-se de t = 1.5mm, mx = 2400 kgf/cm, g = 9,81 m/s e b = 0.90 m, obteve-

    se o raio externo re = 9,51 mm re(adotado) = 9,5 mm.

    Para constatar a validade dos clculos, realizou-se um teste prtico de flexo pura, no

    qual distribui-se uma carga de 12.5 kg na semi-envergadura da asa, conforme Figura 15.

    FIGURA 15: Fotos do Ensaio

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    28

    9. CONCLUSO

    Ao se realizar testes de vo com o aeromodelo construdo, observou-se que o

    aeromodelo foi projetado de modo satisfatrio, j que o mesmo conseguiu carregar a carga

    til estipulada e atendeu todos os requisitos de projeto.

    Deve-se levar em considerao que, devido s caractersticas da competio, tais como

    o tempo, no foi possvel avaliar todas as caractersticas pertinentes a um projeto completo de

    aeronaves e vrios parmetros foram analisados de modo emprico.

    A equipe se mostrou satisfeita com o empenho de todos os integrantes e de seu

    orientador, j que realizou dentro do prazo todas as metas estipuladas em todas as partes do

    projeto, quais sejam conceitual, preliminar e detalhado.

    Espera-se que na competio o aeromodelo reproduza o que executou at o ltimo

    teste de vo que sucedeu a entrega deste relatrio e que os objetivos do projeto SAE

    Aerodesign sejam alcanados.

  • SAE Aerodesign 2004

    Equipe 2Hars (24)

    CEFET-PR

    29

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    HOUGHTON, E.L. & CARPENTER, P.W. Aerodynamics for Engineering students. Nova

    Iorque, EUA: Halsted Press, 1993 (4 Edio).

    FAR-PART23. Airworthiness Standards: Normal, Utility, Acrobatic, and Commuter

    Category Airplanes. EUA: Federal Aviation Regulations, 2000.

    LENNON, A. RC Model Aircraft Design. EUA: Model Airplane News, 1996.

    ROSKAN, J. Airplane Design: Parts I, II, III and V. Kansas, EUA: Roskan Aviation

    Engineering, 1997 (1 Edio).

    PINTO, L. S. Aerodinmica e Desempenho de Aeronaves para Pilotos. Porto Alegre:

    1989.

    HERPERLE, Martin. Aerodynamics for Model Aircraft < http://mh-aerotools.de/airfoils /in

    dex.htm>. ltimo Acesso em: 20 de Junho de 2004. Alemanha: 2003.

    SHAMES, I. H. Introduo Mecnica dos Slidos. Rio de Janeiro: Pertence-Hall do

    Brasil, 1983.

    ZLOTIN, Boris; ZUSMAN, All. Directed Evolution: Philosophy, Theory and Practice.

    Michigan: Victoria Roza, 1999.

    MANN, Darrell. TRIZ: Hands-on Systematic Innovation. Ieper, Belgium: CREAX Press,

    2002.

  • Equipe Nr.24 - 2Hars - Grfico de Carga til

    y = -0,0009x + 7,518

    0,0

    1,0

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    8,0

    9,0

    0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500 6000

    Altitude h (m)

    Car

    ga

    ti

    l W

    u (

    kg

    )