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ESTUDO DE CASO DA CASSITERITA EM RONDONIA
Sandra [email protected]
2010
Financiado pelo CNPq CT18-processo No.555189/2006-
Objetivo do estudo
Analisar o risco à saúde das comunidades
residentes na influência do garimpo de
cassiterita na bacia do Rio Jamari-RO.
Histórico da Região• 1958 inicia a exploração do estanho
•Atividade mineral e o processo de ocupação da
Amazônia ( II PND);
•Projeto de colonização do INCRA na década de 70
acelera a exploração mineral;
• Fluxo migratório de pequenos produtores da região
Centro-Sul do País, para a agricultura e a pecuária;
Histórico da Região
•Década de 80 foram descobertos os principais
depósitos de cassiterita da Amazonia ( Itapuã do
Oeste a Ariquemes) em Rondônia;
•Bom Futuro é a maior reserva de cassiterita da AL
•Não há conhecimento de exploração de ouro na
região.
População de Ariquemes : 75.000 habitantes;
Área do Município: 4.427 km²
Densidade demográfica : 15 hab/km²
IDH : 0,752
• Atividade econômica-Fundições e garimpos de
estanho (SnO2)
PIB per capta: R$ 10 320,00
40 maior PIB da região Norte- Responde por
11% do PIB da região Norte
Município de Ariquemes
Área de Estudo Mineração de Cassiterita- Bom Futuro
Distrito de Ariquemes- Vila
mineradora
700 famílias - 4000 hab.
2004 a 2006 – produção
media 2100 toneladas Sn02
Empresas e garimpo
manual ( requeiros)
Cooperativa (posse da
lavra)-
Uso dos rejeitos nos
quintais e nas ruelas
Source: www.coopersanta.com.br
1 escola e 1 posto de saúde;
Água de poço (96%)
Baixo nível educacional;
Sem energia ( 17%)
13 km2
Sn 02 - teores de 60% a 79% de Sn
no minério
Utilizado processos industriais, em
especial na galvanoplastia e na formação
de ligas como o bronze e as soldas;
Na forma metálica, parece ser inerte
Função biológica desconhecida,
parece funcionar como catalisador em
algumas reações do organismo;
Elevada exposição pode provocar
reações no sistema imunológico; .
Source: www.coopersanta.com.br
Area de Estudo- Mineração de Cassiterita- Bom Futuro
Abordagem participativaPreparação e sensibilização
Discussão das Hipóteses
Informação local e literatura
Atores sociais envolvidos
Formulação e dimensão do
problema
Oficina de trabalhoFerramenta para o DPR
Estágios de Implementação
Estudo piloto para discussão e Validação da metodologia-
desenho do estudo
Revisão e análise da literatura e dados
Secundários 2000-2008
Diagnóstico participativo rápido
Avaliação da exposição ambiental•Matrizes ambientais analisadas
• Definição do Inquérito epidemiológico ( questionários);•Indicadores biológicos de exposição e efeito
Caracterização e comunicação do risco
Gerenciamento & Estratégias para
o processo de tomada de
decisão
Incorporação dos resultados as
políticas públicas
• Definição de medidas de intervenção
•Ações a curto e médio prazos
ABORDAGEM METODOLOGÍCO
Abordagem Metodológica• Estudo ambiental Hg, Pb, Cd, Cr, Zn,
Fe, Cu, Mn, Ni, Co e As e Ra 226
e Ra 228 em solos, água e alimentos;
• Estudos dos metais em sedimentos da bacia do Jamari;
• Análise do processo de trabalho;
• Estudo epidemiológico na população da área de garimpo;
• Estudo de avaliação de risco à saúde humana.
Abordagem Metodologica•Cadastramento das comunidades e seus domicilios;
• Georreferenciamento dos domicílios;
• Desenho epidemiológico seccional/transversal
• Amostra com 350 adultos e 250 crianças
• Inquérito populacional com representações de todas as comunidades disponíveis para participarem do estudo
• Coletas de sangue para exames bioquímicos e de cabelo para exames de metais;
Desenho amostral de domicílios do Garimpo do Distritode Bom Futuro
DESENHO AMOSTRAL
Código Comunidade Previsto Realizadas%
realizadasPerdas
%
perdas
1 VILA EBESA 130 85 65 45 35
2CACHORRO
SENTADO55 54 98 1 2
3VILA DO
CHAPADÃO44 39 89 5 11
4 VILA RICA 27 32 119 0 0
5 ERNESTO 14 12 86 2 14
Total 270 222 82 53 20
Considerando 700 domicílios no garimpo (retirando casas vagas e pontos comerciais):
% Amostra prevista – aproximadamente 38% de domicílios do garimpo
% Amostra realizada – aproximadamente 32% de domicílios do garimpo
Efeitos da exposição a contaminantes ambientais na saúde humana
Dose- Resposta é dependente da vulnerabilidade biológica e ambiental
Fonte:Adapt. Epidemiology Vol10, no 5,1999.
Efeitos à Saúde Humana
• Principais parâmetros para avaliação: Nível e duração da exposição;
Susceptibilidade das populações expostas.
MortalidadeAdmissões Hospitalares
Atendimentos de Emergência
Limitação Funcional
Sintomas específicos
Efeitos sub-clínicos
Sem Efeitos Adversos à Saúde observados
Fonte: Adaptado de WHO (1999)
Abordagem Metodologica
Questionarios aplicados a uma amostra de 350
individuals ( > de 15 anos) e 250 em < de 15 anos.
Estrutura dos questionarios
Caracterização das comunidades da área
Demografia e Socioeconomico
Condições de saúde
Habitos pessoais
Exposição Ocupacional
Alimentação
Percepção da saúde e do ambiente
Metodologia
Bioindicadores analisados
•Hemograma - hemácias): Série vermelha: estudo dos glóbulos
vermelhos- diagnóstico diferencial e no seguimento das anemias
•Hemograma - Série branca: estudo dos glóbulos brancos (leucócitos)
•Ferro sérico: Níveis baixos de ferro perdas sangüíneas, dieta
inadequada, doenças inflamatórias crônicas, neoplasias, desnutrição
e algumas doenças renais.
Ferritina: Diagnóstico diferencial das anemias e no
acompanhamento das alterações de armazenamento de ferro;
Proteína C reativa (PCR): exame inespecífico,
avaliar a possibilidade da existência de
processos infecciosos e inflamatórios agudos.
MetodologiaBioindicadores analisados
•Glicose (glicemia de jejum): Diagnóstico das hiperglicemias e
hipoglicemias, em especial, no diabetes.
•Lipidograma (colesterol total, frações e triglicerídeos): avaliação de
risco de doença coronariana, na qual, habitualmente, níveis elevados
destas gorduras se associam com maior probabilidade de ocorrer
aterosclerose.
•TSH: Diagnóstico de disfunções da glândula tiróide;
•T4 (tiroxina) livre – hormônio tiroidiano:
Proteínas totais e frações: podem estar reduzidas em casos de
doenças do fígado, desnutrição, algumas doenças renais e intestinais;
A pressão arterial e exames antropométricos.
Analise estatística
Análises exploratórias dos dados
para verificar a distribuição das
variáveis e possíveis associações.
• Testes de media, intervalos de confiança e teste qui-quadrado;
• Ajuste de modelos de regressão logística simples e múltiplos;
• Simulação de Monte Carlo
COMPOSIÇÃO DA AMOSTRADistribuição por S exo
Masculino
54%
Feminino
46%
6257
71
53
4338
43
29
47
57
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Cachorro
Sentado
Vila do
Chapadão
Vila Ernesto Vila Ebesa Vila Rica
(%)
Masculino Feminino
Domicílios por comunidade
Caracterização da Comunidade
85
54
39
32
12
VILA EBESA
CACHORRO SENTADOVILA DO CHAPADÃOVILA RICA
ERNESTO
Total – 222 domicílios
120
54
43
21 7VILA EBESA
CACHORRO SENTADO
VILA DO CHAPADÃO
VILA RICA
ERNESTO
Total – 245 crianças
81% dos questionários infantis foram respondidos pelas mães
POPULAÇÃO INFANTIL
49% (H) e 63% (M) -39 anos
70% desempregados
Renda familiar R$ 840,80
(CI95%: 770,52 – 911,08);
Tempo médio de residência-6 anos
Principal atividade, requeiro-media de 10 anos
Base alimentar arroz, feijão e carne vermelha.
Consumo de peixe baixo, 70% dos entrevistados comem
peixe uma vez a cada 15 dias.
Caracterização da população adulta
74% ( 5 a 14 anos),
3% não estudam, 58% ( 1 a 4 serie)
46% mais de 6 anos de residência;
Principais causas de adoecimento:
Doenças respiratórias, parasitarias
Caracterização da população infantil
Composição da Dieta
0 20 40 60 80 100
Arroz
Feijão
Peixe
Frango
Ovos
Carne de boi ou de porco
Cereais (milho, soja, trigo)
Verduras ou legumes (batata, espinafre, alface, …
Frutas
Leite, manteiga, iogurte ou queijo
Enlatados
(%)
Nunca Menos de 1 vez por semana De 1 a 3 vezes por semana
Mais do que 3 vezes por semana Diariamente
15% obesos (IMC >=30 Kg/m2),
12% comportamento de risco no consumo de álcool;
29% fumantes;
31% doenças crônicas;
40% contato com produtos químicos ( exposição
ocupacional),
30% Hipertensão
40%com níveis de glicose acima de 100 mg/%
Fatores de Risco
Resultados da área
garimpeira de Bom Futuro
Níveis de glicose sérica, proporção de
indivíduos por gênero.
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
Hipoglicemia Normal Hiperglicemia
Pro
po
rçã
o (
%)
Masculino Feminino
60% glicemia dentro
dos parâmetros de referencia
77 a 99mg/%
38%
RESULTADOS PRELIMINARESPresença de horta no domicílio
0 20 40 60 80 100
(%)
Cachorro Sentado
Vila do Chapadão
Vila Ebesa
Vila Ernesto
Vila Rica
Sim Não
53% das famílias cultivam algum tipo de alimento em suas casas.
Os alimentos mais cultivados são: cana (11%), cebolinha (31%), mandioca (17%),
manga (27%), coco (30%), mamão (17%), pimentão (12%) e banana (20%).
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Paralisia Infantil / Poliomielite
Doença da coluna ou costas
Coqueluxe
Hepatite A
Dengue
Sarampo
Caxumba
Bronquite
Micose ou algum problema de pele
Malária
Catapora
Vermes
1
2
2
2
5
7
13
14
17
27
45
85
(%)
Sim Não
Saúde Infantil
Morbidade Referida
Asma - ISAAC
84%
16%
Não Sim
17 83
12 88
15 85
29 71
19 81
0 20 40 60 80 100
(%)
CACHORRO SENTADO
VILA DO CHAPADÃO
VILA EBESA
VILA ERNESTO
VILA RICA
Sim Não
Saúde Infantil
Existe diferença significativa
desses resultados por
comunidade
RESULTADOS PRELIMINARES
Mulheres entrevistadas
que já estiveram grávida
Apenas 5 estavam
grávidas do primeiro filho
5% das mulheres possuem
algum filho com problemas
mentais
8% já tiveram algum filho
que nasceu morto
Results da área
garimpeira de Bom
Futuro
Masculino Feminino
81
01
21
41
6
He
mo
glo
bin
a(g
%)
Valores de Hemoglobina
até 7 anos 8 - 11 12 - 17 18 - 45 46 ou +
81
01
21
41
6
Faixas etárias
He
mo
glo
bin
a(g
%)
Valores de Hemoglobina
Resultados de exames de hemoglobina, segundo gênero e
faixas etárias. Bom Futuro, Rondônia.
50% dos resultados
abaixo dos valores
aceitáveis para adultos
e crianças.
32% prevalência de anemia
Resultados biquímicos
Masculino Feminino
02
00
40
06
00
Fe
rritin
a(n
g/d
L)
Valores Séricos de Ferritina
até 7 anos 8 - 11 12 - 17 18 - 45 46 ou +
02
00
40
06
00
Faixas etáriasF
err
itin
a (
ng
/dL
)
Valores Séricos de Ferritina
Resultados de Ferritina, segundo gênero e faixas etárias
Proteína que auxilia no armazenamento do Ferro .
As inter-relações do processo de exposição ambiental & efeitos
Fontes ExposiçãoAmbiental
Dose para órgãos alvos Respostas à saúde Humana
*Emissão natural –processo geológicos
*EmissãoAntropog.
*Uso doProduto
SoloÁguaArBiotaAlimento
CâncerGenéticosDoenças Funcionais (sistêmicas)
- Respiratório- Endócrino- Reprodução e
Desenvolvimento- Neurológico - Imunológico
Mecanismos
determinantes da
liberação,
transformação,
dispersão
e transporte,
Mecanismos
determinantes da
disponibilidade e da
ação no organismo
Mecanismos
de dano e reparo
Avaliação da Exposição • Identificação da relação
exposição -resposta
Avaliação de risco
Caracterização
do Risco
*Disposição
do produto
Prop físico-químicos
& Toxicológicas
Toxicocinética
& toxicodinamica
Meios e vias de exposição
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
FONTES DE EMISSÕES
CARACTERIZAÇÃO DA NATUREZA E EXTENSÃO
DA CONTAMINAÇÃO
CONTAMINAÇÃODA ATMOSFERA
CONTAMINAÇÃO
DO SOLO
CONTAMINAÇÃODOS RECURSOS
HÍDRICOS
CONTAMINAÇÃO
DE ALIMENTOS
DETERMINA OS AGENTES ESTRESSORES NOS COMPARTIMENTOS
AMBIENTAIS SUA DISTRIBUIÇÃO E CONCENTRAÇÕES.
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Quais as substancias químicas
e as propriedades químicas e toxicológicas
MEIOS DE CONTAMINAÇÃO
PERFIL DE SAÚDE DAS COMUNIDADES EXPOSTAS
Avaliação de Risco Socioambiental
• Elementos analisados manganês, níquel, chumbo, cobre, ferro, cádmio, cobalto, cromo e zinco (mg/l) em água de poço superficial e artesiano;
• Os metais As, Cd, Co e Cr na água apresentaram valores inferiores ao Limite de Detecção (<0,0001mg/l);
• A ingestão de água de poço não representa risco para as comunidades em relação aos componentes químicos pesquisados
A região é representada por 90% solos Podzolico e latossolo vermelho-amarelo de acidez elevada.
Extração forte e fraca – na analise de risco foi considerada a extração fraca por ser mais próxima do
suco gástrico
As analises foram realizadas por espectrofotometria de absorção atômica de chama ( GBC- Avanta) no Laboratório de Biogeoquímica Ambiental da UNIR
Avaliação de Risco Socioambiental
• A equação padrão para o cálculo da dose de exposição, para ingestão de água, solo e/ou alimentos
• CADD = Dose crônica diária média mg/kg-dia(chronic average daily dose mg/kg-day)
RESULTADOSConcentrações de metais em solos na área garimpeira
e residencial do Distrito de Bom Futuro.
Área de Garimpo Área Residencial
Médi
a
Desvio
Padrão
Míni
mo
Máxi
mo
Médi
a
Desvio
Padrão
Míni
mo
Máxi
mo
Cádmio 0.00 0.00 0.00 0.04 0.08 0.00 0.20
Cobalto 0.26 0.66 0.00 2.15 3.14 1.90 1.11 6.77
Mangan
ês119.0 188.40 2.56 567.25 507.8 385.32 27.3 981.2
Cromo 1.32 0.52 0.53 2.36 1.61 1.49 0.15 5.22
Niquel 0.09 0.19 0.00 0.66 0.63 0.66 0.00 1.81
Chumb
o14 20.05 0.07 51.81 58.50 42.57 1.91 120.8
Cobre 3.15 3.69 0.78 13.25 7.64 6.30 1.07 15.92
Ferro2395. 1146.29
965.
484367.4 1808. 1369.62 444. 2783.
Zinco9.24 24.51 0.14 90.19 48.89 90.18 1.62
266.0
7
Área dos domicílios
sempre mais
elevada do que a
área de mineração
A partir do cálculo das doses de exposição, concluímos que os metais de maior expressão toxicológica para a exposição humana são: chumbo e
manganês na área do Distrito de Bom Futuro.
Resultados de metais em vegetais cultivados no Distrito de Bom Futuro em mg/kg
Eleme
ntos
Batata
Doce
(Ipomoea
batatas)
Inhame
(Coloca
sia
esculent
a)
Abobrinh
a
(Cucurbit
a pepo)
Abóbora
(Abobra sp)
Mandioca
(Manihot
esculenta)
Valores
de
Referên
cia ANVISA
Manganê
s 12.05 7.09 2,94 2.06 7.35 --
Cromo 0.35 0.00 <LDT 0.00 0.11 0,10
Níquel 0.31 0.00 0,02 0.01 0.32 5,00
Chumbo 0.74 0.44 <LDT 0.44 0.26 0,1 - 2,0
Cobre 2.00 1.69 1,37 0.62 1.07 10,00
Ferro 146.87 55.55 <LDT 4.20 11.36 --
Zinco 2.69 6.03 2,65 1.35 5.73 50,00
Cádmio <LDT <LDT <LDT <LDT <LDT
Princípio da precaução- PB e Mn foram os metais com valores de alerta.
Figura 66 – Distribuição geográfica das áreas analisadas e comparadas no estudo.
Para o pior cenário foram consideradas as maiores concentrações de metais nos solos para 3 faixas etárias: de 6 meses a 4 anos
Cenários de exposição
A partir do princípio da precaução e das observações em campo selecionou-se dois cenários de exposição: O pior cenário ( crítico) com as maiores concentrações e, um
cenário mais realista com base nas concentrações médias de metais em solos e alimentos.
Os grupos para as faixas etárias foram:• 6 meses a 4 anos,• 4.1 a 8 anos ;• 8.1 a 14 anos, • > 15 anos•os dois primeiros, considerados críticos, por serem grupos de maior vulnerabilidade biológica, devido ao peso corpóreo, o organismo em desenvolvimento, hábitos e condições de saúde e sociais. •OBS- No grupo de 6 meses a 4 anos foi observado em campo o hábito das crianças
comerem terra com rejeitos da mineração e levar vários objetos à boca ao engatinhar
e/ou tentar andar.
Em toda área há uma nuvem de poeira com minério
Os quintais das casa e as ruelas são pavimentadas com os rejeitos da mineração
Análise de Risco para o pior cenário de exposição para diferentes grupos expostos por locais de residência.
Doses de Exposição (mg/kg/dia) e Quociente de Risco (QR)
Manganês Chumbo
Áreas6 meses -
4 anos
4.1 - 8
anos
8.1 - 14
anos >15 anos
6 meses -
4 anos
4.1 - 8
anos
8.1 - 14
anos >15 anos
Entorno
Dos
e 8.01E-02 2.20E-02 5.80E-03 3.3E-03 1.40E-02 3.84E-03 1.01E-03 5.8E-04
QR 5.72E-01 1.57E-01 4.14E-02 2.4E-02 388 107 28 1.6E-01
Entorno
Próximo
Dos
e 5.13E-01 1.41E-01 3.71E-02 2.1E-02 8.00E-02 2.20E-02 5.79E-03 3.3E-03
QR 366 101 2.65E-01 1.5E-01 222 61.1 16.1 9.3E-01
Ebesa
Dos
e 3.42E-01 9.40E-02 2.47E-02 1.4E-02 3.99E-02 1.10E-02 2.89E-03 1.7E-03
QR
2.44E+0
0 6.71E-01 1.77E-01 1.0E-01
1.11E+0
1
3.05E+0
0 8.03E-01 4.6E-01
Cachorro
Sentado
Dos
e
1.41E+0
0 3.87E-01 1.02E-01 5.9E-02 1.10E-01 3.03E-02 7.97E-03 4.6E-03
QR
1.01E+0
1
2.77E+0
0 7.28E-01 4.2E-01
3.06E+0
1
8.41E+0
0
2.21E+0
0 1.3E+00
Chapadão
Dos
e
1.16E+0
0 3.19E-01 8.39E-02 4.8E-02 1.15E-01 3.16E-02 8.31E-03 4.8E-03
QR
8.28E+0
0
2.28E+0
0 5.99E-01 3.4E-01
3.19E+0
1
8.78E+0
0
2.31E+0
0 1.3E+00
Ernesto
Dos
e
1.56E+0
0 4.29E-01 1.13E-01 6.5E-02 2.20E-01 6.04E-02 1.59E-02 9.2E-03
QR
1.11E+0
1
3.06E+0
0 8.06E-01 4.6E-01
6.10E+0
1
1.68E+0
1
4.42E+0
0 2.5E+00
Vila Rica
Dos
e
1.31E+0
0 3.59E-01 9.45E-02 5.4E-02 1.04E-01 2.87E-02 7.55E-03 4.3E-03
QR
9.33E+0
0
2.57E+0
0 6.75E-01 3.9E-01
2.90E+0
1
7.97E+0
0
2.10E+0
0 1.2E+00
Doses potenciais de exposição para Pb e Mn em vegetais para o pior
cenário de exposição.
Consumo rápido
SINTESE DOS RESULTADOS
• Os HQ para o grupo etário de 4.1 a 8 anos são maiores para o Pb do que para o Mn;
• A magnitude do risco para o Pb decresce da Vila Ernesto (8,4) para Chapadão (4,4), Cachorro Sentado (4,2), Vila Rica (4,0), Entorno Próximo (3,0) e Vila Ebesa (1,5), consecutivamente;
• Para o Mn nesta mesma faixa etária, a magnitude do risco varia de 1,14 na Vila do Chapadão a 1,53 na Vila Ernesto, apresentando pouca variação, o que indica uma exposição mais homogênea.
Limitações do estudo
• Comunidades totalmente desprovidas de acesso a serviços de saúde. Situação mudou após o estudo
• Incertezas na estimativa da quantidade de solo ingerida;
• Não foi realizado amostragem de material particulado na ar, via mais importante de exposição ao Mn;
• falta de estudos de bioacessibilidade ao PB e Mn ( são ≠s)
• Taxa de absorção de Mn e Pb diferentes para as faixas etárias
• Variabilidade do tamanho da partícula de solo
• O fluido deve ser preparado com saliva artificial, suco gástrico, suco duodenal e bile ( impossível no nosso caso)
Conclusões
Para a faixa etária de 6 meses a 4 anos os maiores índicesde risco, variaram de 4.6 a 73, seguida do grupo decrianças de 4.1 a 8 anos que variou de 1,25 a 20. Para ogrupo de 8,1 a 14 anos a variação foi de 2 a 5.3.
Considerando que 34% da população infantil da área deestudo encontram-se na faixa etária abaixo de 9 anos e afalta de opções de lazer fazem com que estas criançasestejam expostas uma grande parte do tempo combrincadeiras nos rejeitos;
concluímos que este cenário de exposição é extremamenterelevante e, poderá comprometer a saúde destessubgrupos.
Conclusão• Todas as comunidades, com exceção da área do entorno,
apresentam HQ relevante para a faixa etária de 6 meses a 4 anos de idade para o Mn;
• Para as localidades de Cachorro Sentado, Chapadão, Ernesto e Vila Rica, o HQ foi relevante para a faixa etária de 4.1 a 8 anos.
• As demais faixas etárias não apresentaram quociente de risco significativo para o Mn;
• A análise de risco para o Pb no solo evidenciou uma variação de HQ de 3,8 a 61 para o grupo etário 6 meses a 4 anos e de 1,07 a 17 na faixa etária de 4.1 a 8 anos;
Conclusões• Nos Estados Unidos estudos reportam associações relativas à exposição ao Mn e
o déficit cognitivo em crianças que vivem próximo a depósitos de resíduos de mineração;
• Estudos internacionais apontam que o nível educacional da mãe exerce influência no desenvolvimento intelectual de seus filhos;
• No presente estudo, embora 38% da população adulta tenham menos de 30 anos, cerca de 10% não sabe ler nem escrever e 64% tem o nível fundamental incompleto. Estas variáveis dificultam uma avaliação mais aprofundada da função cognitiva das crianças e sua relação com a exposição aos metais;
• Considerando as variações do índice de risco, observamos que para o manganês o grupo crítico está concentrado em crianças menores de 4 anos e para o chumbo em menores de 8 anos,
• Os subgrupos na população infanto-juvenil devem ser investigados e acompanhados de um minucioso estudo, visando reduzir as incertezas dos resultados dos modelos utilizados e submetidos à avaliação neurológica e neurocomportamental.
Onde:
Cmax = Concentração máxima de químicos em solo em 7 anos (maximum 7-year
average concentration of chemical in soil mg/kg)
Cave = Concentração do químico no solo durante o tempo médio de exposição mg/kg
(time-averaged concentration of chemical in soil over the exposure duration mg/kg)
IR = Taxa de ingestão de solo em mg/dia (soil ingestion rate mg/day)
AAF = Fator de absorção do solo ajustada do elemento específico em mg/mg (chemical-
specific oral-soil absorption adjustment factor mg/mg)
BIO =Biodisponibilidade do elemento no solo em mg/mg (bioavailability of chemical in
soil mg/mg)
EF = Freqüência de exposição em eventos/anos (exposure frequency events/year)
ED = Duração de exposição em anos(exposure duration years)
LT = Intervalo de vida = 70 anos por definição (lifetime = 70 years [by definition])
BW = Peso corporal em kg (body weight kg)
Há diferença estatística entre as concentrações de Ra 226 e Ra 228 em áreas residenciais e controle.
Residencial Controle
60
10
01
40
18
0
Ra226(B
qkg)
Concentração de radionuclideos Ra 226
Residencial Controle
10
02
00
30
0
Ra228(B
qkg)
Concentração de radionuclideos Ra 228
.
Níveis de exposição ao Ra 226 e Ra 228 (em Bq/kg) em solos da região de mineração em áreas
residenciais e áreas controle
Inquerito Populacional • Módulos
– Exposição Ambiental & Ocupacional
– Exposição Fatores de Risco
Pressão Arterial
Colesterol- Diabetes -Câncer
– Avaliação respiratória
– Módulo Feminino
Morbidade Referida
– Qualidade de Vida
– Percepção Socioambiental