2013 7ano 1bim Redacao Lista1

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  • 8/17/2019 2013 7ano 1bim Redacao Lista1

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    Língua Portuguesa – Redação: L ista 1

    O poema

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    Colégio Integral – série 7º ano – 1º bimestre – 2013 

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    Leia os textos abaixo:

    Se Essa Rua Fosse MinhaCantigas Populares

    Se essa ruaSe essa rua fosse minhaEu mandavaEu mandava ladrilharCom pedrinhas

    Com pedrinhas de brilhanteSó pra verSó pra ver meu bem passar

    Nessa ruaNessa rua tem um bosqueQue se chamaQue se chama solidãoDentro deleDentro dele mora um anjoQue roubou

    Que roubou meu coração

    Se eu roubeiSe eu roubei teu coraçãoTu roubasteTu roubaste o meu tambémSe eu roubeiSe eu roubei teu coraçãoFoi porqueSó porque te quero bem

    Se essa rua fosse minha

    Se essa rua fosse minha,não mandava ladrilhar.não mandava botar pedras,não deixava asfaltar.

    Deixaria o chão de terra,

    ou talvez plantasse grama.Encheria as calçadas de flores,um vasinho em cada poste.Margarida, amor-perfeito,azaleia, dália e rosa.E na janela de cada casa um gerânioou, quem sabe, uma violeta.

    Tudo isso eu faria,se essa rua fosse minha.

    Se essa rua fosse minha,seria toda colorida.Teria casa amarela,casa vermelha,lilás, azul e laranja.Só não teria casa cinza,porque cinza é a cor da sombra.Mas teria casa verde,porque o verde é a cor da esperança.(...)

    Eduardo Amos. Se essa rua fosse minha,Editora Moderna.

    1. Observe a forma do texto e responda oralmente:a) As palavras ocupam todo o espaço da página ou apenas parte dela?b) Há espaços em branco entre algumas linhas do texto?c) Essa forma sugere que você vai ler uma carta ou um poema? Por quê?

    O texto acima é um poema e possui algumas características próprias:

      Poema: é um texto estruturado em versos.  Verso: é o nome que se dá a cada linha de um poema.

      Estrofe:  é um conjunto de versos separado por um espaço em branco.  Rima: é a coincidência de sons no final das palavras.

    O poema

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    O poema

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    2. Leia novamente os textos acima e responda:a) Em que os dois textos são diferentes?b) Com o que e para que a rua da poesia 2 seria ladrilhada?c) Por que, em sua opinião, o poeta da poesia 2 não mandaria ladrilhar a sua rua?d) Quais as vantagens e as desvantagens de se morar em uma rua asfaltada e em uma ruasem asfalto?e) Que sensação as flores nos postes e nas janelas produziriam na rua que o poeta mora?f) E as casas coloridas, que efeito produziria?g) Por que a rua do poeta não teria casa cinza? Por que ela teria casa verde?h) Em sua opinião, a cor escolhida para uma casa determina sensações diferentes? Porquê?

    3. No seu caderno, desenhe a rua que o poeta imagina e depois escolha as palavras listadas

    abaixo que você usaria para caracterizar a rua imaginada e descrita pelo poeta e copie-as.simples – calma – sossegada – agitada – aconchegante – violenta – triste – alegre –

    tranquila – elegante – poética – encantadora – fascinante – adorável – agradável

    4. Escreva palavras que, no poema, pudessem rimar com:

    - minha:- flores:- colorida:- amarela:

    Leia os textos abaixo:

     A farmácia e a livrariaPedro Bandeira.

    Lá na rua em que eu pensavatinha uma livrariabem ao lado da farmácia.Todo mundo ia à farmáciacomprar frascos de saúde.E depois ia ao ladopra comprar a liberdade.

     A CaminhadaSidónio Muralha

    Nessa mata ninguém mataa pata que vive ali,com duas patas de pata,pata acolá, pata aqui.

    Pata que gosta de matasvisita as matas vizinhas,com as suas duas patasseguidas de dez patinhas.

    E cada patinha tem,como a pata lá da mata,duas patinhas tambémque são patinhas de pata.

    A respeito desses textos, responda oralmente: qual dos dois permite uma leitura maismarcada? O que possibilita isso?

    5. Agora, identifique, com lápis colorido, as palavras que rimam entre si.

    6. Leia os versos abaixo:

    “Nessa mata ninguém mata” “com duas patas de pata”As palavras repetidas em cada verso possuem o mesmo significado?

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    7. Qual a relação do título do poema com o verso “pata acolá, pata aqui”.

    Leia o texto abaixo:O PatoVinicius de Moraes

    Qüén! Qüen! Qüén! Qüen!Qüén! Qüen! Qüén! Qüen!Qüén! Qüen! Qüén! Qüen!Qüén! Qüen! Qüén! Qüen!

    Lá vem o PatoPata aqui, pata acolá

    Lá vem o PatoPara ver o que é que há...(2x)

    O Pato patetaPintou o canecoSurrou a galinhaBateu no marrecoPulou do poleiroNo pé do cavaloLevou um coiceCriou um galo...

    Comeu um pedaçoDe genipapoFicou engasgadoCom dor no papoCaiu no poçoQuebrou a tigelaTantas fez o moçoQue foi prá panela...

    Quá! Quá! Quá! Quá Quá!

    Quá! Quá! Quá! Quá Quá!Quá! Quá! Quá! Quá Quá!

    Lá vem o PatoPata aqui, pata acoláLá vem o PatoPara ver o que é que há...(2x)

    O Pato patetaPintou o caneco

    Surrou a galinhaBateu no marrecoPulou do poleiroNo pé do cavaloLevou um coiceCriou um galo...

    Comeu um pedaçoDe genipapoFicou engasgado

    Com dor no papoCaiu no poçoQuebrou a tigelaTantas fez o moçoQue foi prá panela...

    Caiu no poçoQuebrou a tigelaTantas fez o moçoQue foi prá panela...

    8. Qual o comportamento do pato? Quais as consequências?

    9. Será que o ritmo do poema tem algo a ver com o pato e com o seu fim?

    10.  Destaque as rimas da primeira estrofe. Que efeito essa rima imprime na primeiraestrofe? Marque, com lápis de cor, as demais rimas do poema.

    Leia o texto abaixo:

     A CasaVinicius de Moraes

    Era uma casa muito engraçada

    Não tinha teto, não tinha nada

    Ninguém podia entrar nela, nãoPorque na casa não tinha chão

    Ninguém podia dormir na redePorque na casa não tinha parede

    Ninguém podia fazer pipiPorque penico não tinha ali

    Mas era feita com muito esmeroNa rua dos bobos, número zero

    12. Faça uma versão da música acima trocando o objeto casa  por outro de sua escolha.Cuidado com as rimas. Veja o exemplo abaixo:

     A Faca

    Era uma facaSempre amoladaCortava tudoFicava nada

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    Leia os textos abaixo:

     As AbelhasVinicius de Moraes

    A abelha-mestraE as abelhinhasEstão todas prontinhasPara ir para a festaNum zune-que-zuneLá vão pro jardimBrincar com a cravinaValsar com o jasmimDa rosa pro cravo

    Do cravo pra rosaDa rosa pro favoE de volta pra rosa

    Venham ver como dão melAs abelhas do céuVenham ver como dão melAs abelhas do céu

    A abelha-rainhaEstá sempre cansada

    Engorda a pancinhaE não faz mais nadaNum zune-que-zuneLá vão pro jardimBrincar com a cravinaValsar com o jasmimDa rosa pro cravoDo cravo pra rosaDa rosa pro favoE de volta pra rosa

    Venham ver como dão melAs abelhas do céuVenham ver como dão melAs abelhas do céu

    O mosquitoVinicius de Moraes

    O mundo é tão esquisito:Tem mosquito.

    Por que, mosquito, por queEu... e você?

    Você é o insetoMais indiscretoDa Criação

    Tocando finoSeu violinoNa escuridão.

    Tudo de mauVocê reúneMosquito pauQue morde e zune.

    Você gostariaDe passar o dia

    Numa serraria -Gostaria?

    Pois você parece uma serraria!

    13. Relacione o ritmo imposto pelas rimas aos sentidos do poema.

    14. Explique – com trechos do poema – os efeitos gerados pelas rimas.

    15.  Identifique expressões e jogo de palavras que contribuam para a construção dossentidos do poema.

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    Leia este poema:

     A bailarina

    Esta meninatão pequeninaquer ser bailarina.Não conhece nem dó nem rémas sabe ficar na ponta do pé.

    Não conhece nem mi nem fáMas inclina o corpo para cá e para lá

    Não conhece nem lá nem si,mas fecha os olhos e sorri.

    Roda, roda, roda, com os bracinhos no are não fica tonta nem sai do lugar.

    Põe no cabelo uma estrela e um véue diz que caiu do céu.

    Esta meninatão pequenina

    quer ser bailarina.

    Mas depois esquece todas as danças,e também quer dormir como as outrascrianças.

    Cecília Meireles

    1. Poema é um texto feito em versos. Verso é cada linha do poema. Quantos versos têm opoema “A bailarina”?

    2. Um conjunto de versos se chama estrofe. Uma linha em branco separa uma estrofe da

    outra. Quantas estrofes de dois versos têm esse poema? Quantas estrofes de três versos?E de cinco versos?

    3. Esse poema caracteriza-se por apresentar uma forte sonoridade, construída por meio derepetições, ritmo, rimas.a) Retire do poema um verso em que há repetição de uma palavra.b) Retire do poema, dois versos em que há repetição da estrutura para construir essasonoridade.

    4.  No poema “A bailarina”, o poeta brincou com as palavras, explorando a sonoridade,principalmente, das vogais com a finalidade de imitar o balanço da dança. Retire do poemaas palavras cuja rima seja alcançada através de vogais.

    5. Quando você canta uma melodia, certamente a canta num determinado ritmo musical. Umpoema também tem ritmo, que lhe é dado pela alternância de sílabas átonas (fracas) etónicas (fortes). Leia em voz alta a estrofe a seguir, pronunciando de modo mais forte assílabas destacadas:

    Não conhece nem mi  nem fá Mas inclina o corpo para cá e para lá 

    O que você percebeu quanto à sonoridade ao ler a estrofe?

    6. Poema é um gênero textual que se constrói com ideias e sentimentos, com sonoridade,ritmo e rima. E também com imagens: palavras, expressões e frases tomadas em sentidofigurado, isto é, com sentido diferente daquele que lhes é comum.No poema, por exemplo, uma menina que roda com os bracinhos no ar constitui umaimagem. Identifique outras imagens no poema.

    Revisando

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    7. Em um poema, podemos ter palavras e expressões associadas aos sentidos: à visão, aoolfato, à audição, ao paladar ou ao tato. Que palavras do poema “A bailarina” se associam à

    audição?

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     At iv idade 1

    No livro Mania de explicação, a escritora Adriana Falcão criou uma personagem quegosta de inventar uma explicação poética para cada coisa. Veja algumas delas:

    Indecisão  é quando você sabe muito bem o que quer, mas acha quedevia querer outra coisa. Ainda é quando a vontade está no meio do caminho. Autorização  é quando a coisa é tão importante que só dizer “eu deixo” épouco.

    Irritação é um alarme de carro que dispara bem no meio do seu peito.Beijo é um carimbo que serve para mostrar que a gente gosta daquilo.(São Paulo: Moderna, 2001.)

    Faça o mesmo. Explique poeticamente o que é:

    medo

    menino

    talvez

    vergonha

    recreio

    televisão

    alegria 

    Faça no formato de um único poema.

     At iv idade 2A seguir você vai ler o início de um poema de Ricardo de Azevedo1. Complete-o. Fale

    de outras coisas, reais ou imaginárias, que você vê de sua janela. No início de algunsversos, repita a palavra vejo; no de outros, dispense-a.1Dezenove poemas desengonçados. São Paulo: Ática, 1999. P. 29.

    Pela janela

    Lá do alto da janela,vejo a vida e vejo a luz.Vejo

     At iv idade 3Escreva um poema cujo tema seja alguma coisa que lhe dê inspiração. Para isso siga

    as instruções abaixo:a) escreva em versos, rimados ou não, mas sempre com ritmo. Se quiser, agrupe os versosem estrofes.b) faça um rascunho primeiro e só passe seu texto a limpo depois de realizar uma revisãocuidadosa, seguindo as orientações do boxe abaixo. Refaça o texto, se necessário.

     Atividade escrita

     Avalie o seu poemaObserve se o poema está organizado em versos e estrofes; se explora recursos sonoros como

    ritmo e rima; se está adequada aos leitores e ao gênero textual.

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    Leia os poemas abaixo:

    1)você está tão longeque às vezes pensoque nem existo

    nem fale em amorque amor é isto

    2)amarga mágoao pobre pranto tem

    por que cargas d’águachove tantoe você não vem?

    3)coisas do ventoa rede balança

    sem ninguém dentro1. O que fala cada um dos poemas? Faça uma “paráfrase” de cada poema, ou seja, expliciteseu conteúdo no nível mais literal possível (saiba mais no Box abaixo).

    2. Do que falam os poemas? Arrisque uma interpretação do sentido figurado, das entrelinhasde cada poema.

    O primeiro poema fala do sentimento de vazio provocado pela ausência da pessoaamada, e que amar é sentir-se deixar de existir diante da ausência do outro.

    No poema dois, realizando uma analogia entre o choro e a chuva, o Eu lírico tambémreclama a ausência do ser amado.

    No último poema, o Eu lírico constata o vazio diante da ausência de um ser quepreenchia uma rede com seu corpo e agora não a preenche mais.

     Algumas formal idades – sentido li teral X sent ido figurado

    ParáfraseNa paráfrase, o leitor deve se ater ao que as palavras significam literalmente, no seu

    sentido usual, como se estivessem fora de contexto.

    Sentido figurado  é o significado que palavras ou expressões adquirem, em situaçõesparticulares de uso. A palavra tem valor conotativo quando seu significado é ampliado oualterado no contexto em que é empregada, sugerindo ideias que vão além de seu sentidomais usual. 

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    Refletindo:

      Os três poemas falam da mesma coisa?  Os três poemas falam do mesmo jeito?  No que os poemas são diferentes?

    De fato, os três poemas de Paulo Leminski se aproximam tematicamente na medidaem que tratam de ausência e saudade. No entanto, é importante observar que são muitodiferentes no que se refere à sua forma: para falar do mesmo “assunto”, cada um usa umaimagem e cada um faz um jogo diferente com as palavras. Vejamos:

    O primeiro poema figura a saudade do ser amado usando uma rima bastantesignificativa: existo e isto. O ser amado vai para longe e ele sente como se não existisse e,muito por meio da rima, afirma que isso é que é o amor.

    O segundo poema figura o mesmo tipo de saudade fazendo uma analogia entre o

    pranto e a chuva. Quando o Eu-lírico pergunta “porque cargas d’água chove tanto e vocênão vem”  e a palavra “vem”  rima com a amarga mágoa que o pobre pranto “tem”,percebemos a analogia entre pranto e chuva. O que o Eu-lírico reclama é a ausência do seramado mesmo diante de seu intenso sofrimento (traduzido em pranto, figurado em chuva).

    O último poema, rimando vento  e dentro, figura a ausência por meio da imagem deuma rede vazia.

    Mais poemas de Paulo Leminsk

    você está tão longeque às vezes penso

    que nem existo

    nem fale em amorque amor é isto

    o bicho alfabetotem vinte e três patas

    ou quase

    por onde ele passanascem palavras

    e frases

    com frasesse fazem asas

    palavras

    o vento leveo bicho alfabeto

    passafica o que não se escreve

    http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/literatura-escola-6o-ano-poemas-paulo-leminski-553855.shtml 

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    Leia o poema de Manuel Bandeira transcrito abaixo:

    Teresa

    A primeira vez que vi TeresaAchei que ela tinha pernas estúpidasAchei também que a cara parecia uma perna

    Quando vi Teresa de novoAchei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo

    (Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do corpo nascesse)

    Da terceira vez não vi mais nadaOs céus se misturaram com a terraE o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas.

    Bandeira, Manuel. Belo Belo e outros poemas. José Olympio

    1. a) O que fala o poema? Faça uma “paráfrase” (leia o boxe abaixo), ou seja, explicite seuconteúdo no nível mais literal possível.b) Quais são as três impressões do Eu-lírico sobre Teresa?

    2. Do que fala o poema? Arrisque uma interpretação do sentido figurado, das entrelinhas deTeresa.

    O poema figura uma aproximação amorosa entre o Eu-lírico e Teresa. Num primeiromomento, ele rejeita a sua aparência física; num segundo momento, se interessa pelo seu

    olhar; por fim, se apaixona cegamente.Na primeira estrofe, o Eu-lírico conta que, quando viu Teresa pela primeira vez, achou-

    a estúpida. Note que primeiro ele olha para as pernas – o que pode sugerir que ela sejamais alta que ele – e depois para o rosto. A escolha da palavra “cara” sugere também umEu-lírico de pensamento infantil, pois a perna é estúpida e Teresa tem cara de perna.

    Na segunda estrofe, percebemos uma mudança de olhar do Eu-lírico sobre Teresa: eleatenta para o olhar da moça – não para os olhos ou para a “cara”  – e reflete sobre suamaturidade.

    Na última estrofe, as palavras são empregadas no sentido figurado com maisopacidade. A metáfora utilizada por Bandeira exige reconhecimento da intertextualidade com

    o texto bíblico do Gênesis, em que é descrita a versão cristã para a criação do Universo.

     Algumas formal idades – paráfrase e paródia

    Na paráfrase, o leitor deve ater-se ao que as palavras significam literalmente, no seusentido usual, como se estivessem fora de contexto.

    Quando interpretamos um poema, buscamos seu sentido figurado, aquele que sóexiste em situações não usuais. Para isso, temos que ler nas entrelinhas.

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    3. Vocês conhecem explicações não científicas para o surgimento do Universo? Redija umparágrafo descrevendo esse conhecimento.

    A explicação científica para a origem do Universo só se tornou hegemônica na Europa,no século XIX. Antes disso, o homem produzia explicações mitológicas, a fim de dar sentidoaos fenômenos que nos cercam. A essas explicações, damos o nome de mito.4.  Busquem, no poema, os versos que remetem à explicação cristã para a criação doUniverso.

    5. O que muda do fragmento bíblico para os versos de Bandeira?

    Podemos deduzir que o Eu-lírico se apaixona por Teresa na terceira estrofe. No verso“Na terceira vez não vi mais nada”, o poema dialoga com uma metáfora da fala cotidiana –estar cego de paixão, ou “o amor é cego”.

    Os dois últimos versos confirmam a paixão na medida em que parodiam o texto bíblico,invertendo a ordenação divina em desordem passional. Mais ainda, o encontro do céu e daterra sugere o enlace erótico de forma sublimada.

    6. Leia atentamente o poema O adeus de Teresa, de Castro Alves:

    O adeus de Tereza A vez primeira que eu fitei Teresa,Como as plantas que arrasta a correnteza,A valsa nos levou nos giros seus...E amamos juntos... E depois na sala

    “Adeus” eu disse-lhe a tremer coa fala...

    E ela, corando, murmurou-me: “adeus”.

    Uma noite... entreabriu-se um reposteiro...E da alcova saiu um cavaleiroInda beijando uma mulher sem véus...Era eu... Era a pálida Teresa!“Adeus” lhe disse conservando-a presa...

    E ela entre beijos murmurou-me: “adeus!”

    Passaram tempos... séculos de delírio...Prazeres divinais... gozos do Empíreo......Mas um dia volvi aos lares meus.Partindo eu disse – “Voltarei!... descansa!...”

    Ela, chorando mais que uma criança,

    Ela em soluços murmurou-me: “adeus!”

    Quando voltei... era o palácio em festa!...E a voz d’Ela e de um homem lá naorquestraPreenchiam de amor o azul dos céus.Entrei!... Ela me olhou branca... surpresa!Foi a última vez que eu vi Teresa!...

    E ela arquejando murmurou-me: “adeus!”Castro Aves

    Paródia

    A paródia é uma imitação de uma composição literária (também existem paródias defilmes e músicas), possuindo uma crítica, seja utilizando a ironia ou o deboche. Elageralmente é parecida com a obra de origem, e quase sempre tem sentidos diferentes.

    Na literatura a paródia é um processo de intertextualização, com a finalidade dedesconstruir ou reconstruir um texto.

    A paródia surge a partir de uma nova interpretação, da recriação de uma obra já

    existente e, em geral, consagrada. Seu objetivo é adaptar a obra original a um novocontexto, passando diferentes versões para um lado mais despojado, e aproveitando osucesso da obra original para passar um pouco de alegria. A paródia pode terintertextualidade.

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    Agora responda:a) O poema de Castro Alves foi escrito aproximadamente um século antes do de Manuel

    Bandeira. O poema de Bandeira pode ser lido como uma paródia do de Castro Alves?b) O que da estrutura do poema O adeus de Teresa se mantém em Teresa?c) Em qual dos dois poemas a linguagem se aproxima mais da fala cotidiana? Por quê?d) No poema de Manuel Bandeira, o Eu-lírico termina unido à sua amada. Ocorre o mesmono de Castro Alves?e) Há algum momento, no poema de Bandeira, em que ele sai do registro cotidiano dalinguagem e se torna mais parecido com o de Castro Alves? Por quê?

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    Bom xibom, xibom, bombom

    Analisando essa cadeia hereditáriaQuero me livrar dessa situação precáriaOnde o rico fica cada vez mais ricoE o pobre cada vez mais pobreE o motivo todo mundo já conheceÉ que o de cima sobe e o de baixo desce

    As meninas

     Champignon, chan champignon

    Vou colocar numa forma refratáriaCreme de leite, frango por cima batata palhaChan champingonEsse prato todo mundo já conheceAo invés do strogonof eu vou fritar oscroqueteChampignon chan chan

    Comida dos astros

    Faroeste Caboclo

    Não tinha medo o tal João de Santo CristoEra o que todos diziam quando ele seperdeuDeixou pra trás todo o marasmo da fazendaSó pra sentir no seu sangue o ódio queJesus lhe deu

    Quando criança só pensava em ser bandidoAinda mais quando com um tiro de soldado opai morreuEra o terror da sertania onde moravaE na escola até o professor com eleaprendeu

    Ia pra igreja só pra roubar o dinheiroQue as velhinhas colocavam na caixinha doaltarSentia mesmo que era mesmo diferenteSentia que aquilo ali não era o seu lugar(…)

    Legião Urbana

     Faroeste Caboclo (Paródia)

    Lá tinha queijopão, feijão e ovo fritoEra o que todos comiamno almoço e no jantarDe vez em quando fazia uma lentilhaFritava a polenta de fubáFrango assavacom batata e ervilhaDe sobremesa gelatinaPurê de abóboracom salada russaTo esperando acabar de assarSuflê

    Comida dos artistas

     Alguns exemplos de paródias

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     Teu Nome

    Teu nome, Maria Lúcia.Tem qualquer coisa que afaga.Como uma lua macia.Brilhando à flor de uma vaga.Parece um mar que marulha.De manso sobre uma praia.Tem o palor que irradia.A estrela quando desmaia.É um doce nome de filha.E um belo nome de amada.Lembra um pedaço de ilha.Surgindo de madrugada.Tem um cheirinho de murta.E é suave como a pelúcia.É acorde que nunca finda.É coisa por demais linda.Teu nome, Maria Lúcia…

    Vinícius de Moraes

    Teu nariz

    Teu nariz, Zé Luís.Tem alguma coisa engraçada.Parece o de um juiz.Em meio a uma boa jogada.Porém, quando está meio torto.Sinal de que esteve nervoso.Tem a ponta bem fina.Que às vezes costuma brilhar.É um grande nariz.É um nariz diferente.Há quem diga atraente.Não sei se para te agradar.Ou será para te gozar?Sente o cheirinho de tudo.Mesmo a grande distância.Só quero te ver logo mais.Em torno dos 20 ou 30.E esse nariz Zé Luís, será que cresce ainda?

    Maria Eunice BarbosaRetirado do site:

    http://parodiadoaluno.wikispaces.com/ 

    Cerveja.Hoje é sexta-feira, chega de canseira.Nada de tristeza, pegue uma cerveja.E põe na minha mesa.Hoje é sexta-feira, traga mais cerveja.Tô de saco cheio, tô pra lá do meio.Da minha cabeça.Chega de aluguel, chega de patrão.O coração no céu. O sol no coração.Pra tanta solidão:Cerveja, cerveja, cerveja,cerveja. Cerveja.

    Leandro e Leonardo

    Cê veja.É segunda-feira, dia de canseira.Chego em minha casa. Abro a geladeira.A situação tá feia.É segunda-feira, só dá mais tristeza.Vou até a gaveta. Pego as minhas contas.Boto sobre a mesa.Devo o aluguel. Já faz um tempão.Meu nome já está sujo. Venceu a prestação.É tanta conta irmão.Cê veja, cê veja, cê veja, cê veja.Cê veja: a minha situação!Chalimar Rocco

    Chalimar RoccoRetirado do site:

    http://parodiadoaluno.wikispaces.com/ 

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    Língua Portuguesa – Redação: L ista 1

    O poema

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    Colégio Integral – série 7º ano – 1º bimestre – 2013 

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    Comida

    Bebida é água!Comida é pasto!Você tem sede de que?Você tem fome de que?...

    A gente não quer só comidaA gente quer comidaDiversão e arteA gente não quer só comidaA gente quer saídaPara qualquer parte...

    A gente não quer só comidaA gente quer bebidaDiversão, baléA gente não quer só comidaA gente quer a vidaComo a vida quer...

    Bebida é água!Comida é pasto!Você tem sede de que?Você tem fome de que?...

    A gente não quer só comerA gente quer comerE quer fazer amorA gente não quer só comerA gente quer prazerPrá aliviar a dor...A gente não querSó dinheiroA gente quer dinheiroE felicidade

    A gente não querSó dinheiroA gente quer inteiroE não pela metade...

    Bebida é água!Comida é pasto!Você tem sede de que?Você tem fome de que?...(…)

    Titãs

    Comida Leitura é águaEscrita é pastoVocê tem sede de quê?Você tem fome de quê?

    A gente não quer só “ditado”A gente quer criação, diversão e arteA gente não quer só “continha”,A gente quer solução para qualquer parteA gente não quer só geografia,A gente quer conhecer nosso chão

    A gente não quer só história,A gente quer conhecer a vida como a vida é

    Leitura é águaEscrita é pastoVocê tem sede de quê?Você tem fome de quê?

    A gente não quer só ler,A gente quer amar e quer viver o amorA gente não quer só responder

    A gente quer entender para aliviar a dorA gente não quer só ouvirA gente quer ouvir e refletirA gente não quer só o que temosA gente quer inteiro e não pela metade

    Escola é águaViver é pastoDesejo, necessidade, vontadeNecessidade, desejo

    Postado por C.e Julião Nogueira

    Retirado do site:http://jnevolucao.blogspot.com.br/2008/05/pardia-da-msica-comida-tits.html 

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    Leia os poemas abaixo:

    URGENTE! A PRIMAVERA ENDOIDECEU

    Umagotade

    orvalhocaiu hoje, às 8h, do dedo anulardireito, do Cristo Redentor, no

    Rio de JaneiroSeus restosnão foram

    encontradosA Polícianão acre-dita emacidenteSuspei-

    to: ovento

    Os meteorolo-gistas, os poetas e

    os passarinhos choram in-consoláveis. Testemunha

    presenciou a queda: “Horrível!Ela se evaporou na metade do caminho!”

    CAPARELLI, Sérgio. Tigres no quintal. Porto Alegre:

    Sobre o poema “ Urgente!” , responda:

    1. Que texto é esse?a) ( ) Uma notícia.b) ( ) Um poema.

    c) ( ) Um anúncio.d) ( ) Uma reportagem.

    2. A forma de colocar as palavras no papel lembra a imagema) ( ) de uma cruz;b) ( ) de uma gota de orvalho;

    c) ( ) de passarinhos;d) ( ) do Cristo Redentor.

    3. O poema lido:a) ( ) não possui versos nem estrofes;b) ( ) apresenta uma estrofe de vinte e três versos;c) ( ) é formado por vinte e três versos, divididos em duas estrofes;d) ( ) possui três estrofes de seis versos.

    Poema – o gênero em foco

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    Língua Portuguesa – Redação: L ista 1

    O poema

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    4. Qual a intenção do autor ao criar esse texto?a) ( ) Mexer com os sentimentos do leitor, representando de forma poética e visual umfato que jamais seria matéria de uma notícia.b) ( ) Denunciar a incapacidade dos policiais diante de um crime.c) ( ) Informar ao leitor um fato de utilidade pública.d) ( ) Desenhar um ponto turístico do Rio de Janeiro.

    5. Assinale a sequência de ideias apresentada na primeira estrofe do texto.

    a) ( ) Primeiro, o autor diz o que aconteceu; depois, quando aconteceu; em seguida,onde aconteceu; ao final, ele diz por que aconteceu.b) ( ) Primeiro, o autor diz quando aconteceu; depois, o que aconteceu; em seguida,por que aconteceu; ao final, ele diz onde aconteceu.c) ( ) Primeiro, o autor diz o que aconteceu; depois, por que aconteceu; em seguida,

    onde aconteceu; ao final, ele diz quando aconteceu.d) ( ) Não há sequência de ideias no texto.

    6.  Pela forma que o poeta escolheu para expressar suas ideias, é possível afirmar que,nesse texto, ele finge, simula, ser:

    a) ( ) um policial;b) ( ) um turista;

    c) ( ) uma testemunha;d) ( ) um jornalista, um repórter.

    7. Quem é o suspeito de ter provocado a queda da gota de orvalho?a) ( ) O Cristo Redentor.b) ( ) O vento.

    c) ( ) Os poetas.d) ( ) Os pichadores.

    Sobre os dois poemas acima, responda:

    8. Os poemas acima foram feitos para serem lidos apenas?

    9.  O poema “A primavera endoideceu”, além de fazer uso de recursos sonoros, faz usotambém de recursos visuais.a) Que relação há entre a palavra primavera do título e o formato do poema?b) O miolo da flor é formado por uma onomatopeia. Que som zum zum reproduz?c) As expressões malmequer e bem-me-quer formam as pétalas da flor. Os apaixonadoscostumam despetalar uma flor recitando essas expressões; dependendo da expressão quecoincide com a última pétala, o enamorado julga-se correspondido ou não. Na sua opinião,

    há alguma relação entre essas expressões nas pétalas e o eu lírico do poema?Além de trabalhar com a sonoridade, com a rima e com o ritmo, o poema também faz

    uso de outros recursos, como os visuais e os gráficos. Isso quer dizer que o poeta podeorganizar seus versos de um modo incomum, dispondo-os de maneira que mostrem, porexemplo, o formato de alguma coisa ou explorem as letras e o significado das palavras,como nesses poemas que você acabou de ver e ler.

    Muitos poemas não se destinam apenas a serem lidos, mas também a serem vistos,como uma fotografia, um desenho, um cartaz. Trabalhando com as letras, com as palavras eseus significados, eles procuram transmitir, além de emoções e sentimentos, impressõesrelacionadas a cor, forma, movimento, etc.

    Os poemas que fazem uso desses recursos são chamados de poemas concretos.

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    Língua Portuguesa – Redação: L ista 1

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     At iv idade 1

    Veja os poemas concretos abaixo:

    Augusto de Campos, 1962.

    http://culturabrasileiranoppe.pbworks.com/w/page/9772637/Poesia%20concreta  

    http://chacara.wordpress.com/category/poesia/ 

    Os poemas acima são chamados de poemas concretos. A sua tarefa será criar umapoesia concreta que represente situações por meio da exploração de recursos visuais egráficos.

    Na caixa de texto abaixo temos algumas situações sugeridas:

     Agora é a sua vez!

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    Língua Portuguesa – Redação: L ista 1

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     At iv idade 2

    Veja outros exemplos de poesia concreta:

      uma viagem em família em que haja adultos e crianças;  um beija-flor se alimentando no ar;  o recreio da escola, a fila da cantina;  um caminho impedido por algum motivo;  uma fila de cinema ou fila de terminal de ônibus. 

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    O poema

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    Com base nos poemas lidos, crie com as palavras a seguir, ou com outras de suapreferência, montagens e desmontagens capazes de gerar significados:

    Se quiser, introduza novas letras, números, símbolos, sinais de pontuação, troquesílabas de lugar, empregue letras de tamanhos e formatos variados, pinte com lápis oucanetinhas coloridas.

     At iv idade 3

    Crie um poema concreto a partir destes temas:

    nascimento, primavera, sobreviver, início, aprovação, desarmado

      a vida  o espelho  o palhaço  o arco-íris  a fraternidade  os pássaros  o futebol