Presidente Cassiano AnunciaçãoR$Domingo, 1 de novembro de 2 015 d 24am .com . b r

Manaus Amazonas Ano28 Número 11566

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2 ,0 0

AntônioCruz/ABr

CIDADES . Câncer depróstatamatamais de100homens por anonoEstado,diz Datasus.PÁG 20

No Amazonas, inadimplentes têm duasoportunidades para renegociar dívidas

Dinheiro ‘ex t ra ’do13º salário,nestefimdeano,pode ser oportunidadepara quemestádevendonegociar e quitar as dívidas e limpar nomenos serviços deproteçãoaocrédito . ECONOMIA PÁG 11

Comunidades ribeirinhas não se preparam evoltam a sofrer com vazante dos rios.CIDADES PÁG 22

SandroPereira

‘Drama climático’ ameaçará aAmazônia em 2040, diz estudo

SOCIEDADE

A vida no Brasil será transformada – para pior –. Secas impedirãohidrelétricas de gerar energia e tornarão fúteis investimentos bilionáriosna Amazônia, diz estudo encomendado pela Presidência da República.PÁG 18

Praticantes de jogos detabuleiro, cartas e RPG, emManaus, explicam por quepreferem exemplaresanalógicos ao invés dosdigitais, com diversosatrativos, disponíveis emgrande número na internet.PÁG 04

TRADIÇÃONa era dos video games,jogos de tabuleiro e decartas mantêm público fiel

224MORREMEMQUEDADEAIRBUSRADARPÁG 40

FLAÉINCÓGNITACONTRAGRÊMIOVENCERPÁG 34

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com02Opinião

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atual é cada vez menor. Pior: oque ele tinha de dinheiroguardado está usando parapagar as contas do dia a dia.Isso já apareceu na captaçãolíquida negativa da cadernetade poupança de quase R$ 50bilhões acumulada neste anoaté agosto. Além disso, quemainda consegue guardaralguma coisa reduziu as cifraspo u pada s.Pesquisa feita no início do anopelo SPC Brasil, empresaespecializada em informaçõeseconômicas e financeiras,revelou que apenas 36% dosbrasileiros poupam e 64% nãoconseguem guardar aseconomias porque mais dametade usa o dinheiro paraoutras coisas, como quitar

dívidas, viajar, pagar impostosde início de ano, entre outras.O restante não poupa pois nãotem recursos para isso.

No mês passado, uma novapesquisa nacional feita peloSPC Brasil mostrou umquadro pior. Apenas 9% dosentrevistados que estavam nolimite da sua capacidadefinanceira conseguiramguardar algum dinheiro, 40%

fecharam o mês no zero e 32%ficaram devendo alguma coisano fim do mês.

“O brasileiro é um cidadãoque não tem colchão”, afirma opresidente do SPC Brasil,Roque Pellizzaro Jr., sereferindo à dificuldadecrescente para poupar e aofato de uma pequena parcelada população ter seguro, que,em tempos de crise, é uma

proteção contraeventualidades. “Apenas 5% dapopulação brasileira temseguro de vida, 25% plano desaúde e 30% da frota deautomóveis em circulação ésegurada”, aponta.

Em janeiro, mais de umquarto da população (28%)informou que não conseguiupoupar nada em 2014 e 44%dos entrevistados conseguiramguardar, no máximo, R$ 500 aolongo de 2014 inteiro. “Obrasileiro poupa pouco porquea sua renda é baixa. Agora coma renda nominal caindo, opouco que ele tem guardadoestá indo embora para pagarcontas”, afirma Flávio Calife,economista da Boa VistaSCPC.

O que o brasileiro

tinha de dinheiroguardado estáusando para pagaras contas do dia adia durante a crise.

O ESPAÇO DO LEITOR ENVIE SUA SUGESTÃO DE MATÉRIA PARA PUBLICAR: con t ato@d 24am .com

EM TEXTOS

Brasil lança Foguete de Treinamento IntermediárioFoto: Reprodução O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) lançou na última sexta-feira (30), o 12º Fo-guete de Treinamento Intermediário, dando início ao Projeto Satélite de Reentrada Atmosférica (Sara).O foguete, com 5,5 metros e meia tonelada, foi disparado às 14h50 de ontem (horário de Brasília).

Apenas 5% da

população temseguro de vida, 25%plano de saúde e30% dos automóveistem seguro.

Obrasileiro, que emperíodos de vacasgordas já não eraum poupador

habitual porque, na maioriadas vezes, faltava salário parafechar as contas do mês, agoraestá ainda mais pressionado.Com o aumento dodesemprego e da inflação,provocado pela recessão, achance de constituir algumareserva para enfrentarperíodos de restrição como

Edi to r ial

Cobe r to re sc u r to s

FACEBOOK

USUÁRIO: EVERTON SANTOS

Esses bandidos estão muitos

audaciosos! E a polÍcia fica de mãos

amarradas porque, se bater, é acusada

de usar de abuso de autoridade. A

polÍcia tem que trocar as armas por

ro s a s !

USUÁRIO: SIMONE SEIXAS

Os bandidos estão doidoS pelo

décimo terceiro.

USUÁRIO: KLISSIA DA SILVA

Nem adianta ser preso. Não demora

muito e já está solto. Agora, a gente

nem sai de casa e nem sabe se volta.

Está muito perigoso.

USUÁRIO: MONIQUE VAS

Dezembro nem chegou e já está assim.

Rebecca Garcia nãodescarta participaçãode Prefeitura paraasfaltar ruas do DistritoA NOTÍCIA FOI PUBLICADA ONTEM NO PORTAL

D 24AM .COM

FACEBOOK

USUÁRIO: SANTIAGO AZEVEDO

Não ia ser pelas empresas do Distrito

que estão cansadas de esperar. Coloco

fé no setor privado. Se eu tivesse uma

empresa, iria investir na recuperação

das pistas. Depois, pediria desconto

nos meus impostos. Simples.

USUÁRIO: ALLAN PEAL

Lembrando e, principalmente,

informando ao povo de Manaus que o

Distrito Industrial não é de

responsabilidade municipal e sim

federal. Por isso, a Prefeitura não entra

com obras por lá.

Câmara de Campinasquer anular questão doEnem que cita Simonede BeauvoirA NOTÍCIA FOI PUBLICADA ONTEM NO PORTAL

D 24AM .COM

FACEBOOK

USUÁRIO: ADRIANA PINTO

Os esquerdistas, aos poucos,

querendo trabalhar a mente dos

jovens e até de crianças com

literaturas com esse tema.

Candidatos aconselheiro tutelar nãoprecisam prestarcontas de campanhaA NOTÍCIA FOI PUBLICADA ONTEM NO PORTAL

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USUÁRIO: SOCORRO CABRAL

Mas deveriam visitar, pelo menos. uma

vez ao mês as escolas e saber como

anda a vida escolar das crianças.

Segurança reage eimpede casal deassaltar joalheria na Av.Eduardo RibeiroA NOTÍCIA FOI PUBLICADA ONTEM NO PORTAL

D 24AM .COM

EMIMAGENS

D Mais comentados noD 24Am

3643-5080Linha direta com o leitor

Deputados e SérgioFontes são contranovas regras de portede armas

Comocidadão sou afavorqueos meus direitos sejamrespeitados. SeoEstadonãotemcompetênciapararealizar umafunçãoessencial,queaomenos nos permitas ob rev i ve r.

USUÁRIO: WERMERSON AMARAL

Enquete - SegurançaVocêacha quefaltamaissegurançanoCentrodeMana u s?

63 % 37 %

SIM NÃO

Baixe um leitor deQR Code no seucelular ou tablet.Fotografe o códigoe assista àv ideo r repo r t agemou acesse galeriade fotos.

MULTIMÍDIA

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com 03Opinião

Claro i E sc u r o&

PropriedadedaEditoraAnaCássiaLtda.CNPJ: 04.816.658/0001-27Av. Djalma Batista, nº 2010 - Chapada CEP.: 69.050-010Manaus -AM- Tel: 3643-5060Afiliado na: ANJ e IVC

SucursalBrasília:SRTV/S-Q. 701-Conj. D- lote 05-bl. C- s/209-Ed. CentroEmpresarialBrasilia-Brasilia-DF-CEP.: 70340-907. FoneFax:(61) 3224-3776 Cel:(61)8433-8162Representante:Fênix RepresentaçãodeMídiaSãoPaulo:Fone/fax (11) 3486-7054-E-mail:midiafenix@globo.com-RiodeJanei ro:Fone/fax:(21) 2240-5859-email: represrio@mundibox.com.br

STAFF A ss ociados Redação

3 6 4 3 -5 037

Vice-Presidente Cyro Batará AnunciaçãoDiretora Financeira Waldelina Maciel TavaresSuperintendente Leandro BarretoDiretor de Redação Sérgio BártholoDiretor de Tecnologia e Projetos Tiago Paiva

EditoraExecutiva: Vládia Rachel Fone: 3643-5037 Fax: 3643-5083 E-mail: redacao@diarioam.com.br Financeiro Fone: 3643-5068 Fax:3643-5083 E-mail: financeiro@diarioam.com.br Comercial Fone: 3643-5076 Fax: 3643-5083 E-mail: comercial@diarioam.com.brGerênciadeClassificados Fone: 3643-5000 Fax: 3643-5083 E-mail: classilider@diarioam.com.br A ss inat u ra Fone: 3643-5000 Fax:3643-5083 E-mail: assinatura@diarioam.com.br Circulação Fone: 3643-5060 Fax: 3643-5083 E-mail: circulacao@diarioam.com.br

Prêmio dá sinais de esperançapara o futuro da Zona Franca

Emoutubro,omodeloZonaFrancadeManaus (ZFM)venceu,nacategoriaGrandes Empreendimentos daregiãodaAméricaLatinaedoCaribe,oprêmioZonasFrancas Globais de 2015. PromovidapeloFDIIntelligence

–umapublicaçãodogrupoFinancialTimes. Apremiaçãoanalisaasáreas econômicas especiais de todoomundoparaidentificar quaisapresentam resultados expressivos deperspectivas deinvestimento,possibilidadedeexpansão,capacidadeprodutivaeimpactos regionais,entreoutros aspectos. Segundoapublicação,umdos fatores preponderantes parao reconhecimentodaZFMfoiagrandeatratividade queomodelo temparainvestidoresinternacionais de renomemundial. Amaioriados investimentos sedánas linhas deprodução,deacordocomaFDIIntelligence,mas aexpectativadeexpansãodas empresas jáinstaladas na regiãotambémdestacaaimportânciadomodelo.

Anita.Can to raMecuidoparamemanter saudáveleestou satisfeitacomo que vejonoespelho”

Eleita em votação popular a maissexy do mundo, em eleição feitaanualmente pela revista ‘VIP ’.

MarcoAurélioMello.Ministro do STFA sociedade temocostumedeposarde vítima,mas éresponsávelpelospolíticos que foramelei to s ”

Em entrevista à revista IstoÉ.

PREFEITURACargos sem concurso

Leis publicadas no último dia 29,fixam 56 cargos comissionados,sendo três de subsecretários, paraa Secretaria Municipal deJuventude, Esporte e Lazer e 215para a Secretaria Municipal deFinanças, com dois subsecretários.

ESTRADA 1Negócios à vista

Ao defender a abertura daBR-319, o vice-presidente daFederação das Indústrias deRondônia, Adélio Barofaldi, disseque o principal interesse de seuEstado é o mercado consumidorde alimentos do Amazonas.

ESTRADA 2Um pouco de tudo

De acordo com Barofaldi,Rondônia produz 48 tipos delaticínios, é responsável por 20%da exportação de carne do Brasil,além de se destacar na produçãode arroz, feijão e cacau.

CORRUPÇÃOMais assinaturas contra

A campanha ‘10 Medidas Contra aCo r r u pção ’ ganhou um posto decoleta de assinaturas, nestesábado, na Praça Heliodoro Balbi,durante o ato ‘Paralisa - Chega deCo r r u pção ’ do grupo ‘Por Amor’.

3 ,0 8bilhões de reais foi o lucro da fabricante de bebidas Ambev, noterceiro trimestre, impulsionado pela alta das vendas mesmo diantede um ambiente macroeconômico desfavorável no Brasil.

16,8%é a previsão de queda no número de empregos no setor deconstrução civil no Brasil em 2015, de acordo com estimativa doSindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo.

18%de reajuste salarial é a reivindicação dos petroleiros da Petrobras,envolvendo reposição da inflação, aumento real e produtividade,mesmo num momento em que a empresa enfrenta o ‘Pet rolão ’.

BIODIVERSIDADEParque no Amazonas

O Instituto Chico Mendes inicioumonitoramento da ictiofauna(peixes) no Parque Nacional doJuruena, entre o Mato Grosso e oAmazonas, para ampliar osestudos sobre biodiversidade esubsidiar a gestão da unidade.

ENERGIAAinda sem Tucuruí

O senador Telmário Mota(PDT-RR) criticou a criseenergética em seu Estado, sem olinhão de Tucuruí. Disse queRoraima depende da eletricidadeda Venezuela e sofreinterrupções frequentes.

HERMASAAcidente em Rondônia

Afamíliade um trabalhador quemorreu asfixiadoem umsoterramentodemilho,naHermasa,deverá receberindenizaçãodeR$ 798mil, segundoa5ªVaradoTrabalhodeRondônia.

AMBIENTESem ‘pedalada’nos gases

À BBC Brasil, a ministra do MeioAmbiente, Izabella Teixeira,apontou “má-fé ” em críticas queidentificam ‘pedaladas’ noscálculos de metas de redução degases do efeito estufa.

‘TRADUZÍNDIO ’Aplicativo no celular

Pesquisadores da UniversidadeFederal de Tocantins lançaramaplicativo que traduz palavrasescritas nas línguas dos povosXerente e Apinajé para oportuguês, o ‘Trad u z índio ’.

FILANTROPIACrise ameaça ações

Acriseeconômicaatingeemcheioas instituições filantrópicas, queveemas contribuiçõesdesaparecerem. Muitas podemfechar as portas, segundoaAssociaçãoBrasileiradeOrganizações NãoGovernamentais.

QUEIMADASNa Indonésia também

A Indonésia vive a pior crise depoluição já registrada, causadapor queimadas, que obedecem aum padrão semelhante ao queexiste na Amazônia brasileira: sãousadas, ilegalmente, para abrirespaço a atividades agrícolas.

JOGOProjeto tem 20 anos

O projeto mais antigo na Câmarados Deputados sobre alegalização dos jogos de azar noBrasil foi apresentado, há mais de20 anos, para descriminalizar ojogo do bicho (PL 442/91).

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com4 Polí t ica

ComEquipeDF,SPeNordeste

Uma frase - uma simples frase - mefez viajar a Montpellier, no sul daFrança, para participar com 15mil pessoas da manifestação

realizada, no último sábado (24), em defesada língua occitana. Os manifestantesexigiam que a Carta Europeia de LínguasRegionais e Minoritárias, assinada peloEstado francês em 1999, fosse finalmenteratificada pelo Senado, depois de umbloqueio de 16 anos. Mas, os senadoresforam contra e, na terça-feira (27),rejeitaram por 180 votos a 155 o projeto delei constitucional, prejudicando assim aslínguas minorizadas e seus falantes.

O francês é o único idioma oficial, masconvive na França - um país plurilingue -com línguas regionais como o occitano, ocatalão, o alsaciano, o bretão, o basco, ocorso, num total de 75 línguas, incluindo asfaladas em território francês do Caribe e doPacífico, segundo relatório do Ministério daEducação. No entanto, os senadores, em suamaioria de direita, acham que elas colocamem risco a unidade nacional, emboraninguém questione a existência do francês,apenas se reivindica o bilinguismo e aconvivência de línguas.

Aldeia OccitanaAs manifestações em defesa da

diversidade linguística ocorreram em váriascidades, a maior delas foi essa deMontpellier, cujas ruas estavam enfeitadascom grandes bandeiras vermelhas. Lá, naconcentração, funcionou uma “aldeiaoccitana” com culinária regional, artesanato,livros em língua occitana, grupos musicais,trovadores, poesia, teatro e circo, enfim,uma festa com gaita de fole, flauta, clarinete,tambor e sanfona.

Grandes bonecos similares aos deOlinda representavam figuras como JeanJaurés (1859-1914), professor e políticosocialista que defendeu as línguas regionaise Frédéric Mistral (1830-1914), escritor queganhou o Prêmio Nobel da Literatura em1904 com sua obra escrita em occitano.Ambos estavam presentes nos diversosstands que traziam informações sobreprogramas alternativos de rádiosassociativas e sobre as escolas.

O tom foi dado por um caixão funerário,em cuja tampa estava registrado o númeroatual de escolas públicas bilíngues emrelação ao número de estudantes:

José R. Bessa FreireProfessor universitáriobe ss a _ 18@ho t mail .com

PasseatanaF rança:botandoalínguaprafora

Grandes bonecossimilares aos deOlindarepresentavamfiguras comoJeanJaurés (1859-1914),professor epolítico socialistaquedefendeu as línguasregionai s .

“País Basco - 1 escola/4.000 estudantes;Córsega - 1/8.000 estudantes;Países D´Oc - 1/220.000”.Nofinal, vinhaaperguntaescritaem

occitano: ‘PovoArmado,povo respeitado?’.Équebascos ecorsos resistiramcomarmas namão,protestandocontraadiscriminação, queincluía,atébempouco tempo,punição severapara quemfalavaalíngua regionalnaescola.

Foi aí que o movimento em defesa dadiversidade linguística começou a criarescolas bilingues por todo o país. NaOccitânia, batizada com o nome de umpássaro ‘Caland r et a ’ (a nossa cotovia),surgiu, em 1979, a primeira escola bilínguefranco-occitana, gratuita e laica. Hoje,existem 60 calandretas com 3.471 alunos, oque representa 0.6% de crianças da regiãocom acesso ao ensino bilíngue.

Por isso, a principal reivindicação dapasseata é a de que o Estado francês assumasuas obrigações no ensino bilingue, seguindoo modelo das calandretas. Manifestantesportavam faixas e cartazes escritos emoccitano mostrando a importância daslínguas de identidade. “A língua é a chave dofuturo” - dizia um deles. Outro clamava:“Quem tem a chave da língua tem sualiberdade”. Não faltou o humor, um cartazpropunha: “Usa tua língua” com a imagemde um casal se beijando.

Língua e naturezaDois jornais de Montpellier - La Gazette

e o Midi Libre - abriram espaço para cobrir amanifestação organizada pela Confederaçãodas Calandretas, cujo presidente Jean-LouisBlenet reclamou políticas linguísticas para aescola, a mídia, a sinalização das ruas e dometrô e em todos os espaços sociais. Váriosestudiosos também se pronunciaram.

- Os nomes das plantas estão em línguaoccitana, assim como os de todos os legumes“selvagens” e de termos usados no cultivo daazeitona e da uva. Os viticultores nomeiamcertas variedades e processos agrícolas nalíngua d’oc, que muitas vezes não temequivalentes em francês - declarou JosianeUbaud, etnobotânica, que pesquisou ossaberes tradicionais e viu a utilidade dalíngua occitana na agricultura familiar.

A toponímia também está repleta doléxico da língua d’Oc, como salientou aprofessora Maria-Jeanne Verny para quemo domínio do occitano, que ela ensina naUniversidade Paul-Valéry “permiteconhecer melhor o ambiente no qualvivemos, basta ler os nomes das ruas deMontpellier ”.

Como não valorizar um idioma que fazcircular tantos saberes, poesia, música e quejá deu ao mundo um prêmio Nobel daLiteratura - Frédéric Mistral - que publicouem 1859 o longo poema Mirèio numa línguaque foi minorizada? A história do amor deVicente e Mireille que morre nos seus braçosse tornou conhecida no mundo inteiro.

Foi para participar da defesa dessa línguaque fui a Montpellier, motivado pela frase -uma simples frase - de um leitor occitanoquando leu o artigo - Na França tem índios?Os occitanos (DIÁRIO DO AMAZONAS -07/06/2015). “Este artigo tão interessanteme fez sentir um pouco menos só” - eleescreveu, surpreso com o fato de um jornalda Amazônia se interessar pela sua língua.Fui à manifestação para que os falantes deoccitano se sintam menos isolados. Someimeu grito aos dos manifestantes:

- Anem Oc, Per la Lenga D’Oc!(Avancemos pela língua occitana!)

Leandro MazziniJo r nali st acon t ato@col u nae s planada .com . b r

ESPLANADACol u na

Ta q u ip rat i

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Esforço mundial contra a hepatice CA Federação Mundial deJornalistas Científicos relacionouapenas quatro brasileiros comoespecialistas para falar sobre osavanços no combate à hepatite C.São os cientistas Evaldo StanislauAfonso de Araújo, Fábio Marinho eRaymundo Paraná. A iniciativa daentidade é criar um movimentomundial para conscientizar apopulação sobre as consequênciasda doença, cujos casos de mortesquadriplicaram nos últimos anos.Ao contrário, por exemplo, damalária e das infecções por HIV.

Recur sosO combate à hepatite C é muitodifícil, pois há mais de 50 subtiposda doença e muita gente abandonao tratamento, embora ele sejarelativamente fácil.

Mais de 40 anosO preconceito é grande problemano combate à hepatite e mais de80% dos infectados têm mais de 40anos. Com novas drogas, o pacienteé curado em 90% dos casos.

Alert aA bióloga Rosana Tabakan avisaque é preciso incentivar odiagnóstico, especialmente entreos que receberam transfusão desangue ou fizeram alguma cirurgiaantes de 1993.

Sempre eleA imprensa no Paraguai vai soltardenúncias contra a construção denovas linhas de transmissão deenergia da usina binacional Itaipu,financiadas pelo governo brasileiro.Há informações desuperfaturamento na obra,contratada quando o ex-tesoureirodo PT João Vaccari Neto era doconselho da empresa.

Conexão China-BrasilEnquanto o Paraguai mira a linhaem construção, o problema aqui émaior. Não saíram do papel aslinhas de Belo Monte para oSudeste, obra de R$ 5 bilhõesvencida em licitação por umaempresa chinesa. A empresa quertrazer 5 mil operários chinesespara a obra, mas a lei brasileira nãopermite.

O caminhoDaí a atenção sobre o PL daTerceirização no Congresso

Nacional, que uma vez aprovadopelo Senado e sancionado pode darbrecha jurídica para a chegada doschineses. Na Eletrobras, quemacompanha o caso é o diretorAdhemar Palocci.

Voltando para casaO Supremo Tribunal Federal estáprestes a soltar o empreiteiroMarcelo Odebrecht por decisãoliminar monocrática. A sensaçãoentre amigos é que ele passa oNatal em casa.

UFC Salão VerdeNão chamem para um café osdeputados Manoel Junior(PMDB-PB) e Silvio Costa (PSC-PE).Eles se estranharam no Salão Verde,por causa de Eduardo Cunha.

Recuo estratégicoEduardo Cunha vai dar um tempo eesperar a poeira baixar (se baixar)para colocar em pauta o projeto darepatriação enviado pelo Planalto,sem o parágrafo polêmico que isentade punição quem tem conta secretano exterior sem declarar à Justiça.

Não desistiramMas a turma não desistiu. Há quemdefenda a inclusão do parágrafocomo emenda numa medidaprovisória, para passardespercebido. O texto isenta decrime quem tem conta nãodeclarada, com dinheiro semqualquer comprovação de origem.

É grave a criseA ONG Repórteres Sem Fronteirassolicitou à ONU que crie um postoespecial de secretário-geral deProteção de Jornalistas, diante dedezenas de profissionaisassassinados apenas em 2015 noexercício da profissão.

Blá-blá-bláAs picuinhas entre adversários noCongresso Nacional enchem apaciência até de parlamentares. Osenador Benedito de Lira (PP-AL)disse que o Senado virou palco de“birra” entre PT e oposição.

Ponto FinalDilma demitiu o general do 3ºComando no Sul por falar averdade: que a corrupção sealastrou e o governo éincompet en t e .

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com 05Polí t icaFALE COM OS EDITORES contato@d24am.com, redacao@d24am.com | SIGA-NOS t w i t te r.com /po r t alD 24am facebook .com / D 24am

Com 600 filiados e simpatizantes, novospartidos tentam existir além do ‘papel’

Diretórios aindanão têm sedeprópriae legendas semantêmcomdoações depessoas físicas

TEXTO GeraldoFariasARTE Júnior Lima

MANAUS

Os três novos parti-dos, que tiveram oregistro aprovadopelo Tribunal Supe-

rior Eleitoral (TSE), no mês deoutubro, têm, juntos, poucomais de 600 filiados e simpati-zantes, no Amazonas. A RedeSustentabilidade (Rede), o Par-tido Novo (NOVO) e o Partidoda Mulher Brasileira (PMB)ainda estão em fase de estrutu-ração, tentando deixar de existirapenas ‘no papel’, e ainda nãopossuem diretórios municipaisno Estado.

Com a aprovação dos regis-tros dos três novos partidos, oBrasil saiu do número de 32 le-gendas com registro eleitoralpara 35. No Amazonas, essenúmero é de 33. O Partido No-vo ainda não possui um diretó-rio estadual, portanto não temregistro no Tribunal RegionalEleitoral (TRE/AM).

O Novo foi o 33º partido aobter registro do TSE. A legen-da é representada no Amazo-nas por um grupo de pessoasque defendem as mesmasideias do partido. Quem falapor este grupo é Kléber Ro-mão, conhecido por ser um doslíderes das manifestações con-tra a presidente da República,Dilma Rousseff. Romão explicaque o partido possui 231 pes-soas que participam de umgrupo virtual na internet paradiscutir os ideais da legenda.

“O Novo ainda não existe,oficialmente, no Estado doAmazonas. O que existe é umgrupo de pessoas que defen-dem as mesmas ideias que opartido e há um alinhamentoespontâneo destas pessoas emprocurar se aglutinar, o quetem sido feito, até hoje, de for-ma virtual em uma rede so-cial”, explicou Romão.

A proposta do Novo é apre-sentar à população um partidoque está a serviço da sociedadee não se servindo da estruturado Estado. “Acreditamos em li-berdades individuais com res-

ponsabilidade, que o indivíduoé o único gerador de riquezas,que todos são iguais perante asleis”, salientou.

Um representante nacionaldo partido virá a Manaus, no dia12 denovembro,parafalar sobrea possibilidade da criação de umnúcleodoNovonoAmazonas.

Mais estruturadoA Rede Sustentabilidade foi

o 34º partido a ter aprovado oregistro no TSE. O partido, quecontava com uma estrutura noEstado, antes mesmo da apor-vação do registro no TSE. Umdiretório estadual já existia,possuindo, até uma sede provi-sória na Rua Jamari, no bairroVieiralves. Segundo o novo por-ta-voz da Rede, Júnior Brasil, opartido está regularizando suasituaçãonoTREparaconseguira liberação do Fundo Partidáriopara trabalhar na estruturaçãodo partido nos municípios.

A Rede elegeu, no últimodia 10, deste mês, os novosmembros do diretório esta-dual e também a escolha dosseus dois porta-vozes. Os por-ta-vozes são como os presi-dentes da legenda, que obriga-toriamente devem ser um ho-mem e uma mulher. Assim osescolhidos foram Júnior Brasil

e Camila Susan.Júnior afirmou que o parti-

do está trabalhando para in-tensificar a filiação de novosmembros, por enquanto o par-tido possui pouco mais de 200filiados. A Rede possui a inten-ção clara de participar das elei-ções de 2016, tendo até umpré-candidato. “Nós vamosparticipar das eleições comcandidatura própria, mas nestemomento não estamos preo-cupados em discutir nomes,mesmo que tenhamos uma in-dicação que nosso candidato àPrefeitura de Manaus seja odeputado estadual Luiz Cas-

FRASE

Charles Oliveira.P re s iden teestadualdoPMBOpartido temfeitocampanhas paradivulgaçãode seusideais,bemcomodesmistificar aideiadeser umpartido voltadosomenteparaamulher”

PEDIDO DE FUNDAÇÃO

Outros aguardam registro na Justiça Eleitoral

NoAmazonas,mais cincopartidosaguardam registronoTribunalSuperior Eleitoral (TSE). Os partidosdoDesenvolvimentoNacional(PDN),doMeioAmbiente(PMA),CristãoNacional (PCN),Cristão(PC)eLiberal (PL) tiveram seuspedidos de registrodeferidos peloTribunalRegionalEleitoraldoAmazonas (TRE-AM)eaindaaguardam umadecisãodo tribunals u pe r io r.

Outros partidos, comoodaMobilizaçãoPopular (PMP),daCidadania (PCI)eda Igualdade(IDE),nãopossuem representaçõescomdiretórios noAmazonas. Estesaindaestãonafase inicialdoprocessode registro, comacoletadeassinaturas noEstado.Todos esses partidos, caso tenhaminteresseemparticipaçãonaseleições municipais de 2016, têm,atémarço,para regularizar seus

processos de registros noTSE. Alegislaçãoeleitoral sofreu umamudança quantoaoprazodefiliaçãodepessoas interessadas emparticipar de umprocessoeleitoral.Anova regraespecifica queoprazopara filiaçãoéaté seis meses antesdodiadaeleição. Antes,oprazoerade umano. Sea regranão tivessesidoalterada,apenas os filiados atéo últimodia 2 deoutubropoderiamparticipar das eleições de 2016.

tro”, declarou Júnior Brasil.A Rede Sustentabilidade é

um partido de ‘posição’, deacordo com seu porta-voz, ten-do a sua principal característicalutar pelo desenvolvimentosustentável econômico e social.

Mu lhe re sO PMB foi o 35º partido a ter

o registro aprovado pelo TSE.Segundoopresidentedalegendano Amazonas, Charles Oliveira,oficialmente o partido não pos-sui filiados, apenas conta compouco mais de 200 pessoas quetrabalhamemproldanova sigla.

Charles Oliveira tambémex-

plicou que o grupo ainda não te-ve liberação do Fundo Partidá-rio, portanto está sobrevivendode doações dos companheiros,que servem apenas para custearas reuniões que ocorrem nas re-sidências dos membros.

O partido está trabalhandopara desmistificar a ideia deque só mulheres podem se fi-liar ao partido, mesmo tendo oideal em elevar a participaçãoda mulher na sociedade. “Opartido tem feito campanhaspara divulgação de seus ideais,bem como desmistificar a ideiade ser um partido voltado so-mente para a mulher, e convo-car homens e mulheres para sefilia r em ”, salientou Oliveira.

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com6 Polí t ica

O CUSTO DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS É ALTO?

Sheila Cunha.

Tu r i s móloga

É umgastodesnecessário,porqueeuacredito quehámuitosassessores queagentesabe que quenãofazemnada. Estegastopodiaser menor commelhorcapacidade”

Fabiane Souza

E st u dan te

Eu acho quehámuitosgastos comcargoscomissionados que,muitas vezes,não vãonem trabalhar e sóbatemponto. Este recursopoderia ser investidoemoutras áreas”

Jefferson Holanda

Médico

Muitos destes órgãosnão trazembenefícionemestrutura, sejapara saúdeeeducação.As leis aprovadas naALE,por exemplo,nãotêmefetividadenasociedade”

Francisco Cunha

Au tônomo

Écomplicado quandosegastadinheiropúblicocomrepresentantes que,muitas vezes,nãofazemnadapelagente. Eles jáganhamm u i to.

Joziel Pantoja.

Bancário

Oimportante,paramim,é queestedinheirofossemais utilizadoemfavor da sociedade.Mas,infelizmente,éusadodeformainjustabeneficiandoaelesmesmos.

Instituições públicasno AM custarão R$ 353por habitante, em 2016

Custoécalculadocombasenoorçamentoprevisto

TEXTO ÁlissonCastroFOTO EraldoLopes/29/06/15

MANAUS

Ocusto para manterinstituições de fis-calização, parla-mentos e a Justiça

doAmazonas serádeR$ 353 porhabitante, em 2016, segundo in-formações da Lei OrçamentáriaAnual (LOA), encaminhada àAssembleia Legislativa do Esta-do(ALE),no últimodia 23.

Os custos do Tribunal deContas do Estado (TCE), Tri-bunal de Justiça do Amazonas(TJAM), Ministério Público doAmazonas (MP-AM), Defenso-ria Pública do Estado (DPE) eALE totalizarão R$ 1,393 bilhãono próximo ano para os 3,9 mi-lhões de moradores do Estado,segundo estimativa da LOA.

Em Manaus, a Câmara Mu-nicipal de Manaus (CMM) cus-tará R$ 126 milhões aos cofresdo município, de acordo com aLei Orçamentária Anual daPrefeitura de Manaus em tra-mitação na Casa Legislativa.Para manter a CMM, o custopor habitante da capital será deR$ 61,4, no próximo ano.

Mais caro e maior entre osórgãos avaliados, o TJAM cus-tará R$ 601 milhões em 2016,um aumento de 1% em compa-ração com a receita prevista

para este ano, R$ 595 milhões.Apenas com pagamento de

pessoal e encargos, o TJAMprevê gastos de R$ 491 milhõespara o próximo ano, segundodados da LOA. Entre as despe-sas do tribunal, R$ 58 milhõesterão como fontes de receita oFundo de Modernização e Rea-parelhamento do Poder Judi-ciário Estadual. Outros R$ 543milhões são receitas repassa-das pelo Estado ao tribunal.

Em 2016, a ALE custará R$264 milhões aos cofres do Esta-do, sendo R$ 168 milhões desti-nados a pagamento de pessoal eencargos. A Assembleia é com-posta por 24 deputados que pos-suem R$ 25 mil por mês paragastar com atividades parlamen-tares, o ‘cot ão ’, que custa R$ 307mil aos cofres do Estado, por ano.

Para o Ministério Público do

Amazonas (MP-AM), a LOA re-servou R$ 236 milhões no pró-ximoano, sendoR$ 233 milhõesdestinados à administração doMP-AM, outros R$ 1 milhão sãodestinados ao Fundo de Ampa-ro e Proteção a Vítimas Teste-munhas Ameaçadas,alémdeR$1,9 milhão do Fundo de Apoiodo MP-AM, cujas receitas nãosãodoorçamentodoEstado.

Órgão responsável por julgarcontas de órgãos públicos esta-duais emunicipais doAmazonas,o Tribunal de Contas do Estado(TCE)custaráR$ 211milhões.

A Defensoria Pública do Es-tado do Amazonas (DPE-AM)prevê gastos de R$ 78 milhõesem 2016, segundodados daLOA,sendoR$ 70,8milhões da receitado Estado e R$ 7,5 milhões doFundoEspecialdaDPE-AM.

Em Manaus, a CMM custa-rá R$ 126 milhões aos cofres domunicípio. No Legislativo Mu-nicipal, os 41 vereadores têmdireito a um ‘cot ão ’ de R$ 14 milao mês, que custa R$ 688 mil aoano. Na CMM, em 2016, os gas-tos da administração geral se-rãodeR$117 milhões eR$ 7 mi-lhões estão destinados às ativi-dades parlamentares em geral.

Outro ladoO presidente da CMM, ve-

reador Wilker Barreto (PHS),afirmou que a Casa representa

A proposta de orçamento do Estado ainda será votada peloplenário da Assembleia Legislativa

PREVISÃOA LOA é prevista doorçamento e sofre variaçãono ano de sua execução

a sociedade. “É a caixa de res-sonância da sociedade e lá sediscutem os problemas de Ma-naus. Além disso, a Câmaratem a função de fiscalizar e le-gislar assuntos de interesse dacidade. Outra coisa, se formosanalisar, 80% das despesas sãocom a folha de pagamento.

De acordo com o defen-sor-chefe do DPE-AM, RicardoTrindade, as atividades desen-volvidas pela defensoria sãoimportantes, porque atendemaos interesses da populaçãomais pobre do Estado. “Quantomaior o valor dos recursos apli-

cados no DPE, teremos maiscondições de prestar os servi-ços à parte mais necessitada doAmazonas, que é o acesso àJu st iça ”, disse Trindade.

A ALE informou que o Le-gislativo faz parte do tripé dospoderes constituídos, juntocom o Executivo e o Judiciário,e que é fundamental que cadapoder cumpra o seu papel paraque a democracia seja fortaleci-da. Explicou ainda ter a funçãode discutir e aprovar leis, alémde fiscalizar os gastos de recur-sos públicos e a execução dosprogramas do Executivo.

16bilhões de reais é oorçamento do Estadoprevisto para 2016. O valoré4% maior queoorçamentodesteano. NaPrefeituradeManaus,oorçamentomunicipalserádeR$4,1bilhões em 2016.

ORÇAMENTOS

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com 7Polí t ica

ÁREAS ESSENCIAIS

Estado e município priorizam educação e saúde

Para 2016, o Governo doAmazonas prevê um orçamento deR$ 16,077 bilhões, um acréscimona faixa de 4% sobre as receitas deR$ 15,458 bilhões deste ano,segundo dados da LOA, sendo amaior destinação, R$ 2,9 bilhões,para a área de educação. Emsegundo lugar aparece os gastoscom saúde, que contabilizam 2,1bilhões. Com segurança, o Estadoestima gastar R$ 1,5 bilhão nopróximo ano.

Amenor destinaçãode recursosparaopróximoano seráparaaáreade trabalho,R$13 milhões.Em relaçãoàs despesas por função,oEstadoesperadestinar R$4,3bilhões àadministraçãogeraldogoverno,alémdeR$1,4bilhãoàprevidênciado regimeestatutáriodos servidores.Naesferaeducacional,ogovernodoEstadoprevêcustos deR$1,2bilhãoàeducaçãofundamental,R$610 milhões aoEnsinoMédio,além

deR$ 218milhões aeducaçãos u pe r io r.NaadministraçãomunicipalemManaus,em 2016,aPrefeituraestimadespesas deR$4,1bilhões,sendoR$ 2 bilhões destinados apagamentodepessoaleencargossociais.Aeducação seráamaior áreadeinvestimentos daPrefeitura, comR$1,1bilhãoparaeste setor. Emseguidaaparecea saúde,comR$831 ,e urbanismo,R$ 737 milhões.

MAIS DADOS

DPE

RANKINGOSCUSTOSDOSÓRGÃOS

Os dados fazempartedas Leis Orçamentárias Anual (LOAs),em tramitaçãonaAssembleiaLegislativadoEstado(ALE)enaCâmaraMunicipaldeManaus (CMM),onde serãodiscutidas pelos parlament a re s

R$ 78 milhões

CMM R$ 126 milhões

TCE R$ 211 milhões

MPE R$ 236 milhões

ALE R$ 264milhões

TJAM R$ 601milhões

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com08Polí t ica

‘Dilma deveria dizer que só renuncia seCong resso’ aprovar reformas, diz FHC

Ex-presidentemostraalternativaparaDilma,compropostadepactocomos pa r lamen t a re s

TEXTO AgênciaEstadoFOTO ZecaRibeiro / Ag. Câmara

PORTOALEGRE

Em entrevista, na ma-nhã de sexta-feira, 30,o ex-presidente Fer-nando Henrique Car-

doso (FHC) disse que a presi-dente Dilma Rousseff teria co-mo melhor alternativa para acrise política propor um pactopelo qual aceitaria renunciar aomandato mediante a aprova-ção de reformas que dificil-mente o Congresso e os parti-dos aceitariam fazer por contaprópria, como melhorar os sis-temas partidário-eleitoral e oprevidenciário. “Ou ela assumee chama o País às falas, apre-senta um caminho crível para oPaís e recupera a força para po-der governar, ou então ela, pelomenos, deixa uma marca forte:‘Eu saio se vocês aprovarem tale tal coisa’”, afirmou o ex-presi-dente tucano, em entrevista àRádio Gaúcha, do Grupo RBS.

“Como a presidente estáem uma situação tão delicada,tão difícil, de tão baixa popula-ridade e, ao mesmo tempo,com tanta dificuldade de apro-var qualquer coisa no Con-gresso, o que seria com gran-deza? ‘Olha aqui, vocês que-rem que eu saia? Eu saio, masvocês primeiro me deem tais etais reformas, para criar umclima mais positivo’”, afirmouFHC. Para o tucano, as priori-dades dessa agenda deveriamser as regras das disputas elei-torais e o sistema público de

pagamento de pensões e apo-sentadorias. “Muda a reformaeleitoral, porque esse sistemaestá fracassado. Mexe a Previ-dência, porque senão vai falir.Exige umas tantas coisas quesejam anseios nacionais e(diz:) ‘Se fizerem isso, eu caiofora’. Um gesto e, se fizer isso,nem cai fora porque ganha(força política)”.

Há pelo menos dois meses,FHC tem defendido publica-mente a renúncia como um“gesto de grandeza” para Dil-ma. Logo após as manifesta-ções contra o governo e o PT de16 de agosto, o ex-presidentepublicou em seu perfil no Fa-cebook: “Se a própria presiden-te não for capaz do gesto degrandeza - renúncia ou a voz

franca de que errou, e sabeapontar os caminhos da recu-peração nacional -, assistire-mos à desarticulação crescente

Há pelo menos dois meses, FHC tem defendido publicamente arenúncia como um “gesto de grandeza” para Dilma

ENTREVISTAFernando Henrique CardosoFHC se mostrou cético emrelação à situação de Dilma

FRASE

FHC.E x-p re s iden teExige umas tantascoisas que sejamanseios nacionais e(diz:) ‘Se fizeremisso,eu caio fora’. Umgestoe, se fizer isso,nemcaifora,porqueganha(forçapolítica)”

‘Mensalão e petrolão tornam heróis juízes quesaíram do padrão’, diz Luís Roberto Barroso

O ministro do Supremo Tri-bunal Federal (STF) Luís Ro-berto Barroso alertou, na últi-ma sexta-feira, 30, que o Brasil“vive uma epidemia de proces-sos judiciais”. Para Barroso, apunição é exceção. Segundo ele,é preciso mudar o sistema re-cursal diante da dificuldade demanter grandes criminosos nacadeia. “O sistema punitivo noBrasil é um desastre. Ele é feito

pra pegar pobre. A vida tem queser igualitária. É muito mais fá-cil prender menino com 100gramas de maconha do que em-presário que roubou 10 mi-lhões”, afirmou. Na avaliação doministro, o sistema atual fazcom que sociedade transformemagistrados que pensam forada curva em heróis. “Men salãoe Petrolão criaram heróis, por-que foram juízes que saíram do

padrão”, disse. “Se um modeloprecisa de heróis é porque asinstituições não funcionam”,de st aco u .

As informações foram di-vulgadas pela Associação dosMagistrados Brasileiros (AMB).Barroso falou na abertura doprimeiro dia da programaçãocientífica do 22º Congresso deMagistrados Brasileiros, reali-zado em Rio Quente (GO) pela

AMB. O ministro abordou te-mas polêmicos como o excessode processos judiciais e o siste-ma recursal. Ele criticou o siste-ma de Justiça brasileiro e a mo-rosidade do Judiciário.

“Existe uma judicializaçãoque atinge a vida de todos nós.Estamos vivendo umaepidemiade processos judiciais no País e,diante, disso é preciso pensarem algum tipo de remédio. São

do governo e do Congresso, agolpes de Lava Jato. Até que al-gum líder com força moral di-ga, como o fez Ulysses Guima-

rães, com a Constituição namão, ao Collor: você pensa queé presidente, mas já não émais”.

Na entrevista de sexta-fei-ra, 30, motivada pelo lança-mento do primeiro de quatrovolumes da série de livros Diá-rios da Presidência, em que re-lata o dia a dia no Palácio doPlanalto, FHC se mostrou céti-co em relação à situação de Dil-ma. “Do jeito que está, ela podeaté ficar (até o fim do manda-to), mas vai empurrar o tempocom o barriga sem conseguirresultados satisfatórios”, ava-liou. Por isso, segundo o tuca-no, a renúncia seria o “menosc u st o s o ” ao País.

“Impeachment é um pro-cesso longo. É um debate queparalisa o País. Uma decisão doTribunal (Superior) Eleitoralque anule a eleição provocatambém uma grande confusão,eleição de novo”, afirmou FHC,seguindo caminho diferente dodefendido pela maioria doPSDB, que encampa um pedi-do de afastamento da presi-dente e contesta a campanha àreeleição de Dilma no TSE.“Tudo isso é muito fácil de fa-lar, mas quem conhece o pro-cesso histórico sabe que temum custo para o País muito ele-vado”. Ao comparar, na sema-na passada, as dificuldades deseu governo com o PT na opo-sição às enfrentadas por Dilma,FHC disse ao jornal O Estadode S.Paulo que os tucanos nãodeveriam agir como os petistasfizeram no passado.

mais de 100 milhões de proces-sos, um em cada dois brasileirosestá em juízo”, afirmou.

Durante o painel ‘O Direitoe a transformação social’, o mi-nistro reconheceu aspectos po-sitivos diante da quantidade deprocessos que tramitam no Ju-diciário brasileiro, mas apontoua falta de estrutura como umadas questões mais graves quecongestionam os tribunais. “Aspessoas tomaram consciênciados seus direitos e passaram aexercer a sua cidadania. Isso ébom. O Judiciário desfruta deum grau relevante de credibili-dade”, declarou.

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com 09Polí t ica

‘Pedalada s’ não vinham acontecendoem anos anteriores, diz Nardes

Principalargumentodedefesadogovernofederalfoiode queas práticas foram usadas anteriormente

TEXTOAgênciaEstadoFOTOFabioRodrigues Pozzebom/ABr

RIODEJANEIRO

Oministro do Tribu-

nal de Contas daUnião (TCU) Au-gusto Nardes, rela-

tor do processo que recomen-dou a reprovação das contas dogoverno federal de 2014, voltoua afirmar, na última quinta-fei-ra, 29, que as chamadas ‘pedala-das fiscais’ não vinham aconte-cendo em anos anteriores. Oprincipal argumento de defesado governo federal no processode análise das contas de 2014foi o de que as práticas utiliza-das foram usadas anteriormen-te, incluindo outros governos.

Em palestra a universitá-rios promovida pelo Ibmec-RJ,no Rio de Janeiro, Nardesmostrou um gráfico com dadospara refutar o argumento dadefesa do governo. “Há aquium pequeno desvio, mas nãovinha acontecendo de formaabsurda”, afirmou o ministro.

Segundo ele, seu relatórioapontou irregularidades nascontas de 2014 que somam R$

106,4 bilhões, incluindo cercade R$ 40 bilhões em ‘pedala-das’ com bancos públicos etambém outras ilegalidades,como abertura de crédito semaprovação do Congresso.

PagamentoNardes ainda afirmou que

não há decisão sobre o paga-mento de uma vez, neste ano,dos R$ 40 bilhões referentes àschamadas ‘pedaladas fiscais’. Omontante foi identificado peloórgão nas contas do ano passa-do do governo federal.

“Não existe decisão do TCUde cobrar os R$ 40 bilhões deforma imediata. Esse processoestá em suspensão. Os relato-res são os ministros Vital doRêgo e José Múcio”, afirmouNardes a jornalistas, após darpalestra no Ibmec-RJ.

Nardes disse que estranhouo fato de o governo ter divulga-do a informação de que o paga-mento teria de ser feito de umavez. O ministro afirmou queconversou recentemente como colega Vital do Rêgo e foi in-formado de que o relatório fica-ria pronto “nos próximos dias”.

O ministro do TCU Augusto Nardes foi o relator do processo querecomendou a reprovação das contas do governo federal de 2014

AugustoNardes.

MinistrodoTCU

NãoexistedecisãodoTCUdecobrar os R$40 bilhões deforma imediata. Esseprocessoestáem suspensão. Osrelatores sãoos ministros VitaldoRêgoeJoséMúcio”

Fim do efeito cascatanos salários volta àpauta da CCJ do Senado

A Comissão de Constitui-ção, Justiça e Cidadania (CCJ)do Senado volta a discutir, napróxima quarta-feira (4), às10h, a Proposta de Emenda àConstituição (PEC) 62/2015,que derruba a vinculação au-tomática de salários recebidospor agentes públicos, comoparlamentares e ministros detribunais superiores. A PECestava prevista na pauta dareunião da última quarta-feira(28), mas um grupo de sena-dores pediu vista da matéria.

A proposta impede o cha-mado ‘efeitocascata’no reajus-te das remunerações, hoje pro-vocado por cada aumento nossalários dos ministros do Su-premoTribunalFederal(STF),

o teto remuneratório para ofuncionalismo. APEC 62/2015,apresentada pela senadoraGleisi Hoffmann (PT-PR),contacomoapoiodo relator naCCJ, senador Randolfe Rodri-gues (Rede-AP). Tantoaautoracomo o relator consideram osreajustes automáticos danososao interesse público, por des-prezarem a realidade financei-ra e orçamentária de estados em u nicípio s.

Se a PEC for definitiva-mente aprovada, primeiro noSenado e depois na Câmarados Deputados, os ministrosdos tribunais superiores dei-xarão ter seus ganhos fixadoscom base em 95% do que re-cebem os ministros do STF.

Câmara retomará análise de projetoque regulariza ativos no exterior

O projeto de lei de regulari-zação de recursos enviados aoexterior (PL 2960/15) continuaa trancar a pauta do Plenário daCâmara dos Deputados e deveprovocar mais debates a partirde terça-feira (3). A matéria fazpartedoajustefiscaldogoverno.

O projeto conta com umsubstitutivo da comissão espe-cial,deautoriadodeputadoMa-noel Junior (PMDB-PB), queestendeu a anistia para quem jáhavia se desfeito dos bens antesde 31 de dezembro de 2014.

Pela proposta, brasileiros eestrangeiros residentes no Paíspoderãodeclarar aogoverno todoo patrimônio lícito mantido forado Brasil, ou já repatriado, masaindanãodeclarado,existenteaté31dedezembrode 2014.

A regularização importaráem anistia para os crimes de so-

negaçãofiscaleevasãodedivisas,desde que não haja decisão finalda Justiça contra o declarante.Haverá, no entanto, cobrança deImpostodeRendaedemulta so-bre o valor do ativo, totalizando30% do valor declarado.

O relatório aprovado inclui

mais seis crimes na lista deanistia da proposta: descami-nho, uso de documento falso,associação criminosa, contabi-lidade paralela, funcionamentoirregular de instituição finan-ceira e falsa identidade a tercei-ro para operação de câmbio.

Os debates já realizados seconcentraram na possibilidadede recursos ilícitos serem regu-larizados devido a dificuldadesde investigação de sua verda-deira origem.

Antes do PL 2960, deve servotada a Medida Provisória685/15, que permite ao contri-buinte quitar débitos tributá-rios, vencidos até 30 de junhode 2015, com a Receita Federalou a Procuradoria Geral da Fa-zenda Nacional (PGFN) se esti-verem em discussão adminis-trativa ou judicial.

Oprojetocontacom um substitutivodeautoriadodeputadoManoelJunior

GabrielaKorossy / Ag. Câmara

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com10 Polí t ica

Endividamento da Petrobras será debatido naComissão de Assuntos Econômicos do Senado

A Comissão de AssuntosEconômicos (CAE) do SenadoFederalfará,na terça-feira(3),às10h, uma audiência pública paradebater o endividamento da Pe-trobras com a Federação. Doisdiretores da estatal estão convi-dados paraoevento. Aaudiênciafoi requisitada pelos senadoresMarcelo Crivella (PRB-RJ) eTassoJereissati(PSDB-CE).

A comissão também quersaber dos representantes da Pe-trobras como a empresa pre-

tende recuperar sua capacidadede investimento e lidar com adisparidade entre sua dívida li-quida e seus lucros, através deoperações. Isso se dá em umcontexto de desvalorização doreal e de queda no preço do bar-ril de petróleo.

Comparecerão à audiênciaJoão Adalberto Elek Junior, Di-retor de Governança, Risco eConformidade; e Ivan de SouzaMonteiro, Diretor da Área Fi-nanceira e de Relacionamento Aaudiênciafoi requisitadapelos senadores MarceloCrivellaeTassoJereiss at i

LeopoldoSilva/AgênciaSenado

Sempre que o PT foi posto em xeque,reagiu como uma ‘fênix ’, diz Lula

Ex-presidente reconheceu queopartidonão vive seu melhor momentoepediu calmaàmilitância

TEXTO AgênciaEstadoFOTO PatricioMurphy/BrazilPhotoPress

BRASÍLIA

Oex-presidente da

República LuizInácio Lula da Silvareconheceu, du-

rante discurso de mais de umahora em reunião do DiretórioNacional do PT, que o partidonão vive seu melhor momento,mas defendeu que a militâncianão fique nervosa com os ata-ques que a legenda vem sofren-do. Segundo ele, petistas de-vem lembrar que, sempre quefoi colocado em xeque, o parti-do ressurgiu “das cinzas” deforma mais forte.

“Vivemos um momento deumacirradobombardeiocontrao PT e contra os petistas”, afir-mou. Para ele, essas críticas sãotentativas de tirar da memóriado povo brasileiro o legado de 12anos dogovernopetista.

Lula reconheceu: “Fizemoscoisas erradas”. Mas disse que,quando se coloca na balança oserros e acertos, nota-se que“nenhum partido trouxe maisbenefícios para a sociedade doque o PT”.

“É preciso que a gente nãofique nervoso com isso. Elessabem que esse partido sempreque foi colocado em xeque rea-giu como se fosse uma fênix,ressurgiu das cinzas mais fortedo que estava antes de qual-quer crise”, afirmou o ex-presi-dente.

Na avaliação de Lula, o le-gado dele foi o mais “p r ofíc u o ”deixado por um governo nahistória do Brasil.

Ajuste fiscalO ex-presidente defendeu,

ainda, durante discurso emreunião do Diretório Nacionaldo PT, que a “prioridade zero”do partido, no Congresso Na-cional, deve ser criar condiçõespara aprovar as medidas doajuste fiscal enviadas pelo go-verno. Para ele, sem a conclu-são do ajuste, o Brasil conti-nuará na confusão “política ede credibilidade”. A prioridadeseguinte, afirmou, é combateros pedidos de impeachment dapresidente Dilma Rousseff.

“A prioridade zero nestePaís é criar condições paraaprovar as medidas que a pre-sidente Dilma mandou para oCongresso, para que se encer-re, definitivamente, essa ideia”,afirmou Lula, durante discursode mais de uma hora de dura-ção. Para ele, “não podemos fi-car mais de seis meses discu-tindo o ajuste”.

“Não podemos passar maisde seis meses esperando paradiscutir a CPMF. Nós temos éque começar a votar amanhã sefosse o caso”, afirmou. Segundoele, o ajuste fiscal deve ser prio-ridade antes de qualquer tenta-tiva de derrubar o presidenteda Câmara, Eduardo Cunha(PMDB-RJ), e o impeachment.

“Porque tudo que interessa

à oposição é que a gente arru-me uns 500 pretextos para agente discutir qualquer assun-to e não discutir o que interes-sa, que é, na verdade, aprovaras coisas que a Dilma mandoupara o Congresso”, afirmou.Segundo ele, é necessário me-

Na avaliação de Lula, o legado dele foi o mais “p rofíc u o ” dei xadopor um governo na história do Brasil

CONGRESSOLula disse que a “prioridadeze ro ” é aprovar as medidas doajuste fiscal

dir a importância de cada ação,porque o tempo no governo“urge”.

“Precisamos, urgentemen-te, começar a recuperar o po-tencial que nossa presidenta ját e ve ”, disse. De acordo comLula, o partido deve definir sua

pauta com os compromissosque assumiu durante a campa-nha. “Meu conselho para Dil-ma é não ler manchete de jor-nal”, afirmou. Aprovado o ajus-te, o ex-presidente afirmou que“podemos ficar livres para dis-cutir outros assuntos”.

Luiz Inácio Lula da Silva.Ex-presidente da RepúblicaEles sabem queessepartido sempre que foicolocadoemxeque reagiu como se fosse umafênix, ressurgiu das cinzasmais fortedo queestavaantes de qualquer crise”

com Investidores. Também es-tará presente Claudia Zacour,gerente jurídica para Explora-ção e Produção da Petrobras.

Na última segunda-feira, 26,durante reunião realizada pelaComissão de Reforma do Códi-go Brasileiro de Aeronáutica(CBA), o representante da Pe-trobras, Flavio Tojal, afirmouqueaPetrobras adotou “duranteum longo período” preços doscombustíveis bem abaixo dospraticados no mercado. A em-presa, acrescentou, está, desde oanopassado,buscando um reali-nhamento de preços, o que pro-duz um impacto em todos os se-tores econômicos que lidam di-retamentecomos combustíveis.

11EconomiaFALE COM OS EDITORES contato@d24am.com, redacao@d24am.com | SIGA-NOS t w i t te r.com /po r t alD 24am facebook .com / D 24am

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com

Feirões para limpar nome são chancede sair do vermelho com uso do 13º

Dinheiroextranofimdoanoéoportunidadeparaconsumidor negociar e quitar as dívidas

TEXTO Laís MottaFOTO SandroPereira

MANAUS

Com o fim do ano seaproximando, os tra-balhadores estão re-cebendo o 13º salá-

rio, considerado um alívio paraas contas. Uma pesquisa da As-sociação Nacional dos Executi-vos de Finanças Administra-ção e Contabilidade (Anefac)aponta que 74% dos brasileirosvão usar esse dinheiro extrapara pagar dívidas. A oportuni-dade é para negociar algumapendência nos feirões paralimpar o nome.

Tradicionalmente, os con-sumidores utilizam o 13º salá-rio para pagar dívidas. Mas épreciso ter sabedoria para sa-ber qual débito é melhor pagarprimeiro. “É o melhor uso quese pode fazer. Mas, em qual-quer caso, tem que eliminar asdívidas que tem maior taxa dejuros, como cheque especial e orotativo do cartão de crédito,essas não pode deixar de quitarporque entra numa bola de ne-ve e não sai mais”, disse o eco-nomista Ailson Rezende.

O consumidor deve fazerum levantamento das dívidasque tem e priorizar as de maiorimpacto no bolso. Se sobrar di-nheiro, o ideal é pagar os de-mais débitos.

Campanha localO morador do Amazonas

tem duas opções de feirões pa-ra pessoas que estão com o ‘no-me sujo’. Um deles é a campa-nha ‘Limpe seu Crédito e Façaseu Nome Brilhar’, do Serviçode Proteção ao Crédito (SPC),que vai até 30 de novembro. Aestimativa da Câmara de Diri-gentes Lojistas de Manaus(CDLM) é que 48 mil pessoassaiam da inadimplência.

A campanha de regulariza-ção de dívida oferece condiçõesde pagamento, como retirar ju-ros e multa dos débitos. Osconsumidores que já sabemcom que lojas têm dívidas de-vem procurá-las, perguntar sefazem parte da campanha etentar negociar o débito.

Os que não sabem quem es-tão devendo devem procuraras unidades do SPC em Ma-naus. A instituição tem unida-des na Avenida Djalma Batista,nº 3.000, sala A, CondomínioAmazonas Flat; no Centro, naRua Rui Barbosa, nº 156; e noShopping Cidade Leste, naAvenida Grande Circular, bair-ro Tancredo Neves, zona leste.

FeirãoOnlineNa próxima terça-feira, co-

meça o Super Feirão Online, daSerasa Experian. De acordocom a companhia, os descon-tos podem chegar a 95%. Em2014, a ação envolveu bancos efinanceiras, cartões de crédito,seguradoras, instituições deensino e grandes lojas.

Para participar, o consumi-dor deve entrar no sitewww.serasaconsumi-dor.com.br/ limpa-nome-onli-ne/ e preencher um cadastro.Após isso, o consumidor serálevado a uma página onde sãolistadas todas as empresas doLimpa Nome Online com asquais ele possui alguma dívidapendente e que constam na ba-se de dados da Serasa.

Ao escolher e clicar no no-me da empresa surgirá umapágina apresentando as dívidasem aberto e os canais de aten-dimento disponíveis, como te-lefones e e-mail. O consumidorpode entrar em contato direta-mente com as empresas paranegociar possíveis descontos,com condições de pagamentodiferenciadas. Em alguns casos,é possível que o boleto já estejadisponível, a partir de uma pro-posta feita pela empresa. Todasas propostas são apresentadaspelas empresas credoras deforma individualizada. O feirãovai até 14 de novembro.

O consumidor deve fazer um levantamento das dívidas que tem epriorizar as de maior impacto no bolso

FRASE

Ailson Rezende.Economi st aTem queeliminar asdívidas que temmaiortaxade juros,comochequeespecialeorotativodocartão”

8,82%é a taxa de crescimentodos brasileiros queesteanovão utilizar o 13ºparaopagamentodas dívidas.

OS NÚMEROS

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com12 Economia

Governo reduz alíquota do Imposto de Importaçãoda sardinha durante período do defeso no País

A Câmara de Comércio Ex-terior (Camex) aprovou a redu-ção da alíquota do Imposto deImportação das sardinhas con-geladas. Com a medida, a alí-quota caiu de 10% para 2%, peloperíodo de seis meses. O impos-to reduzido é limitado a uma

cota de 30 mil toneladas.A medida foi motivada pela

necessidade de garantir a ofertado produto no mercado nacio-nal, durante o período de inter-rupção da pesca, em cumpri-mento à legislação ambientalbrasileira.

Nesta época, ocorre o pa-gamento do seguro-defeso pa-ra os pescadores artesanais,equivalente ao valor de umsalário mínimo, uma compen-sação pelo período de proibi-ção da pesca. No começo domês, o Ministério da Agricul-

tura, Pecuária e Abastecimen-to (Mapa) suspendeu o bene-fício por 120 dias para que orecadastramento dos pesca-dores, a fim de evitar fraudes.O benefício é pago a cerca de100 mil pessoas no Amazonas,entre novembro e março.

In s et icida sA Camex também reduziu,

de14% para 2%,por 12 meses,asalíquotas de importação dos in-seticidas à base de fosfato dealumínio. Este tipo de inseticidaé usado para controle de pragasdeprodutos armazenados agra-nel ou ensacados, em armazéns.

As resoluções Camex 102 e103, que determinam as redu-ções, foram publicadas no Diá-rio Oficial da União (DOU) des e xt a-fei r a .

Vazante elevapreços deitens regionaisem até 200%

Pimentamurupi,pimenta-de-cheiroemaracujáestãoentreos afetados

TEXTOLílianPortelaFOTORaimundoValentim/25/06/12

MANAUS

Operíodo de vazantedos rios elevou ospreços de algunsprodutos regionais

hortifrutigranjeiros em até200%, de acordo com o presi-dente do Sindicato dos Feiran-tes do Estado do Amazonas(Sinfeam) David Lima. Ele des-taca itens como a pimenta mu-rupi, pimenta-de-cheiro e omaracujá.

Segundo Lima, a pimentamurupicustava,emmédia,R$ 20,o quilo. Atualmente, o produtocustaR$ 60,o quilo,confirmandoaprojeçãode 200%. “Amalaguetaestá saindo em torno de R$ 80, oquilo. Antes desta estiagem, cus-tava R$ 20. A pimenta-de-cheirotambém está escassa e subiumuito.Hoje,estácustandoR$20,o quilo”,disse,acrescentando quea pimenta-de-cheiro custava, emmédia,R$5o quilo.

O maracujá que antes cus-tava, em torno de R$ 5 o quilo,atualmente, sai por até R$ 12. Afeirante Elizeth da Conceição,afirma que o produto está emfalta há dois meses, por causada cheia. “E, agora, vai falar de-vido à várzea intensa”, disse.

O presidente do Sinfeamacrescenta que “o maracujá es-tá vindo de fora. Vem do Pará e

Boa Vista. Com o aumento docombustível, aumenta o frete.O último a pagar é a popula-ção”, afirma.

Os consumidores têmacompanhado, também, a altanos preços da banana tipo pra-ta e a pacovã. O feirante JoséPaixão, da Feira da Bananaafirma que a pacovã não dimi-nui o preço este ano.

Apacovãestá sendo vendidade R$ 35, por R$ 50, na Feira daBanana. Abananaprataestáemtorno de R$ 10 a R$ 15. “Deuuma subida,agora, vem seman-tendo”, explicou o feirante.

O comerciante Arnóbio Pau-lo, que tem um varejão no bairroAleixo, zonacentro-sul,disse quecompra da banana pacovã para,realmente, ter o produto. “Mui-tas vezes, levo e o cliente nemcompra, porque está muito caramesmo. Levo um cacho desses evendo a unidade da banana porR$ 1. Tiro R$ 5 de lucro. Não dánemparapagar ofrete”,disse.

CebolaDe acordo com o feirante

Sérgio Reis, nos últimos dias, acebola teve uma queda nospreços, por causa do excesso deprodução de alguns Estados eaté do exterior. Mas segundo ocomerciante, a tendência é su-bir o preço, novamente, porcausa das chuvas intensas noSul e Sudeste do País.

O preço das pimentas regionais, como o de outros produtos, subiram em função daescassez com o período da vazante

MERCADOCrescimento da procura efalta dos produtos típicosresulta em alta de preços

SETOR RURAL

Falta de produção local impacta na oferta

Afaltadeprodução localéoprincipalmotivopela instabilidadedesses produtos nas principaisfeiras deManaus. DeacordocomopresidentedoSinfeam,cercade90% das frutas e verduras vemdeoutros Estados. “Hoje,anossaproduçãoestáem quedapor causada seca. Por isso, queaumentamospreços emgeral. Amanhã, vãoestarcaros por causadacheia. Temos

queestar sempre indobuscar foradoAmazonas paraabastecer asnossas feiras”,disse.Ofeirante informou quefrutas everduras têm vindo,principalmente,dos Estados doAcre,Rondônia,Pará,SãoPaulo,Minas Gerais eatéRioGrandedoSul. “Nós estamosabastecendo quemnos deverianosabastecer, queéo interior doAmazonas. Amercadoriaestá

saindodaquidaManaus Modernaparaeles”,disse.Até produtos regionais, comocheiro-verde, saem da feira daManaus Moderna com destino aointerior do Amazonas como Coari,Tefé e Tabatinga, segundo Lima.O presidente do sindicato disse,ainda, que com a vazante, aprodução não satisfaz a demandalocal.

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com 13Economia

Quem possui poupança leva vantagemcom redução do preço de imóveis

Quedanaprocuracomacriseforçadiminuiçãode 30% nacotaçãodesses bens emManaus

TEXTO Laís MottaFOTO EraldoLopes

MANAUS

Quem pretendecomprar imóveisdurante a criseeconômica vai en-

contrar preços até 30% maisbaratos, segundo o Sindicatodos Corretores de Imóveis doAmazonas (Sindimóveis-AM).As vantagens, porém, são prin-cipalmente para quem tem di-nheiro em mãos. O consumi-dor deve ficar atento às melho-res ofertas.

O aumento da taxa de jurospara financiar a casa própria éum dos motivos para a restri-ção do crédito imobiliário. ACaixa Econômica Federal, oprincipal agente de financia-mentos do País, aumentou trêsvezes os juros para emprestarrecursos para comprar imóveisem 2015. O último foi em se-tembro, quando o banco infor-mou que a elevação da taxa bá-sica de juros, a Selic, era o mo-tivo para o aumento.

Na ocasião, a taxa efetivatotal para não clientes da Caixapassou de 9,45% ao ano para9,90% ao ano, para compra deimóveis pelo Sistema Finan-ceiro Habitacional (SFH). Emmaio, a Caixa reduziu o limitemáximo de financiamento deimóveis usados de 80% para50%, nos casos que utilizamrecursos do Sistema Brasileirode Poupança e Empréstimo(SBPE). O restante do valor doimóvel deverá ser pago à vista.

“Com essa nova realidadedesse ano, o mercado tentou seadequar à situação. A capaci-dade de compra ficou reduzidano sentido de que o clienteprecisa dar o sinal de negóciopara a aquisição. Quem depen-dia do financiamento, ficouprejudicado, precisa ter 50%do valor em mãos”, disse a vi-ce-presidente do Sindimó-veis-AM, Jane Picanço, ressal-tando que as vendas caíram até30% em 2015.

Casados há cinco meses,Diego Ueda e Monalisa Ramosestão procurando um terrenopara construir um imóvel hádois anos. O casal acredita queem 2015 está mais complicadopara conseguir a melhor oferta.“Para quem tem dinheiro em

mãos é um ótimo período paraadquirir imóveis, conseguindopreços ainda menores, poiscom essa crise, além dos preçosbaixarem, ofertas estão sendomelhores aceitas. E a situaçãofica melhor quando você tratadireto com o proprietário, poisele não coloca valor em cimado preço, que teria que dar aum corretor de imóveis, pore xemplo ”, disse Monalisa.

Enquanto não encontram amelhor oferta, o casal optoupor morar na casa da mãe deMonalisa para não ter custosextras com aluguel e guardar odinhei r o.

MERCADO

Avaliação dosbens estava‘s u pe rfa t u rada ’

Acrise tambémafetou a formadepagamentodos compradores deimóveis,mas nãoéoprincipalmotivoparaa quedados preços.“Agoraéomomentodecompra.Quem temessaambição,omercado seadequou à realidade.Os imóveis estavamcompreçoss u pe r fat u rado s ”, avaliaPicanço.Segundoacorretorade imóveis,MárciaCohen,duranteo ‘boomimobiliário’,opreçodometroquadrado subiu,principalmente,nos anos anteriores àCopadoMundodeFutebolde 2014.“Manaus passou a se verticalizar,cresceu depois daPontedoRioNegro,na(Avenida)TorquatoTapajós. Hoje,omercadoestávoltandopara realidade”,disseCohen .

RealinhamentoA readequaçãodomercadomexeunos valores, queestãoentre 20% e30% menores em relaçãoa 2014,informou Picanço. Hácasas nobairroAleixo quecustavamR$900mil,noanopassadoe,atualmente,estãoavaliadas emR$ 700 mil.NobairroAdrianópolis,consideradoometro quadradomais elevadodeManaus, juntocomaPontaNegra,opreçode umapartamentocaiu deR$850 milparaR$ 700 mil.SegundoMárciaCohen, umapartamentoem um residencialnoDistrito,de três quartos, valiaR$250 milehojeestáR$ 210 mil.“Quemesperou o ‘oba-oba’domercado imobiliáriopassar,conseguiu preços bons. Essaé umaboaoportunidade”,disse.

RESTRIÇÃOMesmo com queda nademanda, bancos elevam osencargos do financiamento

P rofi ss ionai s do mercado imobiliário apontam realinhamento de preços comoresultado da crise econômica

FRASE

Jane Picanço.Presidente doSindimóvei sQuemdependiadofinanciamento, ficouprejudicado,precisater 50% do valoremmãosSobre a alta da taxa de juros.

70 0mil reais é o preço de umapa r t amen to emAdrianópolis,hoje. Há umano,acotaçãoeradeR$850 mil,segundooSindimóveis-AM.

OS NÚMEROS

Ter em mente que os juros no Brasil continuam elevados.

Não comprometer mais do que 30% do rendimento familiar mensal com dívidas, incluindo a prestação da casa própria.

Analisar qual será a melhor opção de financiamento: se o FGTS será utilizado na quitação de parte do valor, ou, se a venda de outro imóvel será utilizada para adquirir o novo bem.

Observar se próximo ao seu novo imóvel há empreendimentos e serviços, assim como infraestrutura.

Leve em consideração se será preciso ter gastos com reparos no imóvel.

Negociar os detalhes da oferta com a imobiliária.

Busque a reputação da imobiliária, construtora ou incorporadora.

Cuidado com as parcelas intermediárias – Os valores das parcelas pagas durante a construção de um imóvel podem divergir do valor das parcelas do financiamento do saldo devedor. Até a entrega das chaves, o saldo devedor é corrigido mensalmente pelo índice Nacional de Custo de Construção (INCC) ou pelo Custo Unitário Básico da Construção Civil (CUB).

Faça uma reserva financeira para arcar com despesas de contrato, ou mesmo escritura, bem como despesas para mudança de imóvel.

CUIDADOS

$Fonte: Anefac

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com14Economia

Empresas einstituiçõesvão receber oPQA 2015, naq u in t a-fei r a

A excelência da qualidadeem processo e gestão de 43organizações que participa-ram do Programa QualidadeAmazonas (PQA 2015) serápremiada, na noite da próxi-ma quinta-feira, no Qua-lishow. O evento é promovi-do pela Federação das In-dústrias do Estado do Ama-zonas (Fieam) e coordenadopelo Departamento de As-sistência à Média e PequenaIndústria (Dampi).

Na modalidade processo,29 empresas vão receber tro-féus ouro e prata nas catego-rias grande, média e micro epequena indústria, serviços egovernamental. O grupoHonda alcançou três troféusouro, sendo dois na categoriagrande indústria, e outro tro-féu na categoria média.

Consumo de energia no Paístem queda após os reajustes

Consumidores estãomais cautelosos efazemeconomiaparaevitar prejuízos

TEXTOAgênciaEstado

SÃOPAULO

Após uma alta de cer-ca de 50% nas tari-fas de energia elé-trica neste ano, o

consumo médio doméstico re-gistrou, em setembro, a maiorqueda em dez anos, segundolevantamento da Empresa dePesquisa Energética (EPE).

No último mês, a carga mé-dia consumida recuou 1,9% nacomparação com o mesmomês de 2014, para um patamarde 163 kWh por mês. Até se-tembro, o consumo de energiaelétrica geral no País caiu 2%em relação ao mesmo períododo ano passado.

Entre abril e junho, houve

queda de 0,7%. Já no trimestreencerrado em setembro, a que-da chegou a 2,7% em relação aigual período de 2014. “O agra-vamento das condições de em-prego e renda, e do crédito maisrestrito, conjugados ao reajusteelevado das tarifas de energiaelétrica têm contribuído para orecuo do consumo de energia”,informou o boletim da EPE.

Freezer desligadoSímbolo do racionamento

de energia em 2001, o freezervoltou a ser alvo de cortes nasresidências. “Não lembrava oquanto ele consumia de ener-gia, agora penso em me desfa-zer dele”, conta Fátima Cero-lim. Desde novembro, quandoo eletrodoméstico foi desliga-

do, o consumo em sua casa caiude uma média de 250 kWh pa-ra cerca de 100 kWh.

Também o ar-condicionadose tornou vilão, segundo Ricar-do Savoia, diretor da consulto-ria Thymos. “Nos últimos anos,houve um maior volume devendas, principalmente nas

classes mais baixas. Com au-mento de desemprego e o pesodas tarifas no orçamento,aquele conforto que existiadeixa de existir”, avalia.

Para Savoia, a situação devealiviar o déficit de energia espe-rado para o período crítico deconsumo, entre janeiro e feve-reiro, afastando o risco de racio-namento. Ainda assim, não háperspectiva para o consumidorresidencial de que o governopossa revogar abandeira verme-lha, que encarece as tarifas emfunção do acionamento das usi-nas termoelétricas paracomple-mentar ademandadeenergia.

No Amazonas, o regime debandeiras foi suspenso em se-tembro, por força de uma limi-nar da Justiça Federal.

2 ,7 %foi o índice de queda docon s u mo no terceirotrimestre, segundoaEPE.

OS NÚMEROS

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com 15Economia

Consumidores fizeram,em média, 44 queixaspor dia em setembro

Reclamações,noAM, sãode serviços comoTVeenergia

TEXTOLaís MottaFOTODaniloMello/13/12/10

MANAUS

Os consumidores doAmazonas regis-traram quase 44queixas, por dia,

em setembro de 2015. TV porassinatura, energia elétrica etelefonia celular são as princi-pais insatisfações de quem mo-ra no Amazonas, apontam osdados do Sistema Nacional deInformações de Defesa doConsumidor (Sindec), que in-tegram informações do Pro-grama Estadual de Proteção,Orientação e Defesa do Consu-midor (Procon/AM).

Foram 1.319 queixas feitasno Procon/AM, em setembrodeste ano, resultado 15,39%maior que as 1.143 registradasno mesmo mês de 2014.

Por dia, os moradores doAmazonas também demons-traram maior insatisfaçãocom os serviços públicos e pri-vados. Enquanto foram feitasquase 44 reclamações por diaem setembro deste ano, nomesmo período do ano passa-do foram 38.

Problemas com TV por as-sinatura, seja a cabo ou satélite,foram os campeões entre quei-xas feitas pelos moradores do

Amazonas, representando 15%das reclamações de setembro.Foram 198 registros, uma mé-dia de mais de seis por dia.

Os dados do Sindec mos-tram que a insatisfação do con-sumidor local com TV por assi-natura cresceu em relação aoano passado. Em setembrodeste ano, foram cem queixas amais que as 98 do mesmo pe-ríodo de 2014. No ano passado,problemas com TV por assina-tura eram o quarto serviçomais reclamado pelo cidadãodo Amazonas.

Os consumidores que que-rem contratar o serviço de TVpaga devem ficar atentos aocontrato para saber exatamen-te o que tem direito e o que de-vem pagar, orienta o Pro-

con-AM. É importante, tam-bém, saber o período de dura-ção do contrato.

A energia elétrica foi oserviço que mais avançou emquantidade de reclamação nacomparação de setembrodeste ano com o ano passado.Enquanto no período de2014 foram 88 queixas, em2015 o número dobrou, che-gando a 181.

Queixas contra telefoniacelular aparecem em terceirona lista do Amazonas. Com 155registros, esse serviço repre-senta 11,75% de todas as recla-mações feitas em setembro de2015. A insatisfação cresceu7,63% em relação ao mesmomês do ano passado, quando osconsumidores fizeram 144q u ei x a s.

Do total de reclamações fei-tas, em 734 os consumidoresalegaram que foram cobradosindevidamente. Queixas pormotivo de defeito nos produtoscomprados aparecem, em se-guida, com 96 registros.

Para registrar a reclamação,o consumidor deve ir até o Pro-con-AM, na Avenida AndréAraújo, Aleixo, levando os do-cumentos pessoais e demaisprovas de que foi prejudicado,como cópia do contrato do ser-viço e faturas.

Problemas com TV por assinatura, seja a cabo ou satélite, foram oscampeões entre queixas feitas pelos moradores do Amazonas

TOTALForam 1.319 queixas feitas noProcon/AM, em setembrodeste ano

73 4consumidores alegaramque foram cobradosindevidamente. Queixaspor motivo de defeito nosprodutos compradosaparecem, em seguida, com96 registros.

OS NÚMEROS

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com16Economia

Brasil e Bolíviaestudam apossibilidade deconstrução de uma

Usina Hidrelétrica Binacional,do lado boliviano do RioMadeira. O ambicioso projetoterá valor estratégico paraambos os países e encontra-sena fase de estudos deviabilidade técnica eambiental.

Projetos de integraçãoreafirmam o papel estratégicoque a energia cumpre para odesenvolvimento econômico esocial dos países. Nessecontexto, diversificar a matrizenergética é uma dasprincipais formas de aumentar

GuilhermeTheophiloGeneral-de-Exército eComandante Militar daAma zôniagen t heophilo@gmail .com

UsinaBinacionalB ra s il-Bolí v ia

O ambiciosoprojeto terá valorestratégico paraambos os países eencontra-se na fasede estudos deviabilidade técnica eambiental.

A execução desseprojeto tem aprevisão de, além dageração de energia,cumprir etapaessencial naIntegração RegionalSul-Americana (Irsa).

a oferta de energia,melhorando simultaneamentea segurança e a eficiênciaenergética dos países, dianteda necessidade de expandir osistema e garantir suadisponibilidade de formacon st an t e .

Essa integração pode vir apotencializar a utilização dosrecursos e infraestruturaelétrica entre os países, alémda diversificação das matrizese aproveitamento dacomplementaridade das baciasde diferentes regiões, dasdiferenças de estações e defusos horários. Comoconsequência, podem-seesperar reflexos no valor daeletricidade, maiorconfiabilidade e segurança dosistema de fornecimento.

Entre os principaisobstáculos, além daspeculiaridades socioculturais,destacam-se as diferençasregulatórias e estruturais dosmercados de energia elétricade cada nação. Da mesmaforma, grandes biomas, como aAmazônia, o Pantanal e osAndes, são barreiras naturais aserem vencidas pelas linhas detransmissão, à custa decompensações aos impactoss ocioambien t ai s.

Na Bolívia, o setor deenergia faz-se representar peloministro de Hidrocarbonetos e

Energia da Bolívia. No Brasil,além do ministério análogo aoboliviano, os órgãos envolvidossão: a Agência Nacional deÁguas (ANA), a Eletrobras, oMinistério do Meio Ambiente,o Itamaraty e o BancoNacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES).Há expectativa do governoboliviano de que a UsinaBinacional seja financiada peloBNDES.

O Brasil importa gásboliviano para suprirnecessidades determoelétricas nacionais. Poroutro lado, a Bolívia temproblemas, por falta de linhasde transmissão, noatendimento às áreas maisisoladas do país, mas aomesmo tempo, tem locais degrande potencial de geração,de interesse nacional, e poucascondições de investir em seuap r ovei t amen t o.

Nesse contexto,

destacam-se os projetos daUHE Cachuela Esperanza, emterritório boliviano, e outro aser explorado de formabinacional, no Rio Mamoré,divisa natural entre o Brasil e aBolívia, no Estado deRondônia. A UHE Guajaráseria instalada entre as cidadesde Guajará-Mirim e Abunã,com capacidade de gerar cercade 3.000 MW, duas vezes maisque a Hidrelétrica de Furnas.

A hidrelétrica binacionaldeve fazer parte de um Acordode Cooperação Energética queestá sendo negociado entre LaPaz e Brasília. O acordo podeincluir também a construçãode termoelétricas na fronteirae linhas de transmissão quepermitam ao país vizinhoexportar energia ao Brasil.

A intenção do ladoboliviano é que ‘as novasusinas’ somem 7.500 MW decapacidade instalada,equivalente à metade de

Itaipu. A finalidade principaldesses projetos seria aexportação de energia aoBrasil, uma vez que a Bolíviatem demanda máxima decerca de 1.280 MW.

A usina foi estimada comcusto em R$ 15 bilhões. E, casose confirme o cronograma, emnegociação, deve entrar emconstrução em 2018 e emoperação por volta de 2022.

Cabe ressaltar que a citadacooperação energética entreos países e desenvolvimentodireto das regiões amazônicasafetadas requerregulamentação boliviana evencer barreiras técnicas eambien t ai s.

Por fim, a execução desseprojeto tem a previsão de,além da geração de energia,cumprir etapa essencial naIntegração RegionalSul-Americana (Irsa),tornando navegável os rios queinterligam oB r a s il-Bolí v ia-Pe r u ,facilitando o comércioregional e extraregional. Alémdo que, pode vir a reforçar acapacidade brasileira deatendimento à crescentedemanda por energia elétrica eproporcionardesenvolvimento econômiconos países vizinhos, emparticular na RegiãoAmazônica.

Construção civil perderá 556 milpostos no Brasil, estima Sinduscon

Oestoqueatualde trabalhadores do setor deve terminar oanoabaixode 3 milhões,diz entidade

TEXTO AgênciaEstado

SÃOPAULO

Osetor de constru-

ção civil do Brasildeve perder 556mil postos de tra-

balho em 2015, de acordo comestimativa do Sindicato da In-dústria da Construção Civil doEstado de São Paulo (Sindus-con-SP). Se confirmado, o re-sultado no número de empre-gos deve corresponder a umaqueda de 16,8% em relação aoano passado.

Com isso, o estoque atualde trabalhadores do setor deveterminar o ano abaixo de 3 mi-lhões. No acumulado de 2015até setembro, a construção ci-vil já perdeu 248,2 mil postos

de trabalho e encontrava-se nomês passado com um estoquede 3,070 milhões de trabalha-dores, informou o Sindicato,com base nos números do Mi-nistério do Trabalho e do Em-prego.

Falta de perspectivaPara a entidade, a falta de

perspectiva de retomada nocenário macroeconômico deveafetar a atividade em 2016.“Nunca tivemos um ano comoeste em que a indústria daconstrução realiza um volumetão grande de demissões nosprimeiros nove meses, períodoem que normalmente o setorcontrata”, afirmou presidentedo Sinduscon-SP, José RomeuFerraz Neto.

“A falta de confiança dos in-

vestidores e das famílias, a es-cassez de lançamentos imobi-liários e a ausência de licitaçõespara novas obras de habitaçãosocial e infraestrutura sinali-zam que a recessão se prolon-gará no ano que vem”, acres-

centou o executivo.Nos 12 meses até setembro,

o setor registrou perda de13,78% no número de empre-gos, isto é, houve uma reduçãode 490,690 mil postos de tra-balho. Na comparação mensal,a baixa foi de 1,76% ou 53,922mil empregos, desconsideran-do os fatores sazonais, o quemarcou a 19ª queda consecuti-va do indicador.

O segmento imobiliáriofoi o que teve a maior retra-ção (-2,35%) em setembro,em comparação a agosto, se-guido pelo segmento de pre-paração de terrenos (-2,04%).No acumulado do ano, o seg-mento de infraestruturaapresenta a maior queda(-13,95%), seguido pelo seg-mento imobiliário (-11,92%).

Já em 12 meses até setembro,o imobiliário registrou baixade 16,88% e infraestrutura te-ve redução de 15,88%, as duasmaiores variações negativasnessa base.

EstadodeSãoPauloNo Estado de São Paulo, o

emprego caiu 1,26% em setem-bro, ante agosto, já descontadaa sazonalidade. No acumuladodo ano, a redução do númerode empregados no Estado como maior contingente de traba-lhadores foi de 7,23% em rela-ção ao mesmo período de 2014,sendo que a área de infraestru-tura também respondeu pelopior desempenho (-9,85%). Em12 meses, a perda foi de 9,52%.O estoque se encontrava emsetembro em 799,671 mil.

16%será a queda no númerode empregos, seconfirmada a perda de 55 6milpostos de trabalhoem 2015em relaçãoaoanopassado,deacordocomoSinduscondeSãoPa u lo.

OS NÚMEROS

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MEIO AMBIENTE

Brasil poderáviver dramaclimáticoem 2040

Oalertaédomaior estudo sobreimpactonoambiente, feitonoPaís

TEXTO Das agênciasFOTOS AEeABr

BRASÍLIA

Daqui a apenas 25anos, no tempo devida da maior partedos leitores deste

texto, o Brasil poderá ter seucotidiano e sua economiatransformados – para pior –pela mudança do clima. Secasviolentas impedirão o parquehidrelétrico de gerar energiapara atender à população e tor-narão fúteis investimentos bi-lionários em barragens naAmazônia. Culturas como a so-ja poderão ter redução de até39% em sua área. A elevação donível do mar deixará exposto aum alto risco de destruição umpatrimônio imobiliário de atéR$ 124 bilhões no Rio de Janei-ro. Mais idosos morrerão porondas de calor, especialmenteno Norte e no Nordeste.

As más notícias vêm domaior estudo já realizado sobreimpactos da mudança climáti-ca no Brasil. Trata-se do ‘Brasil2040 – Alternativas de Adapta-ção às Mudanças Climáticas’,

encomendado pela Secretariade Estudos Estratégicos daPresidência da República a di-versos grupos de pesquisa doPaís e divulgado, nesta semana,sem alarde, na página do extin-to ministério na internet, se-gundo o Observatório do Clima(OC). O Ministério do MeioAmbiente, que herdara o estu-

Estudo sobre o clima avalia que a Região Amazônica pode ser afetada por diversas queimadas, gerandoproblemas para a produção no Brasil central e alterando o regime de chuvas e a circulação de massas de ar

do após a demissão de seusidealizadores em março, sepreparava para publicá-lo nospróximos dias.

O trabalho busca entendercomo o clima poderá variar noBrasil nos próximos 25, 55 e 85anos, de forma a embasar polí-ticas públicas de adaptação emcinco grandes áreas: saúde, re-cursos hídricos, energia, agri-cultura e infraestrutura (cos-

teira e de transportes). Os ce-nários para os diversos setoresforam construídos a partir dedois modelos climáticos glo-bais usados pelo IPCC, o paineldo clima das Nações Unidas, eregionalizados para o Brasilpelo Instituto Nacional de Pes-quisas Espaciais (Inpe).

Esses modelos são grandessimulações da Terra, onde sãoincluídas variáveis como vento,

oceanos e florestas. Alimen-tando-os com dados sobre a ta-xa de emissões de gases de efei-to estufa, eles conseguem esti-mar como o clima vai variarnas próximas décadas ou sécu-los. Os modelos do IPCC têm avantagem de enxergar o plane-ta inteiro, porém são ‘míopes’:eles dividem o mundo em célu-las de 200 km x 200 km, gran-des demais para permitir in-

FRASE

Carlos Rittl.Sec re t á r ioexecutivodoOCOplanejamentoenergéticoprecisa serrevisto urgentementeàluz dos dados do ‘2040’,sobpenadea sociedadeenterrar bilhões de reaisemprojetos”

RIOS

Com redução de vazão, afalta d’água será permanente

Oprimeiroefeitodissoé umareduçãona vazãodos rios queabastecemamaior partedapopulaçãobrasileira, comomostraramos estudos sobrerecursos hídricos do ‘Brasil 2040’.Umgrupo lideradopor FranciscodeAssis SouzaeEduardoMartins,daUniversidadeFederaldoCearáedaFundaçãoCearensede

Meteorologia, usou os dados dechuvaparaconstruir ummodelodevazão–nãoépossívelestimarquanto um rioencheou secaapenas olhandoparaamédiadechuvas. O resultadoédramáticopara quemacha queoSudeste jásofreu o suficientecomfaltad’águaeameaçade racionamentodeenergianos últimos três anos:no

melhor cenário, vários rios deMinasGerais,SãoPaulo,Goiás,Tocantins,BahiaePará terão reduções devazãode10% a 30%.Transpostos paraas usinas hidrelétricas,osdados de vazão trazem umdesafioparaosetor deenergianoBrasil:as maisimportantes usinas doPaís –Furnas,Itaipu,SobradinhoeTucuruí–teriam reduçõesde vazãode 38% a57% nopior cenário.NaAmazônia, regiãoeleitapelogovernoanovafronteiradahidroeletricidade,asquedas também seriam significativas:avazãodeBeloMontecairiade 25% a55%,adeSantoAntônio,de40% a 65%,eadausinaplanejadadeSãoLuís doTapajós,de20% a 30%.As mais importantes usinas doPaís teriam reduções de vazãode 38% a57%

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com 19Sociedade

2Umadas análisesapontaparaa

desvalorizaçãodas terras pormudanças naproduçãoeaumentodo riscoclimático. EmPernambuco,as terras podemperder até43% do valor. NoPará,aperdapode ser deaté 36%. NoMaranhão,as perdas podem variarde 2% a16%,noTocantins de14% a26% ede 3% a14% noPiauí. Oestudoaponta valorizaçãodasterras naBahia,mas oEstadopodeter perdas de5% no valor das terras.

vestigar variações climáticasdentro de uma região geográfi-ca menor ou um país. O que oInpe fez foi usar dois dessesmodelos e aumentar sua reso-lução para 20 km x 20 km, dan-do um zoom na América doSul. Isso permitiu, portanto,montar pela primeira vez ce-nários detalhados de chuva etemperatura para as próximasdécadas no Brasil.

Dois modelos foram utiliza-dos: o britânico HadGEM-2 e ojaponês Miroc-5. Por umaquestão de personalidade ma-temática, por assim dizer, am-bos ‘en xe r gam ’ o clima no futu-ro de jeitos diferentes: o britâ-nico tende a apontar um mun-do mais seco no futuro, en-quanto o japonês vê um mun-do mais chuvoso.

Cada modelo, por sua vez,

foi rodado em dois cenários deemissão de gases de efeito es-tufa do IPCC, as chamadas ‘tra-jetórias representativas deconcentração’: o RCP 8,5, queassume que a humanidade nãofará nada para controlar asemissões de CO2; e o RCP 4,5,que assume esforços limitadosde controle de emissões, masainda fora da trajetória dos 2oCconsiderados o limite máximo‘seguro’ de aquecimento.

O que a modelagem reveloufoi que, em todos os cenários, oBrasil de 2040 será um paísmais quente e mais seco. Astemperaturas médias nos me-ses mais quentes do ano po-dem subir até 3ºC em relaçãoàs médias atuais no Cen-tro-Oeste. A Região Sul tende aficar mais chuvosa, enquanto oSudeste, o Centro-Oeste e par-tes do Norte e Nordeste teriamreduções das chuvas, em espe-cial nos meses de verão.

Esses conjuntos de ima-gens dos modelos desenvolvi-dos pelo Inpe mostram o queacontece com temperatura (noalto) e chuvas (acima) no Brasilnos quatro cenários analisadospelo ‘Brasil 2040’, segundopesquisadores do estudo.

1Os relatórios sobreagricultura, elaborados

por equipes daEmbrapaedoAgroicone, tambémdevemcausar arrepios nogoverno. Elesmostram queamaior apostadaministraKátiaAbreu(Agricultura)paraa futuraexpansãodaproduçãonoPaís,ochamadoMapitoba(uma zonadecerrados entreMaranhão,Piauí,Tocantins eBahia)podevirar ummiconamãodeinve st ido re s .

CONSEQUÊNCIAS

3Os impactos dasmudanças doclimana

agriculturapodemlevar aperdasdeáreaagriculturávelem quasetodas as culturas avaliadas –oefeitomais gravedeve recair sobreaáreadecultivode soja,comperdas deaté 39%. Ofeijão,arroz emilho safrinhapodem ter reduçãodeáreacultivávelde 26%, 24% e28%, respectivamente. Nocasodacana-de-açúcar,as áreascultiváveis podemaumentar,porser umgênero queprecisadecalor.

DESMATAMENTOEm 25 anos, o Brasil conviverácom calor extremo, faltad’água e de energia

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Câncer de próstatamata mais de 100homens por ano no AM

Nestedomingo teminícioacampanhaNovembroAzul

TEXTOAnnyelleBezerra

MANAUS

No mês em que se de-dica um cuidado es-pecial à saúde dohomem, o Novem-

bro Azul, o grande número depessoas, no Amazonas, diag-nosticadas com câncer depróstata chama a atenção. Se-gundo dados do Departamentode Informática do SistemaÚnico de Saúde (Datasus), doMinistério da Saúde (MS), nosúltimos cinco anos, 751 pessoastiveram câncer de próstata, noEstado, 604 morreram no pe-ríodo. De janeiro a agosto desteano, 57 novos casos já foramconfi r mado s.

A capital do Amazonas,com 695 casos e que devido aosrecursos médicos e hospitalresdisponíveis deveria apresentara menor incidência, é a líder noranking da doença. Dos demaismunicípios, apenas Tefé (11),Humaitá (5), Coari (5), Presi-dente Figueiredo (4), Manaca-puru (3), Apuí (3), Iranduba (3)Itacoatiara (2) e Caapiranga (2)apresentaram mais de um casode neoplasia do tipo.

Os números mostram, ain-da, que os idosos na faixa etáriade 65 a 80 anos ou mais, com505 diagnósticos, entre 2010 e2015, foram maioria entre ospacientes diagnosticados coma doença. Do total de idosos,466 moravam em Manaus.

Com 180 casos de neoplasiamaligna de próstata, o ano de2010 foi o que apresentou amaior incidência da doença, noAmazonas. O ano de 2011 ficouem segundo lugar, com 178 ca-sos; seguido por 2012 (146),2013 (103) e 2014 (84).

Dos 84 homens que apre-sentaram a doença, no anopassado, no Estado, 74 (88%)estavam na faixa etária de 60 a80 anos ou mais. Deste grupo,61 (82,4%) moravam na capital.A resistência dos homens emfrequentar o médico regular-

mente é reforçada como umadas causas da grande incidên-cia de amazonenses com cân-cer, quando se observa que dos84 pacientes diagnosticados,apenas 16 (19%) moravam noin t e r io r.

Entre janeiro e agosto doano passado, 58 diagnósticosde neoplasia maligna de prós-tata foram realizados nas uni-dades de saúde públicas e pri-vadas, do Amazonas, sendo 45em Manaus.

De acordo com o Datasus,neste ano, de janeiro a agosto,pelo menos sete homens pormês descobriram estar comcâncer de próstata, no Estado.Em apenas oito meses, já fo-ram 57 diagnósticos, destes 51na capital.

Os homens com idade de60 a 80 anos ou mais figuramcomo a maioria dos pacientes,43 no total, destes 38 com resi-dência fixa em Manaus.

MortalidadeMas se o número de ho-

mens acometidos pelo câncerde próstata, no Amazonas,preocupa, o índice de pacien-tes que morreram em decor-rência da doença é ainda maisalarmante. Disponibilizadopelo Datasus até o ano de 2013,os dados de mortalidade apon-tam que, entre 2009 e 2013, ocâncer de próstata matou 604pessoas, no Estado, mais decem por ano.

Entre as cidades do Amazo-nas, Manaus foi a que mais

apresentou mortes, 376 no to-tal, o equivale a 62,2% de todosos óbitos notificados.

Os idosos também sãomaioria entre as vítimas fataisda doença. De 2009 a 2013, 561(92,8%) homens com idades de60 a 80 anos ou mais morre-ram em decorrência de com-plicações da doença.

Quanto menor o nível deescolaridade do paciente,maior a incidência de mortes.Dos 604 mortos pela doen-ças, no período, 272 haviamfrequentado a escola por uma sete anos.

Entre os anos analisados,2013 foi que o registrou maismortes por câncer de próstata,no Estado, 164 no total. Em se-gundo lugar no ranking esteve2011 (130); seguido por 2012(125); 2010 (97); e 2009 (88).

Segundo a coordenadora dodo Programa Saúde do Homemda Secretaria Municipal deSaúde (Semsa), Patrícia Olivei-ra é cultural os homens adota-rem postura de “superman” enão cuidarem da saúde. “Devi-do essa resistência, os homensvivem,emmédia, seteanos me-nos que as mulheres”, afirmou.

Para tentar combater aaversão dos homens ao consul-tório médico, a Semsa, segundoa coordenadora, tem atuado noenfrentamento de doençascrônicas como hipertensão,diabetes e obesidade. O objeti-vo é fazer com que os homensse familiarizem com a rotina decuidados com a saúde.

Diferente do que muitos po-dempensar,ohomem quebuscaatendimento é atendido inicial-mentepor ummédicoclínicoge-ral que, após ouvir o paciente so-licita exames e, caso necessário oencaminhapara umespecialista.“O Ministério da Sáúde preconi-za que os homens entre 20 e 59anos sejam estimulados a ir aomédico, para que se cuidandoagora a ele seja um idoso saudá-vel, daqui 40 anos”, afirmou Oli-vei r a .

SAÚDE DO HOMEM

Novembro Azul tem açãoespecial nas UBSs de Manaus

Ocuidado integralà saúdedohomem seráo focodas ações doNovembroAzul que jáestão sendopreparadas pelaSecretariaMunicipaldeSaúde(Semsa). Esteano,as ações desenvolvidas na redemunicipal terãocomoobjetivoaprevençãoàs principais doençasqueatingemapopulaçãomasculina,estimulandoaprocurapelos serviços de saúdeearealizaçãodos exames preventivos.O secretáriomunicipaldeSaúde,HomerodeMirandaLeãoNeto,destaca queas Unidades Básicas deSaúde(UBSs)estarão reforçando,durante ummês,aofertadeserviços direcionados aos homens.“A intençãoéestabelecerestratégias queajudemaampliar apresençados homens nas UnidadesdeSaúde,buscandooatendimentointegral, alertandoeconscientizando sobreas medidasdeprevenção”, reforçaHomerodeMirandaLeão.As ações serãoexecutadas sobcoordenaçãodos Distritos deSaúde

(Disa)Sul,Norte,Oeste,LesteeRural. Aaberturadaprogramaçãovaiacontecer nodia 3 denovembro,16h,companfletagemnaAvenidaDjalmaBatista,esquinacomaRuaPará, comaparticipaçãodeprofissionais doDisaSul.“Ohomemprecisaadquirir ohábitodecuidar daprópria saúdedeforma integral. Eas Unidades deSaúdeestãoestabelecendoestratégias paragarantir queopúblicomasculino sejaatendidodeacordocomas suas necessidades,fazendocom que se sintamcomoparte integranteda redede saúde”,reforçaa técnica responsávelpeloprogramadeSaúdeHomem,noDisaSul, enfermeiraAnaMariaJez ini .Alémdas UBSs, que funcionamdesegundaa sexta-feira,nohoráriodamanhãeda tarde,aSemsa tambémdisponibilizaos serviços dedezunidades funcionandoemhorárioampliado,de segundaa sexta-feira,das 7hàs 21h,eaos sábados,das 7hàs 12h.

751homens tiveram câncerde próstata, no Estado, emcincoanos. De janeiroaagostodesteano,57 novos casos jáforamconfirmados.

OS NÚMEROS

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com 21Cidades

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com22Cidades

Comunidadesnão sepreparame sofremcomasecadenovo

RioNegrodevealcançar acotadesegurança sódaquia 2 meses

TEXTO GiseleRodriguesFOTOS SandroPereira

MANAUS

Após dois anos semuma vazante inten-sa, pelo menos cin-co comunidades ri-

beirinhas no entorno de Ma-naus, localizadas no baixo RioNegro, estão sofrendo as con-sequências da descida bruscadas águas. Nas vilas só é possí-vel acesso por meio de rabe-tas. De acordo com o ServiçoGeológico do Brasil (CPRM), avazante é considerada “críti-ca” e os efeitos ainda serãosentidos pelos próximos doismeses, quando o rio deve al-cançar a cota de segurança de19 metros.

As comunidades de Ebe-nezer, Julião, Portugal, SãoSebastião, Agrovila e Fátima,segundo a Cooperativa dosProfissionais de TransporteFluvial da Marina do Davi(Coop-Acamdaf ), não sãoatendidas por barcos há doismeses, em decorrência da mo-bilidade pelos rios que foi afe-tada. Para se chegar nessas lo-calidades é necessário pegarduas embarcações e enfrentaro encalhamento em diversospontos do rio.

Mesmo sendo uma rotinacíclica para quem habita estascomunidades, os moradoresnão se preparam, de novo, parao período da seca. De acordocom a pesquisadora em geo-ciências do CPRM, Luna Alves,a população destas localidadesestá tendo que caminhar 7 qui-lômetros para buscar água po-tável. Próximo das casas sómesmo lama.

O DIÁRIO visitou, na quin-ta-feira, a comunidade daAgrovila Amazonino Mendesque fica na margem direita doigarapé Tarumã-Mirim, onde oprincipal meio de acesso se dápor via fluvial. O trajeto que erafeito em 20 minutos em tem-

pos de cheia, atualmente, porcausa da baixa profundidadedo rio, chega a alcançar três ho-ras no percurso de ida e volta.

O trajeto cansativo nestaépoca do ano faz com que oagricultor Getúlio Braga, 57,reduza as vindas a Manaus pa-ra a compra de mantimentos eescoamento da produção. Se-gundo ele, para chegar até acomunidade onde mora (Ebe-nezer), precisa pegar outraembarcação na ComunidadeLivramento e andar mais deum quilômetro a pé até chegarem casa.

A bordo da lancha vinda daMarina do Davi, 16 pessoas, in-cluindo três crianças, desem-barcam para pegar a próximarabeta, uma espécie de canoacom motor pequeno, que su-porta, no máximo, quatro pas-sageiros cada uma.

Saímos da Comunidade Li-vramento em direção à Agro-vila Amazonino Mendes às9h41 e o catraeiro que guia apequena embarcação, CarlosJosé Rodrigues, alertou quemesmo que caíssemos da ra-beta, nada de mal iria aconte-cer. “Se alguém não sabe na-dar, nem se preocupe aí, daquipara lá a água não passa da ca-nela”, ironizou.

A imensidão do rio que atéjulho toma o local foi reduzida,nesta vazante, a um pequenocórrego de água corrente, o quedificultou a viagem até a Agro-vila. Dez minutos depois departirmos do Livramento, a ra-beta encalhou em frente à Co-munidade Ebenezer, desenca-lhando somente após o catraei-ro empurrar a embarcação atéuma área com um pouco maisvolume de água.

Durante todo o percurso,Carlos revela que são necessá-rias várias voltas no rio paranão encalhar a embarcação. “Oproblema agora é a lentidãopara chegar, tem que ir costu-rando o rio para não prender e

Moradores das comunidades ribeirinhas no entorno de Manaus caminham até 7 quilômetros para pegarágua. Parachegar nas localidades,atémesmoas rabetas jáencalhamnopercurso, quehoje levaaté três horas

CPRMRio Negro voltou a subir naquarta-feira e situação devese normalizar em dois meses

danificar o barco”, disse. Obarco encalhou sete vezes nope r c u r s o.

Depois de três horas de via-gem - da Marina do Davi até aAgrovila - é possível ver umgrande morro com casas de pa-lafitas, que era coberto pela aágua e agora estão secos.

Sem aulas e sem médicoMorador há 36 anos da co-

munidade que fica dentro daReserva de Desenvolvimento

Sustentável do Tupé, o agricul-tor e pescador Inácio CastroMonteiro, 48, interrompeu asentregas de farinha para Ma-naus por causa da seca e passoua vender nas comunidadespróximas a localidade. “Nãovale a pena, porque tenho quepagar dois, três transportes atéManaus”, disse.

Para o agricultor, que rece-bia o benefício do seguro-de-semprego de pescador, a va-zante pegou a todos de surpre-sa na comunidade. Acostuma-do com o processo de cheia evazante dos rios, Inácio espe-rava que a seca não fosse inicia-da tão rápido.

“Agora ninguém pode ficardoente não, porque morre an-tes de chegar em Manaus. Eutenho diabetes, tenho que ir to-do mês comprar remédio nafarmácia, mas o rio desceu de-mais. Melhor ir andando quechega mais rápido”, afirmou.

Marlon de Souza, 49, ven-deu a rabeta para compor arenda. “Vendi por R$ 200. Im-possível andar quase um quilô-metro para colocar a rabeta naágua”, explicou.

O calendário acadêmicodos 130 alunos da Escola Mu-nicipal Professor Paulo Freire,segundo o diretor Raimundo

Mendes, 49, é elaborado con-forme o período da seca .

As aulas têm início na pri-meira semana de janeiro finali-zando o ano letivo em outubro,segundo o diretor, sem fériasescolares no meio do ano. Osalunos não conseguem chegarcom o transporte escolar (bar-cos) por causa da vazante.

“A seca rege nosso calendá-

FRASE

Raimundo

Mendes.

Di re to r

A seca regenossocalendário. Para quempassadiretonaprimeira quinzena jáestá liberado. Estamosaqui, ainda, sócumprindoasat i v idade sb u roc rát ica s ”

FRASE

Carlos José

Rod r ig u e s .

Cat raei ro

Sealguémnão sabenadar,nem sepreocupeaí,daquipara láaáguanãopassadacanela”

Sobre a vazante do Rio Negro.

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com 23Cidades

CLIMA

ElNiñoprovoca aestiagemAbaixaincidênciadechuvas,provocadapelofenômenoElNiño,é segundoo superintendentedoServiçoGeológicodoBrasil(CPRM),MarcoOliveira,aprincipalcausadobaixoníveldas águas,uma vez quemesmo semaentradadaágua vindadas chuvas,o riocontinuafluindoemdireçãoaoOceanoAtlântico.A vazante deste ano já supera asde 2013 e do ano passado,segundo Oliveira. A cota mínimaem 2013 foi 27,30 metros do anoseguinte 23,51 metros e segundoo Porto de Manaus a deste anoalcançou 15,92 metros. A descidadas águas do Rio Amazonas, emIquitos, no Peru e em Tabatinga,também vem apresentandodiminuição no ritmo, segundo os u pe r intendente.Por contada vazante,aPraiadaPontaNegraestá fechadahácincodias. A interdiçãopodedurar até 11dedezembrodesteano, segundo informou aPrefeituradeManaus.

SINDARMA

Vazanteprovocadesabastecimentono interior

A vazante, ação da natureza deredução dos níveis dos rios, tem seintensificado também no interiordo Estado. As embarcações degrande e médio porte, quetransportam cargas e passageiros,não conseguem se chegar a todosos municípios, em decorrência donível baixo das águas. Juruá,Carauari, Ipixuna e Eirunepé,Benjamin Constant estão há 15dias completamente isolados,conforme informou o Sindicatodas Empresas de NavegaçãoFluvial no Estado do Amazonas(Sinda r ma) .O abastecimento de suprimentos,medicamentos e combustível nosmunicípios do interior do Estadoestá prejudicado, segundo opresidente do Sindarma,Claudomiro Carvalho,principalmente nas localidadesligadas pelo Rio Madeira.“Nesses lugares por causa docusto do frete que aumenta com acontratação de duas embarcaçõesou mais para levar a mercadoria, opreço dos alimentos chega a subir40%”, afirmou.Ainda conforme Carvalho, o RioSolimões apresentou na semana

passada uma leve subida daságuas. “Não é muito não, mas pralá já vai melhorar a navegação”,di ss e.

Cot aA cota do Rio Negro,monitorada pelo Porto deManaus, começou a subir naúltima quarta-feira em média 3,5centímetros por dia, mas oServiço Geológico do Brasil(CPRM) alerta que, ainda, podehaver um repiquete provocandouma nova vazante.ApesquisadoraemgeociênciadoCPRM,LunaAlves,explica queadescidaatípicadoRioNegroapós o

fimda vazante, caracterizaofenômeno.“Na verdade seagenteobservaquandocomeçaa subir ébemestável,nãocostumadescer, sómesmo quandohá um repiquetequeé incomum,mas podeacontecer, comoaconteceu em2 01 2 ”,disse.A Capitania Fluvial da AmazôniaOcidental (CFAOC), para evitaracidentes devido à baixavisibilidade por causa da fumaçadas queimadas e, emdecorrência do período davazante, pede que os condutoresdas embarcações redobre aatenção ao navegar em trechosque, conhecidamente, jápossuem bancos de areia ouped ra s .Segundo informações daCapitania,no últimodia 6 deoutubro umaembarcaçãodo tipoexpressoeencalhou em umbancodeareianomunicípiodeManacapuru. Deacordocomoórgão,oacidenteocorreu devidoàbaixa visibilidadenomomento. Ninguém se feriu.Oórgãoorienta,ainda,nãonavegarànoiteem trechos críticos ededifícil navegabilidade.

rio. Para quem passa diretona primeira quinzena já estáliberado. Estamos aqui ain-da só cumprindo as ativida-des burocráticas”, afirmou.

Ainda conforme o dire-tor, na comunidade, ondemora cerca de 400 pessoas,existe apenas um posto desaúde que estava fechado naúltima quinta-feira. Segun-do ele, devido a seca, os bar-cos maiores não chegam epor isso os médicos e dentis-tas não estão vindo paraatender a população.

A aposentada AntôniaMaricaua fechou o comér-cio e está vendendo a sua ca-sa para ir, segundo ela, paraum lugar que sofra menoscom a vazante.

Antônia afirma quecompletou 40 anos moran-do no local, mas que nãotem vontade de morrer nacomunidade. Segundo ela,o posto de saúde da vilaabre às quartas-feiras enesse tempo de seca dosrios, nenhum médico vaiaté a localidade. “Abre duasvezes por mês, eles vaci-nam, pegam o peso dascrianças. Mas se a genteprecisar de algum outro re-médio, não tem”, disse.

15,99metros era a cota do RioNegro, registrada naúltima sexta-feira, noPortodeManaus.

OS NÚMEROS

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com24Cidades

Quase 2 mil usuários de álcool edrogas buscaram ajuda em 2015

Maioriados dependentes édo sexomasculino,comidadeentre16 e 38anos

TEXTO ClariceManhãFOTO MarceloCasalJr/ABr

MANAUS

De janeiro a agosto de2015, a Secretaria deEstado de AssistênciaSocial e Cidadania

(Seas)atendeu 1.941dependentesquímicos. Álcool, maconha e co-caína foram as drogas com maiornúmerode usuários assistidos.

Conforme os dados da Seas,304 dependentes em álcoolprocuraram ajuda para sair dovício, seguido de 302 usuáriosde maconha e 288 de cocaína. Asecretaria oferece tratamentopara toda a família, desde que odependente seja voluntário.

O chefe do Departamentode Proteção Social Especial(DPSE) da Seas, Ítalo BrunoLima Nonato, destaca que osnúmeros da Seas representamapenas o quantitativo das fa-mílias que pediram ajuda nosistema público de saúde e nãotraduz o total de usuários dedrogas em Manaus.

“Muitos pais internam o fi-lho diretamente nas casas de

reabilitação, ou até fora do Es-tado, e não passam pelo nossocontrole”, informou.

Segundo Ítalo Bruno, amaioria dos dependentes quechegam até a Seas é do sexomasculino, com idade entre 16e 38 anos, Ensino Fundamen-tal incompleto e residentes naszonas leste e norte. “Nós faze-mos um acolhimento, ouvimosa dor e angústia da pessoa e dafamília, e fazemos o encami-nhamento para as instituiçõesparceiras”.

O Serviço de Atendimen-to Psicossocial às Famílias(Sapif ) da Seas funciona desegunda a sexta-feira, das8h às 12h e das 14h às 17h,na Avenida Darcy Vargas,77, Chapada, zona cen-tro-sul.

Tr áficoO número de mortes vio-

lentas atribuídas ao tráfico dedrogas, de janeiro a 20 de julhode 2015, já é 66% maior que to-do o ano passado, segundo re-

latório da Secretaria de Segu-rança Pública do Amazonas(SSP-AM). Foram 171 homicí-dios atribuídos ao comércioilegal de entorpecentes, esteano, contra 103, em 2014.

O tráfico de cocaína movi-menta em torno de R$1,5 bi-lhão, por ano, no Amazonas,com a compra e venda de até780 toneladas do entorpecente,que chegam pela fronteira como Peru e Colômbia. As informa-ções são do delegado da PolíciaFederal (PF) Mauro Spósito.

ATENDIMENTOS

Álcool Maconha Cocaína

304 3 02 288

Ligue180registramaisde4milhões dea tendimen t o sdesde 2005

A Central de Atendimen-to à Mulher - Ligue 180 - ser-viço criado pela Secretaria dePolíticas para as Mulheres daPresidência da República(SPM-PR) em 2005, regis-trou mais de 4 milhões deatendimentos no País. O ob-jetivo é receber denúncias ourelatos de violência, recla-mações sobre os serviços darede, orientar as mulheressobre seus direitos e legisla-ção vigente.

A informação foi dadapela secretária nacionalde Enfrentamento à Vio-lência Contra as Mulhe-res, Aparecida Gonçalvesao participar do progra-ma Brasil em Pauta, como tema os 10 anos da Cen-tral de Atendimento àM u lhe r.

A secretária explicou co-mo funciona a política deatendimento e reforçou aimportância das campa-nhas contra o abuso sexualem transportes públicos.Segundo ela, a Casa da Mu-lher Brasileira será cons-truída em todas as capitaispara dar acompanhamentoàs mulheres que sofremag r e s s õe s.

“Nós recebemos ligações24 horas por dia, efetivamen-te é um atendimento quefunciona em três dimensões,orientação, informação, de-núncias e encaminhamentospara serviços especializados.De acordo com o relato va-mos responder às deman-das”, disse.

Aparecida falou aindasobre a abordagem da vio-lência contra a mulher namídia e no Exame Nacio-nal do Ensino Médio(Enem). “O aumento dasdenúncias tem sido positi-vo, precisamos investir emmudança de comporta-mento e cultura, com o ob-jetivo de divulgar mais tex-tos e programas que abor-dem o tema”.

“O investimento emcampanhas de educação ea conscientização em ser-viços especializados paraacompanhamento dasmulheres agredidas sãofatores que faltam emgrande parte dos municí-pios do País”, segundo as ec r et á r ia .

SEASAtendimento é na AvenidaDarcy Vargas, 77, Chapada,zona centro-sul

Usuários de maconha e cocaína de Manaus, que buscam ajuda no Departamento deProteção Social Especial (DPSE) da Seas são uma minoria

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com 25Cidades

Em conferênciapronunciada em1952 na FundaçãoGetúlio Vargas,

durante a vigência daConstituição de 1946, o juristaSeabra Fagundes já se referia àmorosidade da Justiça e “aprogressão espantosa” dascausas que lhe eram confiadas.E dizia: Tem-se chamado crisedo Supremo Tribunal aocongestionamento do serviço aseu cargo, pelo desequilíbrioentre o número de feitos queentram anualmente no

Arnaldo C. PéresMagi st radoa r naldocpe re s @ho t mail .com

Nemomaiortribunaldomundore s ol ve

As dificuldadesdos tribunais seagravaram muito ehoje enfrentam umverdadeiro caos,tamanho é o volumede processos.

Qualqueracon tecimen tobanal, briga devizinhos, batida defusca, ofensa, sãojudicializadosro t inei ramen te.

protocolo e os julgamentosrealizados em igual”. Desdeentão, as dificuldades dostribunais se agravaram muitoe hoje enfrentam umverdadeiro caos, tamanho é ovolume de processos queabarrotam as prateleiras dosca r t ó r io s.

No entanto, também épreciso salientar a bem daverdade que a lentidão daJustiça é provocada pelopróprio poder público(municipal, estadual e federal)e não pelo cidadão. Nessesentido, levantamento inéditofeito recentemente pela AMBinforma que das 105 milhõesde ações em tramitação queentopem todas as instânciasdo Judiciário, 45 milhões nãodeveriam estar na Justiça epoderiam perfeitamente serresolvidas pelos órgãos eempresas competentes, comoas agências reguladoras. Notopo do ranking estão o estado,sistema financeiro einstituições de crédito,seguidos pelo setor detelefonia e comunicações, emrazão dos absurdos jurídicospraticados, como a criação detributos inconstitucionais, não

aplicação de correçãomonetária, legalmentegarantida, indenizações nãopagas e outros.

Para se ter ideia dagravidade da situação, emvários Estados a dívida alcançamais de 500 milhões de reaisem precatórios alimentares –resultantes de açõestrabalhistas movidas porservidores da administraçãodireta e indireta, indenizaçãopor morte ou incapacidade.Além disso, devem aindaalguns bilhões em precatóriosdecorrentes dede sap r op r iaçõe s.

Como se observa, diantedesses números chocantes,enquanto isso os interesses dacidadania estão sendopostergados e importantes

ações que dizem respeito àvida e ao patrimôniopermanecerão nos depósitosimprovisados e superlotadosdos nossos Fóruns. E não porculpa dos juízes, é claro, atéporque é humanamenteimpossível com a estruturaatual, dar-se andamentonormal aos processosacumulados e aos milharesque ingressam todos os dias.

A verdade é que hoje todosquerem levar tudo para oJudiciário. Qualqueracontecimento banal, briga devizinhos, batida de fusca,ofensa, são judicializadosrotineiramente. Simplesconflitos que seriam resolvidospor meio de mediação eoutros. Desse feito,convenhamos, nem São Paulo

que é considerado o maiortribunal do mundo temcapacidade de resolver amorosidade, até porque osproblemas também são namesma dimensão.

A propósito, semanapassada assisti a umaentrevista do seu presidente,Renato Nalini. Realmente, osnúmeros impressionam.Vejam: 2,5 mil magistrados(350 Desembargadores), 45mil funcionários, orçamentode 7 bilhões e 600 comarcas.Além disso, mais de 20milhões de ações estãodistribuídas aguardandoj u lgamen t o.

Nalini revela queatravés deummanifestojá questionou “seasociedade quer umJudiciário queatendaa todae qualquerdemanda,mesmoo quenãoprecisa ser levadoaojuiz. Issotornarianecessário umjuiz emcadaesquina,mais varas,aumentar o tribunalatéoinfinito”.Essaéaopiniãodomundojurídicodopaís. Transformar oJudiciárioem uminstrumentoeficientededistribuiçãodejustiça,apartir de uma reformaprofundanalegislação. Éomínimo que sepede.

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com26Cidades

FINADOS SEU BAIRROSAÚDE

Nova UBS amplia cobertura àAtenção Básica na zona norte

APrefeituradeManaus inauguroumais umaUnidadeBásicadeSaúde(UBS)na zonanortedacapital, ampliandopara56% acoberturadaAtençãoPrimárianaárea. AUBSArthur VirgílioFilhoestá localizadanobairroNovoAleixoebeneficiará 24milhabi t ante s .“Namedidaem queampliamos emelhoramos anossacapacidadedeatendimento tambémcontribuímos paradesobstruir oatendimentonos hospitais derefe rência ”,disseoprefeitoArthurVirgílioNeto, queentregou anovaunidadeao ladodefamiliares.Ainda segundoArthur Neto,nospróximos dias na zonanortetambém serábeneficiadacomoutra unidade-aUBSMariadeFátimaMafradeAndrade–ampliandopara 60% acoberturanessa zonadacidade. “Essaéazona quemais temcrescidonacapitale,por isso, tambémé umadas quemais precisadanossaatenção. Queremos chegar a umatendimentodignoehumanitário.Apesar das dificuldadesfinanceiras,estamos conseguindoampliar nossacobertura, levandomelhorias significativas paraaqualidadede vidadapopulação”,garantiu oprefeito.AUBSArthur VirgílioFilhopossuiestruturado tipo5,com1.503metros quadrados deáreaconstruída. A unidadefuncionarácom um totalde 76 profissionais,sendocincoequipes deEstratégiadeSaúdedaFamília, compostapor cincomédicos clínicos,doismédicos pediatras,doisginecologistas, seis enfermeiros,dois assistentes sociais,doisfarmacêuticos,doisfisioterapeutas,dois cirurgiõesdentistas,dois auxiliares de saúdebucal,dez assistentes emadministração,dez técnicos deenfermageme 28agentes

comunitários de saúde.“Hápelomenos seis anos acomunidadeesperavapor essaunidadeeécommuitaalegria querespondemos aoanseiodapopulação,com umaestruturaamplaecompletaem seusserviços”, informou o secretáriomunicipaldaSaúde,HomerodeMirandaLeãoNeto.Nacarteirade serviços da unidadeestarádisponíveladministraçãoedispensaçãodemedicamentos,aferiçãodepressãoarterial,atividades depromoçãoeprevençãoà saúde,atendimentodeprogramassociais,consultas deenfermagemematençãoprimáriaà saúde,consultas médicas (clínico-geral,pediatraeginecologista),controledeglicemiacapilar,curativos, vacinação,nebulização, retiradadepontos,serviçoodontológicoematençãoprimáriaà saúde,coletadeexameslaboratoriais básicos e serviçodefi s io te rapia .

Divulgação/MárcioJames/Semcom

FuncionamentodaUBS seráde segundaa sexta-feira,das 7hàs 18h

FRASE

Arthur VirgílioNeto.P refei toNamedidaem queampliamos emelhoramos anossacapacidadedeatendimento tambémcontribuímos paradesobstruir oatendimentonoshospitais derefe rência ”

LINHAS EXTRAS DE ÔNIBUS

CENTROCemitério Parque Tarumã (Via Av.

Brasil)

Itinerário: Av. Turismo (Cemitério Pq. Tarumã)/ Estr. Ponta Negra/ Av.Brasil/ Av. Kako Kaminha/ T1 (embarque/desembarque) no Ponto de Paradada linha 120/ Retorno nas proximidades do T1/ Av. Constantino Nery/Av. Kako Kaminha/ Av. Brasil/ Estr. Ponta Negra/ Av. Turismo/(Cemitério Parque Tarumã).

T4/T3Cidade Nova / Cemitério Parque

Tarumã

Itinerário: T4-J. Teixeira/ Av. Camapuã/ Rua 143/ Av. Noel Nutells/T3-C.Nova/ Av. Max Teixeira/ Av. Torquato Tapajós/ Av. Sto. Dumont(Aeroporto)/ Av. Turismo/ Cemitério Pq. Tarumã(Embarque/Desembarque)/Estr. Ponta Negra/ Av. Pedro Teixeira/ Av. Constantino Nery/ Av.Torquato Tapajós/ Av. Noel Nutells/ Normal até o T3-C.Nova/ Av. NoelNutells/ Rua 143/ Av. Camapuã/ T4.

T4/T5São José / Cemitério Parque Tarumã

Itinerário: Mesmo itinerário da linha 678 até a Av. Efigênio Salles/Av. Darcy Vargas/ Av. Djalma Batista/ Av. Pedro Teixeira/ Av. C. Nery/Av. Samba/ R. Loris Cordovil/ Av. Pedro Teixeira/ Estr. Ponta Negra/Av. Turismo/ Cemitério Pq. Tarumã (Embarque/Desembarque)/ Av. Turismo/Av. Sto. Dumont/ Av. Torquato Tapajós/ Rua Recife/ Av. EfigênioSalles/ Normal até o T5.

LINHAS COM ITINERÁRIO ESTENDIDO

118Santo Agostinho / Cachoeirinha / T2

Itinerário: Normal até a Estr. Ponta Negra (já vindo do T2)/ Av.Turismo/ Cemitério Pq. Tarumã/ Retorno/ Av. Turismo / Estr. PontaNegra/ Normal até o bairro.

121Vila Marinho / Parque Tarumã

Itinerário: Normal até Estr. Ponta Negra/ Av. Turismo/ Cemitério Pq.Tarumã/ Retorno/ Av. Turismo/ Estr. Ponta Negra/ Normal até o bairro.

122Santo Agostinho / Ceasa (Placa:

Retorno Bola da SUFRAMA)

Itinerário: Normal até a bola da SUFRAMA (retorno)/ Normal até Av. São Jorge/ Estr. Ponta Negra/ Av. Turismo/ Cemitério Pq. Tarumã/ Retorno/Av. Turismo/ Estr. Ponta Negra/ Normal até o bairro.

123Santo Antônio / Cem. Pq. Tarumã/ T1/

Centro

Itinerário: Normal até Av. Coronel Teixeira (estrada da Ponta Negra)/Av. Turismo (retorno)/ Estrada da Ponta Negra/ Av. Brasil/ Centro

450T3 / Redenção / Ponta Negra

Itinerário: Normal até Estr. Ponta Negra/ Av. Turismo/ Cemitério Pq.Tarumã/ Retorno/ Av. Turismo/ Estr. Ponta Negra/ Normal.

500Igarapé Do Passarinho / Centro / T1

Itinerário: Normal até Av. Torquato Tapajós/ Av. Sto. Dumont/ Av.Turismo/ Cemitério Pq. Tarumã/ Estr. Ponta Negra/ Av. Pedro Teixeira/Av. Constantino Nery/ Av. Torquato Tapajós/ Normal para o bairro.

542Ouro Verde / Ponta Negra / Cemitério

/ T2

Itinerário: Normal até Estr. Ponta Negra/ Av. Turismo/ Cemitério Pq.Tarumã/ Retorno/ Av. Turismo/ Estr. Ponta Negra/ Normal.

678T4 / Jorge Teixeira / Cemitério Parque

Tarumã

Itinerário: Normal até Estr. Ponta Negra/ Normal até o Bairro.

LINHAS NORMAIS

010Norte / Sul

Itinerário: Normal

126Sipam / Av. Brasil / Centro / T1

Itinerário: Normal

641T4-3/ Aeroporto/ Ponta Negra

Itinerário: Normal

Cemitérios entramnaretafinaldos preparativosparaoDiados Finados

Mais de500 milpessoas sãoesperadas amanhãnesses locais

TEXTO DaRedação

MANAUS

APrefeitura de Ma-

naus está finalizan-do a preparação doscemitérios da cida-

de para o Dia dos Finados,amanhã. Além das equipes daSecretaria Municipal de Lim-peza Urbana (Semulsp), outrasestruturas do município estãotrabalhando nesses espaçospara receber os cerca de 500mil visitantes que estão sendoesperados para a data.

Amanhã, a Semulsp mobili-zará 100 funcionários dividi-dos nos seis cemitérios urba-nos de Manaus para fazer amanutenção da limpeza du-rante o evento. Após o encerra-mento do dia, outros 400 tra-balhadores serão mobilizadospara a limpeza geral no tercei-ro turno dos cemitérios.

Para melhor atender a po-pulação, além da Semulsp, ou-tras estruturas da Prefeituraestão presentes nos preparati-vos. A Secretaria Municipal deInfraestrutura (Seminf) estáem operação tapa-buracos noCemitério Nossa Senhora Apa-recida, no Tarumã, e ainda vaifornecer areia para a conten-ção de incêndios, que podemsurgir da queima de velas noscruzeiros, além da montagemde palcos para a realização dasmi s sa s.

Já a Fundação Municipalde Cultura, Turismo e Even-tos (Manauscult) participacom os equipamentos de sompara a Missa Campal do ce-mitério São João Batista. ASecretaria Municipal do Tra-balho, Empreendedorismo,Abastecimento, Feiras e Mer-cados (Semtef ) tem a res-ponsabilidade de instruir eorganizar as pessoas do co-mércio ambulante nos arre-dores dos cemitérios, umavez que é comum a venda develas, flores e outros produ-tos nestas áreas no Dia dos

LINHAS DE ÔNIBUS

Finado s.

Tr an s po r teA Superintendência Munici-

paldeTransportes Urbanos (SM-

TU) montou um esquema espe-cial para que os ônibus que circu-lam em Manaus estendam as li-nhas paraos seis cemitérios daca-pitalepossaatender apopulação.

27B ra s ilFALE COM OS EDITORES contato@d24am.com, redacao@d24am.com | SIGA-NOS t w i t te r.com /po r t alD 24am facebook .com / D 24am

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com

Ministér ioquer mudarlicenciaturae estudare sidência

Após lançar a proposta debase curricular comum parao ensino básico, o Ministérioda Educação (MEC) já dis-cute o documento que nor-teará os currículos de todosos cursos de licenciatura e dePedagogia do País. Esse textodeve ir a consulta pública atéo fim do ano que vem.

A pasta também retomaa discussão sobre criar umaresidência para os professo-res, nos moldes do que existena área médica. Um dosprincipais objetivos é tornaros programas das gradua-ções mais próximos da reali-dade de sala de aula. “Muitoscursos são mais voltados àformação científica do que àformação docente”, disse osecretário de Educação Bási-ca do MEC, Manuel Palácios.Na proposta de currículo doensino básico, ainda em con-sulta pública, a opção doMEC foi de apresentar sóobjetivos de aprendizagem, enão como ensinar. No novodocumento, haverá indica-ções sobre métodos.

“O diagnóstico é de que oespaçopara questões didáticasé pequeno na formação deprofessores”, explicou Palá-cios. “E mais importante doque selecionar um ou outrométodo, é que aqueles reco-nhecidos como válidos em ca-daárea sejamobjetodediscus-sãonos cursos”,acrescentou.

Ricos e pobres têm desempenhodiferente até em escola pública

Éo quemostraaProvaBrasil,avaliação quecompara rendimentodealunos

TEXTOAgênciaEstadoFOTOABr

SÃOPAULO

Adiferença de de-

sempenho escolarentre as escolas pú-blicas mais pobres e

mais ricas no Brasil aumentoudesde 2005. É o que mostra acomparação no rendimentodos estudantes de nível socioe-conômico (NSE) mais baixo emais alto na Prova Brasil, ava-liação oficial do governo fede-ral que mede desempenho emLíngua Portuguesa e Matemá-tica a cada dois anos.

O NSE é calculado pelo Ins-tituto Nacional de Estudos ePesquisas Educacionais AnísioTeixeira (Inep), com base emdados de escolaridade, ocupa-ção e renda fornecidos para aavaliação. Em 2005, a diferen-ça de desempenho na provaentre os 20% com nível socioe-conômico (NSE) mais baixo eos 20% de nível mais alto parao 5º ano em Língua Portuguesafoi de 20,34 pontos. Em 2013,dobrou: 42,7 pontos, um saltode 110%. O mesmo problema éobservado em Matemática: adiferença avançou de 20,03pontos para 47,97, um acrésci-mo de 139%. A prova de 2015ainda não foi feita.

A desigualdade tambémcresceu no 9º ano, mas em me-

nor proporção. Em 2005, a di-ferença entre a média das esco-las de nível socioeconômicomais baixo e mais alto paraPortuguês foi de 24,39 pontos.Em 2013, subiu para 27,77, umsalto de 14%. Já em Matemáti-ca, a diferença cresceu 16%.

Apesar disso, tanto o nívelmais baixo quanto o mais altotiveram notas aquém do espe-rado. O movimento Todos pelaEducação considera que, nosanos iniciais, os estudantes de-veriam ter obtido, no mínimo,200 pontos em Língua Portu-

guesa e 225 em Matemática -as notas ficaram em 182,72 e205,10 pontos, respectivamen-te. Nos finais, as notas mínimasdeveriam ter sido 275 pontos

em Português e 300 em Mate-mática, mas alcançaram 237,78e 242,35, respectivamente.

Areduçãodestadiferençapre-cisaráestar no topodas prioridadesdoMinistériodaEducação,deEs-tados e municípios nos próximosanos. É o que prevê o novo PlanoNacionaldeEducação(PNE).Fal-tam, no entanto, estratégias con-cretas para isso. Desde que o mi-nistro da Educação, Aloizio Mer-cadante, assumiu a pasta, em se-tembro,oMECtemafirmadoquevaialteraros programasqueaten-dem unidades mais carentes.

AVALIAÇÃONota de Português dosestudantes praticamentenão variou de 2005 a 2013

Dados da Prova Brasil mostram que aumentou a diferença de desempenho entrericos e pobres até nas escolas públicas. Plano de metas quer reduzir essa desigualdade

9ºanoécomplicado. Alunospobres pioraramdesempenho:asnotas caíram 2% eforamde 231,6,em 2005,para 227,35em 2013.

MATEMÁTICA

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com28B ra s il

Projeto da USP oferece aulas degeografia do Brasil para refugiados

Atividades tiveraminíciocom 63 alunos de17 nacionalidades diferentes. Amaioriaéde sírios

TEXTO AgênciaEstadoFOTO MarcelloCasalJr./ABr

SÃOPAULO

Apesar de trabalharaos sábados das 16haté meia-noite, Ja-mal Zaiter não deixa

de frequentar o curso de geo-grafiapara refugiados,oferecidona Universidade de São Paulo(USP), aos sábados pela manhã.As aulas, projeto de extensão daUSP em parceria com a ONGCáritas, tiveram início no dia 8de agosto com 63 alunos inscri-tos, de 17 nacionalidades dife-rentes; amaioria(26)daSíria.

Atualmente, cerca de 30alunos permanecem assíduos.“Com o tempo, eles vão arru-mando trabalho e deixam devir ”, explica Luis Antonio Bit-tar Venturi, professor do De-partamento de Geografia daUSP e responsável pelo proje-to. Venturi destaca ainda quealguns alunos disseram nãopoder mais frequentar as aulaspor não terem dinheiro para apassagem. No curso, os alunosaprendem um pouco sobre ahistória e aspectos socioeconô-micos das cinco regiões brasi-leiras. “Acho interessanteaprender que a geografia doBrasil é muito diferente”, afir-ma Zaiter.

Palestino, nascido na Líbia,caçula de sete filhos, Zaiter érefugiado duas vezes. Em 1994,

FRASE

Jamal Zaiter.Q u ímico,palestino, nascidona LíbiaPrecisamos nosmudar em 2012. Ficoumuitoperigoso,muitos amigosmo r re ram ”Sobre a guerra civil na Síria.

Refugiados têm dificuldade em obter trabalho em suas profissõesporque a revalidação do diploma é um processo caro e demorado

AJUDAValor recebido por famíliasde refugiados é de R$ 167mensais, em média

Fazendeiro e empresáriosão condenados porChacina de Unaí

Norberto Manica e José Al-berto de Castro foram conde-nados pelo juiz Murilo Fernan-des pelos homicídios dos trêsfiscais do Trabalho e um moto-rista no crime que ficou conhe-cido Chacina de Unaí. A sen-tença foi proferida, na sexta-fei-ra (30), por Fernandes. O julga-mento ocorreu na sede da Jus-tiça Federal, em Belo Horizonte(MG). O conselho de sentençafoi formado por quatro mulhe-res e três homens.

Manica recebeu pena de 98anos e seis meses de prisão eCastro foi condenado a 96 anos,dez meses e15dias deprisão. Co-mo ele ja cumpriu 146 dias deprisão, a pena será de 96 anos 5meses e22 dias. Ojuiz,noentan-to,concedeu aos réus odireitoderecorrer emliberdade. Eles terãode entregar os passaportes e es-tão impedidos de sair do País. Asinformações foram divulgadaspelo Twitter do Ministério Pú-blicoFederalemMinas Gerais.

Maioria dos diabéticos desconheceretinopatia, doença que causa cegueira

Sete em cada dez pacientesdiabéticos desconhecem a re-tinopatia diabética, doençaque mais causa cegueira naspessoas que têm diabetes. É oque revela pesquisa divulgadapela Sociedade Brasileira deRetina e Vítreo (SBRV).

Segundo a pesquisa, 60%dos pacientes do tipo 2 não sa-bem que o diabetes pode cau-sar perda da visão e 62% nãofazem acompanhamento comum especialista em retina. “Odesconhecimento da possívelcegueira entre os (diabéticosdo) tipo 2 seria uma surpresa.

Enquanto acima de 90% dos(pacientes do) tipo 1 têm essaconsciência, o estudo traz umalerta preocupante e a necessi-dade de maior informação. To-dos precisam ficar bem aten-tos e podem se beneficiar pelaeficácia dos tratamentosatuais, apontados por 90% daspessoas como responsáveispela melhora da visão”, disse opresidente da SBRV, AndréGomes. Quanto ao tratamento,89% do total de entrevistadosdisseram não ter conhecimen-to das terapias atualmente dis-poníveis para tratar a doença,

mas 87% dos que fazem trata-mento revelaram ter tido me-lhora significativa da visão,após começarem a ser acom-panhados por um oftalmolo-gista especialista em retina.

A pesquisa foi feita com932 pacientes diabéticos, sen-do 37% homens e 63% mulhe-res, entre 20 e 65 anos. A maio-ria dos pesquisados é portado-ra de diabetes tipo 2 (66% doscasos). “Seis em cada dez dia-béticos tipo 2 desenvolverão aretinopatia diabética ao longoda vida”, afirmou Jorge Rocha,diretor da SBRV.

mudou-se com a família para aSíria, onde viveu a maior partede sua vida. “Precisamos nosmudar em 2012. Ficou muitoperigoso, muitos amigos mor-reram”, diz. A família começoua ser ameaçada após o início daguerra civil, em 2011.

Desde então, Zaiter viveualguns meses no Líbano e pas-sou um ano e meio em Dubai,irregular, sem conseguir visto.Procurou a embaixada brasi-leira após ler, em uma rede so-cial, que o País oferecia asilo.

Finalmente, chegou a São Pau-lo em dezembro do ano passa-do, sem saber uma palavra deportuguês. Hoje, aos 29 anos,trabalha em um restaurante decomida árabe, no Tatuapé, zo-na leste de São Paulo. Formadoem química na Síria, Zaiteraprendeu a fazer esfihas noBrasil e vive em um quartinhoacima do local onde trabalhacom dois colegas.

Dois de seus irmãos estãoem Dubai, dois chegaram àSuíça após se arriscarem de

barco pelo Mediterrâneo, umvive no Líbano com a mãe e ooutro chegou ao Brasil na se-mana passada. “A minha famí-lia ficou toda dividida. A guerrafaz essas coisas”, comenta, comum sorriso, de quem não sedeixa contaminar por autopie-dade. Para o nepalês João (no-me fictício), o melhor do proje-to é o clima da universidade.“Adoro a atmosfera aqui, o ver-de da USP, aprender coisas no-vas”, diz. João chegou ao Brasilem junho de 2014 após ter pro-

blemas políticos em sua cida-de-natal. A filha, de 18 anos, foiameaçada de sequestro e, grá-vida, chegou ao País pouco de-pois. Os dois participam docurso, que já tem um novo mó-dulo previsto para o próximosemestre letivo.

Agora,aprincipaldificuldadedeJoão é encontrar um emprego. OscercadeR$ 200 queafamília rece-be do Bolsa Família não são o sufi-ciente. “Tenho experiência comagricultura,fotografia, turismo,masnãoestou achando trabalho”,diz.

29MundoFALE COM OS EDITORES contato@d24am.com, redacao@d24am.com | SIGA-NOS t w i t te r.com /po r t alD 24am facebook .com / D 24am

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Governo da Venezuela impõemedo ao sistema de Justiça

Procurador diz quefoipressionadoemaçãoparacondenar líder daoposição

TEXTODas agênciasFOTOFedericoParra/AFP

CARACAS

Um procurador da

Venezuela que aju-dou a colocar o líderde oposição Leopol-

do López atrás das grades disseque nesta semana pediu des-culpas, por telefone, aos pais dopolítico preso, depois de fugirdo país para evitar ser pressio-nado pelo governo no julga-mento de um recurso.

“Tenho vergonha. Acabeicom uma família”, disse Fran-klin Nieves em uma entrevistade uma hora em Miami na qualacusou o governo socialista ve-nezuelano de pressioná-lo autilizar provas falsas para con-denar López. “Na Venezuela,governa o medo, que é a formada lei”, disse.

López, de 44 anos, foi con-denado a cerca de 14 anos deprisão em setembro sob acusa-ções decorrentes de seu papel

em uma onda de protestos em2014. Nieves, 51 anos, disse terfugido em 19 de outubro paraevitar ter de lidar com um pró-ximo apelo no caso López. Elevoou para Miami com um vistode turista através da ilha cari-benha de Aruba, com a mulher,uma jornalista de um canal deTV estatal, e os dois filhos pe-quenos. “Eu sabia que era horade dizer a verdade às pessoas”,disse ele. “Eu não iria defendero indefensável”, acrescentou.

Antonieta Mendoza, a mãede López, disse que perdoouNieves por causa de sua fé ca-tólica, mas não confia nele.

Nieves disse ter iniciado oprocesso de declaração de asilopolítico nos Estados Unidos,mas que não manteve nenhumcontato com autoridades nor-te-americanas desde a suachegada na semana passada.

A Procuradoria Geral da Ve-nezuela negou esta semana queo órgão tenha pressionado seusintegrantes a aceitar falsas evi-

dências no julgamento de Ló-pez. O governo diz que López in-citou violentos protestos de ruano ano passado, que deixaram43 pessoas mortas. No entanto,os líderes da oposição afirmamque o julgamento de López émais uma prova de que o gover-no do presidente Nicolás Madu-ro está corrompendo o sistemade Justiça para sufocar a dissi-dência. Em 2012, o magistradoEladio Aponte, da Suprema

Corte, fugiu do país e depoisacusou o governo de manipularos tribunais para fins políticos.

Lilian Tintori, mulher deLeopoldo López, afirmou quea condenação ‘inj u st a ’ de seumarido evidencia que a Vene-zuela vive “uma ditadura”.

Lilian destacou que seumarido pediu ‘calma e paz’,após conhecer sua sentença.

“Como sempre diz Leopol-do, não caiamos em provoca-ções, mantenhamos a força e afé, a verdade, os argumentos eo apoio ao povo da Venezuelanos momentos difíceis”, disse aesposa do político condenado.

“Temos que manter a cal-ma e esperemos o chamadoque Leopoldo vai fazer juntocom seus companheiros daUnidade”, em referência àMUD, a aliança opositora Me-sa da Unidade Democrática.“Esperemos o chamado comcalma, com dignidade, comforça, mas com muita calma”,insistiu Lilian.

CHAVISMOMulher de líder oposicionistapreso diz que a Venezuelavive, hoje, uma ditadura

Manifestantes prometemaumentar protestos contra Nicolás Maduro que condenou à prisão o líder daoposição,LeopoldoLópez. Ocasoganhou repercussão internacionale foicriticadopor lideranças mundiais

Urug uaiproduzirá 6toneladas demaconhalegal por ano

Com um modelo inéditode regulação da maconha, oUruguai tentará produzir en-tre seis eoito toneladas por anoda droga para distribuir legal-mente através de farmácias aum valor de US$ 1,40 o grama,informaramfontes oficiais.

“Está quase tudo prontopara começar a produzir”,comentou o secretário-geralda Junta Nacional de Dro-gas, Milton Romani. “Re st amelhorar o software para re-gistro e retirada em farmá-cias e definir quais empresasfarão a distribuição a essesestabelecimentos comer-ciais”, afirmou.

O Uruguai aprovou, no fi-nal de 2013, uma lei que, entreoutras determinações,habilitao Estado a conceder licençasde produção de maconha, queserá comercializada em far-mácias a usuários cadastrados.

Bi scoi t o sentreg uespela ONU naSíria causamin t ox icação

A Organização das Na-ções Unidas (ONU) envioucentenas de caixas de biscoi-tos energéticos ‘mofados’ evencidos a pessoas sitiadasna Síria neste mês, causandointoxicação alimentar gene-ralizada, informou uma enti-dade humanitária, na sex-ta-feira (30).

A ONU ajudou caminhõesrepletos de auxílio humanitá-rio a chegar às cidades de Ma-daya e Zabadani, próximas dafronteira libanesa, no início deoutubro. De acordo com a Re-de Síria de Direitos Humanos,os estoques de biscoitos entre-gues haviam vencido em se-tembroe sãoa únicacausapro-vável de um surto de intoxica-ção alimentar entre os quase200 moradores atendidos emhospitais improvisados.

14anos foi a sentença deprisão contra LeopoldoLópez, líder daoposição, sobacusações decorrentes de seupapelem umaondadeprotestosnaVenezuela,em 2014. Governoforjou provas emjulgamento.

CONDENAÇÃO

VENCERFALE COM OS EDITORES contato@d24am.com, redacao@d24am.com | SIGA-NOS t w i t te r.com /po r t alD 24am facebook .com / D 24am

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com

Remo e Botafogo-SPduelam para ir à finalNeste domingo, em jogo válido pelassemifinais da Série D, o Remo encara oBotafogo(SP), no Estádio Mangueirão, emBelém (PA). A bola rola às 19h. Essa será asegunda partida da série entre os clubes.Na partida de ida, o Botafogo levou amelhor e venceu por 1 a 0 no estádio SantaCruz (em Ribeirão Preto, São Paulo).

Galo e Timão fazemfinalantecipada,emMG

Líder e vice-líder,Corinthians eAtléticoMineiroduelamnoIndependência

TEXTO AgênciaEstadoFOTOS BrunoCantini/DivulgaçãoAtlético-MGeDanielAugustoJr./DivulgaçãoCorinthians

BELOHORIZONTE

Nenhum dos 324 jo-gos já disputadosneste CampeonatoBrasileiro será tão

importante como o confrontodeste domingo, entre AtléticoMineiro e Corinthians, às 15h(de Manaus), no Estádio Inde-pendência, em Belo Horizonte,pela 33ª rodada. O time do téc-nico Tite está com uma mão nataça. Se conquistar mais três

pontos, colocará nove dedos nocaneco. Em caso de triunfo, aequipe chegará a 73 e abrirá 11de vantagem para o time mi-neiro, restando apenas maiscinco partidas.

O jogo deste domingo éaguardado desde a 14ª rodadada competição, quando as duasequipes se enfrentaram, naArena Corinthians, em SãoPaulo, pelo primeiro turno, e oTimão venceu por 1 a 0, comgol de Malcom. Com o triunfo,os dois times passaram a divi-dir a liderança - à época, o Atlé-tico tinha vantagem no saldode gols.

Mais regular, o Corinthians to-mou aponta,sozinho, quatro roda-das depois, e aumentou a distânciaparaoAtlético. O últimofiodeespe-rançadosmineiros,então,passouaser jogo deste domingo. É tudo ounadaparao técnicoLevir Culpi.

Cientede queoduelode voltacontra o Atlético, em Belo Hori-zonte, seria decisivo para a defi-nição do campeonato, Tite tra-çou comometa,desdea viradadoturno, que o Corinthians deveriachegar ao jogo deste domingocom uma vantagemde,pelome-nos, quatro pontos. Assim, emcaso de derrota, ainda seria pos-sívelmanter aliderança.

Argentino Dátolo e atacante Luan mostraram bom desempenho,nos treinos da semana, e estão otimista para duelo contra o líder

Experiência de Renato Augusto e juventude de Malcom sãotrunfos do Corinthians, contra o Galo

ATLÉTICO(MG)-CORINTHIANS

GALO Victor; Marcos Rocha,LeonardoSilva,Edcarlos eDouglas Santos; RafaelCarioca,LeandroDonizete,DátoloeGiovanniAugusto;LuaneLucas Pratto.Técnico:Levir Culpi.

TIMÃOCássio; Edilson,Felipe,GileGuilhermeArana; Ralf,Rodriguinho,JadsoneRenatoAugusto; MalcomeVagner Love.Técnico:Tite.

ESTÁDIO: Independência,emBeloHorizonte(MG).HORA: 15h(deManaus)ÁRBITRO: :Heber RobertoLopes (Fifa/SC)

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com32VENCER

PréviadadecisãodaCopadoBrasil,clássico vale vaganoG-4

Santos ePalmeiras reeditamfinaldoPaulistãodesteanoefazem ‘ape r i t i vo ’decompetiçãonacional

TEXTOAgênciaEstadoFOTOSRicardoSaibun/DivulgaçãoSantos eCesar Greco/DivulgaçãoPalmei ra s

Santos e Palmeiras seenfrentam na final daCopa do Brasil só nodia 25 de novembro,

mas fazem, neste domingo, naVila Belmiro, às 15h (de Mana-nus), uma outra decisão, estapelo Campeonato Brasileiro. Aequilibrada disputa por umavaga no G-4 - a zona de classifi-cação à Copa Libertadores - fazcom que o clássico ganhe umaimportância muito grande.

A diferença entre as equi-pes é de apenas dois pontos. OSantos iniciou a rodada naquarta colocação, com 50, en-quanto que o Palmeiras era o8º, com 48. Uma derrota seriamuito mais sentida pelo timealviverde, que veria o rivalabrir cinco pontos de vanta-gem, sem contar os outros ti-mes que estão à frente, comoInternacional, São Paulo eSport.

Embora estejam na disputada Copa do Brasil, que dá aocampeão uma vaga na Liberta-dores, as duas equipes adotamo discurso de que não podem

abandonar o Brasileiro, afinalde contas só o vencedor do tor-neio eliminatório se garante nacompetição internacional. “Te-mos que esquecer a Copa doBrasil. Estamos satisfeitos coma possibilidade de disputar umtítulo, mas temos que retomaro Brasileiro com tudo”, disse otécnico palmeirense MarceloOli vei r a .

O treinador santista Dori-val Júnior reafirmou que vaicontinuar atuando nas duasfrentes. “Deixando de pontuarem uma rodada, saímos dogrupos dos quatro. Seria con-fortável se conseguíssemos um

distanciamento, mas isso nãovai acontecer num Campeona-to Brasileiro como o nosso”,afi r mo u .

Outro discurso repetidodos dois lados é que a partidadeste domingo não terá rele-vância alguma na Copa doBrasil. Entretanto, o fato de játerem disputado o título doCampeonato Paulista faz comque o confronto ganhe um tomde ‘revanche’ para o lado alvi-verde. “O equilíbrio é grande.A classificação mostra a igual-dade que há entre as duasequipes”, avaliou Dorival Jú-nio r.

Lucas Lima quer que o Santos mantenha o padrão de jogo que levouo time ao título paulista deste ano, contra o próprio Palmeiras

SANTOS-PALMEIRAS

PEIXEVanderlei; DanielGuedes,DavidBraz,GustavoHenriqueeZeca; ThiagoMaia,RenatoeLucas Lima; Marquinhos Gabriel,GabrieleRicardoOliveira.Técnico:DorivalJúnior.

VERDÃOFernandoPrass; Lucas,Jackson,Vitor HugoeZéRoberto; ThiagoSantos(Amaral),Matheus Sales,RobinhoeDudu;GabrielJesus eBarrios.Técnico:MarceloOliveira.

ESTÁDIO:VilaBelmiro,emSantos.HORA: 15h(deManaus)ÁRBITRO:Péricles Bassols PegadoCortez(Fifa / RJ)

Zé Roberto, que tem 41 anos, disse que achou engraçado os jovensterem cãibras no jogo contra o Flu, na quarta, e jogará clássico

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com 33VENCER

Pressionados,VascoeFlufazemclássiconoEngenhão

Por divergênciaentreas diretorias, times jogarãonoestádiocedidopeloBotafogo,peloBrasileiro

Com seis gols, Nenê é um dosresponsáveis pela fase sem derrotasdo Vasco no Campeonato Brasileiro e,novamente, será um dos trunfos dotime, em campo, no clássico contra o Flu

Diego Cavalieri não conseguiu evitar a eliminação do Fluminense, nos pênaltis, para o Palmei ra s ,na Copa do Brasil, e, agora, aposta todas as fichas no Brasileiro, para eliminar risco de rebaixamento

VASCO-FLUMINENSE

CRUZ-MALTINOMartinSilva; Madson,Luan,RodrigoeJulioCesar; Serginho(BrunoGallo),Juliodos Santos,AndrezinhoeNenê;JorgeHenriqueeLeandrão.Técnico:Jorginho.

TRICOLORCARIOCADiegoCavalieri;WellingtonSilva,Gum,MarloneBrenoLopes;Jean,Cícero,Vinícius eGustavoScarpa;Osvaldo(Gerson)eFred(MagnoAlves).Técnico:EduardoBaptista.

ESTÁDIO:NiltonSantos (Engenhão),noRiodeJaneiro.HORA: 16h(deManaus)ÁRBITRO:Luiz FláviodeOliveira(Fifa/SP).

TEXTOAgênciaEstadoFOTOSNelsonPerez/DivulgaçãoFluminenseePauloFernandes/DivulgaçãoVasco

RIODEJANEIRO

OVasco quer

aproveitar afrustração doFluminense, eli-

minado durante a semanana Copa do Brasil, para darmais um passo na fuga con-tra o rebaixamento. Emboraseja o lanterna do Campeo-nato Brasileiro, com apenas30 pontos, o time cruz-mal-tino tem obtido ótimo apro-veitamento em clássicos eespera colocar isso em práti-ca, neste domingo, no Está-dio do Engenhão, no Rio, às16h (de Manaus). O clubetricolor é o 13º, com 40 pon-tos, e tem remota chance dequeda.

O jogo não será disputa-do no Maracanã por opção

do presidente do Vasco, Eu-rico Miranda. O dirigentetem divergências com o gru-po gestor do estádio, quetem contrato com o Flumi-nense para que a torcida tri-color fique posicionada nolado direito das cabines, si-tuação que o cartola vascaí-no não aceita.

Dentrodecampo,oVascotem motivos para ter espe-rança, neste domingo. Emclássicos válidos por compe-tições oficiais, o time temapenas uma derrota. Foi parao Flamengo, na primeira fasedo Campeonato Carioca. Nasduas vezes que encarou oFluminense, duas vitórias daequipedo técnicoJorginho.

Mas,apesar dobom retros-pecto contra os cariocas, o mo-mento vascaíno na competiçãonãoébom. Emboraestejainvic-to há nove jogos, o time empa-touasúltimas quatropartidaseestánalanterna.

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com34VENCER

Semobjetivos, FuracãocomeçaacumprirtabelanoBrasileirocontraaChapecoenseCHAPECÓ

O Atlético-PR visita a Cha-pecoense, neste domingo, às15h (de Manaus), na ArenaCondá, em Chapecó (SC), noduelo de clubes eliminados daCopa Sul-Americana. As duasequipes deram adeus à compe-tição continental, no meio dasemana, e agora se dedicam ex-

clusivamente ao CampeonatoB r a s ilei r o.

A seis rodadas do fim, o timeparanaense não tem muito como que se preocupar. Ao vencer oFluminense por 1 a 0, fora decasa, na última rodada, encer-rou um jejum de nove jogossem vitória e abriu nove pontosda zona do rebaixamento. Mastambém ainda está muito longe

da zona de classificação para aCopa Libertadores - oito pon-t o s.

O técnico Cristóvão Borgesterá duas baixas para a partida enão confirmou os substitutos. Olateral-direito Bruno Pereiri-nha, machucado, e o atacanteWalter, suspenso pelo terceirocartão amarelo, desfalcam aequipe. Para a vaga do primeiro,

que vinha atuando como volan-te, o treinador tem como op-ções Hernani ou Fernando Bar-rientos. Para a outra vaga, Cléo,Dellatorre ou Crysan.

Já a Chapecoense está preo-cupada em escapar do rebaixa-mento. O atacante Bruno Ran-gel, autor dos dois gols da parti-da contra o River Plate, na últi-ma quarta, completou 100 jogos

com a camisa da Chapecoense eestará em campo, neste domin-go. “Esse ano, eu venho tendo asoportunidades e o mais impor-tante é que eu tenho corres-pondido quando o time precisade mim”, comentou o jogador,que foi poupado no treino desexta-feira por conta de doresm u s c u la r e s.

O técnico Guto Ferreira, noentanto, mexerá no time domeio de semana. A principalnovidade é o retorno do late-ral-direito Apodi, que está recu-perado de um entorse no tor-noz elo.

Desfigurado, Fla é incógnitaemduelocontraoGrêmio,noSul

Rubro-Negro temmais demeio timededesfalques paracompromissodiantedoTricolor Gaúcho

Em jejum de gols, atacante peruanoPaolo Guerrero tem a missão defazer o Flamengo reencontrar ocaminho das redes e das vitórias

Giuliano tem 30 jogos disputados neste CampeonatoBrasileiro e não recebeu nenhum cartão. Ele é o jogadormais regular do meio de campo do Grêmio

GRÊMIO-FLAMENGO

TRICOLORGAÚCHOMarceloGrohe;RafaelGalhardo,RafaelThyere,ErazoeMarceloHermes; Walace,MarceloOliveira,Douglas eGiuliano; LuaneBobô(PedroRocha) .Técnico:Roger Machado.

RUBRO-NEGROPauloVictor; Ayrton,César Martins,WallaceeJorge; MárcioAraújo,Canteros,Luiz AntonioeJajá(Kayke); GabrieleGuerrero.Técnico:OswaldodeOliveira.

ESTÁDIO:ArenaGrêmio,emPortoAlegre(RS).HORA: 15h(deManaus)ÁRBITRO:BráuliodaSilvaMachado(SC).

TEXTOAgênciaEstadoFOTOSGilvandeSouza/DivulgaçãoFlamengoeLucas Uebel/DivulgaçãoG rêmio

RIODEJANEIRO

Em uma semana mar-cada por problemasdisciplinares, polêmi-cas e punições, o Fla-

mengo retorna a campo, nestedomingo, contra o Grêmio, às15h (de Manaus), na ArenaGrêmio, em Porto Alegre, sem

grandes objetivos no Campeo-nato Brasileiro. Em queda li-vre, com seis derrotas nos últi-mos sete jogos, o time estacio-nou nos 44 pontos e tem re-motas chances de classificaçãopara a Copa Libertadores, po-sição que chegou a ocupar, hásete rodadas.

A seis jogos para o términodo Brasileiro, o Flamengo estácom o foco mais voltado paraos problemas fora de campo.Devido a uma festa, na última

terça-feira, e de péssima reper-cussão, na Gávea, os jogadoresPará, Alan Patrick, Marcelo Ci-rino, Everton e Paulinho foramafastados, por tempo indeter-minado, multados em 30% dosalário e desfalcam a equipe.

Com exceção de MarceloCirino, que se recupera de le-são, todos os jogadores eramutilizados pelo técnico Oswal-do de Oliveira, que tem maisproblemas para escalar a equi-pe. Além dos indisciplinados, o

treinador não conta com o vo-lante Jonas e o atacante Emer-son, suspensos. Devido aosproblemas, quatro jogadoresda base tiveram que ser pro-movidos para o profissional.

Por outro lado, o Grêmio,que tem seis pontos de vanta-gem para o quinto colocado nabriga por uma vaga à Copa Li-bertadores, tenta manter a fol-ga, na terceira colocação, e nãoser ameaçado pelos rivais nareta final.

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com 35VENCER

ColoradobuscaG-4eGoiáspromete ‘suar sangue’noSerra

Internacionalestáempatadocomo4ºcolocado,oSantos,eEsmeraldinointegraoZ-4

TEXTOAgênciaEstadoFOTORicardoDuarte/DivulgaçãoInter

GOIÂNIA

As duas vitórias con-secutivas nas últi-mas rodadas servi-ram para deixar o

Internacional colado no G-4 doCampeonato Brasileiro. Paraseguir firme na briga por umavaga à Copa Libertadores, o ti-me colorado precisa vencer oGoiás, neste domingo, às 17h30de (Manaus), no Estádio SerraDourada, em Goiânia.

O técnico Argel Fucks nãoconfirmou a equipe titular, masavisou queomeiaD’AlessandroeoatacanteEduardoSashacome-çarão no banco de reservas, pois

aindanãoestão100% fisicamen-te. Com isso, Anderson e Alexcontinuamentreos titulares.

De acordo com os treinos,durantea semana,LisandroLó-pez, recuperado de problemasmusculares, começará entre ostitulares na vagadeVitinho, queestá suspenso pelo terceiro car-tão amarelo. Outra novidade é oretorno de Paulão, que formarádupla de zaga com Réver. Comisso, Juan vai para a reserva.

Preocupado com as dimen-sões do gramado do Serra Dou-rada e com o forte calor, ArgelFucks fez com queo timeembar-casse, na sexta-feira, para Goiâ-nia. “É um pouco complicada alogística. Vamos antes para teruma adaptação ao clima. O cam-

poémaior,mas issoéparatodos.Precisamos tirar a velocidade doGoiás.Será umjogodemuitoes-tudo. Não podemos correr erra-do, porque o desgaste serámaior ”,comentou o treinador.

O Goiás perdeu as últimascinco partidas e carrega o péssi-mo número de equipe que maisderrotas sofreu no Campeona-to Brasileiro. São 17 em 32 par-tidas. Para sair da zona de re-baixamento, precisa encerraresse jejum e vencer o Interna-cional. “Principalmente, porser dentro de casa, nós temosque mostrar nossa cara, doar omáximo, suar ‘sang u e ’, para po-der conseguir a vitória e enga-tar para sair dessa situação”,afirmou o volante Patrick.

Valdívia formará dupla de ataque com Lisandro López, napartida deste domingo, contra o Goiás

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com36VENCER

Faltadeoposiçãofaz gruposseperpetuarememclubes locais

Ausênciadeinteressados éoprincipalmotivoalegadopor ‘ca r tola s ’paraapoucaalternâncianopoder

TEXTO DiogoRochaFOTOS NathalieBrasil/21/08/2013 eDaniloMello/10/11/2009

MANAUS

Sem candidatos deoposição nas eleições,o cargo de presidenteem um clube de fute-

bol do Amazonas é quase vitalí-cio. O desinteresse pelo pleito, éjustificado pelos gestores con-sultados pelo DIÁRIO, pela di-ficuldade de administrar um ti-me local em um mercado defi-citário de público e dinheiro,apesar de os clubes locais teremrecebido R$ 19,7 milhões do po-der público, nos últimos dezanos . A alternância no poderreveza na presidência, na maio-ria das vezes, os integrantes dosmesmos grupos políticos.

No Nacional, os mandatossão bienais e o processo eleito-ral acontece, tradicionalmente,na primeira quinzena de janei-ro, mês de aniversário do Leãoda Vila, que já tem 102 anos defundação. AoladodoRioNegro,que no dia 13 deste mês com-pleta a mesma idade do arquir-rival,é umdos clubes mais anti-gos em atividade do Estado.

Atualmente, o empresárioMário Cortez está no quartomandatoeno segundoconsecu-tivo como presidente do Naça.Mas, para se manter no cargomáximo na agremiação, ele afir-ma que precisou ter pulso firmepara suportar os problemas dodia a dia no Leão. “Aqui no Na-cional, há muitos anos, que nãohá oposição, apenas sempre(chapa de) situação. É porquepara manter o departamento defutebolativo,ocabra tem que sermachomesmo”,garanteCortez.

Para se candidatar no Na-cional, conforme o presidente,todos os sócios adimplentespodem disputar as eleições. Noclube, 150 associados, que estãocom as mensalidades em dia,estãoaptos aconcorrer em umachapa ou votar. O próximo plei-to será apenas em 2017. “E st o u7% da vida do Nacional comopresidente. Queremos soer-guer oclubee,graças aDeus,es-tamos conseguindo. Estou lou-co que apareça alguém para as-sumir o meu lugar. Estou can-sado, são quatro anos diretos,diariamente, aqui no Nacional

de domingo a domingo”, disseMário Cortez, que ainda nãodefiniu se pretende seguir pormais dois anos na presidência.

No Fast Clube, mais de 200sócios-proprietários ativos po-dem votar. Desdeoafastamentodo antigo presidente Sérgio Ri-beiro, em 2008, a pedido do Mi-nistério Público do Estado(MP-AM)por detectar irregula-ridades nas últimas cinco elei-ções do Tricolor, o vice-presi-dente da época, Cláudio Nobre,virou interventor e assumiu, in-terinamente, a presidência.Desde então, o Rolo Compres-sor convocou um novo pleito eelegeu o empresário EdnailsonRozenha, no ano seguinte, em2009,por aclamação.

Apesar dapromessadeevitarreeleições dadiretorianoestatu-

to reformado no período da in-tervenção do MP-AM, Rozenhaestá no terceiro mandato conse-cutivo, que também é bienal, noRolo Compressor. “Às vezes, háoposição, mas, ultimamente, es-tá tendo aclamação no Fast. Éum clube muito pequeno, então,o colégio eleitoral é pequeno.Não é que não existe oposição,todo mundo sabe os problemasdo futebol do Amazonas e estábemconduzidonas mãos doRo-zenha”, justificou Nobre, que semantémcomo vice-presidente.

A falta de patrocínio para osclubes tem afastado os oposito-res, segundo o dirigente fastiano.“É um pepino muito grande as-sumir umclubedefutebolnoEs-tado. Ainda mais um clube quetem quase 90 anos (85 anos). Senão tem receita, não tem como

fazer milagre. Temos uma dire-toria que dá suporte, não é ape-nas o Rozenha que trouxe recei-ta”,comentou CláudioNobre.

O mandato para a presidên-cia do Rio Negro também nãocostuma sofrer concorrência.Depois de dois triênios sem in-terrupção, desde 2007, doex-gestor Eymar Gondim,oatualmandatário do Galo, Thales Ver-çosa, tem procurado solucionaros problemas financeiros do clu-be, que levaram a atrasos costu-meiros de salários dos jogadores.

Mas, para preservar a ima-gem do Alvinegro, Verçosa pre-fere não comentar sobre o pro-cessoeleitoral. “Issoé umassun-to interno do clube. Não estoufalando mais nada do Rio Negro,porque as pessoas interpretamdeoutraforma.Oclubeédosas-sociados e para eles que interes-sa ”, resumiu opresidente.

Poucas trocasO presidente do Princesa do

Solimões, Holofernes Leite, oLoló, 61, não precisou lidar comoutros candidatos paraassumiros seis mandatos no clube deManacapuru (a 68 quilômetrosde Manaus). Nos 12 anos dedi-cados ao comando do Tubarão,ele precisou se ausentar do car-go por dois anos até retomar,em 2012. “O Princesa tem 380sócios, com direito a voto, masninguém paga nada porque asede está desativada. Aqui,sempre foi na santa paz (as elei-ções)”, garantiu o dirigente.

Em 2017, será o próximopleitonoTubarãoeLolóacredi-ta queprecisará se reeleger mais

uma vez ‘por amor ao clube’.“Estou com vontadedeentregaragora (o cargo), porque a situa-ção está muito difícil e não po-demos assumir nada sem con-dições. Vamos ver se aparece al-guém para presidir o Princesa,mas ninguém quer”,afirmou.

Com apenas dois anos defundação,oclubecaçuladofute-bol amazonense, Manaus FC, játeve troca de presidentes apesardo mandato ser de três anos. Overeador Luís Mitoso, que dei-xou a vice-presidênciadoNacio-nalparafundar oGaviãodoNor-te junto com outros ex-dirigen-tes dissidentes do Leão da Vila,largou a presidência em agosto,para se dedicar mais à carreirapolítica. No lugar dele, assumiuPatrícia Serudo, ex-presidentedo Penarol, de Itacoatiara (a 176quilômetros dacapital).

Para o dirigente, a oposição,dificilmente, surgirá nos clubesde futebol do Estado. O verea-dor revelou que quem está nopoder tem mais aliados e queforças contrárias demorammais para alcançar um cargomaior. “Tem muito espaço pa-ra chapas de oposição, todos osclubes têm candidatos adver-sários. Mas, falta oportunidade,porque colocam obstáculos pa-ra que não abram brecha parauma juventude e renovaçãodos presidentes. Tem muitascabeças novas que querem darsua contribuição, e a maioriados clubes mantem uma hege-monia. Parece algo enraizado”,declarou Mitoso, que garanteque o Manaus FC vai contra ocontinuísmo nas gestões.

Para Mário Cortez tem que ser ‘cabra macho’ para manter odepartamento de futebol do Nacional ativo

FALTAM TÍTULOS NACIONAISPouca alternância no podercoincide com o maudesempenho dos clubes locais

EdnaílsonRozenhaestánapresidênciadoFast Clube,desde 2009

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com 37VENCER

TEXTO Laís MottaFOTOS Divulgação

MANAUS

Campeã brasileira,sul-americana e pa-namericana de lutaolímpica, a atleta de

São Paulo, Gilda Maria de Oli-veira está em Manaus, desde 19de outubro, treinando com aequipe de base e adulta doAmazonas, para o Sul-Ameri-cano Sênior 2015, que vai ocor-rer de 13 a 16 de novembro, naArgentina.

Gilda escolheu treinar emManaus por considerar a cida-de uma referência em lutaolímpica. “Minha equipe deSão Paulo tem poucas meni-nas, algumas viajaram pra trei-nar nos Estados Unidos e ou-tras no Canadá. Eu conheço otrabalho desenvolvido em Ma-naus. Aqui tem material huma-no e um ótimo técnico”, disseGilda, que compete na catego-ria até 69 quilos pelo Sesi/SãoPaulo e pela Marinha do Brasil.

Orientada pelo treinador daequipe amazonense, o cubanoDagoberto Arbolaez, Gilda estárecebendodicas tambémdoluta-dor e técnico amazonense Wal-deciSilva(65kg). “Eu vejoaevolu-ção técnica de Manaus nas com-petições e tem o próprio Waldeci,que faz parte da Seleção há anos.

vel a CBLA ter previsto no or-çamento de 2015 recursos paraeste evento. A CBLA decidiunão enviar representantes parao torneio”, explicou, em comu-nicado, a entidade brasileira.

Participar do CampeonatoSul-Americano, porém, é funda-mentalparaos atletasbrasileirosdealto rendimento.Ganharumamedalha no evento permite aeles requereremaBolsaAtletanacategoria internacional, que pa-gaodobrodacategorianacional-R$ 1.850 contra R$ 925. Em umano,adiferençaédeR$11,1mil.

Destaquenalutaolímpica,GildaMariadeOliveira temcomometaconquistar umamedalhanos Jogos Olímpicos

Estou corrigindo algumas coisas.Waldeciestámeajudando,lutan-docomigo”,afirmou Gilda.

Após o Sul-Americano,Gilda deve voltar a Manaus etreinar para a Copa CBLA,que será no Rio de Janeiro,em dezembro. O Amazonasainda não decidiu quantosatletas vai enviar para a dis-puta no Rio, que, tradicional-mente, tem atletas estrangei-ros. “Estamos numa situaçãofinanceira difícil aqui em Ma-naus. Não sabemos se vamosmandar os atletas para a Co-

pa CBLA, porque, em janeiro,tem o Trials (seletiva), visan-do à Olimpíada”, disse Hel-ton Henrique, presidente daFederação Amazonense deLuta Livre Esportiva e Olím-pica (Falle).

Em razão da falta de re-cursos, o Amazonas não te-rá nenhum representanteno Sul-Americano Sênior.“O Waldeci teria vaga ga-rantida porque foi campeãobrasileiro em 2015, mas nãoserá possível ir”, lamentouo presidente da Falle.

SemajudaNa semana passada, a Con-

federação Brasileira de LutasAssociadas (CBLA) emitiu co-municado informando que osatletas brasileiros da luta olím-pica que desejarem participardo Campeonato Sul-America-no da modalidade terão quepagar do próprio bolso a via-gem até Buenos Aires.

“O Sul-Americano foi in-cluído no calendário da UnitedWorld Wrestling (UWW, anti-ga Fila) apenas no decorrer doano de 2015, não sendo possí-

Referênciaemlutas,Manaus‘seduz’campeãpan-americana

GildadeOliveiraescolheu acidadecomo sedede suapreparaçãoparaoSul-Americano

FRASE

Gilda de Oliveira.L u t ado raEu conheçoo trabalhodesenvolvidoemManaus. Aqui temmaterialhumanoe umótimo técnico”

Ressaltando a qualidade dostreinamentos em Manaus.

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com38VENCER

ENTREVISTA. ANAMARCELACUNHA

‘Não tenho dúvidas, só a certezade que estou no caminho’

Avontade que AnaMarcela Cunhatinha paracompetir quando

ainda era criança, na Bahia, jámostrava que um dia elapoderia colocar a bandeirabrasileira no lugar mais alto dopódio. Fez isso no Mundial emKazan, na prova de maratonaaquática, e quer repetir a doseno Rio. Aos 23 anos, elacresceu dando braçadas eajudando os pais em um petshop depois das aulas nocolégio. “Era uma vida sempredifícil ”, contou.

A paixão por animais fezcom que tivesse uma cachorri-nha em sua casa, em São Paulo,onde mora, para treinar no Se-si-SP. Com 20 tatuagens pelocorpo, muitas com temas mari-nhos, como âncora e golfinho,ela faz do seu cotidiano fraseque estampou na pele: “Dias deluta, dias de glória”. Para ela, osonho dourado será construídoa cada mergulho na piscina det r einamen t o.

Quais lições você tira desua participação no Mundialprojetando para aOlimpíada?Acho que ter conquistado trêsmedalhas foi importanteeobronzefoi fundamental,pois ocorreu naprova queéolímpica,ondemeclassifiqueipara 2016. Tenhocertezade queo trabalhoestásendobemfeito. Sei quepossomelhorar algumas coisas parabuscar amedalhadeouro,mas nãotenhodúvidas, sóacertezade queestou nocaminho.

Como transformar essebronze na prova de 10 kmem ouro, no Rio?NoMundialanterior,em 2013,emBarcelona, fiqueicomamedalhadeprata,então trabalhamos muitoduropara tentar oouronoMundial,queé umacompetiçãoatémaisforte queaOlimpíada. Só queacabou oMundiale todos entramcomas mesmas condições nosJogos doRio, zerou tudo. Aindafaltamatletas para seclassificar e

espero fazer o queprecisa ser feitoparabuscar os objetivos.

Como foi participar doevento-teste na praia deCopacabana?Jánadeimais de 10 competições alinaquele local,mas cadaeventoédiferentedooutro. Temdias queomar amanhecebemcalmo,comoumapiscina,mas aí,mais tarde,eleviracompletamente. Temmenos deumanoparaaOlimpíada,entãotemos deestudar aindamais olocal. Assim, quandoolharmos paraomar, saberemos comoestarãoascondições. Quero voltar mais vezesláparaCopacabana,parapoderanalisar essas diferentes condições.Nãoécomo umapiscina, que temtemperaturapadrão, semondas eco r rentez a s .

Você pretende ir commais frequência para o Rio?Atéos Jogos Olímpicos vamos termais quatrooportunidades de irpara lá. Nãoadianta ir em umfimdesemanaparanadar e ver comoestáaáguaporqueprecisa ter umcircuitoprontoenoçãodeonde vãoestar as boias. Sãopontos dereferência importantes porqueéfundamental tentar nadar omaisretopossível.

O Brasil é uma potênciana maratona aquática.

Como você vê isso?Éanovageraçãochegando. Amaratonaaquática virou esporteolímpico,em 2008,éalgo recenteeas pessoas não tinhammuitanoçãodo queera. Elas virameu eoAllandoCarmocrescendo tantonaSeleção,pois faço issodesdeos 14anos eele,desdeos 16. Aí, quandoentrou noprogramaolímpico,amodalidadepassou achamar maisatenção.

A idade pesa?Não tanto,pois é umesporte quetem uma longevidademaior queoutros aquáticos. Temmuitacompetição que 70% dos atletassãomasters. Issoestámudandoemais atletas jovens estão querendopraticar. Estamos sempre tentando

recrutar nadadores deprovas defundodapiscina, comoos 800metros ou os 1.500 metros. Épreciso ter autocontrole, temmuitocontato físico,então você vai tomarporradanadisputapor espaço.

Você já sofreu com essesgolpe s?Todaprovaacontece,não temjeito.Temdeestar preparado. Contornodeboia temdois metros quadradose50 pessoas precisampassar porali. Ocontato físicoé inevitável. Tembastantemaldade também.Quandoestánopelotão,émuitoraro ter ocontato.

Como surgiu o esporte nasua vida?Eu nadei umpouconapiscina,mas

naBahia temmuitas competiçõesdemaratonaaquática. Todofinaldesemana tinhaprova,e tomeigostopor isso. EraemMorrodeSãoPaulo,emMangueSeco, várioslocais turísticos,emcircuitos dointerior. Não tinhanemidadeparacompetir,porqueeraapartir de 13anos,eeu,com9,entãomeu paiprecisavaassinar um termoderesponsabilidadedizendo queeuestavaaptapara fazer aquilo,mostravaatestadomédico,paraqueeu fizesseaquilo quegostava.

Você abriu mão de muitacoisa para realizar o sonhoolímpico?Para ser atleta, vocêabdicade teruma vida social umpoucomaisbadaladadeacordocom sua idade.Hojenãoestou estudando, já fizdois anos de faculdade,mas resolvitrancar paramededicar ao sonhoolímpico,edepois dos Jogos querovoltar aestudar paraacabar ocursodeEducaçãoFísica. Agenteabdicadealgumas coisas paracolheroutras,mas depois sei que voupoder voltar e fazer isso.

Como você vê o seufavoritismo para os Jogosdo Rio?Faltamuitacoisaainda. Depois quefiquei foradeLondres,aprendibastante. Vou semprepassoapasso, faltam10 meses,éprecisoter muitopénochãoporqueémuito tempo,embreve voucompetir naChina,depois temoCampeonatoBrasileironaBahia,semprepensandonacompetiçãoseguinte,atéodia quechegar lá,emagostode 2016.

A torcida já sabe quevocê vai pintar o cabelo. Jápensou na cor daOlimpíada?É surpresa. A ideia vemnahora.Compreiacor roxapara levar praKazan,nunca tinha feito,eaídoisdias antes daprova,deu na telha, fuifazendoefoidandocerto.Noanopassado,meu cabeloestavabemgrande,corteiedoei,pois temgente queprecisaenecessita. Játivecabelogrande,curtinho,de vezem quando vou mudando.

As três medalhas conquistadas por Ana Marcela, no Mundial deKazan, credenciam ela como favorita ao pódio na Olimpíada

TEXTOAgênciaEstadoFOTORomanKruchinin/28/07/2015

FRASE

AnaMarcelaCunha.Nadado raAgenteabdicadealgumas coisas paracolher outras,masdepois sei que voupoder voltar e fazer”

Sobre a vida de atleta.

FENÔMENOAo todo, Ana Marcela Cunhatem seis medalhas emtorneios mundiais

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com 39VENCER

Com disputa pelo vice, F-1voltaaoMéxico,após 23 anos

Ocampeãoda temporada,Lewis Hamilton,nãopretendeajudar companheirodeequipe

TEXTO Das AgênciasFOTO MarkThompson/AFP

CIDADEDOMÉXICO

OGrande Prêmio do

México, fora do ca-lendário da Fór-mula 1, desde 1992,

volta a receber a categoria nes-te fim de semana, na primeiraexibição do britânico LewisHamilton, da Mercedes, comopiloto três vezes campeãomundial. A largada para as 71voltas será às 15h (de Manaus).

A última vez que a provaaconteceu, também no circuitode Hermanos Rodríguez, na

Cidade do México, o vencedorfoi um compatriota do dono docarro número 44, Nigel Man-sell, com a Willians, que tam-bém levantaria o troféu daque-la temporada.

Totalmente remodelado emodernizado, o palco da ante-penúltima etapa do Campeo-nato Mundial, terá mais umcapítulo da disputa pelo vi-ce-campeonato de Pilotos, en-tre os alemães Sebastian Vettel,da Ferrari, e Nico Rosberg, daMe r cede s.

Os compatriotas estão sepa-rados por quatro pontos (251 a247)e tiveramchancematemá-

tica de título até o GP dos Esta-dos Unidos, disputado no cir-cuito de Austin, em que Hamil-ton venceu e arrebatou o cam-peonato pela terceira vez nacarreira, no último domingo.

Felipe Massa, da Williams,por sua vez,lutapara terminar atemporadana quartacolocação.Atualmente com 109 pontos, obrasileiro vaiembuscade ultra-passar dois finlandeses, KimiRaikkonen, da Ferrari, que estácom 123, e o companheiro, Val-teri Bottas, que tem 111.

AMcLaren, quefez boacorri-da no EUA, com o britânico Jen-son Button chegando em sexto e

o espanhol Fernando Alonso em11º, sofrerácompunições,noMé-xico, outra vez. O primeiro seráobrigadoalargar no últimoposto,enquanto o segundo perderá 15lugares nogriddelargada.

Diferente do que aconteceuno último período de realiza-ção da prova, o GP terá pilotoda casa, Sergio Pérez, da ForceIndia. O nono colocado naatual temporada tentará igua-lar ou superar a marca de Pe-dro Rodríguez, um dos que ba-tiza o circuito, sexto colocadoem 1967, pela Cooper-Masera-ti.

O novo ‘Hermanos Rodrí-guez ’ tem como maior diferen-ça com relação ao traçado utili-zado entre 1986 e 1992 o fim dacurva chamada de Peraltada,que dava acesso à reta dos bo-xes, feita em alta velocidade.

4pontos separam o alemãoSebastian Vettel, da Fe r ra r i,docompatriotaNicoRosberg,daMercedes, queéo terceirocolocados doMundial.

OS NÚMEROS

Alemão Nico Rosberg busca o vice-campeonato da temporada e tem como principal concorrente ocompatriota Sebastian Vettel, da Ferrari

Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com30Mundo

OMS diz que tuberculose faz1,5 milhão de vítimas por ano

Doença seaproximadaaids comomaior responsávelpor mortes nomundo

TEXTO EstadãoConteudo

NOVAYORK

Dados divulgados pe-la OrganizaçãoMundial da Saúde(OMS), nesta sema-

na, apontam que a mortalidadepor tuberculose foi reduzidapela metade desde 1990, mas,ainda assim, a doença faz 1,5milhão de vítimas por ano. Em2014, a aids matou 1,2 milhãode pessoas. “A tuberculose ago-ra divide a liderança do rankingcom o HIV como os maioresresponsáveis por mortes nomundo”, indicou a OMS. Noano passado, a tuberculose ma-tou 890 mil homens, 480 milmulheres e 140 mil crianças.Dessas 1,5 milhão de vítimas,400 mil haviam sido infectadaspela aids.

Por ano, 9,6 milhões de no-

vos casos de tuberculose sãoregistrados - 54% deles estãona China, Índia, Indonésia, Ni-géria e Paquistão. O Brasil, ape-sar dos avanços, continua entreos 22 países considerados de‘alta incidência’ da doença. Em2014, 81 mil novos casos dadoença foram detectados.

A OMS admite que novosremédios, tecnologia para odiagnóstico e uma maior aten-ção dos governos conseguiramsalvar 43 milhões de vidas en-tre 2000 e 2015. Por ano, a inci-dência da tuberculose foi redu-zida em 1,5%, para uma quedatotal neste período de 18%.Mas a entidade alertou que omundo precisa de mais inves-timentos no setor e focar nodesenvolvimento de uma vaci-na. “Existem avanços. Mas, seo mundo quer colocar um fima essa epidemia, ele precisa in-

vestir em pesquisa e aumentaros serviços”, declarou a direto-ra-geral da OMS, Margaret

Chan. “O progresso ainda nãoé suficiente”, alertou o diretordo programa da OMS contra adoença, Mario Raviglione.“Ainda temos 4 mil pessoasque morrem por dia, e isso éinaceitável em uma era em quepodemos curar e diagnosticarcada pessoa com aids”.

Um dos maiores desafios, se-gundoaOMS,édetectar todososcasos de tuberculose. Da estima-tiva de 9,6 milhões de pessoasque teriam sido infectadas em2014,apenas6 milhõesforamin-formadas às autoridades nacio-nais. Isso significa que, pelomundo, 37% dos casos não sãodiagnosticados ou não foram in-formadosao sistemade saúde.“Aqualidade do tratamento paraessas pessoas é desconhecida”,alertou aOMS. Outroproblemaéainda a falta de tratamento paratodos os infectados.

Cr istinaquebrasilêncio epede apoiopara 2º turno

A presidente da Argentina,CristinaKirchner, quebrouo si-lêncio sobre as eleições presi-denciais do último domingo(25), quando seu partido,oPero-nista, sofreu um revés. O oposi-cionista Mauricio Macri dispa-rou nas urnas elevou opleitopa-ra o segundo turno, o primeironahistóriadopaís. Com 36% dosvotos, o governista Daniel Scioliteveamais baixa votaçãodahis-tóriados peronistas.

Com o resultado, CristinaKirchner retomou a campa-nha eleitoral destacando asdiferenças entre os dois pre-sidenciáveis. “Peço a reflexãoda cidadania porque isso nãosignifica somente que tere-mos um novo presidente. Éum presidente que repre-senta um modelo e as políti-cas de um país”, disse ela.

Tido como menos radi-cal, o governista Scioli nãorepresenta a continuidadedo kirchnerismo. Segundo aimprensa local, sua ausênciano pronunciamento na CasaRosada pode ser mais umaevidência de um desentendi-mento com a presidente.Além disso, em declaraçãode mais de três horas, ela nãocitou o nome de seu candi-dato nenhuma vez. “Somosdiferentes dentro de nossaprópria força, mas somosuma força política que estádisposta a levar adiante essaspolíticas que permitiram quemilhões de pessoas carentessaíssem da pobreza”, disseCristina. Scioli, por sua vez,negou qualquer desavença,dizendo que “a mensagemda presidente foi muito clarae contundente”.

CristinaKirchner disse que seugoverno reduziu apobreza

AE

FRASE

Margaret Chan.

Diretora-geral da

OMS

Existemavanços. Mas,seomundo quercolocar umfimaessaepidemia,eleprecisainvestir empesquisaeaumentar os serviços”Sobre combate à tuberculose.

40 RADARDENOTÍCIAS

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Domingo, 1 de novembro de 2 015Diário do Amazonas | visite D24am.com

Brasil fica entre os piores países do mundo para a juventude,aponta levantamento que mede as perspectivas econômicas

(MarcelloCasal/ABr)

Airbus A-321 da companhia russa Kogalim caina península do Sinai com 224 pessoas a bordo

OlgaMaltseva/AFP

O Brasil aparece entre os cinco piores colocados em um ranking que mede as perspectivas econômicas para os jovens abaixo de 25 anos de idadeem 64 países, divulgado nesta semana. O índice Youthoconomis usa 59 indicadores coletados de organizações internacionais como o BancoMundial, a Unesco e a OCDE para medir dados como saúde, oportunidades de educação, acesso a emprego, participação política, otimismo, entreoutros. O Brasil fica em 60ª lugar, seguido por Uganda, Mali, África do Sul e Costa do Marfim. No ranking específico sobre perspectiva para jovens, oPaís cai para 63º lugar. Porém, no quesito ‘otimismo entre os jovens’, o Brasil sobe para a 32ª posição. No quesito ‘finanças públicas’, o Brasil é o piorcolocado, precedido de Japão, EUA, Bélgica e Coreia do Sul. “Eles têm grandes responsabilidades, e suas populações sofrem declínio”, diz orelatório. A Noruega ocupa a primeira colocação no ranking geral, seguida de Suíça, Dinamarca, Suécia e Holanda. Na América do Sul, o mais bemcolocado é o Chile, na 24ª posição, enquanto a Argentina fica em 43º. Os EUA ficam em 13º lugar, atrás de Nova Zelândia, Canadá e outros. Noquesito ‘oportunidades econômicas’, a China é número 1. Segundo o criador do índice, Felix Manquardt, o sucesso de um país depende de doisfatores: se ele está disposto a se transformar para atrair jovens e se tem capacidade econômica de fazê-lo.

Umavião russocaiu napenínsuladoSinai,noEgito,neste sábado,com 217 passageiros e sete tripulantes abordo.As causas doacidenteainda sãodesconhecidas. Oavião, umAirbus A-321dacompanhiaKogalimAvia,decolouda região turísticadeSharmel-Sheikh,noMar Vermelho,comdestinoaSãoPetesburgo,naRússia. Amaioriadospassageiros eraformadapor turistas russos. Oórgãodeaviação russoRosaviatsiyaafirmou,emnotaoficial, queoaviãodeixou defazer contatocomocontroleaéreodoChipre 23 minutos após adecolagemedesapareceu doradar, quandoestavaa9.144metros dealtitude. AautoridadedeaviaçãocivildoEgitoconfirmou quedestroçosdoaviãoforamlocalizados numaáreamontanhosana regiãodeHassana,nortedoSinai. Membros das equipesegípcias debuscae resgateinformaram quenãohá sobreviventes.

Alex Bruno Malta Fontes,de 20 anos, foiassassinado a tiros, emManaus, em frente à casadele, no Beco SãoMarcos, bairro Compensa2, zona oeste, na últimasexta-feira. De acordocom a DelegaciaEspecializada emHomicídios e Sequestros(DEHS), dois homens,não identificados, seaproximaram, em umamotocicleta preta, e oque estava na garupaefetou os disparos, àq u eima- ro u pa .

COMPENSAJovem é assassinadoa tiros por motoqueiros,no Beco São Marcos

CIDADES

Suspeito de matarpedreiro a tiros, nazona norte, é presologo após o crimeAldemir Gama de Casiro, 25,foi preso, na noite da últimasexta-feira, suspeito de matar atiros o pedreiro Gabriel AlexonLobato Pereira, 21. Segundo aDelegacia Especializada emHomicídios e Sequestros(DEHS), o crime ocorreu naRua Chico Mendes, bairroColônia Terra Nova 2, zonanorte de Manaus. O suspeitofoi preso minutos depois docrime, por uma guarnição da15ª Companhia InterativaComunitária (Cicom), no bairroColônia Terra Nova.

POLÍTICA

Marcelo Ramosassume diretóriomunicipal do PRem ManausO ex-deputado estadualMarcelo Ramos tomou posse,neste sábado, na presidênciado Diretório Municipal doPartido da República (PR),liderado no Amazonas pelodeputado federal AlfredoNascimento, presidentenacional do partido, emsolenidade no auditório do DaVinci Hotel. Ramos recebeuautorização de Nascimento,para organizar o partido paratentar viabilizar umacandidatura à Prefeitura deManaus, no ano que vem.

Um adolescente, de 14 anos,foi apreendido, nestesábado, em Manaus,suspeito de matar, com umafacada, o primo dele, ErlonFábio Sales Barreto, 20,enquanto bebiam cerveja,em frente à casa da vítima,na Rua Comendador J. G. deAraújo, bairro SantoAntonio, zona oeste,segundo o cabo da PolíciaMilitar Francisco Rosilane.Deacordocomele,oadolescentefoiapreendidonacasadamãedele,comafaca usadanocrime. ”Omenor jáesperavaanossachegadapara seentregar”,disse. Amãedoadolescente,RitaFerreira,42,disse queofilhoalegou quematou oprimopara sedefender deagressões. A tiados doisjovens,RosanaAugustoBarreto,disse queeles eramusuários dedrogas.

FACADAAdolescente mata o primoem discussão durante‘bebedei ra ’, em Manaus