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bibliomania b o l e t i m n º 3 d a s b i b l i o t e c a s d o a g r u p a m e n t o d e e s c o l a s l i m a d e f r e i t a s , e m s e t ú b a l
nOtícias da BE\
E eis que, repentinamente, tudo muda na vida da escola
assim como nas nossas.
A presença que era feita de conversas, risos, abraços e
cumplicidades é substituída por máquinas e ecrãs.
As salas da escola esvaziam-se de sons enquanto as das nos-
sas casas passam a ecoar vozes dentro e fora dos monitores.
As vidas doméstica e profissional misturam-se e tornam-se
inseparáveis.
As famílias, antes distanciadas fisicamente, reúnem-se por
força de um confinamento que, contudo, nem sempre as
aproxima.
E enquanto isto acontece, “o mundo pula e avança”. Tudo
fazemos para reinventar o ensino e manter os elos que o
sustêm. Entre reuniões, formações e aulas, os dias suce-
dem-se, as dúvidas sobre o futuro acentuam-se e as incer-
tezas do presente multiplicam-se.
O mundo mudou e a grande incógnita é saber se mudou pa-
ra sempre ou se tudo voltará ao que era dantes.
Uma coisa é certa – todos nós queremos fazer parte desse futuro. E quando ele chegar,
queremos que chegue saudável e rejuvenescido e que os abraços agora virtuais e distantes
se tornem de novo próximos e bem apertados. Já em setembro. Até lá.
https://www.instagram.com/belimafreitas/https://recreiodasletras.wordpress.com/2008/11/22/pedra-filosofal-antonio-gedeao/mailto:[email protected]://pt-pt.facebook.com/Biblioteca-Lima-de-Freitas-218024101603459/http://www.agrupamentolimafreitas.org/site/http://belimadefreitas.blogspot.com/
Concurso Nacional de Leitura – Fase Municipal
As alunas Beatriz Sofia dos Santos Branco (1.º ci-
clo), Maria Inês Henriques Telhal (2.º ciclo) e So-
raia Filipa Galiar Pereira (3.º ciclo) estão de pa-
rabéns por terem conseguido o apuramento para
a fase intermunicipal do Concurso Nacional de
Leitura, em representação do nosso Agrupamen-
to.
Apesar de esta fase ter sido cancelada, as alunas
apuradas ficaram mais ricas por terem lido as
obras recomendadas.
Independentemente de tudo, o que importa sem-
pre é continuar ALER+.
Campeonato Nacional LITERACIA 3Di Apurados para a fase distrital do Campeonato Nacional de LITERACIA 3Di
Escola EB 2,3/S Lima de Freitas _________________________________ Matemática - Ana Silva – 5.ºE (38%) _________________________________ Ciência - Sofia Moscão – 6.º E (62%) _________________________________ Leitura - Gonçalo Ribeiro – 7.ºB (65%) _________________________________ Inglês - Íris Mendes – 8.ºE (97%) _________________________________
A competição foi cancelada devido à pandemia COVID-19.
Obras Selecionadas 1.º Ciclo
2º Ciclo
3º Ciclo
Secundário
http://pnl2027.gov.pt/np4/CNL2020.htmlhttp://pnl2027.gov.pt/np4/CNL2020.htmlhttp://pnl2027.gov.pt/np4/home
A floresta agradece
O projeto de articulação curricular VivaFloresta das turmas 8.º A e 8.º B, da responsabili-
dade dos conselhos de turma respetivos, foi desenvolvido ao longo de vários meses, tendo
sido adaptado após o início da pandemia Covid-19.
As turmas envolvidas trabalharam no âmbito de várias disciplinas e, antes da interrupção
das aulas presenciais, na biblioteca (sob orientação da professora bibliotecária), desenvol-
veram uma oficina de leitura e escrita subordinada ao tema “Ler as Árvores”.
A conclusão do projeto coincidiria com
uma grande exposição dos vários traba-
lhos desenvolvidos no espaço da bibliote-
ca. Como tal não foi possível, a bibliote-
ca ofereceu aos alunos e professores en-
volvidos no projeto a sugestão de reali-
zação da exposição num mural Padlet,
tendo apoiado na sua concretização.
O resultado está à vista e todos os envol-
vidos estão de parabéns. Visitem a expo-
sição e deixem as vossas reações ao exce-
lente trabalho desenvolvido pelos alunos
do 8.º A e 8.º B.
https://padlet.com/bibliotecaslimafreitas/jjuyl2hw0421xz1z
Dia da Criança
No “Dia da Criança” a
obra “Orelhas de Borbo-
leta”, de Luisa Aguilar,
em vídeo, visitou as cri-
anças que a exploraram
ludicamente e deram
“largas” à criatividade e
imaginação fazendo au-
torretratos bi ou tridimen-
sionais, reutilizando mate-
riais.
Uma articulação da Bibli-
oteca com os professores
titulares e com o profes-
sor de Artes do Agrupa-
mento - Fernando Cacela.
Algumas das obras de ar-
te…
https://padlet.com/featureshttps://padlet.com/bibliotecaslimafreitas/jjuyl2hw0421xz1zhttps://youtu.be/3qQtdCEz6J8https://youtu.be/3qQtdCEz6J8http://mariapublishing.blogspot.com/2013/04/entrevista-la-escritora-asturiana-luisa.html
Kahoot no “Crescer com o PNL”
A atividade “Crescer
com o PNL”, mesmo à
distância, aconteceu
e promoveu a leitura
autónoma, no digital.
A exploração leitora
fez-se através de
questionários Kahoot,
adaptados às várias
obras e anos de esco-
laridade. Momentos
divertidos de aprendi-
zagem!
10 Minutos a Ler
Uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura a que os
nossos alunos não ficaram alheios.
Muitos foram os alunos e famílias a participar na atividade 10 Minutos a Ler, proposta pe-
lo Plano Nacional de Leitura.
Aqui ficam alguns registos desses momentos de leitura.
https://kahoot.com/home/mobile-app/http://www.pnl2027.gov.pt/np4/acoes?cat=Projetoshttp://www.pnl2027.gov.pt/np4/10minutosaler.html
Kid’s Guernica
No âmbito do projeto Kid’s Guernica, a turma do 8.º D desenvolveu um trabalho de pes-
quisa e criação artística ao longo do primeiro e segundos períodos, sob coordenação da
professora Carla Belchior e com o apoio da biblioteca escolar.
Desde a pesquisa em torno da obra Guernica, até ao debate de ideias sobre o tema desta
edição - “A Participação, como ferramenta da Paz e da Igualdade” – os alunos foram de-
senvolvendo vários esboços e produzindo os seus trabalhos. Alguns não ficaram concluídos,
no entanto, a riqueza do percurso e da participação no processo foram suficientes para
tornar a experiência única e inesquecível.
No final, a biblioteca apoiou no processo de recolha e apresentação dos trabalhos, cuja
súmula poderá ser consultada aqui.
https://padlet.com/bibliotecaslimafreitas/4yadmgplbf60sggh
Parabéns à professora Carla Belchior e à turma 8.º D que nos fizeram representar no pro-
jeto e obrigada à AMRS pela louvável iniciativa.
https://www.amrs.pt/pages/731https://ensina.rtp.pt/artigo/guernica-morte-e-arte/https://padlet.com/bibliotecaslimafreitas/4yadmgplbf60sggh
e s t á s aqui,
e s tás a ler!
Já conhecem Afonso Cruz?
Deixamos-vos aqui duas
sugestões de poesia e
prosa que não vão que-
rer perder.
Dois livros onde a sen-
sibilidade impera e as
palavras, por mais leves
que sejam, transportam
grandes mensagens.
Como exemplo, fica o
poema de Paz Traz
Paz “Diferenças entre
vivos e mortos”
Já não sei quem é que
me disse
Que a sabedoria traz
paz. Não
Tenho a certeza do que é
exatamente a sabedoria,
Mas a minha mãe diz
que há pessoas que
Quanto mais leem mais
sabem,
Outras que
Quanto mais leem me-
lhor sabem.
E é essa a diferença en-
tre saber e ser sábio.
É essa a diferença entre
acabadinhos de chegar...
L I V R O S … … … … … … … … … … … … … …
. A rainha das cores, de Jutta
Bauer
. A última árvore, de Maria
Inês Almeida
. Frederico, o cinto de segu-
rança, de Manuela Mota Ri-
beiro
. João no Rally de Portugal,
de Maria Inês Almeida
. Lá Fora - Guia para desco-
brir a natureza, de Inês Tei-
xeira do Rosário e Maria Ana
Peixe Dias
. Livres e Iguais, de Ana Ma-
ria Magalhães e Isabel Alçada
. O dia em que os lápis desis-
tiram, de Drew Dalt
. O Livro do Pedro (Maria dos
7 aos 8), de Manuela Bacelar
. O menino rejeitado por ser
diferente, de Francisca Zam-
bito
. Orelhas de Borboleta, de
Luísa Aguilar
. Plasticus Maritimus, de Ana
Pêgo e Isabel Minhós Martins
. Porque é que os animais
não conduzem?, de Pedro So-
romenho
. Proteger o ambiente, Edito-
termó m e t r o da BE
Quente
A disponibilidade e empe-
nho da comunidade educa-
tiva durante a implemen-
tação do Plano E@D.
Morno
O regresso às aulas presen-
ciais dos 11.º e 12.º anos...
Frio
O vírus, o confinamento,
a sobrecarga de horas no
computador.
https://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=1400
uma enciclopédia
E um filósofo.
https://www.facebook.com/pages/category/Author/Afonso-Cruz-1573193082910892/
ra Educação Nacional s/a
. Somos os 99%, de Marc Gra-
no e Gonzalo Fanju
. Três com Tango, de Justin
Richardson
Leitora do mês…
página aberta...
A bibliomaníaca deste n.º é a Margarida Melo do
9.º E que nos sugere O Poder, de Naomi Alder-
man.
Acabei de ler… O que eu gostei neste livro foi o facto de ele me
ter apresentado uma realidade completamente
diferente da atual.
Neste livro, as mulheres depois de ganharem "o
poder" começam a transformar o mundo, em
busca de igualdade para com os homens. Duran-
te o livro vemos as mulheres a tornarem-se
cruéis, cegas pelo ódio e pela vingança, enquan-
to os homens se vão tornando cada vez mais sel-
- HI Google, Olá Cortana, bom dia Alexa, Siri?…
O que é o Ensino à Distância ?
Experimentem fazer esta pergunta e terão a resposta
de forma imediata… escrita e áudio…
Podem fazê-lo em qualquer língua e se tiverem as fer-
ramentas digitais adequadas poderão fazê-la recorren-
do a processadores de escrita áudio ou que possibili-
tem a interpretação da língua gestual que falam.
Serão conduzidos a informações, vídeos, … e milhares
de páginas sobre o tema que facilitarão a vossa pesqui-
sa e possibilitarão a construção do vosso conhecimento.
É algo fantástico que nos rodeia. Algo quase mágico pa-
ra as gerações de alguns/mas de nós. Algo que é parte
integrante do universo de quem nasceu durante as duas
últimas décadas. Os nossos alunos e alunas.
O momento singular que vivemos exigiu de todos nós, a
uma escala global, um esforço de rápida adaptação
pessoal e social que nos permitiu enfrentar os desafios
das alterações e das mudanças introduzidas a diferen-
tes níveis.
Uma das nossas características de espécie é a capaci-
dade de rápida aprendizagem e de adequação às cir-
cunstâncias que marcam a nossa existência. Sobretudo
quando o perigo espreita e a sobrevivência se coloca
em causa.
Nestes momentos a habitual resistência à mudança dei-
xa de ser norma para se tornar ação secundária.
O confinamento, o distanciamento social como resposta
ao surto pandémico tornaram evidente a necessidade
de olharmos para as ferramentas digitais disponíveis
como auxiliares pedagógicos de extrema importância
para o trabalho educativo.
Muito há, do ponto de vista académico e científico, a
https://www.facebook.com/pages/category/Author/Afonso-Cruz-1573193082910892/https://www.facebook.com/pages/category/Author/Afonso-Cruz-1573193082910892/https://www.facebook.com/pages/category/Author/Afonso-Cruz-1573193082910892/https://www.facebook.com/pages/category/Author/Afonso-Cruz-1573193082910892/https://reader.wook.pt/?mode=preview&sample=21813588-0-BS&ru=https%3A%2F%2Fwww.wook.pt%2Flivro%2Fo-poder-naomi-alderman%2F21813588&bu=https%3A%2F%2Fwww.wook.pt%2Flivro%2Fo-poder-naomi-alderman%2F21813588%3Fadd-to-cart%3D1http://www.naomialderman.com/http://www.naomialderman.com/
vagens e vulneráveis com sede por recuperar o
que um dia foi deles.
A união feminina e a visão de um mundo com
igualdade, fazem deste livro uma leitura essen-
cial para todas as mulheres.
Juntas somos mais fortes!
Margarida M.
dizer sobre este tema.
Neste texto de pequena dimensão procurarei referir os
aspetos que considero de primordial importância na
análise atual do tema.
Considero, em primeira instância que, a imersão rápida
em ambientes educativos virtuais e digitais criaram em
nós algumas confusões sobre as quais importa refletir:
1. É necessário evitar confundir Ensino à Distância
(E@D), enquanto modalidade de ensino articulado com
o Ensino Presencial, com a metodologia generalizada
adotada pelos sistemas educativos de ensino, numa fase
especial de vida marcada pelo distanciamento e pelo
confinamento social.
A título de exemplo, podemos referir que na Educação
e no Ensino as experiências de Ensino à Distância de-
senvolvidas e adotadas em situações especiais em que
os cuidados de saúde podem exigir o internamento ou o
distanciamento existem há décadas a par de Platafor-
mas Educativas com passado histórico no uso das Tec-
nologias da Informação e da Comunicação (TIC) como o
Moodle, ou das modalidades de ensino e de formação
profissional baseadas em modalidades de e-learning e
de b-learning.
Pessoalmente não creio que a noção E@D seja, para o
senso comum, a definição adequada para uma metodo-
logia de ensino mediada pela internet e pelas ferra-
mentas web disponíveis.
No contexto atual, em que nos encontramos imersos em
ambientes virtuais, falar de distância é no mínimo para-
doxal. Estamos conectados 24 horas por dia, coexistimos
em espaços em que a Rede é omnipresente, temos aces-
so wifi nas nossas escolas, nos nossos telemóveis, consul-
tamos e participamos em redes sociais,...
Comunicamos e aprendemos a um ritmo nunca experi-
enciado na História da Humanidade.
O que o momento singular que vivemos tornou percetí-
vel num repente foi a necessidade de repensarmos a
Educação, o Ensino e a utilização das ferramentas digi-
tais disponíveis, de uma forma nunca antes praticada,
apesar das décadas de formação inicial e contínua no
uso das Tecnologias da Informação da Comunicação em
ambientes educativos.
Ter uma ferramenta disponível não significa obrigatori-
amente que a utilizemos.
O martelo pode estar esquecido na caixa das ferramen-
tas, quando ela existe, e só ser utilizado esporadica-
mente quando necessário.
Por vezes optamos por martelar com o objeto disponí-
vel mais à mão, ou chamamos alguém que pensamos
ser mais apto para a tarefa de martelar, apenas para
evitar a deslocação até ao local onde a ferramenta se
encontra disponível. Adicionalmente evitamos aprender
a martelar sem que isso tenha diretamente algo a ver
com as nossas competências pessoais (que podem ser
desenvolvidas e que a utilização contínua ajudar a de-
senvolver).
Anacronicamente esta imagem poderia ser utilizada em
Educação e no Ensino.
A sua forma processual continua a ser marcada por fina-
lidades, métodos, metodologias e estratégias herdadas
do século passado e pensadas para uma realidade e pa-
ra um público em tudo diferente dos alunos e das alu-
nas que frequentam, na atualidade, as nossas escolas.
A utilização e o recurso ao manual escolar é disso um
exemplo.
A deslocalização forçada da sala de aula do espaço es-
colar edificado para as nossas casas, os nossos escritó-
rios, …, para o nosso espaço de distanciamento social e
de confinamento pessoal (outro espaço edificado), alte-
rou as necessidades.
De repente, de forma nunca experienciada, passámos a
ter uma sala de aula em que o grupo coexistia no ambi-
ente Internet porque estava impedido de se encontrar
no mesmo espaço físico.
O Ambiente Internet tomou conta das nossas vidas.
Obrigou-nos a recorrer a estratégias nunca utilizadas, a
recursos desconhecidos ou olhados de soslaio, a procu-
rar apoios, a cooperar, a realizar formação e autofor-
mação profissional,…
Desassossegou o que tínhamos por certo e permanente.
Lentamente fomos vencendo os receios iniciais, ultra-
passando os constrangimentos, afinando procedimen-
tos, aprendendo com e pela ação.
Plataformas de Ensino e de Aprendizagem, Espaços
Educativos Virtuais, ferramentas Web, …, tomaram
conta do nosso léxico gramatical e passaram a fazer
parte do nosso quotidiano.
Começamos a saber realmente o que era a Google Clas-
sroom, a Plataforma Teams da Microsoft, o Edmodo, a
Khan Academy,… e a utilizar diferentes ferramentas e
aplicações digitais (apps) que nos ajudam a rentabilizar
e a otimizar o nosso processo de ensino e de aprendiza-
gem. Que nos ajudam a levar mais longe a possibilidade
de ajudar os nossos alunos e alunas a chegar mais longe
e a desenvolverem as competências adequadas ao sécu-
lo XXI e a futuro comum.
Neste e-Ambiente as noções de espaço de tempo tor-
nam-se difusas. Estamos juntos procurando que as fer-
ramentas disponíveis otimizem o nosso encontro.
O que nos conduz a uma segunda confusão.
2. Em ambientes virtuais não é possível a Inclusão. A
Inclusão faz-se quando estamos juntos e participamos
ativamente nas mesmas atividades podendo, para isso,
utilizar as diferentes competências que possuímos.
Esta tentativa de procurar qualificar a realidade é uma
falácia emocional. Os nossos mecanismos cognitivos fa-
zem uma leitura da realidade sem constrangimentos fí-
sicos tal como o fazem perante fenómenos que pode-
mos considerar sobrenaturais.
Nenhum mecanismo biológico ou cognitivo de gratifica-
ção pessoal tem diretamente a ver com a presença física
como sempre a imaginámos ou continuamos a imaginar.
Na realidade vivemos, sem dar por isso, num e-
Ambiente. Um ambiente digital imersivo, invisível, sem
espaço nem tempo, que as redes 5 G emergentes irão
evidenciar e tornar «real». Vivemos num novo real.
Neste ambiente virtual, em que a Escola é multidimen-
sional, a Inclusão será processualmente qualificada de
acordo com a otimização do seu reconhecimento.
Possibilitar a atividade e a participação de tod@s nos
processos educativos e nas atividades a desenvolver é o
desafio presente em ambientes educativos presenciais,
em ambientes educativos não-presenciais, ou em moda-
lidades de E@D.
Sistemas operativos como o Windows, o IOS ou o An-
droid possuem um conjunto integrado de ferramentas
de acessibilidade e de desenho universal para a apren-
dizagem (DUA) que possibilitam a atividade e participa-
ção de tod@s, independentemente das necessidades
individuais, de uma forma nunca vivida ou relatada na
História da Educação. O mesmo acontece com os dife-
rentes browsers, a maioria das páginas de internet dis-
poníveis, com as apps dedicadas, as ferramentas de
acessibilidade, as Plataformas Educativas e Digitais, as
Redes Sociais,…
Na atualidade, cidadãos e cidadãs portadores de defici-
ências motoras e/ou sensoriais (incluindo idosos ou uti-
lizadores pouco habituais das redes) encontram os pro-
cessos de participação ativa individual e de convivência
social facilitados e otimizados.
E voltamos ao início.
Como incluir, como nos incluirmos, num mundo marca-
do pelo distanciamento e pelo confinamento social.
Deixo algumas afirmações e algumas questões:
• É necessário repensar o papel profissional da Edu-
cação Especial num mundo marcado pela tecnologia em
que o ensino não presencial se tornará norma;
• Torna-se premente que na Educação Especial se
pense o próprio conceito e se repense o papel do do-
cente de educação especial enquanto técnico especiali-
zado de ensino;
• Importa que enquanto docentes sejamos capazes
de distinguir as diferentes situações apresentadas pelos
nossos alunos e alunas identificando claramente aque-
las em que o suporte presencial individual é primordial
e de difícil substituição (ex. situações em que o défice
cognitivo, a doença mental, a deficiência mental ou os
problemas emocionais exijam um apoio físico à otimi-
zação e ao desenvolvimento da atividade e da partici-
pação ou situações em que o apoio familiar seja insufi-
ciente e não facilitador);
• Face a esta realidade e ao reconhecimento formal
da importância do E@D, o Estado tem de assumir o seu
papel dinamizador da Inclusão e evitar, numa base de
igualdade e de equidade, a Exclusão social de todos os
cidadãos. E isso implica claramente fomentar a inclusão
digital e evitar a infoexclusão;
• É fundamental a instalação nos espaços físicos das
escolas de espaços de aula digitalmente adequados, in-
clusivos, multimodais e multifuncionais dinâmicos e em
que as ferramentas digitais atualizadas funcionem e es-
tejam permanentemente atualizadas é condição neces-
sária para a Inclusão na atualidade (permitirá que a
educação presencial seja complementada, de forma
unitária e articulada, pelo E@D);
• Torna-se evidente que os agentes educativos e os
integrantes da comunidade educativa devem possuir as
ferramentas adequadas para que a Inclusão de tod@s
seja uma realidade. Neste contexto apoiar economica-
mente, através de programas de aquisição acessíveis ou
da adoção de medidas fiscais ou prémios, a compra de
computadores, de tablets e de outros equipamentos in-
formáticos e de acesso à Internet a profissionais da
educação e a alun@s é fundamental. Serão poucas as
profissões em que os profissionais tenham de comprar
as próprias ferramentas necessárias ao exercício exigido
pelos responsáveis políticos como o que acontece aos
profissionais de educação.
João Paulo Amaral
(professor de Educação Especial)
j á f o s t e a o...?
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