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Há diferença entre os termos Romantismo e romantismo – com a inicial maiúscula e minúsculas. Observe o texto abaixo. ele trata das origens do romance e da permanência do romantismo. “A fotonovela e a novela de televisão desempenham, no século XX, papel semelhante àquele do romance do século XIX. O romance, tal como o conhecemos hoje, surgiu no final do século XVIII. De início, era ainda considerado um tipo “inferior” de literatura, consumido por um público menos intelectualizado, menos exigente que a aristocracia. Esse público era a burguesia, que se consolidou com a Revolução Francesa. Sem preparo intelectual, o burguês não conhecia as convenções da literatura clássica – como a mitologia, a Antigüidade histórica , as regras dos gêneros literários. Eram leitores que apreciavam sobretudo obras que despertavam a emoção, em detrimento daquelas que estimulavam a razão. Além disso, preferiam ver nas obras literárias, tanto em prosa quanto em verso, referências às coisas locais e regionais, em vez de referências a fatos ou idéias universais, como era comum na literatura clássica. Foi para atender à expectativa desse público que surgiu o romance. O romance é, portanto, uma espécie do gênero narrativo cuja forma e intenção têm raízes burguesas. Não apresenta antepassados na literatura greco–latina”. Análise do texto: 1.Em relação à literatura no século XIX, pode-se afirmar: § A Literatura era objeto de consumo de ” um público menos intelectual ”. § O romance tinha a função de entretenimento, que foi substituída,hoje, pelas telenovelas. 2. Em relação às origens do Romantismo, conforme o texto acima ainda pode-se afirmar: § A aristocracia consumia uma forma de literatura , cuja compreensão exigia maior conhecimento da antigüidade

2ª geração romântica

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Há diferença entre os termos Romantismo e romantismo – com a inicial maiúscula e minúsculas. Observe o texto abaixo. ele trata das origens do romance e da permanência do romantismo. 

    “A fotonovela e a novela de televisão desempenham, no século XX, papel semelhante àquele do romance do século XIX. O romance, tal como o conhecemos hoje, surgiu no final do século XVIII. De início, era ainda considerado um tipo “inferior” de literatura, consumido por um público menos intelectualizado, menos exigente que a aristocracia. Esse público era a burguesia, que se consolidou com a Revolução Francesa. Sem preparo intelectual, o burguês não conhecia as convenções da literatura clássica – como a mitologia, a Antigüidade histórica , as regras dos gêneros literários. Eram leitores que apreciavam sobretudo obras que despertavam a emoção, em detrimento daquelas que estimulavam a razão. Além disso, preferiam ver nas obras literárias, tanto em prosa quanto em verso, referências às coisas locais e regionais, em vez de referências a fatos ou idéias universais, como era comum na literatura clássica. Foi para atender à expectativa desse público que surgiu o romance. O romance é,  portanto, uma espécie do gênero narrativo cuja forma e intenção têm raízes burguesas. Não apresenta antepassados na literatura greco–latina”.

 

 Análise do texto:

1.Em relação à literatura no século XIX,  pode-se afirmar:  § A Literatura era objeto de consumo de ” um público menos intelectual ”.  § O romance tinha a função de entretenimento, que foi substituída,hoje, pelas  telenovelas. 2. Em relação às origens do Romantismo, conforme o texto acima ainda pode-se afirmar:  § A aristocracia consumia uma forma de literatura , cuja compreensão exigia  maior conhecimento da antigüidade clássica. §  A burguesia era uma classe de pessoas que não mostrava interesse por  temas  clássicos. §  A realidade vivencial e aspectos regionais eram temas preferidos pelos românticos. § Fatos ou idéias universais não estavam sempre presentes nos romances românticos, pois, conquanto fosse um tema clássico, esta distante da realidade palpável do romântico. § O romance surgiu para veicular ideais da literatura romântica.  3. Aspectos filosóficos: 3.1. Foi um ideal de liberdade, que professava através de sua ideologia, a necessidade de o País se auto-afirmar como nação, expressando esses ideais nacionalistas através da arte. 3.2. O romântico expressava, com freqüência, evasão e devaneio na busca de seus ideais. 3.3. O indianismo é uma das formas mais representativas do nosso nacionalismo literário no Romantismo. 3.4. O índio é o nosso “herói grandioso” da idade média, equiparando-se com os heróis evocados no romantismo europeu.

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3.5. Valorização da natureza como refúgio seguro e aceitação do mistério, também são dois importantes temas românticos.  

2ª GERAÇÃO

A segunda geração baseou-se em uma arte totalmente voltada para o desapego a este nacionalismo e “mergulhou” em um exacerbado sentimentalismo e pessimismo doentio como forma de escapar da realidade e dos problemas que assolavam a sociedade na época.

E para falarmos mais especificamente sobre a segunda geração, é de fundamental importância sabermos que os autores nela consagrados sofreram influências do poeta inglês Lord Byron, autor de uma criação poética agressiva contra a sociedade e que a figura do poeta confundia-se com a de seus heróis – melancólicos - misteriosos e sombrios.

Também conhecida como Mal do século, a segunda geração romântica foi caracterizada pelo extremo subjetivismo, onde o culto ao “eu” revelava um extremo egocentrismo que culminava com o sentimento de morte, dúvida e obscuridade. As principais figuras artísticas que se destacaram neste período foram: Álvares de Azevedo, Junqueira Freire, Casimiro de Abreu e Fagundes Varela.

Todos estes poetas não conseguiram atingir a plenitude de sua juventude, pois morreram precocemente atingidos pelas patologias advindas do modo de vida que levavam. Devido ao pessimismo já mencionado anteriormente, eles preferiam os lugares escuros, sombrios, úmidos para se estabelecerem, e ainda eram boêmios noturnos assíduos e tinham a bebida como foco principal, uma vez que esta funcionava com válvula de escape para os mesmos.

A temática pregada por eles baseava-se no sonho, no devaneio, o amor era aquele platônico, a mulher era vista como uma figura inatingível, impalpável, vista mais no plano espiritual do que no material.

Vejamos agora uma poesia de Álvares de Azevedo:

Soneto (Álvares de Azevedo)

Pálida, à luz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada, Como a lua por noite embalsamada, Entre as nuvens do amor ela dormia! Era a virgem do mar! Na escuma fria Pela maré das águas embalada! Era um anjo entre nuvens d'alvorada Que em sonhos se banhava e se esquecia! Era mais bela! O seio palpitando... Negros olhos as pálpebras abrindo... Formas nuas no leito resvalando... Não te rias de mim, meu anjo lindo! Por ti - as noites eu velei chorando, Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!

Aqui podemos perceber a figura da mulher vista como algo intocável, desejada somente em sonho e jamais conquistada, pois predomina o sentimento de evasão, de falta de autenticidade.

A segunda geração do Romantismo tem seus traços mais facilmente identificáveis no campo da poesia e seu marco inicial é dado pela publicação da poesia de Álvares de Azevedo, em 1853. Em vez do índio, da natureza e da pátria, ganham ênfase a angústia, o sofrimento, a dor existencial, o amor que oscila entre a sensualidade e a idealização, entre outros temas de grande carga subjetiva. Exemplares desse período são as obras de Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Álvares de Azevedo.

Em 1856, com a polêmica em torno no poema A Confederação dos Tamoios, de Gonçalves de Magalhães, ganha expressão a figura de José de Alencar, o mais

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importante prosador do Romantismo brasileiro. Nas objeções que faz a Magalhães, Alencar manifesta sua posição a respeito das correntes nacionalistas e delineia o programa de literatura indianista que seguiria nos anos seguintes. As premissas de O Guarani (1857), Os Filhos de Tupã (1863), Iracema (1865) e Ubirajara (1874) estão formuladas nos artigos escritos a propósito da polêmica.

A ficção com ambientação urbana toma corpo neste período. Iniciada com A Moreninha, de Macedo, a linhagem tem continuidade com Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Publicado em folhetim entre 1852 e 1853, o livro pode ser lido como uma reação aos hábitos inspirados no "refinamento" da corte. Assim como os livros de Macedo, foi sucesso de público e contribuiu para a criação do romance brasileiro.

Bernardo Guimarães, Varnhagen, Pereira da Silva, Luís Gama, José Bonifácio e Machado de Assis também tiveram participação importante na produção intelectual do período. Além das atividades como poetas ou romancistas, eles protagonizaram o debate de idéias, geralmente veiculado pela imprensa, de fundamental importância para a consolidação da literatura no Brasil.

A publicação do livro Poesias, de Álvares de Azevedo, em 1853, é considerada por parte da crítica como marco inicial da segunda geração do Romantismo no Brasil. Essa geração, cujos maiores expoentes são Álvares de Azevedo, Fagundes Varela e Casimiro de Abreu, tem a marca do ultra-romantismo. A angústia, o sofrimento, a dor existencial, o amor que oscila entre a sensualidade e a idealização são alguns dos temas de grande carga subjetiva que tomam o lugar do índio, da natureza e da pátria, dominantes na geração anterior.

Essa exacerbação da sentimentalidade e das fantasias da imaginação mórbida exige uma versificação mais livre, menos apegada a esquemas formais preestabelecidos, e define as obras poéticas de maior impacto do período, como Um Cadáver de Poeta, de Álvares de Azevedo.

Inspirados pelo inglês Byron, pelo italiano Giacomo Leopardi e pelos franceses Alphonse de Lamartine e Alfred de Musset, os poetas da segunda geração escrevem poemas que sugerem uma entrega total aos caprichos da sensibilidade e da fantasia, abordando temas que vão do vulgar ao sublime, do poético ao sarcástico e ao prosaico. A morte precoce ajudou a compor a mística em torno desses poetas de inspiração byroniana, que não raro fazem apologia da misantropia e do narcisismo, cultivam paixões incestuosas, macabras, demoníacas e mórbidas.

No campo da crônica e da prosa jornalística de maneira geral, talvez seja mais adequado considerar 1856 como o momento de transição para a segunda geração romântica. Nesse ano foi publicado A Confederação dos Tamoios, poema épico de Gonçalves de Magalhães que deu início à polêmica mais importante do movimento, travada justamente entre os defensores de Magalhães e o mais expressivo prosador do Romantismo: José de Alencar.

O assunto abordado pelo poeta é a rebelião dos tupis contra os portugueses ocorrida no Rio de Janeiro no século XVI, com destaque para a figura do chefe Aimbire, transformado em símbolo de resistência do homem americano. Impresso às custas do Imperador Pedro II, o poema era expressão acabada da literatura oficial. Em parte por essa razão, José de Alencar, recém-iniciado na carreira literária, manifestou-se publicamente sobre o texto. Escreveu diversos artigos, assinados sob o pseudônimo Ig, em que denunciava a inferioridade da realização do poeta ante a magnitude do objeto. Porto-Alegre, Monte Alverne e, num caso único no país, o próprio Imperador, saíram em defesa do poeta. Alencar, por sua vez, foi secundado por Ômega, pseudônimo do jornalista Pinheiro Guimarães.

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É nesse momento que se articula uma faceta importante do projeto literário de Alencar. Nas objeções que faz a Magalhães em seus artigos, Alencar manifesta sua posição a respeito das correntes nacionalistas e delineia o programa de literatura indianista que seguiria nos anos seguintes. As premissas de O Guarani (1857), Os Filhos de Tupã (1863), Iracema (1865) e Ubirajara (1874) podem todas ser extraídas dos textos escritos a propósito da polêmica. "A crítica dos criadores é muitas vezes programa; examinando outros escritores, procuram ver claro neles mesmos", escreve Antonio Candido a respeito desse episódio. Cabe notar que a discussão em torno do livro A Confederação dos Tamoios revela ainda a existência de uma dimensão pública para o debate literário, praticamente inexistente nos períodos anteriores e que ganha impulso com a expansão da atividade da imprensa.

Além de Alencar, outros autores, entre eles Dutra e Melo, Junqueira Freire, Álvares de Azevedo e Franklin Távora, contribuem para o adensamento da atividade crítica nesse momento. Em publicações como Nova Minerva, Correio Paulistano e Atualidade, eles produzem ensaios, prefácios e artigos que atestam a importância do momento para o estabelecimento definitivo de uma crítica literária no país.

Paralelamente a isso, Pereira da Silva, Antônio Henriques Leal, Varnhagen, entre críticos, eruditos e professores de origem diversa, reúnem textos, editam antologias, pesquisam biografias, redescobrem autores brasileiros do passado, vão, enfim, tornando possível a principal aspiração do Romantismo no plano da crítica: elaborar uma história literária que exprimisse a imagem da inteligência nacional na seqüência do tempo. No entanto, só a partir de 1880, com a publicação da História da Literatura Brasileira, de Silvio Romero, esse processo ganharia uma síntese de grande expressão.

Além do indianismo, outras vertentes temáticas características da prosa romântica tomam corpo. A urbana, por exemplo. Iniciada com A Moreninha, de Macedo, essa linhagem tem continuidade por meio de uma das melhores obras do período: Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Publicado em forma de folhetim entre 1852 e 1853, o livro pode ser lido como uma reação ao esnobismo afrancesado, aos hábitos inspirados no "refinamento" da corte. Ambientada no tempo de D. João VI, a história criada por Almeida centra foco nos estratos mais baixos da sociedade. Assim como os livros de Macedo, foi sucesso de público e teve contribuição importante para a criação de uma ficção brasileira original.

Dois anos depois da publicação da obra de Manuel Antônio de Almeida, Alencar começa a carreira literária. Seus primeiros livros, Cinco minutos e Viuvinha, publicados em folhetim em 1856 e 1857 no Diário de Rio de Janeiro, definem as fórmulas dos "perfis femininos" e dos "quadros de sociedade", segundo a definição do crítico Antônio Soares Amora. Ambos pertencem à temática urbana, da qual ainda fariam parte Lucíola (1862), Diva (1864), A Pata da Gazela (1870), Sonhos D’Ouro (1872) e Senhora (1875).

 

 

Para que possamos falar do Ultra-Romantismo, precisamos primeiro entender seu estilo maior, o Romantismo. A principal característica do Romantismo em seus três períodos é o sentimentalismo; a supervalorização das emoções pessoais: nesse estilo é o interior humano que conta, o subjetivismo. À medida que a busca dos valores pessoais se intensifica (como o culto do individualismo), perde-se a consciência do coletivo social. A excessiva valorização do "eu" gera o egocentrismo: o ego como centro do universo. Evidentemente, surge aí um choque entre a

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realidade objetiva e o mundo interior do poeta. A derrota inevitável do ego produz um estado de frustração e tédio, que conduz à evasão romântica. Seguem-se constantes e múltiplas fugas da realidade: o álcool, o ópio, os prostíbulos, a saudade da infância, as constantes idealizações da sociedade, do amor, da mulher. O romântico foge no tempo e no espaço. No entanto, essas fugas têm ida e volta, exceção feita à maior de todas as fugas românticas: a morte.

Houve uma sensível mudança no comportamento dos autores românticos: há algumas semelhanças entre os autores de um mesmo período, mas a comparação entre os primeiros e os últimos representantes, revela profundas diferenças. No Brasil, por exemplo, há uma distância considerável entre a poesia de Gonçalves Dias (primeira geração - Indianista ou Nacionalista), de Álvares de Azevedo (segunda geração - Ultra-Romantismo) e de Castro Alves (terceira geração - Condoreira). Por isso há a necessidade de se dividir o Romantismo em gerações.

 

 

A Segunda Geração da Poesia Romântica 

"No Brasil, ultra-românticos foram os poetas-estudantes, quase todos falecidos na segunda adolescência, membros de rodas boêmias, dilacerados entre um erotismo lânguido e o sarcasmo obsceno. Os que dobraram a casa dos vinte e cinco acumularam os fracassos profissionais e os rasgos de instabilidade, confirmando a índole desajustada desses 'poetas da dúvida', a que faltam por completo a afirmatividade dos românticos indianistas e a combatividade dos condoreiros."

(José Guilherme Merquior)

 

Esta segunda geração da poesia romântica brasileira é marcada pela falência dos ideais nacionalistas utópicos dos nossos primeiros românticos. A oclusão do sujeito em si próprio é detectável por um fenômeno bem conhecido: o devaneio, o erotismo difuso e obsessivo, a melancolia, o tédio, o namoro com a imagem da morte na figura feminina, a depressão, a auto-ironia masoquista: desfigurações de um desejo de viver que não almejou sair do labirinto onde se aliena o jovem crescido e em fase de estagnação.

Enquanto o homem busca um espaço social, muitas vezes iludido quanto às possibilidades concretas de atingi-lo, o ultra-romântico afasta-se; opta pela fantasia ao invés da realidade, entrega-se aos seus próprios fantasmas, oculta-se do mundo passando a ser ele mesmo o seu mundo. Assim o poeta sente-se liberto dos condicionamentos e feridas ao tentar adaptar-se. Entretanto, esta atitude o escraviza quando levado ao extremo: negar a vida conduz ao delírio da morte, ao excessivo egocentrismo, à nostalgia de um passado medieval, desta vez idealizado, mais nobre, menos embrutecedor. Segue-se as ilusões deste passado, o seu culto, do qual resultam mais demônios do que anjos. O poeta consumido por suas próprias idéias, torna-se "fantasma" ao invés de "eleito", transforma-se em "suicida vitimado" pela necessidade de uma vida melhor, uma vida maior, que, no entanto, não consegue conquistar.

O chamado "mal-do-século" foi difundido no Ultra-Romantismo. Cultivado na Universidade do Largo São Francisco, retrata reuniões regadas a vinho e éter geralmente em repúblicas e cemitérios.

Influenciado pelas obras de Lord Byron, Álvares de Azevedo foi o maior representante da Segunda Geração Romântica. Sua prosa apresenta o noturno, o aventuresco, o macabro, o satânico, o incestuoso, os elementos do romantismo maldito. Abrangem o amor e a morte sob uma perspectiva exacerbadamente egocêntrica.

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Ao lado de Álvares de Azevedo, três outros autores destacam-se na segunda geração da poesia romântica brasileira: Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire. As obras literárias de cada poeta e de seus períodos respectivos, apresentam entre si uma característica comum: o medo de amar. Esse temor é, em essência, o medo de macular a virgem, de entregar-se ao prazer carnal e, assim, destruir o próprio amor que, na visão deles, passa a ser sinônimo de impureza e pecado.

 

 

Características gerais do Ultra-Romantismo 

liberdade criadora (o conteúdo é mais importante que a forma; são comuns deslizes gramaticais);

versificação livre;

dúvida, dualismo;

tédio constante, morbidez, sofrimento, pessimismo, negativismo, satanismo, masoquismo, cinismo, autodestruição;

fuga da realidade para o mundo dos sonhos, da fantasia e da imaginação (escapismo, evasão);

desilusão adolescente;

idealização do amor e da mulher;

subjetivismo, egocentrismo;

saudosismo (saudade da infância e do passado);

gosto pelo noturno;

consciência de solidão;

a morte: fuga total e definitiva da vida, solução para os sofrimentos;

sarcasmo, ironia.

2ª Geração: Marcada pelo "mal do século", apresenta egocentrismo exacerbado, pessimismo  e atração pela morte. Seus principais representantes são: Álvares de Azevedo, Casimiro de abreu Fagundes Varela e Junqueira Freire.

Byronismo: Relativa ao poeta inglês Lord Byron, foi uma atitude amplamente praticada pelos românticos brasileiros da segunda geração (entre os anos 50 e 60 do século passado). Foi um estilo de vida boêmia, voltada para o vício, para os prazeres da bebida, do fumo e do sexo, caracterizadapelo egocentrismo, narcisismo pessimismo, angústia,