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Editorial. Sou jornalista e tenho quase 50 anos. Aliás, fiz 48 neste mês das Cri- anças. Fui criança que brincou muito, mas muito mesmo. De boneca eu brinquei de tudo quanto é jeito, afi- nal, era o meu brinquedo preferido. As maiores eu fazia de filhinhas. As menores, as Susis, que hoje são as Barbies, eu fazia de mocinhas. Era como um teatrinho. Dei a cada uma personalidade diferente E parentesco também. Algumas eram mais velhas e já eram tias das outras, mais jovens. Tinha um par de gêmeas, onde uma era bem distraída, e a outra mais antenada. Tinha uma que era invejosa. Essa, sempre se dava mal. E todas participavam das his- torinhas que eu inventava. Eu também brincava bastante com os vidros de perfu- mes que en- feitavam o quarto da ma- mãe. Dividia o grupo entre homens e mu- lheres e viajava no tempo, fazendo-os todos nobres. Havia reis, rainhas, duquezas, condes, barões, príncipes, princesas e por aí vai…. Eles também tinham personalidades diferentes. Lembro de um vidrinho todo redondo, com tampa achatada. Era um nobre bonachão, daquels que adoram se en- tupir de comida, tra- balhar pouco e agradar a todos. Eu passava horas em casa brincan- do, brincando e brin- cando. E também brincava lá fora. Na minha rua, havia cri- anças, de todas as idades. Eu fi- cava entre as mais novinhas. E a turma adorava brincar, espe- cialmente de bola. Eu era um desastre, como em todas as outras brin- cadeiras de bola, era “café com leite”, aquele jogador que não vale pontos, sabe? Só que isso não me impedia de tentar. Pena que eu saía logo! Aí ficava assistindo e torcendo para o meu time. Eu também brincava de cirquinho, casi- nha, teatrinho, escolinha, e de muitas outras coisas com meus coleguinhas da vizinhança e da escola. Adorava jogos e passatempos, e claro, os livrinhos: de historinha, de pintar, ligar os pontos, recortar… Tinha bonecas de papel e os gibis, que conheci nos braços do meu pai, que lia para mim todas as noites. Ele, assim como minha mãe, nunca dei- xava de me contar uma historinha. Talvez por tudo isso eu tenha me tornado um adulto que gosta de ler, escrever, imagi- nar, saber, criar. Talvez por isso eu consiga ser tão feliz es- crevendo, fotografando e in- formando as pessoas. Talvez por tudo isso, eu tenha uma imaginação que não se deixa levar pelos limites e consiga realizar meus sonhos, como acon- tece com cada edição do Caderno 360 Caderno 360. Neste mês da Criança decidimos fazer um jornal para quem gosta de brincar e deixar sua imaginação seguir livremente para, um dia, se tornar um adulto que sabe o que quer e vai atrás dos seus próprios sonhos. Confira as páginas de gastronomia, cul- tura, ponto de vista… es- critas para crianças. Agora, pra falar a verdade, acho que os jovens e adultos tam- bém vão gostar dessa “Meninada Especial”. Afinal, a criança nunca deixa de existir dentro da gente, sabia?! Feliz Dia da Criança. E boa leitura! Flávia Rocha Manfrin diretora-editora 360 | [email protected] | m e n i n a d a E S P E C I A L E dição especia l p a r a o D i a d a C r i a n ç a . E n carte d a e d i ç ã o 8 0 d o C a d e r n o 3 60. Edição nº 4 o u t u b r o / 2 0 1 2 imagens: ©Dreamstime.com Ora, Ação! "Porque, onde "Porque, onde estiver o vosso estiver o vosso tesouro, ali estará tesouro, ali estará também o vosso também o vosso coração." coração." Lucas 12 Versículo: 34

360 _ Meninada Especial - out2012

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Encarte da edição 80 do Caderno 360. Dedicado ao Mês das Crianças. Gostoso de Ler.

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Page 1: 360 _ Meninada Especial - out2012

Editorial. Sou jornalista e tenho quase50 anos. Aliás, fiz 48 neste mês das Cri-anças. Fui criança que brincou muito,mas muito mesmo. De boneca eubrinquei de tudo quanto é jeito, afi-nal, era o meu brinquedo preferido.As maiores eu fazia de filhinhas. Asmenores, as Susis, que hoje são asBarbies, eu fazia de mocinhas. Eracomo um teatrinho. Dei a cada umapersonalidade diferente E parentescotambém. Algumas eram mais velhas e jáeram tias das outras, mais jovens. Tinhaum par de gêmeas, onde uma era bemdistraída, e a outra mais antenada. Tinhauma que era invejosa. Essa, sempre sedava mal. E todas participavam das his-torinhas que eu inventava.

Eu também brincava bastante com osvidros de perfu-mes que en-feitavam oquarto da ma-mãe. Dividia ogrupo entrehomens e mu-

lheres e viajava notempo, fazendo-os todos

nobres. Havia reis, rainhas,duquezas, condes, barões,príncipes, princesas e por aívai…. Eles também tinham

personalidades diferentes.

Lembro de um vidrinho todo redondo,com tampa achatada. Era um nobrebonachão, daquels que adoram se en-

tupir de comida, tra-balhar pouco eagradar a todos.

Eu passava horasem casa brincan-

do, brincando e brin-cando. E também brincava

lá fora. Na minha rua, havia cri-anças, de todas as idades. Eu fi-cava entre as mais novinhas. E aturma adorava brincar, espe-cialmente de bola. Eu era um

desastre, como em todas as outras brin-cadeiras de bola, era “café com leite”,aquele jogador que não vale pontos,sabe? Só que isso não me impedia detentar. Pena que eu saía logo! Aí ficavaassistindo e torcendo para o meu time.

Eu também brincava de cirquinho, casi-nha, teatrinho, escolinha, e de muitasoutras coisas com meus coleguinhas davizinhança e da escola. Adorava jogos epassatempos, e claro, os livrinhos: dehistorinha, de pintar, ligar os pontos,recortar… Tinha bonecas de papel e osgibis, que conheci nos braços do meupai, que lia para mim todas as noites.Ele, assim como minha mãe, nunca dei-

xava de me contar umahistorinha.

Talvez por tudo issoeu tenha me tornadoum adulto que gosta

de ler, escrever, imagi-nar, saber, criar. Talvez porisso eu consiga ser tão feliz es-crevendo, fotografando e in-formando as pessoas. Talvez

por tudo isso, eu tenha uma imaginação

que não se deixa levar peloslimites e consiga realizarmeus sonhos, como acon-tece com cada edição do

Caderno 360Caderno 360.

Neste mês da Criança decidimos fazerum jornal para quem gosta de brincar edeixar sua imaginação seguir livrementepara, um dia, se tornar um adulto quesabe o que quer e vai atrás dos seuspróprios sonhos.

Confira as páginas de gastronomia, cul-tura, ponto de vista… es-critas para crianças. Agora, pra falar averdade, acho que osjovens e adultos tam-bém vão gostar dessa“Meninada Especial”.

Afinal, a criança nunca deixade existir dentro da gente, sabia?!Feliz Dia da Criança. E boa leitura!

Flávia Rocha Manfrin diretora-editora 360| [email protected]

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Lucas 12Versículo:

34

Page 2: 360 _ Meninada Especial - out2012

Ingredientes:• ½ k de açúcar• 1 coco ralado• 1 lata de leite condensado

Preparo: Misture tudo e leve aofogo em uma panela por algunsminutos . Enrole, passe no açúcarcristal e coloque um cravo para en-feitar.

BBBBeeee iiii jjjj iiii nnnn hhhh oooo

Ingredientes:• 1 lata de leite condensado• 1 colher sopa de manteiga semsal• 2 colheres cheias de cacau em pó • açúcar de confeito ou granulado

Preparo: Colocar os ingredientesem uma panela e mexer sem pararmantendo o fogo baixo. Quandoestiver desgrudando do fundo, es-tará pronto. Pode enrolar ou comerde colher. Cubra com açúcar ou ogranulado.

Ingredientes:• ½ k de amendoim torrado emoído• 300g de açúcar refinado• 3 colheres de chocolate em pó• 4 claras

Preparo: Bata as claras em neve.Coloque os ingredientes em umavasilha e vá amassando com asclaras até dar o ponto de enrolar.Faça os cajuzinhos e passe no açú-car refinado. Finalize decorandocom amendoim na parte de cima.

Ingredientes:• 1 coco natural ralado• 1 lata de leite condensado• 4 ovos• 1 colher de sobremesa de póRoyal

Preparo: Misturar todos os ingredi-entes e colocar em forminhas depapel e levar ao forno para assar

Que delícia os docinhos brasileirosQue delícia os docinhos brasileirosfeitos em dias de festa de aniversário.feitos em dias de festa de aniversário.Muitos deles todo mundo sabe fazer eMuitos deles todo mundo sabe fazer e

conhece. Outros, conhece, mas nãoconhece. Outros, conhece, mas nãosabe fazer. E há os que acabam susabe fazer. E há os que acabam su--mindo do mapa e muita gente nemmindo do mapa e muita gente nem

conhece, nem sabe fazer!! Veja os queconhece, nem sabe fazer!! Veja os quetiramos do caderno de receitas de D.tiramos do caderno de receitas de D.Odette, a quituteira do Odette, a quituteira do Caderno 360Caderno 360..

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•gastronomia

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Flávia ManfrinFlávia ManfrinDDDD OOOOCCCC IIIINNNNHHHHOOOO SSSS dddd eeee ffff eeee sssstttt aaaa

BBBB rrrr iiiigggg aaaa dddd eeee iiii rrrroooo CCCCaaaa jjjj uuuu zzzz iiii nnnn hhhh ooooBBBB iiii rrrr iiii bbbbaaaa

vai ao fogo

vai ao fogo

vai ao fogo

vai ao fogo

sem fogão

sem fogão

vai ao forno

vai ao forno

Page 3: 360 _ Meninada Especial - out2012

Tem uma coisa que todo adulto sente falta: da infân-cia. E por que será? É porque na infância a gente, antesde mais nada e mais que tudo, brinca. Na infância agente não tem um monte de compromissos e umaagenda cheia de obrigações como acontece na vidados adultos. Opa, não é assim? Não, não é mais.

Há alguns anos, os pais, cheios de disposição em pro-porcionar um mundo cheio de coisas legais para seusfilhos, começaram a encher o dia a dia das criançascom um monte de coisas para fazer.

É aula de balé, de natação, de tênis, de computação,de inglês, equitação… de tudo quanto é coisa. Isso semcontar as sessões de terapia e os tratamentos de beleza(alôoooo escova progressiva e manicure antes dos 13anos devia ser proibido! Coitadas dessas criançasquando forem adultas e tiverem unhas e cabelos det-onados de tão precoce o uso da química!)

Tudo isso coisas de adulto. Tudo isso, coisas que podemesperar. É claro que é bacana aprender inglês, fazerbalé, natação… mas tudo ao mesmo tempo?

A semana inteira cheia de coisas pra fazer? Até o cate-cismo, a escolinha da igreja católica, tomou pro-porções além dos pilares da infância. Para fazer aprimeira comunhão e depois a crisma, são seis anos,sim, seis anos. Nem faculdade leva tanto tempo assim!

“Ah, as crianças hoje em dia só ficam no computa-dor!!!”, reclamam os adultos. Ora, é natural que fiquemno computador, que é também uma diversão dotempo delas. O que tá faltando para que elas brinquemde esconde-esconde, queimada, amarelinha, bonecas,carrinhos, casinha… é tempo. Esse tempo que os paise até as escolas e religiões trataram de preencher coma vida de adulto que lhes trazem a saudade da infân-cia. Em outras palavras: Esses adultos!!!!

Amarelinha, pião, queimada, passa anel, salva, pique,bafo, bets, rouba monte, mico, botão, bicicleta, bola,cavalo, memória, war, carrinho de rolimã, boneca,heróis, vilões, pintar, desenhar, ouvir estória, adivi-nhação, mímica, piscina, mar, onda, prancha, boia,rio, cachorro, passarinho, companheiro de brin-quedo, esconde-esconde, bolinha de gude, desafiar,cantar, patinete, carrinho, brincar de médico, enge-nheiro, professor, brincar, brincar, brincar até cansar,tomar banho, comer e dormir reclamando porque amãe, ou o pai exige.

Há coisas que a gente nunca esquece. Em 1987 a WBrasil através do Washington Olivetto cunhou afrase que ficou famosa: “O primeiro Valisère a gentenunca esquece”. Andar de bicicleta, a cavalo, diri-gir, ser gentil, ter humor, rir da vida, ser criança... agente nunca esquece.

Toda vez que entra uma criança descalça em meuconsultório eu não resisto: “Ah! Que inveja!” Em minhainfância em Santa Cruz eu vivia descalço. Peguei bichode pé, machuquei o pé na beira do rio, jogava bola,fazia tudo de pé no chão. Demorei em aprender jogar

bola calçando tênis, no início Conga, depois Bamba monobloco, ki-chute,um horror, com chuteira nunca aprendi.

Criança é criança com qual-quer roupa. Ela está além douniforme, do rótulo e, aci-ma de tudo, é sempre cri-ança. Adulto é diferente.O adulto é a roupa que ele

usa. Roupa de médico,peão, juiz, executivo

mostra o que o adulto é,ou pelo menos o que ele faz.

O adulto fica sério, um ser com res-ponsabilidades, horários, compromis-

sos, uma pessoa muito importante.

Um dia o adulto dessas roupas, desses rótu-los torna-se avô, torna-se avó e percebe queser criança a gente nunca esquece e a únicacoisa que quer é brincar, brincar, brincar comos netos até cansar, tomar banho, comer edormir reclamando porque a mãe natureza

assim o exige.

C

•pontodevista

José Mário RochaJosé Mário Rochade Andrade*de Andrade*

*médico santa-cruzense radicado em Campinas | [email protected]

CRIANÇA gosta de... brincar!

* Fernanda Lira | arte: Clara Basseto* Fernanda Lira | arte: Clara BassetoAAAA pppp rrrr oooo vvvv eeee iiii tttt eeee aaaa ssss uuuu aaaa iiii nnnn ffff ââââ nnnn cccc iiii aaaa

* jornalista paulistana que adora o interior| [email protected]

arte

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Page 4: 360 _ Meninada Especial - out2012

KKiimmiiqquuiinnhhooKKiimmiiqquuiinnhhoo: Oi Flavinha tudo bem?

FFlláávviiaaFFlláávviiaa: Tudo bem KimiquinhoKKiimmiiqquuiinnhhooKKiimmiiqquuiinnhhoo: E aí Paolinha o que vocêvai me perguntar???

PPaaoollaaPPaaoollaa: Oi Kimiquinho,tudo bem?!

KKiimmiiqquuiinnhhooKKiimmiiqquuiinnhhoo:Tudo, ta tudo jóia!!!!

PPaaoollaaPPaaoollaa: Então Kimiquinho, primeiro euvou fazer uma pergunta para aPriscila,tá?

KKiimmiiqquuiinnhhooKKiimmiiqquuiinnhhoo: Ah ta, tudo bem.

PPaaoollaaPPaaoollaa: Priscila, eu queria saber de ondeveio a ideia de começar com o Kim-iquinho, quando e onde começou?

PPrriisscciillaaPPrriisscciillaa: O Kimiquinho surgiu na escola.

Sou professora faz 11 anos e sempregostei de fazer trabalho com fantoches.Eu dava aula de leitura na escolaOAPEC e fazia vários teatros para as cri-anças, porque o meu trabalho lá é contar

histórias. Um dia surgiu na minha cabeçaque queria personagens maiores, entãopesquisei na internet e comprei. Quandoele chegou vi que ele tinha uma cara en-graçadinha, então a voz dele tinha que

AA aallmmaa ee aa vvoozz ddaa ffaammíílliiaa KKiimmiiqquuiimmhhooFotosFotos

produzidas produzidas durante a Feiradurante a Feirado Livro dedo Livro de

Santa Santa Cruz doCruz doRio Pardo, noRio Pardo, no

Colégio CamõesColégio Camões

Cr iança Criança FFel izel iz ,, FFel izel iz aa LerLer e e aa BrincarBrincar……GGGG eeee nnnn tttt eeee

D

•entrevista

A partir da esquerda: A bruxa Salomé, o Sr. Hiroshi, D. Noriko, Kiquinho e MiquinhaA partir da esquerda: A bruxa Salomé, o Sr. Hiroshi, D. Noriko, Kiquinho e Miquinha

Priscila com suas “criações: a Família Kimiquinho e as pequenas Lavínia e MilenaPriscila com suas “criações: a Família Kimiquinho e as pequenas Lavínia e Milena

A ideia era a Paola entrevistar A ideia era a Paola entrevistar o Kimiquinho, boneco criado e o Kimiquinho, boneco criado e interpretado pela pedagogainterpretado pela pedagogaPriscila Andrade Santos Priscila Andrade Santos

Carvalho de Souza. Mas comoCarvalho de Souza. Mas comose trata de um menininho muito se trata de um menininho muito irreverente, todo mundo entrouirreverente, todo mundo entrouna dança. O resultado foi umna dança. O resultado foi um

animado bate-papo que animado bate-papo que apresentamos a seguir!apresentamos a seguir!

____ rreeppoorrttaaggeemm::rreeppoorrttaaggeemm:: PPaaoollaa PPeeggoorreerr MMaannffrriimm PPaaoollaa PPeeggoorreerr MMaannffrriimm ____ ffoottooss ee eeddiiççããoo:: ffoottooss ee eeddiiççããoo:: FFlláávviiaa MMaannffrriinnFFlláávviiaa MMaannffrriinn

Page 5: 360 _ Meninada Especial - out2012

ser diferente. Treinei sozinha e quandoeu comecei a fazer a voz, eu pensei:“ele merece uma família!”. Daí foisurgindo mãe, irmã, pai, irmão etc.Como trabalho com artes, achei umcurso na internet e fiz os outros bonecos.

PPaaoollaaPPaaoollaa: Faz quanto tempo que você estácom o Kimiquinho?

PPrriisscciillaaPPrriisscciillaa: Nem lembro ao certo, mas devefazer uns sete anos.

PPaaoollaaPPaaoollaa: E Kimiquinho, onde você comprasuas roupas?

KKiimmiiqquuiinnhhooKKiimmiiqquuiinnhhoo: É a tia Pri que cuida dosmeus modelitos. Cada vez que eu vou auma apresentação ela quer uma roupadiferente. Antes ela mandava fazer, masdaí ela descobriu que tenho um corpinhoigual criança que usa o M. Este queestou suando é da Loja Japonesa. É verdade! Verdade verdadeira!

PPaaoollaaPPaaoollaa: Priscila, por que o Kimiquinho éjaponês?

PPrriisscciillaaPPrriisscciillaa: Quando eu o vi na internetgostei mais por ter carinha japonesa, eucomprei por ele ser japonês.

KKiimmiiqquuiinnhhooKKiimmiiqquuiinnhhoo: Mas precisamente falandoparas as crianças, eu vim de Tóquio!!!!

FFlláávviiaaFFlláávviiaa: E o nome, omo surgiu?

PPrriisscciillaaPPrriisscciillaa: Um aluno, quando soube o queeu pretendia fazer, disse: “Que micofazer isso”. Daí surgiu o Kimiquinho!

PPaaoollaaPPaaoollaa: E quando você vai fazer showsvocê prepara antes ou você improvisa?

KKiimmiiqquuiinnhhooKKiimmiiqquuiinnhhoo: Então, a tia Pri gosta muu-uuuuiiitoo de improvisar, praticamente étudo improvisado porque ela acha que émais engraçado!

FFlláávviiaaFFlláávviiaa: Kimiquinho como é falar com ascrianças pelo rádio?

KKiimmiiqquuiinnhhooKKiimmiiqquuiinnhhoo: Ah, é legal porque algumascrianças sabem que sou eu, outras imagi-nam quem pode ser. É engraçado porqueelas só conversam comigo! E falam detudo, contam do irmão, da irmã, até debarracos da família!

FFlláávviiaaFFlláávviiaa: E Priscila, essa coisa do boneco,do ventriloquismo é muito visual, comovocê foi parar no rádio?

PPrriisscciillaaPPrriissccii llaa: Fomos participar do programado Edson José, que conhecia o Kimiqui-nho da escola. E o telefone não parou detocar. Ele falou que nunca tinha recebidotantas ligações. Quando acabou, o diretorda emissora, Sr. Adelair, perguntou seeu queria ter um programa. Depois dissoeu nunca mais parei, já faz seis anos. :o programa vai ao ar pela Difusora Sta.:o programa vai ao ar pela Difusora Sta.

Cruz, toda 6ª feira das 14h às 16h.Cruz, toda 6ª feira das 14h às 16h.

FFlláávviiaaFFlláávviiaa: Qual a agenda do Kimiquinho?

PPrriisscciillaaPPrriissccii llaa: Ultimamente ele está tranqüilo,mas sempre rola festa de criança e even-tos de empresas. Já fui pra bancos, emBauru, fazer uma festa de despedida deum gerente japonês e acabei sendo con-

vidada para fazer uma apresentaçãopara funcionários.

FFlláávviiaaFFlláávviiaa: E para você Kimiquinho, comofoi ficar no meio de gente que mexe comtanto dinheiro?

KKiimmiiqquuiinnhhooKKiimmiiqquuiinnhhoo: Quando é comigo pode tudoné? Quando é com a tia Pri, ela mede aspalavras, agora eu posso falar tudo o queeu quiser, sabe tia Flávia?!

PPaaoollaaPPaaoollaa: Priscila, qual foi a situação maisengraçada ou diferente que você e oKimiquinho já viveram?

PPrriisscc iillaaPPrriisscciillaa: No ano passado, fui fazer umaapresentação em São Pedro do Turvo, estava no palco, no meio de uma praça,tinha um monte de gente embaixo ecomeçou a tocar o celular de uma mul-her. Ela atendeu e começou a falar bem

alto: “Cê não acredita eu to aqui na ap-resentação Cê tem que vim vê!!” e eu alifalando... Daí não teve jeito, o Kim-iquinho falou “ E aí moça, eles vãovir???” A mulher ficou sem graça e todomundo deu muita risada.

PPPPaaoollaaaaoollaa: O que você quer passar para ascrianças com o Kimiquinho?

PPPPrriisscciillaarriisscciillaa: No começo eu queria incentivara leitura porque achava que os alunosiam ouvir mais o boneco do que eu.Agora, depende da apresentação.

PPaaoollaaPPaaoollaa: Quem tem medo do Kimiquinho?

PPrriisscciillaaPPrriisscciillaa: As crianças menores às vezesnão gostam, então mostro o Kimiquinhome fazendo carinho, mas mesmo assimainda tem criança que chora. Aí tenhoque fazer o Kimiquinho dar tchau e sair.

FFlláávviiaaFFlláávviiaa: Kimiquinho, qual é a sua men-sagem para as crianças?

KKiimmiiqquuiinnhhooKKiimmiiqquuiinnhhoo: Que vocês aproveitem a in-fância, brinquem muito porque passamuito rápido. Como diz a tia Pri, criançafeliz é um adulto feliz!

FFlláávviiaaFFlláávviiaa: E qual é a sua mensagem para oDia das Crianças Priscila?

PPrriisscciillaaPPrriisscciillaa: O Dia da Criança é muito espe-cial. Eu sei que as crianças se divertemtodos os dias, mas esse é o dia delas. Por isso acho que elas têm o direito debrincar mais, aproveitar, ganhar um brinquedo. É um dia muito especial!!!!

UUmm ppeerrssoonnaaggeemm qquuee ggoossttaa ddee lleerr bbaassttaannttee!!A alma e a voz da família Kimiquimho

Criança Criança FFel izel iz ,, FFel izel iz aa LerLer e e aa BrincarBrincar……Av. Coronel Clementino Gonçalves, 437

F: 14 3372.5055 - Sta. Cruz do Rio Pardo

Priscila ePriscila eKimiquinho:Kimiquinho:

é muito bomé muito bomgostar de lergostar de ler

Page 6: 360 _ Meninada Especial - out2012

PINGO

AA IINNFFÂÂNNCCIIAA DDOO

PPIINNGGOOPingo é um adulto com 2 anos de idade e adora brincar do jeito que gostavaquando era um cachorro criança de 6 meses. Mas há uma diferença.Quando Pingo era criança ele destruía tudo. Tênis do Alvinho, óculos daavó, sandália da mãe, as cartas que o carteiro colocava sob a porta ele as

mastigava todas se chegasse primeiro, até um sofá inteiro o Pingo des-truiu. Hoje ele adora dormir sobre a mesa, se esticar na sombra,

parece aquele jogador de futebol, o Romário, lento em campo,quase a dormir, mas se a bola vai em direção ao gol ele é

mais rápido que todos e chega à frente pra mandar abola pras redes. Pingo fareja de longe gente quevem pra brincar e, como se fosse fazer um gol,está sempre pronto, pulando e latindo felizpra ser o cachorro criança de sempre, querdizer, agora sem nada destruir.

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Diferenças: sol • borboleta da direita • pássaro • copa da árvore • aro da roda • estrelas da torre • nuvens à esquerda • coração da carruagem • rabo do cavalo • flor à esquerda

Page 7: 360 _ Meninada Especial - out2012

Lembro bem dos meus 5 LP’spreferidos quando criança:Mara Maravilha, Trem da Ale-gria, Leandro & Leonardo (quetem “Temporal de Amor”), odas histórias da Dona Barati-nha e o do Rock In Rio II, que euadorava por causa de “Faith”,do George Michael, “Groover IsIn The Heart”, do Deee Lite, e“Walk This Way”, com o RunDMC, mas estranhava quan-do começava “Holy Wars...The Punishment Due”, doMegadeth, e “Painkiller”, doJudas Priest.

Pois essa miscelânea toda su-cumbiu diante do jovemroqueiro, radical e intransi-gente, que encarnei lá pelosmeus 15 anos, aquela idadeem que a gente não sabe denada, mas se acha o dono domundo. Graças ao Los Her-manos e ao Chico Buarque aminha mente foi se alargandonovamente, numa descobertasem fim de novos sons.

Mas foi em 2010, já com 25anos, que uma das minhasbandas preferidas, um ex-poente dos anos 90, fez aponte entre o às vezes velhorabugento que toma conta demim e aquela criança feliz deduas décadas atrás. Falo dabanda mineira Pato Fu e deseu 9° disco de estúdio, o ge-nial “Música de Brinquedo”.

Após experimentar umtremendo sucesso na viradado milênio, o Pato Fu voltou aser uma banda independente,perdendo o poder do jabá dasgravadoras e, mesmo lançan-do discos excelentes, acaboulonge da mídia.

Assim, era natural que nós fãsficássemos com um pé atrásdiante da notícia de que eleslançariam um cd de covers.Desespero? Apelação? Aca-bou a criatividade? Ledoengano. Era óbvio que essesmalucos não fariam uma em-preitada qualquer, como tan-tos outros artistas buscando osucesso de outrora.

Doze clássicos absolutos fo-ram regravados pelo Pato Fu.Entre eles, “Primavera”, con-hecida na voz do mestre TimMaia, “Sonífera Ilha” (Titãs),“Frevo Mulher” (Zé Ramalho),“Todos Estão Surdos” (RobertoCarlos), “Live and Let Die”(Paul McCartney), e até“Twiggy Twiggy”, da bandajaponesa Pizzicato Five.

A grande sacada, no entanto,foi gravar o disco com instru-mentos infantis e com os filhosdos integrantes cantando emtodas as faixas.

É impressionante a capaci-dade da banda em reproduzirnota por nota, em instrumen-tos muitas vezes de brinquedo,os grandes arranjos das músi-cas originais. Coisa de mestre!

Não à toa, o disco levou oGrammy Latino de melhorálbum infantil e foi o primeiroindependente a conquistar odisco de ouro. Recomendado!

AAAAggee nnggee nnddiiddii

nn hh aann hh aaCCuu llCCuu lltt uutt uurraa llrraa ll

por A

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MMEEUU MMEEUU ddii ss ccoo ii nnffaa nntt ii llddii ss ccoo ii nnffaa nntt ii llPPPPRREEFF EERRIIDDOORR EEFF EERRIIDDOO

*Tiago Cachoni

Tiago Cachoni é músico e fica realmente emocionadoTiago Cachoni é músico e fica realmente emocionadoquando vê uma criança vibrando com o show de sua banda.quando vê uma criança vibrando com o show de sua banda.

SANTA CRUZContação de História:Histórias com HaidêRosa - Projeto Lugarde criança é na Bib-lioteca | Biblioteca Mu-nicipal Prof. AbílioFontes | 17/10_14h |grátis | info: 14 33721227

SÃO MANUEL

Teatro Infantil: O

Casamento da

Baratinha - Cia

Stromboli | Circuito

Cultural Paulista |

Cine Teatro Municipal

| 20/10_19h | grátis

| info: 14 3841-3654

SANTA CRU

Z

Exposição:

Brinque-

dos do Mus

eu do Brin-

quedo - Pro

jeto “Lugar

de criança é

na Bib-

lioteca” | Bib

lioteca Mu-

nicipal Prof.

Abílio

Fontes | 24

/10_14h |

grátis | info

: 14 3372

1227

BOTUCATU

Teatro Infantil:

Backardgans- Uma

Aventura Piratae Os

Fantasminhas | de Re-

nato Martins | Teatro Mu-

nicipal | 13/10_17h30 |

R$20,00 inteira, R$10,00

meia, R$15,00 Unimed,

Uniodonto e Porto Seguro

| info: 14 3882 9004

SANTA CRUZTeatro: Fantoches- comLuiz Fernando - ProjetoLugar de criança é naBiblioteca | BibliotecaMunicipal Prof. AbílioFontes | 10/10_14h |grátis | info: 14 33721227

OURINHOS

Recreação:

Recreança

SESI- Apre

sentações

artísticas, o

ficinas

pedagógicas

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SANTA CRUZMúsica: Projeto Gurihomenageia as cri-anças da creche CEIM“Alzira Porto de Castro”-apresentação musical deviolão, viola caipira, corale percussão | Pólo Guri |18/10_14h | grátis |info: 14 3372 1227

EESSTTAATTUUTTOO DDAA CCRRIIAANNÇÇAA EE DDOO AADDOOLLEESSCCEENNTTEE -Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ãoos valores culturais, artísticos e históricospróprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura.

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•cultura

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