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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DO RECIFE
Relatório Mensal sobre o Mercado de Trabalho Formal do Recife
Julho de 2011
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
Agosto de 2011
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
2
EXPEDIENTE DA SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
DA PREFEITURA DO RECIFE
Prefeito
João da Costa Bezerra Filho
Vice-Prefeito
Milton Coelho
Secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico
José Antonio Bertotti Júnior
Assessoria Executiva
Anita Lemos Dubeux
SCTDE – Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico
Av. Cais do Apolo, 925 – 5º andar
Recife - Pernambuco – Brasil - CEP: 50030-230
http://www.recife.pe.gov.br/
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
3
EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS
SOCIOECONÔMICOS – DIEESE
Direção Técnica
Clemente Ganz Lúcio – Diretor Técnico
Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento
José Silvestre Prado de Oliveira – Coordenador de Relações Sindicais
Francisco José Couceiro de Oliveira – Coordenador de Pesquisas
Nelson de Chueri Karam – Coordenador de Educação
Rosana de Freitas – Coordenadora Administrativa e Financeira
Coordenação Geral do Projeto
Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento
Angela Maria Schwengber – Supervisora dos Observatórios do Trabalho
Jackeline Natal – Supervisora do Escritório Regional do DIEESE/PE
Juliana Bacelar de Araújo – Técnica Responsável pelo Projeto
Equipe Executora
DIEESE
DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
Rua Aurora, 957 – 1º andar – Centro – São Paulo – SP – CEP 01209-001
Fone: (11) 3874 5366 – Fax: (11) 3874 5394
E-mail: [email protected]
http://www.dieese.org.br
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
4
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 6
1. ANÁLISE DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO RECIFE ............................................................... 8
1.1 Análise da Atividade Econômica por Estabelecimentos .................................................... 8
1.2 Movimentação do número de trabalhadores optantes do Programa do
Microempreendedor Individual (MEI) ......................................................................................... 10
2. QUADRO GERAL DO EMPREGO E DESEMPREGO NO RECIFE ............................................ 12
3. ANÁLISE DO SALDO DE POSTOS DE TRABALHO FORMAIS NO RECIFE ......................... 16
3.1 Comportamento do mercado de trabalho formal no Brasil, Grandes Regiões, Nordeste e
Pernambuco ..................................................................................................................................... 16
3.2 Quadro geral do emprego formal no Recife ........................................................................... 21
3.3 Movimentação do número de trabalhadores formais segundo características das principais
famílias ocupacionais ...................................................................................................................... 24
4. QUADRO-SÍNTESE DOS INDICADORES DO MERCADO DE TRABALHO ........................... 28
GLOSSÁRIO ........................................................................................................................................ 29
ANEXOS............................................................................................................................................... 31
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
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APRESENTAÇÃO
Este relatório faz parte do plano de trabalho do projeto Observatório do Trabalho do
Recife, parceria entre a Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento
Econômico da Prefeitura Municipal do Recife e o Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos – DIEESE (Contrato nº 123).
O Observatório do Trabalho do Recife tem como objetivo produzir e acompanhar
indicadores sobre o mundo do trabalho, capazes de subsidiar a construção de políticas
públicas de emprego, trabalho e renda. Estas políticas públicas, além de orientar medidas de
inserção no mercado de trabalho, devem, também, estimular e promover iniciativas, por parte
das empresas, de ampliação e melhora das condições de admissão dos trabalhadores, em
especial no que diz respeito à qualificação e requalificação.
O presente Relatório Mensal faz uma síntese do comportamento do mercado de
trabalho formal no mês de julho de 2011 no município do Recife, em comparação aos
primeiros meses do ano e ao mesmo período do ano anterior. Esse relatório é feito
basicamente a partir dos dados descritos a seguir: i) do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados – CAGED, registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego –
MTE; ii) da Pesquisa Mensal de Emprego e Desemprego – PED, pesquisa domiciliar para a
Região Metropolitana do Recife realizada pelo Convênio AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM,
STQE, FSEADE-SP, DIEESE e MTE/FAT; e iii) da Receita Federal, referente ao número de
optantes do Programa do Microempreendedor Individual (MEI).
Inicia-se o relatório a partir da análise das atividades econômicas do município,
realizadas através do estudo dos estabelecimentos com vínculo ativo e das inscrições no
Programa do Microempreendedor Individual (MEI). Em seguida, é demonstrado o quadro
geral do emprego e desemprego municipal com o estudo das taxas de desemprego total, aberta
e oculta, das pessoas com 10 anos ou mais de idade por condição de atividade e dos ocupados
por posição na ocupação e setor de atividade. O capítulo 3 apresenta informações do saldo de
postos formais por localidades selecionadas, massa salarial e salário médio de admissão,
subsetor de atividade econômica e famílias ocupacionais. Por fim, é elaborado um quadro-
síntese com os principais indicadores do mercado de trabalho do município, tais como:
participação de mulheres, jovens e trabalhadores com ensino médio completo, tempo de
permanência inferior a 2,9 meses, tempo de permanência inferior a 6 meses, tempo de
permanência inferior a um ano, desligamento por justa causa e primeiro emprego.
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
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INTRODUÇÃO
Um breve panorama do mercado de trabalho e da atividade econômica no município
do Recife pode ser verificado a partir da análise do estoque de empregos formais e de
estabelecimentos com vínculo ativo, em 31/12, nos anos de 2009 e 2010.
O estoque de estabelecimentos e emprego formal no Recife vem aumentando nos
últimos anos (Anexo 1 e 2). Entre 2009 e 2010, observou-se um crescimento de 5,3% no total
de estabelecimento com vínculo ativo e de 8,4% nos empregos formais. Esta expansão do
estoque de estabelecimentos ocorreu, sobretudo, nos setores da Construção Civil, Serviços,
Comércio, Serviços Industriais de Utilidade Pública e da Administração Pública. Já o
emprego formal se ampliou mais fortemente nos setores da Construção Civil, Serviços,
Comércio e Indústria de Transformação (Tabela 1).
Em 2010, Recife detinha um estoque de 32.915 estabelecimentos com vínculo ativo
que geravam 670.595 empregos formais.
TABELA 1 Estoque e variação no número de estabelecimentos com vínculo ativo e empregos por
setor e subsetor de atividade econômica Recife, 2009 – 2010
2009 2010Variação
(%)2009 2010
Variação
(%)
Extrativa mineral 21 21 0,0 692 486 -29,8
Indústria de Transformação 2.288 2.290 0,1 37.701 39.405 4,5
Indústria de produtos minerais não metálicos 81 80 -1,2 2.364 2.393 1,2
Indústria metalúrgica 187 204 9,1 2.693 3.132 16,3
Indústria mecânica 87 88 1,1 1.302 1.453 11,6
Indústria do material elétrico e de comunicações 42 47 11,9 1.535 1.316 -14,3
Indústria do material de transporte 32 35 9,4 428 523 22,2
Indústria da madeira e do mobiliário 112 132 17,9 1.329 1.794 35,0
Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 293 317 8,2 3.521 3.390 -3,7
Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas 128 149 16,4 1.117 1.387 24,2
Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria 225 197 -12,4 5.273 5.094 -3,4
Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos 318 349 9,7 3.338 3.839 15,0
Indústria de calçados 17 16 -5,9 338 449 32,8
Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico 766 676 -11,7 14.463 14.635 1,2
Serviços industriais de utilidade pública 56 66 17,9 10540 10238 -2,9
Construção civil 1.416 1.676 18,4 50.005 58.746 17,5
Comércio 12.174 12.810 5,2 105.974 115.971 9,4
Comércio varejista 10.327 10.850 5,1 82.324 89.037 8,2
Comércio atacadista 1.847 1.960 6,1 23.650 26.934 13,9
Serviços 15.031 15.770 4,9 234.805 266.346 13,4
Instituições de crédito, seguros e capitalização 646 644 -0,3 11.052 11.078 0,2
Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. Técnico 6.516 6.902 5,9 89.855 107.911 20,1
Transportes e comunicações 1.150 1.249 8,6 23.789 26.729 12,4
Serv. de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, pessoais,
sociais e de lazer4.012 4.200 4,7 51.915 57.395 10,6
Serviços médicos, odontológicos e veterinários 1.887 1.934 2,5 27.506 32.276 17,3
Ensino 820 841 2,6 30.688 30.957 0,9
Administração pública direta e autárquica 101 108 6,9 176.405 176.785 0,2
Agropecuária 177 174 -1,7 2.544 2.618 2,9
Total 31.264 32.915 5,3 618.666 670.595 8,4
Subsetor de atividade
Estabelecimentos Emprego
Fonte: MTE - RAIS Elaboração: DIEESE
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
7
Do total de estabelecimentos com vínculo ativo em 2010, 47,9% estavam localizados
no setor dos Serviços, 38,9% no Comércio, sobretudo o varejista, 7,0% na Indústria de
Transformação e 5,1% na Construção Civil (Tabela 2).
Contudo, verifica-se que o estoque de empregados formais estava mais bem
distribuído em 2010, com 39,7% dos trabalhadores formais empregados no setor dos Serviços
– principalmente nos setores de Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários,
serviços técnicos e auxiliares de atividades econômicas e organizações internacionais e
representações estrangeiras (16,1%) e de Serviços de alojamento e alimentação, reparação e
manutenção, pessoais, sociais e de lazer (8,6%); 26,4% na Administração Pública; 17,3% no
Comércio – também com maior peso para o Comércio varejista; 8,8% na Construção Civil; e
5,9% na Indústria de Transformação, com destaque para a Indústria de produtos alimentícios,
bebidas e álcool etílico.
TABELA 2 Estoque e participação percentual de estabelecimentos com vínculo ativo e empregos
por setor e subsetor de atividade econômica Recife, 2010
Absoluto Part. (%) Absoluto Part. (%)
Extrativa mineral 21 0,1 486 0,1
Indústria de Transformação 2.290 7,0 39.405 5,9
Indústria de produtos minerais não metálicos 80 0,2 2.393 0,4
Indústria metalúrgica 204 0,6 3.132 0,5
Indústria mecânica 88 0,3 1.453 0,2
Indústria do material elétrico e de comunicações 47 0,1 1.316 0,2
Indústria do material de transporte 35 0,1 523 0,1
Indústria da madeira e do mobiliário 132 0,4 1.794 0,3
Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 317 1,0 3.390 0,5
Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas 149 0,5 1.387 0,2
Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria 197 0,6 5.094 0,8
Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos 349 1,1 3.839 0,6
Indústria de calçados 16 0,0 449 0,1
Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico 676 2,1 14.635 2,2
Serviços industriais de utilidade pública 66 0,2 10.238 1,5
Construção civil 1.676 5,1 58.746 8,8
Comércio 12.810 38,9 115.971 17,3
Comércio varejista 10.850 33,0 89.037 13,3
Comércio atacadista 1.960 6,0 26.934 4,0
Serviços 15.770 47,9 266.346 39,7
Instituições de crédito, seguros e capitalização 644 2,0 11.078 1,7
Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. Técnico 6.902 21,0 107.911 16,1
Transportes e comunicações 1.249 3,8 26.729 4,0
Serv. de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, pessoais,
sociais e de lazer4.200 12,8 57.395 8,6
Serviços médicos, odontológicos e veterinários 1.934 5,9 32.276 4,8
Ensino 841 2,6 30.957 4,6
Administração pública direta e autárquica 108 0,3 176.785 26,4
Agropecuária 174 0,5 2.618 0,4
Total 32.915 100,0 670.595 100,0
Subsetor de atividadeEstabelecimentos Emprego
Fonte: MTE - RAIS Elaboração: DIEESE
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
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1. ANÁLISE DA ATIVIDADE ECONÔMICA NO RECIFE
1.1 Análise da Atividade Econômica por Estabelecimentos
Número de estabelecimentos demonstra tendência de crescimento entre julho de 2010 e julho de 2011
A análise da dinâmica da atividade econômica por estabelecimentos demonstra uma
tendência geral de crescimento do número de estabelecimentos que movimentaram no mês no
Recife no último ano. Entre julho de 2010 e julho de 2011 houve um crescimento de 24,4%
no número de estabelecimentos que movimentaram no mês, passando de 6.392
estabelecimentos em julho de 2010 para 7.951 em julho de 2011 (Gráfico 1).
Em relação ao mês anterior (junho de 2011), observou-se um crescimento de 1,8% no
número de estabelecimentos que fizeram alguma movimentação.
GRÁFICO 1 Número de estabelecimentos que movimentaram no mês
Recife, jul/2010 - jul/2011
6.3926.525 6.545
6.416
6.097
6.9796.854
7.317
8.172
7.753
8.026
7.8117.951
6.000
6.500
7.000
7.500
8.000
8.500
9.000
jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11abr/11 mai/11 jun/11 jul/11
Fonte: MTE - Caged Estatístico Elaboração: DIEESE
A expansão no número de estabelecimentos também é observada para o estado de
Pernambuco e para a Região Metropolitana de Recife (RMR), com um crescimento de 25,4%
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
9
no número de estabelecimentos que movimentaram no mês no Estado e 25,8% na RMR entre
julho de 2010 e julho de 2011 (Gráfico 2).
A participação do número de estabelecimentos da RMR em relação ao total do Estado
se mantém em aproximadamente 60% do total, enquanto que a participação do município do
Recife em relação ao total de Estado fica também estável em torno de 39%, no período de
julho de 2010 a julho de 2011.
GRÁFICO 2 Número de estabelecimentos que movimentaram no mês
Pernambuco, RMR e Recife, jul/10 - jul/2011
16.370
20.532
9.723
12.234
6.3927.951
5.000
7.000
9.000
11.000
13.000
15.000
17.000
19.000
21.000
23.000
PE
RMR
Recife
Fonte: MTE - Caged Estatístico Elaboração: DIEESE
Os Serviços lideraram como o setor com maior número de estabelecimento que
movimentaram no mês no Recife, seguido pelo setor do Comércio. Em julho de 2011, os dois
setores, em conjunto, representavam 82,1% do número de estabelecimentos que
movimentavam no Recife. A Indústria de Transformação participava com 9,0% do total de
estabelecimento, enquanto a Construção Civil detinha 7,6% (Tabela 3).
Entre os subsetores, destacam-se os de Comércio varejista; Serviços de alojamento e
alimentação, reparação e manutenção, pessoais, sociais e de lazer; e de Comércio e
Administração de imóveis, com participação de 31,1%, 17,6% e 14,7%, respectivamente.
Entre julho de 2010 e julho de 2011 observou-se um crescimento generalizado do
número de estabelecimentos por subsetores, exceto na Indústria química, de produtos
farmacêuticos e derivados e na Administração Pública.
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
10
TABELA 3 Número de estabelecimentos que movimentaram no mês por subsetor de atividade
Recife, jul/2010, jun/11 e jul/2011
jun/11 jul/10
jul/11 jul/11
Indústria de Transformação 575 702 717 9,0 2,1 24,7
Extração de Minerais 5 7 5 0,1 -28,6 0,0
Indústria de Produtos Minerais não Metálicos 22 24 23 0,3 -4,2 4,5
Indústria Metalurgica 51 62 67 0,8 8,1 31,4
Indústria Mecânica 23 33 33 0,4 0,0 43,5
Indústria do Material Elétrico e de Comunicações 15 23 21 0,3 -8,7 40,0
Indústria do Material de Transporte 7 14 9 0,1 -35,7 28,6
Indústria da Madeira e do Mobiliario 24 34 41 0,5 20,6 70,8
Indústria do Papel, Papelão, Editorial e Gráfica 64 74 77 1,0 4,1 20,3
Ind. da Borracha, do Fumo, de Couros, Peles e Prod. Simil. e Ind. Div. 32 34 32 0,4 -5,9 0,0
Ind. Quim., de Prod. Farm., Veter., de Perf., Sabões, Velas e Mat. Pla 59 54 57 0,7 5,6 -3,4
Indústria Têxtil, do Vestuario e Artefatos de Tecidos 64 89 83 1,0 -6,7 29,7
Indústria de Calçados 3 5 4 0,1 -20,0 33,3
Indústria de Prod. Alimenticios, de Bebidas e Alcool Etilico 206 249 265 3,3 6,4 28,6
Servicos Indústriais de Utilidade Pública 18 31 35 0,4 12,9 94,4
Construção Civil 448 599 606 7,6 1,2 35,3
Comércio 2.569 2.793 2.978 37,5 6,6 15,9
Comércio Varejista 2.142 2.300 2.476 31,1 7,7 15,6
Comércio Atacadista 427 493 502 6,3 1,8 17,6
Serviços 2.732 3.627 3.550 44,6 -2,1 29,9
Instituições de Crédito, Seguros e de Capitalização 86 220 214 2,7 -2,7 148,8
Com Adm.Imov Val.Mob Serv.Tecn-Prof Aux.Ativ.Econ e Org.Int e Rep. Int 882 1.137 1.171 14,7 3,0 32,8
Transporte e Comunicações 191 252 265 3,3 5,2 38,7
Serv.Aloj Alim Rep Manut Res Domic Divers Radio Dif Tv Com. e Soc. 1.184 1.525 1.401 17,6 -8,1 18,3
Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários 226 289 325 4,1 12,5 43,8
Ensino 163 204 174 2,2 -14,7 6,7
Adm. Pública Direta e Autarquica 20 21 18 0,2 -14,3 -10,0
Agropecuária 30 38 47 0,6 23,7 56,7
Total 6.392 7.811 7.951 100,0 1,8 24,4
Part. (%)
em
jul/11
Variação (%)
jul/10Subsetor de atividade jun/11 jul/11
Fonte: MTE - Caged Estatístico Elaboração: DIEESE
1.2 Movimentação do número de trabalhadores optantes do Programa do
Microempreendedor Individual (MEI)
Forte crescimento do Programa do Microempreendedor Individual
Constatou-se uma forte expansão do Programa do Microempreendedor Individual1
(MEI) no Recife. Em 2010, estavam cadastrados 8.239 MEI no município do Recife. Em
31/07/2011, o número de optantes no programa já era de 13.688 (Tabela 3). Entre o final de
1 O Programa do Microempreendedor Individual é baseado na “Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, que cria condições especiais para que o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um Empreendedor Individual legalizado. O Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um empreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 36.000,00 por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular; podendo ter até um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.”. Fonte: http://www.portaldoempreendedor.gov.br/
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
11
2010 e julho de 2011, houve um crescimento de 5.429 trabalhadores formalizados através do
programa, o que representa uma expansão de 65,9%.
O forte estímulo das políticas públicas de incentivo a formalização, sobretudo por
meio do Programa do Microempreendedor Individual – que concede redução da contribuição
ao INSS e simplificação de tributos –, tem-se demonstrado positivo na formalização dos
trabalhadores locais.
TABELA 4 Total de Optantes do Programa do Microempreendedor Individual por Município
Recife, dez/2010 - jul/2010
Absoluto %
31/12/2010 8.239 - -
31/01/2011 8.930 691 8,4
28/02/2011 9.478 548 6,1
31/03/2011 9.949 471 5,0
30/04/2011 10.475 526 5,3
31/05/2011 11.241 766 7,3
30/06/2011 12.152 911 8,1
31/07/2011 13.668 1.516 12,5
5.429 65,9
DataTotal de
optantes
Variação
Dez/10 - Jul/11 Fonte: Receita Federal (Estatísticas do SIMEI - Simples Nacional do Microempreendedor Individual) Elaboração: DIEESE
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
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2. QUADRO GERAL DO EMPREGO E DESEMPREGO NO RECIFE
Foi a taxa de desemprego no Recife em julho de 2011
A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pelo convênio AGÊNCIA
CONDEPE/FIDEM e DIEESE/SEADE na RMR, mostrou que em julho de 2011, no
município do Recife, havia uma população desempregada estimada em 93 mil pessoas, 2 mil
a menos que no mês anterior e 24 mil a menos que no mesmo mês do ano passado. (Tabela 5).
TABELA 5 Estimativas do número de pessoas de 10 anos ou mais segundo condição de
atividade Recife, jul/10, jun/11 e jul/11
jul/11 jul/11 jul/11 jul/11
jun/11 jul/10 jun/11 jul/10
População em Idade Ativa 1.362 1.395 1.400 5 38 0,4 2,8
População Economicamente Ativa 740 757 743 -14 3 -1,8 0,4
Ocupados 623 662 650 -12 27 -1,8 4,3
Desempregados 117 95 93 -2 -24 -2,1 -20,5
Em Desemprego Aberto 67 62 63 1 -4 1,6 -6,0
Em Desemprego Oculto Total 50 33 30 -3 -20 -9,1 -40,0
Inativos 622 638 657 19 35 3,0 5,6
Taxa de Participação 54,3% 54,3% 53,1%
jul/11
Absoluta
(em mil pessoas)
Variações
Relativa
(em %) Condição de atividade
Estimativas
(em mil pessoas)
jul/10 jun/11
Fonte: PED-RMR. Convênio: AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM, SEJE, FSEADE-SP, DIEESE e MTE/FAT Elaboração: DIEESE
Taxa de desemprego registra relativa estabilidade no Recife
A taxa de desemprego total no Recife, em julho de 2011, era de 12,5%, estável em
relação ao mês anterior, mas menor em relação a julho de 2010, que havia apresentado taxa de
15,8%. Neste mesmo período, as taxas de desemprego aberto e oculto sofreram queda,
passando de 9,1% para 8,5% e de 6,7% para 4,0%, respectivamente (Gráfico 3).
A taxa de desemprego total do município do Recife em julho de 2011 é a menor
registrada para o mês de julho, desde o início da série em outubro de 1997.
Notou-se, também, entre julho de 2010 e julho de 2011, um aumento da População
Ocupada (PO) maior que o aumento da População Economicamente Ativa (PEA), o que
refletiu na taxa de participação do município. Essa taxa de participação passou de 54,3% para
12,5%
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
13
53,1%, no período em análise. Em julho de 2011, a PO do Recife estava estimada em 650 mil
pessoas e a PEA em 743 mil pessoas.
GRÁFICO 3 Taxa de Desemprego por tipo (em %)
Recife, jul/10 - jul/11
9,1 8,9 9,0 8,7 7,9 7,5 7,3 7,9 7,8 8,4 8,2 8,2 8,5
6,7 6,4 6,35,5
4,84,4 4,8
5,0 5,1 4,6 4,2 4,4 4,0
15,8 15,3 15,314,2
12,711,9 12,1
12,9 12,9 13,012,4 12,6 12,5
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11
Aberto Oculto Total
Fonte: PED-RMR. Convênio AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM, STQE, FSEADE-SP, DIEESE e MTE/FAT Elaboração: DIEESE
A taxa de desemprego por atributos pessoais para o município do Recife demonstra,
seguindo a tendência do conjunto das regiões metropolitanas estudadas pela PED, um maior
desemprego entre as mulheres, os jovens (de 18 a 24 anos), os demais membros da família –
que não são chefes do domicílio – e as pessoas de cor não branca.
Contudo, deve-se destacar que, entre julho de 2010 e julho de 2011, houve uma
redução um pouco maior nas taxas de desemprego das mulheres, jovens, membros não chefe e
de cor não branca no Recife, como demonstram os dados da Tabela 6.
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
14
TABELA 6 Taxas de Desemprego por Atributos Pessoais (em %)
Recife, jul/10, jun/11 e jul/11 jul/10 jun/11 jul/11
Homens 13,4 10,1 10,3
Mulheres 18,5 15,5 15,0
18 a 24 anos 29,7 26,0 24,8
25 a 39 anos 16,3 12,7 12,5
Mais de 40 anos 7,1 5,3 5,8
Chefe 8,5 6,3 6,6
Demais Membros 21,0 17,2 16,8
Branca 11,8 8,6 9,7
Não Branca 17,8 14,6 13,9
15,8 12,6 12,5
Posição no
Domicílio
Sexo
Faixa Etária1
Atributos pessoais
Total
Cor
Fonte: PED-RMR. Convênio AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM, STQE, FSEADE-SP, DIEESE e MTE/FAT Elaboração: DIEESE Notas: (1) A amostra não comporta a desagregação para categoria de 10 a 17 anos
O nível de ocupação aumentou 4,3% em junho de 2011, comparado a igual período de
2010. Houve uma diminuição de 8 mil postos de trabalho na Indústria de Transformação,
único setor com queda no período (-14,8%). Nos demais setores, o movimento geral foi de
expansão da geração de empregos, com crescimento de 17,6% da ocupação no Comércio,
14,8% na Construção Civil e 7,6% para o agregado “Outros Setores” – que incluem os
Serviços Domésticos (Tabela 7).
O setor dos Serviços, principal empregador do município do Recife, representava
57,7% dos empregos formais em julho de 2011 e, no último ano, foi o que teve o menor
crescimento na geração de postos de trabalho (1,9%).
TABELA 7 Estimativas dos ocupados segundo setor de atividade
Recife, jul/10, jun/11 e jul/11
jul/11 jul/11
jun/11 jul/10
Ocupados 623 662 650 100,0 100,0 -1,8 4,3
Indústria de Transformação 54 47 46 8,7 7,1 -2,1 -14,8
Comércio 108 128 127 17,3 19,5 -0,8 17,6
Serviços 368 378 375 59,1 57,7 -0,8 1,9
Construção Civil 27 34 31 4,3 4,8 -8,8 14,8
Outros 1 66 75 71 10,6 10,9 -5,3 7,6
Setor de atividade
Variação
(em %)
jul/10
Estimativas
(em mil pessoas)
jul/10 jun/11 jul/11 jul/11
Distribuição
(em %)
Fonte: PED-RMR. Convênio: AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM, SEJE, FSEADE-SP, DIEESE e MTE/FAT Elaboração: DIEESE Nota: (1) Incluem Serviços Domésticos, etc.
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
15
No Recife, o nível de ocupação cresceu 4,3% no último ano, puxado principalmente pelo crescimento do assalariamento
O assalariamento total cresceu 7,9% frente a julho de 2010, com crescimento de 4,5%
no setor privado. Os assalariados com carteira registraram aumento de 8,9% e os sem carteira
decréscimo de 12,7%. Entre os trabalhadores assalariados, destaca-se a expansão de 20,7% do
setor público que, no período de análise, gerou 17 mil novos postos de trabalho (Tabela 8).
A quantidade de trabalhadores autônomos teve um decréscimo de 10,7% em 12 meses,
passando de 140 mil pessoas, em julho de 2010, para 125 mil em julho de 2011. Verificou-se
também um aumento de 12,1% no número de pessoas nas demais posições ocupacionais
(empregadores, empregados domésticos, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares
sem remuneração, profissionais liberais e outras posições ocupacionais, etc.).
A população ocupada, segundo posição na ocupação, em julho de 2011 no município
do Recife detinha 65,1% de trabalhadores assalariados, 19,2% de autônomos e 15,7% de
trabalhadores nas demais posições ocupacionais. Do total de ocupados, 49,8% estavam
empregados no setor privado – com 8,5% desse total sem carteira de trabalho assinada – e
15,2% no setor público.
TABELA 8 Estimativas dos ocupados segundo posição na ocupação
Recife, jul/10, jun e jul/11
jul/11 jul/11
jun/11 jul/10
Ocupados 623 662 650 100,0 100,0 -1,8 4,3
Assalariados 1 392 424 423 62,9 65,1 -0,2 7,9
Setor Privado 310 327 324 49,8 49,8 -0,9 4,5
com carteira 247 268 269 39,6 41,4 0,4 8,9
sem carteira 63 59 55 10,1 8,5 -6,8 -12,7
Setor Público 2 82 97 99 13,2 15,2 2,1 20,7
Autônomos 140 130 125 22,5 19,2 -3,8 -10,7
Demais Posições 3 91 108 102 14,6 15,7 -5,6 12,1
Distribuição
(em %)
Estimativas
(em mil pessoas)
jul/10 jun/11 jul/11
Variação
(em %)
jul/10
Posição na
ocupaçãojul/11
Fonte: PED-RMR. Convênio: AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM, SEJE, FSEADE-SP, DIEESE e MTE/FAT. Elaboração: DIEESE Notas: (1) Excluem os Empregados Domésticos. (2) Inclui os estatutários e celetistas que trabalham em instituições públicas (governos Municipal, Estadual, Federal, Empresa de Economia Mista, Autarquia, Fundação, etc.). (3) Inclui os empregadores, empregados domésticos, trabalhador familiar, donos de negócio familiar e outras atividades não definidas.
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16
3. ANÁLISE DO SALDO DE POSTOS DE TRABALHO FORMAIS NO RECIFE
3.1 Comportamento do mercado de trabalho formal no Brasil, Grandes
Regiões, Nordeste e Pernambuco
Saldo de emprego formal no Brasil foi de 140 mil vagas em julho de 2011
Segundo dados do CAGED/MTE, o saldo de empregos formais no Brasil em julho de
2011 foi de 140.5632, resultado de 1.696.863 admissões em contrapartida a 1.556.300
desligamentos. Esse é o quinto maior saldo para o mês desde 1999, quando se observa a
retomada sustentada da geração de empregos formais no país (Gráfico 4).
O resultado de julho representou um crescimento de 0,48% do estoque de
trabalhadores assalariados do país em relação ao mês anterior. Na série ajustada, que
incorpora as informações declaradas fora do prazo, no acumulado do ano, o montante de
empregos gerados atingiu 1.593.527 postos de trabalho, correspondendo a um aumento de
4,43% do estoque.
2 Esse saldo não inclui as omissões/atrasos.
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17
GRÁFICO 4 Evolução do saldo de vagas formais para meses de julho
Brasil, 1996 – 2011
9.110
-7.502
-21.454
8.057
105.842
71.38661.227
37.233
202.033
117.473
154.357
126.992
203.218
138.402
181.796
140.563
-50.000
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE Nota: A partir de 1996, o CAGED passa a utilizar a CNAE/95 com o intuito de compatibilizar os resultados do MTE com o de outros órgãos produtores de informação. Por isso, optou-se por esse ano para início da série histórica.
Os Serviços lideraram como o setor que mais contribuiu para o saldo de vagas no mês
de julho de 2011, com a geração líquida de 45.961 postos, o que representou 32,7% do total
de vagas criadas no Brasil. Destacaram-se os subsetores de Comércio e administração de
imóveis e o de Serviços de alojamento e alimentação, reparação e manutenção, pessoais,
sociais e de lazer, com participação de 13,2% e 13,6%, respectivamente.
O Comércio foi o segundo setor em geração de vagas no mês, com 28.538 (20,3%) –
com forte peso do comércio varejista –, seguido pela Construção Civil, com 25.632 (18,2%),
e a Indústria de transformação, com 23.610 vagas (16,8%) (Tabela 9).
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18
TABELA 9 Saldo de vagas por subsetor de atividade e participação (%)
Brasil, Julho/2011
Absoluto Part. (%)
Extrativa mineral 2.033 1,4
Indústria de Transformação 23.610 16,8
Indústria de produtos minerais não metálicos 2.473 1,8
Indústria metalúrgica 993 0,7
Indústria mecânica 2.021 1,4
Indústria do material elétrico e de comunicações 2.717 1,9
Indústria do material de transporte 2.479 1,8
Indústria da madeira e do mobiliário 1.262 0,9
Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 758 0,5
Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas -3.308 -2,4
Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria 4.006 2,8
Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos 334 0,2
Indústria de calçados 3.738 2,7
Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico 6.137 4,4
Serviços industriais de utilidade pública 1.129 0,8
Construção civil 25.632 18,2
Comércio 28.538 20,3
Comércio varejista 21.356 15,2
Comércio atacadista 7.182 5,1
Serviços 45.961 32,7
Instituições de crédito, seguros e capitalização 2.128 1,5
Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. Técnico 18.500 13,2
Transportes e comunicações 7.530 5,4
Serv. de alojamento, alimentação, reparação, manutenção,
pessoais, sociais e de lazer19.170 13,6
Serviços médicos, odontológicos e veterinários 6.922 4,9
Ensino -8.289 -5,9
Administração pública direta e autárquica 13 0,0
Agropecuária 13.647 9,7
Total 140.563 100,0
Subsetores de atividadeSaldo
Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE
Nordeste teve o segundo melhor saldo do país e Pernambuco teve o melhor desempenho na região
A região com maior saldo positivo no mês foi o Sudeste, com 49,2% ou 69.201 vagas.
O Nordeste foi a segunda região que mais contribuiu com o saldo do mês: 39.953 vagas
(19,6%). O estado com maior participação no saldo do Nordeste em julho foi Pernambuco,
com 8.029 novos postos de trabalho, seguido pelo Ceará, com 7.820, e pelo Maranhão, com
3.021. Todos os Estados nordestinos tiveram saldo positivo (Gráfico 5).
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19
GRÁFICO 5 Evolução do saldo de vagas formais Estados do Nordeste, julho de 2011
8.029 7.820
3.021
2.0331.675 1.580 1.293 1.190 902
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
9.000
Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE
No estado de Pernambuco no mês de julho, o setor da Indústria de Transformação foi
o líder na geração de empregos formais com um saldo de 2.835 novas vagas (35,3% do total).
Em seguida vem a Agropecuária, com 2.746 vagas (34,2%), o setor dos Serviços, com 1.243
vagas (15,5%), e a Construção Civil, com 628 vagas (7,8%). A maioria dos setores apresentou
saldo positivo, com exceção da Administração Pública que teve uma pequena redução de
postos de trabalho nesse mês.
Recife foi a 3ª capital nordestina no saldo de vagas em julho e respondeu por 11,9% dos empregos gerados em Pernambuco
Entre as capitais nordestinas, Recife teve o terceiro melhor desempenho para o mês de
julho com um saldo de 952 vagas formais geradas. A capital pernambucana foi responsável
pela geração de 11,9% do saldo de empregos formais do estado de Pernambuco no mês. A
Região Metropolitana de Recife, com um saldo de 2.470 vagas, respondeu por 30,8% do total
de postos de trabalho formais gerados no Estado (Tabela 10).
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
20
TABELA 10 Saldo de vagas por localidades selecionadas
Brasil, Nordeste, Pernambuco, RMR e Recife, jun/2011-jul/2011
Brasil 215.393 140.563 -34,7
Nordeste 39.953 27.543 -31,1
Pernambuco 11.328 8.029 -29,1
RMR 4.318 2.470 -42,8
Recife 1.120 952 -15,0
Demais Municípios 3.198 1.518 -52,5
Localidade jun/11Variação
(%)jul/11
Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE
Apesar do crescimento real dos salários de admissão, a massa salarial caiu no país, PE e RMR. No Recife, houve queda do salário dos admitidos e da massa
salarial
Em relação aos salários, nota-se uma variação real positiva entre o salário médio de
admissão entre julho de 2010 e julho de 2011, exceto no município do Recife.
No Brasil, constatou-se um crescimento de 3,1% nos salários médios entre os dois
períodos. O salário médio de admissão passou de R$ 898,98 para R$ 926,70. No estado de
Pernambuco a variação foi menor, mas também positiva em 2,4%. Destaca-se, para este
período, o expressivo crescimento real dos salários médios de admissão na RMR (6,3%). No
Recife, verificou-se uma variação negativa de -0,5% (Tabela 11).
TABELA 11 Salário médio real, massa salarial e relação entre salários
Brasil, PE, RMR e Recife, jul/2010 e jul/2011
Adm Deslig
Brasil 181.796 898,98 965,75 63.418.693 0,93
Pernambuco 9.946 792,18 832,18 6.110.102 0,95
RMR 4.858 853,97 883,01 3.247.262 0,97
Recife 3.326 853,99 887,77 2.204.653 0,96
Brasil 140.563 926,70 988,72 33.741.124 0,94
Pernambuco 8.029 811,39 874,92 3.864.883 0,93
RMR 2.470 908,08 933,59 1.495.277 0,97
Recife 952 849,52 894,53 53.855 0,95
Brasil -41.233 3,1 2,4 -29.677.569 0,0
Pernambuco -1.917 2,4 5,1 -2.245.219 -0,0
RMR -2.388 6,3 5,7 -1.751.985 0,0
Recife -2.374 -0,5 0,8 -2.150.798 -0,0
jul/11
Variação
Período Localidade
jul/10
SaldoSalário médio real Massa Salarial
Adm (-) Deslig
Relação Salários
Adm/ Deslig
Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE Nota: Valores deflacionados pelo INPC a preços reais de julho de 2011
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
21
Apesar do crescimento real dos salários de admissão no país, PE e RMR, a massa
salarial em julho de 2011 foi, de forma generalizada, menor que no mesmo mês de 2010,
reflexo do menor saldo de vagas verificado nesse período para o total do país, do estado de
Pernambuco, da Região Metropolitana de Recife e do município do Recife.
3.2 Quadro geral do emprego formal no Recife
No Recife foram criados 13.144 novos postos de trabalho nos sete primeiros meses do ano
O saldo de julho no Recife foi de 952 vagas, resultado, principalmente, do bom
desempenho do setor dos Serviços na geração de emprego. Este resultado é menor que o
observado para junho de 2011, de 1.120, e 71,4% menor do que o mesmo mês do ano
anterior. Apesar de positivo, esse saldo de vagas em julho é apenas o quinto melhor desde o
início dos anos 2000 (Gráfico 6).
GRÁFICO 6
Evolução do saldo de vagas formais para meses de julho Recife, 1996 – 2011
-495
-1.142
-331
-808
89
-198-406
-549
291
732
1.047
734
1.023
1.927
3.326
952
-1.500
-1.000
-500
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
19
96
19
97
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE Nota: A partir de 1996, o CAGED passa a utilizar a CNAE/95 com o intuito de compatibilizar os resultados do MTE com o de outros órgãos produtores de informação. Por isso, optou-se por esse ano para início da série histórica.
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22
O saldo positivo de 952 postos de trabalho, registrado no Recife, se deu pela
combinação da geração de 17.721 novas vagas em contrapartida a eliminação de 16.769
postos.
Nos sete primeiros meses do ano, Recife acumulou um saldo de 13.144 novas vagas
geradas, considerando-se os ajustes.
O setor dos Serviços foi o principal gerador de empregos no município
Seguindo a dinâmica nacional, os Serviços lideraram como o setor que mais contribuiu
para o saldo de vagas do Recife no mês de julho de 2011, com a geração líquida de 1.002
postos de trabalho. Neste setor, os Serviços de alojamento e alimentação, reparação e
manutenção, pessoais, sociais e de lazer foram responsáveis por 571 vagas, seguido pelos
subsetores de Serviços médicos, odontológicos e veterinários, com 171 postos, e Comércio e
administração de imóveis, com 157 vagas. O subsetor de Ensino fechou 65 vagas no mês
(Tabela 12).
O setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública foi o segundo em geração de
postos de trabalho, com 233 vagas. Em seguida, aparece a Agropecuária, com 38 vagas
geradas, e a Extrativa Mineral, com 4 vagas.
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23
TABELA 12 Saldo de vagas por subsetor de atividade e variação (%)
Recife, jul/2010 e jul/2011
Subsetores de atividade jul/10 jul/11Variação
(%)
Extrativa mineral 4 4 0,0
Indústria de Transformação 301 -28 -109,3
Indústria de produtos minerais não metálicos -6 -11 83,3
Indústria metalúrgica 34 2 -94,1
Indústria mecânica 36 29 -19,4
Indústria do material elétrico e de comunicações 32 -2 -106,3
Indústria do material de transporte 25 0 -100,0
Indústria da madeira e do mobiliário 9 -38 -522,2
Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 18 -2 -111,1
Ind. da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas 12 14 16,7
Ind. química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria 41 38 -7,3
Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos -7 -24 242,9
Indústria de calçados -3 -6 100,0
Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico 110 -28 -125,5
Serviços industriais de utilidade pública 91 233 156,0
Construção civil 1.188 -77 -106,5
Comércio -84 -208 147,6
Comércio varejista -145 -300 106,9
Comércio atacadista 61 92 50,8
Serviços 1.743 1.002 -42,5
Instituições de crédito, seguros e capitalização -1 2 -300,0
Com. e administração de imóveis, valores mobiliários, serv. Técnico 805 157 -80,5
Transportes e comunicações 112 166 48,2
Serv. de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, pessoais,
sociais e de lazer171 571 233,9
Serviços médicos, odontológicos e veterinários 789 171 -78,3
Ensino -133 -65 -51,1
Administração pública direta e autárquica 24 -12 -150,0
Agropecuária 59 38 -35,6
Total 3.326 952 -71,4 Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE
Os setores do Comércio, Construção Civil, Administração Pública e Indústria de
Transformação tiveram redução de postos de trabalho em julho, o que influenciou
negativamente no resultado do saldo de emprego formal neste mês. Dentre os subsetores com
saldo negativo de vagas, destaca-se a redução de 300 postos de trabalho no comércio
varejista.
Por fim, vale ressaltar que o setor dos Serviços, sozinho, respondeu por 93,3% das
vagas formais geradas, entre janeiro e julho de 2011, no Recife, reafirmando a sua
importância na economia municipal.
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24
3.3 Movimentação do número de trabalhadores formais segundo
características das principais famílias ocupacionais
Família ocupacional que mais contribuiu para o saldo no Recife foi a de Ajudantes de obras civis
As dez famílias ocupacionais com maior saldo positivo em julho geraram um resultado
de 894 postos de trabalho. Por outro lado, as dez que mais eliminaram postos, somaram um
saldo negativo total de -645 vagas.
Em relação às famílias ocupacionais com saldo positivo, a que mais contribuiu para o
saldo de vagas em julho de 2011 foi a de Ajudantes de obras civis com 198 vagas, equivalente
a 9,3% do saldo do Recife, com um salário médio de admissão de R$ 615,94 e de
desligamento de R$ 665,26 (ou seja, quase R$ 50,00 reais a menos, o que representa uma
perda salarial na carreira de 8%). Essa família foi responsável por apenas 1,3% da massa
salarial gerada em julho (Tabela 13).
Em seguida, aparecem os Vigilantes e guardas de segurança com 7,2% do saldo,
salário de admissão de R$ 662,87 e de desligamento de R$ 850,38 (ou seja, uma perda salarial
de 28% no rendimento médio da categoria). A contribuição desta família para a massa salarial
em julho foi de 4,3%.
Cabe destacar que praticamente todas as dez famílias ocupacionais que mais
empregaram no Recife, em julho de 2011, tiveram redução salarial, ou seja, um menor salário
de admissão em comparação ao de desligamento, exceto entre os Trabalhadores de
instalações elétricas.
Nas famílias que apresentaram saldo negativo, a distribuição do resultado deu-se de
forma mais concentrada. Os Operadores de telemarketing eliminaram 207 postos de trabalho,
o que representou 17,5% do total, seguido pelos Agentes, assistentes e auxiliares
administrativos, com 14,5%.
Os Operadores de telemarketing, no mês de julho, foram admitidos com um salário
médio de R$ 562,83 e desligados por R$ 539,28, o que representou um pequeno ganho
salarial na categoria, de 4,4%. O mesmo ocorre com os Agentes, assistentes e auxiliares
administrativos que, no mês de julho, obtiveram ganhos salariais de 5,1%.
Entre as dez famílias ocupacionais que mais desligaram no Recife, em julho de 2011,
não se observou uma tendência generalizada em termos de evolução salarial. Enquanto
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
25
metade obteve ganhos salariais, a outra parte sofreu perdas em seus salários médios de
admissão em comparação aos de desligamento.
TABELA 13 Ranking das famílias ocupacionais selecionadas pelo saldo, salários de admissão e
desligamento e massa salarial Recife, Jul/2011
Adm (-)
Deslig
Partici-
pação (%)
Admiti-
dos
Desliga-
dos
Relação
adm/deslig
Adm (-)
Deslig
Partici-
pação
(%)
1º Ajudantes de obras civis 198 9,3 615,94 665,26 0,93 18.638 1,3
2º Vigilantes e guardas de segurança 154 7,2 662,87 850,38 0,78 60.268 4,3
3º Trabalhadores de instalações elétricas 98 4,6 869,16 848,10 1,02 88.273 6,3
4º Garçons, barmen, copeiros e sommeliers 90 4,2 568,08 602,08 0,94 36.034 2,6
5º Trabalhadores nos serviços de administração de edifícios 66 3,1 574,36 582,21 0,99 36.289 2,6
6ºInstaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e
de comunicação de dados66 3,1 687,56 806,60 0,85 43.593 3,1
7º Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações 57 2,7 585,92 607,38 0,96 25.502 1,8
8º Motociclistas e ciclistas de entregas rápidas 57 2,7 591,19 644,16 0,92 26.917 1,9
9º Técnicos e auxiliares de enfermagem 56 2,6 763,88 958,95 0,80 8.640 0,6
10º Trabalhadores agrícolas na fruticultura 52 2,4 560,00 560,00 1,00 29.120 2,1
894 41,9 628,72 677,90 0,93 373.274 26,7
1.241 58,1 923,20 939,56 0,98 1.023.617 73,3
Total (com saldo positivo) 2.135 100,0 819,46 850,67 0,96 1.396.891 100,0
1º Operadores de telemarketing -207 17,5 562,83 539,28 1,04 -100.707 7,5
2º Agentes, assistentes e auxiliares administrativos -172 14,5 813,14 773,39 1,05 -81.543 6,1
3º Trabalhadores na fabricação e conservação de alimentos -54 4,6 749,35 566,17 1,32 -27.459 2,0
4º Técnicos em eletricidade e eletrotécnica -42 3,6 1.410,44 924,89 1,52 -23.308 1,7
5º Gerentes de comercialização, marketing e comunicação -41 3,5 2.437,13 2.808,84 0,87 -137.837 10,3
6º Professores na área de formação pedagógica do ensino superior -39 3,3 520,50 1.271,95 0,41 -51.109 3,8
7º Recepcionistas -31 2,6 675,47 704,69 0,96 -30.903 2,3
8º Gerentes administrativos, financeiros, de riscos e afins -23 1,9 2.300,80 2.475,67 0,93 -66.558 5,0
9º Trabalhadores na operação de máquinas de concreto usinado -18 1,5 1.082,30 1.012,46 1,07 -17.526 1,3
10º Gerentes de operações comerciais e de assistência técnica -18 1,5 827,63 1.479,35 0,56 -37.056 2,8
-645 54,5 831,90 844,77 0,98 -574.006 42,7
-538 45,5 1.068,83 1.144,58 0,93 -769.030 57,3
Total (com saldo negativo) -1.183 100,0 943,75 985,19 0,96 -1.343.036 100,0
952 - 849,52 894,53 0,95 53.855 -
Saldo Salários Massa salarial
Famílias ocupacionais
Subtotal das 10 famílias
Demais famílias (com saldo positivo)
Total
Subtotal das 10 famílias
Demais famílias (com saldo negativo)
Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE
Ao observar a movimentação de julho das famílias ocupacionais do Recife por setores
de atividade econômica, verifica-se que tanto para as dez com maior saldo positivo quanto
para as dez com maior saldo negativo, o setor dos Serviços foi o setor que apresentou a maior
participação nesse resultado (70,7% do total das dez famílias ocupacionais com melhores
saldos positivos).
Neste setor merecem destaques entre as dez famílias que mais empregaram os
Vigilantes e guardas de segurança, Ajudantes de obras civis e Garçons, barmen, copeiros e
sommeliers. Na sequência, aparece o setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública, cujo
resultado deu-se, basicamente, pela movimentação positiva dos Trabalhadores de instalações
elétricas.
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
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Do mesmo modo, quando se observa o saldo negativo das dez famílias ocupacionais
pelos setores de atividade econômica, verifica-se que o setor dos Serviços respondeu pela
maior parte da eliminação de postos de trabalho no mês (62,2% do total). Cabe ressaltar que
mais da metade do saldo negativo neste setor ocorreu devido aos Operadores de
telemarketing. Em conjunto com os Agentes, assistentes e auxiliares administrativos,
Técnicos de eletricidade e eletrotécnica e Professores na área de formação pedagógica do
ensino superior, essas ocupações responderam por uma parcela considerável do saldo
negativo setorial (58,6%) (Tabela 14).
TABELA 14
Ranking das famílias ocupacionais selecionadas pelo saldo e setor de atividade econômica
Recife, Jul/2011 Extrativa
mineral
Ind. de
Transf.SIUP
Constr.
CivilComércio Serviços
Adm.
Pública
Agrope-
cuáriaTotal
1º Ajudantes de obras civis 1 11 19 38 -5 135 0 -1 198
2º Vigilantes e guardas de segurança 0 1 0 -4 -2 156 0 3 154
3º Trabalhadores de instalações elétricas 0 -1 86 21 -1 -8 0 1 98
4º Garçons, barmen, copeiros e sommeliers 0 -3 0 10 -3 85 0 1 90
5º Trabalhadores nos serviços de administração de edifícios 0 1 0 -1 2 64 0 0 66
6ºInstaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e
de comunicação de dados0 0 9 3 1 53 0 0 66
7º Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações 1 -3 0 10 1 47 1 0 57
8º Motociclistas e ciclistas de entregas rápidas 0 1 0 1 8 47 0 0 57
9º Técnicos e auxiliares de enfermagem 0 0 0 -2 4 53 1 0 56
10º Trabalhadores agrícolas na fruticultura 0 0 0 0 0 0 0 52 52
Total das 10 famílias com maiores saldos positivos 2 7 114 76 5 632 2 56 894
1º Operadores de telemarketing -1 1 0 1 11 -219 0 0 -207
2º Agentes, assistentes e auxiliares administrativos 0 -4 8 16 -100 -81 0 -11 -172
3º Trabalhadores na fabricação e conservação de alimentos 0 -43 0 0 -9 -2 0 0 -54
4º Técnicos em eletricidade e eletrotécnica 0 -2 3 1 1 -45 0 0 -42
5º Gerentes de comercialização, marketing e comunicação 1 0 0 0 -37 -5 0 0 -41
6º Professores na área de formação pedagógica do ensino superior 0 0 0 0 0 -33 -6 0 -39
7º Recepcionistas 0 -1 0 7 -28 -8 -1 0 -31
8º Gerentes administrativos, financeiros, de riscos e afins 0 -5 -1 -2 -7 -6 -1 -1 -23
9º Trabalhadores na operação de máquinas de concreto usinado 0 0 0 -20 1 1 0 0 -18
10º Gerentes de operações comerciais e de assistência técnica 0 1 0 0 -16 -3 0 0 -18
Total das 10 famílias com maiores saldos negativos 0 -53 10 3 -184 -401 -8 -12 -645
4 -28 233 -77 -208 1.002 -12 38 952Total
Famílias ocupacionais
Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE
Em relação às famílias ocupacionais segundo tamanho dos estabelecimentos, verifica-
se que no mês de julho o saldo das dez famílias que mais empregaram se encontrava
principalmente entre os estabelecimentos micro (com até 4 empregados), que responderam
por 369 vagas (ou 41,3% do total). Nestes estabelecimentos, o destaque foi para a família de
Ajudantes de obras civis, com 149 novos postos (ou 40,4% do total desta família ocupacional
e 16,7% do subtotal das 10 famílias com saldo positivo). Em seguida, encontram-se os
estabelecimentos entre 100 e 249 empregados, com saldo de 209 vagas, e os entre 500 e 999
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
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empregados, com 157 vagas. Em termos percentuais estes dois grupos respondem por 23,4%
e 17,6%, respectivamente, do saldo total (Tabela 15).
Entre as famílias que eliminaram vagas (saldo negativo), merecem destaque os
grandes estabelecimentos (1000 ou mais empregados), com redução de 641 vagas, ou 99,4%
do total de 645 vagas eliminadas pelas dez famílias ocupacionais com maiores saldos
negativos. Nestes estabelecimentos, as famílias ocupacionais de Operadores de telemarketing
e Agentes, assistentes e auxiliares administrativos foram os principais grupos a perderem
postos de trabalho. Em conjunto, essas duas categorias ocupacionais representaram 82,2% do
total de vagas perdidas nos grandes estabelecimentos e 81,7% da redução de postos no
subtotal das 10 famílias com saldo negativo.
TABELA 15 Ranking das famílias ocupacionais selecionadas pelo saldo e segundo tamanho do
estabelecimento Recife, Jul/2011
Até 4De 5
a 9
De 10
a 19
De 20
a 49
De 50
a 99
De 100
a 249
De 250
a 499
De 500
a 999
1000 ou
maisTotal
1º Ajudantes de obras civis 149 58 58 48 -73 88 -96 -30 -4 198
2º Vigilantes e guardas de segurança 0 0 23 7 -25 -3 166 -10 -4 154
3º Trabalhadores de instalações elétricas 12 2 -1 4 -1 -5 -64 153 -2 98
4º Garçons, barmen, copeiros e sommeliers 78 -10 22 4 8 -23 0 -3 14 90
5º Trabalhadores nos serviços de administração de edifícios 21 -7 8 9 18 -1 -6 17 7 66
6ºInstaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e
de comunicação de dados 9 0 -3 0 -3 55 0 9 -1 66
7º Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações 29 -13 0 11 2 17 2 -1 10 57
8º Motociclistas e ciclistas de entregas rápidas 66 0 -4 4 -4 12 -15 0 -2 57
9º Técnicos e auxiliares de enfermagem 5 -2 2 5 -4 17 -12 22 23 56
10º Trabalhadores agrícolas na fruticultura 0 0 0 0 0 52 0 0 0 52
Total das 10 famílias com maiores saldos positivos 369 28 105 92 -82 209 -25 157 41 894
1º Operadores de telemarketing 14 3 0 -6 11 21 0 43 -293 -207
2º Agentes, assistentes e auxiliares administrativos 66 -15 -35 6 12 -21 8 41 -234 -172
3º Trabalhadores na fabricação e conservação de alimentos 2 -2 -1 -1 -4 5 0 -53 0 -54
4º Técnicos em eletricidade e eletrotécnica 4 2 1 0 2 0 -4 -1 -46 -42
5º Gerentes de comercialização, marketing e comunicação 4 -4 -19 -10 -4 -5 -1 0 -2 -41
6º Professores na área de formação pedagógica do ensino superior 0 1 0 1 -4 -11 -1 -6 -19 -39
7º Recepcionistas 22 -15 3 -15 -1 0 12 7 -44 -31
8º Gerentes administrativos, financeiros, de riscos e afins -2 -8 0 -2 0 -3 -2 -4 -2 -23
9º Trabalhadores na operação de máquinas de concreto usinado 0 0 1 1 -3 -3 -11 -3 0 -18
10º Gerentes de operações comerciais e de assistência técnica 0 -1 -7 -3 -4 0 0 -2 -1 -18
Total das 10 famílias com maiores saldos negativos 110 -39 -57 -29 5 -17 1 22 -641 -645
1.239 -36 -2 -22 -158 418 -52 156 -591 952
Famílias ocupacionais
Total Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE
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4. QUADRO-SÍNTESE DOS INDICADORES DO MERCADO DE TRABALHO
QUADRO 1 Indicadores do Mercado de Trabalho
Brasil, Pernambuco, RMR e Recife, Jul/2010 e Jul/2011
Brasil Pernambuco RMR Recife Brasil Pernambuco RMR Recife
Mulheres 33,2 38,6 26,5 26,2 38,6 44,0 21,9 24,6
Jovens (até 24 anos) 70,2 42,9 47,5 41,7 86,6 53,9 74,8 97,9
Ensino médio completo 61,2 43,3 60,1 57,7 63,5 25,7 46,6 64,1
Permanência inferior a
2,9 meses22,3 21,6 19,7 19,1 21,7 17,2 16,4 16,1
Permanência inferior a 6
meses41,7 38,6 37,7 36,9 42,6 35,9 36,2 35,1
Permanência inferior a
um ano60,4 58,5 58,0 57,7 62,0 58,6 59,8 57,7
Demissão sem justa
causa, Término contrato
trabalho por prazo
determinado
71,2 81,5 80,1 78,6 69,6 81,8 80,9 79,5
Primeiro emprego 15,2 19,2 17,9 18,6 14,8 17,7 15,3 17,0
Referente ao saldo
Referente aos desligamentos
Referente aos admitidos
Indicadoresjul/10 jul/11
Fonte: MTE - Caged Elaboração: DIEESE
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29
GLOSSÁRIO
Atividade econômica: Conjunto de unidades de produção caracterizado pelo produto produzido, classificado conforme sua produção principal. O IBGE possui, dentre outras, uma classificação de nove setores de atividade econômica: extrativa mineral; indústria de transformação; serviços industriais de utilidade pública; construção civil; comércio; serviços; administração pública; agropecuária, extrativa vegetal, caça e pesca; e ‘outros’. CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados): É um registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego, de periodicidade mensal e que contém as declarações de estabelecimentos com movimentação (admissões ou desligamentos) prestadas até o dia 7 do mês subseqüente à movimentação. CBO (Classificação Brasileira de Ocupações): é o documento que reconhece, nomeia e codifica os títulos e descreve as características das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. Foi instituída pela portaria ministerial nº. 397, de 9 de outubro de 2002, e tem por finalidade a identificação das ocupações no mercado de trabalho, para fins classificatórios junto aos registros administrativos e domiciliares. CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas): É um instrumento padrão de classificação para identificação das unidades produtivas do Brasil, sob o enfoque das atividades econômicas existentes. É desenvolvida sob a coordenação do IBGE, de forma compatível com a International Standard Industrial Classification – ISIC, terceira revisão aprovada pela Comissão de Estatística das Nações Unidas em 1989 e recomendada como instrumento de harmonização das informações econômicas em âmbito internacional. Desempregados: são os indivíduos que se encontram numa das seguintes situações: a) DESEMPREGO ABERTO - pessoas que procuraram trabalho de modo efetivo nos 30 dias anteriores ao da entrevista e não exerceram nenhum trabalho nos últimos sete dias; b) DESEMPREGO OCULTO - Pelo trabalho precário: pessoas que realizam de forma irregular algum trabalho remunerado (ou pessoas que realizam trabalho não remunerado em ajuda a negócios de parentes) e que procuraram mudar de trabalho nos 30 dias anteriores ao da entrevista, ou que, não tendo procurado neste período, o fizeram até 12 meses atrás; Pelo trabalho desalento: pessoas que não possuem trabalho e nem procuraram nos últimos 30 dias, por desestímulos do mercado de trabalho ou por circunstâncias fortuitas, mas procuraram efetivamente trabalho nos últimos 12 meses.(*) Estoque do emprego: número de vínculos formais nos estabelecimentos do município, da região metropolitana ou do Estado. Família ocupacional: cada família ocupacional constitui um conjunto de ocupações similares correspondente a um domínio de trabalho mais amplo que aquele da ocupação. Inativos: população com dez anos ou mais de idade que não está ocupada ou desempregada INPC: Índice Nacional de Preços ao Consumidor é medido pelo IBGE em 11 capitais brasileiras. Considera apenas famílias com renda entre 1 e 8 salários mínimos. Massa salarial: representa a soma de todos os salários brutos pagos aos trabalhadores durante um período. Ocupados: são os indivíduos que: a) possuem trabalho remunerado exercido regularmente; b) possuem trabalho remunerado exercido de forma irregular, desde que não estejam procurando trabalho diferente do atual. Excluem-se as pessoas que, não tendo procurado trabalho, exerceram de forma excepcional algum trabalho nos últimos 30 dias; c) possuem trabalho não remunerado de ajuda em negócios de parentes, ou remunerado em espécie ou benefício, sem procura de trabalho. (*)
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PEA (População Economicamente Ativa): população ocupada ou desempregada com dez anos ou mais de idade
PIA (População em Idade Ativa): população com dez anos ou mais de idade. RAIS (Relação Anual de Informações Sociais): é um Registro Administrativo, de periodicidade anual, criada com a finalidade de suprir as necessidades de controle, de estatísticas e de informações às entidades governamentais da área social. Constitui um instrumento imprescindível para o cumprimento das normas legais, como também é de fundamental importância para o acompanhamento e a caracterização do mercado de trabalho formal. Rendimento do Trabalho: corresponde ao rendimento monetário bruto (sem descontos de imposto de renda e previdência), efetivamente recebido, referente ao trabalho no mês imediatamente anterior ao da pesquisa. Para os assalariados, são considerados os descontos por falta, ou acréscimos devido há horas extras, gratificações, etc. Não são computados o décimo terceiro salário e os benefícios indiretos. Para os empregadores, autônomos e demais posições, é considerada a retirada mensal. Rendimento Médio: refere-se à média trimestral do rendimento mensal real no trabalho principal. A média trimestral é calculada a partir de valores nominais mensais, inflacionados pelo INPC/RMR-IBGE, até o último mês do trimestre. Os dados de rendimento, investigados em cada mês, referem-se ao mês imediatamente anterior ao da coleta e, portanto, têm sempre esta defasagem em relação às demais informações da pesquisa. (*) Saldo do emprego: resultado da diferença entre admissões e desligamentos nos estabelecimentos declarantes do CAGED. Indica o emprego efetivamente criado no período. SIUP (Serviço industrial de utilidade pública): é a indústria de geração e distribuição de energia elétrica, de beneficiamento e distribuição de água à população e de produção e distribuição de gás encanado. Taxa de desemprego total: equivale à relação entre Desempregados e População Economicamente Ativa. Indica a proporção da PEA que se encontra na situação de desemprego aberto ou oculto. (*) Taxa de participação: é a relação entre a População Economicamente Ativa e a População em Idade Ativa (PEA/PIA). Indica a proporção de pessoas com dez anos ou mais incorporadas ao mercado de trabalho, como ocupados ou desempregados. (*) Variação percentual do estoque de emprego (%): Indica o aumento ou a diminuição do estoque do emprego em decorrência da criação/perda de empregos no período. É calculado através da fórmula: saldo da movimentação do mês/ano ÷ estoque inicial do mesmo mês de referência x 100. (*) Conceitos e indicadores retirados do boletim do Mercado de Trabalho na Região Metropolitana do Recife elaborado pelo SISTEMA PED em um convênio entre a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (CONDEPE/FIDEM), Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE).
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31
ANEXOS
Contrato de Prestação de Serviços Nº 123 – Prefeitura do Recife / DIEESE
32
ANEXO 1 Evolução do estoque de estabelecimentos com vínculo ativo
Recife, 2000 – 2010
23.987
32.915
20.000
22.000
24.000
26.000
28.000
30.000
32.000
34.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Variação de
37,2% entre
2000 e 2010
Fonte: MTE - RAIS Elaboração: DIEESE
ANEXO 2 Evolução do estoque de empregos formais
Recife, 2000 – 2010
453.568
670.595
400.000
450.000
500.000
550.000
600.000
650.000
700.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Variação de
47,8% entre
2000 e 2010
Fonte: MTE - RAIS Elaboração: DIEESE