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1º forum goiano de oncologia31/08 a 01/09 de 2012 – Hotel Mercure
Goiânia – GO - Brasil
Márcio Roberto Barbosa da SilvaHospital Araújo Jorge – ACCG
Serviço de Cirurgia de Cabeça e PescoçoGoiânia – GO - Brasil
Modalidades Terapêuticas e Complicações Relacionadas ao
TratamentoCIRURGIA
Tratamento Cirúrgico
• Adequado à necessidade de cada paciente• Análise dos fatores prognósticos: - localização - estadiamento - performance status - co-morbidades• Esclarecimento do paciente e familiares dos riscos
e benefícios do tratamento e participação na decisão terapêutica
Tratamento Cirúrgico
• A cirurgia a ser realizada depende da localização do tumor, estudando-se a melhor via de acesso e as estruturas que estão envolvidas ou que deverão ser retiradas (boca, laringe, faringe, ossos...)
• A incidência de metástases regionais em tumores avançados pode chegar a 85% (inclusive ocultas), portanto o EC faz parte do tratamento
Tratamento Cirúrgico
• A reconstrução das perdas deve ser feita preferencialmente de forma imediata (p.ex.: mandíbula, partes moles), com retalhos locais, a distância, microcirúrgicos e/ou uso de próteses, incluindo possíveis implantes ósseo-integrados na fase tardia
Complicações da Cirurgia
• Pacientes com doença avançada, ou não, de cirurgia de cabeça e pescoço podem apresentar complicações locais e à distância(particularmente pulmonares)
• Cerca de 2/3 ou mais dos tumores de cabeça e pescoço são diagnosticados em estadios avançados, e em pcs. consumidores crônicos de tabaco e álcool, resultando em distúrbios nutricionais e cardiorrespiratórios, com maior risco à cirurgia e ao tratamento (RT ou QT)
Complicações
• Inicialmente é necessário diferenciar complicação de sequela:
• Complicação: risco de ocorrer, preveníveis• Sequelas: consequências inevitáveis• Nas complicações podem ser necessárias
reintervenções, hospitalização prolongada, e há risco imediato à vida do paciente
Categorias das Complicações e Sequelas
• Anatômicas: acidente durante a cirurgia, p.ex.: lesão de nervos, vasos, ducto torácico
• Fisiológicas: há interferência no suprimento da drenagem linfática ou sanguínea, p.ex.: edema cerebral, edema de língua, laringe e face;
• Técnicas: decorre do preparo ineficaz de uma cirurgia para ablação ou reconstrução; nem sempre preveníveis, pois às vezes os tumores “in loco” são maiores que os detectados no pré-op.
Complicações Cirúrgicasmetabólicas
• Correção da hipoalbuminemia (nutrição enteral ou parenteral) diminui o risco de complicações pós-op
• Controle prévio da glicemia: melhorar o processo cicatricial das feridas
• hipotiroidismo (correção prévia ajuda a evitar problemas na cicatrização de feridas)
Complicações Cirúrgicas
• A higiene oral deficiente, as doenças periodontais, necessitam de preparo prévio, particularmente se se que sabe a RT fará parte do arsenal terapêutico, diminuindo riscos de radioosteonecrose
Complicações Cirúrgicas
• Necrose parcial ou total dos retalhos podem surgir em qualquer técnica de reconstrução, principalmente nos pacientes com arteriopatias
• As alterações de deglutição, respiração e fonação favorecem a depressão, isolamento social e familiar – necessário apoio multidisciplinar e da família ativamente
Complicações Cirúrgicasrespiratórias
• Importante a avaliação da reserva pulmonar para se decidir que grau de aspiração o paciente tolera
• A fisioterapia respiratória pré- e pós-op, as nebulizações, auxiliam na diminuição do risco de infecção respiratória
• Risco de aspiração: acentuado em cirurgia de CP (principalmente nos pneumopatas), por vezes necessário a confecção de traqueostoma para o per- e pós-op.
Complicações Cirúrgicassequelas neurais
• Incapacidades promovidas pelo ECR – dor, queda do ombro, dificuldade na abdução do braço – sacrifício do XI par craniano – necessário fisioterapia pós-op.
• Sacrifício do n. frênico : elevação diafragmática e desconforto respiratório
• Lesão r. mandibular do facial – paralisia da musculatura labial correspondente
• Lesão do n. lingual, hipoglosso – alteração da sensibilidade, dificuldade para engolir e na fala
Complicações Cirúrgicasvasculares
• Hematomas e Seromas: podem ser de grande ou pequena monta, resolvidos com drenagens, aspiração com vácuo, a céu aberto – causadas por aumento de pressão arterial, venosa ou ligaduras inadequadas
• Reintervenções em algumas situações, inclusive com ligaduras de carótida
• À esquerda a lesão do ducto torácico, com fístula quilosa – perda de albumina e plasma (maior que 500ml/dia: reintervenção)
Complicações Cirúrgicasvasculares
• Edema facial, linfedema e edema cerebral podem ocorrer após EC bilateral, aumentando as taxas de mortalidade pós-op.
• A congestão venosa desaparece em alguns dias, porém o edema de face persiste por semanas ou meses; também são descritos casos de cegueira
Complicações CirúrgicasInfecções
• Até 50% casos (cirurgias de boca e orofaringe) por contaminação do leito cirúrgico por bactérias (RT prévia 43% vs. 22 sem RT , por comprometimento da vasa vasorum, arteriosclerose prematura e diminuição da perfusão dos tecidos moles)
• Prevenção: manipulação cuidadosa dos retalhos, fechamento cuidadoso da ferida, sem tensões, cuidados pós-op. com a ferida
• Tardiamente pode levar a necrose da pele, da mucosa, exposição óssea e osteonecrose
Complicações CirúrgicasFístulas
• Ocorrem entre 15 – 30% devido estado geral e nutricional comprometidos, má técnica e RT prévia
• Fístulas não drenadas, ou não orientadas, levam a contaminação cervical, da bainha carotídea, exposição vascular e risco de ruptura – catástrofe cirúrgica (4-8% casos e mortalidade 18-50%)
OBRIGADO!