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Dscps Dsâc pr
Mddde de Es Presec
Metodologia Cientíca
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SISTEMA COC DE EDUCAÇÃOE COMUNICAÇÃO
PresidenteChaim Zaher
Vice-PresidenteAdriana Baptiston Cefali Zaher
Diretor Superintendente Nilson Curti
Diretor de Ensino SuperiorLuiz Roberto Liza Curi
EDITORA COC
Diretor-GeralJosé Romero Nobre de Carvalho
Diretor Editorial
Miguel Castro Cerezo
Conselho Editorial
José Romero Nobre de CarvalhoJosé Tadeu Bichir TerraMário Cícero BaldochiMiguel Castro CerezoMônica Valéria de Almeida RighiRafael PerriZelci Clasen de Oliveira
FACULDADE INTERATIVA COC
Diretor de EAD
Jeferson Ferreira Fagundes
Diretora Acadêmica
Cláudia Regina de Brito
Coordenador Administrativo de EAD
Cesar Augusto Santiago
Coordenação Pedagógica de EAD
Gladis S. Linhares Toniazzo
Kátia Cristina Nascimento FigueiraMarina Caprio
Apoio Técnico Pedagógico
Carina Maria Terra Alves
Autor
Hélcio de Pádua Lanzoni
Produção EditorialEditora COC Empreend. Culturais LTDA.
CNPJ 50.492.271/0001-80
Rua General Celso de Mello Resende, 301
Lagoinha – Ribeirão Preto – SP
CEP 14095-270
www.editora.coc.com.br
Cseh Edr
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S u m á r i o
METODOLOGIA CIENTÍFICA
UNIDADE 1: O ENSINO SUPERIOR ... 91.1 Diferenças entre o 2º Grau e o 3º Grau .... 10
1.2 Tipos de Imaturidade .................................. 101.2.1 Imaturidade Cultural ......................................11
1.2.2 Imaturidade Psicológica .....................................111.2.3 Imaturidade Lógica ................................................. 12
1.3 Decorar x Memorizar ...................................................... 121.4 Leitura ................................................................................ 13
1.5 Reexão.................................................................................. 161.6 Referências ................................................................................ 17
1.7 Na Próxima Unidade .................................................................... 17UNIDADE 2: CONHECIMENTO ....................................................... 18
2.1 Denição............................................................................................ 192.2 Os Riscos do Conhecimento ................................................................ 19
2.3 Retórica .................................................................................................. 212.4 Tipos de Conhecimento ........................................................................... 21
2.4.1 Conhecimento Popular .......................................................................... 222.4.2 Conhecimento Filosóco ........................................................................ 222.4.3 Conhecimento Religioso ......................................................................... 242.4.4 Conhecimento Cientíco.......................................................................... 252.5 Reexão....................................................................................................... 292.6 Referências .................................................................................................. 292.7 Na Próxima Unidade .................................................................................. 30UNIDADE 3: CIÊNCIA ................................................................................. 313.1 Denição de Ciência ................................................................................ 32
3.2 Fraudes na Ciência ................................................................................. 343.3 Reexão............................................................................................... 363.4 Referências ....................................................................................... 363.5 Na Próxima Unidade ...................................................................... 37
UNIDADE 4: MÉTODO .................................................................. 384.1 Denição de Método ............................................................... 39
4.2 Método Qualitativo .............................................................. 404.3 Método Quantitativo......................................................... 41
4.4 Qualitativo x Quantitativo ............................................ 424.5 Método Cientíco..................................................... 44
4.6 Reexão............................................................... 46
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4.7 Referências ....................... 464.8 Na Próxima Unidade ............. 47
UNIDADE 5: PESQUISA ................... 485.1 Denição de Pesquisa .......................... 49
5.2 Tipos de pesquisa ....................................... 495.3 Indução e Dedução ........................................... 53
5.3.1 Indução ................................................................ 545.3.2 Dedução ................................................................... 55
5.4 Reexão .......................................................................... 575.5 Referências ......................................................................... 58
5.6 Na Próxima Unidade .............................................................. 59UNIDADE 6: ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ....................... 60
6.1 Trabalhos Acadêmicos .................................................................. 616.2 Trabalhos Cientícos ....................................................................... 63
6.2.1 Resumo ........................................................................................... 646.2.2 Resenha ............................................................................................. 64
6.2.3 Relatório de pesquisa.......................................................................... 656.2.4 Artigo Cientíco................................................................................... 65
6.2.5 Monograa ............................................................................................ 666.3 Tema e Temática ........................................................................................ 666.4 Hipótese ...................................................................................................... 686.5 Problema de Pesquisa.................................................................................. 696.6 Fundamentação Teórica ............................................................................... 706.7 Projeto de pesquisa ..................................................................................... 726.8 Plágio ......................................................................................................... 756.8.1 O que é Considerado Plágio................................................................... 756.8.2 O que Não é Considerado Plágio.......................................................... 75
6.9 Reexão ................................................................................................. 776.10 Referências ........................................................................................ 776.11 Na Próxima Unidade ...................................................................... 78UNIDADE 7 : ESTRUTURA DOS TRABALHOS ACADÊMICOS . 79
7.1 Elementos Pré-Textuais ............................................................... 807.1.1 Capa...................................................................................... 80
7.1.2 Folha de rosto .................................................................... 817.1.3 Errata ............................................................................. 81
7.1.4 Folha de aprovação .................................................... 827.1.5 Dedicatória, agradecimento, epígrafe ................... 82
7.1.6 Resumo ............................................................. 83
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7.1.7 Lista de ilustração, listade tabelas, lista de abreviaturas e
símbolos. ............................................. 837.1.8 Sumário ............................................ 84
7.2 Elementos Textuais ..................................... 847.2.1 Introdução ...................................................... 84
7.2.2 Desenvolvimento ................................................ 847.2.3 Conclusão ................................................................ 85
7.2.4 Citações ....................................................................... 857.2.4.1 Sistema numérico ......................................................... 85
7.2.4.2 Sistema autor-data ............................................................ 867.2.5 Notas de rodapé ...................................................................... 86
7.3 Elementos Pós-Textuais ................................................................ 877.3.1 Glossário ....................................................................................... 87
7.3.2 Apêndice ......................................................................................... 877.3.3 Anexo ................................................................................................ 88
7.3.4 Índice .................................................................................................. 887.4 Formatação .............................................................................................. 88
7.5 Reexão .................................................................................................... 907.6 Na Próxima Unidade ................................................................................. 90UNIDADE 8: ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS .................................... 918.1 Categorias ................................................................................................... 928.1.1 Referências – regras gerais ....................................................................... 938.2 Regras de Apresentação .............................................................................. 938.3 Referências por tipo de publicação ............................................................ 968.3.1 Monograa no todo (livros, dissertações, teses etc...) ........................ 968.3.2 Partes de monograas (trabalho apresentado em congressos, capítulo de
livro, etc...) .................................................................................................. 968.3.3 Publicações Periódicas (revistas, boletins, etc...) coleção ...................... 978.3.4 Fascículos, suplementos, números especiais com título próprio. 978.3.5 Partes de publicações periódicas (Artigos) ................................. 97
8.3.6 Artigos em jornais ................................................................... 988.4 Ordenação das referências ..................................................... 98
8.4.1 Autor repetido .................................................................... 988.4.2 Localização ................................................................... 99
8.5 Aspectos Grácos ......................................................... 998.5.1 Espaçamento ......................................................... 99
8.5.2 Margem............................................................. 99
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8.5.3 Pontuação ...................... 998.5.4 Maiúsculas ...................... 100
8.5.5 Grifo, itálico, negrito ................ 1008.6 Autoria ................................................ 100
8.6.1 Autor Pessoal ........................................ 1008.6.2 Organizadores, compiladores, editores,
adaptadores etc. ......................................................... 102 8.6.3 Autor Entidade Coletiva (Associações, Empresas,
Instituições)..................................................................................... 1028.6.4 Órgãos governamentais ............................................... 103
8.6.5 Tradutor, prefaciador, ilustrador, etc. .............................. 1038.7 Tipos Especícos de Publicações ............................................ 104
8.7.1 Monograas consideradas no todo ......................................... 1048.7.2 Livros ........................................................................................ 104
8.7.3 Dicionários .................................................................................. 1048.7.4 Atlas .............................................................................................. 104
8.7.5 Bibliograas .................................................................................... 1048.7.6 Biograas ......................................................................................... 104
8.7.7 Enciclopédias ...................................................................................... 1058.7.8 Bíblias ................................................................................................... 1058.7.9 Normas Técnicas ................................................................................. 1058.7.10 Patentes .............................................................................................. 1058.7.11 Dissertações e Teses ............................................................................ 1068.7.12 Congressos, Conferências, Simpósios, Workshops, Jornadas e outrosEventos Cientícos ........................................................................................ 1068.7.13 Jornadas ............................................................................................. 1068.7.14 Reuniões .......................................................................................... 106
8.7.15 Conferências .................................................................................. 1078.7.16 Workshop .................................................................................... 1078.7.17 Relatórios ociais .................................................................... 1078.7.18 Relatórios técnico-cientícos ................................................. 107
8.8 Referências Legislativas .......................................................... 1078.8.1 Constituições .................................................................... 107
8.8.2 Leis e Decretos .............................................................. 1088.8.3 Pareceres ..................................................................... 108
8.8.4 Portarias .................................................................. 1088.8.5 Resoluções .......................................................... 109
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8.8.6 Acórdãos, Decisões,Deliberações e Sentenças das
Cortes ou Tribunais .......................... 1098.9 Partes de Monograas .........................110
8.9.1 Capítulos de livros ................................1108.9.2 Verbetes de Enciclopédias ..........................110
8.9.3 Verbetes de Dicionários: ..................................1108.9.4 Partes isoladas ........................................................110
8.9.5 Bíblia em parte ...........................................................1118.10 Trabalhos Apresentados em Eventos Cientícos ............111
8.10.1 Encontros .........................................................................1118.10.2 Reuniões Anuais .................................................................111
8.10.3 Conferências ..........................................................................1118.10.4 Workshop .................................................................................112
8.11 Publicações Periódicas ....................................................................1128.11.1 Consideradas no todo ....................................................................112
8.11.1.1 Coleções ......................................................................................1128.11.1.2 Fascículos .....................................................................................112
8.11.1.3 Fascículos com título próprio .........................................................1128.11.2 Partes de publicações periódicas ........................................................1138.11.2.1 Artigo de Revista ............................................................................1138.11.2.2 Artigo de jornal .................................................................................1138.12 Documentos Eletrônicos ...........................................................................1138.12.1 Arquivo em Disquetes .........................................................................1138.12.2 BBS ....................................................................................................1148.12.3 Base de Dados em Cd-Rom: no todo ..............................................1148.12.4 Base de Dados em Cd-Rom: partes de documentos ........................114
8.12.5 E-mail .............................................................................................1148.12.6 FTP ..............................................................................................1158.12.7 Monograas consideradas no todo (On-line) ...........................1158.12.8 Publicações Periódicas consideradas no todo (On-line) ............... 115
8.12.9 Artigos de Periódicos (On-line) ...........................................1168.12.10 Artigos de Jornais (On-line) ...........................................116
8.12.11 Homepage ....................................................................1168.13 Reexão.........................................................................117
8.14 Referências Gerais .....................................................117
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A p r e s e n t a
ç ã o MEtoDologia
CiEntífiCa
O objetivo da Disciplina MetodologiaCientíca é oferecer ao aluno instrumentos para que
possa desenvolver suas potencialidades, ampliando aeficiência e eficácia da sua aprendizagem. O a l u n o
universitário precisa, muitas vezes, aprender a pensare a aprender para tornar sua vivência universitária mais
proveitosa, reduzindo drasticamente a possibilidade de fracasso.Para tanto, é necessário um maior entendimento sobre o
conceito de Competência, que pode ser entendida como “domíniodos conteúdos, dos métodos, das técnicas das várias ciências, enm,
o domínio das habilidades especícas de cada área de formaçãoe de cada forma de saber e de cultura” (Severino 1999, p. 16). A
competência é, portanto, uma característica da qual o ensino superior
não pode prescindir para não ter que compactuar com o supercialismo ea mediocridade tão comuns no âmbito educacional.O amadurecimento do jovem e do adulto em ambiente de ensino
superior é crucial para a aquisição de competência técnica, cientícaou prossional, sem a qual torna-se difícil dar sentido àquilo que se propuseram a estudar nos cursos que escolheram. Tal amadurecimento
não pode ser obtido sem um esforço deliberado e persistente por partedo aluno.
Nesta disciplina serão apresentados e discutidos aspectosrelevantes para a compreensão de diversos fatores que podem
contribuir para o crescimento acadêmico, prossional e pessoal doaluno de 3º Grau.
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U n i U
a U e U
o EnSino SUPERioR
Uma dada estratégia de ensino,
seja ela qual for, não pode assegurar,necessariamente, uma aprendizagem eficaz.Além de características especícas do estudante, a
abordagem do ensino pode determinar a efetividade daestratégia empregada. Durante toda sua vivência escolar
o aluno tem como objetivo a aprendizagem e, na maioriadas vezes, quando a aprendizagem signicativa ocorre, ela
produz alterações na estrutura cognitiva do aluno. É por isso
que a aprendizagem signicativa é poderosa e ca registrada namemória de longo prazo, enquanto a aprendizagem supercial ou
rotineira é facilmente esquecida fácil e, portanto, não é aplicada paraa solução de problemas ou para novas situações de aprendizagem que
o aluno irá encontrar no ensino superior.
objevs d su predzemPara uma aprendizagem signicativa, é crucial que as informações
a serem apresentadas ao aprendiz “façam sentido”, isto é, sejamrelacionáveis com os conceitos preexistentes em sua estrutura cognitiva(KRASHEN, 1987; MOREIRA, 1982). Nesta unidade serão abordadosconceitos que serão úteis para compreender as principais diferençasencontradas no Ensino Superior, além da otimização de uma importante
ferramenta: a leitura.
Vcê se embr?
Como seus professores ministravam as aulas noEnsino Fundamental e Médio? Como seus professores
ministram a aula no Ensino Superior? Você é capaz deobservar as diferenças?
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
1.1 Dereçs ere 2º gru e 3º gru
Ao contrário do que muitos acreditam, o Ensino Superior não éum mero prolongamento do Ensino Médio. Na verdade, as diferenças são
profundas e afetam principalmente questões relacionadas à autonomia dosalunos. Vamos ver algumas diferenças.
No 2º Grau, tanto o professor quanto a instituição em si possuemum grande domínio sobre os alunos, a começar pelo controle de entradae saída, ou seja, os estudantes não têm liberdade para chegar na segundaaula ou sair antes da última aula, por exemplo, como fazem os estudantesuniversitários, dos quais se espera maior disciplina e autonomia –
estabelecem-se os horários e espera-se pontualidade e respeito a eles.Além disso, no Ensino Médio é clara a homogeneidade de faixa etária:salvo algumas poucas exceções, na sala de aula os alunos possuemaproximadamente a mesma idade, ao passo que em um curso superior o colega de curso pode ser um empresário ou uma aposentada. Assim, aexposição a diferentes idéias, vivências e graus de maturidade contribui
para o processo de exposição social e crescimento.
IMG129070_4.jpG - ID: 3906
Com relação ao ensino, no 2º Grau o foco está
no professor, que é o detentor do saber e a elecabe a responsabilidade pela aprendizagem dosalunos. Já no 3º Grau o programa é orientado
pelo professor e deverá ser complementado com pesquisas por parte do aluno, o qual passa ter responsabilidade pela própria aprendizagem.
Com base nas situações apontadas acima
já é possível percebermos que a transição de umgrau para o outro não é tão automático e naturalcomo muitos imaginam.
1.2 tps de imurdde Na realidade observada nas salas de aula de cursos universitários,
é possível apontarmos três tipos principais de imaturidade, de acordocom BASTOS e KELLER (2002): Imaturidade Cultural, ImaturidadePsicológica e imaturidade Lógica.
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
1.2.1 imurdde Cuur
No Ensino Médio o ensino não raro é focado no Vestibular ouem programas prossionalizantes, reduzindo-se ao máximo a atenção
dispensada à educação geral. Circundados por um ambiente culturalrestrito, aos alunos não é comum o hábito da leitura ou de discussões detópicos que não estejam relacionados à realidade imediata. Podemos citar alguns exemplos:
- O aluno já ouviu falar da Segunda Guerra Mundial, mas não sabedizer quando, onde ou o motivo do conito;
- Se questionados sobre o nome do Reality Show anual da Rede
Globo, armam que se chama Big Brother pois naquele ambiente cria-seuma ‘irmandade’ entre os participantes e cada um se torna um ‘grandeirmão’ do outro.
- Caso ouçam alguém fazer o seguinte comentário: “ele está comuma dúvida parecida com a do Bentinho em relação à Capitu”, nãocausaria espanto se perguntassem se o tal Bentinho é algum artista daGlobo.
1.2.2 imurdde Pscóc Muitos alunos entram na faculdade sem uma denição clara de seus
objetivos e suas aspirações, ou seja, chegam ao Ensino Superior coma mesma mentalidade com que chegaram ao Ensino Médio. A posturavigente é a de que vai para a escola não para aprender (postura ativa),
mas sim para ser ensinado (atitude passiva). Por não terem certeza se asescolhas feitas (o curso, a escola, o momento, etc.) corresponderão às suasexpectativas, não é incomum um comportamento descompromissado,que beira a irresponsabilidade, no tocante às atitudes que demonstram noambiente acadêmico. Alguns exemplos:
- Preocupação exacerbada com as notas e a frequência emdetrimento da aprendizagem;
- Questões éticas: alunos que fazem plágio ou pagam para outras
pessoas fazerem seus trabalhos;- Busca de subterfúgios para justicar a falta de interesse nas aulas:
“não gosto deste professor”, “esta matéria não tem nada a ver”, “tenhocoisas mais interessantes a fazer do que perder meu tempo aqui na aula”.
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12
Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
1.2.3 imurdde lóc
Independentemente de serem oriundos do Ensino Médio ouSuperior, alunos em geral têm uma grande diculdade de colocar no papel
(ou na tela do computador) aquilo que eles pensaram. A falta de raciocíniológico tem sua origem nos vícios adquiridos ao longo da vivência escolar,como a falta de leitura, a ‘decoreba’ como estratégia de preparação para asavaliações e a ausência de pensamento crítico. Alguns exemplos:
alunos.jpG - ID: 2664
- Ao ser questionado sobre o que o autor quis dizer em determinado texto, o aluno se
limita a compreender aquilo que está explícitono texto – ele não consegue apreender asnuances da intenção do autor.
- As questões que instigam o raciocíniosão justamente aquelas que os alunos maistemem, pois não adianta decorar as datas eos fatos ocorridos se a questão solicita queo aluno faça uma análise da relevância de
determinado acontecimento em relação aomomento vigente.
1.3 Decrr x Memrzr
DreaMstIMeMaxIMuM_2676756. - jpG - ID: 183099
Há uma diferença fundamentalentre “decorar” um conteúdo e “memorizá-lo”. O aluno decora, antes de mais nada,
por ele considerar isso mais fácil queefetivamente compreender o assunto.Decorar nada mais é do que reter namemória algo que, na maioria das vezes,não é efetivamente compreendido. Por
não fazer sentido e ter nalidade imediata(uma prova, um trabalho...), o que é
decorado normalmente não ca gravado na memória de longo prazo.
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
Memorizar, por outro lado, significa reter na memória umconteúdo inteligível, que faz sentido. Através da memorização é possível,
por exemplo, parafrasear um conteúdo que foi compreendido, não selimitando à sua simples repetição. Quando algo faz sentido, as chances
dele ser retido na memória de longo prazo são muito maiores.
1.4 leur
http://jae.aDventIst.orG/IMaGes/Man_reaDInG.jpG
A leitura pode ser denidacomo um processo de construção
de sentidos que parte de umainteração entre as estratégiascognitivas e de conhecimentode mundo existentes no texto e
pistas linguísticas. O leitor temum papel fundamental nessainteração, utilizando, ao mesmotempo, conhecimentos estruturais
e lexicais da língua, o contexto sócio-histórico em que vive e também acompreensão de como os textos se organizam e funcionam.
A leitura é um processo complexo no qual oleitor interage com o texto numa dada situação oucontexto. Durante o processo de leitura, o leitor constrói uma representação significativado texto através da interação de seu
conhecimento conceitual e linguístico com pistas existentes no texto. No início da leitura
de um texto, ou quando há pouco ou nenhum contexto,
pode ser grande a dependênciana decodificação de letras paraa compreensão de palavras, e de palavras para a
compreensão de frases e sentenças (Ur 1996). Noentanto, assim que houver um contexto signicativo,
ocorrerá (idealmente) a tendência à inserção da
Conexão:Cognição é a capacidade
de processar informações;
é a capacidade de adaptação a
situações diferentes em um curto
espaço de tempo. Leia mais sobre
cognição: visite o site http://www.drauziovarella.com.br/entrevistas/
claudio_memoria_2.asp
Quem lê,
torna-se mais apto
para enfrentar os problemas
e situações que a vida social,
prossional, política, cultural
apresenta. Em se tratando douniversitário, cujo conceito exige
um saber globalizante, a leitura é
imprescindível.
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
interpretação do leitor à palavra de acordo com o sentido do texto, ao invés dasua exata composição de letras.
No quadro a seguir, desenvolvido por Salomon (1994), estãolistadas, lado a lado, características de um bom leitor e de um mau leitor:
BOM LEITOR MAU LEITOR
O bom leitor lê rapidamente e entende bem o que lê. Tem habilidades ehábitos como:
O mau leitor lê vagarosamente eentende mal o que lê. Tem hábitoscomo:
1. Lê com objetivo determinado. Ex.: aprender certo assunto, repassar detalhes, responder a questões.
1. Lê sem nalidade.
Raramente saber por que lê.
2. Lê unidades de pensamento.
Abarca, num relance, o sentidode um grupo de palavras. Relatarapidamente as idéias encontradasnuma frase ou num parágrafo.
2. Lê palavra por palavra.
Pega o sentido da palavraisoladamente.
Esforça-se para juntar os termos para poder entender a frase.
Frequentemente tem de reler as palavras.
3. Tem vários padrões develocidade.
Ajusta a velocidade de leitura com o
assunto que lê. Se lê um romance, érápido. Se lê um livro cientíco paraguardar detalhes, lê mais devagar
para entender bem.
3. Só tem um ritmo de leitura.
Seja qual for o assunto, lê semprevagarosamente.
4. Avalia o que lê.
Pergunta-se frequentemente:Que sentido tem isso para mim?
Está o autor qualicado paraescrever sobre o assunto? Está eleapresentando apenas um ponto devista do problema? Qual a idéia
principal deste trecho? Quais seusfundamentos?
4. Acredita em tudo que lê.
Para ele, tudo que é impresso éverdadeiro. Raramente confronta o
que lê com suas próprias experiênciasou com outras fontes.
Nunca julga criticamente o escritor ou seu ponto de vista.
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
5. Possui bom vocabulário.
Sabe o signicado de muitas palavras. É capaz de perceber o
signicado das palavras novas pelocontexto. Sabe usar dicionários e ofaz frequentemente para esclarecer os sentido de certos termos, nomomento oportuno.
5. Possui vocabulário limitado.
Sabe o sentido de poucas palavras. Nunca relê uma frase para pegar
o sentido de uma palavra difícilou nova. Raramente consulta odicionário. Quando faz, atrapalha-seem achar a palavra. Tem diculdadeem entender a denição das palavrase em escolher o sentido exato.
6. Tem habilidades para conhecer ovalor do livro.
Sabe que a primeira coisa a fazer quando se toma um livro é indagar do que ele trata, através do título esubtítulos encontrados na páginade rosto e não apenas na capa. Lêos títulos do autor, edição do livro,índice, prefácio, bibliograa citada.Só depois é que se vê em condiçõesde decidir pela conveniência ou nãoda leitura. Sabe selecionar o que lê.
Sabe quando consultar e quando ler.
6. Não possui nenhum critériotécnico para conhecer o valor dolivro.
Nunca ou raramente lê a página derosto do livro, o índice, o prefácio,a bibliograa, etc., antes de iniciar a leitura. Começa a ler a partir do
primeiro capítulo. É comum atéignorar o autor, mesmo depois determinada a leitura. Jamais seriacapaz de decidir entre leitura esimples consulta. Não consegue
selecionar o que vai ler. Deixa-sesugestionar pelo aspecto material dolivro.
7. Sabe quando deve ler um livro até o m, quando interromper a leituradenitivamente ou periodicamente.
Sabe quando e como retomar a
leitura, sem perda de tempo e sem perder a continuidade.
7. Não sabe decidir se é convenienteou não interromper uma leitura.
Ou lê todo o livro, ou o interrompesem critério objetivo, apenas por
questões subjetivas.
8. Discute o que lê frequentementecom colegas.
Sabe distinguir entre impressõessubjetivas e valor objetivo duranteas discussões.
8. Raramente discute com colegas oque lê.
Quando o faz, deixa-se levar por impressões subjetivas e emocionais
para defender um ponto de vista. Seusargumento, geralmente, derivamda autoridade do autor, da moda,dos lugares comuns, das tiradaseloquentes, dos preconceitos.
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
9. Adquire livros com frequênciae cuida de ter sua biblioteca
particular.
Quando é estudante procura os livrosde textos indispensáveis e se esforçaem possuir os chamados clássicos efundamentais. Tem interesse de fazer assinatura de periódicos cientícos.Formado, continua alimentando sua
biblioteca e tem o hábito de ir diretoàs fontes.
9. Não possui biblioteca particular.
às vezes é capaz de adquirir “metrosde livros” para decorar a casa. É
frequentemente levado a adquirir livros secundários em vez dosfundamentais. Quando estudante,só lê e adquire compêndios de aula.Formado, não sabe o que representao hábito das “boas aquisições” delivro.
10. Lê assuntos variados.
Lê livros, revistas, jornais. Em áreasdiversas: cção, ciência, história,etc. Habitualmente nas áreas de seuinteresse ou especialização.
10. Está condicionado a ler semprea mesma espécie de assunto.
11. Lê muito e gosta de ler.
Acha que ler traz informações e
causa prazer. Lê sempre que pode.
11. Lê pouco e não gosta de ler.
Acha que ler é ao mesmo tempo um
trabalho e um sofrimento.
12. O BOM LEITOR é aquele quenão é só bom na hora de leitura.
É bom leitor porque desenvolve umaatitude de vida: é constantemente
bom leitor. Não só lê, mas sabe ler.
12. O MAU LEITOR não se revelaapenas no ato da leitura, seja
silenciosa ou oral
É constantemente mau leitor, porque
se trata de uma atitude de resistênciaao hábito de saber ler.
1.5 Reexão
Não podemos esquecer que não falamos ou escrevemos para
nós mesmos, mas sim para os outros, para a sociedade, e esperamosser ouvidos. Não raro encontramos textos que são considerados quaseininteligíveis para os simples mortais. A impressão que temos é de quemuitos cientistas e pesquisadores escrevem com a nalidade de não
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
serem mesmo entendidos, tamanha a distância que separa seu esforçoargumentativo e a capacidade efetiva de comunicar-se. Isso é percebido
principalmente quando o aluno ingressa no Ensino Superior, no qual de ummomento para o outro passa-se a exigir uma autonomia, responsabilidade
e maturidade que o aluno muitas vezes ainda não possui. Tal situação pode ocorrer não só com alunos recém egressos do Ensino Médio. Deacordo com BASTOS e KELLER (2002, p. 33), adultos que retornamà escola para um curso superior depois de muitos anos da conclusão doEnsino Médio também podem apresentar as mesmas diculdades dosmais jovens, uma vez que baseiam suas expectativas para o curso quevão iniciar na experiência que vivenciaram quando se encontravam pela
última vez em um ambiente escolar.
1.6 Reerêcs
BASTOS, C.; KELLER, V. Introducão à metodologia cientíca.Petrópolis: Vozes, 2002.
KRASHEN S. D. Principles and Practice in Second Language
Acquisition. London: Prentice Hall International, 1987.
MOREIRA, M. A.; MASINI, E. F. S. Aprendizagem signicativa: ateoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982.
SALOMON, D. V. Como fazer uma monograa. São Paulo: Martins
Fontes, 1994.
UR P. A Course in Language Teaching . Cambridge: CambridgeUniversity Press, 1996.
1.7 n Próxm Udde
O que significa “conhecimento”? Ele é absoluto ou existemdiferentes tipos? Por que Galileu Galilei foi julgado e condenado? Essas eoutras questões serão respondidas na próxima unidade.
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U n i U
a U e
ConHECiMEnto
Podemos definir conhecimento
como uma tomada de consciência do atode conhecer. Desde seu nascimento o homemadapta-se progressivamente a um mundo pré-
existente e, no processo de socialização, procuraencontrar respostas para suas dúvidas e incertezas através
do questionamento progressivo dos signicados do mundoque o cerca. Assim, todo o desenvolvimento experimentado
pela humanidade é fruto da incessante busca do homem pela
compreensão do universo circundante e o desejo de aprimorá-lo.
objevs d su predzem
Que você compreenda os diferentes conceitos de conhecimentoe suas características.
Vcê se embr?
Você dever ter aprendido algo ou pelo menos ouvido falar de Galileu Galilei. Lembra-se de que ele foi punido por deter umconhecimento considerado herético no seu tempo?
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Metodologia Cientíca Conhecimento – Unidade 2
2.1 Denição
O conhecimento deve ser compreendido como um processodinâmico, inacabado e em constante transformação e adaptação. Ao
relacionar-se com o meio, o homem faz uso de diversas formas deconhecimento e, através dessas formas, ele transforma o mundo ao mesmotempo em que se transforma. Como veremos mais adiante, a ciência éuma das formas de conhecimento, com características próprias, como a
possibilidade de ser vericado e comprovado por outros.
2.2 os Rscs d ChecmeDada a sua relevância, o conhecimento
sempre guarda uma aura de “exclusividade”,de algo para poucos, sendo inclusive proibidoem diversas culturas ou em certos momentoshistóricos.
GalIleo.arp - ID: 909607
O conhecimento é algo tãoimportante que sempre corre o
risco de ser proibido. Muitos mitos se zeram em
torno dessa legenda, a começar pelo relato bíblico
que coloca a descoberta do conhecimento como
transgressão de Adão e Eva, seguindo-se daí as
misérias da vida do pecador, com consequente
necessidade de salvação vinda de fora. O real“pecado original” foi menos ter caído em tentação
do que ousar conhecer. Parece inegável a dinâmica
reveladora do conhecimento, porque nada deixa de pé, para o bem
e para o mal. Uma vez rompida a ingenuidade, não há mais volta,
a não ser por auto-engano. Essa dinâmica reveladora, entretanto,
estando sempre entranhada no contexto do poder, ofusca à medida
que revela. Por isso, praticamente em todas as sociedades, as
pessoas detentoras de conhecimento eram vistas como especiais,desde os pajés. E para se tornarem ainda mais especiais, envolviam
o conhecimento em linguagem esotérica, para que só os iniciados a
entendessem (DEMO 2000, p. 87).
Conexão:
Conhecimento é aexplicação da realidade.
Decorre de um esforço investigativo
para descobrir aquilo que não está
compreendido ainda, que está oculto. Leia
o texto “Conhecimento x Informação: uma
discussão necessária” visitando este site:
http://www.espacoacademico.com.
br/031/31cmatos.htm
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Metodologia Cientíca Conhecimento – Unidade 2
O conhecimento pode, inclusive, ser ‘perigoso’ em determinadoscontextos. Na Idade Média, por exemplo, diversos detentores de“conhecimentos” não aceitos pelo status quo foram considerados heregesou feiticeiros e pereceram em masmorras ou em fogueiras. Um caso
clássico de interferência religiosa no desenvolvimento da ciência ocorreucom Galileu (Galileo Galilei), físico e astrônomo italiano (Pisa 1564 -Arcetri 1642), que foi preso, torturado e condenado pela Inquisição anegar suas descobertas cientícas e a ler em voz alta (em público) e aassinar o manuscrito reproduzido abaixo1:
“Eu, Galileu Galilei, filho do falecido Vicente Galilei, de
Florença, com 70 anos de idade, tendo sido trazido pessoalmenteao julgamento e ajoelhando-me diante de vós, eminentíssimos
e reverendíssimos Cardeais Inquisitores-Gerais da Comunidade
Cristã Universal contra a depravação herética, tendo frente a meus
olhos os Santos Evangelhos, que toco com minhas próprias mãos;
juro que sempre acreditei e, com o auxílio de Deus, acreditarei
de futuro, em cada artigo que a sagrada Igreja Católica de Roma
sustenta, ensina e prega. Mas porque este Sagrado Ofício ordenou-
me que abandonasse completamente a falsa opinião, a qual sustentaque o Sol é o centro do mundo e imóvel, e proíbe abraçar, defender
ou ensinar de qualquer modo a dita falsa doutrina [...] Eu desejo
remover da mente de Vossas Eminências e da de cada cristão
católico esta suspeita corretamente concebida contra mim; portanto,
com sinceridade de coração e verdadeira fé, abjuro, maldigo e
detesto os ditos erros e heresias, e em geral todos os outros erros
e seitas contrários à dita Santa Igreja; e eu juro que nunca mais nofuturo direi, ou armarei nada, verbalmente ou por escrito, que possa
levantar semelhante suspeita contra mim; mas se eu vier a conhecer
qualquer herege ou qualquer suspeito de heresia, eu o denunciarei
a este Santo Ofício ou ao Inquisidor Ordinário do lugar onde eu
estiver. Juro, além disso, e prometo que cumprirei e observarei
todas as penitências que me foram ou sejam impostas por este Santo
Ofício. Mas se por acaso eu vier a violar qualquer uma de minhas
ditas promessas, juramentos e protestos (o que Deus não permitia),
1 Galileu - Vida e Pensamento, Ed. Martin Claret, 1998). Disponível em: http://www.internext.com.br/valois/pena/1633.htm- Acesso em: 10/09/2009
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Metodologia Cientíca Conhecimento – Unidade 2
sujeitar-me-ei a todas as penas e punições que forem decretadas e
promulgadas pelos sagrados cânones e outras constituições gerais
e particulares contra delinquentes assim descritos. Portanto, com
a ajuda de Deus e de seus Santos Evangelhos, que eu toco com
minhas mãos, eu, abaixo assinado, Galileu Galilei, abjurei, jurei, prometi e me obriguei moralmente ao que está acima citado; e,
em fé de que, com minha própria mão, assinei este manuscrito de
minha abjuração, o qual eu recitei palavra por palavra”.
2.3 Reórc
Na retórica, que teve início na Grécia antiga, ao lado de argumentar, buscávamos também convencer. Infelizmente, abusamos tanto dela quetemos hoje uma visão negativa da retórica – basta nos lembrarmos dediversos políticos, que possuem uma grande capacidade argumentativa
para mentir para a população. Tal visão negativa é também reforçada pelaidéia de que a retórica consiste na busca pelo convencimento a qualquer
preço, sem argumentação real.
Para tentarmos recuperar o conceito de retórica é necessáriaa compreensão da necessidade fundamental da capacidade de saber argumentar e convencer, ambos inseridos no mesmo processo. Deacordo com Demo (2000, p. 39), “para que o discurso seja discutível, éimprescindível que seja lógico, quer dizer, bem feito, sistemático, claro,fundamentado. Não podemos discutir bem fala desconexa, mal inventada,contraditória.”
2.4 tps de Checme
Há várias formas de se obter conhecimento, o qual apresenta emsua constituição níveis e estruturas diferentes. Cada um desses níveisde estrutura do conhecimento possui seu nível de complexidade e suascaracterísticas especícas. São divididos em quatro categorias os tipos de
conhecimento e de busca do sentido das coisas:
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Metodologia Cientíca Conhecimento – Unidade 2
- Conhecimento Popular - Conhecimento Filosóco- Conhecimento Religioso- Conhecimento Cientíco
http://Deoxy.orG/IMG/experIence-knowleDGe.jpG2.4.1 Checme Ppur
Este tipo de conhecimento, também chamado de espontâneo,
vulgar ou empírico, surge do viver cotidiano e geralmente se apresentadesprovido de método e sistematicidade e pautado unicamente pela prática e percepções cotidianas. Na tentativa de encontrar explicações para os acontecimentos cotidianos, consegue basicamente uma percepçãodo que o rodeia, sem se preocupar com relações de causa e efeito e semuma postura racional.
O conhecimento popular é prioritariamente intuitivo, imediato,concreto e não se pauta pela lógica. Por ser pouco racional, apresenta
respostas ambíguas e nem sempre verdadeiras, que se pautam emaparências. Além disso, muitas vezes contribuem para superstições ediscriminações, que com o tempo xam-se em determinadas culturas.
Podemos citar inúmeros exemplos de conhecimento popular nas explicações diárias de fenômenos do dia a dia que independemdo nível cultural de quem as utiliza. Assim, muitas pessoas podem“prever” a proximidade de chuva por meio da percepção de alterações
ambientais às vezes sutis, como a direção do vento, o tipo das nuvens ouo comportamento das aves. Da mesma forma, todos nós sabemos que seo leite for deixado fora da geladeira ele vai azedar. Estes são exemplosde conhecimento popular, uma vez que a maioria não saberia explicar tecnicamente o porquê da ocorrência dos fenômenos citados.
2.4.2 Conhecimento Filosóco
Antes de mais nada é importante denirmos a palavra ‘losoa’, aqual foi criada por Pitágoras: philos signica ‘amigo’ e sophia signica‘sabedoria’.
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Metodologia Cientíca Conhecimento – Unidade 2
A idéia de conhecimento filosófico tem como base conceitossubjetivos, relacionados ao conhecimento especulativo, o qual buscaconstantemente o sentido do mundo e das coisas através de hipóteses que
podem ou não ser submetidas à observação, ou seja, geralmente não são
vericáveis e, portanto, não podem ser conrmadas ou refutadas.De acordo com Barros e Lehfeld (2007, p. 42), a losoa “tem a
nalidade de compreender a realidade e fornecer conteúdos reexivos elógicos de mudança e transformação dessa realidade. A losoa cumprea tarefa de elaborar pressupostos e princípios norteadores das açõeshumanas”. Assim, mesmo entre os grandes lósofos não há uniformidadede pensamento e de forma de reexão, já que a losoa consiste na
observação, reexão e interpretação do mundo sob pontos de vistadiferentes e, às vezes, inconciliáveis.
A losoa não é um castelo abstrato, estéril e distante de idéias.
Idéias difíceis e herméticas, como às vezes, de forma detratora,
se diz. Ela é uma forma de conhecimento prático, orientadora
do exercício de nossa sobrevivência em sociedade. Ela pode não
garantir o “ganha-pão”, como se diz vulgarmente, mas certamente
é com ela e com sua ajuda que conseguimos o pão nosso de cadadia, pois dela depende o encaminhamento de nossa ação (LUCKESI
1984, p. 67).
http://www.pucsp.br/pos/cesIMa/schenberG/cIentIstas/platao2.jpG
Assim, a losoa cumpre atarefa de compreender a realidade
e contribuir com conteúdosreexivos e lógicos para que essarealidade possa ser transformada. O Mito da Caverna, narrado
por Platão no livro VII de A
Republica (escrito entre 380-370a.C.) é, provavelmente, umadas mais poderosas metáforas
cr iadas pe la f i losof ia , emqualquer tempo, por descrever de forma atemporal a situação em que seencontra a humanidade, condenada a uma terrível condição. Imaginoutoda uma população presa desde a infância no interior de uma caverna,
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Metodologia Cientíca Conhecimento – Unidade 2
imobilizados e obrigados por correntes a olharem sempre a parede emfrente. O que veriam então? Supondo que existissem algumas pessoasno exterior da caverna carregando para lá para cá, sobre suas cabeças,estatuetas de homens, de animais, vasos, bacias e outros vasilhames, e
havendo ainda uma escassa iluminação, disse que os habitantes daquelelugar infeliz só poderiam enxergar o bruxuleio das sombras dos objetossendo carregados, surgindo e se desfazendo diante deles. Era assimque viviam os homens, concluiu Platão: acreditavam que as imagensfantasmagóricas que apareciam (chamadas de ídolos por Platão) eramverdadeiras, considerando o espectro como realidade. Toda a existênciaera, portanto, inteiramente dominada pela ignorância. Para Platão todos
nós estamos condenados a ver apenas sombras à nossa frente, tomando-ascomo verdadeiras. Esta crítica à condição dos homens, que foi escrita háquase 2500 anos, inspirou e ainda inspira incontáveis reexões, sendo amais recente delas no livro de José Saramago A Caverna.
2.4.3 Checme Res
O conhecimento religioso, também chamado de teológico, éaquele que se revela através da fé divina ou crença religiosa. Do ponto devista religioso/teológico, a existência divina é evidente e inquestionávele, portanto, não necessita de demonstração ou experimentação, ouseja, dispensa qualquer procedimento experimental. No entanto, oconhecimento religioso se analisa, se interpreta e se explica (BARROS ELEHFELD, 2007).
Este tipo de conhecimento depende da formação moral e crençasde indivíduos, grupos ou povos e requer a autoridade divina, seja de formadireta ou indireta. O conhecimento religioso não pode ser conrmado ounegado, ao contrário do que ocorre no conhecimento cientíco, uma vezque se baseia em proposições reveladas pelo sobrenatural e, portanto,sagradas e valorativas. As verdades oriundas do conhecimento religiososão tidas como infalíveis e inquestionáveis. A fonte do conhecimentogeralmente está presente nos livros sagrados, independentemente da
religião ou doutrina.
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Metodologia Cientíca Conhecimento – Unidade 2
2.4.4 Conhecimento Cientíco
http://www.nynas.coM/uploaD/IMaGes/news/naphthenIcslaboratory2.jpG
O conhecimento científico secaracteriza pela busca da compreensão
dos fenômenos existentes através dautilização de procedimentos metódicosem suas investigações. Galliano(1979, p. 21) dene o conhecimentocientífico como “o aperfeiçoamentodo conhecimento comum e ordinárioobtido por meio de um procedimento
metódico, o qual mobiliza explicaçõesrigorosas e ou plausíveis sobre o que searma sobre um objeto da realidade”.
A l é m d e f o c a r e m f a t o s efenômenos vericáveis, o conhecimentocientíco é também objetivo, factual,
racional, analítico, organizado, explicativo e sistemático; constrói e aplicaleis através de investigações metódicas.
Podemos armar sem receio que hoje conhecemos mais e melhor emcomparação com o passado, mas não podemos chamar tal conhecimentode “conhecimento acumulado”, uma vez que tal processo está longede ser meramente cumulativo. De acordo com Demo (2000, p. 74),“conhecimento novo não provém de mera soma. Vem da derrubadasistemática e por vezes impiedosa. Porquanto, seu método fundamental éo questionamento sistemático”. Assim, para o autor, uma teoria cientíca
é aquela que se oferece ao debate e que se mantém necessariamentefalível e não aquela que ca de pé a qualquer preço. Nesse sentido, pode-se armar que para algo ser cientíco é necessário que seja discutível, jáque a ciência surgiu da recusa em aceitar o saber institucionalizado.
O conhecimento cientíco tem uma vocação analítica e, assim, o
método mais característico do procedimento cientíco é a análise.
Na origem etimológica, analisar signica decompor um todo nas partes, desando uma a uma, em particular as tidas como mais
importantes. Trata-se de atividade desconstrutiva que admite ser o
todo apenas o ajuntamento das partes, tanto assim que, desfazendo
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parte por parte, nada resta do todo, a não ser suas partes. Fazendo
o caminho de volta, ao ajuntar as partes, obtemos de novo o
todo, de maneira reversível. Assim é o relógio: é monte de partes
concatenadas, desmontáveis uma a uma. O relojoeiro tem do relógio
visão sintética, sem a qual não se saberia conceber as partes, mas oconstrói por partes. O relógio não existe nas partes desmontadas,
mas estas, uma vez montadas, são o relógio. (DEMO 2000, p. 15)
Para melhor compreendermos o conceito de conhecimento
cientíco, serão apresentados a seguir três etapas postuladas por Demo(2000, pp. 19-20).
A utilização frequente do termo1) conhecimento cientíco pelofato dele implicar que é um dentre outros termos também
possíveis, como sabedoria e bom-senso. Pode ser sinônimo de“ciência”, desde que não se arma ser esta necessariamentesuperior e totalmente diversa diante de outros tipos. Ciência,quando relacionada a “tecnologia”, transmite sobretudo o panode fundo ocidental, extremamente relacionado aos processos de
colonização. “Ciência e Tecnologia” representam a vantagemcomparativa decisiva em termos de crescimento econômico edomínio do mundo, da natureza, da sociedade e da economia.
Na tradição ocidental, ciência é procedimento frontalmentediferente de outras formas de conhecer, universal, superior edenitivo, tendencialmente voltado para as “ciências exatasnaturais”, donde também segue o desapreço por outras culturas e
seus modos de conhecer. Embora mantenhamos o termo ciência nas áreas sociais e humanas, persiste a expectativa de que seuuso mais correto ocorre apenas nos ramos que possibilitamutilização concentrada de procedimentos matemáticos eempíricos, que seriam garantias de objetividade e neutralidade.
Nesse caso, ciência e tecnologia formam dupla inseparável eimbatível, representando possivelmente a identidade culturalmais forte da história ocidental. Em seu extremo, substituem
a religião, nos sentido de que apenas nelas se crê. Quanto aoconhecimento cientíco, a expressão envolve sua variabilidadenatural no tempo e no espaço, aludindo menos a pretensõesde universalidade que a diferenças especícas de método. É,
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Metodologia Cientíca Conhecimento – Unidade 2
portanto, um tipo de conhecimento, a ponto de poder tornar-se“senso comum” com o passar do tempo.
É preferível “reconstruir” a “construir” conhecimento. Modernas2)
teorias de aprendizagem apontam para o caráter construtivodo conhecimento, em contraposição ao instrucionismo queinsiste na simples transmissão reprodutiva. No entanto, podemexagerar na dose, quando supõem excessiva criatividade, comose partíssemos do nada. Na prática, conhecemos com base noque já está conhecido, aprendemos do que outros já aprenderam.Sobretudo nos ambientes escolares e universitários, por mais
que seja essencial praticar a pesquisa como estratégia centralde aprendizagem, dificilmente construímos conhecimentotipicamente novo. O que mais fazemos é retomar oconhecimento disponível e refazê-lo com mão própria. Entretanto, não se trata de procedimento adequado, quandoapenas reproduzimos conhecimento, como é o caso frequentedo “chamento de livros”, se por isso entendermos a simplescompilação de idéias dos outros sem qualquer elaboração
própria. Reconstruir conhecimento signica, portanto, pesquisar e elaborar, impreterivelmente. Pesquisa é entendida tantocomo procedimento de fabricação de conhecimento, quantocomo procedimento de aprendizagem (princípio cientíco eeducativo), sendo parte integrante de todo processo reconstrutivode conhecimento.
Demo (2000) considera pouco útil a distinção entre teoria e3) prática, pela razão de que o conhecimento cientíco é o queexiste de mais prático em nossas sociedades, principalmente
por conta das tecnologias. Por vezes, ainda identicamos a“academia” como mundo à parte, torre de marm, em queguras pouco práticas usam seu tempo para apenas pensar,elucubrar, especular. O termo losoa é usado nesta acepçãofacilmente, insinuando que “não serve para nada”, mesmo
que se admita inteligente. Também é imprópria a expectativautilitária, porque imediatista. Fazer teoria pode, à primeiravista, parecer algo ocioso. tomando, porém, em conta que osdois termos necessitam um do outro, teoria que nalmente
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Metodologia Cientíca Conhecimento – Unidade 2
nada tem a ver com a prática, também não é teoria de coisanenhuma, a prática que não retorna à teoria jamais se renova.Por exemplo, defender tese sobre o conceito de maiêutica emSócrates pareceria diletantismo acadêmico, mas pode servir
como fundamento para inúmeras práticas pedagógicas atuais,sem falar em seu aspecto reconstrutivo que admitiria tratamentoalternativo do que muitos outros já estudaram. Outra coisaé o “teoricismo”, algo que pode ser aplicado à maioria doscursos acadêmicos, porque fazem com que os alunos engulamum monte de teorias – sem pesquisa e elaboração própria – destituídas de sentido prático. O campus universitário pode
espraiar esta idéia vazia: ca no outro lado da cidade, em lugar fechado, tipo Mundo da Lua. Muitas vezes “estudar” também pode inspirar esta expectativa: é atividade especial, , em tempoespecial, idade especial, lugar especial; é preciso “parar” paraestudar, interromper o dia ou a juventude, sair da vida normal.Agregar sentido prático aos cursos, sem cair no ativismo,também poderia acrescentar-lhes qualidade. Embora cada termotenha seu lugar, eles moram no mesmo lugar.
BARROS E LEHFELD (2007, p. 46) afirmam que é doconhecimento cientíco que a ciência se constitui e resumem em seistópicos suas principais características:
Maiêutica: O momento do “parto”
intelectual é chamado de Maiêutica Socrática. Esse “parto” é a busca da verdade no interior do homem. O processo era conduzido por Sócrates em dois momentos distintos: em primeiro lugar,ele levava seus interlocutores ou alunos a questionar seu próprioconhecimento sobre um dado assunto. Em seguida, Sócrates fazia comque concebessem uma nova idéia ou opinião sobre o mesmo assunto.Desse modo, por meio de questões simples e contextualizadas, aMaiêutica leva à elaboração de idéias complexas.
Diletantismo: Modo amador de estudar ou fazer algo, geralmente decunho artístico, por amor, sem se preocupar com a reexão permanenteou o estudo, por considerar que a arte precisa permanecer uma forma
de lazer puro. O diletante entende ou se dedica a algo por gosto.
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Metodologia Cientíca Conhecimento – Unidade 2
- O conhecimento cientíco surgiu a partir das preocupaçõeshumanas cotidianas, e esse procedimento é conseqüência do bomsenso organizado e sistemático;
- O conhecimento científico transcende o imediatamente
vivido e observado, buscando a formulação de paradigmas;- O conhecimento cientíco, além de ater-se aos fatos, é
analítico, comunicável, vericável, organizado e sistemático – étambém explicativo, constrói e aplica teorias;
- O conhecimento cientíco, considerado um conhecimentosuperior, exige a utilização de métodos, processos, técnicas especiais
para a análise, compreensão e intervenção na realidade;
- A abstração e a prática devem ser dominadas por quem pretende trabalhar cienticamente.
2.5 Reexão
Durante toda a vida o ser humano tem que lidar com experiênciasrelacionadas a dor, prazer, sede, saciedade, calor, frio e, portanto, o
conhecimento se dá pela necessidade de adaptação, interpretação eassimilação às circunstâncias inerentes ao meio em que vive. Assim
podemos armar que o conhecimento ou o ato de conhecer funcionamcomo um meio de solução dos problemas comuns à vida. Já oconhecimento cientíco é o que é produzido pela investigação cientíca.Além de suprir a necessidade de encontrar respostas e soluções para
problemas de ordem prática da vida cotidiana, também se caracteriza por
ser um conhecimento que possibilita explicações sistemáticas que podemser testadas e aceitas ou refutadas através provas empíricas.
2.6 Reerêcs
DEMO, P. Metodologia do Conhecimento Cientíco. São Paulo:Editora Atlas, 2000.
BARROS, A. J. S.; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos da
Metodologia Cientíca. São Paulo: Prentice Hall, 2007.
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30
Metodologia Cientíca Conhecimento – Unidade 2
GALLIANO, A. G. (Org.). O método cientíco: teoria e prática. SãoPaulo: Harper & Row, 1979.
KUHN, T. S. A estrutura das revoluções cientícas. São Paulo:
Perspectiva, 1994.
LUCKESI, C. et alii. Fazer universidade: uma propostametodológica. São Paulo: Cortez, 1984.
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Cientíco. São Paulo:Cortez, 1999.
2.7 n Próxm Udde
Por muito tempo o homem iniciou sua busca pelo conhecimento para encontrar respostas a certas questões referentes ao seu dia a dia.Algumas respostas tinham um cunho místico, o que levava à criaçãode mitologias. Quando o homem passou a questionar tais respostas e a
procurar explicações mais plausíveis, através da razão, passou a obter respostas mais realistas que se aproximavam mais da realidade das
pessoas. Tais respostas passaram a ser mais bem aceitas pela sociedadee podemos armar que essa nova forma de pensar criou a possibilidadeda idéia de ciência para explicar os fenômenos por meio da razão. Osconceitos de ciência serão discutidos no próximo capítulo.
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U n i U
a U e
CiÊnCia
A partir do momento em que ohomem passou utilizar a razão para questionar o modo como buscava suas respostas e para buscar
formas mais plausíveis de obter explicações, passoua reduzir a importância de suas emoções e crenças
religiosas e a obter respostas que fossem mais realistas eque se aproximassem de forma mais pungente da realidade
das pessoas. As explicações resultantes passaram, assim, a ser
mais bem aceitas na sociedade em que vivia.
objevs d su predzem
É imprescindível que você compreenda o conceito de ciência e aforma como ela surgiu e evoluiu.
Vcê se embr?
As aulas de Ciências na escola procuravam fornecer explicaçõesa fenômenos muitas vezes cotidianos, como a eletricidade estática ou omagnetismo.
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Metodologia Cientíca Ciência – Unidade 3
Ciência é
sempre instável: não
só cresce, mas também muda
de direção; novos conhecimentos
nem sempre conrmam os anteriores, e
os paradigmas sucedem-se, por vezes em
meio a polêmicas acirradas e irreconciliáveis.
Todavia, a ciência futura é imprevisível, não
nos cabendo pressupor limites, que bem
podem ser devidos à limitação do nosso
olhar atual (DEMO 2000, p. 46).
3.1 Denição de Ciência
http://correIocIencIa.fIles.worDpress.coM/2009/10/cIencIa.jpG
O termo ciência provém doverbo em latim Scire, que
signica aprender, conhecer. Emtoda sua história o homem engajou-se em uma jornada com o objetivode buscar o conhecimento parachegar a respostas a certas questõesrelacionadas a problemas do seucotidiano. Um dos meios mais
utilizados para explicar suarealidade era a criação de mitos, ouseja, através da mitologia o homemtentava “explicar o inexplicável”.
Se hoje é ‘óbvio’ que a Terra é redonda, até o iníciodas grandes navegações no século XV era‘óbvio’ que a Terra era plana. Se hoje é‘óbvio’ que o homem pode voar em um
equipamento mais pesado que o ar, há pouco mais de um século era ‘óbvio’que o homem só poderia voar emequipamentos mais leves que o ar,como os balões. Assim, muitas coisasque eram óbvias no passado deixaramde sê-lo e, da mesma forma, o que é óbvio
hoje pode não sê-lo em algum momento nofuturo.Assim, nosso mundo e nossa sociedade pode
sempre “contar com” um mundo pré-existente:
“ Nas ce o homem num mundo , numa
circunstância interpretada, e passar a contar com os
objetos que encontra, segundo a interpretação vigente.
Contamos com, e essa é uma das mais elementaresrelações que mantemos com as coisas. Contamos
com a existência da rua, quando abrimos a porta de
casa para irmos à escola ou ao trabalho. Contamos
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33
Metodologia Cientíca Ciência – Unidade 3
com encontrar, no lugar em que as vimos ontem, as
pedras, as casas e as árvores. Prova disso é a surpresa
que provocaria a ausência de rua, o deslocamento das
árvores, ou o desaparecimento das casas, no momento
em que abríssemos a porta. (...) Contamos comcertas coisas, acreditamos que se comportam dessa
ou daquela maneira, segundo a interpretação em que
nascemos.” (HEGENBERG, apud Bastos e Keller
2002, p. 81)
Apresentamos aqui dois dos principais usos para a palavra‘ciência’:1) Atividade executada por cientistas, com matérias-primas,
propósitos e metodologia especícas.2) O resultado desta atividade, ou seja, um corpus bem estabelecido
e bem testado de leis, modelos e fatos que conseguem descrever o mundonatural.
Os resultados da ciência devem ser “objetivos”, ou seja, elesdevem ser testáveis, repetíveis e passíveis de conrmação através deoutros cientistas.
Podemos classicar ss áreas da ciência em duas grandes dimensões:
• Ciência Pura (o desenvolvimento de teorias) x Ciência Aplicada(a aplicação de teorias às necessidades humanas);
• Ciência Natural (o estudo do mundo natural) x Ciência Social (oestudo do comportamento humano e da sociedade).
Algumas denições de Ciência1:
1) “Conjunto organizado de conhecimentos relativos a umdeterminado objeto, especialmente os obtidos mediante a observação, aexperimentação dos fatos e um método próprio.”
2) A ciência busca compreender a realidade de maneira racional,descobrindo relações universais e necessárias entre os fenômenos, o que
1 Disponível em: http://forum.braslink.com/forum/read.cfm?forum=679&id=112950&thr ead=18175
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Metodologia Cientíca Ciência – Unidade 3
permite prever acontecimentos e, consequentemente, também agir sobre anatureza. Para tanto, a ciência utiliza métodos rigorosos e atinge um tipode conhecimento sistemático, preciso e objetivo.
albert eInsteInhttp://johnstoDDerInexIle.fIles.worDpress.coM/2006/04/eInsteIn.jpG
3) “Conjunto de conhecimentose de pesquisas metódicas cujo m éa descoberta das leis dos fenômenos:‘A ciência encontrou na experiênciaum princípio próprio e imanente,donde tira, sem outro auxiliar alémda atividade intelectual comum, os
fatos materiais da sua obra, e as leis,com as quais coordena os fatos.’ “
4) “Ciência: do latim scientia, “sabedoria, conhecimento”, é oconhecimento de caráter racional, sistemático e seguro dos fatos efenômenos do mundo. Visão positiva: ‘o homem domina a natureza não
pela força, mas pela compreensão’. Visão negativa: o controle da natureza pela ciência implica força e poder. ‘Toda a natureza começaria por se
lastimar se lhe fosse dada a palavra.’”
3.2 frudes Cêc
Nem só de flores vive a ciência. Na busca desenfreada por reconhecimento, poder ou dinheiro, alguns cientistas se veem tentados
a burlar um procedimento ou dois, alterar este dado ou aquele, tudo paragarantir que o resultado de sua pesquisa saia como ele quer que seja.Abaixo estão listados dez dos mais famosos casos de fraude cientíca2:
1- Em 1989, o norte americano Stanley Pons e o britânico, MartinFleischmann divulgaram a existência de um aparelho capaz de fundir átomos atemperaturas muito mais baixas do que as usadas em reações termonucleares.O experimento nunca pôde ser reproduzido em outros laboratórios.
2- Em 1971, o governo lipino anunciou a descoberta da tribotasaday, que falava uma língua estranha, comia animais selvagens2 Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/; Acessado em: 15/09/2009.
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Metodologia Cientíca Ciência – Unidade 3
e usava artefatos de pedra. Jornalistas descobriram que os nativosviviam em casas, produziam carne seca e usavam calças Levi´s.
3- Em um artigo na revista Nature em 1988, o francês Jacques
Benveniste propôs que a água tem memória, ou seja, guardatraços de elementos que por ela tenham passado. Os defensoresda homeopatia festejaram, pois isso explicaria a eficácia dotratamento. As idéias de Benveniste nunca puderam ser conrmadas.
4- O arqueólogo inglês Charles Downson “encontrou” uma ossadade homem com crânio de formas humanas e queixo parecido com o de um
macaco. Em 1953, 40 anos depois, os cientistas desmontaram o quebra-cabeça: uma junção de crânio de homem com queixo de orangotango.
5- A partir dos anos 1920, o biólogo soviético Trom DenisovichLysenko inventou fórmulas absurdas para aumentar a produção agrícola.Fazia coisas como misturar trigo de inverno com trigo de primaveranuma mesma plantação. Com isso esperava desenvolver uma espécie que
pudesse ser plantada e colhida em qualquer época do ano. Suas idéias
nunca funcionaram.
6- Nos primeiros anos de século 20, o mundo celebrava a descobertado raio X. Isso parece ter inspirado o físico francês René Blondlot. Namesma época ele armou ter descoberto o raio N, e outros cientistascontemporâneos disseram ter produzido em seus laboratórios raios N. Ocitado raio nunca teve sua existência comprovada.
7- O físico Victor Ninov e sua equipe publicaram, em 1999, adescoberta do elemento químico 118 - o mais pesado que poderia existir.
No ano seguinte, a equipe não conseguiu reproduzir a experiência.Investigações provaram que Ninov havia forjado os resultados.
8- Na década de 70, o psicólogo inglês Cyril Burt propôs queo quociente de inteligência seria determinado geneticamente. Para
chegar a esse resultado, inventou personagens e falsificou dados.
9- O alemão Jan Hendril Schon foi demitido dos laboratórios Bell por alterar dados em experiências sobre luz e supercondutividade entre
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Metodologia Cientíca Ciência – Unidade 3
1998 e 2001. Pesquisador conceituado, ele publicou suas farsas emrevistas como Science e Nature.
10- Um professor da Universidade Tecnológica da Coréia do Sul
reconheceu ter falsicado seus estudos publicados em revistas cientícasinternacionais. Segundo o jornal sul-coreano The Hankyoreh, Kim Tae-kook, professor de biotecnologia do Instituto Avançado de Ciência eTecnologia da Coréia (Kaist), reconheceu ter usado dados falsos em seuexperimento sobre tecnologia contra o envelhecimento, depois que umacomissão de investigação da universidade descobriu essa manipulação.O resultado dos estudos foram publicados em duas revistas cientícas - a
Science, em 2005, e a Nature Chemical Biology, em 2006 - por ter abertosupostamente uma porta para encontrar remédios contra o envelhecimentohumano. Como conseqüência, o Kaist retirou Kim da docência e de suascondições de pesquisador, e a comissão de investigação indicou que essesestudos serão retirados das revistas. A notícia aconteceu dois anos depoisque o professor sul-coreano Hwang Woo-souk, pioneiro da clonagem,admitiu ter falsicado seus estudos sobre células-tronco de embriõeshumanos clonados publicados na revista Science. Hwang armou ter
realizado a primeira clonagem de células-tronco de embrião humano em2004, mas depois cou demonstrado que era falsa.
3.3 Reexão
Tudo aquilo que a ciência constrói precisa ser representante de uma
percepção “compartilhada”, ou seja, que pode ser vericada e observada por qualquer pessoa que esteja equipada com as ferramentas de mediçãoe habilidades de observação apropriadas. Podemos armar, inclusive, queesse modo de pensar do homem foi que possibilitou o surgimento da idéiade ciência, uma vez que sua tentativa contínua de explicar fenômenosatravés da razão foi o primeiro passo na direção de se fazer ciência.
Mas a ciência só é precisa, sistemática e conável se os mesmosadjetivos puderem ser aplicados àqueles que a praticam, como pudemos
vericar nos casos relatados nesta unidade.
3.4 Reerêcs
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Metodologia Cientíca Ciência – Unidade 3
DEMO, P. Metodologia do Conhecimento Cientíco. São Paulo:Editora Atlas, 2000.
BARROS, A. J. S.; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos da
Metodologia Cientíca. São Paulo: Prentice Hall, 2007.
BASTOS, C.; KELLER, V. Introducão à metodologia cientíca.Petrópolis: Vozes, 2002.
3.5 n Próxm UddeO desenvolvimento da ciência levou à criação do método, através
do qual experimentos podem ser reproduzidos por outros, em outroslocais e em outros momentos. É através do método que torna-se possível asistematização de procedimentos que, por sua vez, trazem credibilidade àciência. Na Unidade 4 serão apresentados diferentes tipos de métodos.
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U n i U
a U e
MÉtoDo
O termo Método tem origem na
palavra grega “methodos”, que significa“caminho para chegar a um fim”. Trata-se, portanto, de um conjunto de processos que devem
ser executados para produzir e processar um sistema,denindo “o que” e “como” algo deve ser feito.
objevs d su predzem.
Conhecer os diferentes tipos de métodos, os quais serãoutilizados em toda a sua vida acadêmica e prossional.
Vcê se embr?
Na escola você certamente já executou algum procedimentoutilizando uma descrição detalhada daquilo que deve ser feito e comodeve ser feito.
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Metodologia Cientíca Método – Unidade 4
4.1 Denição de Método
O termo método designa a ordem a ser seguida nos diferentes processos que são necessários para se chegar a determinado m ou
resultado. Em outras palavras, método pode ser entendido como um procedimento regular, explícito e que pode ser repetido a m de seconseguir algo material ou conceitual.
É importante ressaltar que o método é apenas um meio de acesso: sãoa inteligência e a reexão que descobrem o que os fatos realmente são.Assim, o método cientíco tem a intenção de descobrir a realidade dosfatos, e esses, ao serem descobertos, devem guiar o uso do método.
É oportuno, portanto, distinguir os conceitos de método e processo.Método pode ser entendido como o procedimento sistemático, odispositivo ordenado, em plano geral. Por sua vez, o processo (a técnica)é a aplicação do plano metodológico e a forma especíca de executá-lo. Pode-se armar que a relação existente entre método e processo ésimilar à que existe entre estratégia e tática. O processo está, portanto,subordinado ao método.
http://www.IDGresearch.coM/wp-content/theMes/IDG-one/IMaGes/puzzle-lG.jpG
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40
Metodologia Cientíca Método – Unidade 4
4.2 Método Qualitativo
http://naturoloGIaMococa.fIles.worDpress.coM/2009/03/Mrt20www_wIn2farsI_coM20107.jpG
U m a p e s q u i s aqualitativa tem caráter
exploratório, ou seja,e s t imu la o su je i to aexpressar-se livrementesobre um determinadotema, objeto ou conceito.
E s t e t i p o d e pesquisa faz emergir
aspectos subjetivos, umavez que podem atingir motivações e pensamentos
não conscientes ou não explícitos de uma forma mais espontânea.Como não há preocupação em projetar resultados para uma
determinada população, na pesquisa qualitativa o número de sujeitos érelativamente pequeno, sendo que as opiniões são coletadas por meiode questionários ou entrevistas gravadas, as quais são posteriormente
analisadas.Os principais tipos de dados qualitativos são: citações diretas de
pessoas sobre suas experiências; trechos de correspondências, registros,documentos; gravações e/ou transcrições de entrevistas e discursos;descrições detalhadas de comportamentos ou outros fenômenos; dadoscoletados com maior profundidade e riqueza de detalhes.
Este tipo de pesquisa é apropriado nos casos em que o fenômeno
em questão é de natureza social e sua complexidade não permite suaquantificação. A utilização de métodos quantitativos pressupõe ahabilidade de observar, analisar e registrar interações entre pessoas, ouentre pessoas e fenômenos. De modo geral, podemos armar que nas
pesquisas quantitativas é relevante notar quantas vezes determinadofenômeno ocorre, ao passo que nas pesquisas qualitativas o importante é acompreensão detalhada de como o fenômeno ocorre.
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Metodologia Cientíca Método – Unidade 4
4.3 Método Quantitativo
https://cuportal.coventry.ac.uk/c13/Msc/IMaGe%20lIbrary/statIstIcs.GIf
U m a p e s q u i s aquantitativa tem como base
critérios estatísticos rígidos,o s q u a i s s e r v e m c o m o
parâmetro para definiçãodo universo da pesquisaem questão. A pesquisaestatística é muito utilizada
p a r a l i d a r c o m d a d o s
numéricos, opiniões sobretemas econômicos, sociaisou políticos, observação da
preferência por produtos ouserviços em determinados
segmentos populacionais, etc.A realização de uma pesquisa quantitativa passa pelas seguintes
etapas: denição do objetivo da pesquisa; denição da população e
da amostra; elaboração dos questionários; coleta de dados (campo); processamento dos dados (tabulação); análise dos resultados;apresentação e divulgacão dos resultados.
Este tipo de pesquisa frequentemente utiliza questionários parainferir resultados a partir de uma amostra, sendo possível aplicar taisresultados a um universo maior. Como a pesquisa quantitativa aplica-sea uma dimensão mensurável da realidade, a partir dos resultados obtidos
estatisticamente torna-se possível projetar uma verdade geral ao fenômenoque está sendo estudado.Assim, através da pesquisa quantitativa é possível o planejamento
de ações coletivas que reproduzem resultados passíveis de generalização,desde que o grupo pesquisado seja uma amostra dedigna da populaçãoem estudo. São testadas, portanto, de forma precisa, as hipóteseslevantadas e fornecem índices que permitem comparação com outros.
Na tabulação, os dados coletados são dispostos em tabelas, grácos,quadros ou guras, devidamente organizados de modo a facilitar a compreensãodo pesquisador e a conseqüente análise e interpretação desses dados, os quaissão classicados em grupos e subgrupos e reunidos de modo que as hipóteses
referentes à pesquisa possam ser comprovadas ou refutadas.
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Metodologia Cientíca Método – Unidade 4
Para garantir maior precisão, a pesquisa quantitativa requer umnúmero maior de entrevistados para maior precisão nos resultados, jáque os dados serão projetados para a população representada. Para tanto,as informações são coletadas através de questionários compostos por
perguntas claras e objetivas, já que a má compreensão de um enunciadoou questão pode comprometer a veracidade dos dados colhidos.
Pesquisas quantitativas são recomendadas quando o objetivo éobter informações sobre aspectos comuns em uma população investigadaem grandes quantidades, ao contrário da investigação quantitativa, que
busca aprofundar questões em amostragens reduzidas.
4.4 Qualitativo x Quantitativo
A dicotomia quantitativo/qualitativo tem gerado um grande debate,uma vez que esses métodos são freqüentemente vistos como conitantese inconciliáveis. É equívoco pretender confronto dicotômico entrequalidade e quantidade, pela simples razão de que ambas as dimensõesfazem parte da realidade da vida. Não são coisas estanques, mas facetas
do mesmo todo. Por mais que possamos admitir qualidade como algo“mais” e mesmo “melhor” que quantidade, no fundo, uma jamais substituia outra, embora seja sempre possível preferir uma à outra (Demo 1999).
O problema de pesquisa de um determinado estudo pode justicar a utilização de uma combinação dos dois métodos, quantitativo equalitativo, uma vez que a utilização de apenas um deles pode não ser suciente para contemplar as especicidades da pesquisa. No entanto, é
importante salientar que os dois métodos são utilizados com o mesmo propósito, ou seja, a investigação de diferentes dimensões de um mesmo problema. Pode-se compreender que os dois métodos se complementamao invés de se excluírem, tornando possível uma ampliação da abrangênciada pesquisa e maior conabilidade na interpretação dos resultados.
A realidade social possui dimensões qualitativas, e não se negaa vigência da qualidade na realidade histórica e social. No entanto, éum fato corriqueiro que é muito mais fácil falar de quantidade, uma
vez que o método quantitativo é mais visível, palpável, elaborado paratestar hipóteses através do uso de instrumentos objetivos e análisesestatísticas. O uso dos termos quantitativo e qualitativo para denir dois
paradigmas pode levar a uma dicotomia enganosa. Nesse sentido, não se
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Metodologia Cientíca Método – Unidade 4
trata de estabelecer entre qualidade e quantidade uma polarização radicale estanque. Cada termo tem sua razão própria de ser e age na realidadecomo uma unidade de contrários. Ainda que possam se repelir, também senecessitam.
O que é realmente relevante nesta discussão são os objetivosdo processo de coleta de dados, ou seja, os instrumentos através dosquais torna-se factível a formação ou testagem de hipóteses. Assim,
pode-se observar que, em experimentos de larga escala, a quantidade deinformação coletada é geralmente superior à qualidade (ou profundidade)dessa informação. Por outro lado, em pesquisas interpretativistas, as quaisutilizam método qualitativo, torna-se possível obter mais informações
sobre um número relativamente reduzido de sujeitos (Scaramucci 1995).A utilização combinada de métodos quantitativo e qualitativo temsido defendida até mesmo por autores de tradição de pesquisa que pendemou para um método ou para outro. Pode-se armar que é chegada a hora de
parar de construir muros entre os métodos e começar a construir pontes.O valor da utilização dos dois métodos, como forma de triangulação, é
justicado por Sturman (1996, p. 350):“Os dois tipos diferentes de dados trazem tipos diferentes de
informação. Talvez fosse muito fácil descartar informaçõesestatísticas desconfortáveis caso não houvesse também evidência
escrita de um problema. Da mesma forma, qual seria a validade
em levar em consideração comentários por escrito de dois alunos
descontentes sem evidência estatística adicional que determine o
grau de abrangência desses comentários?”
Sturman (op. cit.) acrescenta que a vantagem da coleta de
comentários escritos obtidos através de questões dissertativas é que eles permitem aos alunos liberdade de expressão, enquanto a vantagem dosdados quantitativos é que eles possibilitam a oportunidade de vericarmosa representatividade desses comentários e se eles são distribuídosaleatoriamente através da amostra. Desse modo, os dois diferentes tiposde dados fornecem um equilíbrio entre as evidências. A decisão a respeitodo método utilizado é denida pelo problema de pesquisa, o qual pode,
por sua vez, permitir a combinação de métodos. O objetivo é encontrar
subsídios que auxiliem na solução do problema.
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Metodologia Cientíca Método – Unidade 4
4.5 Método Cientíco
http://www.junkscIence.coM/jsj_course/jsjuDocourse/thInkInG2.jpG
Apesar dos procedimentosque são utilizados nas ciências
poderem var ia r de umaárea da ciência para outra, é
possível determinar certoselementos que diferenciamos outros métodos do métodocientíco.
Uma vez que as ciências
se manifestam através de procedimentos, o métodocientífico pode ser definidocomo um conjunto de regras básicas para que um cientista desenvolvauma experiência com o objetivo de produzir conhecimento ou corrigir e complementar conhecimentos pré-existentes. O método cientíco é
baseado na junção de evidências empíricas, observáveis e mensuráveis,com base no uso da razão.
De modo geral, o método cientíco segue a seguinte sequência deeventos:
1) Problema•2) Hipótese•3) Experimentação•4) Conclusão•
5) Se necessário, nova hipótese.•
Em primeiro lugar, é determinado um problema, que é o fator que leva o pesquisador a propor hipóteses para explicar determinadosfenômenos, ou seja, tentar solucionar ou explicar o problema proposto.Em seguida, são desenvolvidos experimentos para testar tais previsões.Então, o pesquisador chega a uma conclusa, a partir da qual novas teoriassão formuladas através da junção de hipóteses de uma dada área em uma
estrutura de conhecimento que seja coerente. Isto possibilita a formulaçãode novas hipóteses, assim como coloca tais hipóteses em um conjunto deconhecimento mais amplo.
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Metodologia Cientíca Método – Unidade 4
Uma outra característica do método cientíco é que o processo temque ser objetivo para que o cientista possa ser imparcial na interpretaçãodos resultados. Tanto os dados quanto os procedimentos devem ser documentados, de modo que outros cientistas possam também analisar
e reproduzir o procedimento. Isso permite a utilização de métodosestatísticos para a vericação da conabilidade dos resultados.
Alguém que se proponha a fazer uma investigação através do métodocientíco não precisa, necessariamente, atravessar todas as etapas, alémde não existir um prazo pré-determinado para o cumprimento de cadauma delas. Como exemplo podemos citar Charles Darwin, que passoucerca de 20 anos apenas analisando os dados que havia colhido em
suas pesquisas. No entanto, seu trabalho constitui-se basicamente deinvestigação, sem passar pela etapa de experimentação, o que, entretanto,não torna suas teorias menos importantes. Algumas outras áreas daciência, como a física quântica, baseiam-se quase sempre em teoriasapoiadas apenas na conclusão lógica a partir de diferentes teorias e alguns
poucos experimentos, uma vez que impera a limitação tecnológica de seefetuar a comprovação empírica de algumas das hipóteses formuladas.
Do modo como o conhecemos hoje, o método cientíco foi o
resultado direto da obra de diversos pensadores, que culminaram no“Discurso do Método” (René Descartes), no qual ele coloca algunsconceitos que permeiam a trajetória da ciência até os dias de hoje. Paradar uma visão melhor sobre o método proposto por Descartes, chamado de“Modelo Cartesiano”, “Determinismo Mecanicista”, ou “Reducionismo”,ele se baseia principalmente na concepção mecânica do homem e danatureza, ou seja, na concepção de que tudo e
todos são passíveis de divisão em partes cadavez menores, as quais podem ser analisadase estudadas separadamente. Em outras
palavras, “para compreender o todo, basta compreender as partes”.
Conexão:Charles Darwin foi um grande
expoente do pensamento cientíco.
Como toda pesquisa tem início com uma
dúvida, ou “problema”, o grande enigma
para Darwin era explicar o aparecimento e o
desaparecimento das espécies. Assim surgiram, em
sua cabeça, várias questões: por que se originavam
as espécies? Por que se modicavam com o passar
dos tempos, diferenciavam-se em numerosos tipos
e frequentemente desapareciam do mundo por
completo? Saiba mais:
http://www.pensador.info/autor/Charles_
Darwin/biograa/
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Metodologia Cientíca Método – Unidade 4
René Descartes
http://www.rfI.fr/actuen/IMaGes/109/rene_Descartes_portraIt_432.jpG
O modo mais fácil paraa verif icação do método
proposto por René Descartes éatravés da medicina: graças aomodelo cartesiano, a medicinas e d i v i d i u e m d i v e r s a sespecialidades, cada uma delas
procurando compreender osmecanismos de funcionamento
de um determinado órgãoou parte especíca do corpo.As doenças passaram a ser vistas como algum distúrbio em uma parteespecíca do homem. Dentro da concepção cartesiana, o homem emsi, como um todo, não é levado em consideração na investigação damedicina.
4.6 Reexão
Não restam dúvidas de que o método de Descartes funcionou, já quea ciência evoluiu como nunca, a partir da aplicação deste método. Masa ciência, que tinha como objetivo primordial proporcionar o bem estar ao ser humano através da compreensão e consequente modicação danatureza a seu favor, perdeu seu sentido. Como todos os extremos podem
ser danosos, a aplicação do modelo cartesiano a todas as áreas do saber pode levar à desatenção com as interações entre as partes e o todo e entreeste e outros. Isso poderia causar sérios distúrbios sociais e ambientais,ameaçando até a existência do próprio homem, em contradição com seu
princípio fundamental.
4.7 Reerêcs
BARROS, A. J. S.; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos da
Metodologia Cientíca. São Paulo: Prentice Hall, 2007.
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47
Metodologia Cientíca Método – Unidade 4
DEMO, P. Avaliação Qualitativa. Campinas: Autores Associados,1999.
GALLIANO, A. G. (Org.). O método cientíco: teoria e prática. SãoPaulo: Harper & Row, 1979.
SCARAMUCCI M. V. R. O Papel do Léxico na Compreensão da
Leitura em Língua Estrangeira: Foco no Produto e no Processo.Tese deDoutorado, Instituto de Estudos da Linguagem, Unicamp, 1995.
STURMAN P. Registration and Placement: Learner Response in Bailey K. M. & Nunan D. (Eds.) Voices from the Language Classroom:
Qualitative Research inSecond Language Education – Cambridge: Cambridge University
Press, 1996.
4.8 n Próxm Udde
A palavra “pesquisa” é usada com freqüência em nosso dia a dia,em diversos contextos. Lemos sobre pesquisas de popularidade, pesquisasde intenção de voto ou pesquisas de qualidade. Fazemos pesquisas de
preço, de melhor localização, de melhor custo-benefício. No universoacadêmico, a pesquisa tem papel preponderante para o aprimoramento da prática pedagógica e a aprendizagem. Esse termo é tão utilizado que seusignicado nos parece óbvio e sua denição desnecessária. No entanto,“pesquisa” não tem uma denição única: possui, na verdade, diferentestipos, cada um com características próprias, os quais serão apresentadosna próxima unidade.
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U n i U
a U e
PESQUISA
O termo pesquisa pode ser denido
como um processo sistemático que temcomo objetivo a construção do conhecimento e/ou corroborar/refutar conhecimento pré-existente.
objevs d su predzem
Saber pesquisar é fundamental para o sucesso acadêmico
e prossional de qualquer pessoa, já que a pesquisa permeianosso dia a dia, quer tenhamos ou não consciência disso.
Vcê se embr?
Em todo processo escolar o aluno é instado a fazer pesquisas. Você
se lembra de alguma pesquisa relevante que fez no Ensino Médio?
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49
Metodologia Cientíca Pesquisa – Unidade 5
5.1 Denição de Pesquisa
Podemos armar que toda a história da humanidade é pautada pela busca do domínio da natureza. Cada geração gera conhecimentos que
serão herdados pelas gerações subsequentes.
Cada indivíduo que vem ao mundo já o encontra pensado, pronto:
regras morais estabelecidas, sociedade organizada, religiões
estruturadas, leis codificadas, classificações preparadas. No
entanto, tal estruturação do mundo não justica a alguém se sentir
dispensado de repensar este mundo, porque, caso contrário, tem-se
o lugar comum, a mediocridade e, o que é pior, a alienação (Bastose Keller 2002, p. 54).
De modo geral, ‘pesquisar’ signica realizar empreendimentos paradescobrir ou conhecer algo (Barros e Lehfeld, 2007). Assim, a pesquisaé a busca de resposta para determinados problemas, um instrumentodinâmico de questionamento, indagação, descoberta e aprofundamento.
5.2 Tipos de pesquisa
http://www.funcaDe.orG.br/lupa.GIf
Qual a diferença entre a pesquisa efetuada por um cientista e por um estudante? Basicamente,a diferença reside no seu alcance e grau desosticação. No 3º Grau a nalidade da pesquisa é
levar os estudantes a repensar o mundo, trilhandonovos caminho ou caminhos já percorridos.Assim podemos denir a pesquisa cientíca
como uma investigação metódica, ou seja, baseada em um método, cujoobjetivo é esclarecer aspectos do objeto em questão (Bastos e Keller 2002).
Em uma discussão sobre tipos de pesquisa, percebe-se que existemdiversas classificações, variando de autor para autor, uma vez quecada tipo de pesquisa tem designações e características de acordo com
o objeto de estudo ou com o público-alvo em questão. Cada tipo de pesquisa é concebido de acordo com os objetivos e hipóteses levantados pelo pesquisador com o objetivo de descrever a realidade de suasinvestigações.
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Metodologia Cientíca Pesquisa – Unidade 5
De acordo com Bastos e Keller (2002), são três os principaismétodos para fazer uma pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa delaboratório e pesquisa bibliográca.
Pesquisa de Campo:1) É utilizado para confirmar ou refutar hipóteses formuladas e a constatação da existência ou não derelações entre fenômenos, trazendo explicações sobre eles. Oobjetivo é, também, responder a perguntas formuladas peloinvestigador ou obter informações e mais detalhes acerca dos
problemas propostos. É utilizada frequentemente em CiênciasHumanas, como antropologia, sociologia, etc.
Pesquisa de Laboratório:2) Quase sempre experimental, estetipo de pesquisa requer equipamentos especícos e instalaçõesapropriadas, como um laboratório. Com a pesquisa de laboratórioo pesquisador procura reproduzir ou observar as condições dofenômeno em questão. É utilizada frequentemente em CiênciasExatas ou Biológicas, como física, química, siologia, etc.Pesquisa Bibliográfica:3) Este tipo de pesquisa baseia-se naconsulta a livros ou outros tipos de documentação escrita
(periódicos, artigos, dissertações, teses, etc.) a fim de obter subsídios para a compreensão de um fenômeno ou responder
perguntas de pesquisa. A principal característica da pesquisa bibliográca é a sua informalidade, criatividade e exibilidade.Podemos afirmar que esse tipo de pesquisa é o primeiro ater o contato com a situação a ser pesquisada, isto é, trata-sedo primeiro passo para o pesquisador conhecer o objeto de
estudo. Esse contato se faz necessário principalmente quandoo pesquisador não tem base suciente para levantamento dehipóteses ou denição do problema e objetivos da pesquisa. A
pesquisa bibliográca utiliza dados secundários, ou seja, materialque já foi publicado, independentemente do canal de divulgação.Constitui, assim, a primeira fase para o desenvolvimento de um
projeto de pesquisa. A grande vantagem deste tipo de pesquisa éa facilidade de acesso às informações, uma vez que elas já foram
trabalhadas por terceiros. Por outro lado, a pesquisa bibliográca pode limitar o desenvolvimento da pesquisa, já que muitas vezesnão aprofunda mais do que já foi feito com pesquisas anteriores.
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Metodologia Cientíca Pesquisa – Unidade 5
Isto signica que, se o pesquisador quiser ir mais a fundo na sua pesquisa deverá utilizar outro tipo de pesquisa.
http://www.InGleza.coM.br/IMG/IMG_centro_pesquIsa.jpG
DEMO (2000) distinguequatro tipos de pesquisa, parans de sistematização:
Pesquisa Teórica:1) a que édedicada a reconstruir teorias,conceitos, idéias, ideologias,
polêmicas, tendo em vista, emtermos imediatos, aprimorar fundamentos teóricos e, em termos mediatos, aprimorar práticas;
por exemplo, podemos estudar o conceito de “neoliberalismocompetitivo”, primeiro, para entender melhor o que se inclui nessadesignação e, depois, para termos condições mais adequadas denos contrapor, se for o caso; não se faz antes isto ou aquilo, mas aomesmo tempo, tendo em vista a relevância crucial de saber manejar
criticamente conceitos e suas práticas; trata-se de desconstruir teorias, para reconstruí-las em outro patamar e momento.Pesquisa Metodológica:2) a que é dedicada a inquirir métodos e
procedimentos a serviço da cienticidade, polêmicas e paradigmasmetodológicos, usos e abusos, tanto em âmbito epistemológicoquanto de controle empírico; será sempre importante, e tambémútil, analisarmos se a disputa entre metodologias mais qualitativas
e mais quantitativas pode ser vazia em muitos sentidos. A falta de preocupação metodológica é, geralmente, o primeiro indício demediocridade, porque tendemos a aceitar qualquer coisa.Pesquisa Empírica:3) a que é dedicada a tratar a face empírica efatual da realidade, de preferência mensurável; produz e analisadados, procedendo sempre pela via do controle empírico e fatual.
Nem sempre, ou – diriam alguns – raramente o empírico coincidecom o relevante, já que a realidade costuma esconder-se; a própria
idéia de análise supõe que é mister ir além do que aparece à primeira vista; disso não segue que pesquisas empíricas devem ser superciais, até porque podem atingir sosticacões metodológicasnotáveis, sobretudo em seus testes e statísticos.
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Metodologia Cientíca Pesquisa – Unidade 5
Pesquisa Prática:4) a que é ligada à práxis, ou seja, à práticahistórica em termos de usar conhecimento cientíco para nsexplícitos de intervenção. Nesse sentido, não esconde suaideologia; ao contrário, reconstrói o conhecimento a serviço de
certa ideologia, sem com isso necessariamente perder de vista origor metodológico. Alguns métodos ditos qualitativos advogamessa direção, em particular a pesquisa participante e, em certamedida, a pesquisa-ação.
Uma outra categorização classica os tipos de pesquisa em outrogrupo: pesquisa bibliográca (já descrita anteriormente), pesquisa
descritiva, pesquisa experimental e pesquisa exploratória.
Pesquisa Descritiva:1) Estuda as relações entre variáveis de umdado fenômeno, mas não os manipula. Tem como principalcaracterística o aprofundamento do objeto de estudo, uma vezque observa, analisa, registra e correlaciona fatos e fenômenossem manipulá-los, isto é, procura descrever as característicasde determinadas populações ou fenômenos. Utiliza técnicas
padronizadas de coleta de dados, como a observação sistemáticae o questionário. A pesquisa descritiva tem como meta descrever a realidade dos objetos de estudo partindo de dados primários,obtidos pelo próprio pesquisador, diferentemente das pesquisasexploratórias. Na pesquisa descritiva destacam-se também asquestões que buscam responder o quem, o que, como, quanto,onde, quando e por que pesquisar, além de buscar descrever
características de grupos, como idade, sexo, procedência etc.Também são chamadas de pesquisas descritivas aquelas que buscam descobrir a ocorrência de associações entre variáveis,como, por exemplo, pesquisas que visam observar a correlaçãoentre a venda de terminado produto e a classe sócio-econômicados consumidores do produto.Pesquisa Experimental:2) Na pesquisa experimental, maiscomumente utilizada nas ciências naturais, a principal característica
é a manipulação das variáveis relacionadas com o objeto de estudo. Neste tipo de pesquisa, a manipulação das variáveis propicia oestudo da relação entre causas e efeitos de um dado fenômeno.Diferentemente da pesquisa descritiva, que busca classicar e
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Metodologia Cientíca Pesquisa – Unidade 5
explicar os fenômenos que ocorrem, a pesquisa experimental temcomo objetivo dizer de que modo (como) ou por que causas certofenômeno é produzido. Assim, a pesquisa experimental consiste nacoleta de dados de modo a permitir conclusões claras sobre uma
hipótese que envolve relações de causa e efeito. O pesquisador cria uma situação articial, criada com o objetivo único de testar,
para obter os dados de que necessita e para que possa medi-los eanalisá-los com precisão. É importante ressaltar que a pesquisaexperimentar ocorre mais frequentemente em laboratório, masnão necessariamente, assim como a pesquisa descritiva não ésinônimo de pesquisa de campo. Assim, tais termos (”de campo”,
“de laboratório”) são meramente uma indicação do contexto ondeas pesquisas são realizadas.
Pesquisa Exploratória:3) o objetivo deste tipo de pesquisa é procurar padrões, hipóteses ou idéias. O objetivo não é testar ouconrmar uma determinada hipótese: a pesquisa exploratóriageralmente foca sobre um problema de pesquisa que geralmentetem pouco (ou nenhum) estudo anterior a respeito. As técnicas
mais comumente utilizadas para a pesquisa exploratória sãoos estudos de caso, as observações ou as análises históricas.Geralmente fornecem dados qualitativos ou quantitativos.
5.3 Indução e Dedução
http://www.epDlp.coM/fotos/roDIn2.jpG
Uma vez que as ciências se manifestamatravés de procedimentos, podemos armar que o método científico é um conjuntode regras básicas que o cientista tem àmão para desenvolver uma experiência e
produzir conhecimento, além de corrigir e integrar conhecimentos anteriores. Eletem como base a junção de evidências
que devem ser observáveis, empíricas emensuráveis, sempre baseadas no uso darazão. Independentemente do fato de que os
procedimentos utilizados nas ciências podem
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Metodologia Cientíca Pesquisa – Unidade 5
variar em função da área da ciência, é possível determinarmos elementosque fazem a diferenciação entre o método cientíco e outros métodos.
Uma vez que tanto a indução quanto a dedução são formas deraciocínio e/ou argumentação, os dois conceitos podem ser denidos
como formas de reexão, e não de simples pensamento. A reexão, por sua vez, é fruto do raciocínio, o qual pode ser tanto dedutivo quantoindutivo, além de coerente, ordenado e lógico. Estes dois conceitos serãodescritos a seguir.
5.3.1 Indução
Segundo Barros e Lehfeld (2007, p.76), “indução é “um processomental por intermédio do qual, partindo de dados particulares,suficientemente constatados, infere-se uma verdade gerada ouuniversal, não contida nas partes examinadas.” Assim, o objetivo dosargumentos é chegar a conclusões cujo conteúdo seja mais amplo do queo das premissas originais, ou seja, nas quais se basearam.
É possível armarmos também que o método indutivo é aquele
utilizado quando construímos hipóteses, leis e teorias, uma vez que baseia-se na generalização de propriedades que são comuns a certo número decasos. Tanto o argumento indutivo quanto o dedutivo são fundamentadosem premissas, mas o método indutivo parte de questões particulares parachegar a conclusões generalizadas. Veja estes exemplos:
O aluno 1 é inteligente.
O aluno 2 é inteligente.O aluno 3 é inteligente.O aluno N é inteligente.Portanto, todo aluno é inteligente.
O diamante é caro.O rubi é caro.A esmeralda é cara.
Diamante, rubi e esmeralda são pedras preciosas.Logo, toda pedra preciosa é cara.
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Metodologia Cientíca Pesquisa – Unidade 5
Para que as conclusões obtidas através da indução sejamverdadeiras, com o maior grau de sustentação possível, pode-seacrescentar evidências adicionais.
Barros e Lehfeld (2007, pp.76-77) apontam duas formas de
indução, chamadas de indução formal ou completa e indução incompletaou cientíca:
Indução formal ou completa (de Aristóteles): seria o inverso daa)dedução. Ela não induz de alguns casos, mas de todos os casosde uma espécie ou de um gênero. Nesse tipo de indução, há umasimples substituição de uma coleção de termos particulares por umequivalente:
Os corpos A, B, C e D se aquecem.Os corpos A, B, C e D são todos metais.Logo, os metais se aquecem.
Indução incompleta ou cientíca (criada por Galileu Galilei e b)aperfeiçoada por Francis Bacon): fundamenta-se na causa ouna lei que rege o fato ou fenômeno, constatada em um númerosignicativo de casos, mas não de todos. Essa indução é a almadas ciências experimentais e não deriva de seus elementos
inferiores ou provados pela experiência, mas permite induzir dealgum caso adequadamente observado em circunstância diferentedo que se pode dizer dos restantes dos elementos da mesmacategoria. Na indução incompleta os casos particulares devem ser
provados e experimentados, na quantidade suciente, para que possam armar ou negar tudo o que será legitimamente armadosobre a espécie, gênero, categoria, etc. Assim, faz-se necessária
grande quantidade de observações e experiências, além de atençãoespecial às variações provocadas por circunstâncias acidentais.
5.3.2 Dedução
A dedução é a argumentação que tornam explícitas verdades particulares que estão contidas em verdades universais, ou seja, o
raciocínio caminha do geral para o particular. O ponto de partida é oantecedente, o qual arma uma verdade universal, e o ponto de chegadaé o consequente, que arma uma verdade menos geral (ou particular)contida implicitamente no primeiro. A dedução consiste em um recurso
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Metodologia Cientíca Pesquisa – Unidade 5
metodológico em que a experimentação caso por caso é menos importanteque a racionalização ou a combinação de idéias em sentido interpretativo.
De acordo com SALOMON (1994, p. 47), algumas características básicas distinguem os argumentos dedutivos dos indutivos:
Dedutivos- Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão deve ser
verdadeira.- Toda a informação do conteúdo factual da conclusão já estava,
pelo menos implicitamente, nas premissas.
Indutivos- Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmenteverdadeira, mas não necessariamente verdadeira.
- A conclusão encerra informações que não estava implicitamentenas premissas.
Ambos os tipos de argumentação têm nalidades especícas.Enquanto o dedutivo tem a nalidade de explicitar o conteúdo das
premissas, o indutivo tem a finalidade de ampliar o alcance dosconhecimentos (BARROS & LEHFELD, 2007).
O processo de dedução leva o pesquisador do conhecido aodesconhecido com reduzida margem de erro mas, no entanto, é de alcancelimitado, uma vez que a conclusão não pode ter conteúdos que excedam odas premissas. Podemos apontar duas regras gerais para determinarmos avalidade das conclusões do processo dedutivo:
A partir da verdade do antecedente pode-se deduzir a verdade do1) conseqüente. Exemplo: Todas as ores são vegetais. A rosa é umaor. Logo, a rosa é um vegetal.A partir da falsidade do antecedente pode seguir-se a falsidade2)ou veracidade do conseqüente. Exemplo 1: Todas as ores têmespinhos. Ora, a margarida é uma or. Logo, a margarida temespinhos. Uma premissa falsa levou a um consequente tambémfalso. Exemplo 2: Todos os animais têm espinhos. A rosa é um
animal. Logo, a rosa tem espinhos. A partir de antecedentes falsos,chegou-se a um conseqüente verdadeiro.
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Metodologia Cientíca Pesquisa – Unidade 5
A dedução tem, como ponto de partida, o plano do inteligível, daverdade geral já estabelecida. A dedução não é geradora de conhecimentosnovos, mas organiza e especica o conhecimento que já se tem. Marconie Lakatos (2002) destacam as diferenças entre o argumento dedutivo e o
indutivo:
Exemplo 1 • (Dedutivo)Todo mamífero tem um coração.Ora, todos os cães são mamíferos.Logo, todos os cães têm um coração.
Exemplo 2 • (Indutivo)Todos os cães que foram observados tinham um coraçãoLogo, todos os cães têm um coração.
Com relação aos exemplos acima, Marconi e Lakatos (op. cit. p. 63)argumentam:
No exemplo dedutivo, para que a conclusão “todos os cães tem
um coração” fosse falsa, uma das ou as duas premissas teriam deser falsas: ou nem todos os cães são mamíferos ou nem todos os
mamíferos têm um coração. Por outro lado, no argumento indutivo
é possível que a premissa seja verdadeira e a conclusão seja falsa: o
fato de não ter, até o presente, encontrado um cão sem coração, não
é garantia de que todos os cães tenham um coração.
Assim, enquanto o método dedutivo oferece conclusões verdadeirasàs premissas verdadeiras, o método indutivo conduz a conclusões prováveis apenas.
5.4 ReexãoUma nova teoria, por mais particular que seja sua área de aplicação,
nunca ou quase nunca se limita a ser um mero incremento daquilo que
já é conhecido. a assimilação da nova teoria requer a reconstrução dateoria que a precede e a reavaliação de fatos anteriores. Tal processorevolucionário raramente é levado a cabo por um único homem e nuncade um dia para o outro. Historiadores muitas vezes estabelecem uma
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Metodologia Cientíca Pesquisa – Unidade 5
data e uma pessoa para atribuir determinada quebra de um paradigma cientíco vigente, deixando de lado o processo prolongado que culminouno evento, visto como isolado.
No entanto, nem só de “novidades” vive a ciência. Alguns
cientistas adquiriram enorme reputação, não por causa do ineditismo desuas descobertas, mas sim pela precisão, alcance e segurança dos métodosque desenvolveram em vistas à redeterminação de fatos e hipótesesanteriormente conhecidos (KHUN, 1994).
5.5 Reerêcs
BARROS, A. J. S.; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos da
Metodologia Cientíca. São Paulo: Prentice Hall, 2007.
BASTOS, C.; KELLER, V. Introducão à metodologia cientíca.Petrópolis: Vozes, 2002.
DEMO, P. Metodologia do Conhecimento Cientíco. São Paulo:
Editora Atlas, 2000.GALLIANO, A. G. (Org.). O método cientíco: teoria e prática. São
Paulo: Harper & Row, 1979.
KUHN, T. S. A estrutura das revoluções cientícas. São Paulo:Perspectiva, 1994.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. 5º ed.São Paulo: Atlas, 2002.
SALOMON, D. V. Como fazer uma monograa. São Paulo: MartinsFontes, 1994.
Paradigmas são as realizações científicasuniversalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem
problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de umaciência (KUHN 1994, p. 13). Em outras palavras, paradigmas são realizaçõescientícas com métodos e características que são concebidos como modelos.Um paradigma é, portanto, uma referência inicial que serve de base ou modelo
para estudos e pesquisas.
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Metodologia Cientíca Pesquisa – Unidade 5
5.6 n Próxm UddeOs trabalhos científicos que os alunos de graduação são
requisitados a fazer ao longo de seus cursos têm o objetivo de auxiliá-losa aprender mais e melhor e a tornarem-se prossionais que possuem a
desejada capacidade de usar a pesquisa como instrumento de contínuarenovação e aperfeiçoamento de suas competências. Na unidade a seguir serão apresentados alguns tópicos que auxiliarão o aluno universitário amelhor compreender a estrutura básica dos trabalhos cientícos.
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U n i U
a U e
ElaBoRaÇÃo DEtRaBalHoS
Um trabalho acadêmico é um documentoescrito que representa o resultado de um estudo
solicitado em âmbito educacional, como umadisciplina, curso ou programa. O trabalho deve expressar
conhecimento sobre o assunto escolhido.
objevs d su predzem
Conhecer os principais tiposde trabalhos acadêmicos ecientícos, bem como suas características.
Vcê se embr?
Nas escolas o trabalho acadêmico é utilizado com frequênciacomo um elemento que compõe a nota nas de um curso ou disciplina.Você se lembra de alguns dos tipos de trabalho solicitados?
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Metodologia Cientíca Elaboração de Trabalhos – Unidade 6
6.1 trbhs acdêmcs
Serão listados abaixo os tipos/modalidades de trabalhos acadêmicose suas principais características1.
Documento Caracterização
Artigo
Texto com autoria declarada que apresenta e discuteidéias, métodos, técnicas, processos e resultadosnas diversas áreas do conhecimento, destinado àdivulgação, através de periódicos.
Artigo
Científco
Trata de determinado assunto resultante de pesquisacientíca, destinado à divulgação através de uma
publicação cientíca, sujeita à sua aceitação por julgamento (referee).
Crítica Documento no qual é apreciado o mérito de uma obraliterária, artística, cientíca, etc.
Dissertação
Documento que representa o resultado de umtrabalho experimental ou exposição de um estudocientíco recapitulativo, de tema e bem delimitado emsua extensão, com o objetivo de reunir e interpretar
informações. Deve evidenciar o conhecimento daliteratura existente sobre o assunto e a capacidadede sistematização do candidato. É feito sob aorientação de um pesquisador, visando à obtençãodo título de Mestre.
1 Disponível em: http://www.eca.efei.br/soc01/Metodologia%20cient%EDca.doc
Acesso em: 25/07/2009
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Metodologia Cientíca Elaboração de Trabalhos – Unidade 6
Ensaio
Documento relatando estudo sobre determinadoassunto, porém menos aprofundado e/ou menor que um tratado formal e acabado, expondoidéias e opiniões sem base em pesquisa empírica.
Livros e folhetos
Livros e folhetos são publicações avulsas, formadas por um conjunto seqüenciado de folhas impressase revestidas por capas. O folheto distingue-se dolivro pelo número de páginas, deve ter, no mínimo 5e, no máximo 48 páginas.
Monografa
Documento que descreve um estudo minuciososobre tema relativamente restrito. Freqüentementesolicitado como “trabalho de formatura” ou“trabalho de conclusão” em cursos de graduaçãoou de pós-graduação “lato-sensu”.
Paper
Pequeno artigo cientíco, texto elaborado sobredeterminado tema ou resultados de um projeto
de pesquisa para comunicações em congressose reuniões cientícas, sujeitos à sua aceitação por julgamento (referee).
Projeto de
Pesquisa
Documento que descreve os planos, fases e procedimentos de um processo de investigaçãocientíca a ser realizado.
Publicações
Publicações periódicas são editadas em intervalos prexados, por tempo indeterminado, coma colaboração de diversos autores, sob aresponsabilidade de um editor e/ou comissãoeditorial. Inclui assuntos diversos, segundo um planodenido.
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Metodologia Cientíca Elaboração de Trabalhos – Unidade 6
Relatório Técnico
-Científco
Documento que relata formalmente os resultados ou progressos obtidos em investigação de pesquisa edesenvolvimento, ou que descreve a situação de uma
questão técnica ou cientíca.
ResenhaÉ uma comunicação de pequeno porte relatando oresultado da avaliação sobre uma nova publicação(livro ou revista).
Sinopse Apresentação concisa de um artigo, obra oudocumento.
6.2 Trabalhos Cientícos
Quando nos referimos ao termo trabalho cientíco estamos nosreferindo a diversos tipos de textos que são desenvolvidos de acordocom algumas normas especícas. O objetivo de tais trabalhos é o deaprimorar conhecimentos e técnicas de trabalho, possibilitando aos alunosde cursos superiores a aplicação das habilidades adquiridas tanto emcontexto acadêmico quanto prossional. Os principais tipos de trabalhosacadêmicos são:
http://IMaGes03.olx.pt/uI/2/38/09/17982909_1.jpG
- Resumo- Resenha- Relatório de pesquisa- Artigo cientíco- Monograa
Serão apresentadas a seguir
algumas características de cada umdos tipos de trabalhos científicoslistados acima.
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6.2.1 Resum
Apesar de ser um tipo de trabalho bastante comum no meioacadêmico, muitos alunos têm muita diculdade de resumir um livro
ou artigo por não conseguir identicar o que é principal e o que ésecundário.
Antes de mais nada, é importante compreender o que é um resumo:um texto curto que contém as principais idéias do texto-base. Nessesentido, o resumo é uma representação seletiva e concisa de um texto, sejaele um livro, artigo, ou qualquer outro tipo de documento. Os principaistipos de resumos acadêmicos são:
- Resumo informativo: contém as informações relevantesapresentadas no texto original e é pautado por um conjunto de palavras-chave.
- Resumo indicativo: refere-se às partes mais relevantes do texto- base e requer a leitura do mesmo.
- Resumo crítico: este tipo de resumo requer o desenvolvimento deum julgamento sobre o texto original e é também chamado de resenha, aqual será descrita mais detalhadamente a seguir.
6.2.2 Reseh
É uma síntese ou comentário feito por revistas especializadas sobrelivros publicados. as resenhas têm papel preponderante na vida cientícados estudantes e também dos especialistas, pois é por meio delas que
temos conhecimento prévio do conteúdo e valor de um livro, seja elerecém publicado ou não. Com base nas informações fornecidas pelasresenhas é que decidimos ler ou adquirir determinado livro ou não. Asresenhas permitem uma triagem na bibliograa prevista para a elaboraçãode um trabalho cientíco.
De acordo com SEVERINO (1999, p. 107), uma resenha pode ser puramente informativa, nos casos em que apenas expõe o conteúdo dotexto; é crítica, quando se manifesta a respeito do valor e alcance do texto
analisado; é crítico-informativa quando expõe o conteúdo e também tececomentários sobre o texto em questão.
Um resenha é estruturada em várias partes: (1) o cabeçalho, noqual são transcritos os dados bibliográcos da publicação resenhada; (2)
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uma breve informação sobre o autor do texto, que pode ser dispensadacaso se trate de autor muito conhecido; (3) uma exposição sintética do
conteúdo, que deve ser objetiva, ou seja, conter basicamente apenas os pontos principais e mais signicativos do texto analisado, acompanhando
os capítulos ou cada uma das partes, passando ao leitor uma visão precisado conteúdo da obra, destacando o assunto, os objetivos, a idéia central,ou seja, os principais passos do raciocínio do autor; e, nalmente, (4) umcomentário crítico, que consiste na avaliação que o resenhista faz da obraque leu e sintetizou, apontando tanto seus aspectos positivos (contribuição
para a área, qualidade, originalidade, etc.) quanto negativos (falhas,incoerências, limitações, etc.).
6.2.3 Relatório de pesquisa
Consiste em um documento solicitado pelo professor ou orientador como ferramenta para acompanhamento do andamento de uma pesquisa.Tal documento consiste em um texto conciso e objetivo que informaao professor/orientador os procedimentos, resultados e conclusões
relacionados às atividades práticas da pesquisa e deve conter informaçõessobre estágio da investigação, o levantamento bibliográco, diculdadesencontradas, novos caminhos a seguir, etc.
Por se tratar de um importante elo de comunicação entre alunoe professor, ou entre orientando e orientador, este instrumento deinterlocução atua como um registro das etapas da pesquisa, que pode ser acessado posteriormente.
6.2.4 Artigo Cientíco
Um artigo é um trabalho técnico-cientíco e consiste em umasíntese dos resultados de investigações ou de estudos realizados arespeito de determinada questão. É um meio sucinto de divulgar adúvida investigada, o referencial teórico utilizado (ou seja, as teorias que
serviram como base para orientar a pesquisa), a metodologia empregada,os resultados ou conclusões alcançados e as principais diculdadesencontradas durante o processo de investigação ou na análise de umaquestão.
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Os artigos compõem a seção principal de periódicos especializadose devem seguir suas normas editoriais. Os artigos podem ser de doistipos: originais, quando apresentam assuntos ou abordagens inéditas, ede revisão, quando abordam, resumem ou analisam informações que já
foram publicadas.
6.2.5 Monograa
http://www.alexanDrevIrGInIo.slG.br/IMaGens/tese/tese_lIvro.jpG
D e a c o r d o c o mSEVERINO (1999), o termo
monografia designa umtipo especíco de trabalhocientífico. É consideradouma monograa o trabalhoq u e a b o r d a u m ú n i c oassunto, único problema.Esse termo é utilizado,muitas vezes incorretamente,
para designar diferentestipos de trabalhos escolares, mesmo que resultantes de investigaçãocientíca. Assim um trabalho pode ser chamado de monograa na medidaem que cumprirem o requisito da especicação, ou seja, o tratamentoestruturado de um tema único, o qual é devidamente especicado edelimitado. Dois exemplos de monograas utilizados no âmbito da pós-graduação são a dissertação de mestrado e a tese de doutorado.
6.3 tem e temác
É importante deixar clara a diferença entre tema e temática. Por tema podemos entender o problema circunscrito, ou seja, aquilo quecompõe o foco e o objetivo da pesquisa. O tema deve, antes de tudo,ser “viável” – não adianta escolher um tema aparentemente atraente
cuja viabilidade seja questionável. Principalmente para o pesquisador iniciante, o bom tema é aquele considerado interessante e/ou relevante,mas que seja principalmente plausível. A temática, por sua vez, abrangeuma área maior e inclui o tema. Para usarmos uma metáfora, se o tema é
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a casa, a temática é o bairro. Assim, é imprescindível encontrar uma casaque possa ser bem analisada, à qual tenhamos acesso, possamos localizar dados a seu respeito e, principalmente, tenhamos um interesse legítimo dea compreendermos melhor.
A delimitacão do tema é um momento fundamental para o projetode pesquisa por se tratar da caracterizacão daquilo que vai ser pesquisadoou estudado. Assim, o tema da pesquisa deve ser problematizado antes dese partir para a pesquisa propriamente dita, ou seja, é preciso ter uma idéiaclara do problema a ser resolvido.
A escolha de um tema de pesquisa que leve a um problema de pesquisa parece menos fácil do se deseja imaginar. Por essa razão é
necessário observamos algumas regras importantes. Em primeiro lugar, otema de uma pesquisa deve sempre responder ao interesse do pesquisador,assim como responder se é possível o desenvolvimento e a realização dotema proposto.
Os temas, de modo geral, segundo Barros e Lehfeld (2007), sãodenidos em razão:
• Da observação do cotidiano.• Da vida prossional.• De programas de pesquisa.• De contato e relacionamento com especialistas.• Do feedback de pesquisas já realizadas.• Do estudo de literatura especializada.
Outra questão que deve ser colocada ao se escolher um tema é a suadelimitação, isto é, denir o tempo, o local, o espaço e o tamanho do objeto
do que se pretende pesquisar. Um bom tema de pesquisa deve despertar interesse tanto pela importância do assunto quanto pela possibilidade derealização e aprofundamento do mesmo.
É de suma importância que o tema esteja vinculado a uma área deconhecimento com a qual o aluno/pesquisador já tenha alguma intimidadeintelectual, sobre a qual já tenha alguma leitura especíca e que, de algumaforma, esteja vinculada à carreira prossional que esteja planejando paraum futuro próximo.
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6.4 Hpóese
Com o objetivo de direcionar o esforço e aclarar o tema formulamoshipóteses, as quais nos mostram onde queremos chegar, o que queremos
mostrar, testar ou descobrir. Uma hipótese aponta uma suspeita, um“palpite” acerca de um dado fenômeno, o qual, ao longo do percurso,
pode ser conrmado ou refutado. As hipóteses têm relação direta com as perguntas formuladas e denem o tema com mais precisão, permitindodecisões mais conscientes sobre o que pesquisar, o que ler, que dadoscoletar, etc. Hipóteses mal formuladas ou inexistentes podem levar o
pesquisador a se perder no trabalho, utilizando seu tempo e esforço de
forma improdutiva.A hipótese tem o poder de indicar e iluminar o caminho a ser seguido. Demo (2000, p. 162) apresenta três tipos de hipótese: (i) um‘chute’ preliminar, seguindo um faro, uma intuição, que poderá ser
posteriormente comprovado ou rejeitado; (ii) pode orientar o trabalhoem uma direção que consideramos promissora, permitindo selecionar
bibliograa, denição da metodologia a ser empregada, busca de dados;(iii) aponta para algum problema que gostaríamos de solucionar ou
compreender melhor, ou seja, uma pergunta que merece uma resposta ouum objetivo ainda não explorado.
Mas como podemos chegar a hipóteses que sejam interessantese plausíveis? Um requisito primordial é algum conhecimento préviosobre o assunto, obtido através de leituras, discussões ou participaçãoem eventos acadêmicos, que permita o acesso a conceitos e polêmicasque nos auxiliarão na formulação de perguntas e suas possíveis respostas
(hipóteses).
É impraticável e sobretudo arriscado sair chutando hipóteses de
trabalho sem alguma noção do espaço teórico, porque podemos estar
deixando-nos levar por aquilo que conseguimos ver no momento,
não por aquilo que a discussão já coloca, superou, acentua. Ajuda
também o olhar crítico e indagativo sobre a realidade, pois quem
anda de olhos abertos certamente vê mais e melhor. Um acoisa é
passar pela vida sem a perceber, outra é car sempre perguntando por ela, seja quando estamos estudando, seja quando estamos
andando pela rua. Por m, ajuda também a imaginação que, à falta
de relevos os inventa, por vezes demais, por vezes o suciente para
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vermos melhor. a imaginação funciona tanto melhor, quanto maior
for o interesse e mesmo a paixão pelo tema (DEMO 2000, p. 162).
6.5 Problema de Pesquisa
http://www.IntersectcoMMunIty.coM/bloG/wp-content/uploaDs/2007/07/questIon%20Mark.jpG
Um problema pode ser definidocomo uma questão, um fato signicativo,um objeto de discussão que não tem (ainda)resposta ou explicação, a qual será fornecidaatravés da pesquisa. Um problema pode ser
considerado de natureza cientíca quandosuas variáveis podem ser testadas mais deuma vez pelo mesmo pesquisador ou por outros.
É comum o aluno ou pesquisador encontrar diversos problemas aparentementeviáveis e interessantes, mas ele deve ser criterioso na escolha, pois de um problema
bem escolhido resultará uma ou mais perguntas de pesquisa pertinentes para o desenvolvimento da pesquisa. Da mesma forma, problemas maldenidos podem gerar objetivos imprecisos, que resultarão em resultadosinconsistentes. Assim, a delimitação do problema deve ser vista como
parte crucial do projeto.Um problema é, assim, uma diculdade detectada ou mesmo
uma curiosidade que pode ter surgido tanto por razões objetivas
quanto subjetivas. Alguns “problemas”, no entanto, não permitem umainvestigação cientíca. Armações como “Estudar em uma escola grandeé melhor que em uma escola pequena” ou “Para as crianças tornarem-se adultos mais felizes a metodologia de ensino X é melhor que a Y”têm pouco ou nenhum signicado para um pesquisador, uma vez queenvolvem julgamentos de valor e torna-se praticamente impossível testá-las empiricamente.
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6.6 Fundamentação Teórica
http://www.textually.orG/textually/archIves/IMaGes/set3/books3.jpG
P a r a d e s e n v o l v e r afundamentação teórica de um
trabalho científico não bastasimplesmente listar autores paradizer o que foi dito por cada um,como uma colcha de retalhos.É imprescindível construir uma
base teórica significativa que justique e dê embasamento ao
trabalho. Mazzotti (2002) apontaos principais tipos de revisão bibliográca que devem ser evitados emtrabalhos cientícos, sejam eles para ns acadêmicos ou prossionais:
Summa: Tipo de revisão em que o autor apresenta um resumo detoda a produção cientíca sobre o tema;Arqueológico: Tipo de revisão muito exaustiva, semelhante àanterior, distinguindo-se desta pela ênfase na visão diacrônica ( e.
g., se o assunto estiver relacionado com a educação física, o autor considera importante recorrer até à Grécia e assim por diante);Patchwork: Colagem de conceitos, pesquisas e armações dediversos autores, sem um o condutor capaz de guiar o leitor.Ausência de sistematização;Suspense: Não se consegue perceber a ligação dos fatos ou idéiasapresentadas com o tema do estudo, ou seja, não se consegue
perceber a onde é que o autor quer chegar;Rococó: Utilização de “elementos decorativos” que tentamatribuir alguma elegância a dados irrelevantes;Caderno B: Texto que procura tratar os assuntos, até os maiscomplexos, de forma ligeira, sem aprofundamento;Coquetel teórico: De forma a atender à indisciplina dos dados,apela-se a todos os autores disponíveis;Apêndice inútil: Após apresentar a revisão da literatura, nenhuma
das pesquisas ou relações teóricas são utilizadas na interpretaçãodos dados ou em qualquer outra parte do estudo;Monástico: Estudos ou trabalhos morticantes destinados aosilêncio e ao isolamento, nunca tendo menos de 300 páginas.
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Dicas para
fazer pesquisas na
internet para trabalhos escolares e
acadêmicos:
1) Verique se o conteúdo tem o respaldo da
empresa, escola, universidade, fundação, especialista ou
cientista reconhecido pela comunidade da qual participa;
2) Conra a atualidade da informação. Para informações de
geograa, história, e estatística, por exemplo, a atualidade do
conteúdo pode fazer toda a diferença;
3) Veja se o site disponibiliza também dados estatísticos,
mapas, grácos ou simulações que complementam o texto
e são maior veracidade e profundidade à informação;
4) Deixe claro no trabalho quais foram as fontes depesquisa utilizadas: isso evita o plágio.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo, p. C8,
07/12/2009.
Cronista social: O autor arranja sempre uma forma de citar quemestá na moda, seja nacional ou estrangeiro;Colonizado x xenófobo: Colonizado – baseia-se exclusivamenteem autores estrangeiros, ignorando a produção cientíca nacional
sobre o tema. Xenófobo – não é utilizado qualquer tipo de literaturaestrangeira, mesmo quando a produção nacional é insuciente;Off the records: Utilização de expressões como “sabe-se”,“mui to s au to r es” , en t r eoutras, sem existir a
p o s s i b i l i d a d e d ec o n f i r m a r a
veracidade dosdados ou ideiasapresentadas;Ventríloquo:O a u t o r s ófala pela bocados outros (e.g. , “Segundo
B e l t r a n o ” , “Fulano afirma”).Sucessão monótonade af i rmações , semcomparações entre elas,análises críticas ou tomadas de posição.
Em um trabalho cientíco, alguns cuidados devem ser tomados narevisão da literatura:A relação entre as pesquisas citadas;Os verbos utilizados pelo autor nas citações;Justicação da presença dos textos citados;Explicitar em que momentos somos nós ou outros autores aconstruir o texto;Fazer as referências bibliográcas correctamente;
Não fazer juízos de valor dos autores e das suas ideias;Ser imparcial nas citações dos autores.
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6.7 Projeto de pesquisa
http://www.shropshIre.Gov.uk/res.nsf/a5D019a32fb1a7c7802573370032a1ab/$fIle/stuDent.jpG
Um projeto de pesquisa é um ‘plano de intenções’ sobre o que oaluno pretende desenvolver em seu TCC ou em qualquer outro trabalhocientíco. No Projeto de Pesquisa é feita a escolha do tema, a indicaçãode suas delimitações, no que tange ao espaço em que será desenvolvidaa pesquisa. O projeto de pesquisa é uma antecipação das ações, uma
previsão do que será realizado para o alcance dos objetivos, mas não éuma “camisa-de-força” que irá cercear ou limitar a realização do trabalhode pesquisa.
A formatação do Projeto de Pesquisa (fonte, espaçamentos,margens, etc.) segue as mesmas normas aplicadas ao trabalhosacadêmicos. Veja abaixo os principais tópicos que compõem um Projetode Pesquisa:
Dados de Identicação (contendo o Título do projeto e dados do•aluno/pesquisador).Justicativa.•Objetivos (com item em separado para o Geral e os Especícos).•Metodologia da Pesquisa.•Cronograma de Execução.•Referências (já consultadas ou a consultar).•
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Sugestões para a redação dos objetivos:
Iniciar com um verbo no innitivo (identicar, estudar, comparar,1.explorar, avaliar, etc...);
D e s c r e v e r c l a r a e s u c i n t a m e n t e a a ç ã o2.(Avaliar os efeitos de X sobre Y...);Descrever clara e sucintamente a condição (Avaliar os efeitos de X3.sobre Y utilizando os seguintes instrumentos...);Quando tratar-se de objetivo especíco, descrever o resultado4.almejado (Avaliar os efeitos de X sobre Y, utilizando instrumentosde precisão, visando a obtenção de padrões que podem ser
referências para situações similares).
Veja abaixo um modelo de projeto de pesquisa. É importanteressaltar que os dados requeridos ou mesmo alguns elementos deformatação podem variar de instituição para instituição, ou mesmo decurso para curso na mesma instituição.
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
- Título Provisório do Artigo (deve ser claro e conciso e conter indicações do problema ou tópico a ser tratado).
- Nome do Acadêmico:- Curso:- Ano:- Linha de Pesquisa- Tema para Linha de Pesquisa
2. JUSTIFICATIVADiscorrer sobre as razões pelas quais pretende desenvolver o
projeto, informar se há conhecimento sobre o assunto e esclarecer como oartigo pode contribuir para o avanço do tema escolhido.
3. PERGUNTA DE PESQUISA E OBJETIVO DE PESQUISAO aluno deverá formular uma pergunta de pesquisa, a qual diz o que
o investigador quer aprender. O objetivo é criar uma pergunta de pesquisaimportante e que pode ser desenvolvida em um plano factível e válidotanto para o aluno quanto para o orientador.
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Pergunta de pesquisa:a) é a questão que pretende discutir, naforma interrogativa.Objetivo da pesquisa: b) nada mais é que a pergunta de pesquisadescrita na forma armativa.
É importante ressaltar o cuidado na formulação desses doisimportantes itens para um artigo cientíco, pois o aluno deve reetir seconseguirá os dados necessários para responder a pergunta de pesquisa ealcançar seu objetivo.
Veja os exemplos abaixo:
Pergunta dePesquisa
È realmente necessário que as instituições de ensino particulares invistam na capacitação de seus docentes emnovas tecnologias educacionais?
Objetivo dapesquisa
Vericar a problemática da capacitação docente em escolas particulares frente aos desaos apresentados pela aceleradaevolução tecnológica na área educacional.
4. HIPÓTESE(S) (opcional)
Caso o seu projeto apresente hipótese(s), ela(s) deve(m) aparecer na sequência do texto. A(s) hipótese(s) anuncia(m) respostas possíveisà pergunta de pesquisa e serve(m) como eixo norteador dessa resolução.São os pressupostos iniciais do trabalho.
5. METODOLOGIAIndicar de forma resumida quais serão os procedimentos e as
técnicas utilizados (análise qualitativa, quantitativa, revisão bibliográca,utilização de questionários, etc.).
5. REFERÊNCIASRelacionar a literatura citada no projeto ou que será estudada
durante o seu desenvolvimento.
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6.8 Pá
http://www.lIb.Monash.eDu.au/assets/IMaGes/news/2006/06-copyrIGht-06.jpG
Plágio é o ato de assinar o u a p r e s e n t a r u m a o b r a
intelectual de qualquer natureza(texto, música, obra pictórica,fotograa, obra audiovisual, etc)contendo partes de uma obraque pertença a outra pessoa semcolocar os créditos para o autor original.
Copiar textos sem dar odevido crédito ao autor, além deantiético, é crime.
A Lei de Direito Autoralnº 9.610, de 19/02/1998, regulao Direito Autoral no país, e o Código Penal, no artigo 184, prevê pena dedetenção de três meses a um ano, ou pagamento de multa.
6.8.1 O que é Considerado Plágio
• Copiar trechos de livros ou artigos e inseri-los em seu trabalhosem identicação de origem.
• Identicar a origem (o autor), mas de forma incorreta ou limitada.Por exemplo, citar o autor, mas não identicar claramente até onde vai
a referência ao texto do autor citado, ou citar o nome do autor, mas semdata, página ou inclusão na lista de Referências (bibliograa).• Copiar para seu trabalho trechos muito longos de outra obra
(mesmo que cite o autor).
6.8.2 O que Não é Considerado Plágio
• Paródia: Na paródia, há uma intenção clara de homenagem, críticaou de sátira. Não existe a intenção de enganar o leitor ou o espectador quanto à identidade do autor da obra.
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• Paráfrase: Parafrasear consiste em transcrever, em outras palavras,as idéias centrais de um texto. O leitor deverá fazer uma leitura cuidadosae atenta e, a partir daí, rearmar e/ou esclarecer o tema central do textoapresentado, sem, entretanto, mudar a essência do texto original. Portanto,
a paráfrase repousa sobre o texto-base, condensando-o ou estendendo-o.De qualquer modo, é necessário sempre citar o autor do texto no qual a
paráfrase se baseia. Veja este exemplo:
Texto Original:
Portanto, a gestão organizacional deve ser concebida como um processo comprometido com a conquista de resultados diferenciados por
meio de ações simultâneas em toda a organização, baseada em um modelo plenamente adequado aos objetivos estratégicos denidos pela empresa.
Paráfrase:
De acordo com Assunção (2006), a gestão organizacional precisa ser entendida como um processo que visa resultados especícos. Para tanto, ela
propõe ações simultâneas em toda a organização que levem em consideraçãoos objetivos estratégicos previamente denidos.
• Citação Direta (com até três linhas): Você pode reproduzir trechoscurtos de um texto literalmente, mas identicando (entre aspas) que setrata de uma citação oriunda de outro autor. Veja este exemplo:
Assunção (2006) acredita que as novas posturas organizacionais vieram paracar e arma que “a visão geral da prática de gestão organizacional deve ser concebida como um processo comprometido com a conquista de resultadosdiferenciados por meio de ações simultâneas em toda a organização, baseada
em um modelo plenamente adequado aos objetivos estratégicos denidos”(p. 13).
• Citação Direta (com mais de três linhas): Você pode reproduzir trechos mais longos de um texto identicando o autor e utilizandoformatação especíca: espaço simples, fonte 11, recuo de 4 cm da margemesquerda. Veja este exemplo:
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Para resultados mais ecazes de gestão que leve em consideraçãoquestões ambientais, são propostas ações que alterem de forma signicativao modo como a organização educacional é gerenciada. Assunção (2006, p.17) arma que:
Os administradores estão em busca de orientação sobre novas formasde organizar e gerir as organizações. Reduzir o impacto de suasorganizações sobre o meio ambiente é necessário para vencer essedesao. Como estabelecer prioridades sistematicamente, e comocriar um plano de ação para implementar melhorias, ou um programade redução de risco ambiental, diretrizes abrangentes e práticas para a nova era de responsabilidade social e ética nos negócios sefaz premente. Observamos que os modelos nos quais baseiam-se osmétodos e ferramentas de gestão em relação ao meio ambiente sãoinadequados.
Passaremos agora para uma análise mais pormenorizada sobre osfatores externos que levam diversas organizações educacionais a tomar determinadas medidas administrativas.
6.9 Reexão Nesta unidade foram apresentados diversos tipos de trabalhos
acadêmicos e cientícos que estão presentes em qualquer contexto escolar.Para alguns deles, é necessária a formulação de uma ou mais hipóteses.Uma hipótese representa uma estratégia de ordenamento e direcionamento.A hipótese não decide a tese formulada, uma vez que o principal é aargumentação e o referencial teórico capazes de sustentar ou rejeitar ahipótese. No entanto, a hipótese nos fornece inspiração e orientação, além
de contribuir para a formulação de perguntas pertinentes.
6.10 ReerêcsDEMO, P. Metodologia do Conhecimento Cientíco. São Paulo:
Editora Atlas, 2000.
BARROS, A. J. S.; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos da
Metodologia Cientíca. São Paulo: Prentice Hall, 2007.
BASTOS, C.; KELLER, V. Introducão à metodologia cientíca.Petrópolis: Vozes, 2002.
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MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. 5º ed.São Paulo: Atlas, 2002.
MAZZOTTI, A. J. A. A revisão da bibliografia em teses e
dissertações: meus tipos inesquecíveis - o retorno. Florianópolis/SãoPaulo: UFSC/Cortez, 2002.
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Cientíco. São Paulo:Cortez, 1999.
6.11 n Próxm Udde
Na Unidade 7 serão apresentados os critérios para elaboração detrabalhos cientícos, explicando em detalhes os elementos pré-textuais, oselementos textuais e os elementos pós-textuais.
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U n i U
a U e
EStRUtURaDoS tRaBalHoS
aCaDÊMiCoS
Nesta unidade serão apresentadas instruçõesimportantes para a organização e formatação
de diversos tipos de trabalhos acadêmicos, comomonografias (geralmente requeridas no Trabalho de
Conclusão de Curso - TCC), dissertações, artigos e outrostipos de trabalhos acadêmicos.
objevs d su predzem
Ensina-lo a organizar e formatar diversos tipos de trabalhosacadêmicos.
Vcê se embr?
Na sua vivência escolar, os trabalhos que elaborou tinham umaformatação denida pelo professor (“x” folhas, em papel “y”, escrito emcaneta de cor “z”). Compare a formatação exigida nos trabalhos do seuEnsino Médio com aquelas que você vai ver nesta unidade.
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Metodologia Cientíca Estrutura dos Trabalhos Acadêmicos – Unidade 7
Os trabalhos acadêmicos seguem, em sua construção, as normasda Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), compostas deelementos obrigatórios e elementos opcionais, conforme determinaçãonormativa.
Para ns de organização e padronização, os trabalhos cientícossão separados em três fases sequenciais:
- elementos pré-textuais;- elementos textuais;- elementos pós-textuais.
7.1 Elementos Pré-TextuaisElementos que antecedem o texto com informações que ajudam
na identicação e utilização do trabalho. Os elementos pré-textuais sãoconstituídos dos seguintes tópicos:
Capa (obrigatório);Lombada (opcional);
Folha de rosto (obrigatório);Errata (opcional);Folha de aprovação (obrigatório);Dedicatória(s) (opcional);Agradecimento(s) (opcional);Epígrafe (opcional);Resumo na língua portuguesa (obrigatório);
Resumo em língua estrangeira (opcional);Lista de ilustrações (opcional);Lista de tabelas (opcional);Lista de abreviaturas e siglas (opcional);Lista de símbolos (opcional);Sumário (obrigatório).
7.1.1 Cp
Elemento obrigatório. Trata-se da proteção externa do trabalhoe sobre a qual se imprimem as informações indispensáveis à suaidenticação. A primeira folha constante no trabalho é chamada de falsa
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capa e deve repetir integralmente a capa. As informações deverão ser transcritas na seguinte ordem:
• Nome do(s) autor(es)• Quando houver mais de um autor, deve-se obedecer a ordem
alfabética de prenome;• Título;• Subtítulo (se houver);• Local (cidade da Instituição);• Ano (da entrega).• A capa para as monograas e projetos experimentais devem ser em
brochura, capa dura, obedecendo-se a cor conforme o curso.
7.1.2 fh de rs
Elemento obrigatório, pois contém os elementos essenciais àidenticação do trabalho. Deve conter as seguintes informações:
• Nome da Instituição;• Nome do autor (em ordem direta: Nome e Sobrenome);• Título; subtítulo (se houver);
• Natureza do trabalho (monografia, projeto experimental) eobjetivo grau pretendido, aprovação em disciplina, nome do curso, nomeda instituição;
• Nome e titulação do orientador e se houver do co-orientador;• Local (cidade da instituição);• Ano (de entrega).
7.1.3 Err
Elemento opcional. Trata-se de lista das folhas e linhas em queocorrem erros, seguidas das devidas correções. Apresenta-se quase sempreem papel avulso ou encartado, acrescido ao trabalho depois de impresso.
Recomenda-se imprimir a errata em papel adesivo e colá-la noverso da capa, evitando-se assim, perda das informações. Utiliza-se a
errata apenas para corrigir erros, nunca para acréscimo de informações.
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7.1.4 Folha de aprovação
Elemento obrigatório. É a folha que contém os elementos essenciaisà aprovação do trabalho. Deve conter as seguintes informações:
• Nome do autor;• Título;• Subtítulo (se houver);• Natureza e objetivo;• Instituição a que é submetido;• Área de concentração;• Nome, titulação e instituição a quem pertencem os membros da
banca examinadora;• Data e local (cidade) de aprovação.Quando houver apenas um orientador, seu nome deverá vir em
primeiro lugar como Presidente.
7.1.5 Dedcór, rdecme, epre
A Dedicatória é elemento opcional. Nesta folha o autor prestahomenagem ou dedica seu trabalho. A dedicatória é mais íntima que osagradecimentos. Normalmente dedica-se menos e agradece-se mais. Nãose deve incluir a palavra dedicatória.
Os Agradecimentos também é elemento opcional. Nesta folha oautor faz
agradecimentos dirigidos àqueles que contribuíram de maneira
relevante à elaboração do trabalho. Não há regras para os Agradecimentos,apenas sugere-se que se registrem agradecimentos àqueles ligadosdiretamente à elaboração do trabalho (orientador, instituição, funcionáriosda instituição, outros professores). A palavra Agradecimento deve vir centralizada no início da folha, seguindo-se o estilo dos indicadores deseção sem indicativo numérico.
A Epígrafe da mesma forma que a dedicatória e o Agradecimentotambém é elemento opcional. É a folha onde o autor apresenta uma
citação, seguida de indicação de autoria, relacionada com a matériatratada no corpo do trabalho. Deve-se fazer citação no sistema autor-datae incluir os dados na lista de referências.
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7.1.6 Resum
Elemento obrigatório. É elaborado na língua materna portuguesa.É composto de uma apresentação concisa dos pontos relevantes de um
texto, fornecendo uma visão rápida e clara do conteúdo e das conclusõesdo trabalho. Não deverá ultrapassar 500 palavras, seguido logo abaixo das
palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave.Deve-se apresentar de três a cinco palavras-chave que deverão estar separadas entre si por ponto e nalizadas também por ponto. O resumo éapresentado em um único parágrafo, com espaçamento entre linhas de 1,5(um e meio).
7.1.7 Lista de ilustração, lista de tabelas, lista de abreviaturas esmbs.
Lista de ilustração: elemento opcional. Deve ser elaborado deacordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome especíco, acompanhado do respectivo número da página.
Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração(desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas,organogramas, plantas, quadros, retratos e outros).
A lista de ilustrações deve ser feita se o desenvolvimento dotrabalho apresentar mais de 05 (cinco) do mesmo tipo, desconsiderando-se apêndices e anexos.
Lista de Tabelas: elemento opcional. Deve ser elaborado de
acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome especíco, acompanhado do respectivo número da página. Talcomo a lista de ilustrações deve ser feita apenas se existirem mais de 05(cinco) no desenvolvimento
do trabalho, desconsiderando-se apêndices e anexos.Lista de Abreviaturas e Siglas: elemento opcional. Deve ser elaborado
em ordem alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por extenso. Recomenda-se
a elaboração de lista própria para cada tipo e que seja elaborada quandohouver mais de 05 (cinco) siglas ou abreviaturas.
Lista de Símbolos: elemento opcional. Deve ser elaborado deacordo com a ordem apresentada no texto, com o devido signicado.
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7.1.8 Sumár
Elemento obrigatório. Trata-se da enumeração das principaisdivisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e graa
em que a matéria nele se sucede. Suas partes são acompanhadas dosrespectivos números das páginas. Os elementos pré-textuais não devemconstar no sumário, conforme NBR 6027 (2003). Deverá constar a partir do capítulo 1 Introdução, que é o primeiro elemento textual. Todos ositens após o sumário são numerados (excetuando-se os elementos pós-textuais), paginados (elementos textuais e pós-textuais) e devem constar no sumário.
7.2 Eemes texus
É a parte do trabalho em que é exposto o conteúdo propriamente dito.Os elementos textuais são apresentados por meio das seguintes fases:
Introdução;Desenvolvimento;Conclusão.
7.2.1 Introdução
Parte inicial do texto, onde deve constar a delimitação do assuntotratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho. Por se tratar de elemento textual, a numeração
progressiva deve começar pela Introdução.
7.2.2 Desevvme
Parte principal do texto, o qual contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variamem função da abordagem do tema e do método. É o trabalho propriamente
dito. É no desenvolvimento que constam as citações, que são menções deuma informação extraída de outra fonte.
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7.2.3 Conclusão
Elemento obrigatório, é a parte final do texto, na qual seapresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses. Faz-
se na conclusão um apanhado geral do trabalho, informando os itens maisrelevantes vericados na elaboração do mesmo. Por se tratar de trabalhoscom um prazo relativamente pequeno para sua elaboração, nem sempre é
possível se chegar a uma conclusão, podendo-se, assim, substituí-la por Considerações Finais.
Por ser o último elemento textual, deverá ser numerado seguindo anumeração progressiva do trabalho.
7.2.4 CçõesAs citações devem ser indicadas no texto por um sistema de
chamada: numérico ou autor-data. Qualquer que seja o método adotado,deve ser seguido consistentemente ao longo de todo o trabalho, permitindosua correlação na lista de referências ou em notas de rodapé.
7.2.4.1 Sistema numérico
Neste sistema, a indicação da fonte é feita por uma numeraçãoúnica e consecutiva, em algarismo arábico, remetendo à lista de referênciasao nal do trabalho, do capítulo ou parte, na mesma ordem em queaparecem no texto. Não se inicia a numeração das citações a cada página.
O sistema numérico não deve ser utilizado quando há notas de rodapé. Aindicação da numeração pode ser feita entre parênteses, alinhada ao texto,ou situada pouco acima da linha do texto em expoente à linha do mesmo,após pontuação que fecha a citação.
Exemplos:Como disse Clarice Lispector, ‘apesar de’, temos que continuar
vivendo. (15)Como disse Clarice Lispector, ‘apesar de’, temos que continuar
vivendo.15
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7.2.4.2 Sistema autor-data
Neste sistema, a indicação da fonte é feita pelo sobrenome decada autor ou pelo nome da entidade responsável até o primeiro sinal
de pontuação, seguido(s) da data da publicação do documento e da(s) página(s) da citação, no caso de citação direta, separados por vírgula eentre parênteses.
Exemplos: No texto: A chamada pandectística havia sido a forma particular pela qual o direito romano fora integrado no século XIX naAlemanha em particular. (LOPES, 2000, p. 225).
Na lista de referências: LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direitona história. São Paulo: Max Limonad, 2000. No texto: Merriam e Caffarella (1991) observam que a localizaçãode recursos tem um papel crucial no processo de aprendizagemautodirigida.
Na lista de referências: MERRIAM, S.; CAFFARELLA, R.Learning in adulthood: a comprehensive guide. San Francisco:Jossey-Bass, 1991.
Quando o(s) nome(s) do(s) autor(es), instituição(ões) responsável(eis)estiver(em) incluído(s) na sentença, indica-se a data, entre parênteses,acrescida da(s) página(s), se a citação for direta.
Exemplos:Em Teatro Aberto (1963) relata-se a emergência do teatro doabsurdo.
Em Morais (1955, p. 32) assinala [...] a presença de concreções de bauxita no Rio Cricon.As informações de data e de página (para o caso de citação literal)
devem sempre vir acompanhadas do nome do autor quando ele aparecer no texto, quando não aparecer, no nal da sentença. Quando o documentocitado não tiver autoria, coloca-se a primeira palavra do título, reticências(...), vírgula, o ano e a página (para o caso de citação literal).
7.2.5 Notas de rodapé
Deve-se utilizar o sistema autor-data para as citações no texto e asnotas de rodapé para as notas explicativas. As notas de rodapé podem ser
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conforme os itens abaixo e devem ser alinhadas, a partir da segunda linhada mesma nota, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de formaa destacar o expoente e sem espaço entre elas e com fonte menor (10).Todas as notas deverão ser numeradas
seqüencialmente e aparecer no pé-de-página da respectiva folha emque consta a nota. As informações nunca deverão passar para as próximasfolhas.
Exemplos: ___________________
1 Veja-se como exemplo desse tipo de abordagem o estudo de Netzer (1976).
2 Encontramos esse tipo de perspectiva na 2.ª parte do verbete referido na nota
anterior, em grande parte do estudo de Rahner (1962).
7.3 Elementos Pós-Textuais
Os elementos pós-textuais são constituídos das seguintes fases:Referências (obrigatório);Glossário (opcional);
Apêndice(s) (opcional);Anexo(s) (opcional);Índice(s) (opcional).
Por se tratar de elemento complexo e repleto de detalhes, o itemReferências será tratado em seção especica a seguir.
7.3.1 gssárElemento opcional, consiste na relação de palavras ou expressões
técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto,acompanhadas das respectivas denições.
7.3.2 apêdce
Elemento opcional, consiste em texto ou documento elaborado peloautor, a m de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidadenuclear do trabalho. Os apêndices são identicados por letras maiúsculas
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consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmenteutilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identicação dos apêndices,quando esgotadas as letras do alfabeto. As páginas são numeradassequencialmente.
O apêndice deve obrigatoriamente ser mencionado no texto(desenvolvimento), porém sem indicar o número da página em que o apêndicese encontra. A ordem dos apêndices é denida pela ordem em que
estão mencionados no texto.
7.3.3 aex
Elemento opcional, é um texto ou documento não elaborado peloautor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. Os anexos sãoidenticados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivostítulos. Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas dobradas, naidenticação dos apêndices, quando esgotadas as letras do alfabeto. As páginassão numeradas
seqüencialmente.O anexo deve obrigatoriamente ser mencionado no texto
(desenvolvimento), porém sem indicar o número da página em que o anexo seencontra. A ordem dos anexos é denida pela ordem em que estão mencionadosno texto. Todo documento inserido em anexo deve ter a fonte incluída na listade referências.
7.3.4 ídce
Elemento opcional, trata-se de uma lista de palavras ou frases, ordenadasegundo determinado critério, que localiza e remete para as informaçõescontidas no texto. O índice deverá ser elaborado conforme a NBR 6034.
7.4 Formatação
Um trabalho acadêmico é um texto que serve para comunicar resultados
de pesquisas, e deve seguir as orientações normativas dos trabalhos acadêmicos,observando-se em especial a NBR 6023/2002 da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) que trata da apresentação de artigo em publicação periódica cientíca impressa.
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ELEMENTO ESPECIFICAÇÃO
Papel Branco, A4 (21cm x 29,7 cm)
Fonte Arial ou Times New Roman, cor preta
Parágrafo
O deslocamento da primeira linha de cada parágrafo éde 1,5 da margem esquerda. Não separar os parágrafoscom espaço e evitar deixar uma única linha isolada noinício ou no nal de uma página. O texto deve estar com margem justicada
Número de páginas mínimo 10 e no máximo 15 páginas (incluindo asreferências bibliográcas).
Tamanho da fonte para o texto 12
Espaçamento dasentrelinhas para otexto
1,5
Espaçamento dasentrelinhas paranotas de rodapé,referências,legendas dasilustrações e dastabelas, chacatalográca,natureza dotrabalho, objetivo,nome da instituiçãoa que é submetidae área deconcentração
Espaço simples
Citações de maisde três linhas
Espaço simples, fonte 11, recuo de 4cm da margemesquerda
Espaçamento entretítulos e texto Separados por dois espaços 1,5
Espaçamentoentre títulos dassubseções e texto
Separados por dois espaços 1,5
Citações com mais
de três linhas
Deslocamento de 4 cm da margem esquerda, fonte 11 e
espaço entre linhas simples.
MargensSuperior e esquerda: 3 cm
Inferior e direita: 2 cm
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Número de página
Em arábico, no canto superior direito. Conta-se a partir da folha de rosto de forma sequencial, porém,indica-se a numeração a partir da Introdução. Casoexista apêndice e anexo a numeração segue de maneiracontínua.
Numeração progressiva para asseções
Seção primária 1Seção secundária 1.1
Seção terciária 1.1.1
Seção quaternária 1.1.1.1
Destaques dasseções
Seção primária Letras maiúsculas, em negrito,fonte 16.
Seção secundáriaLetras maiúsculas, sem negrito,fonte 14, alinhado à esquerda.
Seção terciáriaPrimeira letra em maiúscula,demais minúsculas, fonte 14,alinhado à esquerda.
Seção quaternáriaPrimeira letra em maiúscula,demais minúsculas, fonte 14, emitálico, alinhado à esquerda.
7.5 Reexão
Na elaboração de um trabalho acadêmicos cada fase constitui processos de formulação que compõem a construção das monograase outros trabalhos cientícos. Os elementos pré-textuais e pós-textuaisserão solicitados conforme o tipo de trabalho apresentado. Consideram-se
obrigatórios todos os itens imprescindíveis para a elaboração do trabalhoe opcionais os que cam a critério do autor e/ou do orientador.
7.6 n Próxm Udde
Em trabalhos acadêmicos uma das diculdades mais recorrentesencontradas pelos alunos consiste na elaboração de referências. Assim,
a Unidade 8 trará, com detalhes, importantes subsídios para a elaboraçãocorreta de referências.
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U n i U
a U e
ElaBoRaÇÃo DEREfERÊnCiaS
Elemento obrigatório, as Referênciasconsistem em um conjunto padronizado deelementos descritivos retirados de um documento,
que permite sua identicação individual. Os termosReferências Bibliográcas e Bibliograa têm sido pouco
utilizados, devendo-se apenas utilizar o termo Referências.
objevs d su predzem
Como na maioria dos trabalhos acadêmicos é necessáriocitar as referências, esta unidade irá fornecer o suporte necessário
para que você possa incluir as referências com segurança.
Vcê se embr?
Você já leu trabalhos acadêmicos, reportagens, etc. que continhamuma seção de referências no nal?
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
No nosso mundo contemporâneo, paralelamente ao ato de produzir conhecimento, torna-se cada vez mais necessário que as pessoas envolvidascom pesquisa se preocupem com o levantamento e identicação de todas asfontes de informação que darão sustentação à sua produção.
Além de tratar-se de um registro das fontes pesquisadas, a bibliografia também atende ou desperta o desejo de aprofundar osconhecimentos naqueles que tiverem acesso a ela.
De acordo com a ISO, normalização é um processo de formulação eaplicação de regras visando ao ordenamento de uma atividade especíca, àcooperação e à racionalização de suas condições funcionais.
De acordo com a NBR 6023/2002, da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT), referência é o conjunto padronizado deelementos descritivos, retirados de um documento, que permite suaidenticação individual.
8.1 Cers
Categoria Material
Monograas Livros, tese, dissertações
Periódicos Revistas, jornais
Documentos jurídicos Acórdãos, decisões e sentenças dascortes ou tibunais, leis, decretos,
portarias, jurisprudência, doutrina.
Documentos eletrônicos obtidos emmeio legível por computador.
Internet, CD-ROM, e-mail, imagens(lmes, DVD ou tas de vídeo).
Documento iconográco. Fotograa, desenho.Documento cartográco. mapa, globo, plantas.
Documento sonoro e musical. CD, ta cassete, disco, partituras.
Assim, caso o investigador queira referenciar uma parte de umlivro, deverá utilizar o exemplo posto na categoria “parte de monograa”.Deve-se observar, na parte de publicação periódica, a diferenciação
existente entre o seriado no todo (coleção inteira) e o seriado em parte (um fascículo, uma revista). Deve ser observado ainda o tipo desuporte documental, ressaltando a inserção na norma da referenciação dedocumentos por meio eletrônico.
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
8.1.1 Reerêcs – rers ers
Apenas são referidas as obrascitadas no corpo do texto;
As referências devem ser escritas por ordem alfabéticasegundo o sobrenome do
primeiro autor ou editor;As referências de um mesmoautor ordenam-se por ano de publicação, surgindo em primeirolugar a mais antiga;
Se o ano de publicação também é o mesmo, as obras são ordenadas por uma letra pequena do alfabeto, depois do ano de publicação.Inicia-se com a letra a.
8.2 Regras de Apresentação
O alinhamento das referências é apenas na margem esquerda.Segundo a NBR 6023:2002, as referências devem ter uma forma
consistente de pontuação e o uso de recursos tipográcos (negrito, grifo,itálico) deve ser uniforme.
A lista de referências pode ser ordenada numérica e/oualfabeticamente. Em casos excepcionais, pode ser cronológica ougeográca.
Quando a ordenação for alfabética, as referências podem ser individualizadas, usando-se números arábicos de forma sequencial e sem
sinais de pontuação após o número. Pode-se também usar um espaçamentomaior entre as referências.As referências podem aparecer:- em notas de rodapé;- no m de textos;- no m de capítulos; e- encabeçando resumos ou recensões.
As referências são constituídas de elementos essenciais, podendo
ser acrescidas de elementos complementares. A apresentação doselementos segue uma seqüência padronizada.
Os elementos essenciais são aqueles indispensáveis à identicaçãodo documento. Em geral são: autor, título, edição, local, editora e data.
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
Como esses elementos são estritamente vinculados ao tipo de suporte emque a informação está registrada, pode haver variação em sua forma deidenticação.
Os elementos complementares podem ser acrescentados visando
a melhor caracterizar, localizar ou obter o documento. É bom salientar que tais elementos podem se tornar essenciais, dependendo do tipo desuporte físico da publicação. Podem ser elementos complementares:subtítulo, indicação de tradutor, paginação, ilustrações, séries, notasexplicativas, etc. Indica-se o subtítulo quando o título da obra for genéricoou ambíguo.
Exemplo de referência com indicação de elementos essenciais:LÉVY, Pierre. Cibercultura. 2. ed. São Paulo: Ed. 34, 2000.Exemplo de referência com indicação de elementoscomplementares:
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu daCosta. 2. ed. São Paulo: Ed. 34, 2000. 260 p. (Coleção Trans).ISBN 85-7326-126-9.
Como já informado anteriormente, devem-se incluir nasreferências, apenas as das obras que são citadas no texto.
Exemplos:Um autor : ALMEIDA, A. F. Português básico: gramática, redaçãoe textos. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1992.Dois autores : MARTINS, D. S.; ZILBERKNOP, L. S. Português
instrumental : de acordo com as atuais normas da ABNT. 24.ed.
Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2003.Três autores : RIESMAN, D.; GLAZER, N.; DENNEY, R. A
Multidão solitária: um estudo da mudança do caráter americano.São Paulo: Perspectiva, 1971.Mais de três autores: ADAMS, R. N. et al. Mudança social na
América Latina. Rio de Janeiro: Zahar, 1967.Artigo de periódico: TOURINHO NETO, F. C. Dano ambiental .Consulex, Revista Jurídica, Brasília, DF, v. 1, n. 1, p. 18-23, fev.
1997.Jornal: NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de S.Paulo, São Paulo, 28 jun. 1999. Folha Turismo, Caderno 8, p. 13.
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
Artigo da Internet: CASTRO, Daniel. Análise: redes saemvitoriosas com padrão japonês de TV digital. Folha de São Paulo,São Paulo, 08 mar. 2006, Folha Dinheiro. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u105780.shtml>.
Acesso em: 10 mar. 2006.
Outras informações relevantes sobre as referências:• As referências devem aparecer em ordem alfabética de sobrenome
dos autores;• Os prenomes dos autores podem ser digitados por extenso ou
abreviadamente;
• Deve-se obedecer ao que aparece na obra original;• Em caso de livros, o título da obra deve ser destacado, paraisto utiliza-se negrito ou sublinhado. O subtítulo da obra não deve ser destacado;
• Quando a obra tiver volumes, deverá seguir como aparece folha derosto da mesma, em algarismo romano ou arábico (v. 3 ou v. III);
• O termo correto a ser usado é Referências (não Bibliograa, nemReferências Bibliográcas);
• O espaçamento entre linhas é simples e as referências devem ser separadas por dois espaços simples; o alinhamento é o esquerdo e nuncao justicado;
• Quando na mesma folha houver mais de uma indicação domesmo autor, o nome dele não deverá ser repetido. Coloca-se no lugar de seu nome, seis toques Da tecla sublinhar , Deverá ser seguida a ordemalfabética dos títulos.
Exemplo:CHAUÍ, M. de S. Convite à losoa. 13.ed. São Paulo: Ática,2004.
______. A Nervura do real : imanência e liberdade em Espinosa. SãoPaulo: Companhia das Letras, 1999.
• Não sendo possível determinar o local, utiliza-se a expressão sine
loco abreviada, entre colchetes [s.l.];• Não sendo possível identicar a editora, utiliza-se a expressão sine
nomine abreviada, entre colchetes [s.n.];• Não sendo possível identicar o ano da publicação, indica-se o ano
provável (p.e. 1999?), a década provável (p.e.199?) ou o século provável(p.e. 19??);
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
• Autor não tem sigla. Se a autoria for de uma entidade coletiva, eladeverá ser indicada por extenso. P.ex. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕESUNIDAS e não ONU.
Para referências de obras em meio eletrônico, deve-se obedecer
aos padrões indicados para o tipo de suporte impresso, acrescidas dasinformações relativas à descrição física do meio eletrônico (disquetes,CD, DVD). Quando se tratar de obras on-line, deve-se indicar o endereçoeletrônico e a data de acesso. A hora de acesso não é necessária.
8.3 Referências por tipo de publicação
Serão apresentadas a seguir os elementos essenciais ecomplementares separados por tipo de publicação, de acordo com a NBR 6023:2002, disponibilizados por Alves e Arruda (2009).
8.3.1 Monograa no todo (livros, dissertações, teses etc...)
Dados essenciais:
Autor;Título e subtítulo;Edição (número);Imprensa (local: editora e data).Dados complementares:Descrição física (número de páginas ou volumes), ilustração, dimensão;Série ou coleção;
Notas especiais;ISBN.
8.3.2 Partes de monograas (trabalho apresentado emcongressos, capítulo de livro, etc...)
Dados essenciais:Autor da parte referenciada;
Título e subtítulo da parte referenciada, seguidos da expressão “In:” ;Referência da publicação no todo (com os dados essenciais);Localização da parte referenciada (páginas inicial e nal).Dados complementares:
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Descrição física;Série;
Notas especiais;ISBN.
8.3.3 Publicações Periódicas (revistas, boletins, etc...) coleção.
Dados essenciais:Título do periódico, revista, boletim;
Local de publicação, editora, data de inicio da coleção e datade encerramento da publicação, se houver.
Dados complementares:Periodicidade; Notas especiais (mudanças de título ou incorporações de
outros títulos, indicação de índices);ISSN.
8.3.4 fsccus, supemes, úmers especs cm uprópr.
Dados essenciais:Título da publicação;Título do fascículo, suplemento, número especial;Local de publicação, editora;Indicação do volume, número, mes e ano e total de páginas.Dados complementares:
Nota indicativa do tipo do fascículo, quando houver (p. ex.: ed.especial); Notas especiais.
8.3.5 Partes de publicações periódicas (Artigos)
Dados essenciais:
Autor do artigo;Título do artigo, subtítulo (se houver);Título do periódico, revista ou boletim;
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Título do fascículo, suplemento, número especial (quandohouver);
Local de publicação;Indicação do volume, número, mês e ano e páginas inicial e nal;
Período e ano de publicação.Dados complementares:
Nota indicativa do tipo de fascículo quando houver (p. ex.: ed.especial);
Notas especiais.
8.3.6 ars em jrsDados essenciais:Autor do artigo;Título do artigo, subtítulo (se houver);Título do jornal;Local de publicação;Data com dia. mês e ano;
Nome do caderno ou suplemento, quando houver;Página ou páginas do artigo referenciado.
Nota: Quando não houver seção, caderno ou parte, a
paginação do artigo precede a data.
8.4 Ordenação das referênciasComo já informado anteriormente, as referências podem ter uma
ordenação alfabética, cronológica e sistemática (por assunto). Entretantoneste manual, sugerimos a adoção da ordenação alfabética ascendente.
8.4.1 aur reped
Quando se referencía várias obras do mesmo autor, substitui-se onome do autor das referências subsequêntes por um traço equivalente aseis espaços.
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8.4.2 Localização
As referências bibliográcas podem vir:Em listas após o texto, antecedendo os anexos;
No rodapé; No m do capítulo;Antecedendo resumos, resenhas e recensões.
8.5 Aspectos Grácos
8.5.1 Espçme
As referências devem ser digitadas, usando espaço simples entreas linhas e espaço duplo para separá-las.
8.5.2 Mrem
As referências são alinhadas somente à margem esquerda.
8.5.3 Pontuação
Usa-se ponto após o nome do autor/autores, após o título, edição eno nal da referência;
Os dois pontos são usados antes do subtítulo, antes da editora edepois do termo In:A vírgula é usada após o sobrenome dos autores, após a editora,entre o volume e o número, páginas da revista e após o título darevista;O Ponto e vírgula seguido de espaço é usado para separar osautores;O hífen é utilizado entre páginas (ex: 10-15) e, entre datas de
fascículos seqüenciais (ex: 1998-1999);A barra transversal é usada entre números e datas de fascículosnão seqüenciais (ex: 7/9, 1979/1981);
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Colchetes são usados para indicar os elementos de referência, quenão aparecem na obra referenciada, porém são conhecidos (ex:[1991]);O parêntese é usado para indicar série, grau (nas monograas de
conclusão de curso e especialização, teses e dissertações) e para otítulo que caracteriza a função e/ou responsabiblidade, de formaabreviada. (Coord., Org., Comp.).Ex: BOSI, Alfredo (Org.)As Reticências são usadas para indicar supressão de títulos.Ex: Anais...
8.5.4 Múscus
Usa-se maiúsculas ou caixa alta para:Sobrenome do autor;Primeira palavra do título quando esta inicia a referência ( ex.: OMARUJO);Entidades coletivas (na entrada direta);
Nomes geográcos (quando anteceder um orgão governamentalda administração: Ex: BRASIL. Ministério da Educação);Títulos de eventos (congressos, seminários etc.).
8.5.5 gr, ác, er
Usa-se grifo, itálico ou negrito para:Título das obras que não iniciam a referência;Título dos periódicos;
Nomes cientícos, conforme norma própria.
8.6 aur
8.6.1 aur PessDeverá ser indicado o sobrenome, em caixa alta, seguido
do prenome, abreviado ou não desde que haja padronização neste procedimento, ou seja, se o autor optar por utilizar os prenomes
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abreviados, por exemplo, esse procedimento deverá ser seguido em toda alista de referências.
Um Autor
SCHÜTZ, Edgar. Reengenharia mental : reeducação dehábitos e programação de metas. Florianópolis: Insular, 1997.Dois Autores
Os nomes deverão ser separados entre si por ponto e vírgulaseguidos de espaço.
SÓDERSTEN, Bo; GEOFREY, Reed. International
economics. 3. ed. London: MacMillan, 1994. 714 p.
Três Autores NORTON, Peter; AITKEN, Peter; WILTON, Richard. Peter Norton: a bíblia do programador. Tradução: Geraldo Costa Filho.Rio de Janeiro: Campos, 1994. 640 p.Mais de três Autores
BRITO, Edson Vianna, et al. Imposto de renda das pessoasfísicas: livro prático de consulta diária. 6. ed. atual. São Paulo:Frase Editora, 1996. 288 p.
Nota: Quando houver mais de três autores, indicar
apenas o primeiro, acrescentando-se a expressão et al. Em casos
especicos tais como projetos de pesquisa cientíca nos quais a
menção dos nomes for indispensável para certicar autoria, é
facultado indicar todos os nomes. Autor Desconhecido
Nota: Em caso de autoria desconhecida a entrada é feita
pelo título. O termo anônimo não deve ser usado em substituiçãoao nome do autor desconhecido.
PROCURA-SE um amigo. In: SILVA, Lenilson Naveirae. Gerência da vida: reexões losócas. 3. ed. Rio de Janeiro:Record, 1990. 247. p. 212-213.
Pseudônimo Nota: Quando o autor da obra adotar pseudônimo na
obra a ser referenciada, este deve ser considerado para entrada.
Quando o verdadeiro nome for conhecido, deve-se indicá-lo entre
colchetes após o pseudônimo. ATHAYDE, Tristão de [Alceu Amoroso Lima]. Debates
pedagógicos. Rio de Janeiro: Schmidt, 1931.
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Várias obras de um mesmo autor Em listas bibliográficas, quando o autor for comum a
dois ou mais documentos referenciados sucessivamente e namesma página, o nome do autor pode ser substituído por um
traço equivalente a seis toques da tecla correspondente ao sinal para sublinhar. No caso de várias edições de uma mesma obrareferenciada, o título pode também ser substituído por um traçoequivalente a seis toques da mesma tecla, separando-os por ponto.
LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1998. ______. Cibercultura. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1998.
______. ______. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2000.Esse princípio não se aplica quando na indicação de autoriahouver a participação de outros autores.
LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1998. ______. Cibercultura. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1998.
LÉVY, Pierre; AUTHIER, Michel. As árvores doconhecimento. São Paulo: Escuta, 1995.
8.6.2 orzdres, cmpdres, edres, dpdres ec.
Quando a responsabilidade intelectual de uma obra for atribuídaa um organizador, editor, coordenador etc., a entrada da obra é feita pelosobrenome, seguido das abreviaturas correspondentes entre parênteses.Quando houver mais de um organizador ou compilador, deve-se adotar as
mesmas regras para autoria.Exemplo:BOSI, Alfredo (Org.). O conto brasileiro contemporâneo. 3. ed.São Paulo: Cultrix, 1978. 293 p.
8.6.3 Autor Entidade Coletiva (Associações, Empresas,Instituições).
Obras de cunho administrativo ou legal de entidades independentes,entrar diretamente pelo nome da entidade, em caixa alta, por extenso,considerando a subordinação hierárquica, quando houver.
Exemplos:
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto Astronômico eGeográco. Anuário astronômico. São Paulo, 1988. 279 p.ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM. Centro deEstudos em Enfermagem. Informações pesquisas e pesquisadores
em Enfernagem. São Paulo, 1916. 124 p.INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL(Brasil). Classicação Nacional e patentes. 3. ed. Rio de Janeiro,1979. v. 9.
Nota:Quando a entidade, vinculada a um órgão maior,tem uma denominação espeíca que a identica, a entrada éfeita diretamente pelo seu nome. Nomes homônimos, usar a área
geográca, local.BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Bibliograa do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Divisão de Publicações, 1971.BIBLIOTECA NACIONAL (Lisboa). Bibliografia Vicentina.Lisboa: [s.n.], 1942.
8.6.4 Órgãos governamentais
Quando se tratar de orgãos governamentais da administração(Ministérios, Secretarias e outros) entrar pelo nome geográco em caixaalta (país, estado ou município), considerando a subordinação hierárquica,quando houver.
Exemplo:BRASIL. Ministério do Trabalho. Secretaria de Formação eDesenvolvimento Prossional. Educação prossional: um projeto
para o desenvolvimento sustentado. Brasília: SEFOR, 1995. 24 p.
8.6.5 trdur, precdr, usrdr, ec.
Quando necessário, acrescenta-se informações referentes àoutros tipos de responsabilidade logo após o título, conforme aparece nodocumento.
Exemplo:SZPERKOWICZ, Jerzy. Nicolás Copérnico: 1473-1973. Traduçãode Victor M. Ferreras Tascón, Carlos H. de León Aragón. Varsóvia:Editorial Cientíca Polaca, 1972. 82 p.
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8.7 Tipos Especícos de Publicações
8.7.1 Monograas consideradas no todo
AUTOR DA OBRA. Título da obra: subtítulo. Número da edição.Local de Publicação: Editor, ano de publicação. Número de páginas ouvolume. (Série). Notas.
8.7.2 lvrsDINA, Antonio. A fábrica automática e a organização do trabalho.
2. ed. Petrópolis: Vozes, 1987. 132 p.
8.7.3 Dcárs
AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da Língua Portuguesa.3. ed. Rio de Janeiro: Delta, 1980. 5 v.
8.7.4 as
MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Atlas celeste. 5. ed.Petrópolis: Vozes, 1984. 175 p.
8.7.5 BibliograasINSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃOEM CIÊNCIA
E TECNOLOGIA. Bibliograa Brasileira de Ciência da Informação:1984/1986. Brasília: IBICT, 1987
8.7.6 Biograas
SZPERKOWICZ, Jerzy. Nicolás Copérnico: 1473-1973. Traduçãode Victor M. Ferreras Tascón, Carlos H. de León Aragón. Varsóvia:Editorial Cientíca Polaca, 1972. 82 p.
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8.7.7 Enciclopédias
THE NEW Encyclopaedia Britannica: micropaedia. Chicago:Encyclopaedia Britannica, 1986. 30 v.
8.7.8 BbsBÍBLIA. Língua. Título da obra. Tradução ou versão. Local:Editora, Data de publicação. Total de páginas. Notas (se houver).BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução de Padre AntônioPereira de Figueredo. Rio de Janeiro: Encyclopaedia Britannica,
1980. Edição Ecumênica.
8.7.9 Normas Técnicas
ORGÃO NORMALIZADOR. Título: subtítulo, número da Norma. Local, ano. volume ou página (s).ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.Resumos: NB-88. Rio de Janeiro, 1987. 3 p.
8.7.10 Pees
NOME e endereço do depositante, do inventor e do titular. Títuloda invenção na língua original. Classicação internacional de
patentes. Sigla do país e n. do depósito. Data do depósito, data da
publicação do pedido de privilégio. Indicação da publicação ondefoi publicada a patente. Notas.ALFRED WERTLI AG. Bertrand Reymont. Dispositivo numausina de fundição de lingotes para o avanço do lingote fundido.Int CI3B22 D29/00.Den.PI 8002090. 2 abr. 1980, 25 nov. 1980.Revista da Propriedade Industrial, Rio de Janeiro, n. 527, p.17.
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8.7.11 Dsserções e teses
AUTOR. Título: subtítulo. Ano de apresentação. Número de folhasou volumes. Categoria (Grau e área de concentração) - Instituição,
local.RODRIGUES, M. V. Qualidade de vida no trabalho. 1989.180f.. Dissertação (Mestrado em Administração) - Faculdade deCiências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais,Belo Horizonte.
8.7.12 Cresss, Cerêcs, Smpóss, Wrkshps,
Jornadas e outros Eventos Cientícos
NOME DO CONGRESSO. número, ano, Cidade onde se realizouo Congresso. Título… Local de publicação: Editora, data de publicação.
Número de páginas ou volume. Nota:Quando se tratar de mais de um evento, realizados
simultaneamente, deve-se seguir as mesmas regras aplicadas a autores
pessoais.
8.7.13 Jrds
JORNADA INTERNA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 18,JORNADA INTERNA DE INICIAÇÃO ARTÍSTICA E CULTURAL, 8,
1996, Rio de Janeiro. Livro de Resumos do XVIII Jornada de IniciaçãoCientíca e VIII Jornada de Iniciação Artística e Cultural. Rio de Janeiro:UFRJ, 1996. 822 p.
8.7.14 Reuões
ANNUAL MEETING OF THE AMERICAN SOCIETY OF
INTERNATIONAL LAW, 65., 1967, Washington. Proceedings...Washington: ASIL, 1967. 227 p.
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8.7.15 Cerêcs
CONFERÊNCIA NACIONAL DA ORDEM DOS ADVOGADOSDO BRASIL, 11., 1986, Belém. Anais…[S.l.]: OAB, [1986?]. 924 p.
8.7.16 Wrkshp
WORKSHOP DE DISSERTAÇÕES EM ANDAMENTO, 1., 1995,São Paulo. Anais… São Paulo: ICRS, USP, 1995. 39 p.
8.7.17 Relatórios ociais
COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR.Departamento de Pesquisa Cientíca e Tecnológica. Relatório. Rio deJaneiro, 1972. Relatório. Mimeografado.
8.7.18 Relatórios técnico-cientícos
SOUZA, Ubiraci Espinelli Lemes de; MELHADO, Silvio Burratino.Subsídios para a avaliação do custo de mão-de-obra na construção civil.São Paulo: EPUSP, 1991. 38 p. (Série Texto Técnico, TT/PCC/01).
8.8 Reerêcs lesvs
8.8.1 CsuçõesPAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Constituição (data de
promulgação). Título. Local: Editor, Ano de publicação. Númerode páginas ou volumes. Notas.BRASIL. Constituição (1988). Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988.Organização do texto: Juarez de Oliveira. 4. ed. São Paulo:
Saraiva, 1990. 168 p. (Série Legislação Brasileira).
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8.8.2 les e Decres
PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Lei ou Decreto , número, data
(dia, mês e ano). Ementa. Dados da publicação que publicou a leiou decreto.BRASIL. Decreto n. 89.271, de 4 de janeiro de 1984. Dispõesobre documentos e procedimentos para despacho de aeronaveem serviço internacional.Lex: Coletânea de Legislação eJurisprudência, São Paulo, v. 48, p. 3-4, jan./mar.,1. trim. 1984.Legislação Federal e marginália.
BRASIL. Lei n. 9273, de 3 de maio de 1996. Torna obrigatórioa inclusâo de dispositivo de segurança que impeça a reutilizaçãodas seringas descartáveis. Lex: Coletânea de Legislação eJurisprudência, São Paulo, v. 60, p. 1260, maio/jun., 3. trim.1996.Legislação Federal e Marginália.
8.8.3 Preceres
AUTOR (Pessoa física ou Instituição responsável pelo documento).Ementa, tipo, número e data (dia, mês e ano) do parecer. Dados da
publicação que publicou o parecer.BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Do parecer no tocanteaos nanciamentos gerados por importações de mercadorias, cujoembarque tenha ocorrido antes da publicação do Decreto-lei n.1.994, de 29 de dezembro de 1982. Parecer normativo, n. 6, de
23 de março de 1984. Relator: Ernani Garcia dos Santos. Lex:Coletânea de Legislação e Jurisprudência, São Paulo, p. 521-522, jan./mar. 1. Trim., 1984. Legislação Federal e Marginália.
8.8.4 Prrs
BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Desliga a Empresa de
Correios e Telégrafos - ECT do sistema de arrecadação. Portaria n. 12,de 21 de março de 1996. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência,São Paulo, p. 742-743, mar./abr., 2. Trim. 1996. Legislação Federal eMarginália.,
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8.8.5 Resuções
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Aprova as instruções para escolha dos delegados-eleitores , efetivo e suplente à Assembléia
para eleição de membros do seu Conselho Federal. Resoluçã n. 1.148,de 2 de março de 1984. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência,São Paulo, p.425-426, jan./mar., 1. Trim. de 1984. Legislação Federal eMarginália.
8.8.6 Acórdãos, Decisões, Deliberações e Sentenças das Cortesu trbus
AUTOR (entidade coletiva responsável pelo documento). Nomeda Corte ou Tribunal. Ementa (quando houver). Tipo e númerodo recurso (apelação, embargo, habeas-corpus, mandado desegurança, etc.). Partes litigantes. Nome do relator precedido da
palavra “Relator”. Data, precedida da palavra (acórdão ou decisãoou sentença) Dados da publicação que o publicou. Voto vencedor e
vencido, quando houver.BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Ação Rescisória queataca apenas um dos fundamentos do julgado rescindendo,
permanecendo subsistentes ou outros aspectos não impugnados pelo autor. Ocorrência, ademais, de imprecisão na identicaçãoe localização do imóvel objeto da demanda. Coisa julgada.Inexistência. Ação de consignação em pagamento não decidiu
sobre domínio e não poderia fazê-lo, pois não é de sua índoleconferir a propriedade a alguém. Alegação de violação da lei ede coisa julgada repelida. Ação rescisória julgada improcedente.Acórdão em ação rescisória n. 75-RJ. Manoel da Silva Abreu eEstado do Rio de Janeiro. Relator: Ministro Barros Monteiro. DJ,20 nov. 1989. Lex: Coletânea de Legislação e Jurisprudência, SãoPaulo, v.2, n. 5, jan. 1990. p.7-14.
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8.9 Partes de Monograas
AUTOR da parte. Título da parte. Termo In: Autor da obra. Título daobra. Número da edição. Local de Publicação: Editor , Ano de publicação.
Número ou volume, páginas inicial-nal da parte e/ou isoladas.
8.9.1 Cpus de vrs
NOGUEIRA, D. P. Fadiga. In: FUNDACENTRO. Curso demédicos do trabalho. São Paulo, 1974. v.3, p. 807-813.
8.9.2 Verbetes de Enciclopédias
MIRANDA, Jorge. Regulamento. In: POLIS Enciclopédia Verboda Sociedade e do Estado: Antropologia, Direito, Economia, CiênciaPolítica. São Paulo: Verbo, 1987. v. 5, p. 266-278.
8.9.3 Verbees de Dcárs:
HALLISEY, Charles. Budismo. In: OUTHWAITE, William;BUTTOMORE, Tom. Dicionáriodo pensamento social do século XX.
Tradução de Eduardo Francisco Alves; Álvaro Cabral. Rio de Janeiro:Zahar, 1996. p. 47-49.
8.9.4 Pres sds
MORAIS, Fernando. Olga. São Paulo: Alfa-Omega, 1979. p. 90,91, 96, 175, 185.
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8.9.5 Bb em pre
Título da parte. Língua. In: Título. Tradução ou versão. Local:Editora, data de publicação. Total de páginas. Páginas inicial e nal da
parte. Notas (se houver).Jó. Português. In: Bíblia sagrada. Tradução de Padre Antônio Pereira
de Figueredo. Rio de Janeiro: Encyclopedia Britânnica, 1980. p. 389-412.Edição Ecumênica. Bíblia. A. T.
8.10 Trabalhos Apresentados em Eventos Cientícos
AUTOR. Título do trabalho. In: NOME DO CONGRESSO, número,ano, Cidade onde se realizou o Congresso. Título (Anais ou ProceedingsouResumos…). Local de publicação: Editora, data de publicação. Total de
páginas ou volumes. Páginas inicial e nal do trabalho.
8.10.1 Ecrs
RODRIGUES, M. V. Uma investigação na qualidade de vida notrabalho. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPAD, 13., Belo Horizonte,1989. Anais… Belo Horizonte: ANPAD, 1989. 500 p. p. 455-468.
8.10.2 Reuões aus
FRALEIGH, Arnold. The Algerian of independence. In: ANNUALMEETING OF THE AMERICAN SOCIETY OF INTERNATIONALLAW, 61, 1967, Washington. Proceedings… Washington: Society of International Law, 1967. 654 p. 6-12.
8.10.3 Cerêcs
ORTIZ, Alceu Loureiro. Formas alternativas de estruturação doPoder Judiciário. In: CONFERÊNCIA NACIONAL DA ORDEM DOSADVOGADOS DO BRASIL, 11., 1986, Belém. Anais… [S.l.]: OAB,[1986?]. 924 p. p. 207-208.
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8.10.4 Wrkshp
PRADO, Afonso Henrique Miranda de Almeida. Interpolaçãode imagens médicas. In: WORKSHOP DE DISSERTAÇÕES EM
ANDAMENTO, 1., 1995, São Paulo. Anais…São Paulo: IMCS, USP,1995. 348 p. p.2.
8.11 Pubcções Peródcs
8.11.1 Csderds d
8.11.1.1 CeçõesTITULO DO PERIÓDICO. Local de publicação (cidade): Editora,ano do primeiro e último volume. Periodicidade. ISSN (Quandohouver).TRANSINFORMAÇÃO. Campinas: PUCCAMP. 1989-1997.Quadrimestral. ISSN: 0103-3786
8.11.1.2 fsccus
TÍTULO DO PERIÓDICO. Local de publicação (cidade): Editora,volume, número, mês e ano.VEJA. São Paulo: Editora Abril, v. 31, n. 1, jan. 1998.
8.11.1.3 fsccus cm u própr
TÍTULO DO PERIÓDICO. Titulo do fascículo. Local de publicação (cidade): Editora, volume, número, mês e ano. NotasGAZETA MERCANTIL. Balanço anual 1997. São Paulo, n. 21,1997. Suplemento.EXAME. Melhores e maiores: as 500 maiores empresas do Brasil,São Paulo: Editora Abril. jul. 1997. Suplemento.
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
8.11.2 Pres de pubcções peródcs
8.11.2.1 ar de Revs
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título da Revista,(abreviado ou não) Local de Publicação, Número do Volume,
Número do Fascículo, Páginas inicial-nal, mês e ano.ESPOSITO, I. et al. Repercussões da fadiga psíquica no trabalho ena empresa. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo,v. 8, n. 32, p. 37-45, out./dez. 1979.
8.11.2.2 ar de jr
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do Jornal, Local dePublicação, dia, mês e ano. Número ou Título do Caderno, seçãoou suplemento e, páginas inicial e nal do artigo.
Nota: Os meses devem ser abreviados de acordo com
o idioma da publicação, conforme modelo anexo. Quando nãohouver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo precede adata.OLIVEIRA, W. P. de. Judô: Educação física e moral. O Estado deMinas, Belo Horizonte, 17 mar. 1981. Caderno de esporte, p. 7.SUA safra, seu dinheiro. Folha de São Paulo, São Paulo, 17 ago.
1995. 2. cad. p. 9.
8.12 Dcumes Eerôcs
http://www.arsGeek.coM/wp-content/uploaDs/2007/11/zonbu_notebook_front_2.jpG
8.12.1 Arquivo em Disquetes
AUTOR do arquivo. Título doarquivo. Extensão do arquivo.Local, data. Característicasfísicas, tipo de suporte. Notas.
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
KRAEMER, Ligia Leindorf Bartz. Apostila.doc. Curitiba, 13 demaio de 1995. 1 arquivo (605 bytes). Disquete 3 1/2. Word for windows 6.0.
8.12.2 BBS
TÍTULO do arquivo. Endereço BBS: , login: , Data de acesso.HEWLETT - Packard. Endereço BBS: hpcvbbs.cv.hp.com, login:new. Acesso em: 22 maio 1998.UNIVERSIDADE da Carolina do Norte. Endereço BBS: launch
pad. unc.edu. Login: lauch. Acesso em: 22 maio 1998.
8.12.3 Base de Dados em Cd-Rom: no todo
AUTOR. Título. Local: Editora, data. Tipo de suporte. Notas.INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA ETECNOLOGIA - IBICT. Bases de dados em Ciência e Tecnologia.
Brasília: IBICT, n. 1, 1996. CD-ROM.
8.12.4 Base de Dados em Cd-Rom: partes de documentos
AUTOR DA PARTE. Título da parte. In: AUTOR DO TODO.Título do todo. local: Editora, data. Tipo de suporte. Notas.PEIXOTO, Maria de Fátima Vieira. Função citação como fator de
recuperação de uma rede de assunto. In: IBICT. Base de dados emCiência e Tecnologia. Brasília: IBICT, n. 1, 1996. CD-ROM.
8.12.5 E-mail
AUTOR DA MENSAGEM. Assunto da mensagem. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por < e-mail do destinatário> datade recebimento, dia mês e ano.
Nota: As informações devem ser retiradas, sempre que
possível, do cabeçalho da mensagem recebida. Quando o e-mail
for cópia, poderá ser acrescentado os demais destinatários após o
primeiro, separados por ponto e vírgula.
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
MARINO, Anne Marie. TOEFL brieng number [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <[email protected]> em 12maio 2008.
8.12.6 ftP
AUTOR (se conhecido) . Título. Endereço ftp: , login: , caminho:,data de acesso.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. BibliotecaUniversitária. Current directory is/pub. <ftp:150.162.1.90>, login:
anonymous, password: guest, caminho: Pub. Acesso em: 19 maio1998.GATES, Garry. Shakespeare and his muse. <ftp://ftp.guten.net/
bard/muse.txt.> 1 Oct. 1996.
8.12.7 Monograas consideradas no todo (On-line)
AUTOR. Título. Local (cidade): editora, data. Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.ESTADO DE SÃO PAULO. Manual de redação e estilo. SãoPaulo, 1997. Disponível em: <http://www1.estado.com.br/redac/
manual.html>. Acesso em: 19 maio 2008.
8.12.8 Publicações Periódicas consideradas no todo (On-line)
TÍTULO DA PUBLICAÇÃO. LOCAL (cidade): Editora, volume,número, mês, ano. Disponível em: <endereço>. Acesso em: data.CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, Brasília, v. 26. n.3, 1997.
Disponível em : <http://www.ibict.br/cionline>. Acesso em: 05 jun. 2005.
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
8.12.9 Artigos de Periódicos (On-line)
AUTOR. Título do artigo. Título da publicação seriada, local,volume, número, mês ano. Paginação ou indicação de tamanho.
Disponível em: <Endereço.>. Acesso em: data.MALOFF, Joel. A internet e o valor da “internetização”. Ciênciada Informação, Brasília, v. 26, n. 3, 1997. Disponível em: <http://www.ibict.br/cionline/>. Acesso em: 18 jan. 2006.
8.12.10 Artigos de Jornais (On-line)
AUTOR. Título do artigo. Título do jornal, local, data de publicação, seção, caderno ou parte do jornal e a paginaçãocorrespondente. Disponível em: <Endereço>. Acesso em: data.TAVES, Rodrigo França. Ministério corta pagamento de 46,5 mil
professores. Globo, Rio de Janeiro, 19 maio 1998. Disponívelem:<http://www.oglobo.com.br/>. Acesso em: 19 maio 1998.
8.12.11 Hmepe
AUTOR. Título. Informações complementares (Coordenação,desenvolvida por, apresenta..., quando houver etc...). Disponívelem:. <Endereço>. Acesso em: data.
ETSnet. Toe on line: Test of english as a foreign language.Disponível em: <http://www.toe.org>. Acesso em: 15 jun. 2008.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA.Biblioteca Universitária. Serviço de Referência. Catálogos deUniversidades. Apresenta endereços de Universidades nacionais eestrangeiras. Disponível em: <http://www.bu.ufsc.br>. Acesso em:10 dez. 2004.
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Metodologia Cientíca O Ensino Superior – Unidade 1
8.13 Reexão
Esta unidade forneceu orientações sobre a apresentação dereferências, as quais têm o objetivo de descrever informações registradas
sob qualquer tipo de suporte (papel, lme, documentos eletrônicos, etc.),tendo como base a NBR 6023/2002, da Associação Brasileira de NormasTécnicas (ABNT), com sede no Rio de Janeiro. No Brasil é a autoridademáxima em assuntos de normalização. O equivalente internacional éa International Organization for Standardization (ISO), sediada emGenebra.
8.14 Reerêcs gers
ALVES, M. B. M.; ARRUDA, S. M. Como fazer referências.
Disponível em: http://www.leffa.pro.br/textos/abnt.htm, Acesso em: 12dez 2009.
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