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AGO/SET/OUT 2017 ANO I EDIÇÃO 03 Em Revista Fetrabens Frotanet: A plataforma desenhada para o autônomo Pág. 10 Câmara do Caminhoneiro: O fim do bloqueio através da conciliação Pág. 14 & Associados Encontro Fetrabens/2017

Fetrabens4 AOSEtOt 2017 y EdiO 03 y FEtRABEnS E REViStA Entrevista Veja essa e outras entrevistas completas na TV SInDICAM-SP. tvsindicamsp.com.br “ Hoje, o cami-nhoneiro dispõe

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AGO/SET/OUT 2017 • ANO I • EDIÇÃO 03

Em RevistaFetrabens

Frotanet:A plataforma desenhada para o autônomoPág. 10

Câmara do Caminhoneiro:O fim do bloqueio através da conciliaçãoPág. 14

& Associados

Encontro Fetrabens/2017

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fetrabens em revista � eDiÇÃO 03 � aGO/set/OUt 2017 3

O futuro em nossas mãos

A nova era do setor de transportes começou. Como pudemos con-ferir no Encontro Fetrabens/2017, a tecnologia transformou o dia a dia do caminhoneiro, possibilitando novas formas de comunicação,

conhecimento e até de pagamento e fiscalização. Uma mostra disso é o Frotanet, uma plataforma desenhada por nós, que

entendemos as necessidades de nossos associados. Com ela, não precisa-remos mais correr o risco de esperar horas por uma nova carga, que nem sabemos se chegará. Também poderemos avaliar nossos contratantes e o transporte, acabando com a chance de sermos enganados.

Hoje, com uma simples ligação telefônica, ou acesso ao site da Câma-ra do Caminhoneiro, o autônomo pode solucionar um bloqueio, mantendo seu trabalho e finança em dia.

Mas, também precisamos estar em dia com nossos deveres, como o RNTRC, pois com a recente implantação do Manifesto Eletrônico, se não estivermos atualizados corremos o risco de perder a carga.

Assim como as tecnologias, nós, como entidades sindicais, também temos que nos modernizar. Precisamos ser empre-endedores e enxergar formas e soluções para aumentar a integração de nossos associados na sociedade. Antes não conhecíamos o futuro, agora nós já sabemos.

Boa leitura!

A Fetrabens & Associados em Revista é uma publicação oficial da Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo (FETRABENS) e dos 21 sindicatos que a

compõem.

PresidenteNorival de Almeida Silva

Conselho EditorialNorival de Almeida Silva;

Claudio Ferreira;Maristela Rizzo;

e presidentes dos sindicatos associados à Fetrabens

Coordenação e DesenvolvimentoF2 Comunicação Integrada

Editor responsávelClaudio Ferreira

EditoraMaristela Rizzo

Repórter EspecialMônica S. Bevilacqua

RepórterRômulo Ferreira

Projeto gráfico e DiagramaçãoAlex S. Andrade

CapaAbertura da 9ª Festa do Caminhoneiro

Eduardo Petini Barbosa (Studio Play)

ImpressãoFormato Editorial

Tiragem10 mil exemplares

PARA AnunCIAR: E-mail - [email protected]

Fone - (11) 3603-3082

Nota: A Fetrabens não se responsabiliza pelos artigos que não sejam de sua autoria aqui publicados

Editorial

E x p E d i E n t E

norival de Almeida Silva, presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado

de São Paulo (FETRABEnS)

Desenhada pela Fetrabens a nova

plataforma carrega diferencias de captação de frete e avaliação do

transporte

Encontro Fetrabens/2017 apresenta a nova era

do setor para o Transportador Autônomo

de Carga

CApA 06

Frotanet 10

Com a introdução do Manifesto Eletrônico, caminhoneiros sem o RnTRC atualizado

podem ser barrados pelas empresas

Regulamentação 16

Fui Atendido 14

Câmara do Caminho-neiro oferece mais

agilidade na solução dos problemas do

TAC com gerenciadoras

18 - SINDICAM-ARARAS 19 - SINDICAM-ATA20 - SINDICAM-COLINA - SINDICAM-FER21 - SINDGRAN-GUARUJÁ22 - SINDITAC-GUARULHOS23 - SINDICAM-JUNDIAÍ24 - SINDICAM-MIRACATU25 - SINDITAC-OURINHOS - SINDICAM-PAC - SINDICAM-PEN26 - SINTACAPP27 - SCAVR-RP28 - SINDICAM-RP29 - SINDICAM-SANTOS - SINDICAM-SJRP30 - SINDITAC-SJC31 - SINDICAM-SP32 - SINDTANQUE33 - SINDICAM-SOROCABA34 - SINDITAC-TATUÍ

SindiCAtOSSumário

MDF-e3.0

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4 AGO/SET/OUT 2017 � EDIÇÃO 03 � fETrAbEnS Em rEvISTA

Entrevista

Veja essa e outras entrevistas completas na TV SInDICAM-SP.tvsindicamsp.com.br

“Hoje, o cami-

nhoneiro dispõe de

uma entidade com

um bom patrimônio

e boa representa-

tividade em qual-

quer instância de

nosso país”, norival

de Almeida Silva.

Um patrimônio de 30 anos direcionado aos caminhoneiros

norival de Almeida Silva, presidente do SInDICAM-SP, mostra os desafios e conquistas de um sindicato autônomo nos dias atuais

WebTV: Qual era o patrimônio do SInDI-CAM-SP há 30 anos?norival de Almeida Silva: Na verdade, con-távamos com um estatuto, uma sala alu-gada e a boa vontade das pessoas que fundaram o sindicato. Hoje, ele conta com esse canal de televisão, uma sede de qua-tro andares e o Recanto Angaturama, uma colônia de férias com 23 alqueires.

WebTV: Quantos caminhoneiros a sede recebe ?norival: A média é de 3 mil a 3.500/mês. Fora os que auxiliamos pelos outros meios de comunicação.

WebTV: A conquista da lei do Vale Pedágio é um marco da entidade?norival: Sim. Antes recebíamos o frete e o valor do pedágio junto e, com isso, éramos bitributa-dos. A CAT-133 separou isso e o caminhoneiro só passou a ser tributado em cima do frete. Isso foi antes de 1999. Já, em 2001 veio a Lei 10.209 que formalizou a lei do Vale Pedágio. Mas, até hoje não é cumprida em sua totalidade e por isso chamo a atenção da ANTT: fiscalize!

WebTV: Mas, os trabalhos não param por aí, correto?norival: No decorrer dos anos passei também a representar a Fetrabens para poder comple-

mentar o atendimento dentro do estado, que compreende cerca de 450 mil caminhoneiros autônomos, que não podem ser atendidos só por um sindicato, na capital. Por isso, estamos hoje com 27 escritórios atendendo os cami-nhoneiros em todo o Estado de São Paulo.

WebTV: Quais os serviços prestados aos caminhoneiros na sede do Sindicam-SP?norival: São inúmeros. Saem da área jurí-dica e passam pelo registro da RNTRC. Te-mos também a colônia de férias, um ônibus odontológico, além do programa socioam-biental Compensar, que conta com veícu-los totalmente equipados para a medição da “fumaça preta e ruído do motor”.

WebTV: Para todas essas conquistas não é necessário ter dinheiro?norival: Em outras gestões era comum ver o caminhoneiro pagando, além da men-salidade, uma e até três viagens. No meu mandato é minha a obrigação de gerar re-ceita para o pagamento das contas. Hoje, o caminhoneiro dispõe de uma entidade com um bom patrimônio e boa representativida-de em qualquer instância de nosso país.

WebTV: O que o mantém ainda é a contri-buição sindical?norival: Ao contrário do sindicato de CLT, de empregado, que recebe a contribuição des-contada da folha de pagamento do funcioná-rio, nossa Contribuição Sindical é anual e muito pequena. Não temos empréstimo de governo e nem ajuda de entidade pública ou privada. Nossa contribuição, paga em fevereiro, foi de R$ 106,00, ou seja, R$ 0,29 por dia. Sendo que a OAB-SP determina que uma única consulta jurídica, vale R$ 319,00 a hora.

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fetrabens em revista � eDiÇÃO 03 � aGO/set/OUt 2017 5

Acontece

Autônomos apresentam sugestão para o Marco RegulatórioA Confederação Na-

cional dos Transportado-res Autônomos (CNTA) promoveu debate sobre

Fetrabens lança campanha em favor da Frente Nacional contra a Liberação da Maconha e da Cocaína

Durante o Encontro Fe-trabens/2017 ocorrido nos

dias 14 e 15 na Colônia de Férias do SINDICAM

o Marco Regulatório do Transporte de Cargas, que recebeu propostas da ca-tegoria dos caminhoneiros

autônomos. O deputado Federal Toninho Wands-cherr (PROS-PR), presidente da Comissão Especial, se

comprometeu a avaliar as sugestões e dar assento à CNTA na estrutura orga-nizacional do SEST/SENAT.

-SP, a Fetrabens lançou campanha nacional en-

tre os caminhoneiros de apoio à Frente Nacional Contra a Liberação da Maconha e da Cocaína, de autoria do deputado Estadual Campos Ma-chado (PTB).

A campanha, que re-pudia duas ações que po-dem liberar as drogas, ga-nhou aderência de todas as entidades presentes.

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6 AGO/SET/OUT 2017 � EDIÇÃO 03 � fETrAbEnS Em rEvISTA

Fetrabens em notícia – Especial Encontro Fetrabens 2017

O futuro do TAC em pautaLíderes sindicais reúnem-se para conhecer os principais temas que estão

transformando o dia a dia do Transportador Autônomo de Carga

Entre os dias 14 e 15 de setembro, a Federação de Caminhoneiros Autôno-mos de Carga em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens) promoveu o IV Seminário Nacional de Sindicatos de Caminhonei-ros Autônomos – Encontro

Fetrabens/2017. Uma mé-dia de 150 participantes/dia estiveram no Recanto Angaturama, a colônia de férias do SINDICAM-SP, tendo como tema central a Formação, Parcerias e Crescimento.

Ao todo, estiveram pre-sentes mais de 40 entidades sindicais vindas de varias partes do Brasil, como Ama-zonas, Bahia, Brasília, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, entre outras.

Foram dois dias inten-sos de troca de informa-

ções, que mostraram a evolução do dia a dia do Transportador Autônomo de Carga (TAC) e do sindi-calismo no Brasil. “Agrade-ço a todos que enxergam que o transporte rodoviário precisa ter essa troca de conhecimento. Temos que dar as mãos, precisamos de toda a cadeia de trans-porte unida, para evoluir e trazer a sobrevivência do caminhoneiro autônomo”, salientou o presidente da Fetrabens, norival de Al-meida Silva.

Para atingir esse objeti-vo, Norival destacou a im-

portância do líder sindical se modernizar e passar a olhar a atividade como empreendedor. “Temos que ser o protagonista de nossa história, estabele-cer metas e prioridades, desenvolver pontos for-tes, administrar o tempo e otimizar nossas equipes. Hoje, temos a visão do futuro do setor e não po-demos mais ficar cegos para isso”, destacou.

A seguir separamos os principais fatos que farão parte da pauta dos sindi-catos que representam o transportador autônomo.

Norival de Almeida Silva, presidente da Fetrabens (ao centro), na abertura do Encontro Fetrabens 2017, que contou com João Paulo Urias, vereador de Porangaba pelo PTB; Gilmar Carvalho, presidente da Federação dos Transportadores Autônomos de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetramig); Rone Evaldo Barbosa, coor-denador Geral de Gestão da Informação do Ministério dos Transportes e conselheiro do Contran; Antônio Rogério Magri, líder sindical e ex-Ministro do Trabalho e Previdência Social; Laertes José de Freitas, do SINDICAM-PR, representando a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), e Cardoso Júnior, diretor de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Santa Isabel, representando a prefeita Fábia Porto

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fetrabens em revista � eDiÇÃO 03 � aGO/set/OUt 2017 7

Fetrabens em notícia – Especial Encontro Fetrabens 2017

Durante o encontro, personalidades do mun-do político tiveram a opor-tunidade de mostrar para os líderes sindicais o novo caminho do sindicalismo. Entre eles, o dirigente sindical e ex-ministro do Trabalho e Previdência Social, Antônio Rogério Magri, que abordou o te-ma Sindicalismo Moderno e Combativo. “Precisa-mos unir e organizar os

O novo sindicalismocaminhoneiros, moderni-zar o setor, gerando cre-dibilidade, de forma que o transportador possa seguir viajando sabendo que seu negócio está ga-rantido”, afirmou.

A união por maior re-presentatividade também foi tema do deputado federal pelo PTB, nelson Marquezelli. “Nada é feito sem política, mas a políti-ca boa. É necessário se

organizar para que o setor possa crescer. Evolução se faz através da política, que ajuda a enriquecer a cate-goria”, declarou.

Opinião compartilha-da por Campos Macha-do, deputado Estadual e Presidente do PTB/SP, que encerrou o quadro de pa-lestras esclarecendo que sindicalismo e política não existiriam um sem o outro e que foi por este motivo

que convidou o presidente da Fetrabens, Norival de Al-meida Silva, para presidir o PTB Sindical. “Ele tem cara, alma e cheiro de sindica-lista. Ele ama o sindicato e é exigente. Inclusive já es-teve em conversa com o governador onde solicitou uma série de ajustes para fazer justiça para os cami-nhoneiros”.

Ao final de sua apre-sentação, o deputado fa-lou sobre a Frente Nacio-nal Contra a Liberação da Maconha e da Cocaína e da campanha lançada pela Fetrabens entre os caminhoneiros. O anúncio comoveu as lideranças sindicais presentes, que se uniram também a favor da causa.

A reforma na Previdên-cia Social é um assunto polêmico, que tem ga-rantido diversos opositores a esta mudança, entre eles a Fetrabens. Por isso

Previdência Social em questãoa Federação levou para o seminário o Dr. Arismar Amorim Júnior, membro da Comissão de Direito Previdenciário da OAB-SP, professor de Pós-gradua-ção na área, sócio do es-critório Amorim Júnior Ad-vocacia. “Estamos lutando contra essa alteração, pois não é possível aceitarmos a retirada dos direitos con-quistados”, declarou o ad-vogado.

Apesar do que é di-vulgado, Amorim garante que a previdência não está quebrada e que a OAB já lançou proposta de auditoria nas contas

da Previdência. “De forma estranha, o governo não quer organizações civis na presença da auditoria”, revelou ele, falando que a luta é pela garantia da aposentadoria ao menos nos patamares dos dias atuais, que não chega a seis salários mínimos.

Enquanto isso, ele aconselha que se faça um planejamento previdenci-ário, se aproveitando do Refis para parcelar os anos devidos. Sobre o recolhi-mento ele, alertou sobre dois fatos: que é preciso fi-car atento aos limites, pois o máximo é de 20% do

salário mínimo e para os inscritos no MEI, que além de garantir apenas a apo-sentadoria por idade, ain-da está fora da Reforma Previdenciária.

A respeito da aposen-tadoria especial, Amorim explica que tiveram casos que conseguiram enqua-drar o caminhoneiro pe-la vibração, utilizando a NR15. “É uma perícia cara, que pode custar cerca de R$ 2 mil, mas é um inves-timento para o transporta-dor levar para o resto de sua vida. Mas, se ocorrer a reforma, essa possibilida-de acaba”.

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8 AGO/SET/OUT 2017 � EDIÇÃO 03 � fETrAbEnS Em rEvISTA

Fetrabens em notícia – Especial Encontro Fetrabens 2017

As rodovias do Estado de São Paulo estão trazendo tecnologias inovadoras ao caminhoneiro, como: wi-fi para acessar as condições de trânsito; cobrança eletrô-nica de pedágio, com des-conto de 5%; pesagem dos caminhões em movimento; mais áreas de descanso, além da tarifa flexível por uso da rodovia, horário ou tipo de usuário/veículo.

Soluções presentes na Nova Fase do Programa de Concessões Rodoviárias do Trecho Rodoanel Norte,

Tecnologia sob quatro rodasTransportes do Estado de São Paulo. “Ele trará inova-ções que já são referência nacional”, garante ele, afir-mando que existe a possi-bilidade de abrir conces-sões para a instalação de postos de gasolina e áreas de descanso para cami-nhões em cada trecho do Rodoanel.

Chip Outra novidade é o

Sistema de Identificação Automático de Veículos (Siniav), apresentado por

TRAn, que favorecerá a fiscalização de caminhões com excesso, roubo e fur-to, com IPVA vencido, entre outros. “Mas, precisamos de um envolvimento maior dos Detrans”, alerta.

Inovação que pode ser favorecida com as mudan-ças do padrão de empla-camento brasileiro para o do Mercosul, pois o chip pode ser implantado nas placas do veículo. “A ideia é que o Siniav permita que o caminhoneiro não precise mais parar para fazer a pe-sagem. Tudo será feito por RFID. Dois projetos pilotos es-tão estudando essa possibili-dade”, afirma Barbosa.

Tags acessíveis

A saúde do transporta-dor também foi tema no encontro da Fetrabens. Carla Fornasaro, gestora de Relações Institucionais,

Mas, para Thiago Mar-torelly Quirino de Aragão, superintendente de Servi-ços de Transporte Rodovi-ário e Multimodal de Car-gas da AnTT, o desafio é grande. “Em outros países temos experiências de mu-nicípios, aqui estamos im-plantando em todo o pais, da melhor forma e com preços acessíveis”, afirma.

Segundo Aragão, já fo-ram selecionadas seis em-presas aptas para fornecer as tags. “Agora vamos abrir um novo chamado para selecionar outras”, conta, explicando que, como al-gumas empresas estavam cobrando altos valores pe-las tags, preferiram brecar o processo e definir novas diretrizes. “Vamos estabe-lecer um teto máximo da tag. Além disso, federações e entidades terão a oportu-nidade de fazer a compra no atacado, o que garan-tirá um valor reduzido para os associados”.

Qualidade de vidaSustentabilidade e Meio Ambiente da CCR nova Dutra apresentou o Progra-ma Estrada para a Saúde.

A iniciativa, criada em 2001, tem por objetivo atender caminhoneiros que não têm tempo para se cuidar. Nos espaços são feitas campanhas, exames, consultas, corte de cabelo, vacinas, avaliação cardía-ca, palestras, estresse, teste

de visão, aconselhamento nutricional e exame de co-lesterol. “Fazemos uma aná-lise completa do usuário, de forma que, caso diagnosti-cado com algum problema de saúde, ele possa buscar atendimento de um espe-cialista. Desde que come-çamos o projeto, mais de 43 mil transportadores foram atendidos”, informa Carla.

Além das rodovias, o

programa se estendeu para dentro dos embarcadores, na área de carregamen-to e descarga. Além disso, criaram o Trailer Odontoló-gico, localizado em Roseira (SP), todo equipado como qualquer consultório. “Des-de sua criação, em 2008, já atendemos 19.780 cami-nhoneiros e realizamos mais de 50 mil procedimentos”, destaca.

apresentada por Giovanni Pengue Filho, diretor Geral da Agência nacional de

Rone Evaldo Barbosa, co-ordenador Geral de Ges-tão da Informação do Ministério dos Transportes e conselheiro do COn-

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fetrabens em revista � eDiÇÃO 03 � aGO/set/OUt 2017 9

Fetrabens em notícia – Especial Encontro Fetrabens 2017

A segurança do cami-nhoneiro é algo que vem tirando o sono das enti-dades sindicais, preocu-padas em encontrar pro-cessos que reduzam os riscos dos motoristas. Para isso, um dos convidados foi o Dr. Cléber Henrique Martins de Oliveira, dele-gado de Polícia da Sec-cional de São José dos Campos e no 8º Distrito Policial de SJC, que falou sobre o gerenciamento de crises.

feito pela empresa. “Am-pliamos as oportunidades do motorista por meio de capacitação, treinamento das tecnologias de rastre-amento e direção defensi-va”, garante ele.

Para ele, hoje, o de-safio diário é entender os principais fatores que po-dem prejudicar o trabalho do transportador, encon-trar formas de contorná-los e planejar ações caso tenha de enfrentá-los.

Segundo ele, a Buonny é uma das empresas que fomenta a Câmara de Conciliação do Caminho-neiro – que também foi um dos temas abordados no seminário (veja matéria nesta edição) –, auxilian-do o transportador a en-contrar formas de resolver seus problemas. “Ajuda-mos o motorista a manter os documentos em dia, para que ele possa circu-lar sem transtorno e ainda analisamos os dados ge-rados na operação para mapear todos os riscos possíveis”, explica.

AdulteraçãoAlém do roubo de

carga, outro fator preo-cupante que tem lesado os motoristas é a prática de adulterar bombas de gasolina para fornecer menos diesel do que a quantidade paga. Um processo que, como ex-plica Guaracy Fontes Monteiro Silva, supe-

rintendente do Institu-to de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (IPEM-SP), começou de forma rudimentar, mas foi se sofisticando com o tempo. “Hoje, os frauda-dores passaram a utilizar um chip, que é controla-do por aplicativo de ce-lular ou controle remoto. Temos conhecimento de que 12% dos postos de São Paulo estão fraudan-do, chegando a ganhar R$ 90 mil reais/ mês”.

Para resolver essa questão, o instituto mu-niu-se de um laboratório antifraudes e estão ca-pacitando seus técnicos, e de todos os Ipens do Brasil, para caçar os pos-tos que lesam os cami-nhoneiros, as empresas e o consumidor.

cas que combatam essas incidências, essa situação ficará insustentável”, aler-tou Oliveira, completando que “...as entidades preci-sam interceder para que as Políticas Públicas sejam implantadas com mais agilidade”.

Além disso, frisou a ne-cessidade das transporta-doras e gerenciadoras de risco de estabelecerem ações protocolares para os condutores, através de procedimentos e condu-tas, e investirem em trei-namentos para os cami-nhoneiros e operadores. “Nem toda tecnologia do mundo funcionará se não tiver treinamento do ope-rador”.

Gerenciamento de riscosMarcelo Gamba, dire-

tor de novos negócios da Buonny Projetos e Serviços,

Por uma estrada mais segura

Ele destacou a atual si-tuação do Rio de Janeiro que, só em 2016 apresen-tou mais de 9 mil ocorrên-cias de furtos e roubos de carga, o que corresponde a 24 episódios/dia. “Isso representa um aumen-to de 300% entre 2013 e 2016 e um prejuízo de mais de 2 bilhões, só no ano passado. Esses fatos vitimizam o transportador de todas as regiões. Se não encontrarmos políti-

que abordou O gerencia-mento de riscos no dia a dia do motorista, assegu-rou que isto já está sendo

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10 AGO/SET/OUT 2017 � EDIÇÃO 03 � fETrAbEnS Em rEvISTA

Fetrabens em notícia – Especial Encontro Fetrabens 2017

Frotanet, o dispositivo de frete do caminhoneiro autônomo

Desenvolvido pela Fetrabens, a plataforma carrega diferenciais e funcionalidades que visam a melhoria do transporte de cargas

Durante o primeiro dia do IV Se-minário nacional de Sindicatos de Caminhoneiros Autônomos – En-contro Fetrabens 2017, um dos grandes momentos foi o lançamen-to do Frotanet, primeiro dispositivo de frete desenvolvido pela Fetrabens e direcionado especialmente para o caminhoneiro autônomo.

Carente de uma solução que atendesse as principais demandas dos caminhoneiros autônomos, a Fetrabens foi atrás de uma empresa apta para desenvolver um sistema que fosse além da aproximação entre caminhoneiros e empresas de transporte. Dessa forma, a pla-taforma que entrará em operação em novembro deste ano, carre-ga consigo todo o conhecimento adquirido da Federação junto ao mercado do transportador autô-nomo de cargas. “Direcionamos todo o desenvolvimento, sugerindo funcionalidades e adequando a plataforma para as realidades das operações de transporte”, assegura norival de Almeida Silva, presiden-te da Fetrabens.

Carga cheiaDinâmico, o Frotanet carrega di-

ferenciais importantes para a cate-goria, como custo zero e a análise constante de ofertas de frete, que são informadas pelas transportado-ras e automaticamente direciona-das para os autônomos. “Os usuá-rios vão receber as ofertas que têm condições de transportar, levando em consideração tipo de veículo, localização e disponibilidade no período da oferta”, explica Paulo Buarque de Gusmão, diretor de Tecnologia da Informação da Fro-tanet, completando que essa fun-cionalidade permitiu a criação do “frete em série”, que informa ao au-tônomo sobre novas ofertas antes mesmo dele chegar ao destino da sua viagem atual.

Análise do freteOutro diferencial é a possibilida-

de do autônomo avaliar pratica-

mente todo o mercado de transpor-te: empresas de transporte, pontos de carga e descarga, postos de combustíveis e áreas de descanso e pernoite.

Ao finalizar um frete o autô-nomo poderá dar notas a vários quesitos, como pontualidade no atendimento, tempo de desem-baraço da coleta e/ou da entre-ga, valor do frete e pagamento, formando uma pontuação média da empresa de transporte. “Dessa forma, ao analisar uma oferta de frete, o autônomo pode escolher carregar para a empresa com a melhor nota”, destaca Gusmão, in-formando ainda que as transporta-doras também poderão avaliar os autônomos. “Isto é bom para todo mundo, pois a tendência é que to-dos se esforcem para ter médias maiores, contribuindo para a me-lhoria da qualidade de todos os envolvidos neste processo”.

Norival de Almeida Silva, presidente da Fetrabens (terceiro da direita para esquerda) ao lado de Paulo Buar-que de Gusmão, diretor Tecnologia da Informação da Frotanet, e de toda a equipe da Frotanet

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fetrabens em revista � eDiÇÃO 03 � aGO/set/OUt 2017 11

Fetrabens em notícia – Especial Festa do Dia nacional do Caminhoneiro

A festa do caminhoneirona sequência do seminário, foi a vez de comemorar o Dia nacional do Caminhoneiro, uma festa que percorreu os dias 16 e 17 de setembro.

Confira os cliques dos melhores momentos.

O início da festaNa abertura do Dia do Caminhoneiro, Cícero de Freitas, coordenador do PTB Sindical; Rone Evaldo Barbosa,

coordenador Geral de Gestão da Informação do Ministério dos Transportes e conselheiro do CONTRAN; Fabia Porto, prefeita de Santa Isabel; Eurico Tadeu dos Santos, representando a OCB/Pará e Rosimeire Lima de Freitas, superin-tendente Substituta, coordenadora de Análise de Atos e Processos Administrativos da Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas (SUROC), e mais de 200 pessoas foram recepcionadas por Norival de Almeida Silva, presidente da Fetrabens (em pé).

Festa: Na abertura do evento con-vidados participaram de jantar, co-quetel e show sertanejo.

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12 AGO/SET/OUT 2017 � EDIÇÃO 03 � fETrAbEnS Em rEvISTA

Presença ativaA Buonny Projetos e Serviços participou ativamente da festa. Além de sortear quatro tablets durante o Encontro

Fetrabens 2017, ela premiou os caminhoneiros presentes no festejo com mais 12 aparelhos. A empresa ainda montou uma tenda, onde uma equipe médica realizou exames de peso, avaliação car-

díaca e glicêmica. Graças a esse trabalho, dois participantes, que apresentaram taxa de glicemia acima do limite, puderam ser socorridos em tempo pela ambulância do SINDICAM-SP que se encontrava a postos no local.

Empenho: Gilmar Ferreira de Carvalho, presidente da Federação dos Transportadores Autônomos de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetramig), locou um ôni-bus que levou representantes dos Sindicans da região para o seminário e festa.

Brincadeiras: A CCR NovaDutra levou uma equipe de monitores que realizaram brincadeiras, gincanas, pin-tura de rosto e diversas atividades com a criançada.

Esclarecimento: A Pamcary esteve presente com quiosque para tirar dúvidas dos caminhoneiros sobre serviços oferecidos.

Fetrabens em notícia – Especial Festa do Dia nacional do Caminhoneiro

Presença ilustre: Ailton Gonçalves, dpto. Jurídico do SINDICAM-SP; Marcus Vinicius Laira, coordenador-geral de Registro Sindical (CGRS), do MTE; Norival de Almei-da Silva, presidente da Fetrabens, e Marianna Poroniuk, chefe de Gabinete da Secretaria de Relações do Tra-balho, do MTE.

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fetrabens em revista � eDiÇÃO 03 � aGO/set/OUt 2017 13

Lazer garantido: Piscina com toboágua, pedalinho, canoagem, tênis e Escolinha de Trânsito foram algumas das diversões que a colônia de férias do SINDICAM-SP colocou à disposição dos participantes.

Fetrabens em notícia – Especial Festa do Dia nacional do Caminhoneiro

Corrida e arte: As arrancadas de cami-nhões garantiram a diversão dos caminho-neiros presentes.

Representação: Na oca-sião, o ministro do Trabalho e Emprego, Ronaldo No-gueira, foi representado pe-lo superintendente Regional do Trabalho, em São Paulo, Eduardo Anastasi.

Reconhecimento: Wanderley Sigali, representando a Buonny Projetos e Ser-viços, homenageia Norival de Almeida Silva, pela liderança exercida entre os Transportadores Autônomos de Carga

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14 AGO/SET/OUT 2017 � EDIÇÃO 03 � fETrAbEnS Em rEvISTA

Fui atendido

Uma “mãozinha” na hora do apuroCom a criação da Câmara do Caminhoneiro, os transportadores autônomos

ganham mais agilidade para resolver problemas e, assim, seguir viagem.Uma das maiores reclamações

por parte dos caminhoneiros está relacionada ao bloqueio em geren-ciadoras de risco e seguradoras. Mui-tas vezes, os transportadores autôno-mos são bloqueados por qualquer motivo, mesmo se o impedimento aconteceu em função de uma situ-ação já resolvida pelo motorista.

Para auxiliar caminhoneiros que estão nessa situação, as entidades que reúnem os caminhoneiros au-tônomos de São Paulo (Sindicam-SP e Fetrabens-SP), em conjunto com a Gristec/Sindirisco, criaram, em 2010, a Câmara de Conciliação, conhecida como a Câmara do Caminhoneiro, que pos sibilita ao transportador sua re-gulamentação em curto prazo.

O trabalho da Câmara é de evitar

que o transportador autônomo seja impedido de pegar cargas e impos-sibilitado de gerar seu sustento. O que, em muitos casos, o impede de pagar, justamente, a dívida causadora de seu empecilho junto às gerenciadoras e seguradoras. Um impedimento que contraria a Lei do Caminhoneiro, que assegura ser “vedada a utilização de informações de bancos de dados de proteção ao crédito como mecanis-mo de contrato com o TAC e a ETC devidamente regulares para o exercí-cio da atividade do Transportes Rodo-viário de Cargas”.

Redução drásticaDevido ao sucesso de seu traba-

lho junto aos motoristas, a Câmara do Caminhoneiro já possui reconhe-

cimento dos órgãos públicos, inclusi-ve no Ministério Público do Trabalho, que já percebeu as vantagens desse serviço, pois a ‘enchente’ de recla-mações foi reduzida drasticamente.

“Desde sua criação o programa já atendeu 1.892 motoristas e realizou

Barnabé “Gastão” Parra Rodrigues, diretor da Câmara de Conciliação

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fetrabens em revista � eDiÇÃO 03 � aGO/set/OUt 2017 15

Fui atendido

6.390 atendimentos. Por mês a Câ-mara atende 40 novos caminhonei-ros, sem custo e conta com uma taxa de sucesso de 90%”, informa Barnabé “Gastão” Parra Rodrigues, diretor da

Câmara de Conciliação e do SAAC. Para utilizá-lo, o caminhoneiro só

precisa preencher uma ficha dispos-ta no site www.camaradocaminho-neiro.com.br ou entrar em contato

pelos telefones (11) 2632-5097 ou (11) 2632-4622. O prazo de resposta é de até 48 horas.

Veja agora a opinião de quem já usou esse serviço:

Luz nO FIM DO TúnEL

Para Sidiney Antunes Vieira, 59 anos e cerca de 30 anos de estrada, a Câmara do Caminhoneiro foi a solução encontrada para poder voltar a trabalhar. Tudo começou quando sofreu um acidente com um de seus dois caminhões. O veículo acabou dando perda total e seu saldo ficou devedor. “Com isso meu CPF ficou sujo e as gerenciadoras de carga começaram a me barrar”, relembra.

Inconformada com isso, sua esposa Zelia pesquisou na internet e encontrou a Câmara do Caminhoneiro, que os ajudou prontamente. “Foi um trabalho excelente. A Débora, que me atendeu, conseguiu fazer com que as ge-

renciadoras me liberassem e, agora, eu só tenho que renovar essa permissão de tempo em tempo. Assim, pude continuar a trabalhar e conseguir um fôlego para pagar a dívida”, alegra-se Sidiney. O caminhoneiro, que mora no Vale do Ribeira, ficou extremamente satisfeito com a ajuda que obteve, tanto pela agilidade como pe-lo fato de ser gratuita. “Antes eu tinha entrado em contato com o Sindicato de Transporte Pessoa Jurídica e eles queriam me cobrar por este serviço. Já, a Câmara, além de não me cobrar nada por isso, sempre procura me ajudar, mesmo quando se trata de algo que não esteja na alçada deles”, conta. “Foi uma luz no fim do túnel. Além da eficiência, a educação e gentileza deles são fantásticas!”.

EFICIênCIA

Atuante em Itupeva-SP, Eduardo dos Santos Mota, 34 anos, e caminhoneiro há 12, passou a ser barrado devido a um processo que não tinha nada a ver com a gerenciadora. Chegou a procurar um advogado, que não o ajudou em nada, alegando que a empresa tinha todo o direito de negar serviço a ele. “Foi quando um colega me indicou a Câmara do Caminhoneiro, que logo verificou que eu tinha cobertura de seguro e, portanto pode-ria pegar cargas”, relembra.

Cerca de sete dias depois, o serviço ofertado pela Fetrabens e SINDICAM-SP ligou para Eduardo avisando que ele já poderia passar na gerenciadora, pois estava liberado. “Fiquei muito satisfeito com o trabalho da Câmara, pois

estava me sentindo muito constrangido e, graças a eles, pude voltar a trabalhar normalmente”, alegra-se.

AJuDA PARA TODOS

O sistema da Câmara do Caminhoneiro é tão eficiente que hoje é acessado inclusive por outras entidades, como é o caso do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Carga do RS, o Sindimercosul. O sindicato, de acordo com o assessor Eduardo Soares Brüggemen, atua com o serviço desde 2013, com o objetivo de auxiliar os associados que, por várias razões são considerados impedidos de carregar. Em média são de três a quatro casos por semana. “Um dos assuntos freqüentes é quando o caminhoneiro sofre um roubo de

carga. Isso faz com que a seguradora o considere inepto a trabalhar, ou reduza suas cargas para valores de R$ 70 mil. Isso é o mesmo que nada. Por isso, conseguimos através da Câmara ajudar esses transportadores a voltarem

a operar normalmente”, informa.

RáPIDA SOLuçãO

Luiz Carlos Pereira Angelo, 40 anos e nove de estrada já estava há sete meses sem poder pegar um trabalho, quando, encontrou a solução através da Câmara do Caminhoneiro.O transportador, que atua na região de Itaquaquecetuba (Alto do Tietê), teve um sinistro e, por isso, estava blo-queado em algumas gerenciadoras. Mas, há três meses, estava na Agência Nacional de Transportes Terrestres

(ANTT), para renovar seu registro quando indicaram este serviço. “A Câmara conseguiu resolver meu problema em apenas dois dias. Foi uma maravilha, pois consegui voltar imediatamente ao serviço. Eles são tão bons que hoje eu

recomendo para todo mundo”, assegura.

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16 AGO/SET/OUT 2017 � EDIÇÃO 03 � fETrAbEnS Em rEvISTA

Regulamentação

MDF-e3.0

Com MDF-e a fiscalização de quem não tem RNTRC tende a ficar mais intensa

MDF-e traz mudanças na cobrança de frete e maior fiscalização

Com a nova versão caminhoneiros terão mais uma ferramenta de cobrança de frete, mas, para isso, precisam estar em dia com o RnTRC

Desde o dia 02 de outubro, en-trou em vigor para todo o Brasil a versão 3.0 do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais, ou MDF-e. Trata-se de um manifesto emitido e armazenado eletronicamente para vincular os documentos fiscais utiliza-dos na operação de transporte de cargas, a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e).

Entre os benefícios para esta mudança, está a redução da buro-cracia do setor e padronização dos processos da cadeia logística no

país. “Com este novo sistema, tere-mos grandes vantagens para o setor, como a redução da sonegação fis-cal, maior fiscalização por parte dos órgãos federais e, diretamente para o caminhoneiro autônomo, maior controle e segurança de recebimen-to dos valores devidos pela empresa contratante”, destaca Alfredo Peres, presidente da Associação das Ad-ministradoras de Meios de Paga-mento Eletrônico de Frete (AMPEF).

Isso ocorre porque, na nova ver-são, existe um campo obrigatório para a inserção do Código Identifi-

Informações exigidas pela

MDF-e

•vinculaçãodaplacadoveícu-

lo ao CNPJ do Transportador;

•verificaçãodavalidadedo

RNTRC;

•averbaçãodoseguroobrigató-

rio; e

•validaçãodoCIOT(código

identificador da operação de

transportes)

Crédito Foto: Schutterstock

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fetrabens em revista � eDiÇÃO 03 � aGO/set/OUt 2017 17

Regulamentação

cador de Operação de Transporte (CIOT), o que deve facilitar a fisca-lização do pagamento pela Agên-cia Nacional de Transportes Terres-tres (ANTT). “A nova versão do MDF-e possui um campo, de informações para a agência onde é obrigatório informar os dados sobre o respon-sável pela geração do CIOT, paga-mento do vale-pedágio, seguro e número de apólice. Esta, sem dúvi-da, é uma vitória para a categoria, que passa a ter mais segurança no recebimento do que lhe é devido”, explica Peres. De olho no registro

Mas, como explica Felipe Dick, presidente da Roadcard, empresa de Gerenciamento de Meio de Pa-gamento Eletrônico de Frete, para o caminhoneiro se beneficiar da MD-F-e, precisa estar em dia com seu Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC), caso contrário poderá ser barrado na hora de pegar a carga. “Sem esse regis-tro a empresa não consegue emitir o CT-e, o que afeta toda a cadeia de transporte, pois sem o Conhecimen-to do Transporte não é possível gerar o manifesto e, sem isso, o caminho-neiro não pode transportar”.

Além disso, a falta das informações necessárias para a emissão do mani-festo (veja Box), será verificada de for-ma digital pela ANTT, podendo ser im-putada ao transportador penalidades de multas por cada documento emi-tido, que variam entre R$ 550,00 a R$ 1.500,00, dependendo da infração.

“É importante saber que no site da ANTT tem uma tabela onde o motorista pode verificar se o seu re-gistro esta vencido, ou qual sua data limite para fazer a atualização”, indi-ca Dick. O link para essa consulta é (http://consultapublicarntrc.antt.gov.br/consultapublica).

O presidente da Roadcard tam-

bém alerta que, a partir de janeiro, a ANTT validará todos os Ciots indicados nos MDF-e. “Nesse caso, o sistema que gera o MDF-e autenticará o nú-mero do CIOT e, se este não estiver válido, o manifesto não será emitido”.

Para os caminhoneiros autôno-mos que querem obter mais infor-mações sobre as mudanças do no-vo MDF-e e sobre o enquadramento ao RNTRC, Norival de Almeida Silva, presidente da Fetrabens, indica que procurem a Federação. “Temos uma equipe treinada e preparada para esclarecer todas as dúvidas e, se for o caso, auxiliar na validação ou obtenção do registro”.

“Como trabalhamos com uma cooperativa ela sempre cuida para que estejamos em dia com o RNTCR, mas acredito que essa obrigação que temos em ficar em dia com essa tarifa tenha uma contrapartida, pois vivemos uma situação de frete baixo e custos altos”, Valdeni-cio Cosme da Silva, caminhoneiro há 20 anos.

“Desde o dia que entrei nessa profissão procurei ficar em dia com o registro, pois nesse pais se fizermos alguma coisa errada acabamos perdendo trabalho e isso é complicado para quem tem família”, Willamys Rogério, caminhoneiro há 11 anos.

Documentos necessários para a emissão/validação do RnTRC

•DocumentodeIdentidade

•ComprovantedeInscriçãoeSituaçãoCadastral-CPFativo

•ComprovantedeRegularidadejuntoaoINSS(CND)

•ComprovantedepagamentodaContribuiçãoSindical

•Comprovaçãode3anosdeexperiênciaoucomprovantedaaprovaçãoem

curso específico, conforme a resolução ANTT nº 3056/2009*

•Comprovantederesidência

•CRLVcomprovandoapropriedade,co-propriedadeouarrendamentode,nomí-

nimo, um veículo de carga da categoria “aluguel”, com capacidade de carga

útil igual ou superior a 500 quilos, registrado em seu nome no órgão de trânsito.

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18 AGO/SET/OUT 2017 � EDIÇÃO 03 � fETrAbEnS Em rEvISTA

SInDICAM-Araras

SInDICAM-ARARAS - Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Araras-SP e Região Rua Frederico Ruegger, 281, Araras/SP. CEP: 13603-033

Responsável: Valmir Joel Pelegrini – E-mail: [email protected] – Fone: (19) 3544-7380.

Filiado à CnTA e Fetrabens

“O caminhoneiro

não quer carregar

excesso de peso.

São as empresas

que impõem isso

a ele”, Valmir Joel

Pelegrini, presidente

do SInDICAM-Araras

Pelo fim do excesso de pesoEntidade luta por soluções que auxiliem o fim dessa irregularidade,

cobrando mais fiscalização e o empenho das concessionárias de rodovias

Não é necessária uma pesquisa muito ampla para saber que a maioria dos cami-nhoneiros no Brasil transporta mercadorias acima do peso. Isso, geralmente, aconte-ce não por culpa dos transportadores, mas por causa das condições inadequadas de trabalho que esses trabalhadores são sub-metidos. O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Araras, o SINDICAM-Araras, é uma entidade que, há muito tempo, tem sua atenção voltada a essa questão, e busca meios de proporcio-nar justiça e melhores condições de traba-lho ao transportador autônomo.

“O caminhoneiro não quer carregar ex-cesso de peso. São as empresas que im-põem isso a ele”, relata o presidente da en-tidade, Valmir Joel Pelegrini. Para ele, a falta de fiscalização é o que agrava ainda mais a situação. “Se a Polícia Rodoviária intensifi-casse as operações, acabaria esse proble-ma”, diz Pelegrini, que reclama também dos poucos postos de pesagem existentes. “Tem que ter mais áreas de verificação. Falta co-locar balança para funcionar 24 horas”.

Existem alternativasPara o presidente do SINDICAM-Araras

uma boa opção seria a implantação de balanças móveis em pontos estratégicos das rodovias. “As concessionárias possuem este tipo de balança. Elas até poderiam colocar na porta das fábricas para evitar que os caminhões saíssem de lá irregulares e também não recebessem cargas com excesso de peso”, diz. “Na verdade, falta um pouco de empenho deles, porque se dessem mais atenção para este assunto diminuiria até o problema de buracos nas rodovias”, completa.

Além disso, para Pelegrini é necessário que os caminhoneiros e as entidades repre-sentativas fiquem atentas a esse problema, e que haja mais conscientização por parte das contratantes. “Teve uma época que as empresas não estavam recebendo cami-nhão acima do peso permitido. Hoje é di-ferente, todas praticam isso”, relata Pelegrini. “Se elas tomassem uma atitude, tudo seria diferente”, diz.

Em maio deste ano, o SINDICAM-Araras recebeu sua carta sindical, o que possibili-tará que a entidade, que já vem trabalhan-do essa questão há anos, intensifique ainda mais esse trabalho de combate ao excesso de peso.

Excesso de cargas: prática comum nas empresas

Balança móvel: uma opção para combater as irregularidades

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fetrabens em revista � eDiÇÃO 03 � aGO/set/OUt 2017 19

SInDICAM-ATA - Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Zona Noroeste do Estado de São PauloAvenida Waldemar Alves, 700 - São Vicente - Araçatuba/SP - Cep.: 16050-005

Responsável: Sérgio Barsalobre – E-mail: [email protected] – Fone: (18) 3301-4142 - (18) 3301-5959

SInDICAM-ATA

Filiado à CnTA e Fetrabens

“O caminhoneiro

precisa da tranqüi-

lidade de saber

que poderá seguir

viagem em paz,

sem correr riscos

desnecessários”,

Sergio Barsalobre,

presidente do

SInDICAM-ATA

Rodovia Marechal Rondon: um risco para o caminhoneiro

Sem descanso, o SInDICAM-ATA segue cobrando melhores condições de tráfego para os caminhoneiros que cruzam diariamente a estrada

que corta São Paulo

São Paulo concentra 19 rodovias entre as 20 melhores do Brasil, sendo que todas elas compõem os 6,9 mil km da malha do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado. Mas, uma delas vive ameaçando a liderança do estado no ranking das princi-pais estradas do país. Trata-se da Marechal Rondon, a SP-300, que liga Bauru à Castilho, divisa com Mato Grosso do Sul.

Mas, é o trecho Botucatu/Castilho que vem tirando o sono do Sindicato dos Trans-portadores Rodoviários Autônomos de Bens da Zona Noroeste do Estado de São Paulo, o SINDICAM-ATA. A má condição da pista, só neste ano, foi responsável por duas gran-des multas direcionadas à concessionária Via Rondon, responsável pela administra-ção do percurso. Uma delas, em junho deste ano, custou aos bolsos da empresa a soma de R$ 926 mil. A maioria dos proble-mas identificados se refere a trincas e de manutenção no asfalto. Em maio, já foram constatadas outras 69 irregularidades no trecho Bauru/Cafelândia.

Além destes, no dia 5 de setembro, duran-te a operação “Blitz Olho Vivo”, realizada entre Araçatuba/Castilho, a concessionária foi nova-mente multada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) em R$ 2,57

milhões por não conformidades verificadas.“São mais de 500 quilômetros que se

encontram em pandarecos. Como se não bastasse o asfalto ruim, têm vários trechos na rodovia Marechal Rondon com degraus entre a faixa da direita para a esquerda que chegam a ter até 3 centímetros”, informa Sergio Barsalobre, presidente do SInDICAM-ATA. “Ela já é taxada como a pior rodovia pedagiada do Estado de São Paulo e é uma vergonha para o governo de São Paulo”.

PedágioAlém da reivindicação por melhorias na

rodovia, uma das batalhas do sindicato é o alto valor cobrado durante o trajeto. “Ela é uma das estradas mais pedagiadas de São Paulo. São 12 pedágios no total, cobrando valores altíssimos que deveriam ser revertidos em obras de melhoria”, argumenta. “O sindi-cato existe para isso: cobrar o que não está sendo feito. Enquanto essas modificações não ocorrerem, não vamos diminuir nosso empenho e nossas reivindicações. O cami-nhoneiro precisa da tranqüilidade de saber que poderá seguir viagem em paz, sem cor-rer riscos desnecessários”, finaliza.

...em condições lastimáveis

Rodovia Marechal Rondon, uma das principais vias de São Paulo...

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20 AGO/SET/OUT 2017 � EDIÇÃO 03 � fETrAbEnS Em rEvISTA

SInDICAM-Colina

SInDICAM-CR - Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Cargas de Colina e Região Av. Pedro Osvaldo Basso, 117-Sala B, Colina/SP. CEP: 14770-000 - Responsável: José Roberto Ribeiro

E-mail: [email protected] – Fone: (17) 3044-2220

Filiado à CnTA e Fetrabens

“Não faço reu-

niões ou grandes

eventos, mas procu-

ro falar com cada

caminhoneiro que

chega aqui no sindi-

cato”, José Roberto,

presidente do SInDI-

CAM-Colina

O poder da palavrautilizando como arma a conversa, a entidade busca a

compreensão da categoria para mudanças de hábitos que desestruturam a vida do caminhoneiro

Há tempos caminhoneiros e as entidades que os representam reclamam de condi-ções inadequadas de trabalho que os pro-fissionais estão submetidos. Na maioria das vezes, são questões relacionadas ao valor re-ferencial de frete, às más condições de rodo-vias, à falta de segurança nas estradas e de áreas de descanso, assim como problemas que dependem do cuidado de cada moto-rista, como é o caso do volume excessivo de carga, o uso de drogas e estimulantes para se manter acordado, a utilização do Arla 32 falsificado, entre outras coisas.

É nítido que a responsabilidade não é so-mente dos governantes, mas também dos próprios caminhoneiros que, muitas vezes, não se atentam a questões básicas para o bom andamento de seus trabalhos. Diante disso, o Sindicato dos Transportadores Rodovi-ários Autônomos de Cargas, o SINDICAM-Co-lina, se preocupa com as condições de tra-balho dos motoristas e, por isso, estabelece, diariamente, diálogo com seus associados, seja para que cumpram seus deveres ou co-brem, com propriedade, seus direitos.

E, para fortalecer essa conversa, a partir de novembro passará a oferecer palestras de conscientização do transportador. Entre os te-mas abordados estão questões como uso de drogas, sexualidade promiscua, prevenção de doenças decorrentes da atividade estressan-te, alimentação adequada, ou seja, tudo que envolve a profissão. “São assuntos abordados por profissionais das áreas de psicologia, fisiote-

rapia, nutrição, oncologia etc. Ou seja, por es-pecialistas da área em questão”, explica José Roberto, presidente do SInDICAM-Colina.

Reeducar para conscientizarSegundo ele, os transportadores preci-

sam adquirir consciência dos seus direitos e deveres e, para que isso aconteça, é ne-cessário que passem por um processo de reeducação.

Na opinião do presidente do SINDICAM-Colina, questões relacionadas à comunica-ção do caminhoneiro também precisam ser trabalhadas, para o bem do transportador e para que esse profissional seja tratado com respeito em ambientes que frequenta. “Com a chegada da modernidade e da tecnolo-gia, precisamos entender que não podemos mais nos apresentar de chinelo, camiseta e bermuda. Seria interessante que tívessemos até curso de Marketing Pessoal, para melhorar as conversas com nossos clientes e até com a autoridade policial nas rodovias”, finaliza.

O presidente José Roberto em reunião com caminhoneiros: conversa franca

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fetrabens em revista � eDiÇÃO 03 � aGO/set/OUt 2017 21

SInDGRAn-Guarujá

“A maioria dos ter-

minais não permite

que o caminhoneiro

suba na caçam-

ba para realizar a

limpeza”, Henrique

Raccuia Ferreira,

presidente do

SInDGRAn-Guarujá

SInDGRAn - Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Carga a Granel de Santos, Cubatão e Guarujá Rua Professor Idalino Pinez, 555, Guarujá/SP. CEP: 11471-030 - Responsável: Henrique Raccuia Ferreira

E-mail: [email protected] – Fone: (13) 3387-2727

Filiado à CnTA e Fetrabens

Descarte corretoAssociados do SInDGRAn recebem serviço exclusivo de limpeza de seus caminhões,

possibilitando novos carregamentos e o descarte correto

Um problema que afeta os caminhonei-ros que descarregam no Porto de Santos está relacionado aos resíduos de produtos, que acabam ficando na caçamba do ca-minhão ao final de cada frete. Para carregar o veículo novamente, as empresas contra-tantes não aceitam resíduos no caminhão e, por isso, muitos caminhoneiros acabam descartando os restos em qualquer lugar da cidade, o que causa bastante sujeira e mau cheiro pelas ruas da baixada.

Ao contrário do que ocorre com muitos caminhoneiros que transitam pela região, aqueles que são associados ao Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Carga a Granel de Santos, Cubatão e Guarujá, o SINDGRAN-Guarujá, receberam uma “mãozinha” para se livrarem desse pro-blema. A entidade colocou à disposição um serviço de limpeza, totalmente gratuito, para os caminhões que precisam de uma solução para os resíduos deixados pelos pro-dutos que foram descarregados. A equipe fica de prontidão no pátio e nem é preciso agendamento prévio.

Para oferecer esse diferencial o SINDGRAN contratou uma empresa especializada no descarte de produtos químicos e perigosos,

que também realiza a destinação correta do material coletado. O serviço permite, assim, que os caminhões de seus associa-dos possam ser carregados, tranquilamente, para realizar um novo frete, sem problemas para o caminhoneiro e para a cidade.

Falta de apoioDe acordo com Henrique Raccuia Fer-

reira, presidente do SInDGRAn-Guarujá, a maioria dos terminais não permite que o caminhoneiro suba na caçamba para realizar a limpeza. “Então, consequente-mente, ele acaba realizando o descarte na rua”, conta. “Um exemplo é a situação do viaduto Cosipão, em Cubatão. Na par-te de baixo, na rua, você vê a sujeira, o mau cheiro por causa dos restos de soja que apodrecem”, conta ele, completan-do que, com este serviço a entidade con-segue impedir que entre 20 a 30 tonela-das/mês de resíduos sejam descartadas incorretamente.

Segundo Ferreira, infelizmente o sindicato não tem condições de aceitar caminhonei-ros não sindicalizados em seus pátios. “Nós gostaríamos que fosse aberto espaço para eles no Ecopátio, mas no local só são acei-tos caminhões carregados, até por causa do agendamento e do corredor de expor-tação”, conta.

No sindicato, associados contam com uma equipe para limpeza dos caminhões...

...e separação e descarte dos resíduos

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22 AGO/SET/OUT 2017 � EDIÇÃO 03 � fETrAbEnS Em rEvISTA

SInDITAC-Guarulhos

“Na prática, o

motorista carrega

para lá e para cá,

mas não consegue

chegar à origem da

saída”, Luis Fernan-

do Galvão, presi-

dente do SInDITAC-

Guarulhos

SInDITAC-GuARuLHOS - Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Guarulhos e Região Av. Santos Dumont, 2302-sala 6, Guarulhos/SP. CEP: 07220-000 - Responsável: Luis Fernando Ribeiro Galvão

E-mail: [email protected] – Fone: (11) 2412-7997

Filiado à CnTA e Fetrabens

PL 528/15: uma conquista para a categoria

Com a aprovação na Câmara dos Deputados da definição do valor mínimo de frete, o SInDITAC agora luta pela vitória também no Senado

A expectativa da categoria de transporta-dores autônomos é positiva quando o assunto é o Projeto de Lei (PL 528/15), que define uma política de preços mínimos para o setor de transporte de cargas. O projeto, que foi apro-vado quase por unanimidade pela Comissão de Constituição e de Justiça (CCJ) da Câma-ra dos Deputados e segue para o Senado, determina que, entre janeiro e julho de cada ano, o Ministério dos Transportes defina valores mínimos por quilômetro rodado para o frete cobrado no transporte rodoviário de cargas.

Para o presidente do Sindicato dos Trans-portadores Autônomos de Cargas de Gua-rulhos e Região (SInDITAC-Guarulhos), Luis Fernando Galvão, essa lei beneficiará con-sideravelmente o transportador, e acabará também com o frete retorno, que é quando o transportador necessita de uma carga pa-ra poder voltar ao seu local de origem e não ser prejudicado financeiramente. “O autôno-mo sofre muito com essa situação”, conta Luis Fernando. “Na prática, o motorista car-rega para lá e para cá, mas não consegue chegar à origem da saída”, completa.

Portas abertas para licitaçõesUma das lutas do SINDITAC-Guarulhos está

relacionada ao transporte de cargas do Go-verno, que atualmente é feito por empresas

privadas. A intenção da entidade é incluir na PL 528 uma medida que estabeleça uma porcentagem dessa carga ao transportador autônomo. “Podemos trabalhar isso através de uma cooperativa de autônomo, até mes-mo porque esse profissional não consegue se documentar de modo correto para participar de uma licitação e disputar este tipo de car-ga”, explica Luis Fernando.

Sempre presente nas discussões que visam melhores condições de trabalho do transpor-tador autônomo, o presidente Luis Fernando viaja, periodicamente, a Brasília para partici-par de encontros que dizem respeito ao dia a dia do caminhoneiro. Dessa forma, esteve no Congresso Nacional, juntamente com repre-sentantes da categoria, para acompanhar a votação da PL. “Agora estamos empenhados para que o projeto também seja aprovado no senado”, assegura.

Luis Fernando Galvão, presidente do SINDITAC-Guarulhos (de terno à direita) durante votação da PL 528/15

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fetrabens em revista � eDiÇÃO 03 � aGO/set/OUt 2017 23

SInDICAM-Jundiaí

SInDICAM-JunDIAI - Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas em Geral de Jundiaí e Região Rua Cica, 112, Jundiaí/SP. CEP: 13206-765 - Responsável: Arizael Saraiva

E-mail: [email protected] – Fone: (11) 4527-1083

Filiado à CnTA e Fetrabens

“É importante co-

laborar com o meio

ambiente e quere-

mos conscientizar o

caminhoneiro sobre

isso”, Arizael Sarai-

va, presidente do o

SInDICAM-Jundiaí

Em favor do meio ambienteAtravés do programa Compensar o SInDICAM-Jundiaí enfatiza seu

trabalho em prol da sustentabilidade

A cada dia, mais sindicatos ligados à Fetrabens têm recebido a certificação do Programa Socioambiental Compensar. Mo-vimento esse que mostra a preocupação crescente das entidades em favor da res-ponsabilidade ambiental. Entre elas está o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Cargas em Geral de Jundiaí e Região, o SINDICAM-Jundiaí, que iniciou o programa em maio deste ano e já lança grandes estimativas de crescimento.

A expectativa é tanta, que Arizael Sa-raiva, presidente da entidade já anunciou que devem intensificar, até o final deste ano, o trabalho com o Compensar. “Esta-mos à disposição dos transportadores autô-nomos da nossa região que estejam com a intenção de realizar a vistoria e usufruírem dos benefícios do programa”, salienta ele. “É importante colaborar com o meio am-biente e queremos conscientizar o cami-nhoneiro sobre isso”, completa.

união pelo ambienteSegundo Saraiva, o trabalho em prol do

meio ambiente é necessário por parte das entidades representativas dos caminhoneiros. Para ele, se todos se unirem para trabalharem essa questão, o futuro será melhor. “O Com-pensar é um projeto muito importante nos nossos dias. O trabalho em conjunto de to-das os sindicatos, em torno desse programa, resulta em melhores condições de vida para o nosso país dentro dos pilares da sustentabi-lidade”, declara.

Além desse trabalho, o SINDICAM-Jundiaí continua na luta pelos direitos dos caminho-neiros e não mede esforços para beneficiar seus associados. A entidade trabalha em par-ceria com instituições educativas e de saúde, que disponibilizam aos caminhoneiros des-contos em faculdade, escola de inglês e as-sociação de esportes. “Nossa preocupação é o bem estar dos associados e trabalhamos para isso”, enfatiza o presidente.

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24 AGO/SET/OUT 2017 � EDIÇÃO 03 � fETrAbEnS Em rEvISTA

SInDICAM-Miracatu

SInDICAM-MIRACATu - Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Miracatu e Região Rua Mascarenhas de Moraes, 108 – Miracatu/SP. CEP: 11.850-000 - Responsável: José Luiz Zezeco da Silva

E-mail: [email protected] – Fone: (13) 3847-3948

Filiado à CnTA e Fetrabens

“Continuamos

aguardando, mas

acreditamos que,

dessa vez, a data

de conclusão seja

cumprida”, José

Luiz zezeco da Sil-

va, presidente do

SInDICAM-Miracatu

De olhos bem abertosO sindicato tem acompanhado de perto o andamento das obras

de duplicação da Serra do Cafezal, cobrando obediência aos prazos estipulados

Se existe algo que o Sindicato dos Trans-portadores Rodoviários Autônomos de Bens de Miracatu e Região, o SINDICAM-Miracatu, segue à risca é a luta constante, através de ações concretas, em favor das necessida-des dos transportadores da região.

Prova disso, é o acompanhamento que o sindicato vem exercendo para fiscalizar o trabalho de duplicação da rodovia Regis Bi-tencourt, na região da Serra do Cafezal, uma das conquistas da entidade. Agora, a sua função é monitorar o andamento dos traba-lhos e cobrar das autoridades a entrega da obra no prazo estipulado.

Dessa forma, no dia 21 de junho, a Prefei-tura Municipal de Miracatu, com o apoio do SINDICAM-Miracatu, promoveu um encontro com os responsáveis da Arteris, empresa que faz a concessão da BR 116. O objetivo foi cobrá-los acerca do andamento das obras de duplicação da rodovia, assim como a apresentação de gráficos de redução de acidentes e o compromisso de entregarem os dois túneis da Serra do Cafezal até de-zembro deste ano.

ExpectativasAnteriormente, a Arteris comunicou que a

construção do primeiro túnel seria finalizada

até o final de julho, o que não ocorreu. Agora, a expectativa é de que essa primeira etapa se concretize o mais rápido possível, e que a finalização da obra ocorra até o final deste ano, conforme comunicou a Arteris. Para o presidente do SInDICAM-Miracatu, José Luiz zezeco da Silva, a esperança é que a obra seja finalizada no prazo. “A gente continua aguardando, é o nosso papel, até porque está atrasada, e eles (Arteris) ficam sempre protelando. Mas acreditamos que, dessa vez, a data de conclusão seja cumprida”, relata.

Programa ambientalOutra expectativa do SINDICAM-Miraca-

tu está relacionada ao Programa Socioam-biental Compensar. A entidade está se pre-parando para, em breve, realizar atividades por meio do programa. “Estivemos com ou-tros representantes de sindicatos, em Jundiaí, para realizar o curso avançado de motores, que é uma exigência da Cetesb, para ho-mologar o programa Compensar, da Fetra-bens”, conta Victor da Silva, vice-presidente da entidade.

Victor da Silva, vice-presidente do SINDICAM-Miracatu (terceiro da esquerda para direita), com representantes da Prefeitura Municipal de Miracatu e da concessionária Arteris: cobrança de prazo

Obra de duplicação da Serra do Cafezal

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fetrabens em revista � eDiÇÃO 03 � aGO/set/OUt 2017 25

SInDICAM-Ourinhos

Filiado à CnTA e Fetrabens

SInDITAC-OuRInHOS - Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Ourinhos Rua Eduardo Pacheco Chaves, 28 – Ourinhos/SP. CEP: 19912-010 - Responsável: Ariovaldo de Almeida Silva

E-mail: [email protected] – Fone: (14) 3322-2203

“Assim como o

sindicato tem que

ser rígido no cum-

primento da lei,

o caminhoneiro

também tem que

ter a responsabilida-

de de não realizar

acordos”, Ariovaldo

Almeida, presidente

do SInDICAM-

Ourinhos

Apoio legal ao caminhoneiroO SInDICAM-Ourinhos oferece a base necessária para que o

transportador autônomo exija seus direitos conforme a lei manda

O Sindicato dos Transportadores Autôno-mos de Carga de Ourinhos e Região, o SIN-DICAM-Ourinhos, tem realizado um trabalho efetivo em defesa dos transportares autôno-mos. Há diversas situações nas quais a entida-de interveio a favor do TAC e obteve sucesso, como é o caso de Ricardo Prado, caminho-neiro autônomo há 13 anos.

Prado levou a carga de uma transporta-dora ao cliente, que se negou a receber. Só lhe restou voltar à transportadora e aguar-dar. No total, foram cinco dias parados até a intervenção do sindicato, que solucionou o problema. ”Eles me ajudaram muito. Não tenho o que reclamar, só o que agradecer”, diz o caminhoneiro.

O profissional cobrava da transportado-ra o valor de R$ 2.500,00, incluindo o frete retorno. Mas, graças à intervenção do SIN-DICAM-Ourinhos, o caminhoneiro recebeu o valor total de R$ 9.233 mil, referente às 109 horas paradas, ao vale-pedágio e ao saldo de frete que a empresa só iria pagar com o recebimento dos canhotos de descarga em mãos. “Todos os valores foram pagos, antes mesmo de o caminhoneiro descarregar”, comemora Ariovaldo Júnior, diretor da en-tidade.

Direito asseguradoO SINDICAM tem pleno conhecimento

dos direitos dos caminhoneiros e, quando se depara com uma situação que prejudica o transportador, se fundamenta na lei para poder auxiliar o profissional. “O caminhonei-ro deve se portar com tranquilidade. Primei-ro tem que saber o que é lei, mas, se não souber, o sindicato está presente para poder ajudar”, diz o presidente da entidade, Ario-valdo Almeida.

De acordo com Ariovaldo, o papel do sin-dicado “é ser uma delegacia do trabalha-dor, onde devemos ser rígidos e cumprir a lei à risca”.

O presidente frisa que é importante que o transportador autônomo não dependa de acordos com transportadoras para receber o que tem direito, mas fazer com que elas cumpram com rigor o que pede a lei. “Assim como o sindicato tem que ser rígido no cum-primento da lei, o caminhoneiro também tem que ter a responsabilidade de não rea-lizar acordos, para que amanhã, ou depois, não seja prejudicado”, finaliza.

Ricardo Prado, caminhoneiro: valor recebido com acréscimo pelos dias parados

Departamento de ocorrências do SINDICAM-Ourinhos: a “dele-gacia do trabalhador”

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26 AGO/SET/OUT 2017 � EDIÇÃO 03 � fETrAbEnS Em rEvISTA

SInTACAPP-Presidente Prudente

“O poder está nas

mãos do caminho-

neiro. Não precisa

parar rodovia, a pa-

ralisação é ficar em

casa para o gover-

no sentir a força do

transportador”, natal

Brunholi, presidente

do SInTACAPP

SInTACAPP - Sindicato dos Taxistas Autônomos, Caminhoneiros Autônomos e Transportadores Autônomos de Passageiros de Presidente Prudente e Região - Rua Major Felicio Tarabay, 1.020 - Presidente Prudente/SP. CEP: 19010-052

Responsável: Natal Aparecido Brunholi - E-mail: [email protected] – Fone: (18) 3223-4990

Filiado à CnTA e Fetrabens

Luta constanteO SInTACAPP continua atento às necessidades dos caminhoneiros,

entre elas a questão do aumento do combustível

O Sindicato de Taxistas Autônomos, Ca-minhoneiros Autônomos e Transportadores Autônomos de Passageiros de Presidente Prudente, o SINTACAPP-Presidente Prudente, tem travado constantes lutas em favor da categoria. A entidade realiza ações efeti-vas para que os transportadores de carga tenham melhores condições de trabalho na região.

Para o presidente do SInTACAPP, natal Brunholi, a luta em favor dos caminhoneiros precisa ser constante, pois, a cada dia que passa, novos desafios surgem, como é o ca-so do aumento dos impostos sobre combus-tíveis. “A corda sempre estoura do lado mais fraco, e a gente, mesmo como entidade re-presentativa, se sente impotente”, diz Brunholi.

De acordo com o presidente, o trabalho em prol dos caminhoneiros é mais difícil, quando comparado à luta em favor dos ta-xistas. “Todo ano conseguimos aumento no valor da corrida para os taxistas, já para o caminhoneiro é mais difícil conseguir uma tabela de valores”, conta.

Com relação ao aumento dos com-bustíveis, Brunholi diz que uma das saídas

é chamar a atenção dos governantes. “O que nos resta a fazer pelo caminhoneiro é a paralisação, mas uma que faça com que o caminhoneiro não saia de casa. As-sim vai faltar tudo, inclusive o combustível”.

A força do transportador Para o presidente, a união da categoria

é importante para que as conquistas sejam concretizadas, e a falta dela faz com que muitas situações, prejudiciais ao transporta-dor, continuem pendentes. “O poder está nas mãos do caminhoneiro. Não precisa parar rodovia, a paralisação é ficar em ca-sa, para o governo sentir a força que tem o transportador. Mas, sem união não se resolve nada”, diz.

O SINTACAPP tem expectativas de um trabalho cada vez mais concreto em favor dos caminhoneiros. Por enquanto, a entida-de tem intensificado o auxílio que presta a seus associados por meio do departamento jurídico, assim como o diálogo que estabe-lece com os caminhoneiros da região para entender suas dificuldades e atendê-los no que for necessário.

Entre as lutas do sindicato está a questão do aumento do combustível

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fetrabens em revista � eDiÇÃO 03 � aGO/set/OUt 2017 27

SCAVR-Ribeirão Preto/SP

“Nós, do sindicato,

estamos sempre

com disponibilidade

quanto às orien-

tações e acom-

panhamentos dos

requisitos pertinentes

da categoria”, José

Rodolfo Rodrigues,

presidente do

SCAVR-Ribeirão

Preto

SCAVR-RP - Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários em Ribeirão Preto Rua Floriano Peixoto, 84 - Ribeirão Preto/SP. CEP: 14010-200 - Responsável: José Rodolfo Rodrigues

E-mail: [email protected] – Fone: (16) 3625-1149

Filiado à CnTA e Fetrabens

Atenção total no transporteDiante das mudanças referentes ao valor mínimo de frete,

o SCAVR-RP redobra seus trabalhos para o cumprimento da lei e pela conscientização do caminhoneiro

A luta por direitos e a conscientização dos deveres e obrigações são características de di-versas entidades ligadas aos transportadores de carga. Atualmente, muitos sindicatos acompa-nham de perto os desdobramentos de ações ligadas ao transporte de carga, como o valor mínimo do frete, vale pedágio e horas paradas.

Um grande exemplo disso é o Sindica-to dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários de Ribeirão Preto (SCAVR-Ri-beirão Preto), entidade que realiza um tra-balho bem próximo de seus associados, sempre atenta às suas necessidades. Para o presidente do sindicato, José Rodolfo Rodrigues, é importante que a entidade permaneça à disposição dos caminhonei-ros autônomos. “Nós, do sindicato, estamos sempre com disponibilidade quanto às orientações e acompanhamentos dos re-quisitos pertinentes da categoria”, conta.

ConscientizaçãoO presidente considera importante cons-

cientizar os caminhoneiros, principalmente em relação ao valor do frete, pois o que é oferecido, geralmente, não supre as necessi-dades do transportador. Mas, Rodrigues acre-

dita que os sindicatos podem fazer grande diferença na luta por melhores valores.

“Os fretes são negociados individual-mente através dos proprietários dos veícu-los, mas, mesmo assim, é muito importante a luta de nossa parte por uma adequação dos valores, a fim de que se cumpra o aten-dimento às suas obrigações profissionais e familiares”, diz o presidente.

ConquistaUma mostra disso é o Projeto de Lei (PL

528/15), que define uma política de pre-ços mínimos para o setor de transporte de cargas. Ele foi aprovado pela Comissão de Constituição e de Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, e segue para o Senado. Se entrar em vigor, essa lei beneficiará, consi-deravelmente, o transportador e garantirá melhores condições de trabalho.

“As entidades devem sempre cumprir a sua representatividade, e a reação diária deve ser ainda maior da categoria, uma vez que a livre negociação é feita por eles”, alerta Rodrigues. “Não havendo o compro-metimento entre os profissionais, o resultado sempre será prejudicado”, finaliza.

Crédito de Foto: Pixabay

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28 AGO/SET/OUT 2017 � EDIÇÃO 03 � fETrAbEnS Em rEvISTA

SInDICAM-RIBEIRãO PRETO - Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens ou Transportadores Rodoviários de Cargas em Geral de Ribeirão Preto e Região - Rodovia Anhanguera KM306 + 706 Metros (Outlet Sapato

Shopping) Ribeirão Preto/SP. CEP 14097-140 – Responsável: José Carlos Venerozo Júnior E-mail: [email protected] – Fone: (16) 4009-5120

“Celebrar datas,

como o Dia do

Motorista, é uma

maneira de mostrar

aos transportadores

a valorização do

trabalho árduo que

exercem no dia a

dia”, José Carlos

Venerozo Júnior,

presidente do

SInDICAM-Ribeirão

Preto

SInDICAM-Ribeirão Preto

Filiado à CnTA e Fetrabens

Comemoração em busca da integraçãoDurante evento do Dia do Motorista o SInDICAM-Ribeirão Preto salientou

a necessidade do transportador autônomo valorizar sua profissão

Desde a sua reinauguração, no início de junho, o Sindicato dos Transportadores Ro-doviários Autônomos de Bens ou Transpor-tadores Rodoviários de Cargas em Geral de Ribeirão Preto e Região (SINDICAM-Ribeirão Preto) tem realizado um trabalho importan-te junto à comunidade, e seguido na busca da união da categoria dos transportadores autônomos a outros setores da sociedade.

Um exemplo disso foi a comemoração ao Dia do Motorista, que a entidade realizou em sua sede, nos dias 22 e 23 de julho. O objetivo foi exatamente a integração e apoio às enti-dades sociais e filantrópicas de Ribeirão Preto e região. “Celebrar datas, como o Dia do Mo-torista, primeiro Dia Municipal do Transporta-dor e Dia Nacional do Caminhoneiro, é uma maneira de mostrar aos transportadores a va-lorização do trabalho árduo que exercem no dia a dia”, diz o presidente do SInDICAM-RP, José Carlos Venerozo Júnior.

A entidade deu espaço a várias entida-des de cunho social que, durante o even-to, apresentaram suas ações e expuseram barracas de comidas típicas e de artesana-to. Todo o valor arrecadado foi em prol de seus trabalhos. De acordo com o SINDICAM, “o evento proporcionou ao público um mo-

mento único de celebração e merecida homenagem aos motoristas”, completa.

Criando laçosA entidade contou, também, com a

presença de autoridades religiosas, que realizaram uma celebração ecumênica, com a bênção dos veículos e dos motoris-tas presentes. Dessa forma, o SINDICAM cria um laço entre as instituições e multiplica benfeitorias na sociedade.

Para o presidente, a aproximação dos caminhoneiros à comunidade onde atu-am é fundamental. “Queremos sempre fa-zer de nossos eventos, momentos em que celebramos em conjunto com os transpor-tadores. Buscamos maneiras de retornar benefícios à comunidade onde estamos inseridos, apoiando a parte educacional, realizando atendimentos de saúde e aju-dando entidades sociais”, diz.

Durante o evento, houve também expo-sição de carros antigos e atrações diversi-ficadas para o público infantil. Foram dois dias onde transportadores e comunidade puderam se divertir lado a lado, promoven-do, assim, o principal objetivo do SINDICAM-RP: a união de todos.

José Carlos Venerozo Júnior, presidente do SINDICAM-RP (pri-meiro da esquerda), junto com integrantes da comunidade e da igreja católica: valorização do trabalho árduo

Exposição de carros antigos: uma das atrações da comemo-ração do Dia do Motorista do SINDICAM-RP

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fetrabens em revista � eDiÇÃO 03 � aGO/set/OUt 2017 29

SInDICAM-Santos

SInDICAM-SAnTOS - Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira Rua Xavier da Silveira, 133 – Santos/SP. CEP: 11013-050 - Responsável: Sérgio Andrade Batista

E-mail: [email protected] – Fone: (13) 3235-7528

Filiado à CnTA e Fetrabens

“Estamos apenas

aguardando um

posicionamento da

Codesp para a efe-

tivação do projeto,

mas o processo está

bem adiantado”,

Alexsandro Viviani,

presidente do

SInDICAM-Santos

Caminhoneiros de Santos podem ganhar estacionamento amplo na região

De acordo com o SInDICAM-Santos, falta somente uma posição da Codesp para início das obras

O Sindicato dos Transportadores Rodoviá-rios Autônomos de Bens da Baixada Santis-ta, o SINDICAM-Santos, tem travado uma importante luta a favor dos caminhoneiros da região. A entidade pretende receber um terreno, que abrigará cerca de 800 cami-nhoneiros que passam pela baixada e vão em direção ao Porto de Santos. Atualmente, os caminhoneiros estacionam em uma pe-quena área da região, que lhes será tirada e transferida para um terreno ainda menor.

A atual área, que abriga cerca de 160 ca-minhões, pertence à Secretaria de Patrimônio da União (SPU), e foi concedida à Compa-nhia de Docas do Estado de São Paulo (Co-desp) para a construção de um viaduto, que servirá de acesso dos caminhões à área do Porto. Para atender os caminhoneiros, a Co-desp disponibilizou um novo terreno para es-tacionamento, mas, de acordo com o SIN-DICAM-Santos, a área é ainda menor, com capacidade para apenas 80 veículos.

Mais um passoAgora, mais do que nunca, vem à tona

uma luta da entidade, que acontece há mais de sete anos: a conquista de um terre-no que abrigará uma quantidade conside-rável de caminhões. A área fica no começo do Retão da Alemoa e, se a SPU liberar o lo-cal, abrigará cerca de 800 caminhões. “Essa seria a maior vitória do SINDICAM nos últimos dez anos”, conta o diretor da entidade, Jo-sé Cícero Rodrigues Agra, conhecido como Souza.

No início de agosto, o presidente do SInDICAM-Santos, Alexsandro Viviani, jun-tamente com a diretoria, estiveram na SPU para reivindicar o estacionamento no amplo terreno. Apesar de não ter previsão de início das obras, para o presidente o estaciona-mento já é fato. “Estamos apenas aguar-dando um posicionamento da Codesp pa-ra a efetivação do projeto, mas o processo está bem adiantado, porque já está carim-bado na prefeitura”, assegura Alexsandro, finalizando que a entidade conta com a parceria da Prefeitura de Santos para o pro-jeto e organização dos caminhoneiros nesse estacionamento. Agora, é só aguardar.

Caso seja aprovado, o novo espaço abrigará cerca de 800 caminhões

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30 AGO/SET/OUT 2017 � EDIÇÃO 03 � fETrAbEnS Em rEvISTA

SInDITAC-São José dos Campos

SInDITAC-SJC - Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de São José dos Campos e Região Av. Deputado Benedito Matarazzo, 4229 - sala 5 – São José dos Campos/SP. CEP: 12246-840

Responsável: Everaldo de Azevedo Bastos - E-mail: [email protected] – Fone: (12) 3207-8998

Filiado à CnTA e Fetrabens

“O projeto tem

que ser criado de

modo equilibrado,

de forma que todos

sejam beneficia-

dos”, Everaldo Bas-

tos, presidente do

SInDITAC-São José

dos Campos

SINDITAC-SJC conquista mudanças no projeto de cargas pesadas de Jacareí

A entidade, que acompanha o projeto de transporte de cargas pesadas de Jacareí, apresentou sugestões que visam melhorias

a favor dos caminhoneiros

O Sindicato dos Transportadores Autôno-mos de Carga de São José dos Campos (SINDITAC-SJC) tem participado, assidua-mente, de audiências realizadas pela Pre-feitura Municipal de Jacareí para tratar das novas regras para o projeto municipal “Rota de Cargas Pesadas”. De acordo com a pre-feitura, o programa tem por objetivo “pro-mover a melhoria de qualidade de vida e o desenvolvimento da cidade”.

Atenta a essa movimentação, a enti-dade, preocupada com o bem estar dos transportadores e firme na luta por melho-res condições de trabalho à categoria, pro-pôs condições a fim de garantir os direitos dos caminhoneiros autônomos. “O projeto tem que ser criado de modo equilibrado, de forma que todos sejam beneficiados”, diz o presidente do SInDITAC-SJC, Everaldo Bastos. “Por isso, elaboramos propostas que foram bem aceitas pelos representantes da prefeitura e pela população”, completa.

Segundo ele, as sugestões apresenta-das levaram em consideração a promo-ção de maior fluidez no trânsito da cida-de, o bem estar da população de Jacareí, assim como segurança no trânsito, preser-

vação do meio ambiente e das vias pú-blicas, além da adequação da lei à roti-na do motorista profissional. “A entidade reconhece e apoia o trabalho do poder público municipal e, ao mesmo tempo, é atenta às necessidades de todos os envol-vidos, especificamente os caminhoneiros autônomos”, salienta Bastos.

AlinhamentoA Prefeitura de Jacareí acatou diversas pro-

postas do SINDITAC-SJC para o projeto. Graças à entidade, os caminhões emplacados no município de Jacareí e empresas estabeleci-das na cidade receberão autorização espe-cial de circulação nas ruas e avenidas da ci-dade para trafegar em qualquer hora do dia. A liberação poderá ser retirada na prefeitura ou nas entidades de classe autorizadas.

Outra conquista do SINDITAC é a criação da Câmara de Estudos sobre o Transporte de Cargas, que será presidida pela Secretaria de Mobilidade Urbana de Jacareí, incumbida do acompanhamento e desenvolvimento do transporte de cargas no município, com a participação dos sindicatos dos transportes.

Projeto visa regulamentar o tráfego de caminhões pela cidade

Everaldo Bastos, presidente do SINDITAC-SJC, durante apresen-tação da Câmara de Estudos sobre o Transporte de Cargas

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fetrabens em revista � eDiÇÃO 03 � aGO/set/OUt 2017 31

SInDICAM-São Paulo

“Nosso compro-

misso com a cate-

goria nos levou a

procurar um partido

que pudesse garan-

tir que nossas reivin-

dicações fossem

defendidas com

mais empenho,

junto aos governos

Municipal, Estadual

e Federal”, norival

de Almeida Silva,

presidente do

SInDICAM-SP.

SInDICAM-SP - Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo Rua Heróis da Força Expedicionária Brasileira, 9 – São Paulo/SP. CEP: 02188-040 - Responsável: Norival de Almeida Silva

E-mail: [email protected] – Fone: (11) 2632-4622

Filiado à CnTA e Fetrabens

Norival de Almeida Silva, presidente do SINDICAM-SP, ao lado do deputado Estadual Campos Machado (PTB-SP)

Juntos para crescermos, ainda mais!á frente do departamento Sindical do PTB é a oportunidade de inserir

os caminhoneiros no contexto político do Estado e em nível nacional e de aderir às campanhas em prol do bem-estar da categoria

Por norival Almeida Silva

No início de 2014 decidi me filiar a um par-tido político, algo que jamais havia imagina-do em minha vida. Achava que o movimen-to sindical bastava. Até porque nunca pensei – e não tenho pretensão– ser candidato a nenhum cargo eletivo, seja no Legislativo ou no Executivo. Sempre me preocupei com o espírito de categoria, motivo que me levou a liderar, desde cedo, movimentos de cami-nhoneiros em minha terra natal, Ourinhos, e mais tarde aqui, na Capital Paulista. Entendi, entretanto, que a filiação a um partido políti-co, junto com a devida participação, ajuda-ria a conquistar melhorias mais rápidas para os caminhoneiros. Foi assim que me filiei ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) de São Paulo.

Nosso compromisso com a categoria dos caminhoneiros nos levou a tomar essa decisão, de procurar um partido que pudes-se garantir que nossas reivindicações fossem defendidas com mais empenho, junto aos governos Municipal, Estadual e Federal.

Não tardou para que o presidente da legenda, deputado Estadual Campos Ma-chado, me convidasse para assumir a pre-sidência do departamento SINDICAL. Aceitei o convite, pois vi a oportunidade de inserir os caminhoneiros no contexto político do Es-tado e em nível Nacional, e o contato com outras lideranças sindicais nos deixaria – a todos – mais fortalecidos. É o que aconte-ce e vem acontecendo. Passado um ano a frente do departamento Sindical do PTB, o PTB-Sindical, fizemos algumas discussões e defesas sobre temas que envolvem a classe trabalhadora, em geral, e passamos a nos dedicar na criação desse departamento em alguns municípios de São Paulo e em

outros estados. Trabalho que começa a to-mar corpo a partir de outubro, deste ano.

Recentemente o deputado Campos Ma-chado, preocupado com uma votação na Suprema Corte de Justiça Brasileira – o Su-premo Tribunal Federal (STF) – em que há a possibilidade da liberação da maconha e da cocaína, lançou, na Assembléia Legisla-tiva – onde estivemos presentes – a Frente Nacional Contra a Liberação da Maconha e da Cocaína. Motivo que igualmente nos preocupa. Tanto no que diz respeito à nossa categoria, exposta a todo tipo de circuns-tância, como no tocante à família brasileira.

Não hesitei! Como presidente da Federa-ção dos Caminhoneiros de Carga em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens) aderi à Frente e a levei para todos os sindicatos de caminhoneiros do Brasil (ver reportagem nes-ta edição). E como presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo, o SINDICAM-SP, fui o primeiro a aderir à campanha entre as demais entidades. Isso pensando na saú-de e no bem-estar tanto do caminhoneiro como de nossos familiares.

Acredito que esse seja o caminho. Estar-mos juntos para crescermos, ainda mais.

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32 AGO/SET/OUT 2017 � EDIÇÃO 03 � fETrAbEnS Em rEvISTA

SInDTAnQuE-São Paulo

SInDTAnQuE - Sindicato dos Transportadores Comerciais Autônomos de Cargas Liquidas e Produtos Corrosivos do Estado de São Paulo - Rua Heróis da Força Expedicionária Brasileira, 09 - 2º andar – São Paulo/SP. CEP: 02188-040

Responsável: Bernabé Antonio Parra Rodrigues - E-mail: [email protected] – Fone: (11) 2632-4622

“Formamos uma

pauta de reivindica-

ção, e vamos apre-

sentá-la em breve à

distribuidora”, Ber-

nabé Rodrigues, o

Gastão, presidente

do SInDTAnQuE-SP

Filiado à CnTA e Fetrabens

Entidade repudia exigência de trabalho da BR Distribuidora

A entidade luta, junto à empresa, pela manutenção dos caminhoneiros autônomos

O Sindicato os Transportadores Comer-ciais Autônomos de Cargas Líquidas e Produ-tos Corrosivos do Estado de São Paulo (SIN-DTANQUE-SP) tem travado uma importante luta contra às exigências de trabalho da Pe-trobras Distribuidora (BR) junto às cooperati-vas e empresas que contratam autônomos. Normas que, a cada dia, têm prejudicado mais esses trabalhadores.

Segundo Bernabé Rodrigues, o Gastão, presidente do SInDTAnQuE-SP, a BR passou a traçar requisitos fora das condições de atua-ção do autônomo e a aplicar multas diversas para as cooperativas e empresas, em valores que chegam à faixa de R$ 80mil, depois re-passados ao caminhoneiro.

Posteriormente, os autônomos também foram obrigados, pelas empresas, a altera-rem sua condição para empresa individual.

novos cortesNo contrato, firmado há cerca de 5

anos, a companhia excluiu totalmente, nas empresas, a participação dos autônomos e, nas cooperativas, a atuação deles está restrita a 80%. “Se somos proibidos de trans-portar as mercadorias deles, também não serviremos para consumir seus produtos. Se persistirem nesse raciocínio os sindicatos ini-

ciarão campanha de boicote aos materiais fornecidos pela BR”, alerta Gastão.

Segundo ele, nos contratos as coope-rativas e empresas deveriam se adequar à regras, como ter um número de viagens por dia pela distribuidora (o que não foi cumpri-do), assim como a adequação do frete pa-ra “fixo e variável”.

E as exigências não param por aí. “A legislação de cargas perigosas é assim: o veículo automotor precisa ter dez anos de fabricação e demais partes, 15 anos. Mas, a BR passou a requerer dos autônomos cin-co anos e, algumas empresas, dois anos no contrato”, relata Gastão. “Presumimos, assim, que isso seja uma forma mascarada para a eliminação dos caminhoneiros inde-pendentes, que há mais de cinco décadas realizam serviço de qualidade para a com-panhia, pois muitos se desligaram por não terem nenhuma contrapartida”, informa ele.

Para garantir o trabalho da classe, Gastão realizou uma reunião com todas as bases de transporte de combustíveis da Petrobrás. “Formamos uma pauta de reivindicação, e vamos apresentá-la em breve à distribuido-ra”, conta. “Espero que a BR entenda isso e volte a discutir profissionalmente na mesa, de forma responsável”, finaliza.

Novas exigências da distribui-dora impedem o trabalho de

autônomos

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fetrabens em revista � eDiÇÃO 03 � aGO/set/OUt 2017 33

SInDICAM SOROCABA - Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Sorocaba e RegiãoRua Salvador Pereira de Camargo, 251 - Sorocaba/SP - CEP.: 18103-035

Responsável: Vicente Chimenes - E-mail: [email protected] – Fone: (15) 3325-6103 - (15) 3325-6158

SInDICAM-Sorocaba

Filiado à CnTA e Fetrabens

“É importante que

o caminhoneiro

guarde os docu-

mentos. Em agosto

deste ano um de

nossos associados

recebeu uma dívida

de estadia no valor

de R$ 4.500,00”,

Vicente Chimenes,

presidente do SIn-

DICAM-Sorocaba

SINDICAM-Sorocaba auxilia na cobrança de fretes devidos

no caso de falta de pagamento, os caminhoneiros autônomos podem contar com o departamento jurídico da entidade

Para desenvolver um bom trabalho, sem dor de cabeça, o transportador autônomo precisa se atentar a algumas questões na hora de executar seu trabalho. Infelizmen-te, há muitos casos em que o caminhonei-ro deixa de receber o valor integral de seus fretes devido à falta da documentação ne-cessária e de atenção por parte do próprio transportador. Para garantir esses direitos, o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Sorocaba e Região, o SINDI-CAM-Sorocaba tem realizado um trabalho de orientação de seus associados.

De acordo com o advogado da entidade, Fernando Reis, a falta de documentação, co-mo contrato, notas e recibos, atrapalha muito no momento que o caminhoneiro presta um serviço e o contratante se recusa a pagar ou efetua somente parte do pagamento. Por isso, é necessário que o transportador fique atento e, dependendo da situação, tome algumas atitudes incomuns. “Muitas vezes o embarca-dor dificulta não fornecendo os documentos, então basta que o caminhoneiro tire fotos, com seu celular, das notas, da fachada da empresa e dos locais de carga e descarga”, conta Reis. “Mediante as provas, o transporta-

dor tem a vantagem de não ficar no prejuízo, ou seja, sem os pagamentos de saldo de fre-te, vale pedágio e estadia”, relata.

Caso solucionadoRecentemente, o SINDICAM-Sorocaba

atendeu o caso de um motorista, de Itú, que realizou uma série de serviços a uma transpor-tadora e só recebeu parte do pagamento. “Fizemos contato com a empresa para ten-tar um acordo, porém, sem sucesso. Então, entramos com uma ação de cobrança, que foi julgada procedente, e a dívida já está em execução”, conta Vicente Chimenes, presi-dente da entidade. “A empresa foi intimada a fazer o pagamento sob pena de penhora de bens”, completa.

O presidente diz que é importante que o caminhoneiro guarde os documentos. Em agosto deste ano, graças ao trabalho do sindicato, um caminhoneiro autônomo re-cebeu uma dívida de estadia no valor de R$ 4.500,00. “Tivemos que partir para a via jurídica, que só foi possível por conta dos documentos guardados. Caso contrário, ele teria que suportar o prejuízo”, finaliza.

Vicente Chimenes, presidente do SINDICAM-Sorocaba (à esquerda) atendendo associado: documentação do trabalho é essencial

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34 AGO/SET/OUT 2017 � EDIÇÃO 03 � fETrAbEnS Em rEvISTA

SInDITAC-Tatuí

SInDITAC-TATuÍ - Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Tatuí e Região Travessa Doutor Astor Azevedo, 22 – Tatuí/SP. CEP: 18270-520 - Responsável: Luiz Monzart Simão

E-mail: [email protected] – Fone: (15) 99713-2321

Filiado à CnTA e Fetrabens

“Estamos à dispo-

sição dos transpor-

tadores que neces-

sitam de apoio ou

tenham problemas

referentes ao trans-

porte rodoviário de

cargas”, Luiz Mon-

zart Simão, presi-

dente do SInDITAC-

Tatuí

SINDITAC-Tatuí verifica denúncias em cooperativa

A entidade fiscalizou as dependências e solicitou melhorias, além de reuniões com embarcadores

Para atender denúncias recebidas sobre as instalações e condições de trabalho na cooperativa Castrolanda (Itapetininga/SP), o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Tatuí e Região, o SINDITAC-Ta-tuí, visitou o local, no dia 14 de agosto, para verificar o que ocorria.

Parte das reclamações era sobre a demora no carregamento de paletes, o que faz com que transportadores tenham que aguardar vá-rios dias no pátio. “O espaço não dispõe de local para alimentação adequada, acesso à água e nem para banho. São apenas dois banheiros químicos”, informa Luiz Monzart Si-mão, presidente do SInDITAC-Tatuí.

Outra questão é o fato de o caminho-neiro precisar se manter alerta o tempo to-do, pois a ordem de carregamento pode acontecer a qualquer momento. Se o trans-portador perder o aviso, perde a vez.

Em sua visita à Castrolanda, Simão foi in-formado que só há atrasos no carregamento quando uma empilhadeira dá algum proble-ma, e que a cooperativa possui serviços à disposição do transportador, como banheiros com chuveiro quente, sala de espera com televisão, ar condicionado e área de serviço, porém, a 300 metros de distância do pátio.

Medidas adotadasSimão cobrou a construção de ao me-

nos um banheiro e um bebedouro no pátio que se encontra distante das dependências principais. Com relação à falta de refeitório, a cooperativa alega que dispõe de um pe-queno espaço somente para funcionários e não há como atender a demanda de ca-minhoneiros no momento, e que há apenas uma parceria com restaurante delivery.

O presidente também notificou a em-presa sobre o pagamento de estadias que são devidas a partir da 5ª hora no aguardo de liberação de carga, assim como o va-le-pedágio. A Castrolanda respondeu que é prestadora de serviço e que essas obri-gações são do embarcador que, no caso, são vários. Simão sugeriu, então, uma reu-nião com os embarcadores o mais breve possível. “Estamos no aguardo para que is-so se defina”, disse. “Estamos à disposição dos transportadores que necessitam de apoio ou tenham problemas referentes ao transporte rodoviário de cargas. Basta que entrem em contato com o sindicato para que tomemos as atitudes cabíveis”, finaliza.

Luiz Monzart Simão, presidente do SINDITAC-Tatuí (ao centro), com o Coordenador de Expedição, Adão, e da gerente admi-nistrativa, Andressa Paes, ambos da Castrolanda

Pátio da cooperativa Castrolanda: verificação de denúncias sobre a instalação

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