4 RECURSOS METODOLÓGICOS REVISADO

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    4 PERCURSOS METODOLÓGICOS

    Para o estudo e a análise de fenômenos humanos, faz-se necessário adotar uma

    forma, ou método, para se atingir o objetivo. Esse método, embasado em um corpo de

    conhecimentos e atividades sistemáticas, funciona como uma espécie de caminho que

    levará o pesquisador, com consistncia e seguran!a, ao resultado desejado. "esse

    intuito, optou-se por realizar o presente trabalho por meio de pesquisa qualitativa,

    conforme se e#plicita a seguir .

    4.1 Pesquisa Qualitativa

    $ natureza da pesquisa qualitativa costuma dei#ar em segundo plano os

    n%meros, sendo, portanto, eminentemente descritiva. &egundo '()$"* +data +Paulo

    coloca aqui uma cita!o de um terico da pesquisa qualitativa que esteja na tua

     bibliografia e que no seja o /rivinos. 0e preferncia cita!o direta com aspas .

    $ investiga!o qualitativa é multimetodolgica, na medida em que lida com

    informa!1es diversas, colhidas através de m%ltiplos meios, tais como2 observa!o,

    entrevistas transcritas, depoimentos, notas de campo, fotografias, estudos de

    significados, representa!1es sociais, simbolismos, percep!1es, pontos de vista,

     perspectivas, vivncias, e#perincias de vida. Em fun!o dessas caracter3sticas, o

    método qualitativo se mostrou o mais adequado a uma investiga!o que se debru!a

    sobre o elemento humano, mais precisamente os pescadores de uma dada comunidade

    ribeirinha e o seu cotidiano, o seu universo de valores, cren!as, significados e

    comportamentos, bem como sobre a estrutura social dessa comunidade

     Para $ugusto /rivi4os +5678, a pesquisa qualitativa se desenvolve a partir de

    dados obtidos pelo pesquisador diretamente do ambiente em que o sujeito observado ou

    entrevistado está inserido. Equivale a dizer que, por meio da observa!o +sem qualquer espécie de filtro do conte#to em que os indiv3duos se movimentam, praticam seus

    of3cios, realizam suas a!1es 9 em suma, observa!o do lugar onde eles e#ercem o seu

    modo de vida 9, so e#tra3das as informa!1es que sustentam a investiga!o.

    :onforme, igualmente, assinala /rivi4os +5678, as transcri!1es dos fenômenos

    observados trazem impressos os significados do ambiente em que ocorrem, o que

    implica uma viso, até certo ponto, subjetiva do que se busca estudar. Por isso, a

     percep!o dos fenômenos no seu conte#to é fundamental para a interpreta!o dosresultados da pesquisa.

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    $inda segundo /rivi4os +5678, a metodologia qualitativa pressup1e que a

     preocupa!o no é a de comprovar hipteses, visto que, nesse tipo de pesquisa, a sua

    dimenso terico-prática pressup1e que o foco da investiga!o é o processo; e no, o

     produto. Por isso, a maneira como os informantes, ou observados, se comportam em

    diferentes situa!1es, como se relacionam com familiares e com a comunidade, bem

    como relatam essas situa!1es é o que realmente importa. * autor enfatiza que se trata de

    um enfoque fenomenolgico, no qual os pressupostos culturais prprios do meio em que

    o sujeito está inserido ao longo de sua e#istncia é que plasmam os significados por ele

    atribu3dos aos fenômenos.

    < oportuno salientar que, de acordo com /rivi4os +5678, os fenômenos podem

    ser e#plicados mediante um processo indutivo-dialético, ou seja, devem ser 

    considerados na sua totalidade. Esclarece, ainda, o autor que o processo empregado para

    o atingimento e a compreenso da essncia dos fenômenos, em que pese inicialmente

    ser indutivo, ele vai se tornando dedutivo = medida que >se ultrapassa a aparncia do

    fenômeno?, quando, ento, passa-se a avaliar >um suporte terico que s se desvela =

    luz da prática social.?

    &endo a viso subjetiva uma caracter3stica do método qualitativo, é importante

    assinalar que, a despeito da carga de pessoalidade que esse tipo de pesquisa muitas

    vezes apresenta, a esta no deve ser imputada falta de rigor e@ou ausncia de

    cientificidade.

    )evando em considera!o os aspectos tratados acima, a constru!o desta

    investiga!o se deu em duas etapas2 +i Aeviso bibliográfica e +iiPesquisa e#ploratria,

    as quais sero e#plicitadas a seguir.

    4.2 Revisão i!lio"#$%i&a

    $ metodologia para a elabora!o de trabalhos acadmicos considera a reviso bibliográfica como o ponto de partida para todo tipo de investiga!o cient3fica. $

    reviso bibliográfica etc etc 'Paulo( &olo&a# aqui ao )e*os u)a &ita+ão ,i#eta- e*t#e

    asas- que &o*&eitue #evisão !i!lio"#$%i&a- #eti#a,a ,e u) ,os )a*uais ,e

    )eto,olo"ia ,a tua !i!lo"#a%ia/ .....

    $ reviso de bibliografia que embasou o presente trabalho envolveu a leitura de

     publica!1es como livros, disserta!1es, teses e artigos cient3ficos, jornais e sites

    especializados nas seguintes áreas do conhecimento2 pesquisa qualitativa, pesquisae#ploratria, histria oral, memria coletiva e pesca artesanal. $ consulta a esses

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    materiais visou recolher conceitos, fundamentos e demais subs3dios para a elabora!o

    do arcabou!o terico sobre o qual se construiu a pesquisa. Aessalta-se que, nessa

    reviso, foram e#aminados, especialmente, os conceitos que permeiam a memria

    coletiva e as rela!1es de ribeirinhos com os rios do seu entorno. $ pesquisa e#ploratria,

    que enfocou, através de observa!o presencial do pesquisador, a comunidade de

     pescadores do Paquetá será e#plicada no pr#imo item.

    4.0 Pesquisa elo#at#ia e sa3,a ,e &a)o

    :lassifica-se como e#ploratria a pesquisa que tem como objetivo familiarizar o

     pesquisador com o problema ou fenômeno a ser investigado, com vistas a torná-lo mais

    e#pl3cito ou, se for o caso, o habilite a construir hipteses. Esse tipo de pesquisa, na

    maioria das vezes, pressup1e levantamento bibliográfico, sa3da de campo 9 

    imprescind3veis para o conhecimento direto do objeto do estudo em seu prprio meio 9 ,

    entrevistas com pessoas que tiveram e#perincias práticas com o problema pesquisado,

     bem como a análise de e#emplos que estimulem a compreenso. Bá que considere que a

    entrevista é elemento obrigatrio da pesquisa e#ploratria, $ observa!o é igualmente

    elemento imprescins3vel.

     'Paulo( a i,ia essa. Te*s ,e &olo&a# aqui- *o )3*i)o u)a &ita+ão ,i#eta-

    e*t#e asas- et#a3,a ,a tua !i!lio"#a%ia so!#e esquisa elo#at#ia- que

    &o##o!o#e ou a)lie ou ese&i%ique essa a%i#)a+ão/

     

    $ pesquisa e#ploratria = qual se lan!ou a presente investiga!o valeu-se de

    sa3das de campo. Para tanto, aps a e#plora!o do local, com vistas ao reconhecimento

    do ambiente +observa!o da Praia do Paquetá e da :olônia dos Pescadores, empregou-

    se a técnica da realiza!o de entrevistas orais, segundo princ3pios metodolgicos da

    histria oral, a ser a e#plicitada mais adiante, neste trabalho.$ sa3da de campo realizou-se em várias etapas, incluindo, primeiramente, a

    observa!o do cotidiano dos sujeitos, a saber, os integrantes da comunidade dos

     pescadores2 foram observadas sua rotina de trabalho e suas intera!1es com o ambiente,

    sobretudo com o rio, com colegas e familiares; posteriormente foram feitas as

    entrevistas, bem como levantamento fotográfico das diversas outras situa!1es que fazem

     parte das suas vivncias, tais como as cheias, as festividades da Praia do Paquetá Et&-

    Et&- Et&....'v5 se te*s al"o )ais a aes&e*ta#/6s visitas foram realizadas no per3odo compreendido entre o )5s tal ,e 2714 e

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    )5s tal ,e 2718- et&.

    'icou evidenciado, ao longo do processo, que a metodologia da Bistria *ral,

    e#plicitada no item a seguir, é de e#trema utilidade para a pesquisa e#ploratria, dada a

    sua estreita rela!o com aquela.

    .

    4.4 6 9ist#ia O#al

    Para a constru!o das memrias dos pescadores a respeito do seu cotidiano, foi

    utilizada a metodologia da Bistria *ral. Para tanto, o percurso metodolgico buscou

    suporte em Cosé :arlos &. D. eihF +GH55. Para esse autor, trata-se de um gnero

    historiográfico bastante cultivado e com crescente p%blico, sobretudo quando as

    narrativas tm aspira!o de longo curso e versam sobre aspectos continuados da

    e#perincia de pessoas, um tipo de narra!o com come!o, meio e fim.

     Para eihF +GH55, a Bistria *ral é uma prática nova. Para que ela ocorra, é de

    fundamental importIncia a interpreta!o da histria e das sociedades mutáveis, e das

    suas culturas, através da escuta das pessoas e do registro de suas lembran!as e

    e#perincias. 0entre as importantes contribui!1es dadas pelos historiadores histricos

    orais para a discusso sobre o uso da entrevista como fonte está o sentido do documento

    e da análise que se faz dos te#tos produzidos a partir de depoimentos. $ simples forma

    amador3stica de capta!o de entrevistas no deve ser confundida Bistria *ral, visto que

    so coisa bem distintas.

    < oportuno esclarecer que a Bistria *ral no é feita de biografias, de e#presso

    escrita, invariavelmente apoiada na fala, vale dizer, baseada no relato de fatos

    corriqueiros e fatos notáveis que permearam a vida dos entrevistados e em outros

    suportes. Bá ainda que se fazer a seguinte distin!o2 visto que a memria e a prpria

    narrativa no obedecem = sequncia lgica dos fatos, a entrevista de histria oral devida que sustentam as biografias ganharia foros de constru!o poética ou literária.

    Esclarecimentos como esses se fazem necessários, na medida em que é bastante

    comum a confuso entre Bistria *ral com *ralidade, histria oral de vida e outras

    modalidades. $ssim sendo, é necessário conceituar Bistria *ral, para que esses e

    outros equ3vocos amador3sticos no se perpetuem. &egundo eihF +GH55, para haver 

    Bistria *ral é preciso que haja trs elementos2 depoente, pesquisador e gravador .

    $o se definir Bistria *ral dentro de limites precisos, é importante destacar seustrs ramos2 Bistria *ral de Jida, Bistria *ral /emática e /radi!o *ral. $ histria

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    oral de vida é sempre um >retrato oficial?, uma verso >fabricada?, >intencional?. "essa

    dire!o, a >verdade? reside na verso oferecida pelo narrador, que é soberano para

    revelar, ocultar, negar, esquecer ou deformar casos, situa!1es... Por primazia, as fontes

    orais sero, os objetos privilegiados deste trabalho, sero coletadas durante a pesquisa

    de campo as narrativas dos pescadores, constitu3dos em depoimentos autorizados sobre

    rios, a pesca, la!os familiares, histrias de vida e de trabalho. $ entrevista permite o

    acesso aos dados de dif3cil obten!o por meio da observa!o direta, tais como

    sentimentos, pensamentos e inten!1es +eihF, GH55.

    Para garantir o foco nas e#perincias, e nos aspectos subjetivo dos depoimentos,

    eihF, orienta que as entrevistas sejam livres e aberta o mais poss3vel, com esta postura

    >permitem-se entradas em territrios de dif3ceis acesso como vida privada, constru!o

    de afetos pessoais e coletivos, vis1es subjetivas...? +pg. 7G, eihF, GH55

    4.4.1 A formação da colônia

     A Colônia é definida “pelos padrões gerais de sua comunidade de destino”, que

    é “aquilo que identifica as pessoas, os motivos, as trajetórias que as reúnem em

    características afins” !ei"#,$%%&' () apud Caldas, *++)- A .ede é “uma su/divis0o

    da colônia e que visa esta/elecer par1metros para decidir so/re quem deve ser

    entrevistado ou n0o”, ou seja, define “cola/orador” como uma pessoa que aceitar2 ser

    entrevistada e que ocupar2 papel preponderante na pesquisa, sem os quais a mesma n0o

    seria via/ili3ada- “Comunidade de destino”, se d2 a partir do envolvimento do

    pesquisador com os sujeitos o/servados, criando “ vinculo de ami3ade e confian4a com

    os recordadores”, formando as condi4ões para que “se alcance a compreens0o plena de

    uma dada condi40o "umana”, uma postura de entrega, e5pressa pr2tica e teoricamente

    pelos sujeitos envolvidos pesquisador e recordadores, 6osi apud Caldas, *++)-

    A fun40o da Colônia, da .ede e da Comunidade de destino, segundo !ei"#, é de

    construir um grupo que se une por uma trajetória comum, se constituindo a partir das

    narrativas, au5iliadas por uma “pergunta de corte” que assegura certa uniformidade e

    “define e refor4a sentimentos de pertencimento e fronteiras sociais”- $ partir desta

    técnica apresentada- foi realizada a escolha da colônia +grupo de colaboradores a serem

    entrevistados pertencente = comunidade de destino, ou seja, os pescadores da Praia do

    Paquetá aqui conceituada como >comunidade de pescadores?.

    $ coleta de dados inicia com a entrevista >zero?, na qual uma pessoa-font e-servirá de subs3dio para formar a rede de colaboradores. $ rede em questo é uma

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    subdiviso da colônia e o corte de quem será entrevistado. Prop1e-se que esta indica!o

    >zero? se d pelos prprios pescadores +EKBL, GHHM.

    “Quem é esta pessoa?” (m colaborador para ajudar a identificar o grupo a ser 

    entrevistado, este informante no participará junto das outras entrevistas. Em rela!o ao

    n%mero de entrevistados neste estudo, eles foram recrutados de acordo com a

    disponibilidade. 0entre esses, estava a pessoa-fonte, Paulo 0enilto, o presidente da

    $ssocia!o dos oradores e Pescadores da Praia do Paquetá, que nos apresentou os

     pescadores que moram no Paquetá, suas mulheres e moradores que há mais tempo

    e#ercem o of3cio de pescadores e@ou seus familiares diretos. Kmportante destacar que

    este informante, colaborou com as sugest1es das sa3das de campo que forma realizadas,

    como o 0ia do Pescador +G6 de junho, o Pescando )i#o, e a participa!o da audincia

    do 'rum 0elta do Cacu3 9A&.

    Esclareceu-se ao 0enilto os objetivos do atual estudo, pesquisa acadmica em

    emria e Dens :ulturais do (nilasalle, cujo tema é o :otidiano dos Pescadores da

    Praia do Paquetá. Knformou-se sobre o interesse na pesquisa e sobre a importIncia da

    histria da Praia e dos pescadores para o munic3pio de :anoas. $bordou-se, também

    sobre os temas ambientais, de sustentabilidade e solicitou -se os registros e documentos

    que estivessem em posse da $ssocia!o 9 principalmente a lista de moradores e

     pescadores que vivem, moram e trabalham na Praia do Paquetá.

    Maa ,a &ol:*ia ,os &ola!o#a,o#es ,a esquisa

     Nome do colaborador Data da

    entrevista

    $lberi 'agundes Jarela

     /em MM anos, nasceu em Porto $legre morou

    no bairro "iteri e é morador da Praia do

    Paquetá desde seus 5G anos de idade; no é

     pescador profissional, apenas au#ilia sua

    esposa Em3lia, que possui carteira de

     pescadora artesanal.

    $ntenor Polido de $ndrade

    :om seus 88 anos, é morador da Praia do

    Paquetá há G8 anos, casado, possui filhos

     pescador profissional.

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    0arlei dos &antos Pires

    /em NH anos, é casado, tem dois filhos e é

    morador e pescador da Prainha do Paquetá.

    Evair de *liveira )opes

    $pelido2 $lemo, NO anos, casado, trs filhos,

    natural de :anoas, reside na Praia do Paquetádesde sempre, filho de pescadores, num total

    de dez irmos, e todos ajudavam o pai, que,

    além de pescador, também colhia capim.

    iro

     "asceu e se criou na Praia do Paquetá, veio

    da ilha do outro lado aos dois anos; com MN

    anos de idade, so MG anos morando na beira

    dágua, pescando, aqui dentro de canoas.

    :asado, tem seis filhos.

     "élson /adeu dos &antos

     /em NM anos, é natural de Esteio, é pescador 

     profissional e morador da Praia do Paquetá.

    :asado, tem cinco filhos.

    Paulo 0enilto

    &ueli artins de *liveira

    /em N5 anos, é de fam3lia de pescadores,

    sempre morou na Praia do Paquetá, é

     pescadora profissional. :asada, tem cinco

    filhos e seis netos.

    Qilson Aios :orreia

     $pelido2 Rui, SG anos, casado com Risele de

    *liveira, tm trs filhos, todospescadores e

    moradores da Praia do Paquetá.

    4.5 O trabalho com as entrevistas e a análise

    6QUI REL6T6R SORE OS DEM6IS P6SSOS DO TR66L9O- CO; EAPLIC6R O PORQUB DE ;@O

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    Cola!o#a+ão e t#a*sia+ão( o# que *ão utilia#

    $ metodologia da Bistria *ral representa uma conquista para as pesquisas da

    área das :incias &ociais. "o entanto, alguns procedimentos adotados por 

     pesquisadores da área ainda so questionados, principalmente no Imbito acadmico e

    especificamente no que se refere = cientificidade da produ!o de conhecimentos.

    Bistria *ral, Pesquisa Tualitativa, Pesquisa E#ploratria, entrevistas, grava!1es

    so conceitos intimamente relacionados. "o que concerne = Bistria *ral, dois

    conceitos so particularmente alvo de cr3ticas por parte de quem coloca o rigor 

    cient3fico no topo da lista das e#igncias a serem atendidas no campo da investiga!o

    cient3fica2 o conceito de colabora!o e o de transcria!o, ambos concebidos por eihF

    * produto final de um projeto de histria oral é coletivo, na medida em que foi

    constru3do por um pesquisador, ou entrevistador, e um entrevistado, ou colaborador, que

    so responsáveis por esse produto. /rata-se, a toda evidncia, de uma colabora!o. Por 

    isso, a entrevista da histria oral é entendida como a reprodu!o de um encontro a partir 

    do qual foi constru3da a narrativa objetivada pela pesquisa qualitativa e e#ploratria

    desenvolvida.

    :omo, nesse processo, há duas subjetividades envolvidas, ou dois saberes

    diferenciados, poss3veis contradi!1es esto subjacentes; e, ainda, como a entrevista é

    gravada e terá de ser transcrita, poss3vel pressupor que, aps a elabora!o te#tual, o que

    era colabora!o passa a ser uma transcria!o.

    Esta defini!o, prpria da área da literatura, quando aplicada = área da histria

    oral, transfere para o pesquisador-entrevistador a responsabilidade pela constru!o de

    uma narrativa que se reporta mais ao sentido do que é falado do que = reprodu!o literaldas palavras faladas pelo entrevistado.

     'ica assim evidenciada a importIncia do comprometimento do pesquisador com

    o entrevistado quanto e com a histria deste, e da qual, passado o momento da

    entrevista, o pesquisador se apropria, tornando seu o conhecimento do outro. E desse

    ardil é dif3cil escapar.

    0ecorrem de fatos como esse as cr3ticas quanto ao grau de cientificidade desse

    tipo de trabalho, do qual, no entanto, se enfocado de outro ponto de vista, poder-se-iadizer que tem o mérito de valorizar o caráter humano que deve presidir o trato com

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     pessoas. $final, essas, muito mais do que objetos de pesquisa, so protagonistas de suas

    histrias.

    &opesando os ps e contras da transcria!o, acima e#postos, optou-se por....

    +Paulo2 completar...

     xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

    * entrevistado, ao contar suas e#perincias, transforma o que foi vivido em

    linguagem. $ssim, tomamos as narrativas como e#perincias que nos so narradas pelo

    diálogo promovido nas entrevistas. "esse sentido, acontecimentos, conte#tos ou

    situa!1es vividas pelo entrevistado so transmitidos ao entrevistador, constituindo-se

    ambos, no momento mesmo da entrevista, sujeitos da narrativa reconstru3da pelodiálogo, +$)DEA/K, GHHN+Paulo2 esta autora no está elencada na tua bibliografia,

    além disso, se for cita!o direta, ipsis litteris, tens de colocar aspas. *utra coisa2 no sei

    onde encai#ar esse parágrafo a3 de cima, conforme a orientadora sugeriu. 

    $ps a transcri!o das entrevistas, a organiza!o e a análise dos relatos de

    memria dar-se-á a partir da metodologia Elementos da $nálise Knterpretativa para

    Aelatos *rais, utilizando-se o que foi proposto por  $ndrade +GH5M +no está elencado

    na bibliografia.

    Tuadro S 9 Elementos da análise interpretativa para relatos orais

    - )er e reler as transcri!1es para apreender o conte%do das falas

    - Kdentificar os aspectos relacionados diretamente com o objeto de estudo e anotar 

    em planilha

    - relacionar o relato oral com os demais tipos de pesquisa

    - organizar os temas identificados em grandes tpicos

    - verificar a repeti!o ou cita!o de um mesmo assunto entre os entrevistados

    - estabelecer a rela!o entre os depoimentos e os objetivos elencados

      'onte2 Daseado em $"0A$0E, :laudio A. D., GH5M.

    'oram realizadas sete sa3das de campo, para conhecer e ampliar o estudo sobre o

    local, para fazer a escolha dos entrevistados e para obter informa!1es sobre os

    acontecimentos e eventos locais

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    4.J E*saio visual so!#e o &oti,ia*o ,os es&a,o#es ,a P#aia ,o Paquet$

    * presente trabalho foi permeado por uma sequncia de fotos que foram

    registradas ao longo das sa3das de campo e durante as entrevistas. &egundo Darthes

    +GH5M, p. NG, a fotografia >talvez tenha uma resistncia invenc3vel para acreditar no

     passado, na histria, a no ser sob forma de mito?. "esse sentido, para Darthes >pela

     primeira vez, faz cessas essa resistncia2 o passado doravante é to seguro quanto o

     presente, o que se v no papel é to seguro que se toca. < o advento da fotografia... que

     partilha a histria do mundo?.

    Para o registro e capta!o das narrativas dos pescadores, utilizou-se o aplicativo

    de gravador de voz através do tablet,; e o aplicativo de fotos, para registro de imagens.

    >/oda fotografia é certificado de presen!a. Esse certificado é o gene novo que sua

    inven!o introduziu na fam3lia das imagens? +D$A/BE&, GH5, p. 5G6.

    75plicar mel"or como foi reali3ado o ensaio visual-

    4.K Eosi+ão iti*e#a*te

     :olocar aqui os passos para a realiza!o do projeto e da e#posi!o.