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8/17/2019 4 RECURSOS METODOLÓGICOS REVISADO
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4 PERCURSOS METODOLÓGICOS
Para o estudo e a análise de fenômenos humanos, faz-se necessário adotar uma
forma, ou método, para se atingir o objetivo. Esse método, embasado em um corpo de
conhecimentos e atividades sistemáticas, funciona como uma espécie de caminho que
levará o pesquisador, com consistncia e seguran!a, ao resultado desejado. "esse
intuito, optou-se por realizar o presente trabalho por meio de pesquisa qualitativa,
conforme se e#plicita a seguir .
4.1 Pesquisa Qualitativa
$ natureza da pesquisa qualitativa costuma dei#ar em segundo plano os
n%meros, sendo, portanto, eminentemente descritiva. &egundo '()$"* +data +Paulo
coloca aqui uma cita!o de um terico da pesquisa qualitativa que esteja na tua
bibliografia e que no seja o /rivinos. 0e preferncia cita!o direta com aspas .
$ investiga!o qualitativa é multimetodolgica, na medida em que lida com
informa!1es diversas, colhidas através de m%ltiplos meios, tais como2 observa!o,
entrevistas transcritas, depoimentos, notas de campo, fotografias, estudos de
significados, representa!1es sociais, simbolismos, percep!1es, pontos de vista,
perspectivas, vivncias, e#perincias de vida. Em fun!o dessas caracter3sticas, o
método qualitativo se mostrou o mais adequado a uma investiga!o que se debru!a
sobre o elemento humano, mais precisamente os pescadores de uma dada comunidade
ribeirinha e o seu cotidiano, o seu universo de valores, cren!as, significados e
comportamentos, bem como sobre a estrutura social dessa comunidade
Para $ugusto /rivi4os +5678, a pesquisa qualitativa se desenvolve a partir de
dados obtidos pelo pesquisador diretamente do ambiente em que o sujeito observado ou
entrevistado está inserido. Equivale a dizer que, por meio da observa!o +sem qualquer espécie de filtro do conte#to em que os indiv3duos se movimentam, praticam seus
of3cios, realizam suas a!1es 9 em suma, observa!o do lugar onde eles e#ercem o seu
modo de vida 9, so e#tra3das as informa!1es que sustentam a investiga!o.
:onforme, igualmente, assinala /rivi4os +5678, as transcri!1es dos fenômenos
observados trazem impressos os significados do ambiente em que ocorrem, o que
implica uma viso, até certo ponto, subjetiva do que se busca estudar. Por isso, a
percep!o dos fenômenos no seu conte#to é fundamental para a interpreta!o dosresultados da pesquisa.
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$inda segundo /rivi4os +5678, a metodologia qualitativa pressup1e que a
preocupa!o no é a de comprovar hipteses, visto que, nesse tipo de pesquisa, a sua
dimenso terico-prática pressup1e que o foco da investiga!o é o processo; e no, o
produto. Por isso, a maneira como os informantes, ou observados, se comportam em
diferentes situa!1es, como se relacionam com familiares e com a comunidade, bem
como relatam essas situa!1es é o que realmente importa. * autor enfatiza que se trata de
um enfoque fenomenolgico, no qual os pressupostos culturais prprios do meio em que
o sujeito está inserido ao longo de sua e#istncia é que plasmam os significados por ele
atribu3dos aos fenômenos.
< oportuno salientar que, de acordo com /rivi4os +5678, os fenômenos podem
ser e#plicados mediante um processo indutivo-dialético, ou seja, devem ser
considerados na sua totalidade. Esclarece, ainda, o autor que o processo empregado para
o atingimento e a compreenso da essncia dos fenômenos, em que pese inicialmente
ser indutivo, ele vai se tornando dedutivo = medida que >se ultrapassa a aparncia do
fenômeno?, quando, ento, passa-se a avaliar >um suporte terico que s se desvela =
luz da prática social.?
&endo a viso subjetiva uma caracter3stica do método qualitativo, é importante
assinalar que, a despeito da carga de pessoalidade que esse tipo de pesquisa muitas
vezes apresenta, a esta no deve ser imputada falta de rigor e@ou ausncia de
cientificidade.
)evando em considera!o os aspectos tratados acima, a constru!o desta
investiga!o se deu em duas etapas2 +i Aeviso bibliográfica e +iiPesquisa e#ploratria,
as quais sero e#plicitadas a seguir.
4.2 Revisão i!lio"#$%i&a
$ metodologia para a elabora!o de trabalhos acadmicos considera a reviso bibliográfica como o ponto de partida para todo tipo de investiga!o cient3fica. $
reviso bibliográfica etc etc 'Paulo( &olo&a# aqui ao )e*os u)a &ita+ão ,i#eta- e*t#e
asas- que &o*&eitue #evisão !i!lio"#$%i&a- #eti#a,a ,e u) ,os )a*uais ,e
)eto,olo"ia ,a tua !i!lo"#a%ia/ .....
$ reviso de bibliografia que embasou o presente trabalho envolveu a leitura de
publica!1es como livros, disserta!1es, teses e artigos cient3ficos, jornais e sites
especializados nas seguintes áreas do conhecimento2 pesquisa qualitativa, pesquisae#ploratria, histria oral, memria coletiva e pesca artesanal. $ consulta a esses
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materiais visou recolher conceitos, fundamentos e demais subs3dios para a elabora!o
do arcabou!o terico sobre o qual se construiu a pesquisa. Aessalta-se que, nessa
reviso, foram e#aminados, especialmente, os conceitos que permeiam a memria
coletiva e as rela!1es de ribeirinhos com os rios do seu entorno. $ pesquisa e#ploratria,
que enfocou, através de observa!o presencial do pesquisador, a comunidade de
pescadores do Paquetá será e#plicada no pr#imo item.
4.0 Pesquisa elo#at#ia e sa3,a ,e &a)o
:lassifica-se como e#ploratria a pesquisa que tem como objetivo familiarizar o
pesquisador com o problema ou fenômeno a ser investigado, com vistas a torná-lo mais
e#pl3cito ou, se for o caso, o habilite a construir hipteses. Esse tipo de pesquisa, na
maioria das vezes, pressup1e levantamento bibliográfico, sa3da de campo 9
imprescind3veis para o conhecimento direto do objeto do estudo em seu prprio meio 9 ,
entrevistas com pessoas que tiveram e#perincias práticas com o problema pesquisado,
bem como a análise de e#emplos que estimulem a compreenso. Bá que considere que a
entrevista é elemento obrigatrio da pesquisa e#ploratria, $ observa!o é igualmente
elemento imprescins3vel.
'Paulo( a i,ia essa. Te*s ,e &olo&a# aqui- *o )3*i)o u)a &ita+ão ,i#eta-
e*t#e asas- et#a3,a ,a tua !i!lio"#a%ia so!#e esquisa elo#at#ia- que
&o##o!o#e ou a)lie ou ese&i%ique essa a%i#)a+ão/
$ pesquisa e#ploratria = qual se lan!ou a presente investiga!o valeu-se de
sa3das de campo. Para tanto, aps a e#plora!o do local, com vistas ao reconhecimento
do ambiente +observa!o da Praia do Paquetá e da :olônia dos Pescadores, empregou-
se a técnica da realiza!o de entrevistas orais, segundo princ3pios metodolgicos da
histria oral, a ser a e#plicitada mais adiante, neste trabalho.$ sa3da de campo realizou-se em várias etapas, incluindo, primeiramente, a
observa!o do cotidiano dos sujeitos, a saber, os integrantes da comunidade dos
pescadores2 foram observadas sua rotina de trabalho e suas intera!1es com o ambiente,
sobretudo com o rio, com colegas e familiares; posteriormente foram feitas as
entrevistas, bem como levantamento fotográfico das diversas outras situa!1es que fazem
parte das suas vivncias, tais como as cheias, as festividades da Praia do Paquetá Et&-
Et&- Et&....'v5 se te*s al"o )ais a aes&e*ta#/6s visitas foram realizadas no per3odo compreendido entre o )5s tal ,e 2714 e
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)5s tal ,e 2718- et&.
'icou evidenciado, ao longo do processo, que a metodologia da Bistria *ral,
e#plicitada no item a seguir, é de e#trema utilidade para a pesquisa e#ploratria, dada a
sua estreita rela!o com aquela.
.
4.4 6 9ist#ia O#al
Para a constru!o das memrias dos pescadores a respeito do seu cotidiano, foi
utilizada a metodologia da Bistria *ral. Para tanto, o percurso metodolgico buscou
suporte em Cosé :arlos &. D. eihF +GH55. Para esse autor, trata-se de um gnero
historiográfico bastante cultivado e com crescente p%blico, sobretudo quando as
narrativas tm aspira!o de longo curso e versam sobre aspectos continuados da
e#perincia de pessoas, um tipo de narra!o com come!o, meio e fim.
Para eihF +GH55, a Bistria *ral é uma prática nova. Para que ela ocorra, é de
fundamental importIncia a interpreta!o da histria e das sociedades mutáveis, e das
suas culturas, através da escuta das pessoas e do registro de suas lembran!as e
e#perincias. 0entre as importantes contribui!1es dadas pelos historiadores histricos
orais para a discusso sobre o uso da entrevista como fonte está o sentido do documento
e da análise que se faz dos te#tos produzidos a partir de depoimentos. $ simples forma
amador3stica de capta!o de entrevistas no deve ser confundida Bistria *ral, visto que
so coisa bem distintas.
< oportuno esclarecer que a Bistria *ral no é feita de biografias, de e#presso
escrita, invariavelmente apoiada na fala, vale dizer, baseada no relato de fatos
corriqueiros e fatos notáveis que permearam a vida dos entrevistados e em outros
suportes. Bá ainda que se fazer a seguinte distin!o2 visto que a memria e a prpria
narrativa no obedecem = sequncia lgica dos fatos, a entrevista de histria oral devida que sustentam as biografias ganharia foros de constru!o poética ou literária.
Esclarecimentos como esses se fazem necessários, na medida em que é bastante
comum a confuso entre Bistria *ral com *ralidade, histria oral de vida e outras
modalidades. $ssim sendo, é necessário conceituar Bistria *ral, para que esses e
outros equ3vocos amador3sticos no se perpetuem. &egundo eihF +GH55, para haver
Bistria *ral é preciso que haja trs elementos2 depoente, pesquisador e gravador .
$o se definir Bistria *ral dentro de limites precisos, é importante destacar seustrs ramos2 Bistria *ral de Jida, Bistria *ral /emática e /radi!o *ral. $ histria
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oral de vida é sempre um >retrato oficial?, uma verso >fabricada?, >intencional?. "essa
dire!o, a >verdade? reside na verso oferecida pelo narrador, que é soberano para
revelar, ocultar, negar, esquecer ou deformar casos, situa!1es... Por primazia, as fontes
orais sero, os objetos privilegiados deste trabalho, sero coletadas durante a pesquisa
de campo as narrativas dos pescadores, constitu3dos em depoimentos autorizados sobre
rios, a pesca, la!os familiares, histrias de vida e de trabalho. $ entrevista permite o
acesso aos dados de dif3cil obten!o por meio da observa!o direta, tais como
sentimentos, pensamentos e inten!1es +eihF, GH55.
Para garantir o foco nas e#perincias, e nos aspectos subjetivo dos depoimentos,
eihF, orienta que as entrevistas sejam livres e aberta o mais poss3vel, com esta postura
>permitem-se entradas em territrios de dif3ceis acesso como vida privada, constru!o
de afetos pessoais e coletivos, vis1es subjetivas...? +pg. 7G, eihF, GH55
4.4.1 A formação da colônia
A Colônia é definida “pelos padrões gerais de sua comunidade de destino”, que
é “aquilo que identifica as pessoas, os motivos, as trajetórias que as reúnem em
características afins” !ei"#,$%%&' () apud Caldas, *++)- A .ede é “uma su/divis0o
da colônia e que visa esta/elecer par1metros para decidir so/re quem deve ser
entrevistado ou n0o”, ou seja, define “cola/orador” como uma pessoa que aceitar2 ser
entrevistada e que ocupar2 papel preponderante na pesquisa, sem os quais a mesma n0o
seria via/ili3ada- “Comunidade de destino”, se d2 a partir do envolvimento do
pesquisador com os sujeitos o/servados, criando “ vinculo de ami3ade e confian4a com
os recordadores”, formando as condi4ões para que “se alcance a compreens0o plena de
uma dada condi40o "umana”, uma postura de entrega, e5pressa pr2tica e teoricamente
pelos sujeitos envolvidos pesquisador e recordadores, 6osi apud Caldas, *++)-
A fun40o da Colônia, da .ede e da Comunidade de destino, segundo !ei"#, é de
construir um grupo que se une por uma trajetória comum, se constituindo a partir das
narrativas, au5iliadas por uma “pergunta de corte” que assegura certa uniformidade e
“define e refor4a sentimentos de pertencimento e fronteiras sociais”- $ partir desta
técnica apresentada- foi realizada a escolha da colônia +grupo de colaboradores a serem
entrevistados pertencente = comunidade de destino, ou seja, os pescadores da Praia do
Paquetá aqui conceituada como >comunidade de pescadores?.
$ coleta de dados inicia com a entrevista >zero?, na qual uma pessoa-font e-servirá de subs3dio para formar a rede de colaboradores. $ rede em questo é uma
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subdiviso da colônia e o corte de quem será entrevistado. Prop1e-se que esta indica!o
>zero? se d pelos prprios pescadores +EKBL, GHHM.
“Quem é esta pessoa?” (m colaborador para ajudar a identificar o grupo a ser
entrevistado, este informante no participará junto das outras entrevistas. Em rela!o ao
n%mero de entrevistados neste estudo, eles foram recrutados de acordo com a
disponibilidade. 0entre esses, estava a pessoa-fonte, Paulo 0enilto, o presidente da
$ssocia!o dos oradores e Pescadores da Praia do Paquetá, que nos apresentou os
pescadores que moram no Paquetá, suas mulheres e moradores que há mais tempo
e#ercem o of3cio de pescadores e@ou seus familiares diretos. Kmportante destacar que
este informante, colaborou com as sugest1es das sa3das de campo que forma realizadas,
como o 0ia do Pescador +G6 de junho, o Pescando )i#o, e a participa!o da audincia
do 'rum 0elta do Cacu3 9A&.
Esclareceu-se ao 0enilto os objetivos do atual estudo, pesquisa acadmica em
emria e Dens :ulturais do (nilasalle, cujo tema é o :otidiano dos Pescadores da
Praia do Paquetá. Knformou-se sobre o interesse na pesquisa e sobre a importIncia da
histria da Praia e dos pescadores para o munic3pio de :anoas. $bordou-se, também
sobre os temas ambientais, de sustentabilidade e solicitou -se os registros e documentos
que estivessem em posse da $ssocia!o 9 principalmente a lista de moradores e
pescadores que vivem, moram e trabalham na Praia do Paquetá.
Maa ,a &ol:*ia ,os &ola!o#a,o#es ,a esquisa
Nome do colaborador Data da
entrevista
$lberi 'agundes Jarela
/em MM anos, nasceu em Porto $legre morou
no bairro "iteri e é morador da Praia do
Paquetá desde seus 5G anos de idade; no é
pescador profissional, apenas au#ilia sua
esposa Em3lia, que possui carteira de
pescadora artesanal.
$ntenor Polido de $ndrade
:om seus 88 anos, é morador da Praia do
Paquetá há G8 anos, casado, possui filhos
pescador profissional.
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0arlei dos &antos Pires
/em NH anos, é casado, tem dois filhos e é
morador e pescador da Prainha do Paquetá.
Evair de *liveira )opes
$pelido2 $lemo, NO anos, casado, trs filhos,
natural de :anoas, reside na Praia do Paquetádesde sempre, filho de pescadores, num total
de dez irmos, e todos ajudavam o pai, que,
além de pescador, também colhia capim.
iro
"asceu e se criou na Praia do Paquetá, veio
da ilha do outro lado aos dois anos; com MN
anos de idade, so MG anos morando na beira
dágua, pescando, aqui dentro de canoas.
:asado, tem seis filhos.
"élson /adeu dos &antos
/em NM anos, é natural de Esteio, é pescador
profissional e morador da Praia do Paquetá.
:asado, tem cinco filhos.
Paulo 0enilto
&ueli artins de *liveira
/em N5 anos, é de fam3lia de pescadores,
sempre morou na Praia do Paquetá, é
pescadora profissional. :asada, tem cinco
filhos e seis netos.
Qilson Aios :orreia
$pelido2 Rui, SG anos, casado com Risele de
*liveira, tm trs filhos, todospescadores e
moradores da Praia do Paquetá.
4.5 O trabalho com as entrevistas e a análise
6QUI REL6T6R SORE OS DEM6IS P6SSOS DO TR66L9O- CO; EAPLIC6R O PORQUB DE ;@O
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Cola!o#a+ão e t#a*sia+ão( o# que *ão utilia#
$ metodologia da Bistria *ral representa uma conquista para as pesquisas da
área das :incias &ociais. "o entanto, alguns procedimentos adotados por
pesquisadores da área ainda so questionados, principalmente no Imbito acadmico e
especificamente no que se refere = cientificidade da produ!o de conhecimentos.
Bistria *ral, Pesquisa Tualitativa, Pesquisa E#ploratria, entrevistas, grava!1es
so conceitos intimamente relacionados. "o que concerne = Bistria *ral, dois
conceitos so particularmente alvo de cr3ticas por parte de quem coloca o rigor
cient3fico no topo da lista das e#igncias a serem atendidas no campo da investiga!o
cient3fica2 o conceito de colabora!o e o de transcria!o, ambos concebidos por eihF
* produto final de um projeto de histria oral é coletivo, na medida em que foi
constru3do por um pesquisador, ou entrevistador, e um entrevistado, ou colaborador, que
so responsáveis por esse produto. /rata-se, a toda evidncia, de uma colabora!o. Por
isso, a entrevista da histria oral é entendida como a reprodu!o de um encontro a partir
do qual foi constru3da a narrativa objetivada pela pesquisa qualitativa e e#ploratria
desenvolvida.
:omo, nesse processo, há duas subjetividades envolvidas, ou dois saberes
diferenciados, poss3veis contradi!1es esto subjacentes; e, ainda, como a entrevista é
gravada e terá de ser transcrita, poss3vel pressupor que, aps a elabora!o te#tual, o que
era colabora!o passa a ser uma transcria!o.
Esta defini!o, prpria da área da literatura, quando aplicada = área da histria
oral, transfere para o pesquisador-entrevistador a responsabilidade pela constru!o de
uma narrativa que se reporta mais ao sentido do que é falado do que = reprodu!o literaldas palavras faladas pelo entrevistado.
'ica assim evidenciada a importIncia do comprometimento do pesquisador com
o entrevistado quanto e com a histria deste, e da qual, passado o momento da
entrevista, o pesquisador se apropria, tornando seu o conhecimento do outro. E desse
ardil é dif3cil escapar.
0ecorrem de fatos como esse as cr3ticas quanto ao grau de cientificidade desse
tipo de trabalho, do qual, no entanto, se enfocado de outro ponto de vista, poder-se-iadizer que tem o mérito de valorizar o caráter humano que deve presidir o trato com
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pessoas. $final, essas, muito mais do que objetos de pesquisa, so protagonistas de suas
histrias.
&opesando os ps e contras da transcria!o, acima e#postos, optou-se por....
+Paulo2 completar...
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
* entrevistado, ao contar suas e#perincias, transforma o que foi vivido em
linguagem. $ssim, tomamos as narrativas como e#perincias que nos so narradas pelo
diálogo promovido nas entrevistas. "esse sentido, acontecimentos, conte#tos ou
situa!1es vividas pelo entrevistado so transmitidos ao entrevistador, constituindo-se
ambos, no momento mesmo da entrevista, sujeitos da narrativa reconstru3da pelodiálogo, +$)DEA/K, GHHN+Paulo2 esta autora no está elencada na tua bibliografia,
além disso, se for cita!o direta, ipsis litteris, tens de colocar aspas. *utra coisa2 no sei
onde encai#ar esse parágrafo a3 de cima, conforme a orientadora sugeriu.
$ps a transcri!o das entrevistas, a organiza!o e a análise dos relatos de
memria dar-se-á a partir da metodologia Elementos da $nálise Knterpretativa para
Aelatos *rais, utilizando-se o que foi proposto por $ndrade +GH5M +no está elencado
na bibliografia.
Tuadro S 9 Elementos da análise interpretativa para relatos orais
- )er e reler as transcri!1es para apreender o conte%do das falas
- Kdentificar os aspectos relacionados diretamente com o objeto de estudo e anotar
em planilha
- relacionar o relato oral com os demais tipos de pesquisa
- organizar os temas identificados em grandes tpicos
- verificar a repeti!o ou cita!o de um mesmo assunto entre os entrevistados
- estabelecer a rela!o entre os depoimentos e os objetivos elencados
'onte2 Daseado em $"0A$0E, :laudio A. D., GH5M.
'oram realizadas sete sa3das de campo, para conhecer e ampliar o estudo sobre o
local, para fazer a escolha dos entrevistados e para obter informa!1es sobre os
acontecimentos e eventos locais
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4.J E*saio visual so!#e o &oti,ia*o ,os es&a,o#es ,a P#aia ,o Paquet$
* presente trabalho foi permeado por uma sequncia de fotos que foram
registradas ao longo das sa3das de campo e durante as entrevistas. &egundo Darthes
+GH5M, p. NG, a fotografia >talvez tenha uma resistncia invenc3vel para acreditar no
passado, na histria, a no ser sob forma de mito?. "esse sentido, para Darthes >pela
primeira vez, faz cessas essa resistncia2 o passado doravante é to seguro quanto o
presente, o que se v no papel é to seguro que se toca. < o advento da fotografia... que
partilha a histria do mundo?.
Para o registro e capta!o das narrativas dos pescadores, utilizou-se o aplicativo
de gravador de voz através do tablet,; e o aplicativo de fotos, para registro de imagens.
>/oda fotografia é certificado de presen!a. Esse certificado é o gene novo que sua
inven!o introduziu na fam3lia das imagens? +D$A/BE&, GH5, p. 5G6.
75plicar mel"or como foi reali3ado o ensaio visual-
4.K Eosi+ão iti*e#a*te
:olocar aqui os passos para a realiza!o do projeto e da e#posi!o.