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60 Escritores - Platinum Ouro
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60 Escritores Platinum Ouro
Poesias & Textos
60 Escritores - Platinum Ouro
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Copyright 2016 (1ª Edição) Todos os direitos desta edição reservados aos autores.
Impresso no Brasil Printed in Brazil.
Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme decreto n 1.825, de 20/12/1907.
Projeto editorial e diagramação: Antônio Ramos da Silva
Capa:
UQC – Comunicação Visual
Revisão técnica e ortográfica: dos autores.
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
ISBN –
PERMISSÃO DOS AUTORES PARA CITAÇÃO
É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive
quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais
constitui crime (Código Penal, art. 184 e Parágrafos, e Lei nº 6.895, de 17/12/1980)
sujeitando-se à busca e apreensão e indenizações diversas (Lei nº 9.610/98).
S586p Platinum Ouro – 60 Escritores / Antônio Ramos da Silva...
[et al.]. – 1. ed. – [S.l.]: Bookess, 2016. 131 p.
ISBN: 978-85-448
1. Poesia brasileira. 2. Literatura brasileira – Miscelânea.
I. Ramos da Silva, Antônio. Título.
CDD: 869.98
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Poesias & Textos
1ª Edição
60 Escritores - Platinum Ouro
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Essa obra é um projeto da “Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul, estado de Santa Catarina” integrando escritores (as) brasileiros (as) nascidos (as) em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e escritores (as) estrangeiros (as) nascidos (as) em Angola e Portugal. Intercâmbio cultural de ideias retratadas em poesias, pensamentos e textos de 59 Escritores (as).
“Reunir Escritas é Possível”.
A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.
Aristóteles
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Agradecimento Quando olhamos para o nosso lado e vemos alguém que está sempre presente, uma pessoa que nunca nos deixa desanimar, só podemos estar gratos. Amigos que nos dão palavras de coragem e que lutam para nos ver felizes são raros hoje em dia. Eu tive a sorte de reunir 59 poetas e poetisas, qual luz para meu caminho e tesouro para meus dias, acreditei e concretizei todos os objetivos, onde pude dizer de alma plena “Reunir Escritores é Possível”. Em cada linha lida e diagramada senti a emoção como se eu estivesse escrevendo os meus sentimentos, estruturando cada verso com o maior carinho, e poder divulgar cada obra registrada pelo “Projeto Platinum” alcei o meu momento de glória, de um editor independente, quebrando as barreiras do mercado editorial e abrindo caminhos simples para que todos pudessem dizer: - Sou Escritor (a) de fato e de direito.
Antônio Ramos da Silva Editor Prima Obra
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Galeria de Escritores (as) do Projeto Platinum 2016
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Capas de Livros do Projeto Platinum 2016
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Sumário
Antônio Ramos da Silva Lace Luiza
Adriana Garda de Souza Lenival Nunes de Andrade
Afonso Adolfo Santos do Amaral Lorena Zago
Ana Júlia Machado Márcia Ayres Dugo
Ana Maria Morgado da Costa Marcia Portella
Anabela Alexandra Gaspar Silvestre Maria da Conceição Marques
André Maciel de Oliveira Maria Eliene Souza Santos
Anely Guimarães Santos Maria Elizabeth Almeida
Anete Vargas Bitencourt Maria Margarida Severino de Sousa Brasil
Beatriz Amorim de lemos Goetscchel Mariane Helena
Carmen Maria Maciel Jara Marilin Manrique
Clarice Hatano Marize Rodrigues Ukwakusima
Cristina Amaro Casadinho Maurélio Machado
Dione Fonseca de Barros Mauro César Dias
Domingos Calonbe Bala Mileine de Carvalho
Ednaldo B. Carvalho Mirian Menezes de Oliveira
Elma Leite Natália Pais Dinis
Ernesto de Jesus Lourenço Gomes Pedro Luiz P. da Silva
Ezequiel Francisco Silva Rita Padoin
Fanca Coêlho Roberto Franklin Falcão da Costa
Flávio Romero Guimarães Rose Bona
Graça Canhão Severiana Paulino Rodrigues
Hamilton Raposo de Miranda Filho Solange Moreira de Souza
Ivanilde Kiem Dranka Sueli Teresinha do Rocio Schulka
Izabel Pavesi Tais Martins
Janet Maria Faggion Corezola Thaís Zambonin Zampoli
Janete Sales Dany Vânia Maria de Souza
Jose Alfredo Evangelista Vanuza Couto Alves
José Batista Waulena d”Oliveira Silva
José Coelho Maciel
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Liberta a minha dor oh! Meu amor Por: Antônio Ramos da Silva
A chuva cai em prantos
gota a gota segue seu destino, sem cor.
A noite lamenta e chora. As paredes, gela.
Minha alma em sentinela deserta, para.
Liberta a minha dor oh! Meu amor.
Ampara as minhas lágrimas. Perdido, deságuo num rio lamacento
e não te respiro.
Doce que és oh! Meu amor. Suspiro teu último beijo.
Tento viver! O que a vida me fala e nada faz sentido.
Comprimido o corpo seco desidratado de amor me fere a bala.
Liberta a minha dor oh! Meu amor.
Estou a partir. Viver e me ferir.
No limite de mim a vida se cala.
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Pretensão mais atrevida Por: Antônio Ramos da Silva
Quando vem de ti, tudo é belo! Um toque no celular. Balança.
Ouvir meu nome em tua boca desmonta-me. Tudo muda!
Pretensão mais atrevida querer ouvir-te tanto.
Ouvir o que mais desejo, seria o momento maior!
Planos e sonhos tragados pelos teus feitiços,
enigma de um silêncio tamanho.
Imagino-me entregue ao tempo...
O balbuciar de tua alma; brindar-me com o teu amor ao vento.
Por isso é que escrevo. Falo de mim para mim mesmo;
escuto-me e me vejo.
A flor, que na haste esconde espinhos; delicada se fez!
Encontrar-te noutro caminho é a minha insensatez.
O perfume que vem de ti,
concede-me todo encanto. Imaginar a noite sem o dia,
o eco sem espaço, escondido em um canto é a dor por ti sofrer. É puro desencanto!
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O perfume Por: Adriana Garda de Souza
Fúria insana.
Rancor visceral. Odor de madeira com fundo floral.
Quimeras ideias
quisera... fossem dela!
Humor dilacera, a alma intera.
Odor que infesta
com notas de areia marinho e sensual.
A marca tatua para sempre a imagem destilando, evaporando. Vida, siga essa viagem. Sentida na pele chamas acesas liberam fumaça; aromas inocentes, tonta e inebriada, sufoca,
imola,
abrasada.
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Remanso Por: Adriana Garda de Souza
Ela acompanha
sinuosa orla.
Sente o corpo cansar.
Não se abala fácil
a próxima onda virá.
Ela está a esperar.
Chega e se joga ao mar.
Ela é guerreira.
Na vida, jogadora.
Nada barra sua luta.
Em sua mente tudo no lugar.
Quem se interpor
sua lealdade perderá.
Não volta. Não há tempo.
Não sofre. Já não há lamento.
Amou tanto!
Para que sofrimento?
Viver é seu lema.
Puro elemento.
Sem dúvidas... com sentimento.
Consentimento!
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Olhos de Mel Por: Afonso Adolfo Santos do Amaral
Teus olhos cor de mel Preciosos como âmbar Espelhos da tua alma
Que te descrevem De forma singular.
Me seduz e me encantam
Quando me fitas por inteiro Em um tempo sem contar
Deixando-me imóvel Com o coração na boca,
Sem respirar e com um tremor No corpo que só pode ser amor
A perdurar ... Eterno.
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Rabinhos de dedos Por: Afonso Adolfo Santos do Amaral
A maciez do teu corpo, Ludibria-me docemente, Satisfazendo-me, como um cálice De um esplêndido vinho branco Igual à tua tez, A cada amanhecer.
Os teus pés entre os meus, Por fora das cobertas, Mesclando o meu tom vermelho Como teu branco.
Reproduz uma singela e bela sintonia Que ao primeiro olhar, Demonstra o amor sincero e pleno Que enche nossas vidas. Te amo olhos de mel.
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O vital e o elementar na vida Por: Ana Júlia Machado
É vital que tenhamos alguma emoção.
É elementar que haja querença. É vital que tenhamos afeição.
É elementar que sejamos afetuosos. É vital afrontarmos o Universo.
É elementar alcançarmos enxergar a pulcritude. É vital granjearmos erudição.
É elementar que haja teor. É vital renegarmos as contendas.
É elementar que nos transformemos mais misericordiosos, com o intento de precavê-las.
É vital ampararmos o adjacente. É elementar que haja franca indulgência na atitude.
É vital cogitarmos na existência. É elementar, por fim, anuirmos o decesso,
praxe de transição mas não inevitavelmente o termo para aquele que concebeu do elementar o precípuo para habitar.
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Olhar triste Por: Ana Júlia Machado
O seu olhar triste de adeus
como se fosse a derradeira ocasião que eu divisaria, aquele sorriso ditoso em sua fisionomia.
Os dias vão cessando, enigmas vão surdindo e você de mãos presas, sem poder auxiliar.
Advogando o infeliz adeus, a criatura que foi muito marcante para si.
Infelizmente, você avista toda a sua construção a permanecer mais debilitada, frágil. Seus olhos vão consumindo o fulgor,
mas você ainda possui tanto a verbalizar, a gratular, a aclarar. O desígnio é tão imerecido com os que licenciam a existência para depois,
com os que aguardam o recontro. A cada gota, permaneceu o temor do adeus,
a expectativa da aproximação e a esperança da sua figura mais um dia, mas esse dia não sucedeu.
E o adeus é a realidade mais árdua que a humanidade já testemunhou. Você não me instruiu a licenciar de si.
Perdi você para eternamente retraída em meus flagelos, causando deste sofrimento um poema
no oposto deste despovoado bem-querer.
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Quero-te assim Por: Ana Maria Morgado da Costa
Quero-te sob a forma de um poema
Refrão ou letra de música inacabada.
Quero-te luz, raio, tempestade ou trovão Quero-te manhã fria, madrugada, alvorada.
Fim de noite princípio de dia.
Quero-te amor, alegria, frenesim, loucura Ou tão simplesmente
Quero-te paixão, desejo, beijo ardente.
Quero-te luar de Janeiro ou sol de Agosto Quero-te alimento do meu sonho
Metamorfose, quimera, ópio do meu corpo Quero poder sentir tão somente
A loucura do êxtase estampada no teu rosto…
60 Escritores - Platinum Ouro
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Meu grito silenciado Por: Ana Maria Morgado da Costa
Escondi-me por detrás da minha dor
Calei dentro do peito este grito desesperado Troquei o meu sentido pranto por súplicas de amor
Escondi o meu sofrer nas reminiscências de um passado.
Sozinha vivi o tempo, aquele que não ousara viver Fiz do meu tempo um tormento
Escondi-me simplesmente Numa pérfida ausência de querer.
Escondi-me num escuro abismo de alheamentos Caminhei sem rumo nas metamorfoses do tempo
E nesta diáspora de sentimentos No doce ventre da mãe morte procurei alento.
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Não vou pensar… Por: Anabela Alexandra Gaspar Silvestre
Aqui, neste canto
só meu, não vou pensar em mais nada!
Só observo as cotovias, os montes, o céu azul,
as pessoas… E tento captar
toda a sua beleza! Essa essência verdadeira fortalece-me diariamente!
Não vou pensar… Não vou pensar…
Vou observar somente e depois escrever
em poesias libertas em mim, imbuídas em puro afeto.
60 Escritores - Platinum Ouro
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Rapto Por: Anabela Alexandra Gaspar Silvestre
Vivo num castelo
de sonhos onde cada vivência
que observo do alto da torre me aprisiona.
Almejo um rapto para sorrir
em pleno bosque junto ao cavalo branco que te trouxe até mim!
Rapto liberto que me aprisiona
a ti!
60 Escritores - Platinum Ouro
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Quando nasci Por: André Maciel de Oliveira
Quando nasci, um anjo que não era torto, Chegou aos meus ouvidos e sussurrou:
“- Vai cara, vai ser algo na vida. Vai ser poeta, ser artista”!.
O tempo passou,
Li Drummond, e descobri... Aquele mesmo anjo,
Também passou por ali.
Li Cecília e li Adélia, Mas foi em Nélida
Que me senti.
“I love my husband”... Era pra ser meu,
Mas Nélida, antes apareceu.
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Quando nossos olhos se cruzam Por: André Maciel de Oliveira
Quando nossos olhos se cruzam,
Nossos pelos se arrepiam, Nossos poros de abrem,
Nosso odor invade o espaço.
Quando nossos olhos se cruzam, Nossas bocas se unem,
Nossos braços se cruzam, Num abraço uníssono.
Quando nossos olhos se cruzam,
Os sentidos se vão, Flanamos no ar,
Quando nossos olhos de vão,
Não sei mais quem sou
Só sei que vou te amar.
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Encontros das saudades Por: Anely Guimarães Santos
As saudades do passado encontraram-se e resolveram produzir novas saudades deram-se às mãos nos toques das carícias começaram a montar novos cenários às futuras saudades O palco amplo foi iluminado pelo pisca pisca brilhante e fremir das estrelas os enlaces tiveram como música de fundo as canções cantadas por anjos celestiais e executadas por harpas foi enfeitado por guirlandas de jasmins e pequenas flores coloridas de cheiro suave ardente como o cheiro do amor Ao vislumbrar a linha do horizonte o fim da tarde fazia-se do colorido amarelo dourado dos últimos raios do sol que envolvidos pelas nuvens dispersas matizavam a amplidão do céu O cheiro da chuva embriagando os sentimentos complementava-se pelo acalanto vindo do som suave das folhas ao vento do cantar dos passarinhos em revoada do zumbido dos insetos dos murmúrios do amor E tudo aconteceu... o amor foi lindo intenso corpos nus se encontraram acoplaram-se no ardor do sexo produziram a mais linda e ardente saudade futura.
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Novo abrigo Beijei seus lábios sem vida acariciei seu rosto frio mesmo com seus lindos olhos fechados continuei encantando-me com sua beleza. Nada mais lhe restava no mundo mas o seu rosto não estava indiferente nos seus lábios havia um leve sorriso de quem estava feliz pousava suas mãos ao peito indiferente. A terra lhe era estranha o céu já lhe oferecia amplas asas para voar ao nova abrigo.
60 Escritores - Platinum Ouro
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Areias do tempo Por: Anete Vargas Bitencourt
Olhar o tempo desmoronar
com o cair das areias de uma ampulheta; faz-me sozinha e ao lento pensar em apenas tocar seu rosto suave, sentir o doce fervor de seus lábios, o coração bater no peito explodir.
Enquanto as areias me jogam no espaço de sonhos felizes em que quero existir. Sinto em meu corpo um vento gelado e a minha pele suada me faz refletir
se o amor que eu sinto enquanto acordada viverá em meu ser quando a alma dormir.
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Certo dia um anjo Por: Anete Vargas Bitencourt
Certo dia vi um anjo.
Pensei até que sonho fosse. Ele estava caminhando...
Senti o seu perfume amadeirado.
Dentro de mim uma tentação e obrigou meu coração a desejar-te
e a sofrer de um amor.
Vivi meus dias assim então como se fosse uma sonhadora
a me enganar pela paixão.
O som se move em meu derredor e traz o espasmo da breve lembrança,
dos risos, das músicas e do amor que era nossa única esperança.
Restaram saudades da dança contigo
e no ombro amigo despejo pesar. Tua falta tem feito horrores comigo
que até dois mil livros não podem contar.
Saudades do tempo que sorrias daquele brilho intenso e da alegria que sentia
ao te olhar ali naquele momento.
Um dia pra recordar e não pra se jogar ao vento. Um amor maior que o mar.
60 Escritores - Platinum Ouro
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Volúpia Por: Beatriz Amorim de Lemos Goetschel
Me sacie! De beijos
Tenho fome voraz de você Teu calor queima minha face
Teu amor me consome Até renascer no gozo.
Me sacie! De carinho Afague meus cabelos
Como afago os teus em desalinho Me mostre a tortura de jogos Me mela com beijos trocados.
Me sacie! Desta fome de querer-te
Tanto, tanto, tanto... Para amar-te mais e mais
E te amando me vejo em teus olhos.
Me sacie! De olhar-me E ver-me
Como vejo a ti em meus olhos Na retina gravado
Na pele queimada de teu calor intenso.
Me sacie! Desse intenso amor Que me faz imensa
Profunda! Mais gente! Por querer-te, me quero.
Me sacie! Por amar-te tanto
Aprendi a caminhar só Para dar-te as mãos na jornada
E pousar meu rosto em teu ombro E pedir... Me sacie!
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Amor insensato Por: Beatriz Amorim de Lemos Goetschel
Saiu de casa... entrou em minha vida, recostou o rosto na mão com tom de cera e plástico. Nada mais era dito, tudo o fora, e do que valera? Sem escuta não se chega a nada. Se fazer ouvir não é tão fácil, mas eu achara dificuldade em ser escutada, quem sabe me expresse muito mal, mal mesmo. Tentei tanto, me esforcei ao máximo, até que, o estresse foi acontecendo. Me irritava a distorção de tudo que eu dizia, sempre um adjetivo ou rótulo para minhas falas e ações. Eu havia virado uma farmácia de homeopatia, mil frascos perfeitamente dispostos à séculos, e com os devidos nomes, nem um grão de poeira. Era belo como museu velho, embora belo... via o ontem, mas o hoje, também, lá estava, como volta as origens da cura pelo simples. Assim me sentia, ou sinto... Mas meu interlocutor era sábio, e eu burra? Quem sabe! Sempre uma resposta para tudo, que obviamente, não combinava com meu pensar. Essa miopia da negação é um inimigo terrível. Eu, fora de combate, cansada de amar o nada, só promessas não cumpridas por dias, meses e anos... caiu a ficha! Nada perdi, pois nada havia à perder, apenas um amor inventado. Abri os braços para a vida, e a encerrei-a em mim, como defesa para minha auto preservação. Minha saúde emocional deixara a dependência que criei para justificar esse amor insensato. E você? Não fuja pela tangente! Pense! Aja! Ame! Mas ame um ser vivente, que não se alimente de você.
60 Escritores - Platinum Ouro
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O artista Por: Clarice Hatano
Escrevo uma história Desenho na memória
Histórias de toda gente!
Represento no palco
Crio molduras
Faço poemas pra dizer o que tem dentro
Deste coração latente
Digo e represento toda gente
Vida; vida que segue
Carrego comigo mil faces
Mas tenho a minha
Sou todos e me desfaço no encanto
Mas sou real pessoa sem igual
Posso ser quem quiser
Só não me perco nessa dúvida cruel
Quem me conhece saberá quem sou na vida real
Artista dono de um dom
Esse coração bate
E também vive, tem suas vontades
E também sofre pela vida que se tem
Minha alma é poeta
Mas posso ser um camaleão
Piso sempre com os pés no chão
Mas meu coração
Sempre levita nessa doce ilusão!
60 Escritores - Platinum Ouro
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Cada minuto Por: Clarice Hatano
Cada minuto em seus braços
É como voar no céu
Vendo a estrela brilhando
Cada minuto em seus braços
É um abraço no silêncio
É ter o céu tocando-me sem medo da solidão
É a lua sorrindo
É como cair em plumas
É a sensação de leveza em um dia de vento
A polir-me enquanto durmo sonhando acordado!
60 Escritores - Platinum Ouro
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Flutuando Por: Cristina Amaro Casadinho
Meu pensamento não sabia que flutuava.
Nada me dizia
porque falava.
Nem dentro de mim
O que gritava.
Mas eram muitas as vozes
Do tormento.
Para ser só um sonho
Que avançava.
Com horas me implorando
Sentimento.
Sem nunca me dizerem
Que eu sonhava.
Porque nada
Me salvou de mim.
Da minha cabeça endoidecida.
Com passos loucos
Inquietos de partida.
Pra que meu coração
Se arraste e desgaste
Pela vida.
60 Escritores - Platinum Ouro
36
Olha a tarde! Por: Cristina Amaro Casadinho
Olha a tarde que pousa no meu ombro.
E no meu ombro fica
Docemente pousada.
É um pássaro distante
Que me vem visitar
E me escolhe para pernoitar
Da sua longa caminhada.
Olha a tarde! Olha o pássaro
Que pousa no meu ombro.
Como se amanhã
Fosse eu a alvorada.
E traz no bico,
Viva uma flor dourada.
Olha a flor que cresce
No meu ombro.
Para que tu ó vida
Nunca mais passes
Sem me veres
Nem partas sem saberes
O quanto eu
Esperei por ti.
60 Escritores - Platinum Ouro
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Poetas escrevendo Por: Dione Fonseca de Barros
Descreves em rimas sensações
Volúpia e luxúrias sonhadas Tentando despertar desejos Em seres que ávidos leem.
Leitores que sensações procuram Para preencherem o triste vazio
De suas solidões amorosas Buscando no poema a libido.
Imaginam se amados e queridos
Heróis cobiçados inexistentes Que se formam em suas mentes
Sem os satisfazer no real.
Sonham com amores passados Que lamentam não os ter
Apenas devaneios coletados Que o poeta sentiu ao escrever.
60 Escritores - Platinum Ouro
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Meu amor e o mar Por: Dione Fonseca de Barros
Meu regato de águas cristalinas Que refresca a terra ao passar Aumentas o fluxo no caminho
Torna-se ribeirão, enfim rio Antes de o mar ir misturar.
Meu amor é regato
Que nasce em minha vida Aumentas minhas emoções
Já não sei a grandeza calcular.
Explode em meu peito Como rugido do marinho Ao se misturar água doce À salgada água do mar.
Dentro de mim bailas
Parecendo me sufocar É a saudade o vazio
Que me deixas ao passar.
Queria poder definir O amor que te tenho Faltam-me palavras
Talvez no oceano eu tenha Imenso e belo Berço da vida
Incerto, some no infinito assim é o mar.
Seu amor é vida Consome-me por inteira
Sou como marinheiro Que em terra quer o mar.
60 Escritores - Platinum Ouro
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Lágrimas nos olhos Por: Domingos Calonbe Bala
Um sorriso bonito e o fingimento
da tristeza e das lágrimas escondidas nos olhos. Lágrimas caem e vem como as ondas que batem nas rochas.
A tristeza nos olhos de alguém se dá logo conta; assim como a chuva que esta preste a cair.
As lágrimas não doem,
mas o que dói é o motivo que as fazem cair, também a tristeza e as lágrimas fazem parte da vida
porque a vida é cheia de surpresas, mas não há vida sem lágrimas nos olhos.
Quanto mais lágrimas caírem, à tristeza será maior.
Olho para um olhar de uma criança cheio de vida e vontade de viver.
Enquanto olho para um olhar de um mais velho, vejo tanta tristeza e cheio de vontade de acabar
com as lágrimas nos olhos.
Mas nem sempre as lágrimas nos olhos são sinônimo de tristeza, mas sim de alegria e felicidade,
assim como uma mãe que acaba de encontrar o seu filho perdido.
Também lagrimejar é o melhor modo de expressar sentimentos deixando a lágrima cair para depois de tanta tristeza
encontrar algo que o fará sorrir tão logo as lágrimas secarem.
60 Escritores - Platinum Ouro
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Meus sonhos
Por: Domingos Calonbe Bala
Dia nasce maravilho e termina ruim, sorriso esquecido no canto dos olhos acabando o meu sonho.
Quem luta alcança e quem corre muito perece. Quem espera consegue.
Um sonho lindo e belo é o desejo de todos e concretizar os seus sonhos, como ao nascer do sol até o sol se por.
Às vezes é necessário sofrer para alcançar o que desejamos ser nesta vida.
Não basta só sonhar mais segui-lo passo a passo numa caminhada, procurando um tesouro e nos temos o mapa.
Meus sonhos perdidos.
Meus sonhos encontrados que me levam a ser um homem. Cada dia uma esperança, cada segundo uma oportunidade.
A cada hora caindo e erguendo a cabeça atrás dos sonhos para vê-los concretizados.
É necessário sofrer e cair para levantar.
Quando sofremos é sinônimo que estamos próximos, porque tudo na vida exige sacrifício, não basta só sonhar;
também concretizar, não deixar para o amanhã, enquanto podemos começar agora.
Ser paciente é a base para saber o que queremos ser.
Meus sonhos... Lágrimas? Derramei e a esperança esgotou, o tempo terminou.
Eu desejava ser alguém nesta vida! Assim também com tu podes dizer-me que eu sou um sonhador,
mas eu não sou o único nesta vida.
Nos meus sonhos não há passado sem presente. E não há futuro sem passado.
60 Escritores - Platinum Ouro
41
Afrodite e Dionísio Por: Ednaldo B. Carvalho
Sou filho único e abandonado de uma orgia insana dos deuses
Minha alma sombria procura a noite e a solidão.
Minhas costas marcadas e minhas mãos amarradas
desejam o fim da escravidão.
Meus olhos vendados e cansados te seguem em qualquer direção
E meu coração ferido procura nos teus braços a cura
E meus lábios secos procuram nos teus lábios molhados o antídoto
daqueles que um dia me condenaram a solidão.
E em paz aceitar o pedido de perdão.
60 Escritores - Platinum Ouro
42
Coleção de cores Por: Ednaldo B. Carvalho
Quando todas as cores parecerem iguais
eu vou lembrar do amarelo ouro
que é da cor do baú que um dia eu encontrei
seguindo o caminho do mapa
que achei em uma lixeira
de um bar qualquer
E ali estava guardado a sete chaves
o meu maior tesouro: o seu coração.
60 Escritores - Platinum Ouro
43
Avesso
Por: Elma Leite
Eu amo o teu avesso!
Nele, eu te enxergo de um jeito
que só os olhos da alma,
são capazes de ver - entender.
Lá, eu esbarro-me...
no que ainda desconheço de ti
e sinto que o meu amor sobrevive
daquilo que não lhe é íntimo.
Daquilo que é preciso desvendar!
Eu amo o teu avesso...
mesmo só, desvestida de ti.
Tu fostes embora de mim
antes que o teu amor me amasse.
Mas resisto...
porque tenho a certeza de que valeu!
A minha alma te enxergou na tua essência.
Na mais perfeita singularidade
que o amor pode enxergar.
Hoje eu entendo, fui feliz...
porque eu te amei no teu avesso!
60 Escritores - Platinum Ouro
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Cumplicidade
Por: Elma Leite
Minha saudade te reencontra,
no caminho percorrido por nós dois.
Numa viagem acessível...
somente ao pensamento!
E em meio a traços quase apagados,
e restos do amor abandonados...
minha saudade te reconstitui no tempo.
Então, meu coração te recebe,
ama-te de uma maneira imensurável
e se entrega à plenitude do amor.
Minh'alma sorri...
é minha cúmplice.
Ela sente; só ela entende
que o meu amor sempre esteve aqui...
a esperar por ti!
Minh'alma me conhece...
sabe dos meus segredos e anseios,
minh'alma sabe tudo de mim!
60 Escritores - Platinum Ouro
45
Esse amor que é só seu Por: Ernesto de Jesus Lourenço Gomes
Esse amor…
Tão pungente, de quem idolatra … No seu íntimo… Em nós fecunda e alastra,
Perfuma e dá cor à vida.
Esse amor, que no mar encontrou jazida,
Fulgor na tempestade.
Esse amor que o teu peito abriga,
Memórias que o tempo nos trás um amor assim.
Esse amor que é só seu…
Furtivo, constante, na relação entre o pensamento,
E o coração de um outro amor… Que não é só seu.
Só seu… Esse amor…
Ao encontro doutra saudade vai, talvez;
Efémero; entre a esperança de um novo amanhecer.
Insensatez… De quem do amor, não se aprouver,
Esse amor que é só seu…
No amor eloquente de só mulher.
60 Escritores - Platinum Ouro
46
Viagens e fantasia Por: Ernesto de Jesus Lourenço Gomes
Quando olho pela janela, alma de barco á vela,
Vejo céu, vejo estrelas e tanto amanhecer.
A presença espiritual, envolta, numa nuvem que chega.
Que por toda a distância que me separa, os meus olhos,
Duas velas de luz que brilham na noite fria e escura,
Qual Estrela Cadente, pendente, e a piscar de insegura,
Num cintilar intermitente que nunca se apaga.
Como a mão que afaga… Uma página de Cultura.
Um rosto ao luar, na imensidão do mesmo mar.
Que nada, nem ninguém pode separar.
Deixo que esta visão me invada e transporte,
Para além do mar, com fé num novo norte,
Partindo nas asas do sonho, num grito de liberdade.
Nobres poetas, que agitam o sonho profundo,
Nas “Obras Platinum”, dão a volta ao mundo,
Sensibilizando corações, a ver com olhos de ver,
Braços com vontade de abraçar, querendo estar,
Em vidas, consciências sombrias, em cada ser despertar,
Fantasias, de quem pretende um mundo que não é novo.
De todas as palavras, que não as leve algum vento.
Gratidão, são as palavras que traduzem o que sinto neste momento.
60 Escritores - Platinum Ouro
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Em verdade, eu digo! Por: Ezequiel Francisco Silva
A verdade, toda a verdade,
São os meus versos Pois o que escrevo são verdades do coração! São verdades do sentimento honesto e puro
E estão naquilo que faço com emoção! Todos os problemas estão imersos
Na razão sonhada, na razão absoluta!
E choro de medo, De me tornar uma prostituta
Se for obrigado a negar qualquer questão!
Morro de vergonha só por pensar Que ao escrever cometo perjúrio!
Pois os meus escritos são a verdade Do que me ocorre ao pensamento
Pois são as minhas vontades e a minha razão!
Um poema é na realidade um sentimento Que rasga a alma e dilacera o coração! É um vazio, cheio de amor e de sonho,
É sofrer dor verdadeira, nua e crua!
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48
Lágrimas do meu pecado! Por: Ezequiel Francisco Silva
As lágrimas
Com que lavo O meu pecado, Foram choradas
Por derrotas e por amor! Derrota porque perdi,
Amor porque sofri! Foram punhais, Foram espadas,
Foram finais De lutas despedaçadas,
De querer O que não tenho,
E de ter O que não quero! Mas sou sincero, O que não quero,
Contenta-me E o que queria...
Adeus até Outro dia! Se morro
Pelo que não tenho, Também morria Pelo que tenho! Assim, acabe Como acabar, Sempre perco Alguma coisa! Tenho medo
De perder o que não devo, E achar o que não quero!
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49
Tua presença Por: Fanca Coelho
És a minha fonte de simplicidade
sensibilidade e beleza! Meu universo necessita da tua presença que aflora em mim os mais profundos
e ternos sentimentos! Na tua ausência sou estrela sem brilho
vela sem chama, mar sem eco! Despes minha intuição
desnudas minha inspiração sobrevoas minha imaginação
navegas em meus pensamentos velejas nas minhas sensações naufraga nas minhas emoções e aportas em meu coração!
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50
Desertos Por: Fanca Coelho
O homem só alcançará o verdadeiro sentido da vida quando parar de percorrer as suas planícies, viver na superfície de si mesmo e submergir no próprio interior, penetrar nos recônditos dos seus desertos, ultrapassar os vazios dos seus vales, superar a solidão de suas montanhas, defrontando-se com seus sentimentos despidos de ilusão e de fantasia, encontrando-se com o seu coração! Quem olha pra fora, sonha e ás vezes se perde! Quem olha pra dentro desnuda-se, despe-se de si mesmo, encontra-se!
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51
Sem medo Por: Flávio Romero Guimarães
Há momentos na vida,
Em que é imperativo ter coragem,
Para enfrentar os medos,
Suplantar as inquietudes,
Afastar as dúvidas,
Desafiar a insegurança,
Resistir às dificuldades,
Deixar de descasquejar feridas,
Não coscuvilhar velhas intrigas,
E dar uma nova chance,
Ao compulsivo coração,
E se entregar de corpo e alma,
A uma nova e desafiadora relação.
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52
Trilhas desconhecidas Por: Flávio Romero Guimarães
Becos de trilhas desconhecidas,
Por onde vagantes transitamos,
Movidos pela força da razão,
Ou pelo fogo irascível,
De pujante paixão.
Becos que conduzem tristezas,
Trilhas doloridas de solidão.
Becos que arrastam alegrias,
Caminhos seguros de sonhos,
Ou de efêmera e sutil ilusão.
Becos que criam passagens,
Descortinando novos horizontes,
Desvelando cenários obscuros,
Nas entranhas da emoção.
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53
Poeta Por: Graça Canhão
Poeta,
árvore ramificada no talento da emoção,
Poeta,
rei de delírios e devaneios proferidos,
Poeta,
pobre coitado, quantas vezes incompreendido,
Poeta,
palavra arrojada no palco da vida proclamada,
Poeta,
sinônimo de amores perdidos, por vezes vividos,
mas sempre sentidos no desterro de um sentimento envelhecido,
Poeta,
seiva de ilusões, plantando nos corações... coragem e canções,
Poeta,
nascido de um ventre esculpido na harmonia e na dor,
Poeta,
morada certa no tempo incerto, do sonho e da contradição,
Poeta,
mar imenso de seres e poentes, teu olhar seduz pátrias e continentes,
Poeta,
alma concebida no luar da fantasia, salva teu povo da orgia da mentira,
Poeta,
pão e justiça, liberdade entoada, declama teu poema nas ruas do teu país,
Poeta, quem tu és?
Poesia de melodias celebrada no silêncio de um verso,
encantado por sílabas sentidas de uma vida rimada com amor e perdição!
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54
Que os poetas nos salvem Por: Graça Canhão
Que os poetas nos salvem, de um país sem bandeira,
De uma pátria sem nação,
De um povo sem pão;
Que os poetas nos salvem,
De uma sociedade sem verdade,
De uma revolução sem liberdade,
De justiça sem igualdade;
Que os poetas nos salvem,
De dias sem sol,
De noites sem madrugada,
De céu sem luar;
Que os poetas nos salvem,
Da infância roubada,
Da juventude perdida,
Da velhice maltratada;
Que os poetas nos salvem,
Do preconceito das mentalidades,
De uma comunidade de exclusividades,
Da amizade revestida de falsidade;
Que os poetas nos salvem,
De paixão sem arrepio,
De amor sem fulgor,
De abraço sem calor,
De beijo sem sabor;
Que os poetas nos salvem,
Da virtualidade dos sentimentos,
Do carinho sem caridade,
Da ternura sem amizade;
Aí meu poeta amado,
vem resgatar-me de um mundo que já não sabe amar!
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55
Tatuagem Por: Hamilton Raposo de Miranda Filho
Nada ficou registrado, Apenas as marcas...
No corpo ficaram as digitais E na alma fragmentos.
São pedaços de experiências Que não dizem nada, Falam em silêncio...
Não há como identificá-las, São marcas profundas
No corpo e na alma Indecifráveis aos olhos humanos.
Buscaste um papiloscopista Para identificar no teu corpo
Os meus toques Que compulsivamente
Dedilhavam tua intimidade, Marcas que identificam
O ritual de posse.
Indeciso e indefeso procurei um divã, Queria identificar
A tua imagem obsessiva Que trago na escuridão
Penetrável do inconsciente.
Lembro-me da tua partida Quando levaste a minha razão
E não esqueceste nada. E eu te dei marcas
Tatuadas por lábios e dedos inconfessos, Deixei-te como um yakusa
E como vingança Em sussurros mórbidos
Inaudíveis e indecifráveis, E com a malícia própria dos inocentes,
Ouvir em mucitação Um pedido de quero mais.
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56
Amar
Por: Hamilton Raposo de Miranda Filho
Antes do amanhecer, calo. Pois a angústia finda.
Durmo. Antes do anoitecer, grito.
A angústia nasce, Fim de quem ama. Fim de quem cala.
Desejo
Lambuzei-me nas tuas mais íntimas secreções E aquele odor de paixão
Que escorria pelo canto da boca Escondia um sabor invasivo de prazer.
Olhos cabisbaixos Demonstrava a satisfação de quem havia perecido,
De quem havia deixado a razão E se entregado ao desejo.
Em gritos e sussurros. Cansada e exaurida,
Dormiste!
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57
Amigo Poeta Por: Ivanilde Kiem Dranka
Poeta por natureza,
os seus escritos confirmam tamanha admiração.
Seu jeito simples
de lidar com as palavras, de dizer o que precisa ser dito,
de transmitir realidades e sonhos numa leitura que dá prazer.
Muitas vezes incompreendido,
outras tantas aplaudido. Seus escritos percorrem o mundo,
mas não saem da memória do coração.
Poeta! Ser chamado assim por aí
emociona com certeza. Inspirar tantos corações
com o belo, com o ler a alma,
é a suprema recompensa...
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58
Escrever Por: Ivanilde Kiem Dranka
Escrever o quê?
Escrever para quem? Escrever sem inspiração é escrever para ninguém.
Quanta magia no que é escrito. Quanto pensar no ato de escrever.
Registrar as ideias nem sempre é simples, sabendo-se que compromete o que se pensou.
O leitor busca o quê? Quando e onde ninguém sabe.
Vive em busca do inovador que lhe preencha lacunas
nas mais diversas áreas do ser. Se for muito extenso o escrito,
logo se cansa e tecla então um "curtir". Se muito sucinto for,
nem se quer para pra ler. Uma página bem colorida chama-lhe muito a atenção,
mas logo também se cansa da poluição visual. Se for opaco e sem traços bem definidos
passa os olhos por passar. O escritor por sua vez
tudo faz para o bom leitor conquistar. Para um público já bem definido
boas ideias não irão faltar. Mas para os que nem sabem do que gostam ainda,
talvez qualquer escrito sirva de quem escreve só por escrever
para quem lê simplesmente pelo ato de ler. Mas para quem escreve com o tinteiro da alma,
registrando as mais belas pegadas deixadas no túnel da linha da vida,
é com certeza para somente aqueles que leem com os olhos do coração...
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59
A musicalidade no ar Por: Izabel Pavesi
Suspenso no ar, a musicalidade
Meu ser desejoso de sonhos
No topo do mundo,
Embalado em alvuras
E tessituras invernais.
Nos corações só alegria...
Um novo ano se aproxima
Sorrisos ao renascer do dia,
E mil sonhos de realizações.
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60
Minha essência Por: Izabel Pavesi
Nas cavernas rabisquei “desenhos”
Nos hieróglifos imprimi “istorietas”
Nas folhas de papel de arroz
Desenhei minhas quimeras
Nos papiros risquei epopeias
Atravessei o túnel do tempo!
Escrevi no barro, na areia,
Na lousa, no tablete...
Serei eternizada em alguns livros.
Fiz das letras o café da manhã
O vinho da madrugada.
Por milênios sobrevivi,
A despeito das operantes desfeitas.
Na grande nuvem da era digital
Minha essência reside.
Sou o que permanecerá
Sou “escritora”!
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61
Confesso Por: Janet Maria Faggion Corezola
Roubei teu tempo,
mas roubaste meu suspirar.
Roubei teu abraço,
mas roubaste meu luar.
Roubei teu sorriso,
mas roubaste meu sonhar.
Roubei teu encanto,
mas roubaste todo meu mar.
Roubei teu beijo,
mas me tiraste quase todo o ar.
E roubando de tudo um pouco,
tenho a ilusão de ter comigo.
Na verdade são versos
E nunca estás, nunca vens, nunca ficas
eu estou sempre a lhe roubar
na doce ilusão que um dia
venhas reclamar.
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62
Você Por: Janet Maria Faggion Corezola
Guarde meu perfume
na gola do teu blusão.
Leia o bilhete,
que deixei no teu colchão.
Lembra do meu sorriso,
cada vez que fores deitar.
Pensa em nós no teu despertar.
Relembre cada beijo que trocamos
em noites de lindos luar.
E a música que cantamos,
continues a cantar.
Pise de leve se resolver voltar
depois que nos despedimos
chorei todas as lágrimas,
tranquei todas as portas,
lacrei todas as janelas
e prometi a mim mesma
aqui... ninguém mais
vai entrar.
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63
Chegou a menina das flores
Rondel
Por: Janete Sales Dany
Chegou a menina das flores
Vende flor para viver
Triste destino de dores
O pranto só quer verter
Nunca saberá escrever
Nas mãos exibe as cores
Chegou a menina das flores
Vende flor para viver
A mãe morreu de rancores
O pai não a quis conhecer
Uma vida sem amores
Vende flor para viver
Chegou a menina das flores.
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64
Prefiro ser eu mesma!
Por: Janete Sales Dany
Prefiro ser o fracasso recheado de verdades...
Do que ser a vitória feita só na mentira!
Prefiro ser eu mesma, com as minhas limitações...
Do que ter a pretensão de ser alguém que eu nunca vou ser!
Enfim, prefiro subir a montanha vivenciando todas as dificuldades...
Do que usar da trapaça para estar lá em cima
e saber que eu furtei o lugar de outro alguém!
Se eu vencer será pelos meus méritos
O que obtenho com isto?
Quando eu olhar no espelho,
não terei vergonha dos meus olhos!
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65
A vida é um quando Por: Jose Alfredo Evangelista
Quando o amor é tão profundo,
desço de rapel para alcança-lo.
Quando o ódio é uma fogueira ardente,
derramo um oceano para apaga-lo.
Quando a tristeza é tão escura e fria,
tenho um holofote chamado alegria.
Quando a incerteza vagueia pela vida,
Busco com frenesi a luz da verdade.
Quando o orgulho servir de entulho,
calço as sandálias da humildade.
Quando a inveja tomar de assalto,
o desapego vem de sobressalto.
Quando a guerra propõe destruição,
a bandeira do amor tremula por rendição!
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66
Ainda bem que faço poesias Por: Jose Alfredo Evangelista
Na secura da vida há trovoadas
E tempestades que assolam a nossa paz...
Ainda bem que faço poesias!
Há desamor, ódio e intrigas...
Ainda bem que faço poesias!
Há dúvidas e incertezas...
Ainda bem que faço poesias!
Busco equilíbrio na corda bamba...
Ainda bem que faço poesias!
Tenho nadado contra a maré...
Ainda bem que faço poesias!
Tento apagar o fogo com gotas de água...
Ainda bem que faço poesias!
Quantas vezes vi o túnel sem luz...
Ainda bem que faço poesias!
Na caminhada me deparo com encruzilhadas...
Ainda bem que faço poesias!
Tenho a bússola nas mãos, mas não a direção...
Ainda bem que faço poesias!
Tem dia que parece o inferno...
Ainda bem que faço poesias!
A paz tão almejada me foge...
Ainda bem que faço poesias!
Quando elas aparecem e batem nas portas
Do coração, a alma sente a vibração
De uma nova renovação
No impulso do teclado dou vasão à
Minha imaginação...
“AINDA BEM QUE FAÇO POESIAS”!
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67
Enquanto penso em ti Por: José Batista
Basta pensar em ti
E a insônia me invade, Fico a imaginar
Teu corpo sobre o meu, Corcel em fúria
Cavalgando nas campinas, Emaranhando nossos desejos,
Acendendo estrelas em meu peito, Sonhos em desespero
Buscando o aconchego Entre nossos beijos,
Em meio aos nossos abraços, Corpos em movimento,
Muita sede, pouco cansaço, Beber em ti
Tudo que ainda me resta, Ser teu porto e teu regaço,
Acolher tuas vontades E retribuir delírios
Até ver-te alcançar em mim teu espaço, Há em nós esse desejo,
Luz que se acende em um olhar, Corpos incendiando de tanto desaguar,
Eu rio, Tu o mar, Eu em ti aflorando, Tu a me naufragar,
Como na noite em chama, Eu continuo à deriva
Navegando nesse teu mar, Ora tranquilo, ora bravio,
Mar que se faz revolto Quando recebe as águas de mim,
Simples rio e depois repousa exausta Às margens de meu corpo,
Como uma criança Que busca em meus braços seu conforto.
60 Escritores - Platinum Ouro
68
Segredos de um amor em silêncio ou o que seria de mim sem ti
Por: José Batista
O que seria de mim Sem tuas mãos
Para me afagar o semblante Cansado de tanta solidão,
Sem tua boca Para silenciar minhas lagrimas
E apagar meus queixumes? O que seriam de minhas noites
Sem teu sorriso A compor novos desejos em mim,
Sem tuas unhas A cravarem-se em minhas costas
Anunciando a explosão de teu corpo Festejando meus movimentos A embalarem tuas fantasias?
O que seria de meu corpo Sem o teu a me saciar
Depositando em mim seus suores, Fertilizando meu território
Até brotar em mim A alegria de teu toque suave
Reacendendo desejos amordaçados, Transformando-os em momentos alucinados
De viver em ti.
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69
Estrutura (I) Por: José Coelho Maciel
O MUNDO gira gira gira à volta de si mesmo.
o HOMEM gira gira gira à volta do mundo.
as COISAS giram giram giram à volta do homem. e tudo gira o mundo o homem as coisas
à volta de RAMAYANA.
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70
Estrutura (II)
Por: José Coelho Maciel Meu coração gira à volta dela o dela à volta de mim e nós à volta da vida a vida à volta do mundo e assim giramos todos giravida giramundo girouuuuuu!
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71
Amada imortal Por: Lace Luiza
Minha amada imortal
Vinte anos, doce amora
Amor que nunca vi igual
Meu viver por ti implora.
De presente seu sorriso
Delicadeza em querubim
Obra de arte em belo friso
O mais perfumoso jasmim.
Abraço-te na minha ilusão
Quando airosa vem desfilar
Bela nos jardins da mansão
Sublime visão, falta-me o ar.
E sigo nesta verdadeira prisão
Intenso amor sem poder declarar
Mero jardineiro em uma paixão
Por sua senhora foi se encantar!
Casada! Digo ao meu coração
Ele teimoso, não quer me escutar
Ama, ama, sonhando faz canção
Esperança gigante feito o mar!
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72
Melhor de mim Por: Lace Luiza
No teu abraço quero que o tempo pare, adormeça
E a plenitude do nosso sentimento nunca envelheça
Para resplandecer-me no teu amor e perfeita calma
Mergulhando no aconchego azul da mais bela alma
Banhar-me no teu suprimento infinito de felicidade
Dormir na melodia da tua afeição, minha pura verdade
Faz-me brisa suave, tocando meu coração com ternura
No teu céu sou lua estonteante, divina musa que perdura
Cuida-me como a mais bela e delicada flor do teu jardim
Contigo sou luz, magia, linda... Sou o melhor de mim!
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73
O grande desamor humano
Por: Lenival de Andrade
DEUS um ser supremo e soberano
Num grande gesto de amor
Fez a humanidade
Criou o homem à sua semelhança
Deu-lhe sabedoria e raciocínio
Mas apesar de tudo
O ser humano só quer ser o que não é
É egoísta aos extremos
Faz tudo sem amor
Faz sexo sem amor
DEUS já mandou um grande alerta
A AIDS
Mas o ser humano continua a fazer sexo sem amor
Um não respeita o outro
Nós ainda nos iludimos
Pensamos que temos amigos e amigas
Mas na em que você mais precisa
Quando falta-lhe dinheiro
Você está mal
É que você vê o Grande Desamor Humano
Ninguém lhe procura mais
Não dizem nem uma palavra amiga
Bastava uma só palavra
Pessoas que num passado até recente você ajudou
Esquecem daquilo
E viram-lhe as costas
É preciso muito cuidado
Pois não existe mais amor
Existe sim o Grande Desamor Humano.
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74
O mundo que sonhei
Por: Lenival de Andrade
Amigos e amigas
Vou lhes contar em versos
Tudo o que sonhei um dia
Não importa a coragem e valentia
Digo com toda pureza e firmeza
Pois o pior da vida já topei
E o melhor também provei
O mundo que sonhei
Com certeza
Não é esse mundo imundo
De batalhas e perseguições
Guerras, desamor e corrupções
As famílias em desuniões
Os casais envoltos em separações
Como diria o rei da MPB Roberto Carlos
“O mundo que eu queria não é esse
O meu mundo é só de sonhos”.
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75
Mozart: Acordes de um amor
Por: Lorena Zago
A suavidade dos acordes musicais, Desprende-se com carinhos e ternura,
Contemplada em teu olhar tímido. Sinto os teus pensamentos,
Conectam-se silenciosamente aos meus, Mesclam-se no espaço,
Conferindo harmonia e amor, À sintonia do Universo.
Poemas transformam-se, Em palavras apenas pensadas,
Num redemoinho de energias sutis, Entrelaçam-se os nossos quereres. O vento suavemente os transporta,
Ao longo das areias, Interagindo com o balanço das ondas do mar,
Sereno, ameno, singular! Cautelosamente as ondas os embalam,
Devolvendo-os harmoniosamente, Ao aconchego das brumas marítimas,
Que os mesclam com a delicadeza da areia, Brincando cadenciadamente, Com a essência de um amor,
Que se pretende revelar... Oh, Mozart! Quanta ternura emanas, Em teus acordes musicais eruditos! Em teus acordes eruditos musicais!
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76
Sem contestar Por: Lorena Zago
A nostalgia invade-me.
Notas de um piano, ao longe, Acalantam os meus sentidos.
Entrego-me à sonoridade e permito-me à inserção, De um mundo que sugere horas de serenidade, horas de languidez,
Horas de intenso movimento, em ondas vibracionais. Permito que o meu olhar estenda-se ao longo da paisagem,
Que teima suscitar, em mim, sentimentos de amor e harmonia, Sussurrando caladamente aos meus sentidos, À entrega tão meiga, tão intensa, tão insana,
Que de mim, perco-me, para transportar-me aos abraços do amor, Deixando-me envolver entre as tramas desvairadas da paixão,
Dos sentimentos que loucamente se projetam, Além das minhas forças.
E nesta entrega tão mágica, tão terna e tão explosiva ao mesmo tempo, Rendo-me... silêncio... e permito que o amor fale mais alto.
Saio de mim e debruço-me sobre as mensagens estonteantes, Que de minha alma emergem...
E assim permaneço... A perplexidade fala e eu ouço calada,
Admirada, Sem contestar...
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77
Ensina-me Por: Márcia Ayres Dugo
Com devoção
Deixe tua marca No meu coração...
Exemplifique Quero entender
Pra que o saber fique... Repita
Se preciso for Utilize a escrita...
Paciência Posso ter dificuldade
Com tua ciência... Tente entender Se eu chorar
Por não aprender... Não sou quem tu és Mas desejo alcançar
Essa tua Fé... E quando com Deus
Você estiver Não olhe pra trás Diga-me adeus
Evolua em paz...
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78
Pacto Por: Márcia Ayres Dugo
Irei uma flor plasmar
Pra te dar Você deve guardar...
Hoje a entregarei Em teu leito deixarei
Só assim sossegarei... ... E quando você acordar
De tudo há de lembrar Quando pra flor olhar...
Ela irá contigo Em seu próximo abrigo
Deixe que daqui a irrigo... Com pensamentos de Luz Ajoelhada ao pé da cruz Meu sentimento reluz...
E quando estiveres no além Se do Paraíso te sentires aquém Ajoelhe-se e apenas diga Amém!
Pegue a flor que te dei Decerto irá chorar, eu sei
Lembre-se quando a entreguei... Faça o combinado
Já estava pra isso destinado Que tudo ficará afinado...
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79
Despertar Por: Marcia Portella
Um dia, despertará em outro céu, planado
como um pássaro liberto do cativeiro. Não voe muito alto, para não perder as penas
que renasceram, entre pequenas plumas.
Nunca esqueça do ninho que o abrigou, dos amores que deixou, do que aprendeu,
ensinou, ganhou e perdeu...
Dos olhos que viram o mar, das mãos que tocaram em carícias,
das lágrimas derramadas, na terra cultivada do seu rosto,
dos poemas sangrados, das sinfonias ouvidas dos abraços.
Dos olhares trocados, do corpo que o encobriu, da chuva que lavou as agonias,
da noite que o levou em sonhos ao amor inesquecível.
Do sol em gritos na manhã radiosa acordando as ruas bocejando aroma de pão. Da saudade que nunca entendeu, do amor sem explicação, da solidão sem sentido.
Da última dança envolvida em calor nos passos o levaram a lugares impossíveis de esquecer.
Na volta, em alto vagido, recomece sem lamentos, agradecido por despertar em seio amigo.
60 Escritores - Platinum Ouro
80
Partir e voltar Por: Marcia Portella
Quando o vento soluçar entre olmos
escurecendo meu olhar... lembrarei que na ânsia de voar
matei sonhos, no calor da realidade.
Desfiei colares de dores Murmurando ladainhas com gosto de mar...
escorreguei na melodia dos poemas afogando-me... no rio saudade.
Trouxe a ilusão junto a paixão
que tornou-se amor, andando em praias de areias brilhantes
vindo de mares sombrios; despidos de sonhos ao canto de tristes fados.
O rosto... ah meu rosto!
Criou vincos traçados pelo sal, que aportou nos lábios; veleiro à deriva do lume do olhar.
Não espero o amanhã... não peço pra ficar.
Tenho pressa de partir. Tenho pressa de voltar.
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81
Amor-ódio Por: Maria da Conceição Marques
AMO…
A sinceridade e a bondade. A justiça e a clemência.
Amo a doçura e a decência. A humildade e a simplicidade.
Amo, o belo, a natureza e o mar. Amor rir, cantarolar e saltar
Correr de pés descalços na areia. Amo a lembrança do bailar da chama da candeia.
Amo ter as mãos quentes a semear calor Amo as chagas de cristo que morreu por amor.
Amo as rosas num roseiral Amo ser sentimental
Temperamental Amo a minha terra natal.
Amo ser pessoa, comum e banal. ODEIO…
A inveja e a maldade A injustiça e a crueldade
Odeio a hipocrisia Os dias cinzentos sem alegria. Odeio a mentira e a falsidade
Pessoas que não aceitam a igualdade O racismo
O xenofobismo Odeio o mal e o satanás
Odeio ladrões e Barrabás. Odeio a embriaguez. A mesquinhez. A pequenez.
Odeio o ódio e o rancor. Pessoas que dizem que amam, mas desconhecem o amor.
Odeio dondocas superficiais. Cabelos oxigenados
Mulheres do sexo profissionais. Odeio mentirosas e mexeriqueiras
Pessoas, sem moral e sem maneiras. Convencidas… Desenxabidas… Ressabiadas.
Armadas em puritanas Pessoas pobres de espírito, pobres coitadas. Eu sou meia louca, meia lúcida e esclerosada.
Mas tenho consciência que não tenho nem sou nada. Imagino um mundo perfeito.
E no centro do mundo uma jarra com um enorme amor-perfeito.
60 Escritores - Platinum Ouro
82
O meu homem ideal Por: Maria da Conceição Marques
O meu Homem ideal é normal e corrente.
É simples e sincero amigo de toda a gente Tem que abnegar e odiar a traição. Ser dono absoluto do meu coração.
Saber limpar uma lágrima no meu rosto Saber enfrentar uma crise e um desgosto. Terá que ser obrigatoriamente romântico
Pode ser magro ou gordo, mas tem que ter seu encanto Quero ser exclusivamente sua
Sentir-me amada em qualquer quarto da lua. Que me mexa e remexa a alma Que me irrite. Que me excite.
Que me canse de paixão Me encha de ilusão
Que me acalme. Me sensibilize. Me desestabilize.
Que me penetre os ouvidos e o coração Que me ame na cama
Que me mate de satisfação. Que lute com determinação Que seja ousado. Educado Um pouquinho tresloucado
Que seja perverso Me ponha o mundo e o corpo ao inverso
Que me leve ao abismo, me segure pela mão. Me ame como louco
Como marido companheiro e irmão. Que revire a terra e o mundo por amor
Que reze com fervor Que me aperte bem forte com um laço
E o seu lugar predileto seja dentro do meu abraço. Pode ser cheio de defeitos.
Mas este é o homem dos meus sonhos O meu príncipe perfeito.
60 Escritores - Platinum Ouro
83
Diante de ti Por: Maria Eliene Souza Santos
Um violão em tuas mãos hábeis,
Diante de ti Sentada sobre nossa cama
Aguardando em silêncio Para te ver tocar,
Cantar nossos sonhos.
Meu olhar em tua face, Desejo te beijar.
Em tuas mãos Como o violão
Tu me toca.
Eu cantarei todas as canções. Para te ver delirar.
Em teus braços, te amar.
60 Escritores - Platinum Ouro
84
Manto de saudade Por: Maria Eliene Souza Santos
Eu aqui sozinha
Sob o sereno da madrugada Caminhando sozinha
Na areia da nossa praia Perdida de paixão,
E você não está Para segurar minha mão.
E eu aqui a chorar
Todas as lágrimas
Para essa madrugada
Abraçada
Com um manto de saudade.
60 Escritores - Platinum Ouro
85
Êxtase
Por: Maria Elizabeth Almeida
Você é meu desejo.
Sinto o desejo chegando ao ver teu corpo
provocando-me.
Teus dedos deslizam sob meu precioso suor
embriagando-me.
Fico louca me sinto no céu da tua boca.
Meus sentidos estão em te amar intensamente.
Teus lábios e suas mãos acariciam-me
desvendando os meus segredos de mulher.
Tua respiração ofegante e teu hálito quente
chega até mim como um vento, brisa suave e perfumada.
Um gemido de prazer me faz desfalecer.
Entrego-me sem pudor em tua cama de amor.
Em teu peito minha boca desliza de sul a norte.
Em cada gesto um gostoso arrepio,
percebo que te contorces em espasmos êxtases.
Me envolvo sob teu corpo e num entrelaço de beijos
inexplicáveis momentos de ternura,
paixão de dois amantes do amor
inebriados em transe, na emoção e suspiros a flor da pele.
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86
Curvas sinuosas
Por: Maria Elizabeth Almeida
Nas curvas sinuosas do teu corpo
no vem pra cá meu bem e no vai pra lá meu bem
me sinto desprendida dos laços e amarras
que eu mesma me deixei aprisionar em teias,
construídas ao longo do tempo sem notar.
As tuas curvas sinuosas me fez sonhar.
Viro a esquerda e sigo em linha reta;
olho no retrovisor vejo tua boca.
Diminuo o ritmo acelerado
em teus braços troco a marcha,
para reduzir, seduzir,
quase faço parada,
me dou conta então que me desprendi de ti.
Já faz tempo, coloco o pé no acelerador de leve,
percebo que a estrada ainda continua.
Ligo o som do carro, escuto uma música que me acalma.
Letra maravilhosa, concordo, fala de paz.
Estou procurando a felicidade quem sabe no final da estrada.
Sinto-me livre e solta para viajar nesse astral
que meus pensamentos me conduzem para um ponto final.
Fechou o sinal, demorou, me distrai e entrei na contramão.
Só então me dei conta que é uma estrada sem fim.
Eu ainda continuo pensando em ti em mim.
Eu choro por nós porque você está tatuado em mim
para sempre em minha existência
e meu entardecer torna-se mesclado
feito tatuagem na pele pintada em varias cores.
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Falta chuva no nordeste
Por: Maria Margarida Severino de Sousa Brasil
Meu Sertão Esturricado
Sem Agua? Sem Chuva
Desde sempre castigado
Qual será o teu pecado?
Falta chuva... Falta chuva!
Chuva
De Conhecimento
De Entendimento
De Esclarecimento
De Educação
De Instrução
De Trabalho
De Ação
De Vergonha!
Agua nós temos
Do mar...
Do lençol freático
Temos sol.
Temos vento.
É só dessalinizar
Dessalinização solar
Artesanal.
Elevemos nosso Padrão Cultural...
Vamos Aprender
O Manejo da Caatinga
Da Biodiversidade
Do Reflorestamento
Que chova! É urgente que chova!
Honestidade... Seriedade
Compromisso... Verdade
Cava tuas riquezas
Sócio econômicas... Culturais...
Aproveita a beleza do teu Litoral...
Aproveita tuas Formações Rochosas
Faz teu Sertão Cinza Florescer!
Mostra tua Marra! Tua Garra!
Constrói tua Paz
Enriquece o teu Viver.
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Esperança agraria
Por: Maria Margarida Severino de Sousa Brasil
No terreiro sentados crianças brincam ao luar.
Ouve-se na "Colônia". O povo a gritar
Gritos.
Gritos de dor. Gritos de Revolta.
Gritos de perda. Gritos de raiva.
Gritos de comoção.
As balas que mataram DAMIÃO VIANA
Traspassaram nosso coração.
Mataram nosso amigo, nosso líder, nosso irmão.
Pra nos intimidar. Pra nos escorraçar.
Gente a chorar. Gente a correr. Gente a se mudar.
Gente a adoecer. Gente a morrer.
Cretinos! Malvados!
Nos tiram a vida. Nos arrancam da terra.
Nos plantam feridas. Nos privam da lida.
A cada índio excluído. A Cada missionário sacrificado.
A cada "Chico Mendes" abatido.
A cada terra usurpada. É nosso sangue que corre.
Clamando por Justiça Agrária.
Não se sabe quem são os filhos do Diabo.
Que venderam que compraram nosso Estado.
Deixando nosso povo esparramado.
Nossas famílias dizimadas. Nossas filhas pelos garimpos.
Nossos maridos pelo mundo rebolados.
Sem terra, sem pão. Sem saúde. Sem educação. Sem instrução.
Procurando a cultura.
Regando a Esperança.
Cultivando a ternura.
Restaurando a confiança.
Fortalecendo o coração.
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89
Totalmente domada Por: Mariane Helena
Profundamente Tomada Pela Sua Magia!
Desbravada, Revelada, Traduzida Amplamente.
E Eu que Sempre Fui Tão Complexa...
Agora me reconheço e Submeto-me as Tuas Letras.
Letras Essas que Hoje, minhas São!
Tomaram-me por Posse e por feitiço;
Verso a verso Salivaram Minha Vida.
Amo-te...
Adoro-te...
Poesia!
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90
O ritmo das letras Por: Mariane Helena
Uma Sinfonia Muda,
Harmônica,
Que Dita o Ritmo Melódico.
Detalhe Sutil...
Que de Tão Essencial
E Necessário,
Passa Por Desapercebida!
Nas Canções
Liga e da Liga.
Dá o compasso Exato;
Traça Acordes,
Muito Além Das Rimas...
Tem Seu Tempo.
NA Partitura,
A Letra Dura.
Dança Nas Linhas das Notas...
Entrelaçadas Entre Si.
Nota?
Elas Se Fazem Notar!
Brilhando Em Estrofes
E Em Silabas Sonoras.
Convenientes,
Ordena E Adorna;
Cria Música
Da Inspiração.
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Felicidade
Por: Marilin Manrique
É sentir o frescor da manhã de um novo dia que se inicia.
É caminhar sem medo buscando a realização
de metas programadas.
É ver os sonhos concluídos e perceber
que teve forças para terminar.
É saber que o salário será dobrado
com o décimo-terceiro programado.
É ser bem recebido pelo amigo.
É sentir o cheiro do pão de queijo
e do amado ganhar um beijo.
É alegrar-se com o sorriso de uma criança,
de pessoa querida ou do vizinho do lado.
É admirar a beleza das ondas do mar
e agradecer a Deus por ter chegado.
Felicidade é sentir-se amado.
É vibrar com um abraço apertado.
É ouvir a melodia predileta
de rostinho colado com o bem-amado.
É ouvir a chuva que cai lá fora
e sentir-se protegido pelo abrigo.
É ter inspirações e escrever uma poesia a cada dia.
É abraçar com fervor um amor que a casa retornou.
Felicidade é saber que seu filho estimado
mesmo morando longe arruma um jeito
para passar um tempo ao seu lado.
É admirar o pôr do sol após uma longa tempestade.
Felicidade é tudo isso
e também entender que há outros
motivos para comemorar um novo alvorecer,
e saber que a cada alvorada Deus nos dá mais energia
para continuar nossa jornada.
60 Escritores - Platinum Ouro
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Enganos
Por: Marilin Manrique
Enganei-me quando pensei
que as boas oportunidades estavam bem longe de mim.
Um anjo sussurrou em meus ouvidos:
“Elas estão aí, pertinho de você”.
Enganei-me quando pensei
que encontraria felicidade no final da estrada.
Enganei-me quando pensei
que estava perdido.
Deus estava me desviando do mal.
Enganei-me quando pensei
que faltava pouco para minha realização pessoal.
Mais tarde entendi que nunca estamos totalmente realizados.
Enganei-me quando pensei
que o dinheiro traria muita felicidade.
Acabei entendendo que o amor é tudo neste mundo.
Enganei-me quando pensei
que para fugir dos problemas, teria que mudar de cidade.
Enganei-me quando pensei
que poderia mudar o mundo.
Acabei concluindo que teria que mudar a mim mesma.
Enganei-me quando pensei
que a felicidade não existe neste mundo.
Entendi que ela é feita de momentos e que temos que buscá-la.
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Rosa rubra Por: Marize Rodrigues Ukwakusima
Ele me chamava Minha rosa rubra
Dizia que me amava E me fazia amor deliciosamente
Isso não sai da minha mente Cada beijo seu era uma dádiva E por todo o corpo me beijava
E eu tremia em seus braços Apaixonada, amada, amante
Hoje vivo de recordações
Porque nas voltas que a vida dá
Separaram-se os nossos corações
Sinto a solidão da sua ausência
O sono não vem
Estava acostumada a dormir
Em seus braços
Não acho mais o meu lugar
Porque minha vida era lhe amar
Sinto saudades meu querido
E dói não saber onde estás
Mas uma certeza eu tenho
Onde estiveres sempre te lembrarás
De tua rosa rubra
Que agora se apaga entre lençóis frios
Ouvindo as músicas que ouvíamos juntos
As músicas que embalavam nosso amor
E ao ouvi-las agora
Só sinto saudades e dor...
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Vendaval de dores Por: Marize Rodrigues Ukwakusima
O vendaval chega de repente Atingindo o templo por todos os lados
Templo envelhecido, cansado Por outros temporais já golpeado
Cambaleou algumas vezes Suportando por pouco, as batalhas
Mas dessa vez teme desmoronar O vendaval de dores não dá trégua
E o velho templo fica a balançar
Bem no meio do seu interior
Abre-se a fonte do abismo
Jorrando águas salgadas
Por suas janelas
Mesmo ao cerrar as cortinas
As águas passam por elas
Derramando-se ao seu redor
Amolecendo toda a terra
Formando um pântano de dor
Onde afunda lentamente
Suas duas colunas se dobram
E a torre pende tristemente
Esperando a Salvação
Que vem do alto em sua defesa
Como um milagre, trazendo a Libertação.
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Para as Marias
Por: Maurélio Machado
Loiras, ruivas, negras e morenas
Lindas flores neste nosso jardim
Elegantes, gordinhas, pequenas
Não me importo mesmo assim.
Tive várias Marias na vida
Meigas, lindas e bondosas
Tereza, Do Carmo, as queridas
Eduarda, Joaquina as fogosas.
Maria do Céu que tanto me quer
Maria Francisca, a mãezinha
Maria Fernanda doce mulher
Maria Eugênia a irmãzinha.
Respeito vocês Marias deste mundo
Apertado abraço sincero Meu carinho mais profundo Criaturas que tanto quero!
Prisioneiro
Maldito dia, deveras estafante Problemas na empresa e pessoais
Estresse e cansaço dominante Esperanças obscuras e fatais...
Quem sabe talvez, amanhã talvez... Destinos mudem rumos enigmáticos
Para sempre, de uma só vez Estas vidas tristes, fatos enfáticos...
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Suave decisão
Por: Maurélio Machado
Considero que foi livrada decisão
Do dilema ética e falso exagerado
Da sinfonia de pesadelos latentes
Perdurando uma reticência do fiapo do provável.
De repente, o desentendimento
Uma desavença insuperável
E nunca mais estaria juntos
Então, simplesmente, cada um foi para o seu lado.
Mesmo juntos e separados
Divididos entre as paredes
Do mesmo teto
Apenas, trocando palavras indispensáveis.
Extraviado dias inigualáveis
No sofrimento aprofundado das diferenças
De tal coincidência sublinhas fraternal
Da amplidão condimentar de uma hostilidade.
Das recordações permanece o carinho,
O cordato, responsável, a identidade
Desse trovejar da ausência pela distância
Na definição cortante pautada na suave decisão.
60 Escritores - Platinum Ouro
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Os telhados do mundo Por: Mauro César Dias Penso plenamente em você não há segredos as ruas continuam as velhas estradas desmoronando continuam. Os emissários, comissários os políticos o povo cego. Sim, tudo é o mesmo.
Até a chave quebrada na fechadura eu não soube e não queria saber, mas havia algo especial poderia sentir isso a um milhão de anos.
As paredes do quarto desdobram. A neve derretendo nos telhados no extremo sul da América.
E do meu coração e tudo começa a desaparecer de repente. Nós não somos mais os mesmos até a cor do seu cabelo mudou.
E minha alma borralheira coberta pelo sol Solstício dos morros grita e gira, mas é triste é triste como o azul das serras da minha cidade se desfazendo nas nuvens. Asas rasas e profundas dos pássaros mergulhando nas tardes que findam no céu de Urano.
Para além das montanhas onde arrasto com os mortos
o esquecimento que na minha alma não cabe.
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Mariana Por: Mauro César Dias
Sentia que deveria escrever,
Sentia, e sentia com toda a alma, Pedras rolam
E rios deslizam por dentro Clamam e inclinando-se
Para a solidão Para os rostos leprosos
No adro vagando pelo cais Com toda a futilidade da humanidade,
Agora enfim, soterrados. E uma música alegre e solene
Entra pela janela A janela que já não existe mais.
Só os andaimes, Só os muros que cobrem de desolação
E que separam mais do que ruas Quintais, prédios e mais construções
E que separa o que somos, dos que fomos. Ou seremos.
Resume-se em homem lendo Drummond As 3 e 7 da manhã,
Chorando como um rio enlameado.
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99
Dia de presente Por: Mileine de Carvalho
Um novo amanhecer.
Uma dádiva despertar. Levantar bem e ver
u novo dia recomeçar. Ter uma nova oportunidade;
muitos erros a corrigir. Deixar de lado um pouco a saudade
ter mais tempo para ser feliz. Amados e amores
com quem se ama ao seu lado, com tranquilidade somem nossas dores.
Dia de chuva ou dia de sol. Todo dia é especial!
Nós mesmos construímos o nosso dia, um lindo presente dado por Deus.
Cabelo louro de singelo olhar de beijo ardente
sincero o seu abraçar. Te amarei infinitamente
e eternamente ao seu lado desejo estar.
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100
Pinguinho de dificuldade Por: Mileine de Carvalho
Preciso de você.
Preciso de um sorriso, de um abraço amigo.
Preciso de um lugarzinho no seu coração. Para confortar.
Para consolar a minha aflição. Assim que me encontrar converse comigo
para me distrair, me ocupar de pensamento longínquos.
Onde estarás... será nesse mundo? Nessa era jamais no planeta Terra.
Sinta a brisa leve que bate no seu rosto.
O sol, a luz que ilumina o dia, a chuva que farta o poço.
60 Escritores - Platinum Ouro
101
Abraços de ar Por: Mirian Menezes de Oliveira
Pesavam-lhe as altas horas,
doía-lhe a “vista senil”. Feridas por todo o corpo...
Custava-lhe ser gentil!
De repente, a sonolência: um anjo, nele pousou!
Sentiu uma leve brisa... Rosto no “rosto” encostou!
Em sonho, “abraços de ar”...
(Já não sabia o que era amor!) Dedos na pele a encostar.
Misto de prazer e dor... Abraços leves de ar...
Na brisa, cheiro de FLOR!
60 Escritores - Platinum Ouro
102
Recortes perdidos Por: Mirian Menezes de Oliveira
Cortes, recortes, lembranças...
de Volpi, mil bandeirinhas! Criança, “na alma perdida”, procura as brincadeirinhas!
Os ponteiros do relógio...
A ciranda sem a roda! - Onde estão as bandeirinhas?
- pergunta a garota prosa...
Verde, azul, vermelha e branca: das vivas cores ao luto... A rede “só” que balança...
tem, como braços, dois muros! Corta e recorta a esperança,
aquele ser sem futuro!
60 Escritores - Platinum Ouro
103
A saudade que flutua Por: Natália Pais Dinis
Pressinto um cheiro fresco e doce por entre a chuva E em súplica peço ao sol que me traga o teu rosto
Pela luz e rendilhados que vestem de festa o outono.
Ai como gosto do cheiro puro do húmus expelido pela terra Que deixa germinar as margaridas e os crisântemos
Por entre o alpendre e a hera.
Agitam-se os pinheiros, escondendo algum lilás Que sobrou da primavera.
As uvas acabadas de colher são o coração das rosas, Elixir de açafrão, mel e canela.
E eu tenho das frésias, doce memória que flutua,
Entre a brisa e a chuva, entre o sol e da lua, o crescente Dos dias claros da própria primavera.
Flutua a saudade pela saudade do teu rosto Quando estou à tua espera.
60 Escritores - Platinum Ouro
104
O cio do rio Por: Natália Pais Dinis
Era Setembro, à tarde, meia tarde,
e eu aterrei num lugar tranquilo e cálido, onde as flores e as ervas eram rosáceas,
E o aroma exalado era verde, tão verde, de um verde esmeralda.
Olhavam os meus olhos os olhos do rio, e a tarde era doce e daltónica, como espelho difuso nas águas,
deixando a nu a margem de lá, e onde pelo meio os peixes detinham o poder do amor.
Os seixos e as conchas sinalizavam o caminho para a lua,
e no céu, o sol tomava um outro rumo. A luz enroscava no rio percorrendo um túnel, como uma falua.
E, eu lembro de Setembro, o saibo do outono, como um asar de gaivota, Em camuflados beijos, pela energia divina,
enrolados nas trevas, pelo cio do rio.
60 Escritores - Platinum Ouro
105
O mundo tarda e não falha Por: Pedro Luiz P. da Silva
Provocação sem meditação,
histeria sem promoção, provocar pele, coagula a inflamação.
O ego e sua insuflação. O redor o mistério ocultar. Quem provoca cria causa, quem te causa, têm ação,
sem resignação, tem reação, enfrente, vice-versa, loucos, desvariados,
por simples provocação, que ganha, a tristeza e a ilusão no coração.
Paraíso sem dono, a vergonha sem juízo,
a provocação em exaltação, enquanto não liberar,
o valor não ganha o penhor, e sem amor não tem valor,
escrito pela dor, na luta do dissabor, entenderá de vez,
que amor, é paraíso a conquistar,
não pela dor, que um dia provocou. O amor se reconhece,
pelo fruto de outro amor.
60 Escritores - Platinum Ouro
106
A fábula Por: Pedro Luiz P. da Silva
Um conto, uma partícula de sol,
sonhos, cortejo, abraço universal, exatamente como o desejo,
provocação, da ternura que vem do coração.
Está escrito nas estrelas, na via mão, quando imagino,
a paz brota no coração.
Nem nuvens e nem tempestades, nem culpa e nem falação,
quando abraço, aparece sem retidão e tenho razão.
Digo que para o céu vou levar, sem véu e sem túnica,
quando o paraíso souber, a virgem enaltece,
como plumas no acoador florescer.
Com os cumprimentos do amor, na vida lá vou eu, aplacar o carisma,
o sentimento dominarei, sem receio, para o prazer dá gosto,
na benção com emoção, na gloria do amanhecer, sempre com resignação.
60 Escritores - Platinum Ouro
107
A intensão Por: Rita Padoin
Da janela onde o sol se dispõe,
Há uma pretensão entre a linha imaginária e a certeza. O som da rua, quebra a intensão do momento.
Correm os carros, o tempo, o vento e a imaginação.
Pelos caminhos que nos levam a um destino incerto, Vai a vida, a ilusão e a incerteza.
Lá na rua da cidade grande, Vão-se os nós, feitos sem intensão.
Vão-se as loucuras imaginadas. Vão-se as estações, de malas prontas.
Vão-se cada sonho, nessa viagem.
Assim, nosso tempo, se desfaz num piscar de olhos. Cada desejo, uma espera.
Cada espera, um significado. Cada significado,
Um enigma para desvendar.
60 Escritores - Platinum Ouro
108
O tempo do poeta Por: Rita Padoin
Para um Poeta, o tempo nunca é curto ou longo. Sempre é o tempo certo, a hora certa e o momento exato. Sempre haverá esperança, paciência e uma lacuna para expor o que não estava previsto. Para um Poeta, as horas estendem um tapete e o momento se desfaz em reflexão. O que para muitos é apenas um tempo perdido, para ele é uma oportunidade. O tempo, é aproveitado em cada segundo. O piscar dos olhos reflete um ponto luminoso que traz junto com ele, o inesperado. Viver cada segundo, é viver inesperadamente. É deixar de lado as insignificâncias e escorrer entre os vales de sua estrada, as alegrias. O Poeta, apenas observa sem dizer uma única palavra. Quem fala por ele é a caneta. Escorrem por entre as linhas de uma página branca, todos os seus segredos e as suas imaginações. O tempo do Poeta é o mesmo tempo que ele escolhe para não deixar o seu tempo calado. Assim, abre-se um caminho, que nem ele consegue explicar ou decifrar. São os parênteses e as interrogações expostos pelo tempo. Para um Poeta, o tempo nunca será um tempo perdido.
60 Escritores - Platinum Ouro
109
Procuro-te
Por: Roberto Franklin Falcão da Costa
Em busca do possível encontrei o impossível.
Em busca paz encontrei a guerra.
Em busca do frio encontrei o calor.
Em busca da razão encontrei a irracionalidade.
Em busca do prazer encontrei a dor.
Em busca da oração encontrei o pecado.
Em busca da alegria encontrei lágrimas.
Em busca de um carinho encontrei abandono.
Em busca do teu amor encontrei o sofrimento.
Tudo isso encontrei somente por te buscar.
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110
Despedida do passado
Por: Roberto Franklin Falcão da Costa
Me despeço
de tudo que deixei para trás,
de tudo aquilo que vivi,
de tudo que busquei,
que me entreguei,
me despeço desse amor.
Me despeço
e caminho em busca,
não querendo recolher qualquer lembrança que deixei,
luto para não trazer para o tempo presente
nada que o tempo passado representou,
deixo e caminho, chego até o lugar que hoje estou,
começando tudo outra vez,
limpo de tudo, alegro-me,
mais percebo que tudo deixei.
Sem que pedisse imediatamente
mostra-se ao presente
o amor que no passado sofri.
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111
Raio de sol Por: Rose Bona
Como um raio de sol
que aquece, ilumina, irradia quero em sua vida estar.
Fazer dos seus dias
luz, calor, alegria e sua vida brilhar.
Como um raio de sol
que atrás das nuvens se esconde quero ser mistério no teu olhar.
Fazer parte do seu dia
com alegria, cor, harmonia sua vida resplandecer.
Como um raio de sol
ora intenso, ora suave quero em sua vida bailar em teus sonhos brincar.
Como um raio de sol
que na noite se esconde quero em seu sono dormir aquecer os seus sonhos
iluminar a sua alma irradiar de luz a sua vida... como um raio de sol.
60 Escritores - Platinum Ouro
112
Solitude noturna Por: Rose Bona
Olhos fixos no infinito
examino atentamente o por do sol e uma estrela brilhando timidamente
no céu cor de púrpura.
A noite intensifica-se deixo-me enlevar pela beleza de um fecho de luz
que transborda em cascata na escuridão.
O frio aquece as minhas lembranças e me transportam para bem distante
... como folhas de outono ao sabor do vento fantasias soltas no tempo e no espaço.
Um desejo infinito e puro vem do coração que me envolve.
Na solitude noturna. Sombras vagueiam.
A voz cala. O silêncio semeia.
Um sussurro renasce em cada prece.
Admirada com uma imagem resplandecente calmamente repouso nesta magia
há uma luz e um mistério por sua essência eu me encontro.
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113
Eu mesma - Meu Marketing Pessoal Por: Severiana Paulino Rodrigues
Descobrir-me a mim mesma estando no divã
Ao me definir de que se é necessário Descobrir quem sou
Talvez fosse importante Definir o que é necessário conhecer
De mim mesma, mas, sou eu em mim começada por controvérsias
Carregada em adjetivos Simpática? Fechada? Intelectual?
Bem humorada? Vaidosa? Ponderada? Impetuosa?
Humilde! Sou um inventário do conjunto de adjetivos Que as pessoas usam para se referir a mim
Inclusive os desagradáveis, Talvez por ser a imagem
Que costumo transmitira aos outros, Talvez seja bem diferente da imagem
Que eu gostaria de transmitir Corrigir o meu comportamento para mudar a minha imagem
Junto ao público visado, com a consciência de que, irei criar uma imagem positiva e
gerando uma negativa junto a outro público Bem dito que não se pode agradar todo mundo o tempo todo
assim serei a minha própria consequência, das minhas escolhas.
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114
Suave decisão Por: Severiana Paulino Rodrigues
Considero que foi livrada decisão Do dilema ética e falso exagerado Da sinfonia de pesadelos latentes
Perdurando uma reticência do fiapo do provável.
De repente, o desentendimento Uma desavença insuperável E nunca mais estaria juntos
Então, simplesmente, cada um foi para o seu lado.
Mesmo juntos e separados Divididos entre as paredes
Do mesmo teto Apenas, trocando palavras indispensáveis.
Extraviado dias inigualáveis
No sofrimento aprofundado das diferenças De tal coincidência sublinhas fraternal
Da amplidão condimentar de uma hostilidade.
Das recordações permanece o carinho, O cordato, responsável, a identidade
Desse trovejar da ausência pela distância Na definição cortante pautada na suave decisão.
60 Escritores - Platinum Ouro
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Vivalma Por: Solange Moreira
Um silêncio profundo, um sentir agudo. A voz se cala, o olhar vagueia mudo...
Um horizonte tão longe e perdido momento, Um querer, um estar, sem ouvir o pensamento.
Do sentimento, um esconderijo secreto, Talvez uma fuga momentânea decerto...
Emoções borbulhantes, E também conflitantes.
Sem medo de esconder a fragilidade, Somente um cansaço de verdade... Envolvente neutralidade do coração
Que precisa de um segundo sem ação.
Um suspiro bem profundo, de uma alma, Sem grito, sem alarde, apenas uma vivalma. Solitário e necessário instante da existência,
Um voo protetor da delicada essência...
60 Escritores - Platinum Ouro
116
Enfim Por: Solange Moreira
Olhou para o longínquo horizonte com sofreguidão, Talvez um resgate, onde no tempo pairava a solidão.
Tentou encontrar com toda força, perdidos momentos. Uma procura inócua, mas tão viva em seus sentimentos. Reviveu todo um passado dentro de si, ainda presente. Sentiu-se confuso neste mundo, totalmente ausente...
Não soube explicar este elo que, dolorosamente se partiu. Caíram-lhe lágrimas amargas, um gelo na face, não resistiu,
Estava lívido... Sim a vida e os seus terríveis enganos... Viveu como se nada tivesse um fim, por anos e anos, Teve quem lhe amou, com dedicação e sinceridade,
E tão perto estava, que não viu, deixou passar a felicidade...
Relicário
Falta agora o breve entendimento Para esta viagem do sentimento. O pensamento tão livre e liberto,
Tão próximo da emoção, se liberta. Emoção e pensamento seriam irmãos Caso não houvesse a razão, às mãos
Entregam-se, sem luta, sem resistência. Existe o lado oposto, diz a essência...
Distante, sem horizonte, enfim. O presente, talvez ausente, sim... Ali adiante, uma alma intocável, Transparente, pura e adorável.
O silêncio, uma vida, duas vidas, adverso Percurso, imenso, o não caber em um verso. Da suave tristeza, guarda-se em um relicário, Em um canto, um recanto, delicado cenário...
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117
Viajantes no tempo Por: Sueli Teresinha do Rocio Schulka
Ouço essa voz que eu não conhecia, só conheço as palavras do dia a dia. Ouvir sua voz era o que eu queria.
E agora? Que agonia!
É tempo, que o tempo traz. Sonhar é capaz. História se refaz. Quero-te na paz.
Vamos sair por aí, caminhar sem razão.
Tomar um café ou comer açaí. Acelerar o coração.
Cante pra mim uma melodia, tua voz me acalma.
Não precisa ser de sua autoria, basta ter alegria que encante a alma.
Não importa se o vento soprar, ou a chuva cair.
O importante é te encontrar e deixar a alegria fluir.
Venha fazer parte da minha história, somos viajantes no tempo.
Aproveitemos este momento, para guardar na memória.
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118
Fé Por: Sueli Teresinha do Rocio Schulka
As atribulações nos flagelam, são momentos de desespero;
mente e coração se embrulham, num terrível pesadelo.
O peito fica apertado, um nó trava a garganta; ficamos calados, mas a fé nos levanta.
Algo superior que acalma, que ilumina nosso ser; atravessa nossa a alma
e derrama seu poder. Leva embora todo mal deixando-nos um sinal; que é preciso aprender as dificuldades vencer.
Deus Nosso Senhor, nos ensina que o amor;
cura todas as feridas, mesmo as mais doloridas.
Um dia você vai entender que a vida é maravilhosa; ninguém nasce pra sofrer, que sua fé seja gloriosa.
É a energia das mãos, que brota no coração;
pelo corpo todo percorre, e sua alma socorre.
Acreditar no que não se pode ver, e não se conhece. O impossível começa a acontecer, quando a fé acontece.
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Caminhos transversos Por: Taís Martins
Um dia nossa alma precisa desabafar
Deixar os fantasmas no passado Chorar e encontrar um riso Perdido entre as lágrimas
Resgatando emoções já equivocadas... Fugimos de desejos antigos
Temendo que tudo seja novamente igual Há muita tolice nisso,
Pois mesmo que amanheça todos os dias Cada nascente tem suas cores meticulosas...
O dia se finda em todas as tardes No entremear das estações
E ainda que haja estrelas nos céus Cada uma delas brilha de um modo distinto...
Necessário é esquecer Permitir que antigas cicatrizes curem Abrindo espaço para nós mesmos...
Curioso quando penso em nós Procuravas em mim uma pessoa
Que nem eu conhecia mais... Nas suas entrelinhas me deste um espelho
E percebi que há muito estava desencontrada de mim... O gosto sublime da felicidade
Sempre efêmero nos meus sentidos Permite que a alma atormentada
Fosse aprisionada por uma máscara Há tempos deixei de ser quem era
E num dado momento nem mais sabia ser... Ao pé de mim
Ouvi teu olhar e tuas lágrimas Um amor que não pedi e tampouco queria
Permitiu que eu me reencontrasse No teu afago sempre disponível
Contra minhas palavras sempre áridas... A paciência seja o melhor caminho para o amor Afinal não são as palavras que ensinam a sentir
Mas sim o sentir que nos dá boas palavras... Um dia meu peito agridoce pode ser mais afável,
Porém já me acostumei a perder minha ira Vencida pela sua paciência... Nos caminhos transversos
Talvez tu não encontres em mim o que desejavas E eu sabidamente encontrei
Em mim mesma Muito mais do que um dia te ofertei...
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Antigos Manequins Por: Taís Martins
Eu desejei um amor duradouro como a eternidade
No entanto hoje basta um dia De emoções e desprendimentos...
Há nas emoções um agregado de tormentos Que não devemos conjugar no infinitivo.
Algumas horas de afeto que podem suprir angústias persistentes Uma tarde no parque brincando com a forma das nuvens
Já é suficiente para recarregar o coração... O carinho pálido como a chuva depois de uma longa estiagem.
Desejamos emoções eternas Quando na verdade não lidamos bem sequer com as efêmeras...
Nossa limitação em aproveitar um dia de sol Resta enlaçado com o diário que nunca é escrito.
Emoções seletivas são histórias incompletas Ou refutadas através de bons desfechos.
Aspirar à quantidade de cronologias Que somadas não reproduzem a fidelidade do que sentimos.
Escolhemos os sentimentos como quem compra uma roupa nova Para um armário já abarrotado.
Quando não usamos mais deixamos esquecido nas gavetas E nas malas que não usamos para novas viagens
Cumprindo a sina de amealhar coisas Que nunca vamos verdadeiramente precisar...
Por mais paradoxal que pareça As criaturas buscam preencher seus descompassos emocionais
Com horas vazias. O corpo servindo como um baú cheio de tudo e pleno de nada...
A tragédia humana calcada em não saber desejar O que é muito não nos basta e o pouco não nos supre.
Diametral essa reflexão quando em momento de sede mortal Não cai do céu uma única gota e não há nas mãos nenhum copo...
Chorosos e cegos lamentamos pelo que não temos Sem valorar o que nos basta de modo proficiente...
Aquinhoei um amor platônico contado em uma década e meia, Mas não imaginava que esse enlace restaria desfeito pela falta de caráter
Daquele que foi silenciosa e continuamente amado. A face cruel revelada somente depois de suaves de doces beijos,
Mas se a minha boca não os tivesse experimentado – eu nunca saberia... O prazer da vida reside no saber
E administrando essa poção mágica será possível Sorver belos caminhos desprendidos da ansiedade agressiva
Que busca incessantemente chegadas e retornos. A vida é uma breve viagem para quem se dispõe a abrir a janela
E seja capaz de permutar os amores eternos Pelos simples sabores dos beijos sinceros mesmo que sejam efêmeros e fugidios...
60 Escritores - Platinum Ouro
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Coração Por: Thais Zampoli Zambonin
É vivido. Revivido.
Aproveitado. Desaproveitado.
Têm olhos, bocas, mas não é derivado.
Tem sentido, mas não é reconhecido.
Se tem paz... amor, felicidade
e ainda mais fidelidade. São pequenas partículas
que os constituem, mas falta pouco para o desejado.
É vivido. Revivido.
Em pequenos espaços de tempo
é usado e reutilizado
para sempre ser maravilhoso. Não basta ter apenas partículas presentes
sem uma cavidade que bombeia tudo. Sem ele não se vive.
60 Escritores - Platinum Ouro
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Devaneios Por: Thais Zampoli Zambonin
Seria mesmo aquilo
com sentido, com experiência, com troncos largos e espelhados.
Tudo especificado. Todo delineado.
De traços delimitados, mas sempre delicado.
Claramente ligado a um brilho ensolarado.
Com grandes espumas brancas a sua volta tentando deixar
cada vez mais distante de um olhar amoroso.
Sempre buscando por aquilo. O que seria aquilo?
Uma clara expressão delicada de como seria um verdadeiro
e claro amor!
Sorriso
São intermináveis buracos com defeitos ou perfeitos com brilho ou fosco meio tortos ou extremamente restos. são intermináveis curvas umas com rachaduras outras com machucaduras umas mais graúdas outras mais finas umas mais evidentes outras mais delicadas; esses buracos e curvas juntos formam o mais bonito gesto de carinho e amor... o sorriso.
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Emoções Por: Vânia Maria de Souza
No silenciar
Da noite Você apareceu Com um olhar
Vibrante Clareando meu ser
Tal qual a lua Em noites de luar
Deixou-me Em desalinho Com seu jeito De me abraçar
Beijar O coração A palpitar
A cada momento Realizamos
Em nossas frenéticas Fantasias A emoção Do amor.
60 Escritores - Platinum Ouro
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Magia do Amor Por: Vânia Maria de Souza
Ao anoitecer nossos olhares se cruzaram
Nossos corpos entrelaçaram Com beijos
Desejos A pele molhada
Exalando o perfume Dos corpos
De nossos lábios Sussurros, gemidos Coração pulsante
Com carícias ardentes Mãos deslizando
O corpo Chegando em meus segredos
Sua boca sugando O mel da flor Devaneios Loucuras
Entre o côncavo e o convexo Chegando ao êxtase
Corpos exauridos Adormecem
Com a magia do amor.
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Ventos de outono Por: Vanuza Couto Alves
Corrupiam no ar,
Levando folhas amareladas Que se despedem das suas moradas,
E não voltam mais.
Assim ficam os corações Que são levados pelos outonos
Da solidão...
Sentimentos são arrebatados Pelos ventos da saudade e da dor.
Mas, o outono
Tem o seu quê de nostálgico, De arrebatador:
Nas tardes mornas, Nas folhas mortas jogadas ao chão,
Entristecidas...
Essa imagem também é de poesia Para o olhar do poeta que vê lirismo,
Em cada folha que o outono desbotou.
60 Escritores - Platinum Ouro
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Em minhas tardes Por: Vanuza Couto Alves
És o pôr do sol,
deixando-me com saudade. És o arco-íris colorindo nossos rostos
e os nossos sonhos de amor. És o meu viver de felicidade.
És um riacho que corre lento em meu corpo, deixando calafrios de amor.
És em minhas tardes, o motivo poético para os meus versos serem declamados,
à moda romântica do passado.
És a criação revelada pela minha imaginação, cinzelando o teu belo ser, em minha alma, Vendo o teu corpo refletido sobre o meu,
nas sombras de um entardecer de nuvens bordando imagens aladas,
velando nossos sonhos de amor...
És a Natureza rebuscada de lírios perfumando os meus versos,
nas tardes em que te sinto só meu!
60 Escritores - Platinum Ouro
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Dueto de amor Por: Waulena d’Oliveira Silva
Nossas lembranças andam a esmo
Lançadas em garrafas em verde mar Provocam arrepios, suores Tremores – tantos amores
Singram mares de gozos
Flutuando em nossas flores de algodão Deliciosamente misturadas
Tornadas únicas, nunca mais separadas
És minha tempestade, quimera Que atravessa nove mil mundos
E me encontra num lapso de tempo Como se agora for a eternidade
E me colhes como uma flor
Como sempre houvesses sido O jardim onde floresço
Uma loucura sem fim e tão querida
“Você é poesia, amanhecer, meio dia Aquela que mais queria, e todavia…”
“Anseio em beijar tua boca... misturar minha saliva com a tua....
enlouquecer de amor na camisa de força de teus braços...”
Amar é sempre uma entrega - literal e metafórica É perder-se num abraço, deixar-se invadir por inteiro
Todos os sentidos vertidos em apenas um Olhares perdidos - música e poesia...
60 Escritores - Platinum Ouro
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Toda a Poesia Por: Waulena d’Oliveira Silva
Não quero que sejas meu poema
Versos germinados na noite Em páginas brancas sem sono.
Quero que sejas toda a poesia Sensações brotando na pele Em delírios e rubros desejos.
Não quero teu corpo sem o meu
Ninho vazio em abandono Barco sem dono e sem cais.
Quero que sejas toda a sedução
Carícia ,encanto , perdição Dueto de amor e paixão.
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Local de nascimento dos Escritores Platinum 2016
Nome/Cidade/Estado/Pais.
Antônio Ramos da Silva Brusque SC Lace Luiza Itajá GO
Adriana Garda de Souza Florianópolis SC Lenival Nunes de Andrade Patu RN
Afonso Adolfo Santos do Amaral São Luis MA Lorena Zago Presidente Getúlio SC
Ana Júlia Machado Viana do Castelo PT Márcia Ayres Dugo Sâo Paulo SP
Ana Maria Morgado da Costa Grandola PT Marcia Portella Rio de Janeiro RJ
Anabela Alexandra Gaspar Silvestre Covilhã PT Maria da Conceição Marques Bragança PT
André Maciel de Oliveira Loanda PR Maria Eliene Souza Santos Boa Vista do Tupim BA
Anely Guimarães Santos Pedreiras MA Maria Elizabeth Almeida Itajaí SC
Anete Vargas Bitencourt Alegrete RS Maria Margarida Severino de Sousa Brasil General Sampaio CE
Beatriz Amorim de lemos Goetscchel Rio de janeiro RJ Mariane Helena São José dos Campos SP
Carmen Maria Maciel Jara Pelotas RS Marilin Manrique São Luís de Montes Belos GO
Clarice Hatano Biritiba Mirim SP Marize Rodrigues Ukwakusima Maceió AL
Cristina Amaro Casadinho Lisboa PT Maurélio Machado São Bento do Sul SC
Dione Fonseca de Barros Cambuquira MG Mauro César Dias Pedra Azul MG
Domingos Calonbe Bala Luanda /Cazenga AO Mileine de Carvalho Rio Negrinho SC
Ednaldo B. Carvalho Presidente Médici RO Mirian Menezes de Oliveira Guaratinguetá SP
Elma Leite Três Marias MG Natália Pais Dinis Coimbra PT
Ernesto de Jesus Lourenço Gomes Lisboa PT Pedro Luiz P. da Silva Araraquara SP
Ezequiel Francisco Silva Alenquer PT Rita Padoin Urussanga SC
Fanca Coêlho Floriano PI Roberto Franklin Falcão da Costa São Luís MA
Flávio Romero Guimarães Campina Grande PB Rose Bona Timbó SC
Graça Canhão Faro PT Severiana Paulino Rodrigues Santa Bárbara SP
Hamilton Raposo de Miranda Filho São Luis MA Solange Moreira de Souza Belo Horizonte MG
Ivanilde Kiem Dranka Itaiópolis SC Sueli Teresinha do Rocio Schulka Curitiba PR
Izabel Pavesi Botuverá SC Tais Martins Apucarana PR
Janet Maria Faggion Corezola Bento Gonçalvez RS Thaís Zambonin Zampoli Curitiba SP
Janete Sales Dany São Paulo SP Vânia Maria de Souza Brasília DF
Jose Alfredo Evangelista São Roque SP Vanuza Couto Alves Piaçabuçu AL
José Batista Recife PE Waulena d”Oliveira Silva Rio de Janeiro RJ
José Coelho Maciel Médio Solimões AM
60 Escritores - Platinum Ouro
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Abrangência do Projeto Platinum - 2016 Escritores Platinum por Estado/País.
Alagoas 2 Piauí 1
Amazonas 1 Paraná 4
Bahia 1 Rio de Janeiro 3
Ceará 1 Rio Grande do Norte 1
Distrito Federal 1 Roraima 1
Goiás 2 Rio Grande do Sul 3
Maranhão 4 Santa Catarina 10
Minas Gerais 4 São Paulo 8
Paraíba 1 Angola 1
Pernambuco 1 Portugal 9
59
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131
Rua: Carlos Weiss, 140 – Colonial.
São Bento do Sul - Santa Catarina - Brasil. CEP. 89.288-075
E-mail: [email protected]