73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    1/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 1 de 45

    INTRODUO E LEGISLAO BSICA SOBRE BRIGADA DE INCNDIO

    IMPORTNCIA DA BRIGADA DE INCNDIO PARA O CORPO DE BOMBEIROS

    E PARA A EMPRESA

    de fundamental importncia aliar os meios materiais existentes sua perfeitautilizao, necessitando para tanto de pessoas treinadas e em condies de obter o mximo derendimento e eficincia no emprego de tais materias no combate a princpios de incndio.

    Tornaria oneroso e invivel para uma empresa manter um efetivo permanente eexclusivo para o combate e preveno de princpios de incndios, surgindo como soluo asBrigadas de Incndios, as quais so desempenhadas pelos empregados da empresa,

    preparados e treinados para atuar com rapidez e efecincia na extino de princpios deincndios.

    Os incndios comeam pequenos, crescendo em intensidade e abrangncia medida que o tempo passa sem um combate efetivo.

    DESENVOLVIMENTO

    Legislao Bsica:

    N.R. 23. Proteo Contra Incndio:

    Dispe sobre as medidas de segurana que as empresas devem adotar contraincndios.

    Salienta que devero ser realizados exerccios sob a direo de pessoas capazes deprepar-los, estabelecendo um chefe e ajudante em n de 10% do efetivo total da empresa.

    Item 2. do Art 16 da Tarifa de Seguro Incndio do Brasil (TSIB)

    Regulamento para concesso de descontos aos riscos que dispuserem de meiosprprios de deteco e combate a incndio.

    NBR 14276

    Estabelece as condie mnimas para a elaborao de um programa de Brigada deIncndio, visando proteger a vida e o patrimnio, bem como reduzir as consequncias sociaisdo sinistro e dos danos ao meio ambiente.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    2/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 2 de 45

    DA BRIGADA DE INCNDIO

    1. Brigada de Incndio:Grupo organizado de pessoas voluntrias ou no treinadas e capacitadas para atuar na

    preveno, abandono e combate a um princpio de incndio e prestar os primeiros socorros,dentro de uma rea preestabelecida.

    2. Prncpios bsicos:Para a eleborao do programa da Brigada de Incndio devem ser atendidos os requisitos de4.1. a 4.4. da NBR 14276.

    3. Planejamento da Brigada de Incndio:Estabelece os parmetros mnimos de recursos humanos e administrativos necessrios para aformao da Brigada.

    3.1. A Brigada de Incndio deve ser composta levando-se em conta a populao fxa e opercentual de clculo da tabela 1. da NBR 14276.

    4. Critrios Bsicos Para a Seleo de candidatos a Brigada de Incndio:Os candidatos devem atender aos seguintes critrios bsicos:a) permanecer na edificao;b) possuir experincia anterior como brigadista;c) possuir robustez fsica e boa sade;d) possuir bom conhecimento das instalaes;

    e) ter responsabilidade legal;f) ser alfabetizado.OBS: Caso nenhum candidato atenda aos critrios bsicos relacionados devem serselecionados aqueles que atendam ao maior numero de requisitos.

    5. Atribuies da Brigadas de Incndio

    a) Combater princpios de incndios, efetuar salvamentos e exercer a preveno de acordocom os planos existentes;

    b) conhecer os riscos de incndios do prdio;c) promover medidas de segurana, propostas pelo Tcnico de Segurana da Empresa;d) participar das inspees regulares e peridicas;f) conhecer as vias de escape do prdio em que trabalha;g) conhecer os locais de alarme de incdio e o princpio de acionamento do sistema;h) conhecer todas as instalaes do prdio;i) verificar as condies de operacionalidade dos equipamnetos de combate a incndios e

    de proteo individual;

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    3/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 3 de 45

    j) conhecer o princpio de funcionamento de todos os sistemas de extino de incndio(Sprinkler, CO2, Espuma etc,);

    l) atender a ocorrncias de sinistros imediatamente a qualquer chamada;m) agir de maneira rpida, enrgica e convincente em situaes de emergncia.

    OBS:os Brigadistas, aps o trmino do expediente, devero verificar se as portas e janelas foramfechadas;se aparelhos eltricos (ventiladores, ar condicionados mquinas de escrever, somar, motoreseltricos, etc) foram desligados;se h pontas de cigarros nos depsitos ou cestos de lixo;se todas as torneiras foram fechadas e se todos os cinzeiros foram esvaziados.

    6. Organizao da Brigada de Incndio

    A Brigada de Incndio deve ser organizada funcionalmente como segue:

    6.1. Brigadista Membros da Brigada que executam as seguintes atribuies:1) Aes de Preveno:

    a) avaliao dos riscos existentes;b) inspeo geral dos equipamentos de combate a incndio;c) inspeo geral das rotas de fuga;d) elaborao de relatrio das irregularidades encontradas;e) encaminhamento do relatrio aos setores competentes;

    f) orientar a populao fixa e flutuante;g) exerccios simulados.

    2) Aes de Emergncias:a) identificao da situaco;

    b) alarme e abandono de rea;c) corte de energia;d) acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa;e) primeiros socorros;f) combate ao princpio de incndio;g) recepo e orientao ao Corpo de Bombeiros;h) preenchimento do formulrio de registro de trabalhos de bombeiros;

    6.2. LderResponsvel pela coordenao e execuo das aes de emergncia em sua rea de atuao(pavimento/compartimento). escolhido entre os brigadistas aprovados no processo seletivo.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    4/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 4 de 45

    6.3. Chefe da Brigada de IncndioResponsvel por uma edificao com mais de um pavimento/compartimento. escolhidoentre os brigadistas aprovados no processo seletivo

    6.3. Coordenador Geral

    Responsvel geral por todas as edificaes que compem uma planta. escolhido entre osbrigadistas que tenham sido aprovados no processo seletivo

    ESTRUTURA DA BRIGADA DE INCNDIO

    ORGANOGRAMA

    CHEFE DA BRIGADA CHEFE DA BRIGADA

    Lder Lder Lider Lder Lider LiderBrigadista Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista BrigadistaBrigadista Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista BrigadistaBrigadista Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista BrigadistaBrigadista Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista BrigadistaBrigadista Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista Brigadista

    OBS:se o prdio for amplo, para cada pavimento, rea, compartimento ou andar, ou ainda demais

    prdios isolados, deve haver uma Turma de Combate a Incndio (TCI).

    COORDENADOR GERAL

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    5/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 5 de 45

    PREVENO DE INCNDIO

    A preveno contra incndio consiste numa srie de medidas que tem por objetivo:

    1) impedir o aparecimento de um principio de incndio,

    2) dificultar o desenvolvimento de um incndio;

    3) proporcionar sua extino;

    4) obedincia a legislao em vigor tanto no planejamento como na construo de uma

    residncia, uma grande fabrica ou at uma cidade; essa legislao traz instrues

    especificas e pormenorizadas, que fornecem detalhes como: tipo de material; nmero e

    localizao de sadas de emergncia nos locais de grande afluncia de pessoas; largura e

    extenso de corredores; portas corta-fogo; escadas e ascensores; tipo, quantidade e

    localizao de extintores; sistemas de alarmes e de sinalizao etc.;

    5) obedincia a legislao em vigor quanto a produo, armazenamento, transporte e

    utilizao de materiais inflamveis;

    6) treinamento de equipes de preveno e de combate a incndios em fbricas, escritrios,

    condomnios etc.;

    7) formao de brigadas contra incndio:

    8) conhecer as instalaes fsicas do Prdio em que atua;

    9) conhecer as rotas de fugas como: sadas de emergncia, iluminao de emergncia,

    escadas enclausuradas, portas corta fogo, ante cmara de fumaa, etc;

    10) manter as rotas de fuga como: sadas de emergncia, iluminaes de emergncia, escadas

    enclausuradas, portas corta fogo e ante cmara de fumaa, em condies de

    funcionamento;

    11) conhecer os sistemas fixos e mveis de extino de incndios, como redes de hidrantes e

    extintores;

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    6/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 6 de 45

    12) observar diariamente, a localizao dos extintores primando para que os mesmos

    permaneam em seus locais designados;

    13)observar a localizao dos extintores e suas condies de carga e manuteno;

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    7/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 7 de 45

    III - TECNICA DO MATERIAL

    1. EXTINTORES

    Os extintores foram criados para eliminar focos de incndio no seu inicio, oumesmo para extinguir pequenos incndios.

    Podem ser portteis, quando destinados a serem operados por uma nica pessoa,ou carretas, quando exigem mais de uma pessoa para oper-los.

    Todo o extintor dever ter em sua face externa uma etiqueta onde conste a data emque foi carregada, a data para recarga e seu nmero de identificao. Esta etiqueta deve estarconvenientemente protegida, a fim de evitar danos as informaes nele contidas.

    Alm disso, todo extintor se obriga a ter um selo da Associao Brasileira de

    Normas Tcnicas ABNT ou INMETRO, indicando a data de validade de seu testehidrosttico ou recarga.

    Os locais em que esto instalados os extintores devero ser assinalados por crculoou seta vermelha, com bordas amarelas; deve tambm ser pintada uma rea mnima de 1,00m2 (um metro quadrado) no piso, logo abaixo do extintor.

    A parte superior do extintor nunca poder ser instalada numa altura superior a1,60m acima do piso.

    No se deve instalar extintores em paredes de escadas, pois isso dificultaria oacesso a eles em momentos de emergncia bem como a sada das pessoas do prdio.

    Existem diversos tipos de extintores, mas, aqui trataremos apenas dos que somais comumente usados:

    EXTINTOR DE ESPUMA MECNICA

    Para formar a espuma mecnica so necessrios a gua, o ar atmosfrico e oextrato (de origem sinttica) que, ao se agregarem, formam um dos mais eficazes agentesextintores.

    Este extintor age, na classe A, pelo mtodo de resfriamento e, na classe B, porabafamento. importante ressaltar que pode ser normalmente utilizado em produtos comolcool, ter, acetona e seus derivados.

    fabricado em duas verses:

    pressurizao permanente por nitrognio ou ar comprimido

    pressurizao injetada, com cilindro lateral de dixido de carbono (CO2).

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    8/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 8 de 45

    O manuseio deste tipo de extintor, seja o de pressurizao permanente, seja o depressurizao injetada, assemelha-se a todos os outros com as mesmas caractersticas.

    Para que este tipo de extintor funcione adequadamente, necessrio observar osseguintes cuidados bsicos:

    a) semanalmente, verificar o acesso ao extintor, a carga e se o selo de lacrao docilindro de gs esta em ordem;

    b) anualmente, realizar a recarga, com empresa especializada e de confiana;

    c) a cada 5 anos, submeter o extintor a teste hidrosttico, conforme norma EB-17da ABNT.

    EXTINTOR DE ESPUMA MECNICA (caractersticas)

    Capacidade: 09 litros (mistura de gua e LGE)

    Unidade extintora: 09 litrosAplicao incndios de Classe A e B

    Alcance mdio do jato: 05 metros

    Tempo de descarga: 60 segundos

    Mtodos de Extino Abafamento e Resfriamento

    Procedimentos na operao: 1. Empunhar o extintor pala ala de transporte ao lado do corpo etransporte at prximo ao sinistro

    2. Romper o lacre e puxar o pino de segurana

    3. Empunhar o gatilho e o esguicho4. Lanar a espuma contra um anteparo

    EXTINTOR DE GUA PRESSURIZADA

    Neste tipo de extintor, o agente a gua que age atravs de resfriamento. O agentepropulsor um gs (CO2, N, ou ar comprimido).

    Indicado para incndios da classe A, o extintor de gua poder ser de pressopermanente ou de presso injetada no momento da utilizao.

    Os de presso permanente tm ou possuem, dentro do cilindro, gua sob pressode um gs propulsor (CO2, N, ou ar), sendo que seu acionamento efetuado por meio de umavlvula que permite o controle da vazo.

    Os de presso injetada tm ou possuem, dentro do cilindro, gua e uma ampola naqual esta armazenado o gs. Retirado o pino de segurana e acionada a vlvula, o gs liberado e, sob presso deste, a gua expulsa atravs do sifo e da mangueira.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    9/46

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    10/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 10 de 45

    Os cuidados com este tipo de extintor so os seguintes:

    a) semanalmente, verificar o acesso a ele e se o lacre e o pino de segurana estoem ordem;

    b) semestralmente, verificar seu peso e, se estiver apresentando perda de l0% da

    carga, descarrega-lo e, aps inspeciona-lo, voltar a recarrega-lo;c) a cada 05 anos, submet-lo a teste hidrosttico, conforme norma EB-17 da

    ABNT.

    EXTINTOR GS CARBNICO

    Capacidade: 2, 4 e 6 Kg

    Unidade extintora: 6 Kg

    Aplicao incndios de Classe B e C

    Alcance mdio do jato: 2,5 metrosTempo de descarga: 25 segundos

    Mtodos de Extino Abafamento e Resfriamento (superficial)

    Procedimentos na operao: 1. Empunhar o extintor pala ala de transporte ao lado do corpo etransporte at prximo ao sinistro

    2. Romper o lacre e puxar o pino de segurana

    3. Empunhar a mangueira pelo punho de proteo

    4. Dirigir o jato para as chamas movimentando o difusor para a direita

    e para a esquerda

    EXTINTOR DE P QUMICO SECO

    Existem, no mercado, dois tipos distintos de extintor de p qumico seco: compresso injetada (pressurizao indireta) e pressurizado (pressurizao direta).

    O de presso injetada formado por dois cilindros: o agente propulsor (gscarbnico ou nitrognio) confinado no cilindro menor, onde h uma vlvula que, quandoacionada, submete o agente extintor (cilindro maior) a uma presso de trabalho. Pressionandoa vlvula na extremidade da mangueira, para a liberao do agente extintor.

    No pressurizado, o agente extintor encontra-se sob presso de um gs propulsor e,no cilindro, existe uma vlvula dotada de manmetro atravs da qual liberado o p.

    O p utilizado o bicarbonato de sdio no higroscpico (isto , que no absorveumidade),ou bicarbonato de potssio;

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    11/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 11 de 45

    O extintor de p qumico seco indicado para incndios da classe C, sendo maiseficiente do que o de CO2, pois sofre menos influncia das correntes de ar, e tambm paraincndios da classe B, agindo por abafamento. Na sua aplicao, usamos o sistema devarredura.

    encontrado no tipo porttil (de 01, 02, 04, 06, 08 e 12kg de carga) e em carreta(de 20 a 100 kg de carga).

    Quanto aos cuidados:

    a) semanalmente, verificar o acesso ao extintor, a carga e se o selo de lacrao docilindro de gs est em ordem;

    b) anualmente, realizar a recarga, com empresa especializada e de confiana;

    c) a cada 5 anos, submeter o extintor a teste hidrosttico, conforme norma EB-17da ABNT.

    EXTINTOR DE P QUMICO SECO PRESSO DIRETA

    Capacidade: 1, 2, 4, 6, 8, 12 kG

    Unidade extintora: 04 kg

    Aplicao incndios de Classe B, C e D (PQS Especial)

    Alcance mdio do jato: 05 metros

    Tempo de descarga: 15 segundos para 4 Kg, 25 segundos para 12 Kg

    Mtodos de Extino Abafamento

    Procedimentos na operao: 1. Empunhar o extintor pala ala de transporte ao lado do corpo etransporte at prximo ao sinistro

    2. Romper o lacre e puxar o pino de segurana

    3. Empunhar a mangueira e acionar o gatilho

    4. Dirigir o jato para as chamas das chamas com movimentos lateraispara a esquerda e direita, formando uma nuvem sobre o que estqueimando.

    EXTINTOR DE P QUMICO SECO PRESSO INDIRETA

    Capacidade: 4, 6, 8, 12 kGUnidade extintora: 04 kg

    Aplicao incndios de Classe B, C e D (PQS Especial)

    Alcance mdio do jato: 05 metros

    Tempo de descarga: 15 segundos para 4 Kg, 25 segundos para 12 Kg

    Mtodos de Extino Abafamento

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    12/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 12 de 45

    Procedimentos na operao: 1. Empunhar o extintor pala ala de transporte ao lado do corpo etransporte at prximo ao sinistro

    2. Romper e abrir o registro do cilindro auxiliar

    3. Empunhar a mangueira e acionar o gatilho

    4. Dirigir o jato para as chamas com movimentos laterais para aesquerda e direita, formando uma nuvem sobre o que estqueimando

    REGRAS BSICAS DE INSTALAO DOS EXTINTORES PORTTEIS

    1 - Bem visveis.2 - Fcil acesso.3 - Altura de 1,60 Metros.4 - Nunca em paredes de escadas.

    5 - Claramente sinalizados.6 - Cobrir todas as classes.7 - Funcionamento perfeito permanentemente.

    HIDRANTES E MANGUEIRAS

    Os hidrantes so facilmente identificveis pela porta vermelha com um visor nocentro, onde se l a palavra INCNDIO.

    Localizados normalmente perto de escadas e elevadores, basicamente

    compreendem: reservatrio (elevado ou subterrneo), canalizao, vlvula de reteno,registro de recalque (passeio), registro angular, mangueiras, esguichos, chaves demangueiras.

    Para utiliza-los, retire a mangueira da caixa, desenrole-a, ligue-a no registroangular, coloque o esguicho e use-a esticada, para evitar dobras e quebras que reduzem a

    presso da gua. Dirija o jato para a base do fogo ou no caso de esguicho especial, trabalhar,sempre que possvel, com neblina.

    SISTEMA DE SPRINKLER (Chuveiros Automticos)

    O sistema de chuveiros automticos para extino de incndios, conhecido pelonome de Sprinkler, uma instalao de gua sob presso que acionada pelo aumento detemperatura.

    Compem-se de um conjunto composto por: reservatrio, tubos, vlvulas,campainhas de alarme e os chuveiros propriamente ditos.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    13/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 13 de 45

    TCNICA E TTICA DE COMBATE A INCNDIO

    CONHECENDO O FOGO

    Podemos definir fogo como uma reao qumica, composta por trs elementos:combustvel, comburente e uma fonte de calor.

    TRINGULO DO FOGO

    Combustvel todo material que tem a propriedade de queimar. H trs grupos de combustveis:slidos, lquidos e gasosos.

    Combustveis slidos tem a propriedade de queimarem em superfcie e profundidade,deixando resduos (por exemplo, madeira, papel, tecido etc.).

    Combustveis lquidos tem a propriedade de queimarem em superfcie, no deixando resduos(exemplos: gasolina, lcool, leo diesel, graxas etc.).

    Combustveis gasosos so gases ou vapores que queimam, podendo ser inodoros ou incolores(por exemplo, GLP gs liqefeito de petrleo ou gs de cozinha, butano, propano, acetilenoetc.).

    Em geral os combustveis precisam passar para o estado de gaseificao antes dainflamao, sendo que o grau de calor necessrio para vaporiza-los varia de corpo para corpo.

    Comburente o oxignio do ar. Lembramos que na composio do ar que respiramos h cerca de21% de oxignio. Alguns corpos possuem oxignio em sua prpria estrutura, como o caso docarbono e do hidrognio.

    Calor uma forma de energia essencial para o surgimento e a propagao do fogo. Provoca o inciodo incndio, mantendo e incentivando a sua propagao, constituindo uma das colunas mestras dofogo. Nos incndios, o calor provm da transformao de energia qumica, sendo um dos fatores quemais dificultam a ao dos bombeiros.

    Vrias causas podem produzir calor, como por exemplo: curtos-circuitos, atritos,cigarros, superaquecimentos etc.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    14/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 14 de 45

    PRINCPIOS BSICOS DA EXTINO DE INCNDIOS

    O ROMPIMENTO DO TRINGULO DO FOGO

    Para se interromper um incndio, necessrio interromper, primeiramente, a rpida

    reao oxidante que origina o fogo.Podemos conseguir isto plos seguintes mtodos ( ou por suas combinaes) :

    1 - resfriamento (classe A);

    2 - abafamento, ou retirada do comburente (oxignio). (ClassesB, C e D);

    3 - retirada ou remoo do suprimento de combustvel (ou sua diluio). (Classes A, B, C e D);

    4 - extino Qumica. (Classes A, B, C e D);

    Examinaremos a seguir os 04 processos mais, detalhadamente:

    RESFRIAMENTO

    o meio mais empregado no caso de incndio em combustveis comuns (classe A).Removendo-se o calor, baixa-se a taxa de evaporao, deixando a superfcie do material inflamadode liberar vapores suficientes para manterem a combusto.

    ABAFAMENTO

    A extino pelo abafamento (ou pela separao de agente oxidante) efetuada mediante aaplicao de uma cobertura do agente extintor. Um exemplo que ilustra este tipo de situao acolocao de uma tampa em cima de uma panela com gordura inflamada, onde aps consumir o

    oxignio do seu interior, a chama se apaga.

    REMOO OU RETIRADA DO COMBUSTVEL

    Este mtodo consiste na reduo do combustvel ou eliminao dos materiais que possamservir de campo de propagao para o fogo.

    EXTINO QUMICA

    Este mtodo consiste na quebra da reao qumica em cadeia, provocado no momento em

    que combustvel, calor e comburente ento juntos. Este mtodo indicado para todas as classes deincndios, e os agentes extintores mais utilizados so o Halon (fora de uso) e PQS.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    15/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 15 de 45

    ROMPIMENTO DO TRINGULO DO FOGO

    POR RETIRADA DE MATERIALRetirado do COMBUSTVELA falta de combustvel faz cessar a combusto.

    POR RESFRIAMENTORetirado do CALORA reduo brusca da temperatura faz com que no haja mais liberao de vapores inflamveis, paramanterem a combusto.

    POR ABAFAMENTORetirado do OXIGNIOO comburente (oxignio) torna-se ausente na reao, causando o cessamento da reao oxidante qued origem ao fogo.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    16/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 16 de 45

    MTODOS DE PROPAGAO DE CALOR

    A propagao do calor responsvel pelo incio e pela progresso de muitos

    incndios e pode ocorrer conforme um dos processos examinados logo abaixo:

    CONDUO

    Atravs do material condutor, geralmente slido (como um cano, por exemplo),ocorre a propagao do calor. Esta propagao se d em materiais slidos, atravs da agitaodas molculas ou da rede cristalina (caso dos metais). A maneira mais eficiente de evitar este

    processo de transferncia de calor acompanhar, durante o incndio, canos, tubos, barras deferro, etc, que estejam recebendo calor e a medida a ser tomada, o afastamento de todo equalquer material que esteja junto aos objetos acima mencionados ou resfri-los.

    CONVECO

    quando ocorre a propagao de calor atravs do deslocamento de massasaquecidas (gases ou lquidos). O modo mais eficiente de evitar este fenmeno impedir que afumaa se desloque para locais onde existam materiais inflamveis e, para isto, talvez sejanecessrio fechar portas e passagens. Caso estas duas alternativas no sejam viveis, preciso

    providenciar aberturas (quebrando vidros e/ou telhados) para escoamento da fumaa econseqente diminuio do calor, operao esta, que requer muito cuidado.

    IRRADIAO

    A propagao do calor ocorre atravs de raios de calor que se espalham por todas asdirees. Este tipo de transferncia de calor ocorre at no vcuo.

    CLASSES DE INCNDIO

    Em qualquer princpio de incndio, primeiramente tem-se de observar o tipo de fogo edeterminar sua classe, a modo de procedermos a sua correta extino.

    Para facilitar o estudo, os incndios foram distribudos em quatro classes: A, B, C e D.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    17/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 17 de 45

    Classe A - Materiais Slidos

    Nesta classe enquadram-se os incndios em materiais como o papel, o algodo, a madeirae outros, que deixam resduos quando queimados.

    Para esta classe de incndio, necessrio o uso de agentes extintores com grande ao de

    resfriamento e penetrao, dos quais o principal a gua.

    Classe B - Lquidos Inflamveis

    Aqui se enquadram os incndios em materiais como os lquidos inflamveis em geral,tintas, leos, graxas etc., que no deixam resduos quando queimados.

    Para a extino deste tipo de incndio usar-se tcnica do abafamento, ou seja, o agenteextintor deve eliminar o oxignio.

    Classe C - Eltricos Energizados

    So os incndios em equipamentos eltricos ("energizados"), caracterizando-se poroferecerem riscos maiores a quem ir combat-los. Para a sua extino necessrio usar um agenteextintor no condutor de eletricidade. No se deve, portanto, utilizar gua no combate a esta classe deincndios. Quando a rede eltrica desligada, ou seja, quando h corte na energia eltrica, oincndio passa a pertencer a classe A.

    Classe D - Metais Pirifricos

    Nesta classe esto includos os incndios em metais pirofricos (inflamveis), os quaisexigem agentes especiais para sua extino. Estes agentes extintores tm a propriedade de sefundirem em contato com o metal combustvel, formando uma capa que o isola do ar, interrompendoassim a combusto.

    CLASSE Materiais combustveis comuns, que queimam emprofundidade: Madeira, papel e algodo.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    18/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 18 de 45

    CLASSE Materiais que queimam em superfcie. Ex: Lquidosinflamveis

    CLASSE Material eltricos energizados. Ex: equipamento eltricoenergizados

    CLASSE Metais pirofricos. Exemplo: alumnio magnsio

    AGENTES EXTINTORES

    Os principais agentes de combate ao fogo a gua e os extintores.

    GUA

    A gua o agente extintor mais comum e tem sido utilizada, h sculos, por suaspropriedades de resfriamento, abafamento e emulsionamento.

    Sua utilizao pode se dar de vrias formas, mas suas aplicaes bsicas so: jato slido,neblina e vapor.

    Jato slido: sob esta forma, com ao de resfriamento, a gua prpria para ser utilizada em

    incndios da classe A. No deve ser utilizada na classe B pois, alm de espalhar o lquidoinflamvel, por ser mais densa que o combustvel, deposita-se no fundo do combustvelliquido, podendo fazer transbordar o recipiente. Nunca deve ser usada em incndios da classeC, pois a gua condutora de eletricidade, oferecendo grande risco ao operador.

    Neblina: conseguida atravs de esguichos especiais, pulverizadores e dispositivos similares,constitui uma maneira eficaz e convencional de combater incndios. Em determinadassituaes necessrio que se aplique a gua com o mximo poder de resfriamento.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    19/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 19 de 45

    Vapor: extingue o fogo por abafamento, atravs da excluso do ar ou reduo de oxignio doar atmosfrico, de maneira semelhante a do gs carbnico ou outros gases inertes. Pode serutilizado, com vantagens, no controle a incndios em equipamentos que contenham lquidosinflamveis ou combustveis que trabalhem sob altas temperaturas.

    4.2. ESPUMA MECNICA

    Para formar a espuma mecnica so necessrios a gua, o ar atmosfrico e o extrato (deorigem sinttica) que, ao se agregarem, formam um dos mais eficazes agentes extintores.

    Este extintor age, na classe A, pelo mtodo de resfriamento e, na classe B, porabafamento. importante ressaltar que pode ser normalmente utilizado em produtos como lcool,ter, acetona e seus derivados.

    fabricado em duas verses:

    Pressurizao permanente por nitrognio ou ar comprimido e

    Pressurizao injetada, com cilindro lateral de dixido de carbono (CO 2).

    4.3. CO2

    formado por um cilindro de ao sem costura, que acondiciona dixido de carbono ougs carbnico (CO2) em seu interior. O CO2 material isolante, que atua sobre o fogo pela exclusodo oxignio, tendo tambm uma pequena ao de resfriamento.

    4.4. P QUMICO SECOExistem, no mercado, dois tipos distintos de extintor de p qumico seco: com presso

    injetada (pressurizao indireta) e pressurizado (pressurizao direta).

    O de presso injetada formado por dois cilindros: o agente propulsor (gs carbnico ounitrognio) confinado no cilindro menor, onde ha uma vlvula que, quando acionada, submete oagente extintor (cilindro maior) a uma presso de trabalho. Pressionando a vlvula na extremidade damangueira, ha liberao do agente extintor.

    PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCNDIO

    Embora haja diferenas nos tipos de incndios, podem-se estabelecer algumas normas

    bsicas para todos: ao primeiro indicio de incndio, transmita o alarme geral;

    chame imediatamente o corpo de bombeiros;

    desligue a chave geral de eletricidade;

    procure impedir a propagao do fogo combatendo as chamas no estagio inicial;

    utilize o equipamento adequado de combate ao fogo, disponvel na rea;

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    20/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 20 de 45

    no tente salvar objetos; primeiro tente salvar vidas;

    ajude e acalme os outros;

    no use elevadores; desa pelas escadas. S suba se realmente for impossvel descer, pois ofogo e o calor caminham sempre para cima;

    coloque um leno molhado no nariz e caminhe para livrar-se da fumaa e do calor (o lenoserve como um eficiente filtro contra gases);

    no fique parado na janela sem nenhuma defesa: o fogo procura espao para queimar e chegaraat voc, se voc no estiver guarnecido;

    se estiver preso, tente arrombar paredes pelo impacto de algum objeto resistente;

    no se tranque em qualquer compartimento: em breve a madeira da porta ser consumida evoc poder ser queimado;

    ao abrir uma porta, proteja-se contra a parede: o fogo, que deve estar do outro lado, poderatingi-lo diretamente devido ao jato de ar frio proveniente da porta aberta;

    preso dentro de uma sala, jogue pela janela tudo o que puder queimar facilmente (cortinas,tapetes, cadeiras, plsticos); faa uma barreira contra o calor irradiado (que se propaga emlinha reta) com a ajuda de uma mesa, deitada com o tampo em direo ao fogo;

    mantenha-se vestido e molhe suas roupas;

    se for descer alguns andares por meio de corda de pequeno dimetro, faa ns de 1 em 1m,para que voc consiga se segurar melhor;

    quando usar as escadas do Corpo de Bombeiros, desa com o peito voltado para a escada,olhando para cima;

    se a laje estiver quente, procure uma posio favorvel ao vento; se houver telhas de amianto,

    faa uma pilha de trs ou quatro folhas, depois monte uma cobertura, como um castelinho feitode cartas de baralho, e fique debaixo dela, protegendo-se do calor.

    TTICA DE COMBATE A INCNDIO

    SELEO DE EXTINTORES

    CLASSE A:

    Extintores recomendados:

    1 - extintor de espuma: apaga por resfriamento e abafamento.2 - extintor de gua: Excelente. Resfria, encharca e apaga totalmente.

    Extintores no recomendados:

    1 - extintor de CO2 (gs carbnico);

    2 extintor de P-Quimico-Seco.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    21/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 21 de 45

    CLASSE B:

    Extintores recomendados:

    1 - Gs carbnico: no deixa resduos;

    2 - P-Quimico-Seco: excelente, pois abafa rapidamente.

    3 - Espuma: excelente, produz um lenol de espuma que abafa e resfria o fogo, evitando o retorno dofogo.

    4 - Halon: Excelente, no deixa resduos.

    Extintores no recomendados:

    1 - Extintor de gua

    CLASSE C:

    Extintores recomendados:

    1 - Gs carbnico: excelente, no deixa resduos, no danifica o equipamento e no conduzeletricidade.

    2 - P-quimico-seco: Recomendado. No condutor de corrente eltrica, embora seja corrosivo, podecausar danos em equipamentos eletrnicos sensveis.

    3 - Halon: Excelente, no deixa resduo, inofensivo e no conduz eletricidade.

    Extintores no recomendados:

    1 - Espuma: condutora de eletricidade e danifica o equipamento.2 - gua: No recomendada, pois condutora de eletricidade.

    CLASSE D:

    Extintores recomendados:

    1 - Compostos qumicos especiais, limalha de ferro, sal-gema, grafite e areia.

    Extintores no recomendados:

    1. no so recomendados os extintores de gua, Espuma e Bixido de carbono.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    22/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 22 de 45

    BUSCA, SALVAMENTO, PROTEO E TRANSPORTE DE VTIMAS

    GENERALIDADES

    0 trabalho em altura deve ser realizado por pessoas com conhecimentos na rea,

    exige-se aptido a qual se convergem conhecimento tcnico, ttico, preparo fsico epsicolgico.Tanto no esporte (escalagens) quanto no trabalho de Resgate de vitimas o

    adestramento fundamental, onde se pode manter atualizado com fundamentos e rnateriaisespecficos para situaes adversas.

    Equipamento adequado no trabalho de altura to importante quanto o dornnio datcnica,

    O equipamento adequado inclui aqueles elementos que so empregados parasegurar ou facilitar o trabalho individual ou do grupo.

    No conceito que rege a determinao das caractersticas dos elementos paratrabalhos de escaladas, destacamos cinco exigncias bsicas: mxima segurana, mnimo

    peso, menor volume, tima rusticidade e fcil transporte e emprego.Oaspecto segurana deve ser lembrado constantemente para xito da tarefa. Em

    trabalhos de altura no podem existir falhas.Rigoroso acompanhamento garantir o sucesso com a tcnica dos "seis olhos"

    executante, "canga" e monitor ou chefe da equipe.O primeiro passo para trabalhar com segurana ter confiana em si, para ento

    realizar um trabalho com risco controlado e desenvolver segurana para outros (vtimas ecompanheiros)

    CABO OU CORDA

    Definio:Cabo ou Corda um conjunto de cordes de fibra, torcidos ou tranados formando

    um conjunto uniforme resistente trao.

    Constituio:

    Um cabo para trabalhos em altura composto de:- Fibra - matria bsica;- Fio - conjunto de fibras;- Cordo - conjunto de fios, e- Alma - elemento no interior do cabo com a finalidade de dar-Ihe maior

    resistncia.- Capa: elemento que envolve a alma e que juntamente com esta vai constituir ocabo propriamente dito.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    23/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 23 de 45

    Tipos de fibras:O cabo recebe o nome da espcie da fibra empregado em sua fabricao podendo ser

    de origem animal, vegetal ou sinttica.- Fibras de origem animal (seda, crina e couro). Uso limitado;- Fibras de origem vegetal (sisal, manilha e cnhamo). Larga aplicao para

    trabalhos pesados;- Fibras de origem sinttica (polietileno, nylon, poliester pr-estirado ). So osmateriais mais resistentes, sendo o poliester o mais indicado para trabalhos emaltura.

    Os cabos e o seu emprego:

    O tipo de cabo a ser empregado est diretamente relacionado com o tipo de operao

    a ser efetuado. Existem cabos para operaes no plano vertical, no plano horizontal e oblquo.No plano vertical o cabo deve possuir as seguintes caractersticas:- Leveza;- Boa flexibilidade;- Boa elasticidade ( 10% a 25% )- Elevada carga de ruptura ( 1400 a 2000 Kgf );- Resistncia ao atrito.

    No plano horizontal ou oblquo o cabo deve possuir as seguintes caractersticas:- Leveza;- Boa flexibilidade;- Pouca elasticidade;- Elevada carga de ruptura ( 1500 a 2500 Kgf )- Resistncia ao atrito.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    24/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 24 de 45

    Utilizao:

    - Nunca trabalhar em arestas vivas, procurando colocar entre o cabo e o ponto deapoio ou amarrao, uma proteo;

    - Evitar contato dos cabos com areia, terra, leos e produtos qumicos, os quais

    atuando como abrasivos, comprometem a resistncia do cabo;- Usar ns que possam ser desfeitos facilmente ou quando utilizados com fins detrao, colocar um obstculo que evite, o seu total esmagamento;

    - Evitar pisar no cabo.

    Manuteno:

    Os cabos devem ser submetidos a manuteno peridica, a fim de se evitar algumaalterao na sua carga de ruptura. Essa manuteno deve ser feita da seguinte maneira:

    - Antes e aps sua utilizao executar uma inspeo visual para verificar se o caboapresenta desgaste excessivo;

    - Constatado um desgaste no cabo, submeter uma amostra a um teste de trao, afim de se verificar o seu limite de trabalho;- Se o cabo for de fibra vegetal, banh-lo em alcatro;- Se for preciso lavar o cabo, deve-se lav-lo com gua e sabo neutro;- Aps sua lavagem ou se o mesmo entrou em contato com gua durante o seu

    emprego, deve-se estende-lo em local arejado e na sombra, evitando perme-lo.

    NS E VOLTAS

    Definio:

    Os ns e voltas atravs de suas mltiplas confeces e formas de aplicao,constituem todo o trabalho base dos trabalhos em altura, devendo apresentar as seguintescaractersticas:

    - Ser simples ao ser feito;- Apresentar a mxima segurana;- Apertar a proporo que aumenta a fora;- Ser fcil de desatar.

    Principais ns e voltas utilizados:

    Obs: Lembrar que de acordo com a regio e formas de confeco, existe uma variaoquanto ao nome do n ou volta, porm, o importante definirmos a sua melhor utilizao.

    1. Meia volta ou n simples:

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    25/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 25 de 45

    Sua principal funo servir como base ou parte de outro n. Pode ser dado emum cabo para evitar que descoxe, dar apoio e firmeza na "pegada" atravs do apoio oferecido

    pela salincia do n.

    2. Cote:

    uma volta simples em que uma das partes do cabo morde a outra. raramenteusado, servindo somente para arrematar outras voltas.

    3. N direito:Serve para unir dois cabos da mesma bitola tem a qualidade de no correr, mas e'

    muito difcil de ser desfeito, uma vez confeccionado. Desfaz-se por si mesmo se os cabos sode diferentes bitolas ou materiais.

    4. N torto:

    dado corno um n direito, mas as duas meias-voltas so feitas num mesmosentido.

    5. Escota singelo:

    Para unir dois cabos secos de bitolas diferentes utilizado somente para cargasleves.

    6. Escota dobrado: melhor do que o simples, pois pode unir cabos de dimetros iguais ou desiguais,

    serve para unir cabos molhados, ele no desata.

    7. N de pescador:Para unir cabos de mesma bitola quando aplicamos um em cada chicote que sequer emendar, envolvendo a extremidade do outro.

    8. Pescador duplo:Serve para unir cabos de mesma bitola e confeccionado atravs do n de frade

    nos chicotes. mais seguro que o n direito e escotas.

    9.Lais de guia:Serve para fazer uma ala que no aperta quando submetida a esforo e fcil desatar.

    um n muito seguro e de mltipla finalidade. Ao executa-lo deve-se tomar cuidado, pois sendo mal

    confeccionado desmancha-se com facilidade.

    10.N de azelha:Serve para marcar um cabo pelo seio, ou tambm para encurt-lo ou fazer uma

    ala.

    11. Volta do fiel:

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    26/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 26 de 45

    Utiliza-se para ancoragem em viga, cano, estaca, galhos, que possa exercer grandetenso (n muito seguro).

    PRIMEIROS SOCORROS

    a ateno imediata prestao a uma pessoa cujo estado fsico coloca em perigosua vida com fim de manter as funes vitais e evitar o agravamento de suas condies atque receba assistncia qualificada.

    MEDIDAS BSICAS QUE O SOCORRISTA DEVE ADOTAR

    1. Assumir a situao;2. Proteger o acidentado;3. Examinar o acidentado.

    a) Evitar o pnico e obter a colaborao de outras pessoas dando ordens claras econcisas;

    b) Avaliar o local do acidente, manter os curiosos afastados para evitar confuso emaiores danos, e para que o socorrista possa atuar da melhor maneira.

    c) Se for necessrio avisar a polcia, e pedir ajuda qualificada;

    a) Observar rapidamente se existe perigos possveis para o acidentado e o socorristanas proximidades, como fios eltricos, trfego e andaimes. Pode ser necessriomudar o acidentado de lugar, identificar pessoas que se encarreguem de desviar otrnsito ou construir uma proteo provisria;

    b) Sempre que possvel manter o acidentado deitado de costas at que seja examinadoe se saiba quais os danos sofridos. No alterar a posio em que se acha oacidentado sem refletir previamente qual a conduta mais adequada a ser tomada;

    c) Tranqilizar o acidentado;d) Se o acidentado estiver vomitando, coloc-lo em posio lateral de segurana, para

    manter as vias respiratrias limpas e desobstrudas;e) Se o acidentado estiver inconsciente, investigar se est respirando e se mantm a

    funo cardaca, se necessrio realizar Respirao Cardio-Respiratria;f) Cobrir o acidentado para conserva-lhe o corpo aquecido e proteg-lo do frio,

    chuva, etc...g) Quando a causa da leso for um choque violento, deve-se presumir a existncia de

    leso;

    Assumir a Situao

    Proteger o Acidentado

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    27/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 27 de 45

    h) Deve-se determinar o mtodo apropriado para transport-lo quando o acidentadonecessitar;

    i) Recorra a ajuda qualificada se assim exigirem os ferimentos ou as condies doacidentado.

    1) Est consciente?2) Respira?3) Sangra muito?4) Est envenenado?

    A AIR VIAS AREAS

    B BREATHING RESPIRAC CIRCULATION CIRCULAO

    a) Prioridades;b) Tenha idia clara do que se deve fazer para no expor desnecessariamente a vtima;c) Verificar se h outros ferimentos, tendo o cuidado de no movimentar muito a

    vtima;

    d) Solicitar o auxlio de pessoas qualificadas, o melhor socorrista no pode substituiruma pessoa qualificada e portanto muito importante que tome as providnciasnecessrias para que o acidentado receba uma assistncia apropriada quando

    possvel;e) Alivie a dor, ainda tranqilize o acidentado. O socorrista deve saber que qualquer

    ferimento ou doena dar origem a uma grande mudana no ritmo da vida doacidentado, pois o coloca repentinamente numa situao para qual no est

    preparado, e que foge ao seu controle.Em alguns casos pode haver perdido a conscincia e encontra-se completamentedesacordado. Em todas essas situaes necessita de algum que ajude.Se o socorrista atuar de maneira tranqila e hbil, o acidentado sentir que est sendo bemcuidado e no entrar em pnico. Isto muito importante, pois a falta de tranqilidade pode

    piorar muito o seu estado.sinais vitais

    1. Nveis de conscincia;2. Respirao;3. Pulsao;

    Procedimentos no exame

    ABC do socorrista

    Examinar o acidentado

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    28/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 28 de 45

    4. Temperatura;5. Presso sangnea.

    Nveis de conscincia

    a) Normal: O acidentado est lcido, orientado e coerente, quando indagado arespeito do acidente que acabara de sofrer, d informaes lgicas e auxilia osocorrista na localizao dos ferimentos e leses;

    b) Confuso: O acidentado est desorientado e quando o socorrista lhe aborda fazendoperguntas a respeito do acidente, o mesmo no sabe lhe dar informaes precisas arespeito , em outras situaes a vtima no sabe o que lhe aconteceu.

    c) Inconsciente: O acidentado quando abordado pelo socorrista no d o menor sinalde lucidez, quando tocado o acidentado no demonstra qualquer reao, um

    estgio em que o acidentado requer cuidados redobrados e, onde o socorristadever fazer uma averiguao bem minuciosa porque o acidentado no vai ajud-lona localizao dos ferimentos ou leses pouco aparentes, podendo apresentardificuldade respiratria pelo bloqueio das vias areas superiores.

    Respirao

    a) Definio: a funo do organismo, atravs do qual os tecidos recebem oxignio eexpelem gs carbnico.

    b) Consideraes gerais: - A falta de oxignio ao crebro leva a morte, sendodenominado de hipoxia cerebral.- A respirao considerada normal aquela que ocorre

    sem esforo, sendo que a artificial executada atravs de aparelhos ou peloprprio homem ( boca a boca ).

    c) Tipos de respirao:

    - Ausente;- rpida ou lenta ;

    - superficial ou profunda;- ofegante;- forada ou asficciosa.-

    d) ndice normais de respirao:

    - adultos = 12 a 20 rpm;- crianas em idade escolar ( 7 a 12 anos) = 20 a 25 rpm;

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    29/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 29 de 45

    - crianas com idade de 1 a 7 anos = 25 a 35 rpm;- recm nascidos = 35 a 40 rpm.

    Pulsao

    a) Definio: a onda de presso gerada pelo batimento cardaco levado pelas artrias.

    b) Consideraes gerais:- O pulso tomado onde uma artria possa ser comprimida contra um osso;- As artrias radiais so as mais convenientemente alcanadas e as mais comumente

    usadas;- A cartida normalmente a artria na qual a pulsao tomada com o paciente

    inconsciente;- A pulsao tambm pode ser checada com o auxlio de um estretoscpio.

    c) Pulsos mais comumente encontrados:- temporal nas tmporas;

    - carotdio no pescoo, junto ao externocleidomastoideu;- branquial na parte interna do brao logo aps a articulao;- radial junto ao osso do rdio, no pulso;- ulnar - junto ao osso da ulna, no pulso, parte inferior;- femural junto ao osso do fmur, regio inguinal;- poplteo junto a articulao do joelho;- tibilial junto ao osso da tbia, prximo ao tornozelo;- pedial ou pedioso no dorso do p, na parte superior.

    d) Tipos de pulso:

    - ausente;- fraco ou forte;- rpido ou lento;- irregular (arritimia).

    e) ndice normais de pulso:- adultos = 60 a 80 bpm;- crianas em idade escolar(7 a 12 anos) = 80 a 100 bpm;- crianas com idade de 1 a 7 anos = 100 a 120 bpm;- recm nascidos = at 145 bpm.

    Temperatura

    a) Definio: o equilbrio entre o calor produzido pelos tecidos e o calor perdido parao meio ambiente.

    b) Consideraes gerais:

    - A pele a nossa reguladora de temperatura;

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    30/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 30 de 45

    - A temperatura tomada atravs de um termmetro;

    - Numa situao de emergncia verifica-se a temperatura com o corpo da palma amo (sensao trmica).

    c)Locais onde se verifica a temperatura:- temperatura oral;

    - temperatura axilar;

    - temperatura retal.

    d)ndices normais de temperatura:

    - adulto = 36,0 a 36,7C;

    - crianas = 37C.

    Presso Sangnea

    c) Definio: a fora exercida pelo sangue contra as paredes das artrias.

    b) Consideraes gerais: A presso medida em dois nveis:

    - Sistlica (presso alta) a presso exercida junto aos vasos sangneos quando osangue lanado nas artrias pelo corao;

    - Diastlica ( presso baixa) a presso exercida junto aos vasos sangneos quandoo sangue retorna para ser filtrado junto aos pulmes e corao, circulando pelas

    veias.A presso aferida com a utilizao do esfingnomanometro e com o auxlio do estetroscpio.

    d)ndices normais da presso sangnea:

    - sistlica = 100 a 140;

    - diastlica = 60 a 90.

    PARADA CARDACA E RESPIRATRIA, E RCP

    PARADA RESPIRATRIA

    A vida depende da chegada de ar em qualidade e quantidade adequada aospulmes. Quando este ar, por alguma causa, tem sua composio alterada ou no chega naquantidade necessria aos pulmes, existe o perigo de asfixia. Ainda que vrias partes docorpo possam ser privadas de oxignio por vrias horas e recuperar-se completamente, ocrebro s pode tolerar a ausncia de oxignio durante alguns minutos. Quando a falta de

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    31/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 31 de 45

    oxignio ultrapassa esse curto espao de tempo, o crebro pode sofrer um transtorno crnico,ou pode ocorrer a morte.

    a) da adequada concentrao de oxignio no ar inspirado;b) de que as passagens de ar pela garganta, laringe e traquia estejam desimpedidas;c) da ao muscular rtmica ativada no trax e no diafragma para a entrada de ar nos

    pulmes;d) da circulao adequada de sangue para transportar oxignio dos pulmes ao

    crebro e a outros rgos importantes, e que este sangue retorne aos pulmes.

    a) Obstruo da passagem de ar por:1. corpos estranhos ( slidos ou lquidos);

    2. afogamento;3. estrangulamento;4. soterramento.

    b) Contaminao do ar por gases txicos ( principalmente emanaes de motores,fumaa densa).

    c) Interferncia na funo do centro respiratrio:1. choque eltrico;

    1. Afastar a causa ou a vtima da causa, se for necessrio;2. Verificar o estado de conscincia da vtima;3. Desobstruir e manter desobstrudas as vias areas;4. Se necessrio iniciar imediatamente a respirao artificial;5. Se as vias respiratrias estiverem impedidas, verificar se h corpos estranhos,

    slidos ou lquidos, na boca e garganta, e retir-lo;6. Afrouxar as roupas da vtima, principalmente colarinho, cinturo e sutis;

    A respirao depende:

    Causas da parada respiratria

    Procedimentos

    +

    SE AS FUNES RESPIRATRIAS NO FOREM

    RESTABELECIDAS DENTRO DE TRS A QUATRO MINUTOS, ASATIVIDADES CEREBRAIS CESSARO TOTALMENTE, OCASIONANDO

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    32/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 32 de 45

    7. Ajudar a manter as vias areas desobstrudas;8. Continuar a ventilao artificial, at que a respirao normal se restabelea, ou at

    que seja atendido por pessoa especializada;9. A vtima deve permanecer deitada, mesmo depois de Ter recuperado a respirao;10. Continuar observando cuidadosamente a vtima para evitar que a respirao cesse

    novamente;11. O transporte para um servio de sade indispensvel e deve ser feito sempre

    com a vtima deitada e acompanhada;Os msculos de uma pessoa em estado de inconscincia esto completamente

    relaxados. A lngua retrai-se e obstruir a garganta se mantivermos a vtima deitada de costas.

    Fig1Para eliminar a obstruo, deve-se:

    1. ajoelhar-se junto cabea da vtima;

    2. por uma mo na testa e a outra sob o queixo da vtima;3. empurrar a mandbula para cima e inclinar a cabea da vtima para trs at que o

    queixo esteja em um nvel mais elevado que o nariz;4. desta maneira estabelece-se uma passagem livre de ar quando a lngua separada

    da parte posterior da garganta;5. manter a cabea nessa posio, escuta-se e observa-se para verificar se a vtima

    recuperou a respirao.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    33/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 33 de 45

    Se a vtima no se recuperar, deve-se iniciar imediatamente a respirao artificial.

    Fig 2Respirao artificial

    Se a respirao no se iniciar espontaneamente, quando se desobstruir a passagemde ar, mediante a inclinao da cabea da vtima para trs, deve-se proceder imediatamente arespirao boca a boca.

    1. separar rapidamente a vtima da causa ou afastar a causa da vtima;2. colocar uma das mo sob a nuca da vtima e a outra mo na testa;3. inclinar a cabea da vtima para trs at que o queixo fique em um nvel superior ao

    do nariz;

    Fig 3

    4. depois examine a vtima para verificar se comeou a recuperar a respirao;

    5. se no houver recuperao espontnea, depois da desobstruo, deve-se iniciarimediatamente a respirao boca a boca, adotando o seguinte procedimento:a) apertar o nariz da vtima com o polegar e o indicador da mo que foi colocada

    anteriormente na testa da vtima e inspirar profundamente;b) colocar a boca firmemente sobre a boca da vtima;

    Procedimentos para o Boca a Boca

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    34/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 34 de 45

    c) insulflar ar nos pulmes da vtima e fazer compresso moderada na regio doestmago para expelir o ar;

    FIg 4

    d) levante e vire a cabea para observar se a caixa torxica baixa;

    Fig 5

    e) Inspirar profundamente, outra vez e continuar o procedimento na forma

    anteriormente descrita.

    + ESTA FORMA DE RESPIRAO DEVE SER FEITA EM INTERVALOS DECINCO SEGUNDOS, AT QUE A VTIMA RECUPERE RESPIRAO REGULAR OUAT QUE POSSA RECEBER ASSISTNCIA MDICA .

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    35/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 35 de 45

    Parada cardacaParada cardaca ou morte sbita a cessao repentina dos batimentos cardacos

    ou quando o msculo cardaco, em condio de extrema debilidade, no se contrai e distendecom o vigor necessrio para assegurar suficiente quantidade de sangue circulao. Pode serconstatada quando os batimentos cardacos e a pulsao em artrias, como a cartida, femuralou a radial, so imperceptveis.

    - crise cardaca;- choque eltrico;- intoxicao medicamentosa;

    - intoxicao por monxido de carbono ou defensivos agrcolas;- afogamento;- acidentes graves;- processos infecciosos agudos;- estrangulamentos;- outras.

    - pulso ausente, dbil ou filiforme;

    - insuficincia respiratria;- dilatao das pupilas;- espasmos ( contrao sbita e violenta ) da laringe;- perda da conscincia;- cianose ( colorao arroxeada da pele e lbios );- ausncia de batimentos cardacos.

    Uma rpidaavaliao do estado geral da vtima que vai determinar quais as providncias a seremtomadas, por ordem de prioridades:

    1. certificar-se de que a vtima respira ou no;2. inicie, imediatamente, a respirao boca a boca se a ausncia de movimentos

    respiratrios for identificado;3. verificar o pulso e quais suas caractersticas ( dbil, filiforme, lento e outras );4. inicie, imediatamente, a massagem cardaca externa.

    A tcnica da massagem cardaca externa consiste em comprimir o corao contrao esterno ( osso chato situado na parte mdia e anterior do trax e que une as costelas nesta

    Causas de uma parada cardaca

    Sinais e sintomas

    Conduta

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    36/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 36 de 45

    regio 0 e a coluna vertebral para forar o restabelecimento da funo mecnica do corao,ou seja bombardear sangue para o interior das artrias, com a finalidade de manter acirculao mnima necessria para manter os rgos vitais como o crebro.

    Como efetuar a massagem cardaca externa

    1. localizar o ponto de presso, que se encontra exatamente no tero inferior doesterno, acima de sua ponta mole ( apndice xifoide ) onde se junta ao abdmen;

    Fig 6

    2. aplicar as mos no ponto de compresso, da seguinte forma: colocando direita ou esquerda da vtima, que dever estar deitada decbito dorsal, em superfciedura, apoiar o tero prximo da palma da mo esquerda sobre o ponto decompresso, sobre a mesma regio da mo direita sobre a mo esquerda, mantendo

    os dedos voltados para cima e longe das costelas;

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    37/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 37 de 45

    Fig 7

    3. exercer presso forte sobre o ponto de compresso, estimulando, deste modo, ocorao, que reiniciar suas contraes, as quais automaticamente, expulsaro osangue para as artrias por onde ele circular por todos os chamados rgos nobres( msculo cardaco, o crebro e outros ). Cada compresso dever empurrar oesterno cerca de 3 a 5 cm, isto durante meio segundo e exercendo uma fora demais ou menos 40 a 50 kg.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    38/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 38 de 45

    Fig 84. em crianas de 2 a 10 anos, a presso exercida no ponto de compresso dever sermenor, utilizando-se apenas uma das mos, enquanto a outra, colocada sob o traxda criana servir para apoi-la.

    Fig 9

    5. nos recm-nascidos e menores de 1 ano devero ser utilizadas as pontas dos dedos,

    pois nesta fase de desenvolvimento, o esterno e as estruturas desta regio so muitoflexveis e tenros. O ritmo das massagens deve ser de 100 a 120 compresses porminuto.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    39/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 39 de 45

    Fig 10

    Reanimao cardio-ulmonar a aplicao de dois recursos tcnicos de primeiros socorros.a respirao artificial ( boca a boca );a massagem cardaca externa.

    o primeiro socorro que se presta a vtimas de paradas cardacas e respiratria.- caso haja apenas uma pessoa para prestar o socorro este dever aplicar, aps cada

    15 compresses cardacas, duas inflaes de ar, boca a boca, alternadamente, atque chegue outra pessoa para auxili-la ou at que a vtima se reanime.

    Fig 11

    Instrues gerais para areanimao cardio-pulmonar

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    40/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 40 de 45

    - em caso de o socorrista contar com o auxlio de outra pessoa esta realizar arespirao boca a boca e controlar a pulsao carotdea ( da artria cartida),enquanto o socorrista exercer a massagem cardaca. O ritmo da compresso eventilao ser tal que para cinco compresses haja a interposio de umaventilao rpida.

    Caso seja necessrio o revezamento entre o socorrista e o auxiliar, a pausa para trocar nodever ser maior do que cinco segundos.A constatao de que a vtima se reanima pode ser feita se:as pupilas voltarem a se contrair;a colorao geral da pele melhorar;os movimentos respiratrios se reiniciarem;as pulsaes retornarem.

    QUEIMADURAS

    Queimaduras so leses produzidas nos tecidos pela ao de agentes fsicos(frio ou calor ) e qumicos ( produtos corrosivos ).

    As queimaduras so muito dolorosas e podem constituir uma ameaa para avida, dependendo da extenso da regio queimada.

    Toda a pessoa que tenha sofrido queimaduras de extenso maior que a palmada mo da vtima deve receber assistncia qualificada depois que lhe for prestado os

    primeiros socorros.Classificao da queimaduras em graus

    Primeiro Grau: leso das camadas superficiais da pele, apresenta como principalcaracterstica a vermelhido intensa;Segundo Grau: leso das camadas mais profundas da pele, apresenta como principalcaracterstica, a formao de bolha;Terceiro Grau: leso de todas as camadas da pele, comprometendo os tecidos mais

    profundos podendo chegar at os ossos.Principais sinais e sintomas das queimaduras

    - dor no local;- sensao de desconforto;- temperatura corporal elevada;- vermelhido intensa;- formao de bolhas;- destruio dos tecidos;- sede;

    + COM ESTA TCNICA, UMA PESSOA VTIMA DE PARADA RESPIRATRIA PODESER MANTIDA VIVA PELO MENOS DURANTE UMA HORA .

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    41/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 41 de 45

    - desidratao;- desmaio;- estado de choque.

    Instrues fundamentais para aplicao de primeiros socorros em queimaduras

    Ao prestar os primeiros socorros a uma vtima de queimadura, caso suas roupasestejam em chamas, utilize para abafa-las, um cobertor, casaco, tape, toalha ou faa-o rolarsobre si mesmo no cho, em seguida, corte e retire a roupa, se no estiver presa pele. Nestecaso, recorte ao redor da leso e retire o resto da roupa solta.

    As prioridades para aplicar os primeiros socorros em caso de queimaduras so:1. aliviar ou reduzir a dor;2. prevenir o choque e,3. prevenir a infeco.

    Como aliviar a dor rapidamente em queimaduras leves e de pequena extenso

    Para aliviar a dor rapidamente deve-se emergir a parte queimada em gua limpa

    (gua potvel ) ou, se for possvel submeter essa parte em gua corrente at que cesse a dor.Se a queimadura foi produzida por substncias corrosivas ou irritantes, a rea deve ser lavadadurante, pelo menos, quinze minutos. A seguir, a queimadura deve ser coberta com um

    pedao de pano limpo, o qual ser preso cuidadosamente com uma atadura. No caso em queno se pode mergulhar a queimadura em gua fria, pode-se aplicar compressas midas e frias(se a pele ainda estiver integra ).SE...

    a regio queimada for muito grandea pele tiver desaparecido por causa da queimaduraas bolhas produzidas se romperem

    a situao da regio queimada do corpo no permitir que seja imersa, deve-seobrir cuidadosamente com um pedao de pano disponvel, que esteja o maislimpo possvel.

    Caso a vtima no possa ser transportada e no local haja pessoa qualificada paracontinuar prestando-lhe assistncia adequada, proteja-a ao mximo, evitando contaminao eatrito, improvisando mosquiteiros ou utilizando outros recursos disponveis para isso.Como prevenir o estado de choque

    Nas queimaduras extensas e/ou profundas freqente sobrevir o estado de choque,causado pela dor e/ou perda de lquido. Em conseqncia disto, devem ser tomadas asmedidas para a sua preveno.

    Se a vtima sentir sede, deve ser-lhe dada toda gua que deseja, porm, lentamente.Sendo possvel, deve-se administrar, lentamente, vtima meio litro de gua, qual tenha sido adicionada uma colher ( das de caf ) de sal.

    Se a vtima estiver inconsciente, no lhe d gua, pois pode ocasionar-lhe a morte.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    42/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 42 de 45

    Como prevenir a infeco

    Todo ferimento causado por queimaduras que apresenta bolhas ou aquele no quala pele desapareceu em conseqncia da queimadura muito vulnervel infeco e, por isso,deve ser coberto com um curativo ( bandagem triangular aberta ).

    Queimaduras por produtos qumicosA pele ou os olhos podem ser queimados ao entrarem em contato com certosprodutos qumicos, mesmo atravs das roupas.

    Quando isso acontecer, deve-se aplicar sem demora os seguintes cuidados:- tirar a roupa contaminada da vtima;- o socorrista deve evitar sua prpria contaminao;- eliminar o produto qumico lavando imediatamente a

    parte afetada com grande quantidades de gua corrente, durante cinco minutos,pelo menos;- no caso de queimaduras nos olhos, lavar abundantemente

    com gua pura corrente, vedar o olho afetado com gaze ou pano limpo eencaminhar a vtima com urgncia ao oftalmologista;- continuar prestando os primeiros socorros, seguindo os

    procedimentos explicados para queimaduras.Observaes gerais

    - NO romper nunca as bolhas;- NO retirar as roupas queimadas que estiverem aderidas pele;- NO submeter ao da gua uma queimadura com bolhas rompidas;- separar a causa da vtima ou a vtima da causa;- cobrir cuidadosamente com um pano limpo as partes queimadas;

    - tomar medidas apropriadas para a preveno do choque;- ajudar a vtima a obter ajuda qualificada;- ABSOLUTAMENTE CONTRA-INDICADO A APLICAO SOBRE AQUEIMADURA DE QUALQUER SUBSTNCIA QUE NO SEJA GUA LIMPA OUPANO MUITO LIMPO E UMEDECIDO.-

    HEMORRAGIAS

    Hemorragia a perda de sangue proveniente de ruptura, dilaceramento ou corte deuma vaso sangneo.

    A perda contnua de sangue pode ocasionar o estado e choque e leva a vtima

    morte. Todas as hemorragias devem ser contidas o mais rpido possvel.A perda de um tero do sangue em circulao perigosa para a vida. O total de

    sangue circulante no organismo humano corresponde em litros, de 7% 8% do pesocorporal.

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    43/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 43 de 45

    Identificao da hemorragia

    A hemorragia nem sempre visvel, podendo estar oculta pela roupa ou posiodo ferido ( por ex: hemorragia causada por um ferimento nas costas, se a pessoa estiverdeitada de costas).

    Por isso a vtima deve ser examinada completamente para averiguar se h sinais dehemorragia.Sinais e sintomas de uma hemorragia

    - palidez intensa;- mucosas descoradas;- pulso rpido e fino;- respirao rpida e superficial;- vertigens;- nusea, vmito;- suores abundantes;

    - intranqilidade;- sede;- desmaio.

    Classificao das hemorragias

    * Do ponto de vista anatmico, as hemorragias podem ser: Arterial: - sangue vermelho-vivo;

    fluxo em jatos intermitentes;sentido do fluxo sangneo, do corao para as

    extremidades. Venosas: - sangue vermelho-escuro;

    - fluxo contnuo;- sentido do fluxo sangneo, das extremidades para o corao.

    * Do ponto de vista clnico, as hemorragias podem ser: Internas: produzidas dentro dos tecidos ou no interior de uma cavidade natural.

    Externas: perda de sangue para o exterior do organismo, podendo ser observadavisualmente.

    Tcnicas para conteno de hemorragia

    a. presso direta;

    b. elevao do seguimento ferido ( membro );c. curativo compressivo;d. pontos de presso;

    a. Presso DiretaColocar um chumao de tecido limpo sobre a hemorragia, fazendo presso fortemente,

    com a prpria mo sobre o mesmo. (fig 12)

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    44/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 44 de 45

    b. Elevao do Seguimento FeridoSe no houver suspeita de fratura, elevar o seguimento ferido a um nvel superior ao

    corao. ( fig. 13 )

    Fig 12 Fig 13

    c. Curativo CompressivoCom a utilizao de bandagens ou ataduras, fixar a compressa firmemente. A presso da

    mo substituda pela bandagem. (Fig 14)

    c.Pontos de PressoConsiste em comprimir a artria lesada contra o osso mais prximo a ela, para diminuir a

    fluncia da sangue na regio do ferimento. (fig. 15)

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    45/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 45 de 45

    Fig 14 Fig 15

    c. Fraturas

    a soluo de continuidade de um osso, determinado por um agente traumtico,cuja intensidade suplanta a elasticidade e a resistncia do osso.

    1. Sintomas

    - dor- edema- impotncia funcional- diferena no comprimento do membro- desalinhamento sseo- movimento anormal

    2. Tipos de Fraturas

    a. Fratura Fechada ou Simples: quando no h comunicao entre a fratura e o meio

    externo, permanecendo integra a pele.

    b. Fratura exposta: quando h comunicao entre a fratura e o meio externo, sendo a pelelesada por fragmentos sseos.

    c. Fraturas completas: quando h total seco de uma estrutura ssea.

    Temporal

    Femural

    popliteo

    Carotdio

    Tibial anterior eposterior

    Radial Ulnar

  • 7/29/2019 73259893 Apostila Revisada Brigada de Incendio

    46/46

    Curso de Formao de Brigadista de Incndio- - Pg 46 de 45

    d. Fraturas incompleta: quando o sseo atingido sofre apenas uma fissura, no sofrendoafastamento entre as estruturas atingidas.

    3. Tratamento

    - Toda e qualquer fratura deve ser prontamente imobilizada antes do transporte,observando que para esta imobilizao dever ser utilizado tala rgida, que possa darsustentao no seguimento fraturado em uma articulao a cima e uma articulao a baixo doosso fraturado.

    - Em se tratando de fraturas exposta, antes da imobilizao, dever ser feito ahemostasia (parar o sangramento) e uma limpeza criteriosa do ferimento, evitando queestruturas sseas exposta retornem ao ponto de origem, e proteger a ferida para evitar maiorcontaminao