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Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica
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CENTRO TÉCNICO TEMPLÁRIOS
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
DISCENTE______________________________________________________
Centro Técnico Templários – Clínica Cirúrgica
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CLÍNICA CIRÚRGICA E CENTRO CIRÚRGICO
A assistência de enfermagem ao paciente cirúrgico, em uma Unidade de
internação inicia-se no momento da sua admissão na Unidade. A partir desse
momento, o ambiente hospitalar, por suas características impõe ao mesmo
uma série de adaptações, tais como:
Mudanças de hábitos diários (alimentação, higiene, necessidades
fisiológicas, etc...);
Restrição da liberdade (ambiente restrito, horários preestabelecidos, visitas
controladas...);
Exposição a agentes infecciosos;
Ansiedade frente ao tratamento cirúrgico a que irá ser submetido;
Medo da morte ou de incapacidade física;
Solidão;
CIRURGIA:
É a parte da medicina que lida com doenças e condições físicas que
necessitam da incisão dos tecidos humanos para remoção, reparação ou
substituição da parte acometida através da técnica operatória.
TERMINOLOGIAS CIRÚRGICAS:
A nomenclatura e a definição de um procedimento cirúrgico são
invariavelmente determinadas pela associação de um radical- que diz respeito
ao tecido ou à estrutura cirurgiada, e ao sufixo- que se refere ao tipo de cirurgia
realizada, ou seja, o que foi deito com esse tecido ou órgão no decorrer da
cirurgia.
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PREFIXOS
Adeno Glândula
Cisto Bexiga
Cole vesícula
Colo ao colo
Colpo vagina
êntero Intestino
gastro Estômago
Hístero Útero
Nefro Rim
Oftalmo Olhos
Oofor Ovários
Orqui Testículos
Ósteo Osso
Oto Ouvido
Procto Reto
Rino Nariz
Salpinge Trompas
tráqueo traquéia
SUFIXOS
ectomia Remoção de um órgão ou parte dele
tomia Abertura de um órgão
stomia Abertura cirúrgica de um novo acesso
pexia Fixação de um órgão
platia Alteração de forma de um órgão
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rafia Sutura
scopia Olhar no interior
OPERAÇÕES DE FIXAÇÃO (PEXIA)
histeropexia Suspensão e fixação do útero
nefropexia Suspensão e fixação do rim
orquipexia Abaixamento e fixação do testículo em sua
bolsa
OPERAÇÕES DE ABERTURA (TOMIA)
artrotomia Abertura da articulação
broncotomia Abertura do brônquio
cardiotomia Abertura da cárdia
coledocotomia Abertura e exploração do colédoco
duodenotomia Abertura do duodeno
flebotomia Dissecção da veia
laparotomia Abertura da cavidade abdominal
nefrotomia Incisão cirúrgica de rim
papailotomia Abertura da papila duodenal
Toracotomia Abertura da parede torácica
OPERAÇÕES P/ ACESSO (STOMIA)
cistotomia Abertura da bexiga p/ drenagem de
urina
Colecistotomia Abertura e colocação de dreno na
vesícula biliar
coledocostomia Colocação de dreno no colédoco p/
drenagem
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enterostomia Abertura do intestino através da parede
abdominal
gastrostomia Abertura de fístula gástrica p/
introdução de alimentos ou
esvaziamento do estômago
ileostomia Comunicação, construída
cirurgicamente, do íleo coma parede
abdominal anterior
jejunostomia Colocação de sonda no jejuno p/
alimentação
OPERAÇÕES P/ OBSERVAÇÃO (SCOPIA)
broncoscopia Exame sob visão direta dos brônquios
colposcopia Exame da vagina e do colo uterino
esofagoscopia Exame do esôfago
gastroscopia Exame do estômago
laringoscopia Exame da laringe
laparoscopia Exame da cavidade abdominal
OPERAÇÕES P/ ALTERAÇÃO DA FORMA E/OU FUNÇÃO(PLASTIA)
piroloplastia Plástica do piloro para aumentar seu diâmetro
rinoplastia Plástica do nariz
salpingoplastia Plástica da trompa p/ sua recanalização
toracoplastia Plástica da parede torácica
OPERAÇÕES P/ SUTURA (RAFIA)
colporrafia Sutura da vagina
gastrorrafia Sutura do estômago
herniorrafia Sutura da hérnia
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perineorrafia Sutura do períneo
tenorrafia Sutura do tendão
OPERAÇÕES P/ REMOÇÃO (ECTOMIA)
apendicectomia Remoção do apêndice
cistectomia Remoção da bexiga
Celectomia Remoção do colo
embolectomia Remoção de um êmbolo
esofagectomia Remoção do esôfago
esplenectomia Remoção do baço
fistulectomia Remoção de fístula
gastrectomia Remoção total ou parcial do estômago
hemorraidectomia Remoção de parte do hemorróida
hepatectomia Remoção de parte do fígado
histerectomia Remoção do útero
lobectomia Remoção de um lobo de um órgão
mastectomia Remoção da mama
miomectomia Remoção de mioma
nefrectomia Remoção do rim
ooforectomia Remoção do ovário
pancreatectomia Remoção do pâncreas
peneumectomia Remoção do pulmão
prostatectomia Remoção da próstata
retossigmoidectomia Remoção do retossigmóide
salpingectomia Remoção da trompa
tireoidectomia Remoção da tireóide
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CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS
Quanto ao tempo:
Eletiva: É aquela realizada quando é mais conveniente para o paciente e para
quem opera. A realização pode aguardar ocasião mais propícia, ou seja, pode
ser programado. Por exemplo: mamoplastia,cisto superficial;
Urgente: tratamento cirúrgico que requer pronta atenção deverá ser realizado
dentro de 24 a 48 horas. Exemplificando: Apendicectomia;
Emergência: tratamento cirúrgico que requer atenção imediata, por se tratar
de uma situação crítica "salvar a vida". Exemplificando: Ferimento precordial
por arma de fogo.
Quanto ao porte:
Grande porte: cirurgias com grande probabilidade de perda de fluido e sangue
exigem técnicas maiores, um maior número de equipamentos. Exemplificando:
cirurgias de emergências (ferimento na região precordial), cirurgias vasculares
arteriais (correção de aneurisma aorta abdominal).
Médio porte: cirurgias com média probabilidade de perda de fluido e sangue.
Exemplificando: vascular (endarterectomia de carótida), cabeça e pescoço
(ressecção de carcinoma espino celular), ortopedia (prótese de quadril),
urologia (ressecção transuretral de próstata), neurologia (ressecção de
aneurisma cerebral).
Pequeno porte: cirurgias com pequena probabilidade de perda de fluido e
sangue. Exemplificando: otorrinolaringologia (timpanoplastia), plástica
(mamoplastia), endoscopia (endoscopia digestiva), oftalmologia (vitrectomia).
Quanto à finalidade:
Paliativa: é aquela que visa melhorar as condições do paciente e/ou
compensação de certos distúrbios. . Ex. Gastrostomia.
Radical ou Curativa: tem a finalidade de curar a patologia. Para essa
finalidade é necessário às vezes a retirada parcial ou total de um órgão. Este
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tipo de cirurgia tem uma significação menos otimista quando se trata de câncer,
neste caso, a operação curativa é aquela que permite uma sobrevida de alguns
anos. Ex. Apendicectomia.
Exploradora: é a cirurgia cujo objetivo é de investigar o que esta acontecendo.
Ex. laparotomia exploradora.
Plástica: tem a finalidade de recomposição de tecidos corretivos ou estética.
Ex. Rinoplastia, mamoplastia, etc
Reparadora: Reconstitui artificialmente uma parte do corpo lesada por
enfermidade ou traumatismo. Ex. enxerto de pele em queimados.
Quanto ao potencial de contaminação
Ferida limpa - São feridas cirúrgicas não infectadas, em que não há
inflamação e, que não são atingidos os tratos respiratórios, digestórios, genital
ou urinário. Ex: cirurgia eletiva, fechamento em primeiro tempo, e não drenada,
não traumática, não infectada
Potencialmente contaminadas: são realizadas em tecidos colonizados por
flora microbiana pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, na
ausência de processo infeccioso e inflamatório, e com falhas técnicas discretas
no transoperatório. Exemplificando: gastrectomia;
Contaminada: são realizadas em tecidos abertos e recentemente
traumatizados, colonizados por flora bacteriana abundante, de
descontaminação difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenha
ocorrido: falha técnica grosseira, na ausência de supuração local; presença de
inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção.
Exemplificando: hemicolectomia;
Infectada: são todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido
ou órgão em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido
necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. Exemplificando:
nefrectomia com coleção de pus.
Exemplo de cirurgias classificadas pelo seu potencial de contaminação
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a) Limpas
- Artoplastia do quadril
- Cirurgia cardíaca
- Herniorrafia de todos os tipos
- Neurocirurgia
- Procedimentos cirúrgicos ortopédicos (eletivos)
- Mastoplastia
- Mastectomia parcial e radical
- Cirurgia de Ovário
-b)Potencialmente contaminada
- Histerectomia abdominal
- Cirurgia do intestino delgado (eletiva)
- Cirurgia das vias biliares sem estase ou obstrução biliar
- Cirurgia gástrica e duodenal em pacientes normo ou hiperclorídricos
- Feridas traumáticas limpas - ação cirúrgica até dez horas após
traumatismo
- Colecistectomia + colangiografia
- Vagotomia + operação drenagem
c) Contaminadas
- Cirurgia de cólon
- Debridamento de queimaduras
- Cirurgia intranasal
- Cirurgia bucal e dental
- Fraturas expostas com atendimento após dez horas
d) Infectadas
- Cirurgia do reto e ânus com pus
- Cirurgia abdominal em presença de pus e conteúdo de cólon
- Nefrectomia com infecção
- Presença de vísceras perfuradas
- Colecistectomia par colecistite aguda com empiema
- Exploração das vias biliares em colangite supurativa
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RISCO CIRÚRGICO
Conceito: consiste numa serie de estudo realizados em um individuo
candidato a uma cirurgia, para que seja efetuado um cálculo da probabilidade
de um bom resultado cirúrgico, levando-se em consideração o,tipo de
intervenção a ser realizada e as condições clínicas do doente.
Fatores Analisados:
Fatores Anestésicos: tipo de anestesia; drogas anestésicas utilizadas
Fatores Crônicos Relacionados ao paciente
Idade; Tende a aumentar o risco cirúrgico em pessoas >70 anos.
Doenças associadas: cardiopatias; hepatopatias; renais; vasculares;
endócrinas; diabetes; hipertensão arterial sistêmica; coagnulopatias; Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica.
Tabagismo1/3 dos pacientes cirúrgicos são fumantes, com risco para -
Complicações pulmonares; Complicações circulatórias: Infecção de sítio
cirúrgico
Obesidade:
Aumenta à dificuldade de cicatrização, da técnica cirúrgica, a abertura da
ferida cirúrgica é mais freqüente;
Maior probabilidade de infecção por causa da diminuição
Maior risco de complicações pulmonares pós-operatória
Alterações da resposta a muitas drogas anestésicas.
Má Nutrição:
A desnutrição pré-operatória em especial as deficiências protéicas
dificultam a cicatrização da ferida cirúrgica.
Fatores cirúrgicos: Porte da cirurgia; Emergência; Experiência da equipe
Cirúrgica.
Classificação das Intervenções de acordo com o risco:
Pequeno risco - pacientes hígidos que serão submetidos a uma cirurgia de
pequeno ou médio porte.
Risco intermediário – operações eletivas de médio porte em idosos ou em
doentes com ligeiras alterações orgânicas e as operações de urgência.
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Risco elevado – pacientes com doenças graves e com repercussões
sistêmicas que serão submetidos à operação de grande porte ou com doenças
associadas descompensadas ou com doenças graves na fase tardia ou
operações de emergência absoluta.
Avaliação do Risco Cirúrgico:
Avaliação Clínica
Exame físico e,
Exames Complementares: Hemograma completo; Rx de tórax; Glicemia em
jejum; Tipagem sanguínea; Plaquetas; Colesterol, triglicérides, HDL, LDL; Kttp-
tempo de protombina (coagulograma); Sumario de urina; ECG
(eletrocardiograma) ECO (ecocardiograma), Uréia, creatinina, acido úrico;
Parasitológico de fezes, teste ergométrico e outros mais, que serão
individualizados para cada paciente.
CLÍNICA CIRÚRGICA:
Conceito: É uma unidade hospitalar onde permanecem os indivíduos nos
períodos pré e pós-operatórios e, onde são preparados para ao ato cirúrgico e
auxiliado após ele, a recuperarem o equilíbrio orgânico.
Principais medicamentos utilizados na clinica cirúrgica:
Antipiréticos e analgésicos:
Acido acetil salisilico – aspirina
Indicação: analgésico, antitérmico, antiinflamatório e diminui a adesividade
plaquetaria;
Novalgina/ nevragina/dipirona/baralgin
Tramal/Silador
Ansioliticos:
Valium/Diazepam/lexotan/diempax;
Indicação:ansiolítico, sedativo, hipnótico e relaxante muscular.
Bloqueadores Colinergicos e Antiespasmódicos:
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Buscopam/dimeticona/luftal/silidrom;
Indicação: antiespasmódico
Atiemeticos:
Metroclopramida/plasil;Euci/plamet
Indicação: intolerância a medicamentos, vômitos de origem orgânica, funcional
e gravídicos, síndromes histênicas, dispéptica, enterocoliticas,pós-
colecistectomia e posgastrectomia.
Antiinfecciosos/antibióticos:
Amicacina/novamin
Indicações: infecções causadas por bactérias sensíveis.
Ampicilina/binotal/amplacilina.
Indicação: germes sensíveis.
Cefalexina/keflex/ceporexin
Indicações: germes sensíveis
Cefalotina/ Keflin
Flagyl/ metronidazol
Diclofenaco/ voltaren/Ortoflan( antiinflamatórios)
Obs:. Antak( ranitidina); omeprazol; tazepin: são protetores da mucosa gástrica
Anticonvulsivantes:
Fenitoína/hidantal/Epelin
Indicação: anticonvulsivante, antiarrítmico, tem indicação nas arritmias
provocadas pela intoxicação digitálica.
Diuréticos:
Furosemida/Lasix
Indicação: edemas de diversas origens, hipertensão arterial;
Hidrocloratiazida/Diidroclorotiaxida
Indicação: edema associado a insuficiência cardíaca congestiva, cirrose
hepática, corticosteróide e estrogênica.
Manitol: indicação – diurético osmótico.
Anestésicos Locais
Lidocaína:
Nome comercial: marcaína
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Indicação: anestesia local em cirurgia, obstetrícia, bloqueios, diagnósticos
terapêuticos, possui duração prolongada
Lidocaina com epinefrina
Nome comercial: xylocaína cm vaso- constrictor
Indicação: anestésico local. A associação do vaso constrictor ao anestésico
prolonga o tempo de ação deste.
Hipoanalgesico/ Entorpecentes
Dolantina/Demerol
Indicação: analgésico potente. Para dor do infarto do miocárdio, como
coadjuvante no tratamento do Edema Agudo do Pulmão (EAP), produz
sedação e depressão respiratória e pressórica.
TRATAMENTO CIRÚRGICO:
Consentimento cirúrgico
Antes da cirurgia, o paciente deve assinar um formulário de consentimento
cirúrgico ou permissão para realização da cirurgia. Quando assinado, esse
formulário indica que o paciente permite a realização do procedimento e
compreende seus riscos e benefícios, explicados pelo cirurgião. Se o paciente
não compreender as explicações, o enfermeiro notifica ao cirurgião antes que o
paciente assine o formulário de consentimento. Os pacientes devem assinar
um formulário de consentimento para qualquer procedimento invasivo que exija
anestesia e comporte risco de complicações.
O tratamento cirúrgico geralmente ocorre em três fases interdependentes:
FASE PRÉ-OPERATÓRIO: período que antecede o ato cirúrgico compreende
o tempo desde quando tomada a decisão da intervenção cirúrgica até o
paciente ser transferido para a mesa da sala de cirúrgica.
Objetivos do pré- operatório: Levar o paciente as melhores condições
possíveis para cirurgia, para garantir-lhe menores possibilidades de
complicações. Cada paciente deve ser tratado e encarado individualmente.
Dependendo da cirurgia a ser realizada, o preparo pré-operatório poderá ser
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feito em alguns dias ou ate mesmo em minutos .Tem como objetivo também
assegurar confiança e tranqüilidade mental ao paciente.
Classificação do período pré- operatório:
Pré-operatório mediato: o cliente é submetido a exames que auxiliam na
confirmação do diagnóstico e que auxiliarão no planejamento cirúrgico, o
tratamento clínico para diminuir os sintomas e as precauções necessárias para
evitar complicações; compreende o período desde a internação até a véspera
do dia da cirurgia.
Os cuidados de enfermagem aqui neste período compreendem os preparos
psicoespiritual e o preparo físico.
Providenciar e preparar o paciente para os exames laboratoriais e outros
exames auxiliares de diagnóstico.
Controlar os SSVV.
Observar o equilíbrio hidroeletrolítico e o estado nutricional, orientando,
estimulando e administrando dietas adequadas, medicamentos, soros, etc.
Ensinar exercícios respiratórios com frascos, luvas, principalmente aos que
serão submetidos à anestesia geral, cuja finalidade é prevenir complicações
pulmonares após a realização da cirurgia. Normalmente, se orienta para o
paciente colocar as duas mãos na parte inferior das costelas, a fim de sentir o
movimento torácico, expirar completamente, inspirar profundamente pelo nariz
e expulsar todo o ar pela boca. Repetir esse exercício várias vezes. Existem
pequenos aparelhos denominados expirômetros de incentivo, utilizados para a
realização de exercícios respiratórios.
Pré- operatório imediato corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia e
tem por objetivo preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os seguintes
procedimentos: jejum, limpeza intestinal, esvaziamento vesical, preparo da pele
e aplicação de medicação pré-anestésica.
Preparo da pele:
Esse procedimento tem como finalidade eliminar ao máximo a flora bacteriana
que normalmente habita a pele do paciente. A área em torno da futura ferida
operatória deve ser limpa de modo completo e feita a tricotomia, que significa a
raspagem dos pêlos em uma região do corpo. Em vários hospitais, a tricotomia
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é realizada na véspera da cirurgia, à noite, muito embora seja mais indicado
fazê-la até duas horas antes da cirurgia, para evitar a proliferação de germes
após o preparo da pele- em menor área possível e com método o menos
agressivo.
A rotina de limpeza da pele depende do procedimento cirúrgico e das normas
do cirurgião ou da instituição. O objetivo é diminuir a quantidade de
microrganismos sem comprometer a integridade cutânea.
Para uma cirurgia planejada, pode-se solicitar ao paciente que limpe a área
determinada com um sabão detergente germicida durante vários dias antes do
procedimento. Normalmente, os pêlos não são removidos antes da cirurgia,
exceto se puderem interferir na incisão. Neste caso, os pêlos são removidos
com tricotomizadores elétricos no momento da cirurgia.
Áreas de tricotomia segundo a região da cirurgia:
Cirurgia craniana – raspa-se o couro cabeludo total ou parcialmente, e o
pescoço. Nas cirurgias de pescoço, deve-se incluir o colo e as axilas;
Cirurgia torácica - raspa-se os pêlos do tórax anterior e posterior até a
cicatriz umbilical, podendo-se estender tal processo até a axila e região
ingüinal;
Cirurgia cardíaca - as áreas a serem raspadas são o tórax, metade do dorso,
punhos, dobras dos cotovelos e região ingüinal, acrescentando-se a face
interna das coxas quando das cirurgias de revascularização do miocárdio;
Cirurgia abdominal - recomenda-se a tricotomia da região mamária até a
região pubiana anterior (posterior no caso das cirurgias renais); nas cesáreas e
cirurgia abdominal via baixa, raspa-se a região pubiana;
Cirurgia dos membros – raspa-se o membro a ser operado, acrescentando-
se ou não as regiões axilar e pubiana.
Antes de iniciar a tricotomia em áreas de grande pilosidade,recomenda-se
cortar o excesso de pêlo com uma tesoura.
Preparo intestinal:
Para a maioria das cirurgias, principalmente as realizadas sob anestesia geral,
é importante o reto estar vazio, evitando, assim, que o paciente evacue durante
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o ato cirúrgico. Em função do tipo de cirurgia a ser realizada, o médico irá
prescrever o preparo adequado, que pode variar desde ouso de laxante até a
aplicação de clister ou lavagem intestinal. Uma cirurgia de intestino grosso, por
exemplo, exige um preparo maior, para o órgão ficar o mais vazio e limpo
possível.
Nesses casos, o laxante é administrado dias antes, mas o clister e a lavagem
são feitos na véspera da operação. Já em cirurgias de pequeno porte, pode-se
dispensar a execução desse preparo, desde que o paciente tenha evacuado
normalmente na manhã do dia da cirurgia. Um intestino limpo permite a
visualização acurada do sitio cirúgico e previne traumas intestinais ou
contaminação acidental do peritônio por fezes. Um enema evacuador ou um
laxante é prescrito para a noite que antecede a cirurgia, e pode ser repetido na
manhã do dia da cirurgia. Quando uma cirurgia intestinal é programada,
antibióticos também podem ser prescritos para reduzir a microbiota intestinal.
Higiene geral:
Além do preparo local da pele, um banho completo antes da cirurgia, ajuda a
evitar infecções, principalmente com uso de anti-sépticos degermantes.
Retirar os esmaltes: no mínimo em uma das unhas, se for o caso, para o
anestesista controlar melhor a oxigenação durante a cirurgia.
Orientar o paciente deamulante para ir ao banheiro, com o objetivo de
esvaziar a bexiga e o intestino, realização da higiene bucal adequada.
Fornecer camisola limpa e ajudar o paciente a vesti- la com a abertura para
as costas, orientando-a para não colocar qualquer roupa de baixo.
Pentear os cabelos do paciente e cobri-lo com gorro.
Retirar próteses, lentes de contato, jóias, adornos em geral. Depois, para
evitar que se percam, identificar esses objetos e entregá-los ao responsável ou
encaminhar para guarda-volumes no hospital. A retirada de prótese dentária
antes da anestesia para alguns pacientes em violação da privacidade, onde
alguns serviços tem como rotina a retirada na SO, guardando-as para posterior
devolução.
Conferir os exames pré-operatórios, a autorização para a operação e as
radiografias se estão junto ao prontuário médico do paciente.
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Administrar a medicação pré-anestésica prescrita aproximadamente 30 a 60
minutos antes de encaminhar ao CC, quando prescrita. Quando o efeito da
medicação estiver iniciando, o paciente deve permanecer sob observação,
jamais sendo deixado sozinho, pois poderá apresentar reações adversas, como
depressão respiratória ou mesmo agitação. A medicação pré-anestésica visa
basicamente reduzir a ansiedade, diminuir secreções do trato respiratório e
reduzir as intercorrências alérgicas.
Deixar o paciente deitado, protegido com grades. Verificar, novamente, os
SSVV, anotando-os no prontuário e comunicando qualquer anormalidade
observada.
Importância do jejum:
A manutenção do jejum de 6 a 12 horas antes da cirurgia objetiva evitar
vômitos e prevenir a aspiração de resíduos alimentares por ocasião da
anestesia.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM À PESSOA EM PRÉ-OPERATÓRIO
Anamnese:
APP (antecedentes patológicos pessoais): cardiopatias, DM, HAS,
convulsão, outros.
APF (antecedentes patológicos familiares): cardiopatias, DM, HAS,
convulsão, desconhece, outros.
Fatores de riscos: tabagismo, elitismo, obesidade, outros.
Internações anteriores: sim (saber motivo) ou não;
Estado nutricional: satisfatório, obeso, desnutrido;
Medicações em uso;
Nível de consciência: consciente, inconsciente, torporoso, letárgico,
obnubilado, orientado, desorientado, comatoso, outros.
Exame físico:
Pele: íntegra, lesões, elasticidade/turgor;
Cabeça: (couro cabeludo- íntegro, sujo, limpo, pediculose, lesões; olhos-
mucosas: normocrômicas, hipercrômicas, acuidade: preservada ou não;
ouvidos- integridade, dor, secreção, prurido, acuidade; boca- halitose,
mucosas, prótese: inferior/superior, parcial/total, anodontia);
Pescoço: rigidez de nuca, mobilidade, presença de massa cervical;
Tórax: forma- simétrico, abaulado, escavado, assimétrico; dinâmica
respiratória- eupnéia, taquipnéia, bradipnéia, dispnéia;
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taquidispnéia//ventilação: espontânea ou mecânica; FC- normocardia,
taquicardia, bradicardia; mamas: dor, secreção, nódulos;
Abdome: plano, tenso, flácido, escavado, globoso, ascítico, dor á
palpação, RHA (ruídos hidroáereos) presentes/ausentes;
Genitália: íntegra, fimose, prurido, lesão//ânus- hemorróidas, prolapso,
fissura, sangramento, dor;
MMSS/MMII: eutrófico, distrófico, edemas, varizes// extremidades: frias,
aquecidas, oxigenação, perfusão;
Outras observações:
Locomoção: deambulação, cadeirante;
Eliminações fisiológicas: micção- espontânea, oligúria, poliúria,
polaciúria, disúria, hematúria, piúria; dejeções- obstipaçao, diarréia,
melena;
SSVV.
Preparo pré-operatório mediato:
Explicar os procedimentos a serem realizados;
Condições físicas e emocionais para a cirurgia;
Coleta e encaminhamento dos materiais para exames;
Manutenção do jejum quando necessário;
Aplicação de medicamentos, soro;
Sinais vitais;
Observações das eliminações fisiológicas;
Observação de sinais e sintomas;
Preparo pré-operatório imediato:
Confirmar nome, data e hora da cirurgia, se há pedido de sangue,
preparos especiais ou de rotina;
Observar sintomas como tosse, coriza, febre e outros;
Higienização geral (banho, remover esmaltes, remoção de adornos,
trocas de roupas, uso do gorro, retirar prótese dentária);
Preparo da pele (tricotomia);
Preparo do aparelho digestivo: Jejum e enema;
Preparo do sistema urinário: esvaziamento vesical;
Administração de medicação pré-anestésica, sob prescrição médica;
Colocar e checar prontuário (presença dos exames) do paciente.
No prontuário a anotação de encaminhamento para o centro cirúrgico
deve conter:
Condições gerais;
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Tempo de jejum;
Preparo realizado (incluindo ultima diurese e evacuação);
Condições de pensos, punções, cateteres e drenos;
Retirada de próteses, órteses, e adornos - jóias (para onde foi
encaminhado);
Orientações feitas;
Queixas;
Sinais vitais;
Medicações administradas.
FASE TRANSOPERATÓRIA (OU INTRA-OPERATORIA): compreende o
tempo de realização da intervenção cirúrgica propriamente dita; corresponde
ao período desde quando o paciente é transferido da mesa cirúrgica até sua
admissão na Sala de Recuperação Pós Anestésica- SRPA.
ATUAÇÃO DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NO TRANS-OPERATÓRIO OU
INTRA-OPERATÓRIO:
Cabe ao Técnico em Enfermagem:
Receber o cliente ( identificando-lhe pelo nome), mantê-lo calmo, ajudar em
seu posicionamento na mesa cirúrgica.
Desempenhar função de circulante: oferecer materiais quando solicitado,
auxiliar o cirurgião em seu processo de paramentação (Avental cirúrgico,
calçamento de luva estéril)
Posicionar corretamente os fracos de solução, drenos e sondas;
Posicionar corretamente o suporte de braço sob o colchonete da mesa
cirúrgica;
Ajudar os integrantes da equipe a se paramentarem;
Controlar a PA pelo monitor;
Prevenir hipotermia;
Auxiliar no posicionamento do cliente;
Ajustar o foco de luz sempre que solicitado, de forma a proporcionar
iluminação adequada no campo cirúrgico, sem projeção de sombras e
reflexos;
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Observar o gotejamento dos soros e sangue, líquidos drenados e sinais de
intercorrências; controlar a quantidade e peso das compressas cirúrgicas e
gazes, para evitar esquecimento acidental desses materiais no campo
operatório;
Avaliar a perda sangüínea e de líquidos pelas sondas e do sangue aspirado
no frasco do aspirador.
Realizar o registro do ato cirúrgico:
Os registros são feitos em impresso próprio, anotando-se os medicamentos,
soluções, sangue, equipamentos usados, intercorrências com o cliente, nome
da operação e da equipe cirúrgica, bem como início e término da cirurgia.
Atentar para os tempos Cirúrgicos: Diérese;hemostasia; exerese e síntese
Identificar registrar e ter cuidados adequados com as amostras coletadas
nas salas de cirurgia;
Ao final da cirurgia desligar o foco e aparelhos, remover os campos
cirúrgicos, pinças e outros materiais sobre o cliente
Papel do Circulante:
Puncionar a veia ou auxiliar na instalação dos soros.
Auxiliar o anestesiologista na indução e manutenção da anestesia.
Auxiliar a equipe cirúrgica no posicionamento do paciente.
Realizar cateterismo vesical do paciente quando necessário.
Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica.
Auxiliar na anti-sepsia da área operatória.
Colocas a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico (placa do bisturi).
Auxiliar na colocação dos campos cirúrgicos.
Prover as mesas do instrumentador e de cirurgião assistente com artigos e
equipamentos necessários ao ato operatório.
Manter o ambiente asséptico.
Acompanhar a cirurgia provendo ao instrumentador artigos necessários ao
ato operatório.
Manter boa iluminação da área cirúrgica.
Manter o ambiente calmo. Realizar controle de perda sanguínea por meio
da pesagem das compressas e gazes utilizadas.
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21
Preencher a ficha transoperatória, a fim de fornecer subsídios para a
continuidade dos cuidados de enfermagem.
No final da cirurgia, o circulante deve:
- Avisar o paciente do término do procedimento cirúrgico.
- Auxiliar o cirurgião no curativo cirúrgico.
- Retirar equipamentos, campos sujos e molhados que estão sobre o paciente.
- Colocar o paciente em posição dorsal.
- Verificar permeabilidade, fixação e drenagem de sondas, drenos e cateteres.
- Remover a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico.
- Cobrir, aquecer e promover o conforto do paciente na mesa cirúrgica.
- Ajudar o anestesiologista a manter a permeabilidade das vias aéreas
superiores.
- Controlar a permeabilidade, fixação e gotejamento das infusões e irrigações.
- Fazer anotações de enfermagem e ordem no prontuário.
- Completar a ficha de débito.
- Avisar o enfermeiro da recuperação pós-anestésica (RPA) ou da unidade de
terapia intensiva das condições em que o paciente se encontra.
- Transportar o paciente à RPA ou à sua unidade de origem de acordo com a
rotina do CC.
FASE PÓS-OPERATÓRIO: compreende o período posterior à realização do
ato cirúrgico, começa com a admissão do paciente na SRPA e termina após
uma avaliação de acompanhamento no ambiente clinico ou domiciliar.
Pós-Operatório Imediato até 12 horas
Pós -Operatório Mediato 24 horas até 10 dias
Pós- Operatório Tardio a partir do 10 dia em diante, até um ano
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERIOPERATORIO
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Perioperatorio: compreende o pré-operatório; trans- operatório ou intra-
operatório e pós-operatório.
Ler com atenção o pedido de cirurgia, certificando-se do material básico,
aparelhos ou alguma solicitação especial relativa ao tipo de cirurgia a ser
realizada;
Verificar as condições de limpeza da sala antes de equipá-la com os
materiais e aparelhos solicitados;
Fazer limpeza concorrente dos aparelhos;
Revisar o material esterilizado existente na sala;
Testar o funcionamento dos aparelhos;
Equipar o carrinho de anestesia com as medicações especifica, impressos
próprios e demais materiais necessários e colocá-lo à cabeceira da mesa
cirúrgica;
Dispor os pacotes de campos, aventais e luvas, e a caixa de instrumentais
em local acessível;
Preparar infusão endovenosa e bandeja de antissepsia;
Manusear o material esterilizado com a técnica asséptica;
Princípios da assepsia perioperatoria:
Qualquer material que entre em contato com a ferida operatória e os tecidos
expostos deve ser esterilizado: agulhas, curativos, luvas, campos e soluções.
A degermação das mãos e antebraços deve ser realizada por todos que
entram em contato com o campo operatório.
É obrigatório ouso de EPI: gorro, máscara, pro pé, avental de manga, óculos
(se necessário) e luva estéril.
Após degermaçao e paramentação o profissional deve tocar somente em
materiais estéreis;
A assepsia do campo cirúrgico deve ser maior do que a área utilizada para
incisão;
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Os controles ambientais são realizados através da limpeza do chão e dos
equipamentos da sala cirúrgica, sendo que os entrarão em contato com o
paciente necessitam ser esterilizados na CME.
CENTRO CIRÚRGICO:
DEFINIÇÃO: é um conjunto de elementos destinados as atividades cirúrgicas,
bem como a recuperação anestésica e pós-operatório;
OBJETIVOS
Prestar assistência integral ao paciente cirúrgico em todo o período
Perioperatorio;
Proporcionar recursos humanos e materiais para que o ato cirúrgico seja
realizado dentro de condições idéias, técnicas assepsias;
Favorecer o ensino e a pesquisa, a fim de contribuir para formação e
aperfeiçoamento de recursos humanos;
Proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento de pesquisa, no
sentido de aprimorar o conhecimento técnico-científico e melhorar a assistência
prestada.
LOCALIZAÇÃO:
Em uma área onde há pouca circulação de pessoas, em que ocorra um livre
transito de profissionais que atuem nessa unidade e de clientes que serão
submetidos a intervenções cirúrgicas.
Destaca-se que sua localização deverá possibilitar um fácil acesso às unidades
de clinica cirúrgicas, emergência ou terapia intensiva, uma vez que mantêm
forte relação com esses setores.
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS:
Uma unidade de centro cirúrgico ou bloco cirúrgico, dependendo de sua
complexidade e dimensão deverá ter em sua estruturas áreas não somente
destinadas à realização de cirurgias ( salas de cirurgias) mas também áreas
destinadas à circulação de pessoas, reservas e estocagem de materiais
esterilizados, processamento de materiais contaminados( expurgo), áreas
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destinadas a degermação das mãos ( lavabo) , esterilização de
materiais,farmácia e vestiários.
ESTRUTURA: 1. Secção de bloco operatório (salas de operação equipadas); 2.
Seção de Recuperação Pós anestésicas (leitos equipados para atender ao
paciente na recuperação Pós-anestésicas); 3. Seção de material (guarda de
material estéril e não estéril, como medicamentos, seringas, fios de suturas ,
próteses etc.).
ZONEAMENTO DOS AMBIENTES CIRÚRGICOS:
Áreas críticas – ambientes onde existe risco aumentado de infecção, e se
realizam procedimentos de risco, ou se encontram pacientes com o sistema
imunológico deprimido.Os materiais utilizados são estéreis. O corredor
interno, as áreas de escovação das mãos e a sala de operação (SO) são
consideradas áreas restritas dentro do CC; para evitar infecção operatória,
limita-se a circulação de pessoal, equipamentos e materiais
Áreas semicríticas – todas as áreas ocupadas por pacientes de doenças
não-infecciosas ou infecciosas de baixa transmissibilidade.As vestimentas
consistem em roupas cirúrgicas, pro-pé e toucas. Nestas áreas pode haver
circulação tanto do pessoal como de equipamentos, sem contudo
provocarem interferência nas rotinas de controle e manutenção da
assepsia. Como exemplos temos as salas de guarda de material,
administrativa, de estar para os funcionários, copa e expurgo.
Áreas não-críticas – todas as áreas não ocupadas por pacientes ou cujo
acesso lhes é proibido (escritórios, depósito, sanitários). As áreas de
circulação livre são consideradas áreas não-restritas e compreendem os
vestiários, corredor de entrada para os clientes e funcionários e sala de
espera de acompanhantes.
CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR:
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Paredes e piso; sem rachaduras ou rejuntamento; devem ser dimensão
mínima de 1,20x 2,10,flutuantes e moveis
Janelas
Iluminação.
O foco tem por finalidade:
Oferecer luz semelhante à natural, de modo a não alterar a cor da pele e
mucosas do paciente;
Fornecer iluminação adequada ao campo cirúrgico, sem projeção de
sombras e emissão de reflexos;
Produzir o mínimo de calor possível no campo operatório.
Ventilação
Instalações elétricas – “três conjuntos com quatro tomadas cada,
alimentados por circuitos críticos” (BRASIL, 1994).
EQUIPE DO CENTRO CIRÚRGICO:
Anestesista; cirurgião. Enfermeira; técnico de enfermagem; instrumentador
cirúrgico.
EQUIPAMENTOS/MATERIAIS:
Equipamentos fixos – são aqueles que não podem ser deslocados de uma
para outra sala de operação, a fim de atender o planejamento do ato cirúrgico
de acordo com a especificidade, ou mesmo serem acrescidos durante o
desenvolvimento da cirurgia: Negatoscópio; Sistema de canalização de ar e
gases.
Equipamentos moveis: Foco central;Mesa cirúrgica e acessórios (colchonete
de espuma, perneiras metálicas, suporte de ombros e arco de
narcose).Aparelho de anestesia, contendo “kits”de cânulas endotraqueais e de
guedel; laringoscópios, pinças de Magil, esfingmomanômetro;Mesas auxiliares
para instrumentos cirúrgicos ou termocautério;Aspirador de secreções;foco
auxiliar; banco giratório; escada de dois degraus; estrado;equipamentos
utilizados para ajudar no posicionamento do paciente, tais como: coxins de
areia ou espuma de diferentes tamanhos e talas;carros para materiais de
consumo e soluções anti-séptica; carro para materiais estéreis; monitores;
balanças para pesar compressas e gazes
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Materiais de consumo: são materiais geralmente descartáveis utilizados
individualmente para cada paciente, em cada cirurgia. Exemplo: agulhas,
seringas, gazes, compressas, medicamentos, drenos e sondas, etc.
INSTRUMENTAIS E FIOS CIRÚRGICOS:
Pinças:
Diérese: utilizadas para cortar tais como bisturi e tesouras;
Hemostaticos: auxiliam a estancar o sangramento, tais como as pinças de
Kelly, Kocher e Rochester;
Síntese cirúrgica: geralmente utilizados para fechamento de cavidades e
incisões sendo o mais comum a agulha de sutura presa no porta-agulha;
Apoio ou auxiliares: destinam-se a auxiliar o uso de outros grupos de
instrumentais ( afastadores e pinças anatômica);
Especiais: aqueles específicos para cada tipo de cirurgia, por exemplo: a pinça
gêmea de abadie, utilizada nas cirurgias do trato digestivo;
Fios:
Conceito: é uma estrutura flexível, com formato circular e que apresenta um
diâmetro reduzido. Pode ser de material sintético, de fibras vegetais ou de
material orgânico. Mesmo sendo uma estrutura tão simples é um elemento da
maior importância dentro da cirurgia, pois é parte essencial da sutura e dos nós
cirúrgicos.
Absorvíveis:
São os que, decorrido algum tempo após a sutura, por ação orgânica são
absorvidos, podem ser de origem animal ou sintéticos.
Exemplos:
catgut simples: é de origem animal, recebeu essa denominação oriunda do
inglês que tem como tradução “tripa de gato”. Durante o processo de
fabricação não foi submetido a nenhum tratamento especifico para alterar o seu
tempo de absorção quando em contato com os tecidos orgânicos.
O catgut simples é indicado para as seguintes cirurgias:
Fechamento Geral: peritôneo, subcutâneo e ligaduras.
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Ob-Gin: anastomoses, episiorrafias.
Gastrointestinal: anastomoses, epiplon .
Urologia: bexiga, cápsula prostática, ureter, ligações de artérias vesículares,
uretra.
Oftalmologia: conjuntiva.
Otorrinolaringologia: amigdalectomias.
Catgut cromado: este tipo de fio é da mesma origem que o catgut simples,
porém foi impregnado com sais de cromo ou tânico, para lhe conferir um maior
tempo de força tensil e conseqüentemente aumentando o sue tempo de
absorção. Os fios catgut simples e cromado são mantidos em álcool
isopropilico, para manter as suas propriedades.
O catgut cromado é indicado para as seguintes cirurgias:
Fechamento Geral: peritôneo, subcutâneo e ligaduras.
Ob-Gin: anastomoses, episiorrafias.
Gastrointestinal: anastomoses, epiplon .
Urologia: bexiga, cápsula prostática, ureter, ligações de artérias vesículares,
uretra.
Oftalmologia: conjuntiva.
Otorrinolaringologia: amigdalectomias.
Monocryl
Tipo de material Sintético
composiçao Poliglecaprone 25 (Copolímero de glicolida e
caprolactona)
Força tensil 21
Tempo de
absorção
91 a 119 dias
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Esterilização Oxido de etileno
Apresentação 5-0 a 3-0
O monocryl é indicado para:
Plástica (pele)
Vicryl
Tipo de material Sintético
composiçao Poliglactina 910, coberta com Poliglactina 370 +
estearato de cálcio.
Força tensil 28
Tempo de
absorção
56 a 70 dias
Esterilização Oxido de etileno
Apresentação 10-0 a 2
O vicryl é indicado para:
Fechamento Geral: peritôneo, aponeurose, serosa, submucosa e pele.
Neurologia: duramáter, fáscia aponeurótica e músculo.
Oftalmologia: esclera, conjuntiva.
Gastrointestinal: anastomoses, epiplon.
Ob-Gin: ligaduras, cúpula vaginal, útero, bexiga, parede vaginal.
Ortopedia: membrana sinovial e rótula.
Urologia: bexiga, ureter e uretra.
Inabsorvíveis:
Conceito: são os que ficam permanentemente no organismo, mesmo sofrendo
ação de elementos de defesa orgânica não se desfazem,são envolvidos por
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algum tempo por tecidos fibrosos. Podem ser de origem animal, vegetal,
mineral, sintéticos e mistos.
Mononylon
Tipo de material Sintético
composiçao Fibras de linho
Força tensil Perda de 20% ao ano
Esterilização Oxido de etileno
Apresentação 11-0 a 0
Usos freqüentes :
Fechamento Geral: aponeurose.
Microcirurgia: anastomoses.
Plástica: pele.
Oftalmologia: extração de cataratas, queroplastia penetrante,
descolamento de retina, córnea, esclera.
Linho
Tipo de material Natural
composiçao Fibras de linho
Força tensil Indeterminado (perde a maior parte da força tênsil em
menos de um ano)
Esterilização Cobalto 60
Apresentação 3-0 a 1
Usos freqüentes :
Geral: ligaduras
Gastrointestinal: mucosa, submucosa.
Seda
Tipo de material Natural
composiçao Casúlo do bicho-da-seda (70% Proteínas + 30% Goma)
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– Fibroína (Proteina orgânica)
Força tensil 1 ano
Esterilização Cobalto 60
Apresentação 8-0 a 1
Usos freqüentes :
Fechamento Geral: ligaduras.
Gastrointestinal: mucosa, submucosa.
Neurologia: duramáter, fáscia aponeurótica, músculo.
Oftalmologia: extração de catarátas, queroplastia permanente,
estrabismo(esclera), descolamento de retina.
Plástica: pele.
Prolene
Tipo de material Sintético
composiçao polipropileno
Força tensil permanente
Esterilização Oxido de etileno
Apresentação 10-0 a 2
Usos freqüentes :
Fechamento Geral: aponeurose.
Gastrointestinal: anastomoses
Plástica: pele.
Cardiovascular: enxerto de derivação da artéria coronária, anastomoses
proximal e distal, aortomia, aneurisma aorto-abdominal (AAA).
Oftalmologia: fixação escleral.
Ethibond
Tipo de material Sintético
composiçao Poliéster (16 carreiras).
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Força tensil permanente
Esterilização Oxido de etileno
Apresentação 5-0 a 5
Usos freqüentes :
Gastrointestinal: laparoscopia.
Ortopedia: membranas sinoviais.
Cardiovascular: canulação, fechamento do esterno, fixação de próteses, troca
de válvulas.
Aciflex
Tipo de material Sintético
composiçao Aço Inox 316L (baixo teor de carbono)
Força tensil permanente
Esterilização Oxido de etileno
Apresentação 2-0 a 6
Usos freqüentes :
Cardiovascular: Fechamento de esterno.
Buco-maxilo: Fixação de mandíbula.
Ortopedia: fixação óssea.
Tempo para retirada dos fios:
Catgut: Utilizado para suturar estruturas internas; são absorvíveis de 2 a 3
semanas( simples) e até 6 meses ( cromado)
Não absorvíveis: devem ser retirados entre o 7º e 10º dia pós cirúrgico;
Grampos de pele
Método freqüentemente usado para fechamento da pele. Quando usados
corretamente, oferecem excelentes resultados estéticos. Além de diminuir o
tempo de cirurgia, eles permitem a distorção decorrente do estresse exercido
individualmente pelas pontas de sutura.
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Fitas adesivas de pele
As feridas sujeitas à tensão estática e dinâmica mínimas podem ser
aproximadas por uma fita adesiva de pele. A escolha da fita para fechamento
da pele se baseia na capacidade adesiva e força tensiva para manterem as
bordas da ferida intimamente aderidas e especialmente a sua porosidade para
facilitar a transmissão de umidade, evitando assim o acúmulo de fluídos
debaixo da ferida.
Instrumenal básico em cirurgia
Instrumentos para diérese ou abertura
Bisturi e tesouras curvas( pinças de mayo)
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Instrumental para hemostasia
Pinça kelly mixter
Instrumental para síntese ou sutura
Outros instrumentos:
Apreensão
Afastadores
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Mesa cirúrgica
Regras para a distribuição dos instrumentais cirúrgicos:
Material de diérese permanece no canto inferior esquerdo;
Material de síntese no canto superior esquerdo
Material de hemostasia e preensão no meio da mesa, inferiormente, sendo
os afastadores no canto superior, conforme figura acima.
ATUAÇÃO DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO:
Realizar a contagem diária dos medicamentos e equipamentos do centro
cirúrgico;
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Enviar materiais contaminados à CME;
Repor os materiais após cada cirurgia;
Auxiliar o instrumentador cirúrgico na contagem das pinças e gaze utilizadas;
Fazer a previsão e a provisão dos materiais de consumo;
Participar das capacitações permanentes;
Auxiliar a equipe anestésica e cirúrgica;
Fazer registros cirúrgicos (evolução e relatório de materiais);
Receber o paciente no centro cirúrgico e fazer punção venosa;
Realizar atividades educativas junto ao paciente (esclarecimentos,
orientações);
Oferecer uma assistência humanizada;
CUIDADOS BÁSICOS PARA MANUTENÇÃO DA ASSEPSIA CIRÚRGICA:
Geral:
As superfícies ou artigos estéreis podem tocar outros artigos estéreis e
permanecerem estéreis; o contato com objetos não estéril torna o material
contaminado;
Se existir duvida sobre a esterilidade do material ele é considerado não
estéril;
Os produtos estéreis devem ser utilizados para um paciente apenas e após
uso devem ser descartados ou reesterilizados;
Equipe:
A equipe que fez degermação e paramentação só será considerada estéril
enquanto estiver dentro do ambiente cirúrgico;
A parte do corpo da pessoa considerada estéril e apenas da cintura até a
área dos ombros.- mãos enluvadas devem ser mantidas a frente na linha da
cintura e dos ombros;
As pessoas que não realizaram a degermação devem permanecer distantes
dos campos estéreis;
Campos cirúrgicos: apenas a parte superior dos campos cirúrgicos é
considerada estéril
As dobras dos campos que caem na lateral da mesa são não contaminadas
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Os campos estéreis são mantidos no local com uso de pinças e não devem
ser removidos durante o procedimento cirúrgico;
Campos que apresentarem rasgos ou perfuração devem ser descartados e
substituídos;
Entrega de suprimentos estéreis:
Os pacotes devem ser selados de forma a facilitar a abertura sem
contaminar os objetos;
Os suprimentos devem ser segurados de tal forma que seja mantida a
esterilidade dos objetos;
As bordas dos campos ou partes externas dos frascos que contem solução
estéril são consideradas contaminadas;
O braço não estéril não deve ser estendido sobre a região estéril;
Quando uma superfície estéril se torna úmida ela é considerada
contaminada.
Paramentação Cirúrgica
Historicamente, o objetivo primário das barreiras de proteção em sala
operatória sempre se dirigiu para a proteção dos pacientes à exposição de
microrganismos presentes e liberados pelos trabalhadores. É o vestuário
especifico de acordo com os procedimentos realizado no Centro Cirúrgico.
Tradicionalmente, inclui o uniforme privativo (calça e blusa), propé ou sapato
privativo, gorro, máscara, avental cirúrgico e luva cirúrgica. Ressalta que a
utilização do uniforme privativo deve ser restrita ao ambiente do Centro
Cirúrgico, com o objetivo de proteção dos profissionais envolvidos no cuidado
ao paciente em tal unidade critica. As roupas da rua nunca devem ser usadas
em áreas semi-restritas ou restritas do centro cirúrgico. Deve haver um ponto
de demarcação entre as áreas de circulação sem restrição e semi-restritas que
ninguém pode ir, a menos que esteja adequadamente paramentado, sendo que
este deve incluir gorro ou capuz, propés e máscara facial.
Técnica para paramentação:
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Fonte PROFAE
Fluxo do paciente no centro cirúrgico:
Admissão:
Verificar a identificação do paciente verbalmente com o mesmo (se
possível), pela pulseira no braço e pela revisão do prontuário
Checar se o prontuário do paciente esta completo: formulário de
consentimento da cirurgia, registro da historia e exame físicos feitos pelo
medico e enfermeira, resultados de exames;
Notificar qualquer alergia, reações anteriores desfavoráveis à anestesia ou
transfusões sanguíneas;
Examinar o paciente quanto aos objetos pessoais, incluindo roupas,
dinheiro, jóias, peruca, símbolos religiosos, próteses, lentes, óculos. Sendo
responsabilidade do enfermeiro seu manuseio com segurança e disposição
própria
O paciente não deverá ser deixado sozinho ate o transporte para a Sala de
Recuperação Pós Anestésica;
Transferência do paciente para a mesa de operação:
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Após a apresentação do paciente à equipe da sala de operação, ele deve ser
passado para a mesa cirúrgica, mantendo sua privacidade, segurança física e
emocional e seu conforto. Alguns cuidados devem ser tomados para a
transferência do paciente, como:
Nivelamento da altura da mesa cirúrgica com a maca.
Posicionamento da maca contra as laterais da mesa cirúrgica, evitando
assim sua movimentação que pode ocasionar a queda do paciente.
Solicitar ao paciente para que passe para a mesa cirúrgica, se fisicamente
capaz.
Posicionar confortavelmente o paciente na mesa cirúrgica
POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA:
A posição ideal do paciente numa mesa cirúrgica depende do procedimento
cirúrgico a ser realizado e da condição física do paciente;
Em geral a posição deve facilitar o procedimento cirúrgico, mantendo o
conforto e proteção do paciente.
Deve ser evitado hiperextensão das articulações, compressão dos nervos,
proeminências ósseas e vasos sanguíneos;
Fatores a considerar para posicionamento do paciente:
O paciente deve ficar na posição mais confortável possível estando ele
acordado ou sedado;
A área operatória deve estar adequadamente exposta;
o suprimento vascular não deve ser obstruído pela posição ou pressão sobre
a parte indevida;
Não deve haver interferências sobre a respiração do paciente;
Os nervos devem estar protegidos contra pressão indevida;
As precauções de segurança do paciente devem ser observadas nos
pacientes idosos, magros ou obesos;
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Recursos de proteção:
colchonetes;
braçadeiras ;
travesseiros ;
perneiras ;
fixadores de braços e pernas ;
colchão piramidal (caixa de ovo);
protetores de calcâneo ;
protetores crânio - faciais
A posição usual é o decúbito dorsal, um dos braço sobre a lateral da mesa e
o outro apoiado sobre a tala de braço, para infusão endovenosa- essa posição
é denominada posição recumbente, utilizada para maioria das cirurgias
abdominais, exceto de pelve e vesícula;
Trendelenburg- cirurgia de abdome inferior e pelve. A cabeça e o corpo
ficam abaixo e os joelhos são flexionados;
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Litotomia ou ginecológica: é utilizada para quase todas as cirurgias
perineais, retais e vaginais. O paciente permanece em decúbito dorsal com as
pernas e as coxas fletidas em ângulo reto;
Sims: é utilizada para cirurgia renal.o paciente é colocado sobre o lado não
operatório com apoio de um travesseiro na região lombar.
Posições para cirurgias
Decúbito dorsal ou supina
Posição ou decúbito lateral
Posição prona ou decúbito ventral: Indicada para cirurgias da região dorsal,
lombar, sacrococcígea e occipital.Obs.: necessidade de expansão pulmonar –
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liberação das mamas no sexo feminino – uso de coxins e travesseiros cabeça
lateralizada e braços no suporte.
Posição de trendelenburg reversa ou Proclive: Usada freqüentemente para
oferecer acesso a cabeça e pescoço para facilitar que a força de gravidade
desloque a víscera para adiante do diafragma e na direção dos pés. Indicada
para manter as alças intestinais na parte inferior do abdome e reduzir a
pressão sanguínea. Nessa posição o paciente estará em decúbito dorsal com
elevação da cabeça e tórax e abaixamento do MMII. Quando a modificação
desta posição é usada para cirurgia da tireóide, o pescoço pode ser
hiperestendido pela elevação dos ombros do paciente.
Posição de fowler modificada: Indicada: neurocirurgias, mamoplastias e
abdominoplastias. Essa é a posição sentada propriamente dita, isto é, em
ângulo de 90º. Flexiona-se a parte dos MMII para prevenção de quedas.
Ocorre o aumento do peso da paciente no dorso do corpo. O repouso do dorso
é elevado, os joelhos são flexionados, e o suporte de pé é mantido no lugar.
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Posição de canivete (Kraske): É a posição derivada da ventral, na qual os
MMII, tórax e MMSS são abaixados de forma que o corpo fique fletido sobre a
mesa, mantendo-se a região a ser operada em plano mais elevado. Utilizada
para cirurgias da região proctológicas e coluna lombar.
Posição na mesa de ortopedia
TEMPOS CIRÚRGICOS:
Diérese ou abertura: Entende-se como sendo a separação de tecidos. Pode
ser realizada por vários métodos: mecânico, térmico, crioterapia e raio laser,
sendo que o mais empregado é o mecânico, utilizando materiais cortantes,
como o bisturi elétrico, tesoura, faca, serra trepano, agulhas e outros.
Hemostasia: ação ou efeito de estancar um sangramento. hemostasia tem
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como objetivo impedir ou coibir a hemorragia. Pode ser feito por meio de
pinçamento e ligadura de vasos, eletrocoagulação e compressão. Estes
métodos podem ser usados simultaneamente ou individualmente. No ato
cirúrgico, evita-se a perda excessiva de sangue, propiciando melhores
condições técnicas e aumentando, assim, o rendimento do trabalho. Após a
operação, favorece a evolução normal da ferida operatória, evita a infecção e
afasta a necessidade de recuperação para a drenagem de hematomas e
abscessos.
Hemostasia temporária: executada no campo operatório ou à distância do
mesmo. Pode ser por pinçamento, garroteamento, ação farmacológica, parada
circulatória com hipotermia ou oclusão endovascular;
Hemostasia definitiva: interrompe para sempre a circulação do vaso sobre o
qual é aplicada. Tipos: ligadura, cauterização, sutura, obturação e
tamponamento.
Exérese ou Cirurgia propriamente dita: é o momento que a cirurgia atinge o
ponto desejado e realiza-se a intervenção. Consiste numa manobra cirúrgica
utilizada para retirar uma parte ou a totalidade de um órgão ou tecido visando à
finalidade terapêutica.
Síntese ou sutura: Entende-se por síntese o conjunto de manobras manuais e
instrumentais, destinadas a unir os tecidos separados, restituindo sua
continuidade anatômica e funcional. A síntese pode ser classificada em:
Cruenta: sutura é permanente ou removível
Incruenta: sutura por meio de gesso, adesivo ou atadura
Imediata: após a incisão
Mediata: apos algum tempo da incisão
Completa: em toda a extensão da incisão
Incompleta: é mantida uma pequena abertura para a colocação de drenos.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE SOB EFEITO
ANESTÉSICO
ANESTESIA
Conceito: A anestesia é caracterizada pela perda da sensibilidade dolorosa,
com perda de consciência e certo grau de amnésia, ao passo que a analgesia
é a perda da sensibilidade dolorosa com preservação do estado de
consciência. Pode ser causada por: estados patológicos diversos ou provocada
artificialmente, por agentes anestésicos.
Analgesia: Também tem origem na palavra grega an = privação + algesía =
sensação à dor + ia, que significa perda da sensibilidade à dor com
conservação das demais sensações. Supressão temporária da dor sem perda
da consciência.
Os objetivos do ato anestésico são:
- Suprir a sensibilidade dolorosa durante a cirurgia com manutenção ou não da
consciência;
- Relaxamento muscular;
- Proporcionar condições ideais para a ação da equipe cirúrgica.
Para escolha do tipo de anestesia levam-se em consideração alguns
fatores como:
- Condições fisiológicas do pacientes;
- Presença de severidade de doenças coexistentes;
- Recuperação pós-operatória de vários tipos de anestesia;
- Opções de manuseio da dor no pós-operatório;
- Tipo e duração do procedimento cirúrgico;
- Posição do paciente durante a cirurgia;
- Exigências particulares do cirurgião.
Durante a anestesia devem ser continuamente avaliadas as condições de
oxigenação, ventilação, circulação e temperatura do paciente. Esta
monitorização depende das condições fisiológicas e estabilidade do paciente;
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do procedimento cirúrgico; da extensão de perda sangüínea e das
necessidades de monitoração prevista diante do uso de anestesia geral ou
local.
Fatores físicos e fisiológicos dos anestésicos
Os anestésicos gerais produzem anestesia porque eles passam para o
cérebro por uma alta pressão parcial. Quantidades relativamente grandes de
anestésico devem ser administradas durante a indução e nas fases iniciais de
manutenção, pois o anestésico recircula e é depositado nos tecidos corporais.
À medida que estes tecidos se tornam saturados, pequenas quantidades de
anestésico são necessárias para manter a anestesia devido ao equilíbrio, ou
quase equilíbrio, que foi alcançado entre o cérebro, o sangue e os demais
tecidos.
Qualquer fator que diminua o fluxo sanguíneo periférico, tal como a
vasoconstrição ou o choque, pode fazer requerer apenas pequenas
quantidades de anestésico.
Inversamente, quando o fluxo sanguíneo periférico está extraordinariamente
alto, como em um paciente com os músculos ativos ou em paciente
apreensivo, a indução é lenta e grandes quantidades de anestésico são
exigidas uma vez que o cérebro recebe uma menor quantidade de anestésico.
Medicação pré-anestésica
Consiste na administração de uma ou mais diferentes drogas antes do ato
anestésico com o objetivo de produzir amnésia e sedação, diminuir a dor,
potencializar os agentes anestésicos, diminuir secreções de vias aéreas e o
metabolismo, reduzir volume do conteúdo gástrico e aumentar o seu pH,
reduzindo as necessidades de anestésicos.
Reduz a ansiedade, pois o estresse pré-operatório pode provocar inquietação,
insônia, arritmias, hipertensão arterial e crise de angina. Portanto, a medicação
pré-anestésica deve proporcionar a redução da ansiedade, de modo que a
indução e manutenção da anestesia sejam mais fáceis, pois o estresse pré-
operatório pode provocar inquietação, insônia, arritmias, hipertensão arterial e
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crise de angina. A medicação deve ser prescrita de acordo com as
necessidades individuais do paciente, as quais podem ser distribuídas em três
grupos:
Anticolinérgicos: diminuem a secreção salivar e os reflexos vagais sobre o
coração. A atropina exerce sua ação por antagonismo competitivo com a
acetilcolina. Ela tem como efeito colateral taquicardia devido ao bloqueio
vagal, agitação psicomotora, hipertermia, sialosquiese, aumento da pressão
intra-ocular em doentes glaucomatosos, midríase, no aparelho renal relaxa a
bexiga e contrai os esfíncteres. A escopolamina provoca agitação e delírio por
atravessar a barreira hematoencefálica. O glicopirrolato é mais potente que a
atropina é mais potente que a atropina. Aumenta a freqüência cardíaca,
atravessa a barreira hematoencefálica, Pode elevar o pH gástrico mais que a
atropina.
Tranqüilizantes: possuem efeitos ansiolíticos, amnéstico, sedativo,
anticonvulsivante e relaxante muscular. Podem ser administrados por via
intramuscular ou oral, com melhor absorção pela mucosa gástrica. O
diazepan, lorazepan, flunitrazepan, midazolan são as drogas mais utilizadas,
cujo efeito colateral mais significativo está relacionado com a depressão
respiratória discreta, sendo mais perigosa em idosos; a sonolência pode se
prolongar no período pós-anestésico, prejudicando a alta da sala de
recuperação e a alta do doente de ambulatório. A principal alteração
cardiovascular decorre da discreta redução da pressão sanguínea arterial
média por diminuição da resistência vascular sistêmica.
O midazolan tem a vantagem de provocar amnésia anterógrada, potencializa o
efeito dos anestésicos gerais e pode provocar depressão respiratória.
Hipnoanalgésicos: diminuem a ansiedade dolorosa com sedação. As
drogas morfina, meperidina, dolantina, fentanil, alfentanil produzem analgesia
em pacientes com dores pré-operatórias. Entretanto, em doses analgésicas
podem deprimir a respiração e aumentar o risco de acidose respiratória e
pneumonite aspirativa. Grandes doses podem causar hipotensão, náuseas,
vômito, constipação e distensão abdominal. A ocorrência de urticária e
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broncoespasmo indica hipersensibilidade. A morfina produz hipnose e
analgesia. As principais complicações são: euforia, confusão mental, náuseas e
vômitos, bradicardia, hipotensão arterial, hipoventilação pulmonar, espirro, em
doses altas pode provocar rigidez e convulsões; miose, hiperglicemia, efeito
constipante, aumento da pressão liquórica e das vias biliares, prurido, retenção
urinária. A meperidina produz analgesia que se inicia dez minutos após
administração intramuscular.
Como complicações mais comuns provoca náuseas e vômitos, depressão
respiratória, hipotensão postural, aumento da pressão intracraniana e disforia.
O fentanil é um analgésico narcótico. Possui ação rápida, curta duração e
elevada potência (100 vezes maior do que a da morfina). Pode causar:
depressão respiratória, espasmo da musculatura bronquiolar, aumento do
tônus da musculatura esquelética, bradicardia, hipotensão arterial, náuseas e
vômitos, sudorese, toxicomania. O início da ação do alfentanil é rápido. Pode
causar depressão respiratória, embora de curta duração, raramente sendo
necessário o emprego dos antagonistas dos hipnoanalgésicos ao término da
cirurgia.
TIPOS DE ANESTESIAS
Anestesia Geral
Consiste em um estado reversível de ausência de percepção dolorosa,
relaxamento muscular, depressão neurovegetativa e inconsciência, resultante
da ação de uma ou mais drogas no sistema nervoso
Via de administração endovenosa, inalatória ou combinada
Efeito: ausência de sensibilidade, relaxamento muscular, perda de reflexos e
inconsciência;
Anestesia geral por inalação
Os anestésicos líquidos podem ser administrados pela mistura de vapores com
oxigênio ou óxido nitroso-oxigênio e, então, fazer o paciente inalar a mistura. O
vapor é administrado ao paciente por meio de um tubo ou máscara.
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A técnica endotraqueal para administração de anestésico consiste na
introdução de um tubo endotraqueal ou da máscara laríngea de borracha macia
ou plástico, dentro da traquéia (tubo) ou laringe (máscara laríngea), com a
ajuda de um endoscópio óptico de fibra flexível, ou também pela exposição da
laringe com um laringoscópio ou pela introdução do tubo cegamente. O tubo
pode ser inserido tanto pelo nariz quanto pela boca (a ML somente pela boca).
Quanto o tubo encontra-se no local, o mesmo isola os pulmões do esôfago de
forma que, se o paciente vomita, nenhum conteúdo do estômago entra nos
pulmões.
São exemplos de anestésicos líquidos voláteis o alotano, tricloetileno,
metoxiflurano, enflurano e cevoflurano) e gases (óxido nitroso e ciclopropano –
combinado com oxigênio). O que determina a profundidade da anestesia é a
concentração do anestésico no cérebro.
Anestesia geral endovenosa
Pode ser produzida pela injeção intravenosa de várias drogas. Tem a
vantagem de não ser explosiva, agradável para o paciente, ação rápida, fácil
de dosar, não requer aparelhagem e é muito fácil de administrar, porém, não
há meio de removê-la organismo (tiopental sódico, etomidato, acetamina,
diazepínicos, propofol e methoexital sódico).
Anestesia regional
Indicação: cirurgias na região abdominal e de membros inferiores
Raquianestesia: o anestésico é depositado no espaço subaracnóideo da
região lombar, entre a 3ª e 4ª vértebras lombares. É obtida pela punção lombar
e, no mesmo ato, injeta-se a solução de anestésico no líquido
cefalorraquidiano, no espaço subaracnóideo
Complicações: náuseas, vômitos, cefaléia, hipotensão e paraplegia;
Indicações: cirurgias baixas, insuficiência respiratória, em emergência;
cesariana;
Anesteiscos Utilizado- lidocaína e prilocaina
Contra-indicação: septicemia; hipotensão; transtornos cardíacos, doenças
neurológicas;
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Posição: sentado ou DL com flexão dos MMII e a cabeça.
Peridural ou epidural: o anestésico é depositado no espaço peridural, ou
seja, no canal medular no espaço ao redor da dura-máter.
Anestesia Local:
Infiltra-se o anestésico nos tecidos próximos ao local da incisão cirúrgica.
Anestesia local pode ser tópica (mucosa do nariz, boca, árvore
traqueobrônquica, esôfago e trato geniturinário) ou por infiltração (injeção de
anestésico nos tecidos nos quais deve passar a incisão).
Indicação: alivio da dor na área lesionada, em ulceras e traumatismos, ou de
mucosas das vias áreas e sistema geniturinário.
REGRESSÃO DO EFEITO ANESTESICO
A regressão do ato anestésico se inicia na sala de operação paralela à
eliminação ou biotransformação dos agentes anestésicos tratando-se assim do
processo de recuperação a consciência. Esta se processa em três fases e
quatro estágios clínicos.
Fases:
- Imediata (minutos): o paciente apresenta volta à consciência, existe presença
de reflexo das vias aéreas superiores e movimentação;
- Intermediárias (minutos/horas);
- Tardia (normalidade motora e sensorial): deve-se julgar o desempenho do
paciente entre 24 e 48 horas após a anestesia porque alguns efeitos
indesejáveis podem persistir por este período.
Estágios clínicos:
1º estágio: o paciente responde a estímulo doloroso;
2º estágio: ocorre abertura dos olhos ao comando verbal;
3º estágio: o paciente responde a pergunta simples;
4º estágio: apresenta boa orientação no tempo e no espaço
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SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTESICA-SRPA
Definição: é uma área destinada à permanência preferencial do cliente
imediatamente após o término do ato cirúrgico e anestésico, onde ficará por um
período de uma a seis horas para prevenção ou tratamento de possíveis
complicações.
Objetivo: Neste local busca-se aliviará a dor pós-operatória e assistir o
paciente até a volta dos seus reflexos, normalização dos sinais vitais e
recuperação da consciência.
Deve possuir equipamentos, medicamentos e materiais que atendam a
qualquer situação de emergência, tais como:
Equipamentos básicos: cama/maca com grades laterais de segurança e
encaixes para suporte de solução, suporte de solução fixo ou móvel, duas
saídas de oxigênio, uma de ar comprimido, aspirador a vácuo, foco de luz,
tomadas elétricas, monitor cardíaco, oxímetro de pulso, esfigmomanômetro,
ventiladores mecânicos, carrinho com material e medicamentos de emergência;
Materiais diversos: máscaras e cateteres de oxigênio, sondas de aspiração,
luvas esterilizadas, luvas de procedimentos, medicamentos, frascos de
solução, equipos de solução e de transfusão sangüínea, equipos de PVC
(pressão venosa central), material para sondagem vesical, pacote de curativo,
bolsas coletoras, termômetro, material de coleta para exames e outros
porventura necessários.
ADMISSÃO DO PACIENTE NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-
ANESTÉSICA (SRPA)
A equipe de enfermagem deve esta atenta para certos cuidados com o
paciente, como:
Hora que se recebe o paciente na SRPA;
Nível de consciência;
Cor da pele, leito ungueal e lábios;
Presença ou ausência de pulso periférico;
SSVV e dados neurológicos;
Quantidade e tipo de drenagem dos coletores;
Quantidade e tipo de liquido intravenoso, tipo de cateter, localização e
condições de infusão;
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Forma de administração de O2 e fluxo em litros;
Presença de cânula, sonda endotraqueal ou traqueostomia;
Medicamentos administrados;
Quantidade de diurese excretada durante o procedimento cirúrgico até o
momento de observação na SRPA;
Variedade de líquidos administrados parentalmente durante a cirurgia;
Situações pouco comuns como no caso de: precauções contra
convulsões, alergia medicamentosa, enfermidade preexistente ou
qualquer fenômeno durante a cirurgia.
Aspectos fundamentais para o cuidado de enfermagem:
Registros dos SSVV;
Líquidos intravenosos a serem administrados;
Cuidados com sondas e drenos;
Situações potencialmente criticas: PAS < 90-100mmHg; P > 120 ou <60
bat/min; T> 38,5C;
Anúria, agitação ou intranqüilidade.
Cuidados de Enfermagem no Pós- Operatório Imediato (POI)
Para os pacientes submetidos à anestesia geral, recomenda-se o decúbito
dorsal horizontal sem travesseiro, com a cabeça lateralizada para evitar
aspiração de vômito (caso ocorra).
Para os clientes com sonda nasogástrica (SNG), indica-se a posição semi-
fowler, para prevenir a ocorrência de esofagite de refluxo.
Visando evitar a queda dos pacientes sonolentos, confusos e/ou agitados
devido à ação dos anestésicos, as grades da cama devem ser mantidas
elevadas.
Pacientes que se apresenta hipotérmico ao retornar da Sala Operatória, em
vista da ação depressora do sistema nervoso - provocada pelo anestésico.
A primeira conduta é aquecê-lo com cobertores, fechar as janelas, ligar o
aquecedor de ambiente e controlar sua temperatura com maior freqüência.
É absolutamente contra-indicada a aplicação de bolsa de água quente, pelo
risco de surgirem queimaduras causadas pela diminuição da sensibilidade
dolorosa.
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Na SRPA, na primeira hora o controle dos sinais vitais é realizado de 15 em
15 minutos; se estiver regular, de 30 em 30 minutos. Mantida a regularidade
do quadro, o tempo de verificação do controle deve ser espaçado para 1/1h,
2/2h, e assim por diante.
Nos cuidados com o curativo, observar se o mesmo está apertado demais
ou provocando edema no local; se está frouxo demais ou se desprendendo
da pele; ou se apresenta sujo de sangue, o que indica sangramento ou
hemorragia. Nestas situações, a equipe de enfermagem solicita avaliação
médica ou refaz o curativo, mantendo uma maior vigilância sobre o cliente
que apresenta sangramento.
No tocante à ansiedade e agitação apresentada por alguns pacientes, a
equipe de enfermagem pode diminuir seus receios dizendo-lhes onde se
encontram, perguntando-lhes o que os está incomodando ou tranqüilizando-
os mediante aplicação de analgésicos ou tranqüilizantes.
Atentar para sinais de choque:
Sinais clássicos: palidez, pele fria e úmida, taquipneia, cianose de lábios, pulso
filiforme e fraco com pressão decrescente, hipotensão e diurese (urina)
concentrada.
Atentar para sinais de hemorragias; paciente agitado, pele fria e úmida,
taquicardico.
Quando o cliente está com os reflexos presentes, sinais vitais
estabilizados, drenos e sondas funcionantes, recebe alta médica da
SRPA e é encaminhado para a unidade de internação.
Cuidados de Enfermagem no pos-operatorio mediato
OBSERVAR E REGISTRAR OS SINAIS VITAIS
Observar e controlar a ingestão e excreção de líquidos, o débito urinário e
descarga fecal;
Pesar e avaliar o estado de hidratação diariamente;
Observar o funcionamento de sondas, registrando as características das
secreções drenadas;
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Atentar para a ocorrência de náuseas distensão abdominal, indicativos de
obstrução;
Estimular e observar a deambulação no pós-operatório;
Limpar a pele ao redor de ostomias e feridas exudativas com água e
sabão neutro e secar completamente;
Trocar a bolsa após o banho e quando alcance 1/3 de sua capacidade;
Realizar irrigação da colostomia no mesmo horário diariamente;
Realizar curativo da ferida perianal atentando para a retirada do dreno
após o 7º DPO;
CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS ESPECIFÍCOS PARA:
CIRURGIA CARDIACA
Restringir fluxo
Manter fixa a equipe de enfermagem, restrita exclusivamente à enfermaria
da Cirurgia Cardíaca.
Não permitir aos pacientes da Cirurgia cardíaca a entrada em outras
enfermarias, bem como a movimentação livre pelos corredores.
Não permitir a entrada de pacientes de outras enfermarias na enfermaria da
Cirurgia Cardíaca.
Curativo pós-operatório – incisão – irrigação com SF 0,9% e ocluir com
micropore estéril.
Trocar o curativo todas as vezes que estiver úmido, comunicando com a
equipe cirúrgica a presença de secreções anormais.
Ao identificar a presença de febre em qualquer paciente pós-operatório fazer
a curva térmica – aferindo e anotando temperatura axilar de 4/4 horas,
Vigilância microbiológica contínua, com coleta de materiais para cultura
conforme padronização da CCIH.
Se houver secreção em ferida operatória – colher swab e enviar para cultura,
conforme padronização da CCIH.
No momento da alta hospitalar os paciente receberão uma folha com
orientações gerais, fisioterápicas e dietéticas.
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CIRURGIA ORTOPEDICA: Cuidados gerais:
Cuidados com o manuseio do paciente;
Atenção aos curativos, observar a presença de anormalidades
Auxilio na deambulação e realização das necessidades básicas dos
pacientes devido a restrição da capacidade em razão da cirurgia
CIRURGIA DERMATOLOGICA:Não fazer uso no pós-operatório de:
Analgésicos do grupo salicílico (AAS, aspirina);
Agentes quimioterápicos contra o câncer, pois as drogas antineoplásicas
determinam uma maior incidência de infecção devido a alterações na
imunidade.
Orientar para modificar suas atividades se a cirurgia assim exigir.
No primeiro dia, o curativo deverá ser compressivo para ajudar a hemostasia
e aliviar a dor. Nos dias subseqüentes um curativo mais simples deve ser feito.
No dia seguinte ao da cirurgia o paciente deverá ir ao consultório. O ideal é
sempre o médico examinar o paciente no primeiro dia pós-operatório . Porém
há os que raramente usam curativos e, se o fazem, minimizam o número de
vezes em que são trocados
Alguns autores preconizam o uso de filtro solar sistematicamente após e ato
cirúrgico, quando este for de áreas expostas à luz solar.
CIRURGIA OFTALMOLOGICA: A maioria dos procedimentos não requer
internação, após a cirurgia é feito um curativo que será removido no dia
seguinte da operação, dando início a uma fase de tratamento com colírios e
pomadas no olho operado. A recuperação é rápida e permite o retorno breve às
atividades normais.
Deve –se orientar a :
Não esfregar
Não coçar
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Não dormir sobre o olho operado
Não fazer esforço físico nos primeiros dias de cirurgia
CUIDADOS DE ENFERMAGEM À PESSOA EM PÓS-OPERATÓRIO
Observar:
- Nível de consciência (consciente/inconsciente);
- Mucosas (ocular e oral);
- Eliminações intestinais e urinárias (normal-800 a 1500 ml/dia);
- Penso cirúrgico (local, limpo, sujo);
- Em uso de: SNG, SNE, cateter de O2, traqueostomia, entubação, sonda
vesical,drenos, venóclise (local, solução, gotejamento);
- Edema (sim, não, local);
- Extremidades (perfusas/ não perfusas).
Estimular exercícios respiratórios;
Manter vias áreas permeáveis;
Aferir e registrar SSVV;
Manter o paciente aquecido e confortável;
Estimular a deambulação sempre que possível e a depender do tipo de
anestesia o qual o paciente foi submetido;
Manter infusão adequada de liquidos IV, bem como funcionamento de
sondas, catéteres e drenos;
Fazer higiene oral a cada duas horas, principalmente quando em jejum;
Proporcionar privacidade;
Manter a cabeça sempre lateralizada (ou decúbito lateral);
Conservar alinhamento corporal;
Encaminhamentos: Sala de cirurgia; UTI; Enfermaria; Alta hospitalar.
COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS PODEM SER:
I)locais - na ferida cirúrgica ou na cavidade cirúrgica (na parede, hematomas,
supurações e deiscência).
II) sistêmicas ou em aparelhos - ap. respiratório, ap. circulatório, ap. urinário,
etc.
Complicações mais comuns incluem:
Infecção - drenagem de material purulento ou inflamação das bordas da ferida,
quando não controlada pode gerar osteomielite, bacteremia e sepse;
Sinais de infecção local: dor, calor, edema, eritema, aumento do exsudato;
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Sinais de infecção sistêmica: temperatura elevada, aumento dos números de
leucócitos.
Conduta:
Infecção que se estende além das bordas da ferida, recomenda-se a
utilização de antibióticos por via sistêmico.
Em úlceras com menos de um mês de duração e infecção leve, requer
cobertura contra bactérias Gram positivas pelo menos por 2 semanas.Em
paciente imunodeprimido, devem ser usados antibióticos de amplo espectro.
Em presença de osteomielite a antibioticoterapia é necessária por 4 a 6
semanas.
Hemorragia - interna (hematoma) ou externa:
Conduta
Hemorragias Internas - atentar para sinais e sintomas de choque
hipovolêmico: Pressão arterial decrescente; freqüência de pulso crescente,
pele fria e úmida (decorrente da má perfusão periférica), enchimento capilar
retardado, palidez, sede, sudorese, sensório retardado, oligúria, acidose
metabólica e hiperpnéia.
Hemorragia externa - se possível: realizar pressão firme e direta sobre a área
hemorrágica, elevar a área lesionada para cessar o sangramento venoso e
capilar.
Deiscência - separação das camadas de pele e tecido ocorre comumente a
partir do 3º a 11º dia após a lesão. Ocorre mais frequentemente em feridas
cirúrgicas abdominais após uma tensão súbita como: tosse, vômito ou
mudanças bruscas de decúbitos.
Evisceração - protusão dos órgãos viscerais através da abertura da ferida;
Conduta
Colocar o paciente em posição Fowler baixa;
Manter o paciente calmo e em decúbito dorsal;
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Cobrir as áreas protusas com curativo estéril embebido com soro fisiológico
esterilizado, para reduzir as possibilidades de invasão bacteriana e
ressecamento antes que se execute a reparação;
Encaminhamento cirúrgico.
Fístula - comunicação anormal entre dois órgãos ou entre um órgão e a
superfície do corpo. A maioria das fistulas resulta de processos inadequados
de cicatrização ocasionados por trauma, infecções, exposição a radiação ou
doenças malignas.
Conduta:Encaminhamento cirúrgico.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM JUNTO AO PACIENTE EM USO DE
DRENOS:
Definição: objeto de forma variada, produzido em materiais diversos, cuja
finalidade é manter a saída de líquido de uma cavidade para o exterior.
Algumas cirurgias exigem a necessidade da colocação de drenos para facilitar
o esvaziamento do ar e líquidos (sangue, secreções) acumulados na cavidade.
Os drenos são definidos como um material colocado no interior de uma ferida
ou cavidade visando permitir a saída de ar ou fluidos que estão ou podem
estar ali presentes.
Objetivos do dreno
Permitir a saída de ar ou secreções ( sangue, soro, linfa, fluido intestinal);
Evitar infecções profundas nas incisões;
São introduzidos quando se existe ou se espera a coleção anormal de
secreção.
Efeitos causados pelo acumulo de líquidos ou secreções:
O liquido pode ser um meio de cultura, possibilitando a proliferação de
microorganismos;
Pode aumentar a pressão local interferindo no fluxo local;Comprimindo áreas
adjacentes;
Causa irritação e necrose tecidual ( bile, pus, suco pancreático e urina);
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Cuidados de enfermagem:
Manter a permeabilidade, visando garantir uma drenagem eficiente;
Realizar o adequado posicionamento do dreno, evitando que ocorra tração
e posterior deslocamento;
Realizar o curativo conforme a necessidade e com o material determinado
para a prevenção de infecções; controlar a drenagem, atentando para a
quantidade e aspecto da secreção drenada
Registrar corretamente todos estes dados.
Escolha do dreno
Sua escolha é realizada pelo médico que avalia:
O tipo de secreção a ser drenada;
Cavidade aonde será inserido o dreno;
O tempo de permanência do dreno
Localização do Dreno
Sua localização geralmente é:
Em locais que não toleram acumulo de líquidos e/ou secreções;
Regiões vascularizadas;
Feridas infectadas;
Regiões que sofreram grandes dissecção do tecido superficial;
Localização dos Drenos
Podem localizar-se:
Interior das feridas operatórias;
Interior das deiscências operatórias;
Interior de feridas infectadas;
Interior de abscessos;
Interior de órgãos ocos
Fixação dos drenos
Os drenos são fixados na pele através de :
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Linhas de suturas;
Grampos de fixação
Alfinete de fixação
Atenção
Os drenos atuam como corpos estranhos: formam tecidos de granulação á sua
volta;
A granulação auxilia na diminuição do risco de saída do dreno, que deve
permanecer de 7 a 10 dias;
Saída precoce de dreno pode causar extravasamento de secreção caustica no
tecido interno e externo
Drenagem
O debito de drenagem pode:
Depender do local de inserção do dreno e ,
Ser de acordo ao procedimento realizado;
Atenção: Diminuição da drenagem por dias ou semanas , pode indicar a
retirada do dreno ou possível obstrução do sistema.
Processos de drenagens
Natural: realizado através do dreno e sua exteriorização com o meio
externo;
Gravitacional: realizado através de coletores com sistema fechado que
deve ser disponibilizados sempre em altura inferior ao local de inserção do
dreno;
Succional: realizado através de coletores com sistema fechado com
capacidade de sucção que deve permanecer na altura da lesão
TIPOS DE DRENOS
Sistema para drenagem fechada
sucçcão (vácuo)- Portovac: composto por uma extensão onde uma
extremidade fica instalada na cavidade e a outra em uma bolsa com o aspecto
de sanfona.
É utilizado principalmente para a drenagem de secreção sanguinolenta, sendo
amplamente utilizado nas cirurgias de osteosíntese e drenagem de hematoma
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craniano. Seu manejo consiste em manter essa sanfona com a pressão
necessária para que a drenagem ocorra com mais facilidade.
Drenos com reservatório de Jackson-Pratt (JP): funciona com pressão
negativa e diferencia-se do anterior por possuir a forma de pêra – sendo
comumente utilizado para cirurgias abdominais. Também é conhecido como
dreno de seringa de bulbo.
O principal cuidado com esse tipo de dreno é a correta manutenção do vácuo,
obtido com a compressão do reservatório. Caso contrário, a drenagem não
será eficaz, podendo ocorrer acúmulo de secreção - o que provocaria no cliente
dor, desconforto e alterações dos seus sinais vitais, entre outras
intercorrências.
Sistema de drenagem aberta
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Pen Rose: É o dreno mais utilizado é feito de borracha colocado durante o
ato cirúrgico ou incisão para drenagem de secreção purulenta, sanguinolenta
ou serosa, particularmente nas cirurgias abdominais – nas quais se posiciona
dentro da cavidade, sendo exteriorizado por um orifício próximo à incisão
cirúrgica.
Por se tratar de um sistema aberto - que deverá estar sempre protegido por um
reservatório (bolsa) - a manipulação deve ser feita de maneira asséptica, pois
existe a comunicação do meio ambiente com a cavidade, o que possibilita a
ocorrência de infecção – e o profissional deve estar atento para a possibilidade
de exteriorização, o que não é incomum.
Drenagem Torácica
Realizada tanto no momento da realização do ato cirúrgico como na
presença de algum colapso.
Sempre que o pulmão perde essa pressão negativa, seja por abertura do
tórax devido à cirurgia, trauma ou por presença de ar, pus, ou sangue no tórax
ocorrerá o colapso pulmonar
Para tal procedimento faz-se necessária a utilização de máscara, aventais e
luvas estéreis, solução para a assepsia do local de punção, sistema de
drenagem montado, anestésico local e material para curativo Durante o
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procedimento, a equipe de enfermagem deve auxiliar a circulação dos
materiais e promover conforto e segurança ao cliente.
Atuação do técnico de Enfermagem
Certificar-se de que as tampas e os intermediários do dreno estejam
corretamente ajustados e sem presença de escape de ar, o que prejudicaria a
drenagem; manter o frasco coletor sempre abaixo do nível do tórax do cliente
– o qual, durante a deambulação, poderá utilizar uma sacola como suporte
para o frasco coletor.
Orientar o paciente para que mantenha o frasco coletor sempre abaixo do
nível de seu tórax, e atentar para que não quebre - caso isto ocorra, deve
imediatamente pinçar com os dedos a extensão entre o dreno e o frasco, o
que evitará a penetração de ar na cavidade pleural.
Manter mergulhado em solução estéril contida no frasco coletor (selo de
água) – no qual deve ser colocada uma fita adesiva em seu exterior, para
marcar o volume de solução depositada, possibilitando, assim, o efetivo
controle da drenagem.
Checar o nível do líquido drenado, em intervalos regulares comunicando à
enfermeira e/ou médico as alterações (volume drenado, viscosidade e
coloração).
Observar a oscilação da coluna de líquido no interior do frasco coletor – que
deve estar de acordo com os movimentos respiratórios do cliente. Caso
haja a necessidade de seu transporte, o profissional deverá pinçar a
extensão apenas no momento da transferência da cama para a maca.
Nessa circunstância, o cliente deve ser orientado para não deitar ou sentar
sobre a extensão e a equipe deve observar se não existem dobras,
formação de alças e/ou obstrução da extensão, visando evitar o aumento da
pressão intrapleural, que pode provocar parada cardiorrespiratória.
Realizar a troca do frasco de drenagem, a cada 24 horas, de maneira
asséptica, cujo pinçamento de sua extensão deve durar apenas alguns
segundos (o momento da troca), observando-se e anotando-se, nesse
processo, a quantidade e aspecto da secreção desprezada.
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Preparo do frasco Coletor
Verificar a capacidade do frasco coletor escolhido e colocar solução fisiológica
ou água destilada estéril no frasco coletor, de modo a atingir a marca do nível
líquido mínimo obrigatório, conforme a capacidade do reservatório.
DRENO DE KERR
Introduzido na região das vias biliares extra-hepáticas, utilizados para
drenagem externa, descompressão, ou ainda, após anastomose biliar, como
prótese modeladora, devendo ser fixado através de pontos na parede duodenal
lateral ao dreno, tanto quanto na pele, impedindo sua saída
espontânea.
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Limpeza de área em uso de dreno
Materiais:
Bandeja contendo:
1 pacote de curativo estéril; Gazes estéreis, se necessário;SF a
0,9%;Esparadrapo/micropore; 1 par de luva; Coletor
Procedimentos:
1. Lavar as mãos
2. Reunir o material e levá-lo próximo ao leito paciente
3. Explicar ao paciente o que será feito
4. Colocar o paciente em posição adequada, expondo apenas a área a ser
tratada.
5. Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica
6. Colocar as pinças com os cabos voltados para a borda do campo
7. Calçar as luvas.
8. Umedecer o micropore com SF 0,9%, para facilitar a retirada. Calçar a luva.
9. Remover o curativo anterior com auxílio da pinça dente-de-rato, e desprezá-
la na borda do campo.
10. Montar a pinça KellyR com gaze, auxiliada pela pinça anatômica e
umedecê-la com SF a 0,9%.
11. Limpar o local da inserção do dreno, utilizando movimentos semicirculares,
e as duas faces da gaze.
12. Limpar a região ao redor do ponto de inserção, com SF 0,9%.
13. Secar a região do ponto de inserção, e a seguir ao redor do mesmo,
utilizando uma gaze para cada local.
14. Colocar o coletor adequado.
15. Fixar
16. Colocar o nome, data e horário sobre o curativo.
17. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.
18. Lavar as mãos
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19. Anotar no prontuário as características do local de inserção, do líquido
drenado e o débito.
Transporte do paciente: Não deixar formar curvas acentuadas, dobras ou acotovelamentos na
mangueira de drenagem.
Manter sempre o frasco coletor abaixo do nível da cintura, deste modo se
evita que o líquido seja aspirado para o interior do tórax do paciente.
Na presença de fístula aérea, o dreno não deve ser pinçado durante o
transporte em maca ou cadeira de rodas.
Não pinçar o dreno torácico ao fazer radiografias, transporte ao centro
cirúrgico ou nas ambulâncias.
Tipos de Drenagens
Serosa;
Sanguinolenta
Purulenta
Serosanguinolenta
Seropurulenta
Biliosa
Fecaloide
Anotações de Enfermagem
Devem constar: local do dreno; tipo de dreno; tipo de drenagem; volume e
aspecto do liquido drenado; permeabilidade do dreno; inserção do dreno(
aspecto característicos do local de inserção – presença ou ausência de sinais
flogisticos);tração do dreno conforme prescrição médica( se realizar
mobilização do dreno descrever qual e quanto)
Exemplo:
Paciente mantem dreno tubulor tipo Keer em QSD com debito bilioso em
coletor gravitacional sistema fechado , desprezado 150 ml realizado curativo
com SFà 0,9% , local de inserção do dreno com hiperemia e discreta algia.
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE PORTADOR DE OSTOMIA
Conceito: Uma comunicação entre um órgão interno e o exterior com a
finalidade de eliminar os dejetos do organismo por impossibilidade de fazê-lo
pelas vias normais.
Ostomia é uma abertura cirúrgica na pele para comunicar uma víscera com o
meio externo para saída de excretos/efluentes.
A palavra ostomia tem origem grega do étimo “stóma”, exprime a idéia de
“boca”.
Ostomia:
Deve-se observar:
• Coloração;
• Tamanho;
• Retração/protusão?;
• Sinais de infecção (calor, secreções, etc);
• Característica da drenagem;
• Relação da pessoa com seu estoma;
Periestoma
Deve-se atentar para:
• Adaptação do dispositivos utilizados;
• Sinais de dermatites;
• Processos alérgicos;
• Ulcerações;
• Qualquer desconforto;
TIPOS DE OSTOMIA
Estomas do aparelho digestivo
Estomas do aparelho respiratório
Estomas Urinários
Estomas do Aparelho Digestivo
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Esofagostomia
• Finalidade
– Possibilitar o trânsito alimentar
• Indicações
– Portadores de atresia do esôfago, nas quais não se conseguiu a
reconstrução primária do órgão
• Complicações
– Isquemia
– Necrose
– Retração do estoma
– Dermatite
Gastrotomia
• Indicação
– Alimentação
– Portadoras de doenças neurológicas, que não tem coordenação ou são
incapazes de deglutir, com grande risco de aspiração de alimentos para o trato
respiratório
– Atresia do esôfago
• Complicações
– Dermatite
– Perda precoce da sonda
– Alargamento do orifício
• Considerações
– Fechamento do orifício
Estomas do aparelho respiratório
Traqueostomia
• É um orifício artificial na traquéia, indicado em emergências e nas
intubações prolongadas.
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Vantagens: Maior conforto ao paciente, mais facilidade de remoção de
secreções e manutenção segura da via aérea;
Localização: Incisão no pescoço, corta-se dois anéis cartilaginosos e insere-se
uma cânula permitindo a comunicação entre a região da traquéia e o pescoço.
• Dentre os cuidados de enfermagem necessários pode-se citar:
– Realizar aspiração: via aérea pérvea;
– Observar aspecto da secreção aspirada e nos curativos sujos;
– Realizar limpeza do estoma e da cânula;
– Trocar as tiras da traqueostomia quando necessário;
– Realizar higiene oral;
– Oferecer apoio emocional;
– Registrar todas as ações executadas;
• Principais complicações:
– Hemorragia no local operatório: afogamento;
– Sangramento ou edema no tecido traqueal: obstrução da via respiratória;
– Aspiração de secreção;
– Pneumotórax: ar na cavidade pleural;
– Hipóxia ou acidose: parada cardíaca;
– Enfisema subcutâneo.
Ostomias Intestinais
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Classificação
– Quanto a Permanência
• Temporárias ou definitivas
– Quanto a Exteriorização
• Terminais ou em alça
Ileotosmia: é um tipo de ostomia intestinal que faz a combinação do íleo, a
parte final e mais larga do intestino delgado, com o exterior. As Ileostomias
localizam-se sempre no lado inferior direito do abdômen. Através do ostoma é
colocada a bolsa coletora para eliminar as fezes mais líquidas.
• Localização:
Quadrante inferior direito do abdome
• Incisão circular de aproximadamente 2cm
Protusão de 3 a 4 cm da pele.
Complicações
– Perda hidroeletrolítica desidratação
– Isquemia
– Retração
– Estenose
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– Prolapso
– Hérnia paraestomal
Colostomia: é um tipo de ostomia intestinal que faz a comunicação do cólon
com o exterior, também através do ostoma, no qual é acoplado a bolsa coletora
no abdômen para a coleta das fezes.
• Localização:
Variável
Incisão circular de aproximadamente 3cm
Protusão de 3 a 4 cm da pele.
Colostomia terminal
Vantagens
– Desvio completo do curso fecal
– Formato redondo do estoma
– Não necessita de haste de sustentação da alça intestinal:Cólon
descendente e sigmóide
Colostomia em Alça
• Vantagens
– Mais simples e de execução rápida
– Deve-se escolher o segmento mais distal:cólon transverso e sigmóide
Complicações da Colostomia
• Complicações
– Dermatite
– Estenose
– Abscesso paraestomal
– Hérnia paraestomal
– Retração
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– Necrose da alça
Curativos em Colostomia e Ileostomia:
Materais:
Bandeja contendo:
1 pacote de curativo estéril;Gazes estéreis - se necessário;SF a 0,9%;Luvas
de procedimento;Tesoura; Coletor; Substância protetora ou regeneradora, se
necessário.
Procedimento:
1. Lavar as mãos
2. Reunir o material e levá-lo próximo ao leito paciente
3. Explicar ao paciente o que será feito
4. Colocar o paciente em posição adequada, expondo apenas a área a ser
tratada.
5. Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica
6. Colocar as pinças com os cabos voltados para a borda do campo
7. Calçar as luvas.
8. Umedecer o micropore com SF 0,9%, para facilitar a retirada.
9. Remover o curativo anterior com auxílio da pinça dente-de-rato, e desprezá-
la na borda do campo.
10. Montar a pinça KellyR com gaze, auxiliada pela pinça anatômica e
umedecê-la com SF a 0,9%.
11. Limpar a região periestomia. Proteger o estoma com gaze, para impedir a
drenagem de secreções ou excreções, se necessário.
12. Secar a região com gaze.
13. Medir o estoma, demarcar e recortar a placa no tamanho necessário.
14. Aplicar substância protetora/regeneradora, quando houver lesões no
periestoma.
15. Acoplar a bolsa à placa e o clamp na parte inferior da bolsa. Retirar o
adesivo da bolsa coletora simples ou da placa e fixar ao redor do estoma
16. Retirar as luvas
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17. Colocar o nome, data e horário sobre o curativo.
18. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem.
19. Lavar as mãos
20. Anotar no prontuário as características do estoma.
Observações:
Utilizar placa protetora desde o primeiro curativo, a fim de prevenir lesões do
epitélio periestoma.
Esvaziar a bolsa sempre que necessário, de acordo com a drenagem.
Ao realizar a troca da bolsa, verificar sinais de necrose, dermatite, edema,
infecção, hemorragia, retração ou colapso do estoma.
Realizar troca das bolsas simples a cada 24 horas ou sempre que
necessário.
Realizar a troca da bolsa com a placa protetora apenas quando perder a
aderência ou houver extravasamento de secreções.
Recomendações dietéticas para ostomizado
1. A dieta restrita em resíduos deverá ser seguida quando apresentar diarréia.
Evitar:
• Leite e queijos gordurosos;
• Leguminosas;
• Vegetais folhosos crus;
• Cereais integrais;
• Doces muitos concentrados;
• Bebida alcoólica e refrigerante;
• Temperos, massa de tomate, maionese;
• Conservas em lata, frios e embutidos;
• Frituras em geral.
2. A dieta rica em fibras (solúveis e não solúveis em água) poderá ser seguida.
Quando houver obstipação principalmente;
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3. Cuidados observados para diminuir a os gases quando sua produção estiver
aumentando:
• Comer devagar;
• Mastigar bem os alimentos;
• Não falar muito durante as refeições;
• Não ficar em jejum por longos períodos (alimentar-se a cada 3 horas);
• Não fumar ou mascar chicletes;
• Evitar os alimentos já conhecidos que provocam gases;
4. Para diminuir o odor nas fezes evitar os seguintes alimentos:
• Peixes, ovos cozido, repolho, couve-flor, cebola e alho crus, carnes em
conserva muito temperadas (atentar para evitar esses alimentos apenas em
ocasiões sociais importantes para o cliente);
Alimentos que reduzem o odor desagradável:
• Maçã, pêssego, pêra, iogurte, chá (salsinha, hortelã, salsão);
6. Pode ser necessário ainda o uso de complemento alimentar,
suplementação de vitaminas e minerais em casos específicos, onde são
analisados fatores tais como, índice de massa corporal (IMC), perda de peso,
aceitação alimentar;
Estoma urinário
Urostomia (também denominada como “Desvio Urinário”): é a intervenção
cirúrgica que consiste em desviar o curso normal da urina. As semelhanças das
ostomias podem ser permanentes ou temporárias.
• O estoma urinário é a exteriorização de conduto urinário que se justifica em
alguns casos clínicos para a manutenção da filtração renal.
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• Principais complicações:
– Acúmulo de muco com obstrução do reservatório;
– Abscesso pélvico;
– Fístula entre o reservatório e o tecido cutâneo ou intestino adjacente;
– Obstrução do tecido delgado;
– pielonefrite;
– Incontinência;
– Formação de cálculos;
– Estenose da anastomose do ureter ou intestino;
– Acidose metabólica.
Informações • A urina alcalina causa lesões na pele porquê:
– Torna-se meio de cultura para bactéria e fungos (Candida albicans);
– Maior chance de fugas urinárias;
– Predispõe à formação de cálculos de fosfato de cálcio
– Causa lesões irritativas dérmicas, ulcerações e estenose das ostomias.
Cuidados Gerais de Enfermagem
Inspecionar o curativo da incisão no mínimo a cada 4 horas, e troca-lo assim
que estiver molhado, evitando a interrupção da drenagem;
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Verificar os sinais indicativos de infecção do trato urinário: calafrios, aumento
da temperatura, dor lombar e hematúria;
Atentar para os sinais de acidose metabólica e hipopotassemia: náuseas,
alterações do nível de consciência, alterações na freqüência cardíaca e
alteração do tônus muscular.
Estimular o aumento da ingesta hídrica controlada, e caso o paciente esteja
com hipopotassemia, o aumento de alimentos ricos em potássio;
Estimular a deambulação no 2° ou 3° dia de pós-operatório para prevenir a
estase urinária que pode levar a desequilíbrio hidreletrolítico e ácido-básico.
Realizar balanço hídrico;
Orientações • O portador de ostomia urinária deve beber de 1,5 a 2 litros/dia (água mineral,
chá e limonada);
• Se houver lesão da ostomia devido a alcalinidade da urina pode ser
necessário o uso de vit. C VO, acidificação da ostomia e da pele com ácido
acético ou vinagre diluído e sabões ácidos;
• Não há restrições alimentares (alimentação saudável variada, acompanhada
de boa ingestão de líquidos).
Acompanhamento
• O portador de ostomia urinária exige cuidados continuados;
• Consulta num estomaterapeuta onde o paciente é ensinado e acompanhado
na vigilância da ostomia;
• Os principais aspectos a serem observados na ostomia são a cor, o tamanho
e as condições da pele circundante;
• Orientar quanto a novos produtos e dispositivos coletores;
• Periodicamente deve ser realizada avaliação bioquímica da função
• Renal; análise da urina e avaliação imagiológica dos rins;
– Identifica precocemente fatores agravantes
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REFERÊNCIAS
MEEKER, MH; ROTHROCK, JC. Cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico. Rio de Janeiro-RJ. Ed. Guanabara Koogan S.A. 1997 SILVA, Maria D’ Aparecida et al. Enfermagem em centro cirúrgico. 2ª ed. São Paulo: EPU, 1997. SMELTZER, S. C.;BARE, B. G. Enfermagem médico-cirúrgica.10 ed. V.01 Trad.BRUNNER E SUDDARTH, Rio de Janeiro: Güanabara Koogan, 2005. i
i Material elaborado pela Enfa Djane Ferreira Lima