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otimo

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    Conversas de maturidade

    Querido irmo da maturidade,

    Comearemos mais um trimestre de estudos em nossas Escolas Bblicas Dominicais e estudaremos a doutrina do Esprito Santo. Para alguns, pode ser um tema espinhoso. Isso porque, provavelmente, diferentes concepes acerca da doutrina do Esp-rito Santo um dos principais motivos que j levou igrejas a carem divididas. Muitas congregaes tm lembrana de traumticas divises no passado por causa de diferentes opinies de seus membros acerca da ao da terceira pessoa da Trindade. No entanto, nenhum tema bblico deve ser tabu para ns. Se Deus o revelou em sua Palavra porque de-seja que o conheamos. Portanto, devemos estu-d-lo com anco. E, somente estudando o assunto com o corao e a mente abertos, possvel superar dvidas e divises. Assim, preparamos esta revista com muito carinho na expectativa que lhe propor-cione um substancial crescimento espiritual. Que voc seja edicado, aprenda e tire suas dvidas.

    Tambm caprichamos nas outras sees da nossa revista. Nesta edio, voc ler uma entrevista com o irmo Rbens da Silva, que lder do grupo da terceira idade na Igreja Batista Central em So Joo de Meriti, no Rio de Janeiro. Tambm ver o traba-lho dos irmos da terceira idade na Primeira Igreja Batista em Moa Bonita, tambm no Rio de Janei-ro. E, como sempre fazemos, trazemos um inspira-dor artigo do blog do pastor Irnio, para reexo. E, para relaxar, nosso passatempo, que divertido e edicante! E, como no ltimo trimestre teremos eleies, nossa revista tambm preparou um artigo para ajudar a prepar-lo para exercer sua cidadania. Ainda que o voto, em nosso pas, seja facultativo para os idosos acima de 70 anos, esperamos que to-dos os nossos leitores desejem exercer com exceln-cia o seu direito de cidado.

    Assim, lhe desejamos um trimestre singular de muito enriquecimento espiritual.

    Realizao

    Imagens utilizadas nesta edio: www.sxc.hu

    Realizao uma revista dirigida a adultos da terceira idade, contendo lies para a Escola

    Bblica Dominical e outras matrias TXHIDYRUHFHPDHGLFDomRGRDGXOWR

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    Proibida a reproduo deste texto total ou

    parcial por quaisquer meios (mecnicos,

    HOHWU{QLFRVIRWRJUiFRVJUDYDomRHVWRFDJHPem banco de dados etc.), a no ser em breves

    citaes, com explcita informao da fonte

    Publicao trimestral do

    Departamento de Educao Religiosa da

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    Endereos&DL[D3RVWDO

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    Direo Geral6yFUDWHV2OLYHLUDGH6RX]D

    Coordenao Editorial6RODQJH&DUGRVRGH$EUHXG$OPHLGD

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    Redao-RmR2OLYHLUD5DPRV1HWR

    Produo Editorialoliverartelucas

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    Distribuio(%'0DUNHWLQJH&RQVXOWRULD(GLWRULDO/WGD

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    LITERATURA BATISTAAno XVI N 63 Jul.Ago.Set 2014

    1RVVDPLVVmR9LDELOL]DUDFRRSHUDomRentre as igrejas batistas no cum pri men to de sua misso como comunidade local

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    Sumrio

    Estudos da EBD

    Sees

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    Neste trimestre, estudaremos preciosas lies sobre a terceira pessoa da Trindade: O Esprito Santo. As lies foram escritas pelo pastor Jlio de Oliveira Sanches. O pastor Jlio graduado em Teologia pelo Seminrio Teolgico Batista do Sul do Brasil, e graduado tambm em Filosoa e em Direito. Por 26 anos foi pastor titular da Igreja Batista Central em Sorocaba, SP, de onde tambm escreveu como colunista dO Jornal Batista na seo Bilhete de Sorocaba. Tambm au-tor do livro Ortodoxia batista. Ao nal de cada lio voc tambm ter o quadro re!exo para a maturidade, preparado com muito esmero pelo redator desta revista para aplicao das lies faixa etria que compe nosso pblico-alvo.

    interessante como o Esprito Santo, sobre quem iremos estudar, simbolizado de diversas formas ao longo da Bblia. Veja s:

    r gua signica a ao do Esprito Santo no batismo, como em1Corntios 12.13.r Uno simbolismo da bno com leo tambm se refere ao Esprito Santo, como em

    2Corntios 1.21.

    r Fogo simboliza a energia transformadora das aes do Esprito Santo, como no Pente-costes, em Atos 2.

    r Pomba quando Cristo saiu das guas doRio Jordono seu batismo, o Esprito Santo, na forma de uma pomba, pousou sobre ele e ali permaneceu, conforme Mateus 3.16.

    r Vento ou sopro o Esprito tambm j foi comparado ao vento que sopra onde quer ( Jo 3.8)e descrito como um rudo vindo do cu, como de um vento impetuoso (At 2.2).

    Isso tudo deve nos fazer re&etir sobre nosso relacionamen-to com ele. E, para tornar seu estudo ainda mais enriquecedor, indicamos que voc faa a leitura do livro de John Stott, Batis-mo e plenitude do Esprito Santo, publicado pela editora Vida Nova.

    Bom estudo e bom trimestre.

    Liderana

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    EBD 16 de julho

    Ao refletirmos sobre a natureza do Esp-rito Santo, as distores doutrinrias ocor-ridas ao longo da histria, a dificuldade em com preender e conceituar a pessoa do Es-prito Santo, nfases equivocadas sobre o agir do Esprito, somados finitude huma-na ao tratar com a infinitude divina, geram distores sobre quem o Esprito San to e como ele atua na execuo de seu ministrio. No entanto, do Gnesis ao Apocalipse, so atri budas ao Esprito Santo caractersticas de pessoa. Jesus deixa claro em Joo 14.26 a inteligncia do Esprito para ensinar e fa-zer lembrar verdades ensinadas pelo Mestre durante seu ministrio terreno ( Jo 14.26). Como pessoa, o Esprito Santo mo via sobre a face das guas na criao. Contendeu com os antidiluvianos, bus cando convenc-los da loucura em dei xar os caminhos divinos (Gn 6.3). Deu capacidade aos artesos que cons-truram cada pea do tabernculo no deser-to, sob a direo de Moiss (Ex 31.3). Inspi-rou os profetas a transmitir o recado de Deus a seu povo.

    O Esprito Santo, portanto, realiza atos prprios de personalidade. Ele sonda o co-rao do salvo (Sl 139.23,24). Fala, testifi-ca, ordena, revela, luta, cria, intercede pelos salvos com gemidos inexprimveis. Vivifica os mortos, garantindo a nossa ressurreio. Dirige o caminhar dos salvos. Promove a nossa santificao. Leva-nos a sentir triste-za quando pecamos. Confronta-nos com a santidade de Cristo. Concede-nos dons para o servio desinteressado, que tem como nico objetivo a glria de Cristo. Leva-nos a produzir o fruto do Esprito e reproduzir o carter de Cristo (Gn 1.2; 6.3; Lc 12.12; Jo 14.26; 16.18; At 8.29; 13.2; Rm 8.11; 1Co 2.10,11). Elimina da igreja do Senhor a mentira e o pecado que impedem o bom testemunho dos salvos (At 5).

    O Esprito Santo pessoa, como pessoas so o Pai e o Filho. Sua pessoalidade impe de-nos de orar para que venha passear no tem-plo durante a pregao. Ou venha visitar-nos durante o culto e depois deixar-nos merc de nossas desditas humanas. Assim como

    7H[WREtEOLFR-RmRD/XFDVTexto ureo -RmR

    DIA A DIA COM A BBLIA

    O Esprito Santo Natureza, misso e promessa

    Segunda Tera Quarta Quinta Sexta Sbado Domingo

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    Cristo habita o corao do salvo, tambm o Esprito em ns habita, quaisquer que se-jam as circunstncias ou lugares ( Jo 14.26). Como pessoa, jamais nos deixa. Tiago 4.5 pergunta: No sabeis que o Esprito que em ns habita tem cimes? Como pessoa, o Es-prito Santo cumpre a gloriosa promessa de Jesus aos seus: No vos deixarei rfos ( Jo 14.18). Te mos com quem compartilhar as nossas ca rncias dirias.

    Sua misso

    O telogo Wayne Gruden tenta resumir, numa frase, a obra ou misso do Esprito San-to: A obra do Esprito Santo consiste em ma-nifestar a presena ativa de Deus no mundo e em especial na igreja. Claro que a frase no diz tudo sobre a misso do Esprito Santo, mas ajuda-nos a compreender que o Esprito Santo o executor da deidade. Tudo quanto Deus faz, ele o faz por meio do Esprito San-to. Claro est que isso no elimina o minis-trio redentivo de Cristo Jesus, mas amplia a nossa compreenso sobre a ao do Esprito Santo no plano eterno do Pai. So algumas de suas obras:

    r O Esprito Santo mantm e renova a vida sobre a terra (Sl 104.29,30);

    r J declara: O Esprito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me d vida ( J 33.4). Verdade con!rmada pelo salmista no Salmo 139.1-18. Compare com Gnesis 2.7 e J 32.8;

    r No plano da salvao, o Esprito San-to a primeira pessoa da Trindade a entrar em contato com o pecador, no di fcil processo de convenc-lo de que Je sus Cristo o nico que pode salvar ( Jo 16.7-11);

    r Todo o ministrio de Jesus foi rea lizado na total dependncia do Esprito (Lc 4.17-19; At 10.38). Sua encarnao e seu nascimento de uma virgem (Lc 1.35). Sua vitria ao ser tentado pelo diabo (Mt 4.1). Os milagres fo-ram realizados sob o poder do Esprito Santo (Mt 12.28);

    r Ofereceu o seu precioso sangue pelo Es-prito para nossa redeno (Hb 9.14). Ressur-giu dos mortos pelo poder do Es prito Santo (Rm 1.4; 8.11). Garante a nossa ressurreio;

    r O Esprito Santo capacita os salvos a servir com alegria, concedendo-nos dons es-pec!cos para a realizao e edi !cao da igre-ja;

    r O Esprito Santo con!rma a nossa !-liao com Deus, gerando sentimentos de contnua gratido espiritual (Rm 8.16).

    A promessa

    A primeira ideia que ocorre em relao expresso promessa do Esprito Santo algo para o futuro. Trs textos bblicos vm mente do salvo: Joel 2, Joo 14 a 17 e Atos 2. Os dois primeiros como promessa, e o ltimo como seu cumprimento. No pode-mos restringir a ao ou o incio da ao do Esprito Santo na experincia a estes textos sagrados apenas. Muitos anos antes de Joel, o Esprito Santo j atuava no mundo e na ex-perincia humana. O Esprito sempre atuou de forma dinmi ca na experincia dos salvos e no cum primento dos propsitos do Pai na ma nuteno do universo. A no compre-enso dessa verdade tem gerado distor es e proporcionado lugar a erros dou trinrios. Na unicidade divina no h como separar a dinmica da ao das pessoas da Trindade. O

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    Esprito Santo sempre agiu, como age hoje, na vida dos salvos do passado. preciso eli-minar a crena, sem fundamento bblico e her menutico, de que o Esprito Santo vi nha sobre algumas pessoas e depois as deixava merc da sorte. No h como fundamentar biblicamente tal crena.

    A promessa do Esprito Santo h que ser considerada mediante o discurso de des-pedida de Jesus ( Jo 14 a 17). Jesus prepara os seus discpulos para os momentos finais do seu ministrio. Eles esto confusos, tristes, preocupados, sem compreender o que estava acontecendo com o Mestre. As perguntas de Tom, Filipe e Judas (no o Iscariotes), em Joo 14, confirmam a assertiva. Havia muito a ser revelado aos seus. Muito a explicar so-bre a nova aliana em Cristo. O verdadeiro significado da salvao exclusivamente pela graa, no mais pela lei, no mais pela f no Messias que viria, mas agora no Messias que j tinha vindo. Jesus lhes promete a continui-dade de sua presena neles e com eles, me-diante a ao do Esprito Santo. O Mestre

    no ia deix-los rfos, entregues ao desespe-ro. No! Eles teriam o companheirismo do Esprito Santo a anim-los, a fortalec-los e a dar-lhes sabedoria para desenvolver a misso legada por Jesus.

    Jesus afirma que o Esprito Santo j habi-tava neles a partir do momento em que, pela f, creram em Jesus como Cristo e Deus ( Jo 14.17). O Esprito Santo Vos far lembrar do que vos tenho dito ( Jo 14.26). E ele que me glorificar. Ele vai gui-los na compreen-so da verdade ( Jo 16.13). Ver dade que o prprio Cristo ( Jo 14.6). Deveriam aguardar o momento his trico, o Pentecostes, que no se repete mais, quando teriam confirmada a promes sa feita por Jesus. A perene presena do Es prito Santo a gui-los na proclama-o do evangelho. Esta convico se tomou to profunda que em Atos 15, ao buscarem so luo para os desvios doutrinrios que os judaizantes tentavam inocular na igreja, os apstolos escrevem aos irmos gentios: Na verdade pareceu bem ao Esprito Santo e a ns (At 15.28).

    5HH[mRSDUDDPDWXULGDGHComo pastor, constantemente sou abordado por mes (e, menos vezes, por pais tambm)

    que, a"itas, compartilham um comportamento reprovvel do #lho ou #lha. Um desses com-portamentos reprovveis, por exemplo, a recusa de irem igreja, ou de procurarem ajuda para um desentendimento conjugal. Ento, essas mes pedem que eu v at o #lho, ou #lha, na esperana de que, como pastor, eu consiga o que elas no conseguiram: convencer o #lho, ou #lha, a mudar de atitude. Nessas horas, eu lembro essas mes que eu sou pastor, e no o Esprito Santo. Algumas no entendem, e pensam que m vontade do pastor. No . Se a me no convenceu o #lho, ou a #lha, o pastor tampouco o far. Se o seu pastor se recusar a fazer uma determinada visita, no pense que m vontade da parte dele. O pensamento de que seu ente querido ouvir algum de fora incorreto, principalmente porque deposita a con#ana no homem. O pastor, por ser pastor, no tem nenhum poder especial para mudar o comportamento das pessoas. Se voc se preocupa com um ente querido e quer v-lo mudar de comportamento, entregue isso ao Senhor. Somente o Esprito Santo pode convencer a pessoa do pecado, da justia e do juzo.

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    Segunda Tera Quarta Quinta Sexta Sbado Domingo

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    Zacarias

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    EBD 213 de julho

    A doutrina do Esprito Santo no An tigo Tes-tamento, tal qual no Novo, se constitui desao inspirador. Ao con siderar sua presena e atua-o, s po demos faz-lo tendo em conta sua eter-nidade com o Pai e o Filho e sua pessoalidade, sua unicidade e soberania com as demais pesso-as divinas. O Esprito Santo o administrador, executivo da divindade. Tudo quanto Deus faz por meio do Esprito. Deus jamais agiu sem o seu Esprito. O Esprito jamais agiu sem ntima comunho com o Pai e o Filho.

    Os ministrios do Filho e do Esprito Santo foram totalmente revelados no Novo Testamen-to, mas isso no signica que no houvesse uma revelao suciente para demonstrar a existn-cia do Esprito Santo no Antigo Testamento. A atuao do Esprito Santo sempre foi a mesma em todos os tempos, independentemente da di-viso que a encarnao de Cristo faz na histria humana. Deus o mesmo em todas as eras. O Filho e o Esprito tambm (Hb 13.8). Jesus foi crucicado, morto e ressurreto antes das eras, diz Paulo (Cl 1.15,16). Concorda com a orao de Jesus em Joo 17.3, conrmada na declara-o de Hebreus 9.14. O Esprito eterno estava

    presente no imensurvel amor do Pai ao ofere-cer seu Filho, antes mesmo de criar o homem e o universo, para redimi-los. A aceitao dessa verdade fruto do convencimento do Esprito Santo. Com estas verdades em mente, possvel ver, estudar e aceitar a dinmica ao do Esprito Santo no Antigo Testamento.

    A partir de Gnesis 1.1 at Malaquias 4.6, temos o testemunho bblico da dinmica ao do Esprito Santo como poder ativo de Deus na criao, sustentao e direo do universo. Nada ocorreu sem a ao do Esprito. O Espri-to pairava sobre o caos (Gn 1.2), dando ordem e beleza criao. Aqui encontramos a primei-ra, sublime e grande verdade sobre a ao do Esprito. Sempre colocando ordem nas coisas. Nunca dividindo ou gerando confuso. At mesmo ao convencer o pecador a crer em Cris-to, o Esprito quem d um novo ordenamen-to vida, com seus signicados espirituais.

    O Esprito Santo ornou o rmamento com belos astros e planetas (J 26.13). Estabeleceu as leis que regem o universo e permanecem imut-veis para sempre (J 26.7-14). A renovao da vida no planeta obra do Esprito (Sl 104.24-30).

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    DIA A DIA COM A BBLIA

    Presena e atuao do Esprito Santo no Antigo Testamento

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    presena do Esprito Santo em sua vida e mi-nistrio era algo natural, como na tural foi para os primeiros cristos cumprir a dinmica do Esprito Santo no Novo Testamento. Neemias, ao con vocar o povo reexo, apelou para a ne-cessidade de sincero arrependimento e retorno a um viver santo. Rearma o ministrio do Esp-rito Santo como ins trutor do povo: deste o teu bom Esprito para os ensinar (Ne 9.20).

    Vemos o Esprito Santo ensinando, instruin-do e capacitando lderes para ad ministrar o mi-nistrio entre o povo (Nm 11.16,17; Ex 28.3; 31.3). Deus diz a Moiss ter enchido alguns l-deres com o seu Esprito e com sabedoria para a realizao de ministrio especco na cons-truo do tabernculo. O mesmo se diz, nos li-vros de Juzes e 1Samuel, de homens que foram cheios do Esprito para realizar ministrios especcos ( Jz 3.10; 6.34; 11.29; 14.6; 15.14; 1Sm 11.6; 16.13). .difcil admitir que esses homens de Deus eram dirigidos pelo Esprito Santo em alguns momentos apenas. O correto seguir o princpio bblico de que o Esprito Santo habita o salvo. Jamais o abandona e tam-pouco dei xa de sel-lo com a certeza da salva-o. A ideia que advoga que o Esprito Santo adentrava o salvo em algum momento espec-co e depois o deixava deu ori gem hertica po-sio da perda da sal vao. No h base bblica para assim crer. O mesmo Esprito Santo que sela o salvo no Novo Testamento tambm se-lou os salvos do Antigo Testamento. Qualquer posio discordante no leva em considerao a unicidade e a imuta bilidade divinas.

    Outro aspecto a considerar sobre a ao do Esprito Santo no Antigo Tes tamento est na resistncia que o po vo oferecia a Deus. Como hoje, os sal vos do passado no eram diferentes. Ca minharam sob a misericrdia divina (Ne 9.30), mas eles no ouviram. No deram aten-o s mensagens do Senhor. Vive mos nas mes-mas condies. Isaas diz que eles foram rebel-

    A cada dia, bilhes de seres minsculos e animais de grande porte so gerados, seguindo as leis nor-mais estabelecidas em Gnesis 1.26-28. A vida mantida sob a liderana do Esprito Santo. Deus age seguindo suas inviolveis leis que regem o universo. J, no mago da dor e do sofrimento, re-conheceu que a vida uma ddiva do Esprito de Deus (J 33.4). O salmista amplia essa relao da vida com a ao do Esprito Santo no Salmo 139. No s o Esprito o autor da vida mas, na sua onipresena e oniscincia, acompanha como exe-cutor divino o formar e o preservar da vida. Esse agir do Esprito Santo, segundo o relato do An-tigo Testamento, no sofreu alterao no Novo Testamento. Continua o mesmo.

    Ao do Esprito Santo no Antigo Testamento

    Os testemunhos e exemplos so mui tos. Ho-mens e mulheres, salvos pela f no Messias que viria, foram cheios do Es prito Santo. Realiza-ram ministrios que s so possveis mediante vidas cheias do Esprito Santo. A ao de Ado nos primrdios da criao obra do Esprito Santo. Suas habilidade e inteligncia no podem ser creditadas apenas ao raciocnio mas, sim, ao agir divino. O que encontramos mais tarde no livro de Atos sobre os discpulos, Pedro, Paulo e Joo, cheios do Esprito Santo, pode ser dito de Ado que, cheio do Esprito Santo, deu nome aos animais e elementos da natureza. Deus so-prou em Ado (Gn 2.7) o esprito de vida, no incio da criao, assim como Jesus vai soprar o mesmo Esprito sobre os apstolos ( Jo 20.22) numa nova criao (2Co 5.17).

    Temos em Enoque (Gn 5.24) um homem cheio do Esprito Santo. Co munho profunda com Deus, que con templa Deus e vive em inti-midade com ele, assim como temos o testemu-nho de Filipe cheio do Esprito Santo, em Atos 7.55. Para os salvos do Antigo Testamento, a

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    des ao Esprito, entristecendo-o (Is 63.10,11). Sempre que peca mos e no levamos a srio a mensagem di vina, entristecemos o Esprito Santo. Es tvo rearmou: no h diferena no pre sente; a dureza do corao humano sem pre resiste ao do Esprito Santo (At 7.51). O convencimento obra do Esp rito Santo, diz Zacarias 4.6. No por for a ou violncia de argumentos humanos, mas pela ao amorosa do Esprito San to que somos levados a crer. Paulo repe te esta verdade em 2Corntios 4.13, reite rando assim o ensino de Jesus ( Jo 16.8-11) de que cabe ao Esprito convencer. Persis te a certeza de Ageu 2.5 de que o Espri to do Se-nhor jamais deixou de estar com os seus lhos na antiga aliana.

    Que dizer dos profetas? Em todas as geraes Deus levantou homens e mulheres especiais e os capacitou com a pleni tude do Esprito Santo para testemunhar o amor divino. Alguns exer-ceram seu ministrio sob duras condies. So-freram perseguies, foram incompreendidos, perseguidos e mortos, mas no deixaram de testemunhar a mensagem divina. En frentaram autoridades cruis, a indiferena dos ouvintes. Passaram por momentos de tristezas, decepes e dor. Mas nunca dei xaram de anunciar todos os caminhos do Senhor. O testemunho do apsto-lo Pedro sobre a dinmica do Esprito Santo na vida dos profetas conrma que a mesma presen-

    a existente em sua vida de apstolo e pregador tambm foi marcante na vida dos profetas (2Pe 1.21). O mesmo Esprito que usou e encheu a vida de Pedro no dia de Pentecostes usou e en-cheu a vida de No ao pregar aos da sua gerao. Deu a Miqueias a coragem para armar que sua mensagem era produto da ao do Esprito San-to em sua vida. Coragem para condenar o peca-do e convocar o povo ao arrependimento (Mq 3.8). S homens cheios do Esprito Santo so capacitados com essa coragem. Mas o Esprito o mesmo (1Co 12.11), agindo em harmonia divina, como executor e ad ministrador dos pro-psitos do Pai e do Filho.

    &RQFOXVmRH dois casos bblicos em que se diz que o

    Esprito do Senhor se afastou das pessoas, que antes foram cheias do Es prito. So exemplos que sempre apa recem nos estudos e, s vezes, confun dem alguns salvos, com a possibilidade da mesma ocorrncia hoje. O primeiro San-so ( Jz 16.20). O segundo Saul (1Sm 16.14). Ao registrar que o Esprito Santo se afastou deles, a Bblia no diz e no d margem doutri-nria para dizer que perderam a salvao. Per-deram, isto sim, os dons extraordinrios no usados, dados pe lo Esprito Santo, bem como a alegria de ser bno.

    5HH[mRSDUDDPDWXULGDGHAinda que tenhamos sido selados pelo Esprito Santo no dia da nossa converso, carmos

    cheios, completos e repletos dele depende da nossa deciso diria de consagramos inteiramen-te as nossa vida ao Senhor. Com base nos exemplos de Saul e Sanso no Antigo Testamento, devemos nos policiar para no chegarmos ao nal da nossa vida frustrados no propsito que Deus tem para ns. Por isso, com base nessa lio, queremos desa-lo a ter uma vida plena do Esprito especialmente na poca da melhor idade, tomando a deciso diria de consagrar-se, para chegar ao nal da sua vida com a plenitude do Esprito, pronto para encontrar-se face a face com o Senhor da melhor maneira possvel.

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    EBD 320 de julho

    Presena e atuao do Esprito Santo no Novo Testamento

    prito que inspirou o profeta atua na vida e no ministrio de Jesus, revelando de modo claro a unicidade divina.

    Lucas d detalhes sobre a ao do Es prito Santo no ministrio de Jesus. Os relatos de Marcos e Mateus so mais es parsos. Lucas am-plia a viso da dinmica do Esprito na vida e obra de Jesus. O an jo que anuncia a Maria a escolha divina para t-la como instrumento humano da encarnao acrescenta que todo o processo seria desenvolvido pelo Esprito San-to. Como administrador das aes divi nas, o Esprito Santo seria o responsvel pela intro-duo do Verbo divino na ex perincia humana (Lc 1.35). Sem a ao do Esprito Santo no haveria a en carnao; da mesma forma, sem o Es prito Santo no haveria ordem e beleza no universo (Gn 1.2). Isabel foi cheia do Esprito Santo ao ouvir a saudao de Maria (Lc 1.41), cumprindo assim a mensagem do anjo a Zaca-rias, de que Joo Batista seria che io do Esprito Santo desde o ventre ma terno (Lc 1.15). Essa verdade destri a crena de que o Esprito San-to s pos svel na vida do salvo como segunda bn o. O Esprito Santo no est sujeito a ma-nipulaes humanas.

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    No s a doutrina do Esprito Santo ganha

    maior clareza nas pginas do Novo Testamen-to, como tambm as grandes doutrinas so expressas e reveladas com maior dinamismo. Todas as sublimes verdades sobre Deus Pai e Deus Filho so mais objetivas e claras nos es-critos do Novo Testamento. Os atributos divi-nos sobressaem com maior clareza. A beleza do amor criador e sustentador de Deus melhor compreendida. E com a doutrina do Esprito Santo no diferente. Ve mos com mais preci-so a ao e a din mica do Esprito Santo nos escritos neotestamentrios.

    Os Evangelhos Sinticos (Mateus, Marcos e Lucas) no apresentam a doutrina do Esp-rito Santo bem desenvolvida. Ou tros escritos do Novo Testamento, co mo as cartas de Paulo e o livro de Atos, apresentam a pessoa do Es-prito San to com maior clareza. Os escritores si nticos preocuparam-se em re!etir a vi da terrena de Jesus. Todo o ministrio de Jesus foi desenvolvido sob a ao do Esprito Santo (Lc 4.14-31). O texto li do por Jesus na sinagoga de Nazar foi Isaas 61, e o Mestre conclui de ma-neira magistral: Hoje se cumpriu essa Escritu-ra em vossos ouvidos (Lc 4.21). O mesmo Es-

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    Zacarias foi cheio do Esprito Santo (Lc 1.67), experincia comum na vida dos apstolos ao ex-pandir a mensagem do evangelho (At 4.8,31; 7.55; 13.9), con rmando o apelo de Paulo (Ef 5.18). Simeo recebeu a revelao do Esprito Santo de que no morreria antes de ver o Cristo do Senhor. O Esprito o conduz ao templo no momento da apre sentao de Jesus e coloca em seus l bios a gratido pela grandiosidade da sal-vao em Cristo (Lc 2.26,27). Jesus diz aos seus acusadores que Davi reconheceu o Messias por ao do Esprito Santo (Mc 12.35-37). Para Je-sus, a ao do Esprito Santo era normal, tanto na vida de Davi como no ministrio do prprio Cristo. Os Sinticos relatam a tentao de Jesus. O Esprito Santo conduziu Jesus ao deserto para ser tentado (Mt 4.1; Mc 1.12; Lc 4.1) e aps a vitria sobre Satans, o mesmo Esprito que o conduz a iniciar seu ministrio (Lc 4.14).

    Atos por excelncia o livro sobre a ao do Esprito Santo. Fica claro que o Esprito Santo que est no coman do da igreja. Toda a expanso do evan gelho segue a orientao do Esprito Santo. pelo Esprito que Jesus d as ltimas orientaes e mandamentos aos dis-cpulos (At 1.2). Recebem a promes sa do po-der do Esprito Santo, que os tornaria homens destemidos, como de fato o foram, para teste-munhar de Jesus (At 1.8). Esse poder viria de Deus. Seria dado por Deus. Seria Deus mesmo com eles, sobre eles e dentro deles. Pedro rein-terpreta as palavras de Davi no Salmo 41.9 e as aplica a Ju das, ao dizer que foi o Esprito Santo que inspirou Davi a pronunci-las. Essa apli-cao petrina ao salmo traz no seu bojo uma sublime e, s vezes, desprezada verdade: a di-nmica ao do Esprito San to de modo con-tnuo e ininterrupto na histria da revelao. A compreenso dessa verdade nos prepara para inter pretar corretamente o Pentecostes (At 2), no como fato isolado na histria, mas como fato histrico que no pode ser repetido. Para

    o apstolo, o Pentecostes foi acontecimento natural do agir do Es prito Santo ao longo da histria. Assim como o Esprito Santo falou a Davi no passado, estava falando a Pedro e aos demais apstolos na propagao do evangelho. A no compreenso dessa ver dade gera falsos conceitos sobre a ao do Esprito Santo. O Es-prito Santo nada disse aos discpulos no dia de Pentecostes. Ape nas deu-lhes o poder de teste-munhar que aquele Jesus que Pilatos mandou crucicar como malfeitor, Deus o fez Senhor absoluto de todas as coisas (At 2.23,24; At 3.13-15; 5.32). Ns e o Esprito Santo somos testemunhas des tas verdades.

    No Evan gelho de Joo aclara a nossa com-preenso de Deus e da obra redentora de Cris-to. Deus Esprito disse Jesus samaritana ( Jo 4.24). Jesus a verdade ( Jo 14.6). A Filipe, Jesus replica: Quem me v a mim v o Pai ( Jo 14.9). Firmado nestas sublimes revelaes do Verbo que se fez carne ( Jo 1.14), Joo escreve os preciosos captulos 14,15,16 e 17 para rela-tar a promessa da vinda do Esprito Santo. O Consolador no um estranho, mas outro da mesma essncia. Seria enviado, e sua misso primordial gloricar Cristo ( Jo 16.14). Ele j habitava nos discpulos ( Jo 14.17) e para sem-pre estava com os salvos; por isso, no somos rfos ( Jo 14.17,18). Ao convencer o pecador do pecado, da justia e do juzo, o Esprito San-to o faria sempre em relao a Jesus ( Jo 16.7-11). O Esprito Santo daria aos discpulos a capacidade de lembrar todas as ordens de Jesus ( Jo 14.26), inclusive servindo como Mestre no caminho cristo. A misso precpua do Espri-to Santo gloricar Cristo, fazendo-o conhe-cido aos homens. O Esprito Santo no fala de si mesmo ( Jo 16.13) mas, sim, de Jesus Cristo, o Salvador. O Esprito Santo no dia de Pente-costes nada falou. No fez ne nhum milagre. Apenas enalteceu o Cristo ressurreto, conr-mando assim os ensinos do apstolo Joo.

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    Nos escritos paulinos, a doutrina do Esprito Santo ampliada e melhor explicada. Graas s gra-ves heresias existentes na igreja em Corinto (igreja que no deve servir de parmetro a ne nhuma igreja crist, salvo para evitar os transtornos e heresias do passado) Paulo elaborou com clareza o agir do Es-prito Santo na vida do salvo e da igreja do Senhor.

    O Esprito Santo habita o salvo. So mos o seu san-turio (1Co 6.19,20). O Esprito Santo nos capacita a reconhecer Deus como Pai (Rm 8.15,16; Gl 14.5,6). Por isso, se algum no tem o Esprito Santo, no salvo (Rm 8.9). Como salvos, temos a nosso dispor a intercesso do Esprito, com gemidos inexprimveis (Rm 8.25,26). Nunca sabemos o que pedir e quase sempre pedimos errado. O Esprito examina os nos-sos coraes, conhece as nossas intenes e nos auxilia.

    O Esprito Santo nos capacita para ser vir a Cristo, respeitando a nossa estrutura. Os dons so distribu-dos pelo Esprito Santo a cada salvo, como ele mes-mo quer (1Co 12.11). No nos cabe pedi-los mas, sim, usar o que recebemos para gloricar Cristo.

    Somos desaados a gerar o fruto do Esprito (G1 5.22) e expressar na vi da prtica o carter de Jesus Cristo; a sermos cheios do Esprito San-to e jamais abafar a sua ao em nosso viver di-rio (Ef 5.18; lTs 5.19). Isto possvel por que o prprio Deus, que Esprito, nos prepara para servir a ele e nos sela com o penhor do Esprito (2Co 5.5). O Senhor Esprito, e onde o Esp-rito do Senhor atua inexiste confuso, diviso, rancor ou ausncia de amor e, sim, liberdade ple-na (2Co 3.7). O Esprito Santo o administra-dor, que executa a vontade da divindade.

    Nos escritos petrinos encontramos o desao da santicao mediante a ao do Esprito (Pe 1.2). Pedro conrma, de modo sublime, a gran-de e gloriosa verdade de que o Esprito Santo sempre agiu no mundo e nos homens. Os pro-fetas realizaram todo o seu ministrio sob a di-nmica do Esprito Santo (1Pe 1.20,21).

    O autor aos Hebreus elabora uma das gran-des verdades a respeito do Esprito Santo: o pe-rigo de se rebelar contra sua ao, rejeitar o seu convencimento. Je sus j havia chamado a aten-o sobre o perigo de pecar contra o Esprito, isto , rejeitar Cristo como Salvador e Senhor, pois o Esprito Santo que nos conduz a Cris-to. No admitir essa verdade signica perdio eterna (Mc 3.28, 29). No texto de 3.7-19, o au-tor cita o Salmo 95.7-11 e rearma que rejeitar a ao do Esprito Santo signica rejeitar a sal-vao em Cristo.

    &RQFOXVmRA presena e atuao do Esprito Santo no

    Novo Testamento conrmada com o apelo das cartas s sete igrejas da sia: Quem tem ouvidos, oua o que o Esprito diz s igrejas. O que vencer....17). Submissos e reverentes supli-quemos: Ora vem, Senhor Jesus (Ap 22.20). S o Esprito Santo, que sempre atuou no An-tigo Testamento e no Novo Testamento con-tinua atuando na vida dos salvos, pode gerar este anseio por comunho mais ntima com o Senhor Jesus Cristo.

    5HH[mRSDUDDPDWXULGDGHEm muitas igrejas existem idosos que querem realizar e impor seus ministrios por sua

    vontade prpria. A motivao de determinado crente em realizar determinada tarefa muitas vezes o seu gosto pessoal ou a tradio. No entanto, surpreendente constatar que o prprio Jesus, que era o prprio Deus, teve seu ministrio orientado pelo Esprito Santo, e no pela sua prpria vontade. Assim tambm eram os discpulos. Portanto, indagamos: E voc? Seu ministrio orientado pelo Esprito Santo ou motivado pela sua prpria vontade ou tradio?

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