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Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos
Curso de Fisioterapia
Trabalho de Conclusão de Curso
A ABORDAGEM DA FISIOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA DE
MULHERES COM CÂNCER DE MAMA.
LAYSA EDUARDA DAMASCENO BRAGA BONESSI
TATIANE DA SILVA LIMA
Brasília-DF
2019
LAYSA EDUARDA DAMASCENO BRAGA BONESSI
TATIANE DA SILVA LIMA
A ABORDAGEM DA FISIOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES
COM CÂNCER DE MAMA.
Artigo apresentado como requisito para
conclusão do curso de Bacharelado em
Fisioterapia pelo Centro Universitário do
Planalto Central Apparecido dos Santos –
Uniceplac.
Orientadora : Prof(a). Ms. Mariana Cecchi
Salata
Brasília-DF
2019
LAYSA EDUARDA DAMASCENO BRAGA BONESSI
TATIANE DA SILVA LIMA
A ABORDAGEM DA FISIOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES
COM CÂNCER DE MAMA.
Artigo apresentado como requisito para
conclusão do curso de Bacharelado em
Fisioterapia pelo Centro Universitário do
Planalto Central Apparecido dos Santos –
Uniceplac.
Gama, 17 de Junho de 2019.
Banca Examinadora
Prof. Nome completo
Orientador
Prof. Nome completo
Examinador
Prof. Nome Completo
Examinador
5
Dedicatória
Dedico esse trabalho primeramente a Deus, por todas as portas abertas e bençãos
concedidas na minha vida, e também a minha familia e amigos, que me apoiaram e me apararam
nos dias mais dificeis dessa caminhada e a todos os professores que auxiliaram nessa jornada e em
especial minha orientadora Mariana Cecchi Salata por toda orientação e dedicação para que esse
trabalho fosse concluido.
„‟Laysa Eduarda Damasceno Braga Bonessi‟‟
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial em minha vida, sem ele nada
seria possível. Ao meu esposo Leonardo e minhas filhas Luísa e Lavínia e toda a minha família
que, com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa.
A professora Mariana Cechi Salata pela paciência na orientação e incentivo que tornaram
possível a conclusão desse trabalho. Enfim agradeço a todas as pessoas que fizeram parte dessa
etapa essencial em minha vida.
“Tatiane da Silva Lima”
6
A abordagem da fisioterapia na qualidade de vida de mulheres com câncer de mama
Laysa Eduarda Damasceno Braga Bonessi 1
Tatiane da Silva Lima 2
Resumo:
O câncer de mama na vida da mulher acarreta efeitos traumáticos, para além da própria enfermidade. O objetivo da
pesquisa é analisar a qualidade de vida de mulheres submetidas ao tratamento fisioterapêutico após a cirurgia no
tratamento de câncer de mama. Trata-se de uma pesquisa de campo com 25 mulheres mastectomizadas e que
responderam o questionário com 30 questões (EORTC QLQ -C30) na sede da ONG (vencedoras unidas) na Asa Sul-
Brasília-DF. O tratamento do câncer de mama exige uma abordagem multidisciplinar, atuando conjuntamente os
departamentos de mastologia, oncologia clínica, radioterapia, cirurgia reparadora, anatomia patológica, radiologia,
fisioterapia e psicologia. Conclui-se que A fisioterapia contribui positivamente na qualidade de vida destas mulheres,
principalmente para aperfeiçoar mobilidade, reduzindo a dor, o edema, ajudando a mulhere a ter ganho de autonomia
para realização de atividades diárias.
Palavras-chave: Câncer de Mama. Tratamento. Fisioterapia. Qualidade de vida.
Abstract:
Breast cancer in a woman's life leads to traumatic effects beyond her own illness. The objective of the research is to
analyze the quality of life of women submitted to physiotherapeutic treatment after surgery in the treatment of breast
cancer. This is a field survey of 25 women with mastectomies who answered the questionnaire with 30 questions
(EORTC QLQ -C30) at the NGO's headquarters (united winners) at Asa Sul-Brasília-DF. The treatment of breast
cancer requires a multidisciplinary approach, acting jointly the departments of mastology, clinical oncology,
radiotherapy, restorative surgery, pathological anatomy, radiology, physiotherapy and psychology. It is concluded that Physical therapy contributes positively to the quality of life of these women, mainly to improve mobility, reducing
pain and edema, helping women to gain autonomy to perform daily activities.
Keywords: Breast cancer. Treatment. Physiotherapy. Quality of life.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................. 8
2. REFERENCIAL TEORICO .................................................................................................................... 10
2.1 Epidemiologia do câncer de mama ............................................................................................... 10
2.2 Tratamento do Câncer de mama .................................................................................................. 11
2.3 A Fisioterapia no tratamento do câncer de mama ........................................................................ 12
2.4 Qualidade de vida em mulheres mastectomizadas....................................................................... 13
3 METODOLOGIA ................................................................................................................................ 14
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................................................ 15
4.1 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE E DISCUSSÃO .......................................................................................... 18
5. CONCLUSÕES ....................................................................................................................................... 20
6. REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................... 21
8
INTRODUÇÃO
Segundo o Instituto Nacional de Cãncer (INCA) o câncer de mama é uma patologia grave,
a qual corresponde a uma neoplasia maligna que se desenvolve na mama, devido ao crescimento e
multiplicação atípica de inúmeras células mamárias. O câncer de mama está relacionado a vários
fatores, entre eles estão a hereditariedade, paridade e menopausa tardia, obesidade e menarca
precoce (MATOS, 2011).
A doença pode ocorrer em localizações diferentes, desde o ducto mamário até os glóbulos
mamários. A sua progressividade pode ser lenta ou rápida dependendo do tempo de duplicação
celular e sua complexidade. As células cancerígenas têm a capacidade de penetrar as células
normais e espalhar para locais distantes (PIACENTINI, 2012).
Por mais que se já tenha avançado em métodos propedêuticos e diagnósticos precoces,
assim como as formas de tratamento, o número de incidência acompanhado com a mortalidade é
alarmante no Brasil. O câncer de mama representa cerca de 30%, de todos os tipos de câncer
diagnosticados em mulheres no mundo. A cada 100 mil mulheres 56,33 são diagnosticadas com
câncer de mama. O diagnóstico tardio tem sido o grande problema, pois com a detecção precoce
por meio da mamografia para rastreamento é possível a oferta de tratamento adequado, reduzindo
o risco de mortalidade mesmo com o aumento da incidência (INCA, 2017).
O estudo dos fatores prognósticos tem importância para a realização de uma boa
elaboração de programas terapêuticos. Durante o tratamento a paciente é acompanhada por
equipes multidisciplinar visando o tratamento integral. O alto exame é um grande aliado para se
chegar ao diagnóstico precoce.
Hoje as modalidades terapêuticas disponíveis são a cirurgia, radioterapia para tratamento
loco-regional, e a quimioterapia e a hormonioterapia para tratamento sistêmico. Existem dois tipos
de intervenções cirúrgicas, a conservadoras e não conservadora. A cirurgia conservadora também
pode ser denominada de tumorectomia, quadrantectomia, mastectomia parcial ou mastectomia
segmentar, que tudo engloba procedimentos que visa em retira o tumor e preservando maior parte
da mama, porém é a necessário realizar radioterapia, normalmente é um tratamento realizado em
quando a paciente está em estágio inicial (SOUSA, 2013). Já a não conservadora ocorre a retirada
de todo tecido mamário e as vezes ocorre a remoção de tecidos próximos, pode ser denominada,
adenomastectomia e mastectomia simples ou total (MAJEWSKI, 2012).
9
Ao saber do câncer de mama muitas mulheres enfretam a confirmação do diagnóstico com
tristeza e podem passar por diversos tratamentos agressivos, que afetam a identidade pessoal e
eleva a situação de medo da doênça. Os impactos negativos mesmo pós-diagnósticos, persistem
problemas nos domínios social, familiar, emocional e físico, especificamente no que tange à
memória ou concentração, dor, linfedema, desempenho sexual e autoimagem, isso tudo acaba
acometendo a qualidade de vida, por isso a importância de integrar a importância da QV durante
todo tratamento, para engendrar sua imagem para que seu retorno ao seu meio social e familiar,
seja prazeroso. Pacientes que sobrevivem são expostos a diversos fatores que podem deixar
sequelas, o risco de recorrência do câncer ou segunda neoplasia maligna, efeitos colaterais tardios
ou morbidades decorrentes dos tratamentos, desde algumas sequelas físicas, podem levar a um
transtorno depressivo e de estresse pós-traumático, a necessidade de se esmerar na qualidade de
vida (QV) dessas mulheres (MENESES, 2012).
Sabe-se que os tratamentos para o câncer de mama, sejam a quimioterapia, radioterapia ou
a cirurgia, podem levar a eventos adversos, que nem sempre são passíveis de controle. Além de
que, quando não são manejados adequadamente, podem comprometer o desempenho ocupacional
e acarretar piora na Qualidade de Vida (FANGEL, 2013).
A fisioterapia tem como objetivo prevenir ou tratar alterações funcionais, minimizar o
impacto negativo na qualidade de vida dessa mulher, para a qualidade o retorno de sua atividade
de vida diária, por essa razão a importância do acompanhamento fisioterapêutico no pré, durante e
após o tratamento. A funcionalidade está integrada com as atividades realizadas diariamente, as
complicações decorrentes do tratamento oncológico para o câncer de mama, como, linfedema, dor,
parestesia, diminuição da força muscular e redução da amplitude de movimento (ADM) do
membro envolvido, merecem atenção, pois sem o movimento funcional do membro, pode
prejudicar o retorno às atividades rotineiras, comprometendo a qualidade de vida das pacientes
(JAMMAL, 2008).
A fisioterapia oferecer diversos recursos para o tratamento, entre elas estão os
alongamentos, exercícios pendulares, cinesioterapia e mobilizações, são ideais para ganho de
mobilidade e oclusão de dores e edema, no ombro e locais afetados pelo tratamento, exercícios
respiratórios associados a exercícios de cinesio para membros superiores. Já a massagem que tem
como objetivo de relaxar o musculo e assim evitar espasmos, enfeixamentos associados com
drenagem é bastante utilizado para reduzir a formação de edema e auxiliar a remoção do excesso
de fluido linfático já acumulado. A fisioterapia procura dar maior qualidade de vida a paciente
após as cirurgias de mama (Cássia Colla, et al, 2015)
10
A Organização Mundial da Saúde, em 1993, definiu qualidade de vida como a percepção
do indivíduo sobre a sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores nos
quais ele vive, e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (FRISON,
2014).
A intervenção fisioterapêutica nas mulheres masctomatizadas o mais precocemente,
possibilitará a prevenção de edemas e interferirá na qualidade de vida e na funcionalidade da
paciente e auxiliará na autoestima (JAMMAL, 2018).
Netse contexto o Objetivo desse estudo é analisar a qualidade de vida de mulheres
submetidas ao tratamento fisioterapêutico após a cirurgia no tratamento de câncer de mama.
2. REFERENCIAL TEORICO
2.1 Epidemiologia do câncer de mama
O câncer de mama (CM) é a principal causa de morte por doenças malignas entre as
mulheres brasileiras. Estima-se que 59.700 novos casos aconteceram no ano de 2018. Apesar da
evolução no diagnóstico e tratamento, os procedimentos cirúrgicos e terapias complementares
como a radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia ainda prevalecem (DOS SANTOS, 2010).
O câncer de mama é definido como uma patologia complexa e heterogênea, de etiologia
desconhecida, com alta incidência e mortalidade. Todavia, para alguns autores a maioria dos
cânceres de mama pode está relacionado à herança de uma mutação germinativa ao nascimento,
que confere a estas mulheres suscetibilidade ao câncer de mama. Entretanto, existem múltiplos
fatores de risco associados ao desenvolvimento do CM, tais como: sobrepeso, alcoolismo,
alterações hormonais, lesões mamárias em categoria de alto risco e existência de familiares
próximos afetados pela enfermidade, sendo o último um dos de maior importância (DANTAS,
2009).
A maioria dos diagnósticos de câncer de mama, na população brasileira, é realizada em
estádios tumorais mais avançados (III e IV), sendo necessária a realização de tratamentos mais
radicais, aumentando significativamente a morbidade e a pior qualidade de vida (LEITE, 2010).
11
A eclosão do câncer de mama na vida da mulher acarreta efeitos traumáticos, para além da
própria enfermidade. A mulher se depara com a iminência da perda de um órgão altamente
investido de representações, assim como o temor de ter uma doença sem cura, repleta de
sofrimentos e estigmas. Um importante fator que tem contribuído para o aumento da sobrevida das
mulheres com câncer de mama são os avanços da medicina, proporcionando tratamentos mais
eficientes e técnicas que viabilizam a detecção precoce. Com esses progressos terapêuticos, o
câncer vai deixando de ser uma doença frequentemente fatal e assumindo características de uma
doença crônica (TRUFELLI, 2008).
As formas mais eficazes de detecção precoce do câncer de mama são: o exame sistemático
da mama, ou exame clínico, feito pelo profissional especializado; a mamografia, que consiste em
um exame radiológico de alta precisão e custo igualmente elevado, o que dificulta o acesso da
população de menor poder aquisitivo; e para finalizar, o autoexame das mamas (AEM),
caracterizado pela facilidade e baixo custo, já que quem o executa é a própria mulher
(NASCIMENTO, 2009).
A maioria dos diagnósticos de câncer de mama, na população brasileira, é realizada em
estádios tumorais mais avançados (III e IV), sendo necessária a realização de tratamentos mais
radicais, aumentando significativamente a morbidade e a pior qualidade de vida. O diagnóstico de
câncer confronta o sujeito com a questão do imponderável, da finitude e da morte. Como toda
doença potencialmente letal, traz a perda do corpo saudável, a perda da sensação de
invulnerabilidade e a perda do domínio sobre a própria vida (OLIVEIRA, 2008).
2.2 Tratamento do Câncer de mama
O tratamento do câncer pode ser realizado basicamente por quatro abordagens: a cirurgia
(mastectomia unilateral, bilateral, total ou parcial) e radioterapia, como tratamentos locais; a
quimioterapia e a terapia com agentes biológicos (como hormônios, anticorpos ou fatores de
crescimento) como tratamentos sistêmicos (NASCIMENTO, 2009).
Segundos estudiosos os principais tipos de cirurgias conservadoras para o tratamento de
câncer de mama são: tumorectomia (exérese do tumor sem margens); Ressecção segmentar ou
setorectomia (exérese do tumor com margens) (BARROS, 2001).
As cirurgias não conservadoras incluem: a adenomastectomia subcutânea ou mastectomia
subcutânea (retirada da glândula mamária, preservando-se pele e complexo aréolo-papilar);
mastectomia simples ou total (retirada da mama com pele e complexo aréolo-papilar);
12
mastectomia com preservação de um ou dois músculos peitorais com linfadenectomia axilar
(radical modificada); mastectomia com retirada do(s) músculo(s) peitoral (is) com linfadenectomia
axilar (radical) (BARROS, 2001).
Percebe-se, porém que as mulheres submetidas à mastectomia são mais prováveis de ter
pior qualidade de vida do que as submetidas a tratamento conservador da mama, independente da
idade. Quando as mulheres recebem quimioterapia adjuvante relatam que o câncer de mama tem
efeito negativo sobre suas vidas sexuais, sendo problemas como interesse sexual, lubrificação
vaginal e dor à penetração os mais relatados por essas pacientes. No entanto, esses problemas
podem piorar com o tempo e o envelhecimento. A terapia hormonal parece não apresentar efeito
significante sobre a qualidade de vida (LOTTI, 2008).
No relato em mulheres com câncer de mama o resultado indicou que a mastectomia
unilateral foi o tratamento indicado para a maioria das mulheres do grupo. Apenas em um caso foi
indicada a mastectomia bilateral. Em quatro casos, a mastectomia total estava sendo indicada,
enquanto a mastectomia parcial estava sendo recomendada para três outras (ARANTES, 2003).
Como a maioria das pacientes com câncer de mama é beneficiada pela quimioterapia
adjuvante, hormonioterapia ou a combinação de ambos, alguns autores, Como Lotti (2008) e Leite
(2014) questionam sobre a real necessidade de se determinar o estado da axila.
Foi constatado que mesmo em pacientes com tumores iniciais, o comprometimento dos
linfonodos axilares permanece como o mais importante fator prognóstico para a recorrência e
sobrevida (LOTTI, 2008).
2.3 A Fisioterapia no tratamento do câncer de mama
A maioria de casos de câncer de mama, no Brasil é diagnosticada em estágios avançados,
diminuindo as chances de sobrevida das pacientes e comprometendo os resultados do tratamento.
Nos casos de câncer de mama, ele é o mais temido entre a população feminina, provocando
alterações psicológicas em relação a doença, ao tratamento e a mutilação, o que compromete os
aspectos físicos, psicológicos e sociais. A intervenção fisioterapêutica é de fundamental
importância na reabilitação global para diminuição da dor e do edema e prevenindo outras
complicações físicas (LEITE, 2014).
As cirurgias por câncer de mama, bem como as terapias adjuvantes, podem resultar em
algumas complicações físicas, dentre elas: infecção, necrose de pele, seroma, aderência e
deiscência cicatricial, limitação da amplitude de movimento (ADM) do ombro, cordão axilar, dor,
alteração sensorial, lesão de nervos motor e/ou sensitivo, fraqueza muscular e linfedema
13
(NASCIMENTO, 2012).
A fisioterapia é fundamental na reabilitação, prevenção e recuperação dos movimentos do
membro superior no pós-operatório, contribuindo para a melhora da conscientização corporal e
oferecendo orientações necessárias para as atividades diárias. Vários são os recursos
fisioterapêuticos utilizados no pós-operatório de câncer de mama, entre eles a cinesioterapia, a
terapia manual e o complexo descongestivo fisioterápico (NASCIMENTO, 2012).
Neste contexto, o tratamento do câncer de mama exige uma abordagem multidisciplinar,
atuando conjuntamente os departamentos de mastologia, oncologia clínica, radioterapia, cirurgia
reparadora, anatomia patológica, radiologia, fisioterapia e psicologia (LEITE, 2014).
As principais e mais comuns complicações no pós-operatório de câncer de mama, estão
incluídas: dor, limitação de amplitude de movimento, linfedema, limitação da expansibilidade
torácica, complicações respiratórias, deiscência, seroma, dentre outras. Nesses casos os recursos e
técnicas fisioterápicas utilizadas no tratamento correspondem a cinesioterapia, composta por
alongamento, fortalecimento muscular e relaxamento, sendo de forma passiva, ativo-assistida,
autopassiva, e ativa contra a ação da gravidade. As drenagens linfáticas manuais, que associadas à
massagem buscam o relaxamento e o aumento da absorção do fluxo linfático superficial. A
contenção elástica e o enfaixamento compressivo que promovem uma modificação na
hemodinâmica em nível venoso, linfático e tissular Terapia fisica complexa descongestiva, DLM,
enfaixamento, cinesioterapia (exercicio linfomiocineticos), cuidados com a pele (LEONEL, 2010).
2.4 Qualidade de vida em mulheres mastectomizadas
Existem diferenças, substanciais, existentes na Qualidade de Vida (QV) entre mulheres
com câncer de mama submetidas à mastectomia e aquelas que não passaram por tal procedimento.
A influência das modalidades de intervenções cirúrgicas ao câncer de mama sobre a QV no que
diz respeito à imagem corporal, geralmente é cercado por uma percepção negativa sendo um
resultado previsível diante da amputação. É provável que esta percepção negativa encubra ou
associe-se ao processo de luto subjacente, relacionado à perda da mama e de sua representação
simbólica, impostas pela mastectomia (MAJEWSKI, 2011).
14
Cantinelli et al (2006) apud Amaral (2009) afirmam que:
“A mama é a metonímia do feminino e que o seu acometimento
expõe essa população a uma série de questões como o seu
posicionamento como mulher atraente e feminina ou a mãe que amamenta, além de se deparar com questões existenciais
relacionadas à finitude, à morte. Discorrem, ainda, que a forma
como cada uma irá lidar com o seu processo de adoecimento
dependerá de inúmeros fatores que irão influenciar direta ou indiretamente sua qualidade de vida, tais como idade, status
econômico, estágio da doença, processo de tratamento, contexto
familiar, relação marital, perspectiva de futuro, entre outros” (AMARAL, 2009).
A perda de qualidade de vida mulheres mastectomizadas depende dos aspectos
sociodemográficos (dimensões familiares e psicológicas) e das variáveis clínicas (mulheres jovens
ou não e o tipo de tratamento adotado). A fisoterapia tem o objetivo de ensinar e realizar
reabilitação através de exercícios específicos, na busca de minimizar complicações no pós-
cirúrgico, e ajudar a cada paciente a atender o equilíbrio biopsicossocial (GALDINO, 2017).
3 METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa de campo, com a finalidade de analisar a qualidade de vida de
mulheres que passaram por tratamento de câncer de mama, comparando as que realizaram ou
realiza tratamento fisioterapêutico, com as que não tiveram acompanhamento fisioterapêutico.
Foram entrevistadas 25 mulheres entre 20 e 60 anos para responder o questionário com 30
questões (EORTC QLQ -C30) na sede da organização não governamental (ONG) (vencedoras
unidas) na Asa Sul- Brasília-DF.
A faixa etária das mulheres pesquisadas variava de 20 a 60 anos, que foram diagnosticadas
com câncer de mama, já submetidas à cirurgia para retirada do tumor, que realizaram ou estão
realizando quimioterapia ou radioterapia. Todas as entrevistadas concordaram e assinaram o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram excluídas das pesquisas pacientes
portadoras de outras patologias que possam interferir no resultado da pesquisa, tais como, artrite
reumatóide, tendinite na cintura escapular, síndrome do impacto, artroses, fibromialgia ou algum
acometimento que possa prejudicar a função do ombro.
15
3.1 Coletas de dados
As pacientes, inicialmente, responderam uma avaliação que consistia na caracterização da
amostra (anexo 1). Foram coletadas informações relativas à idade, estado civil, escolaridade,
profissão e lateralidade. Além de questões referentes ao diagnóstico, tipo de cirurgia, história
obstétrica, amamentação e tratamentos adjuvantes.
3.2 Questionário EORTC QLQ -C30
Para avaliar a qualidade, utilizaremos o instrumento EORTC QLQ -C30 (anexo 2). O
questionário que será submetido, segundo a autora é de validade, confiabilidade para avaliar a
qualidade de vida em mulheres com câncer de mama.
3 .3 Analise estatistica
Devido ao tamanho da amostra optou-se por utilizar o teste de Fisher para analisar dados
discretos (nominais ou ordinais). A cada indivíduo nos grupos é atribuído um dentre dois escores
possíveis. Os escores foram analisados nos grupos dos que tiveram acompanhamento com
fisioterapeuta e os que não tiveram.
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
O EORTC-QLQ-C30 é um questionário genérico para avaliar a qualidade de vida do
paciente com câncer. É composto de 30 questões divididas em: cinco escalas funcionais (função
física, desempenho funcional, cognitivo, emocional e social); três escalas de sintomas (fadiga, dor
e náusea e vômito); (Soma dos valores das 30 primeiras questões – 30)/1,2 (Soma dos valores –
4)/0,16, uma escala sobre o estado de saúde global (saúde e qualidade de vida); um número de
itens isolados que avaliam sintomas comumente relatados por pacientes de câncer (dispnéia, perda
do apetite, insônia, constipação e diarréia); e um item de avaliação do impacto financeiro da
doença (FIGUEIREDO, 2013).
Para saber o cálculo em cada escala, é realizada a média de pontuação em cada uma das
escalas. Após esta média retira-se 1 ponto e divide-se pela máxima pontuação. Na escala
funcional, antes de multiplicar por 100 a escala deve ser revertida (1- escala) (FIGUEIREDO,
2013).
16
Após a primeira entrevista e aplicação dos questionários, as pacientes selecionadas da
ONG em Brasília, submetidas ao tratamento cirúrgico para o CA de mama, tiveram perguntas
sobre a participação em fisioterapia após todo procedimento cirúrgico na mama.
As instruções fisioterapêuticas pertencentes ao protocolo baseavam se em alongamento
ativo de membro superior, exercícios ativos livres para membro superior, orientações posturais,
drenagem linfática, estímulo à independência da paciente nas AVD‟s além dos cuidados com o
manejo do membro ipsilateral a cirurgia para evitar o linfedema.
As pacientes são encorajadas a seguir as orientações no domicilio e levam para casa os
exercícios realizados na fisioterapia.
Inicialmente as variáveis foram recodificadas conforme a necessidade para a análise.
Procedeu-se então a análise descritiva das variáveis qualitativas utilizadas neste estudo com os
dados estatísticos e as médias dos escores conforme a tabela 01 abaixo:
17
Tabela 1: Características dos 25 pacientes participantes do estudo: Distribuição das mulheres participantes em relação à idade, ao estado civil, tipo de cirurgia e tratamento, Pós Cirurgia de
Câncer de Mama, local da dor e Fisioterapia Pós Cirurgia.
Legenda: EORT. Copyright 1995 EORTC Study Group on Quality of Life. Todos os
direitos reservados. Version 3.0.
Variável n = 25 (%) Fisioterapia Pós Cirurgia n (%)
Sim
18(72)
Não
7(28)
Idade 20-34 3(12) 2(12) 3(17)
1(5)
3(17) 4(22)
4(22)
1(5)
7(38)
7(38)
5(24) -
11(62) 5(27)
2(11)
16(88) 12(66)
8(44)
5(24)
7(38)
5(24)
4(22) 60,27
- -
-
1(14) 4(58)
1(14)
1(14)
-
6(86)
1(14)
4(58) 3(42)
-
5(28) 6(86)
5(28)
-
2(28)
-
- 54,28
35-39 3(12)
40-44 1(4)
45-49 5(20) 50-54 4(16)
55-59 8(32)
+60 1(4)
Estado Civil Solteira 7(28)
Casada 12(48)
Divorciada 5(20) Viúva 1(4)
Tipo de Cirurgia Mastectomia 16(64) Quadrantectomia 7(28)
Setorectomia 2(8)
Tipo de Tratamento Quimioterapia 16(64) Radioterapia 9(36)
Uso de
Tamoxifeno
12(48)
Pós Cirurgia de
Câncer de Mama
Linfedema 5(20)
Sentiu Dor 9(36)
Local da Dor Mama operada 5(20)
Punho Ipsi 4(16) Eorte QLQ 30(total)
18
4.1 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE E DISCUSSÃO
Quanto à distribuição da faixa etária na pesquisa percebeu-se que dentre 55 a 59 anos se
concentra a maioria das mulheres e em sua maioria tem um relacionamento marital estabilizado
socialmente.
Em relação às variáveis dos tipos de cirurgias citado nas entrevistas, pode-se observar que
a maioria das pacientes do grupo tiveram um tratamento mais radical que foi a mastectomia (que
foi a retirada total ou parcial da mama, associada a retirada dos gânglios linfáticos da axila),
seguido pelas cirurgias mais conservadoras como quadrantectomia (que foi a remoção de um
quadrante da glândula mamária onde está localizado o tumor) e apenas 02 pacientes fizeram uso
da Setorectomia.
Sabe-se que a presença de linfonodos axilares positivos é um dos fatores prognósticos mais
fortes com relação ao tratamento do câncer de mama. Se não for identificado nenhum linfonodo
alterado, a biópsia de linfonodo sentinela deve ser realizada, e no estudo em pauta das 25
pacientes entrevistadas, apenas 05 relatarm que tiveram Linfedema.
Para Raupp (2017) a quimioterapia e radioterapia associadas à cirurgia podem aumentar
até 90% a sobrevida das pacientes. Entretanto, a terapia ideal deve ser considerada para cada caso.
Sobre às características do tratamento oncológico. Percebe-se que as pacientes que tiveram câncer
de mama, em sua maioria, tiveram que utilizar tanto a quimioterapia antineoplásica e o tratamento
no qual se utilizam radiações ionizantes para destruir os tumores e impedir que suas células
aumentem. Convém destacar também que das 25 mulheres 12 utilizaram o uso de tamoxifeno
visando atingir as células cancerosas em qualquer parte do corpo e não apenas na mama.
Os resultados obtidos por meio do instrumento de qualidade de vida, conforme tabela 01
no Eorte QLQ 30 destaca que foram observadas uma pequena diferença entre as pacientes que
fizeram e as que não a fisioterapia seguindo todos os protocolos. Neste contexto, as pacientes que
tiveram que se submeter as cirurgias de mastectomia e mastectomia, em sua maioria fizeram após
o ato cirúrgico o acompanhamento fisioterapeutico, buscando evitar complicações pós-operatórias
e prevenir ou minimizar o linfedema ou a perda de mobilidade no ombro.
Os resultados também mostraram que das 25 pacientes apenas 05 relataram que tiveram
linfedema, que é uma condição que pode aparecer em pacientes tratadas para o câncer de mama,
principalmente após cirurgia ou radioterapia, e ocorre quando o vaso linfático é incapaz de drenar
adequadamente o fluido corporal.
19
Quanto a funcionalidade do membro superior em mulheres submetidas ao tratamento do
câncer de mama observou-se na pesquisa um escore satisfatório de capacidade funcional nas
pacientes, e também de poucas queixas em relação a dor após o ato cirúrgico. A atuação da
fisioterapia precocemente no tratamento dessas pacientes seja qual o tipo de cirurgia e opção
médica do tratamento, só tem a contribuir para a melhor qualidade de vida dessas pacientes.
20
5. CONCLUSÕES
Conclui-se que o tratamento de câncer de mama tem grande importância na qualidade de
vida no pós-operatório e a abordagem da fisioterapia nos questionários aplicados, demostraram
que pode haver diminuição e comprometimento da qualidade de vida, quer seja por redução das
atividades, ou pela realização de tratamentos adjuvantes, como radioterapia e quimioterapia,
todavia, as pacientes em sua maioria optaram por intervenções fisioterapeuta colocando um valor
cientifico e experimental nas ações do profissional de saúde. A fisioterapia demonstrou que
interferire positivamente na qualidade de vida destas mulheres, principalmente para aperfeiçoar
mobilidade, reduzirem dor e edema, para ganho de autonomia para realização de atividades
diárias.
21
6. REFERÊNCIAS
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26
ANEXO 1
QUESTIONÁRIO DE CARACTERIZAÇÃO
DATA DE PREENCHIMENTO: _____/_____/______/
Comorbidades já existentes: (A) operação no ombro (B) reumatismo (C) outros.
Membro dominante: (A) direito (B) esquerdo (C) ambidestro
Lado da cirurgia: (A) direita (B) esquerda (C) bilateral
Nome da paciente:
_______________________________________________________________
Data de nascimento: _____/_____/ _____
Estado civil: (A) solteira (B) casada (C) divorciada (D) viúva (E) outros
Profissão: ___________________
Endereço:________________________________________________________
Telefone: __________________ ____________________
Amamentou? (S) sim (N) não 16- quanto tempo? ________________meses
Data cirurgia: ____/ _____/ ______
Tempo de cirurgia: _______ meses
Tipo de cirurgia na mama: (A) Mastectomia (B) Quadrantectomia (C) Setorectomia
Tipo de cirurgia na axila: (A) LFN nº de lifonodos_____ (B) BLS ____ nº de linfonodos
Reconstrução mamária: (S) sim (N) não
Tipo de reconstrução: (A) TRAM (B) expansor (C) silicone
HF câncer mama (S) sim (N) não
Em caso sim: (A) mãe (B) irmã (C) filha
Resultado de biopsia (A) carcinoma invasor (B) carcinoma in situ (C) outros.
Tratamento Oncológico: _____________________________
Realizou RT? (S) sim (N) não nº sessões: _______________
Teve efeitos colaterais da RT? (S) sim (N) não
Em caso sim: (A) queimadura (B) escurecimento da pele (C) sensibilidade local (D)
ressecamento (E) outros
Realizou QT? (S) sim (N) não
Caso sim: (A) Antes da cirurgia (B) depois da cirurgia
Número de ciclos: (A) 4 (B)6 (C) 8 (D) acima 8 ciclos
27
Teve efeitos colaterais da QT? (S) sim (N) não
Em caso sim: (A) alopecia (B) enjoo (C) diarreia (D) formigamentos (E) ressecamento de
boca (F) mudanças na pele (G) outros
Realizou HT? (S) sim (N) não
Usou Tamoxifeno? (S) sim (N) não
Efeitos colaterais da HT (S) sim (N) não
Efeitos colaterais da HT: (A) fogachos (B) trombose (C) dores MMII (D) sangramento
vaginal (E) outros
Sente Dor após a cirurgia de Câncer de mama (S) SIM (N) NÃO
Local da dor: (A) mama operada EVA (0-10) ____ Frequência _____
(B) braço ipsilateral EVA (0-10) ____ Frequência _____
(C) cotovelo ipsi EVA (0-10) ____ Frequência _____
(D) punho ipsi EVA (0-10) ____ Frequência _____
(E) mama contralateral EVA (0-10) ____ Frequência _____
(F) local do dreno EVA (0-10) ____ Frequência _____
Sensação peso braço (S) SIM (N) NÃO
Dificuldade de movimentos mão (S) SIM (N) NÃO
Sensação de braço inchado (S) SIM (N) NÃO
Frequência da dor:
(1) constantemente
(2) eventualmente
(3) ao movimento
Ferida operatória: (A) efetivada (B) deiscência parcial (C) deiscência total
Presença de Seroma (1) não (2) sim local: ______________
Cicatriz: (A) sem alteração (B) aderida (C) fibrose (D) retração (E) hipertrófica.
Local Cicatriz: (A) toda a extensão (B) localizada
Coloração cicatriz: (A) vermelha (B) cor da pele (C) escura (D) branca (E) rosa
Lista de abreviaturas e siglas
ESG - Escala Estado de Saúde Global (EORTC-QLQC30)
EVA - Escala Visual Analógica
HT- Hormonioterapia
LS - Linfonodo Sentinela
28
QT - Quimioterapia
QV - Qualidade de vida
QVRS - Qualidade de vida relacionada à saúde
RT - Radioterapia
SB - Escala Sintomas do Braço
ESCALA VISUAL ANALÓGICA DA DOR
ANEXO 2
EORTC QLQ-C30 (version 3)
Gostaríamos de conhecer alguns pormenores sobre si e a sua saúde. Responda você mesmo/a, por
favor, a todas as perguntas fazendo um círculo à volta do número que melhor se aplica ao seu
caso. Não há respostas certas nem erradas. A informação fornecida é estritamente confidencial.
Escreva as iniciais do seu nome:
A data de nascimento (dia, mês, ano):
A data de hoje (dia, mês, ano):
Não Um Bastante Muito pouco
1. Custa-lhe fazer esforços mais violentos, por exemplo, carregar um saco de compras pesado ou
uma mala? 1 2 3 4
2. Custa-lhe percorrer uma grande distância a pé? 1 2 3 4
3. Custa-lhe dar um pequeno passeio a pé, fora de casa? 1 2 3 4
4. Precisa de ficar na cama ou numa cadeira durante o dia? 1 2 3 4
5. Precisa que o/a ajudem a comer, a vestir-se, a lavar-se ou a ir à casa de banho? 1 2 3 4
Durante a última semana: Não Um Bastante Muito Pouco
6. Sentiu-se limitado/a no seu emprego ou no desempenho das suas atividades diárias? 1 2 3 4
7. Sentiu-se limitado/a na ocupação habitual dos seus tempos livres ou noutras atividades de laser?
1 2 3 4
8. Teve falta de ar? 1 2 3 4
29
9. Teve dores? 1 2 3 4
10. Precisou de descansar? 1 2 3 4
11. Teve dificuldade em dormir? 1 2 3 4
12. Sentiu-se fraco/a? 1 2 3 4
13. Teve falta de apetite? 1 2 3 4
14. Teve enjoos? 1 2 3 4
15. Vomitou? 1 2 3 4
Durante a última semana : Não Um Bastante Muito Pouco
16. Teve prisão de ventre? 1 2 3 4
17. Teve diarreia? 1 2 3 4
18. Sentiu-se cansado/a? 1 2 3 4
19. As dores perturbaram as suas atividades diárias? 1 2 3 4
20. Teve dificuldade em concentrar-se, por exemplo, para ler o jornal ou ver televisão? 1 2 3 4
21. Sentiu-se tenso/a? 1 2 3 4
22. Teve preocupações? 1 2 3 4
23. Sentiu-se irritável? 1 2 3 4
24. Sentiu-se deprimido/a? 1 2 3 4
25. Teve dificuldade em lembrar-se das coisas? 1 2 3 4
26. O seu estado físico ou tratamento médico interferiram na sua vida familiar? 1 2 3 4
27. O seu estado físico ou tratamento médico interferiram na sua atividade social? 1 2 3 4
28. O seu estado físico ou tratamento médico causaram-lhe problemas de ordem financeira? 1 2 3
4
Nas perguntas que se seguem faça um círculo à volta do número, entre 1 e 7, que melhor se
aplica ao seu caso
29. Como classificaria a sua saúde em geral durante a última semana? 1 2 3 4 5 6 7
Péssima Óptima
30. Como classificaria a sua qualidade de vida global durante a última semana? 1 2 3 4 5 6 7
Péssima Ótima
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Version 3.0.