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Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos Curso de Fisioterapia Trabalho de Conclusão de Curso A ABORDAGEM DA FISIOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA. LAYSA EDUARDA DAMASCENO BRAGA BONESSI TATIANE DA SILVA LIMA Brasília-DF 2019

A ABORDAGEM DA FISIOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA …...mulheres brasileiras. Estima-se que 59.700 novos casos aconteceram no ano de 2018. Apesar da evolução no diagnóstico e tratamento,

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Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos

Curso de Fisioterapia

Trabalho de Conclusão de Curso

A ABORDAGEM DA FISIOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA DE

MULHERES COM CÂNCER DE MAMA.

LAYSA EDUARDA DAMASCENO BRAGA BONESSI

TATIANE DA SILVA LIMA

Brasília-DF

2019

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LAYSA EDUARDA DAMASCENO BRAGA BONESSI

TATIANE DA SILVA LIMA

A ABORDAGEM DA FISIOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES

COM CÂNCER DE MAMA.

Artigo apresentado como requisito para

conclusão do curso de Bacharelado em

Fisioterapia pelo Centro Universitário do

Planalto Central Apparecido dos Santos –

Uniceplac.

Orientadora : Prof(a). Ms. Mariana Cecchi

Salata

Brasília-DF

2019

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LAYSA EDUARDA DAMASCENO BRAGA BONESSI

TATIANE DA SILVA LIMA

A ABORDAGEM DA FISIOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES

COM CÂNCER DE MAMA.

Artigo apresentado como requisito para

conclusão do curso de Bacharelado em

Fisioterapia pelo Centro Universitário do

Planalto Central Apparecido dos Santos –

Uniceplac.

Gama, 17 de Junho de 2019.

Banca Examinadora

Prof. Nome completo

Orientador

Prof. Nome completo

Examinador

Prof. Nome Completo

Examinador

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Dedicatória

Dedico esse trabalho primeramente a Deus, por todas as portas abertas e bençãos

concedidas na minha vida, e também a minha familia e amigos, que me apoiaram e me apararam

nos dias mais dificeis dessa caminhada e a todos os professores que auxiliaram nessa jornada e em

especial minha orientadora Mariana Cecchi Salata por toda orientação e dedicação para que esse

trabalho fosse concluido.

„‟Laysa Eduarda Damasceno Braga Bonessi‟‟

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial em minha vida, sem ele nada

seria possível. Ao meu esposo Leonardo e minhas filhas Luísa e Lavínia e toda a minha família

que, com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa.

A professora Mariana Cechi Salata pela paciência na orientação e incentivo que tornaram

possível a conclusão desse trabalho. Enfim agradeço a todas as pessoas que fizeram parte dessa

etapa essencial em minha vida.

“Tatiane da Silva Lima”

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A abordagem da fisioterapia na qualidade de vida de mulheres com câncer de mama

Laysa Eduarda Damasceno Braga Bonessi 1

Tatiane da Silva Lima 2

Resumo:

O câncer de mama na vida da mulher acarreta efeitos traumáticos, para além da própria enfermidade. O objetivo da

pesquisa é analisar a qualidade de vida de mulheres submetidas ao tratamento fisioterapêutico após a cirurgia no

tratamento de câncer de mama. Trata-se de uma pesquisa de campo com 25 mulheres mastectomizadas e que

responderam o questionário com 30 questões (EORTC QLQ -C30) na sede da ONG (vencedoras unidas) na Asa Sul-

Brasília-DF. O tratamento do câncer de mama exige uma abordagem multidisciplinar, atuando conjuntamente os

departamentos de mastologia, oncologia clínica, radioterapia, cirurgia reparadora, anatomia patológica, radiologia,

fisioterapia e psicologia. Conclui-se que A fisioterapia contribui positivamente na qualidade de vida destas mulheres,

principalmente para aperfeiçoar mobilidade, reduzindo a dor, o edema, ajudando a mulhere a ter ganho de autonomia

para realização de atividades diárias.

Palavras-chave: Câncer de Mama. Tratamento. Fisioterapia. Qualidade de vida.

Abstract:

Breast cancer in a woman's life leads to traumatic effects beyond her own illness. The objective of the research is to

analyze the quality of life of women submitted to physiotherapeutic treatment after surgery in the treatment of breast

cancer. This is a field survey of 25 women with mastectomies who answered the questionnaire with 30 questions

(EORTC QLQ -C30) at the NGO's headquarters (united winners) at Asa Sul-Brasília-DF. The treatment of breast

cancer requires a multidisciplinary approach, acting jointly the departments of mastology, clinical oncology,

radiotherapy, restorative surgery, pathological anatomy, radiology, physiotherapy and psychology. It is concluded that Physical therapy contributes positively to the quality of life of these women, mainly to improve mobility, reducing

pain and edema, helping women to gain autonomy to perform daily activities.

Keywords: Breast cancer. Treatment. Physiotherapy. Quality of life.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................................................. 8

2. REFERENCIAL TEORICO .................................................................................................................... 10

2.1 Epidemiologia do câncer de mama ............................................................................................... 10

2.2 Tratamento do Câncer de mama .................................................................................................. 11

2.3 A Fisioterapia no tratamento do câncer de mama ........................................................................ 12

2.4 Qualidade de vida em mulheres mastectomizadas....................................................................... 13

3 METODOLOGIA ................................................................................................................................ 14

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................................................ 15

4.1 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE E DISCUSSÃO .......................................................................................... 18

5. CONCLUSÕES ....................................................................................................................................... 20

6. REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................... 21

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INTRODUÇÃO

Segundo o Instituto Nacional de Cãncer (INCA) o câncer de mama é uma patologia grave,

a qual corresponde a uma neoplasia maligna que se desenvolve na mama, devido ao crescimento e

multiplicação atípica de inúmeras células mamárias. O câncer de mama está relacionado a vários

fatores, entre eles estão a hereditariedade, paridade e menopausa tardia, obesidade e menarca

precoce (MATOS, 2011).

A doença pode ocorrer em localizações diferentes, desde o ducto mamário até os glóbulos

mamários. A sua progressividade pode ser lenta ou rápida dependendo do tempo de duplicação

celular e sua complexidade. As células cancerígenas têm a capacidade de penetrar as células

normais e espalhar para locais distantes (PIACENTINI, 2012).

Por mais que se já tenha avançado em métodos propedêuticos e diagnósticos precoces,

assim como as formas de tratamento, o número de incidência acompanhado com a mortalidade é

alarmante no Brasil. O câncer de mama representa cerca de 30%, de todos os tipos de câncer

diagnosticados em mulheres no mundo. A cada 100 mil mulheres 56,33 são diagnosticadas com

câncer de mama. O diagnóstico tardio tem sido o grande problema, pois com a detecção precoce

por meio da mamografia para rastreamento é possível a oferta de tratamento adequado, reduzindo

o risco de mortalidade mesmo com o aumento da incidência (INCA, 2017).

O estudo dos fatores prognósticos tem importância para a realização de uma boa

elaboração de programas terapêuticos. Durante o tratamento a paciente é acompanhada por

equipes multidisciplinar visando o tratamento integral. O alto exame é um grande aliado para se

chegar ao diagnóstico precoce.

Hoje as modalidades terapêuticas disponíveis são a cirurgia, radioterapia para tratamento

loco-regional, e a quimioterapia e a hormonioterapia para tratamento sistêmico. Existem dois tipos

de intervenções cirúrgicas, a conservadoras e não conservadora. A cirurgia conservadora também

pode ser denominada de tumorectomia, quadrantectomia, mastectomia parcial ou mastectomia

segmentar, que tudo engloba procedimentos que visa em retira o tumor e preservando maior parte

da mama, porém é a necessário realizar radioterapia, normalmente é um tratamento realizado em

quando a paciente está em estágio inicial (SOUSA, 2013). Já a não conservadora ocorre a retirada

de todo tecido mamário e as vezes ocorre a remoção de tecidos próximos, pode ser denominada,

adenomastectomia e mastectomia simples ou total (MAJEWSKI, 2012).

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Ao saber do câncer de mama muitas mulheres enfretam a confirmação do diagnóstico com

tristeza e podem passar por diversos tratamentos agressivos, que afetam a identidade pessoal e

eleva a situação de medo da doênça. Os impactos negativos mesmo pós-diagnósticos, persistem

problemas nos domínios social, familiar, emocional e físico, especificamente no que tange à

memória ou concentração, dor, linfedema, desempenho sexual e autoimagem, isso tudo acaba

acometendo a qualidade de vida, por isso a importância de integrar a importância da QV durante

todo tratamento, para engendrar sua imagem para que seu retorno ao seu meio social e familiar,

seja prazeroso. Pacientes que sobrevivem são expostos a diversos fatores que podem deixar

sequelas, o risco de recorrência do câncer ou segunda neoplasia maligna, efeitos colaterais tardios

ou morbidades decorrentes dos tratamentos, desde algumas sequelas físicas, podem levar a um

transtorno depressivo e de estresse pós-traumático, a necessidade de se esmerar na qualidade de

vida (QV) dessas mulheres (MENESES, 2012).

Sabe-se que os tratamentos para o câncer de mama, sejam a quimioterapia, radioterapia ou

a cirurgia, podem levar a eventos adversos, que nem sempre são passíveis de controle. Além de

que, quando não são manejados adequadamente, podem comprometer o desempenho ocupacional

e acarretar piora na Qualidade de Vida (FANGEL, 2013).

A fisioterapia tem como objetivo prevenir ou tratar alterações funcionais, minimizar o

impacto negativo na qualidade de vida dessa mulher, para a qualidade o retorno de sua atividade

de vida diária, por essa razão a importância do acompanhamento fisioterapêutico no pré, durante e

após o tratamento. A funcionalidade está integrada com as atividades realizadas diariamente, as

complicações decorrentes do tratamento oncológico para o câncer de mama, como, linfedema, dor,

parestesia, diminuição da força muscular e redução da amplitude de movimento (ADM) do

membro envolvido, merecem atenção, pois sem o movimento funcional do membro, pode

prejudicar o retorno às atividades rotineiras, comprometendo a qualidade de vida das pacientes

(JAMMAL, 2008).

A fisioterapia oferecer diversos recursos para o tratamento, entre elas estão os

alongamentos, exercícios pendulares, cinesioterapia e mobilizações, são ideais para ganho de

mobilidade e oclusão de dores e edema, no ombro e locais afetados pelo tratamento, exercícios

respiratórios associados a exercícios de cinesio para membros superiores. Já a massagem que tem

como objetivo de relaxar o musculo e assim evitar espasmos, enfeixamentos associados com

drenagem é bastante utilizado para reduzir a formação de edema e auxiliar a remoção do excesso

de fluido linfático já acumulado. A fisioterapia procura dar maior qualidade de vida a paciente

após as cirurgias de mama (Cássia Colla, et al, 2015)

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A Organização Mundial da Saúde, em 1993, definiu qualidade de vida como a percepção

do indivíduo sobre a sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores nos

quais ele vive, e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (FRISON,

2014).

A intervenção fisioterapêutica nas mulheres masctomatizadas o mais precocemente,

possibilitará a prevenção de edemas e interferirá na qualidade de vida e na funcionalidade da

paciente e auxiliará na autoestima (JAMMAL, 2018).

Netse contexto o Objetivo desse estudo é analisar a qualidade de vida de mulheres

submetidas ao tratamento fisioterapêutico após a cirurgia no tratamento de câncer de mama.

2. REFERENCIAL TEORICO

2.1 Epidemiologia do câncer de mama

O câncer de mama (CM) é a principal causa de morte por doenças malignas entre as

mulheres brasileiras. Estima-se que 59.700 novos casos aconteceram no ano de 2018. Apesar da

evolução no diagnóstico e tratamento, os procedimentos cirúrgicos e terapias complementares

como a radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia ainda prevalecem (DOS SANTOS, 2010).

O câncer de mama é definido como uma patologia complexa e heterogênea, de etiologia

desconhecida, com alta incidência e mortalidade. Todavia, para alguns autores a maioria dos

cânceres de mama pode está relacionado à herança de uma mutação germinativa ao nascimento,

que confere a estas mulheres suscetibilidade ao câncer de mama. Entretanto, existem múltiplos

fatores de risco associados ao desenvolvimento do CM, tais como: sobrepeso, alcoolismo,

alterações hormonais, lesões mamárias em categoria de alto risco e existência de familiares

próximos afetados pela enfermidade, sendo o último um dos de maior importância (DANTAS,

2009).

A maioria dos diagnósticos de câncer de mama, na população brasileira, é realizada em

estádios tumorais mais avançados (III e IV), sendo necessária a realização de tratamentos mais

radicais, aumentando significativamente a morbidade e a pior qualidade de vida (LEITE, 2010).

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A eclosão do câncer de mama na vida da mulher acarreta efeitos traumáticos, para além da

própria enfermidade. A mulher se depara com a iminência da perda de um órgão altamente

investido de representações, assim como o temor de ter uma doença sem cura, repleta de

sofrimentos e estigmas. Um importante fator que tem contribuído para o aumento da sobrevida das

mulheres com câncer de mama são os avanços da medicina, proporcionando tratamentos mais

eficientes e técnicas que viabilizam a detecção precoce. Com esses progressos terapêuticos, o

câncer vai deixando de ser uma doença frequentemente fatal e assumindo características de uma

doença crônica (TRUFELLI, 2008).

As formas mais eficazes de detecção precoce do câncer de mama são: o exame sistemático

da mama, ou exame clínico, feito pelo profissional especializado; a mamografia, que consiste em

um exame radiológico de alta precisão e custo igualmente elevado, o que dificulta o acesso da

população de menor poder aquisitivo; e para finalizar, o autoexame das mamas (AEM),

caracterizado pela facilidade e baixo custo, já que quem o executa é a própria mulher

(NASCIMENTO, 2009).

A maioria dos diagnósticos de câncer de mama, na população brasileira, é realizada em

estádios tumorais mais avançados (III e IV), sendo necessária a realização de tratamentos mais

radicais, aumentando significativamente a morbidade e a pior qualidade de vida. O diagnóstico de

câncer confronta o sujeito com a questão do imponderável, da finitude e da morte. Como toda

doença potencialmente letal, traz a perda do corpo saudável, a perda da sensação de

invulnerabilidade e a perda do domínio sobre a própria vida (OLIVEIRA, 2008).

2.2 Tratamento do Câncer de mama

O tratamento do câncer pode ser realizado basicamente por quatro abordagens: a cirurgia

(mastectomia unilateral, bilateral, total ou parcial) e radioterapia, como tratamentos locais; a

quimioterapia e a terapia com agentes biológicos (como hormônios, anticorpos ou fatores de

crescimento) como tratamentos sistêmicos (NASCIMENTO, 2009).

Segundos estudiosos os principais tipos de cirurgias conservadoras para o tratamento de

câncer de mama são: tumorectomia (exérese do tumor sem margens); Ressecção segmentar ou

setorectomia (exérese do tumor com margens) (BARROS, 2001).

As cirurgias não conservadoras incluem: a adenomastectomia subcutânea ou mastectomia

subcutânea (retirada da glândula mamária, preservando-se pele e complexo aréolo-papilar);

mastectomia simples ou total (retirada da mama com pele e complexo aréolo-papilar);

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mastectomia com preservação de um ou dois músculos peitorais com linfadenectomia axilar

(radical modificada); mastectomia com retirada do(s) músculo(s) peitoral (is) com linfadenectomia

axilar (radical) (BARROS, 2001).

Percebe-se, porém que as mulheres submetidas à mastectomia são mais prováveis de ter

pior qualidade de vida do que as submetidas a tratamento conservador da mama, independente da

idade. Quando as mulheres recebem quimioterapia adjuvante relatam que o câncer de mama tem

efeito negativo sobre suas vidas sexuais, sendo problemas como interesse sexual, lubrificação

vaginal e dor à penetração os mais relatados por essas pacientes. No entanto, esses problemas

podem piorar com o tempo e o envelhecimento. A terapia hormonal parece não apresentar efeito

significante sobre a qualidade de vida (LOTTI, 2008).

No relato em mulheres com câncer de mama o resultado indicou que a mastectomia

unilateral foi o tratamento indicado para a maioria das mulheres do grupo. Apenas em um caso foi

indicada a mastectomia bilateral. Em quatro casos, a mastectomia total estava sendo indicada,

enquanto a mastectomia parcial estava sendo recomendada para três outras (ARANTES, 2003).

Como a maioria das pacientes com câncer de mama é beneficiada pela quimioterapia

adjuvante, hormonioterapia ou a combinação de ambos, alguns autores, Como Lotti (2008) e Leite

(2014) questionam sobre a real necessidade de se determinar o estado da axila.

Foi constatado que mesmo em pacientes com tumores iniciais, o comprometimento dos

linfonodos axilares permanece como o mais importante fator prognóstico para a recorrência e

sobrevida (LOTTI, 2008).

2.3 A Fisioterapia no tratamento do câncer de mama

A maioria de casos de câncer de mama, no Brasil é diagnosticada em estágios avançados,

diminuindo as chances de sobrevida das pacientes e comprometendo os resultados do tratamento.

Nos casos de câncer de mama, ele é o mais temido entre a população feminina, provocando

alterações psicológicas em relação a doença, ao tratamento e a mutilação, o que compromete os

aspectos físicos, psicológicos e sociais. A intervenção fisioterapêutica é de fundamental

importância na reabilitação global para diminuição da dor e do edema e prevenindo outras

complicações físicas (LEITE, 2014).

As cirurgias por câncer de mama, bem como as terapias adjuvantes, podem resultar em

algumas complicações físicas, dentre elas: infecção, necrose de pele, seroma, aderência e

deiscência cicatricial, limitação da amplitude de movimento (ADM) do ombro, cordão axilar, dor,

alteração sensorial, lesão de nervos motor e/ou sensitivo, fraqueza muscular e linfedema

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(NASCIMENTO, 2012).

A fisioterapia é fundamental na reabilitação, prevenção e recuperação dos movimentos do

membro superior no pós-operatório, contribuindo para a melhora da conscientização corporal e

oferecendo orientações necessárias para as atividades diárias. Vários são os recursos

fisioterapêuticos utilizados no pós-operatório de câncer de mama, entre eles a cinesioterapia, a

terapia manual e o complexo descongestivo fisioterápico (NASCIMENTO, 2012).

Neste contexto, o tratamento do câncer de mama exige uma abordagem multidisciplinar,

atuando conjuntamente os departamentos de mastologia, oncologia clínica, radioterapia, cirurgia

reparadora, anatomia patológica, radiologia, fisioterapia e psicologia (LEITE, 2014).

As principais e mais comuns complicações no pós-operatório de câncer de mama, estão

incluídas: dor, limitação de amplitude de movimento, linfedema, limitação da expansibilidade

torácica, complicações respiratórias, deiscência, seroma, dentre outras. Nesses casos os recursos e

técnicas fisioterápicas utilizadas no tratamento correspondem a cinesioterapia, composta por

alongamento, fortalecimento muscular e relaxamento, sendo de forma passiva, ativo-assistida,

autopassiva, e ativa contra a ação da gravidade. As drenagens linfáticas manuais, que associadas à

massagem buscam o relaxamento e o aumento da absorção do fluxo linfático superficial. A

contenção elástica e o enfaixamento compressivo que promovem uma modificação na

hemodinâmica em nível venoso, linfático e tissular Terapia fisica complexa descongestiva, DLM,

enfaixamento, cinesioterapia (exercicio linfomiocineticos), cuidados com a pele (LEONEL, 2010).

2.4 Qualidade de vida em mulheres mastectomizadas

Existem diferenças, substanciais, existentes na Qualidade de Vida (QV) entre mulheres

com câncer de mama submetidas à mastectomia e aquelas que não passaram por tal procedimento.

A influência das modalidades de intervenções cirúrgicas ao câncer de mama sobre a QV no que

diz respeito à imagem corporal, geralmente é cercado por uma percepção negativa sendo um

resultado previsível diante da amputação. É provável que esta percepção negativa encubra ou

associe-se ao processo de luto subjacente, relacionado à perda da mama e de sua representação

simbólica, impostas pela mastectomia (MAJEWSKI, 2011).

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Cantinelli et al (2006) apud Amaral (2009) afirmam que:

“A mama é a metonímia do feminino e que o seu acometimento

expõe essa população a uma série de questões como o seu

posicionamento como mulher atraente e feminina ou a mãe que amamenta, além de se deparar com questões existenciais

relacionadas à finitude, à morte. Discorrem, ainda, que a forma

como cada uma irá lidar com o seu processo de adoecimento

dependerá de inúmeros fatores que irão influenciar direta ou indiretamente sua qualidade de vida, tais como idade, status

econômico, estágio da doença, processo de tratamento, contexto

familiar, relação marital, perspectiva de futuro, entre outros” (AMARAL, 2009).

A perda de qualidade de vida mulheres mastectomizadas depende dos aspectos

sociodemográficos (dimensões familiares e psicológicas) e das variáveis clínicas (mulheres jovens

ou não e o tipo de tratamento adotado). A fisoterapia tem o objetivo de ensinar e realizar

reabilitação através de exercícios específicos, na busca de minimizar complicações no pós-

cirúrgico, e ajudar a cada paciente a atender o equilíbrio biopsicossocial (GALDINO, 2017).

3 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa de campo, com a finalidade de analisar a qualidade de vida de

mulheres que passaram por tratamento de câncer de mama, comparando as que realizaram ou

realiza tratamento fisioterapêutico, com as que não tiveram acompanhamento fisioterapêutico.

Foram entrevistadas 25 mulheres entre 20 e 60 anos para responder o questionário com 30

questões (EORTC QLQ -C30) na sede da organização não governamental (ONG) (vencedoras

unidas) na Asa Sul- Brasília-DF.

A faixa etária das mulheres pesquisadas variava de 20 a 60 anos, que foram diagnosticadas

com câncer de mama, já submetidas à cirurgia para retirada do tumor, que realizaram ou estão

realizando quimioterapia ou radioterapia. Todas as entrevistadas concordaram e assinaram o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram excluídas das pesquisas pacientes

portadoras de outras patologias que possam interferir no resultado da pesquisa, tais como, artrite

reumatóide, tendinite na cintura escapular, síndrome do impacto, artroses, fibromialgia ou algum

acometimento que possa prejudicar a função do ombro.

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3.1 Coletas de dados

As pacientes, inicialmente, responderam uma avaliação que consistia na caracterização da

amostra (anexo 1). Foram coletadas informações relativas à idade, estado civil, escolaridade,

profissão e lateralidade. Além de questões referentes ao diagnóstico, tipo de cirurgia, história

obstétrica, amamentação e tratamentos adjuvantes.

3.2 Questionário EORTC QLQ -C30

Para avaliar a qualidade, utilizaremos o instrumento EORTC QLQ -C30 (anexo 2). O

questionário que será submetido, segundo a autora é de validade, confiabilidade para avaliar a

qualidade de vida em mulheres com câncer de mama.

3 .3 Analise estatistica

Devido ao tamanho da amostra optou-se por utilizar o teste de Fisher para analisar dados

discretos (nominais ou ordinais). A cada indivíduo nos grupos é atribuído um dentre dois escores

possíveis. Os escores foram analisados nos grupos dos que tiveram acompanhamento com

fisioterapeuta e os que não tiveram.

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

O EORTC-QLQ-C30 é um questionário genérico para avaliar a qualidade de vida do

paciente com câncer. É composto de 30 questões divididas em: cinco escalas funcionais (função

física, desempenho funcional, cognitivo, emocional e social); três escalas de sintomas (fadiga, dor

e náusea e vômito); (Soma dos valores das 30 primeiras questões – 30)/1,2 (Soma dos valores –

4)/0,16, uma escala sobre o estado de saúde global (saúde e qualidade de vida); um número de

itens isolados que avaliam sintomas comumente relatados por pacientes de câncer (dispnéia, perda

do apetite, insônia, constipação e diarréia); e um item de avaliação do impacto financeiro da

doença (FIGUEIREDO, 2013).

Para saber o cálculo em cada escala, é realizada a média de pontuação em cada uma das

escalas. Após esta média retira-se 1 ponto e divide-se pela máxima pontuação. Na escala

funcional, antes de multiplicar por 100 a escala deve ser revertida (1- escala) (FIGUEIREDO,

2013).

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Após a primeira entrevista e aplicação dos questionários, as pacientes selecionadas da

ONG em Brasília, submetidas ao tratamento cirúrgico para o CA de mama, tiveram perguntas

sobre a participação em fisioterapia após todo procedimento cirúrgico na mama.

As instruções fisioterapêuticas pertencentes ao protocolo baseavam se em alongamento

ativo de membro superior, exercícios ativos livres para membro superior, orientações posturais,

drenagem linfática, estímulo à independência da paciente nas AVD‟s além dos cuidados com o

manejo do membro ipsilateral a cirurgia para evitar o linfedema.

As pacientes são encorajadas a seguir as orientações no domicilio e levam para casa os

exercícios realizados na fisioterapia.

Inicialmente as variáveis foram recodificadas conforme a necessidade para a análise.

Procedeu-se então a análise descritiva das variáveis qualitativas utilizadas neste estudo com os

dados estatísticos e as médias dos escores conforme a tabela 01 abaixo:

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Tabela 1: Características dos 25 pacientes participantes do estudo: Distribuição das mulheres participantes em relação à idade, ao estado civil, tipo de cirurgia e tratamento, Pós Cirurgia de

Câncer de Mama, local da dor e Fisioterapia Pós Cirurgia.

Legenda: EORT. Copyright 1995 EORTC Study Group on Quality of Life. Todos os

direitos reservados. Version 3.0.

Variável n = 25 (%) Fisioterapia Pós Cirurgia n (%)

Sim

18(72)

Não

7(28)

Idade 20-34 3(12) 2(12) 3(17)

1(5)

3(17) 4(22)

4(22)

1(5)

7(38)

7(38)

5(24) -

11(62) 5(27)

2(11)

16(88) 12(66)

8(44)

5(24)

7(38)

5(24)

4(22) 60,27

- -

-

1(14) 4(58)

1(14)

1(14)

-

6(86)

1(14)

4(58) 3(42)

-

5(28) 6(86)

5(28)

-

2(28)

-

- 54,28

35-39 3(12)

40-44 1(4)

45-49 5(20) 50-54 4(16)

55-59 8(32)

+60 1(4)

Estado Civil Solteira 7(28)

Casada 12(48)

Divorciada 5(20) Viúva 1(4)

Tipo de Cirurgia Mastectomia 16(64) Quadrantectomia 7(28)

Setorectomia 2(8)

Tipo de Tratamento Quimioterapia 16(64) Radioterapia 9(36)

Uso de

Tamoxifeno

12(48)

Pós Cirurgia de

Câncer de Mama

Linfedema 5(20)

Sentiu Dor 9(36)

Local da Dor Mama operada 5(20)

Punho Ipsi 4(16) Eorte QLQ 30(total)

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4.1 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE E DISCUSSÃO

Quanto à distribuição da faixa etária na pesquisa percebeu-se que dentre 55 a 59 anos se

concentra a maioria das mulheres e em sua maioria tem um relacionamento marital estabilizado

socialmente.

Em relação às variáveis dos tipos de cirurgias citado nas entrevistas, pode-se observar que

a maioria das pacientes do grupo tiveram um tratamento mais radical que foi a mastectomia (que

foi a retirada total ou parcial da mama, associada a retirada dos gânglios linfáticos da axila),

seguido pelas cirurgias mais conservadoras como quadrantectomia (que foi a remoção de um

quadrante da glândula mamária onde está localizado o tumor) e apenas 02 pacientes fizeram uso

da Setorectomia.

Sabe-se que a presença de linfonodos axilares positivos é um dos fatores prognósticos mais

fortes com relação ao tratamento do câncer de mama. Se não for identificado nenhum linfonodo

alterado, a biópsia de linfonodo sentinela deve ser realizada, e no estudo em pauta das 25

pacientes entrevistadas, apenas 05 relatarm que tiveram Linfedema.

Para Raupp (2017) a quimioterapia e radioterapia associadas à cirurgia podem aumentar

até 90% a sobrevida das pacientes. Entretanto, a terapia ideal deve ser considerada para cada caso.

Sobre às características do tratamento oncológico. Percebe-se que as pacientes que tiveram câncer

de mama, em sua maioria, tiveram que utilizar tanto a quimioterapia antineoplásica e o tratamento

no qual se utilizam radiações ionizantes para destruir os tumores e impedir que suas células

aumentem. Convém destacar também que das 25 mulheres 12 utilizaram o uso de tamoxifeno

visando atingir as células cancerosas em qualquer parte do corpo e não apenas na mama.

Os resultados obtidos por meio do instrumento de qualidade de vida, conforme tabela 01

no Eorte QLQ 30 destaca que foram observadas uma pequena diferença entre as pacientes que

fizeram e as que não a fisioterapia seguindo todos os protocolos. Neste contexto, as pacientes que

tiveram que se submeter as cirurgias de mastectomia e mastectomia, em sua maioria fizeram após

o ato cirúrgico o acompanhamento fisioterapeutico, buscando evitar complicações pós-operatórias

e prevenir ou minimizar o linfedema ou a perda de mobilidade no ombro.

Os resultados também mostraram que das 25 pacientes apenas 05 relataram que tiveram

linfedema, que é uma condição que pode aparecer em pacientes tratadas para o câncer de mama,

principalmente após cirurgia ou radioterapia, e ocorre quando o vaso linfático é incapaz de drenar

adequadamente o fluido corporal.

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Quanto a funcionalidade do membro superior em mulheres submetidas ao tratamento do

câncer de mama observou-se na pesquisa um escore satisfatório de capacidade funcional nas

pacientes, e também de poucas queixas em relação a dor após o ato cirúrgico. A atuação da

fisioterapia precocemente no tratamento dessas pacientes seja qual o tipo de cirurgia e opção

médica do tratamento, só tem a contribuir para a melhor qualidade de vida dessas pacientes.

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5. CONCLUSÕES

Conclui-se que o tratamento de câncer de mama tem grande importância na qualidade de

vida no pós-operatório e a abordagem da fisioterapia nos questionários aplicados, demostraram

que pode haver diminuição e comprometimento da qualidade de vida, quer seja por redução das

atividades, ou pela realização de tratamentos adjuvantes, como radioterapia e quimioterapia,

todavia, as pacientes em sua maioria optaram por intervenções fisioterapeuta colocando um valor

cientifico e experimental nas ações do profissional de saúde. A fisioterapia demonstrou que

interferire positivamente na qualidade de vida destas mulheres, principalmente para aperfeiçoar

mobilidade, reduzirem dor e edema, para ganho de autonomia para realização de atividades

diárias.

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ANEXO 1

QUESTIONÁRIO DE CARACTERIZAÇÃO

DATA DE PREENCHIMENTO: _____/_____/______/

Comorbidades já existentes: (A) operação no ombro (B) reumatismo (C) outros.

Membro dominante: (A) direito (B) esquerdo (C) ambidestro

Lado da cirurgia: (A) direita (B) esquerda (C) bilateral

Nome da paciente:

_______________________________________________________________

Data de nascimento: _____/_____/ _____

Estado civil: (A) solteira (B) casada (C) divorciada (D) viúva (E) outros

Profissão: ___________________

Endereço:________________________________________________________

Telefone: __________________ ____________________

Amamentou? (S) sim (N) não 16- quanto tempo? ________________meses

Data cirurgia: ____/ _____/ ______

Tempo de cirurgia: _______ meses

Tipo de cirurgia na mama: (A) Mastectomia (B) Quadrantectomia (C) Setorectomia

Tipo de cirurgia na axila: (A) LFN nº de lifonodos_____ (B) BLS ____ nº de linfonodos

Reconstrução mamária: (S) sim (N) não

Tipo de reconstrução: (A) TRAM (B) expansor (C) silicone

HF câncer mama (S) sim (N) não

Em caso sim: (A) mãe (B) irmã (C) filha

Resultado de biopsia (A) carcinoma invasor (B) carcinoma in situ (C) outros.

Tratamento Oncológico: _____________________________

Realizou RT? (S) sim (N) não nº sessões: _______________

Teve efeitos colaterais da RT? (S) sim (N) não

Em caso sim: (A) queimadura (B) escurecimento da pele (C) sensibilidade local (D)

ressecamento (E) outros

Realizou QT? (S) sim (N) não

Caso sim: (A) Antes da cirurgia (B) depois da cirurgia

Número de ciclos: (A) 4 (B)6 (C) 8 (D) acima 8 ciclos

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Teve efeitos colaterais da QT? (S) sim (N) não

Em caso sim: (A) alopecia (B) enjoo (C) diarreia (D) formigamentos (E) ressecamento de

boca (F) mudanças na pele (G) outros

Realizou HT? (S) sim (N) não

Usou Tamoxifeno? (S) sim (N) não

Efeitos colaterais da HT (S) sim (N) não

Efeitos colaterais da HT: (A) fogachos (B) trombose (C) dores MMII (D) sangramento

vaginal (E) outros

Sente Dor após a cirurgia de Câncer de mama (S) SIM (N) NÃO

Local da dor: (A) mama operada EVA (0-10) ____ Frequência _____

(B) braço ipsilateral EVA (0-10) ____ Frequência _____

(C) cotovelo ipsi EVA (0-10) ____ Frequência _____

(D) punho ipsi EVA (0-10) ____ Frequência _____

(E) mama contralateral EVA (0-10) ____ Frequência _____

(F) local do dreno EVA (0-10) ____ Frequência _____

Sensação peso braço (S) SIM (N) NÃO

Dificuldade de movimentos mão (S) SIM (N) NÃO

Sensação de braço inchado (S) SIM (N) NÃO

Frequência da dor:

(1) constantemente

(2) eventualmente

(3) ao movimento

Ferida operatória: (A) efetivada (B) deiscência parcial (C) deiscência total

Presença de Seroma (1) não (2) sim local: ______________

Cicatriz: (A) sem alteração (B) aderida (C) fibrose (D) retração (E) hipertrófica.

Local Cicatriz: (A) toda a extensão (B) localizada

Coloração cicatriz: (A) vermelha (B) cor da pele (C) escura (D) branca (E) rosa

Lista de abreviaturas e siglas

ESG - Escala Estado de Saúde Global (EORTC-QLQC30)

EVA - Escala Visual Analógica

HT- Hormonioterapia

LS - Linfonodo Sentinela

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QT - Quimioterapia

QV - Qualidade de vida

QVRS - Qualidade de vida relacionada à saúde

RT - Radioterapia

SB - Escala Sintomas do Braço

ESCALA VISUAL ANALÓGICA DA DOR

ANEXO 2

EORTC QLQ-C30 (version 3)

Gostaríamos de conhecer alguns pormenores sobre si e a sua saúde. Responda você mesmo/a, por

favor, a todas as perguntas fazendo um círculo à volta do número que melhor se aplica ao seu

caso. Não há respostas certas nem erradas. A informação fornecida é estritamente confidencial.

Escreva as iniciais do seu nome:

A data de nascimento (dia, mês, ano):

A data de hoje (dia, mês, ano):

Não Um Bastante Muito pouco

1. Custa-lhe fazer esforços mais violentos, por exemplo, carregar um saco de compras pesado ou

uma mala? 1 2 3 4

2. Custa-lhe percorrer uma grande distância a pé? 1 2 3 4

3. Custa-lhe dar um pequeno passeio a pé, fora de casa? 1 2 3 4

4. Precisa de ficar na cama ou numa cadeira durante o dia? 1 2 3 4

5. Precisa que o/a ajudem a comer, a vestir-se, a lavar-se ou a ir à casa de banho? 1 2 3 4

Durante a última semana: Não Um Bastante Muito Pouco

6. Sentiu-se limitado/a no seu emprego ou no desempenho das suas atividades diárias? 1 2 3 4

7. Sentiu-se limitado/a na ocupação habitual dos seus tempos livres ou noutras atividades de laser?

1 2 3 4

8. Teve falta de ar? 1 2 3 4

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9. Teve dores? 1 2 3 4

10. Precisou de descansar? 1 2 3 4

11. Teve dificuldade em dormir? 1 2 3 4

12. Sentiu-se fraco/a? 1 2 3 4

13. Teve falta de apetite? 1 2 3 4

14. Teve enjoos? 1 2 3 4

15. Vomitou? 1 2 3 4

Durante a última semana : Não Um Bastante Muito Pouco

16. Teve prisão de ventre? 1 2 3 4

17. Teve diarreia? 1 2 3 4

18. Sentiu-se cansado/a? 1 2 3 4

19. As dores perturbaram as suas atividades diárias? 1 2 3 4

20. Teve dificuldade em concentrar-se, por exemplo, para ler o jornal ou ver televisão? 1 2 3 4

21. Sentiu-se tenso/a? 1 2 3 4

22. Teve preocupações? 1 2 3 4

23. Sentiu-se irritável? 1 2 3 4

24. Sentiu-se deprimido/a? 1 2 3 4

25. Teve dificuldade em lembrar-se das coisas? 1 2 3 4

26. O seu estado físico ou tratamento médico interferiram na sua vida familiar? 1 2 3 4

27. O seu estado físico ou tratamento médico interferiram na sua atividade social? 1 2 3 4

28. O seu estado físico ou tratamento médico causaram-lhe problemas de ordem financeira? 1 2 3

4

Nas perguntas que se seguem faça um círculo à volta do número, entre 1 e 7, que melhor se

aplica ao seu caso

29. Como classificaria a sua saúde em geral durante a última semana? 1 2 3 4 5 6 7

Péssima Óptima

30. Como classificaria a sua qualidade de vida global durante a última semana? 1 2 3 4 5 6 7

Péssima Ótima

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Version 3.0.