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1
A crise terminal dos anos 60 do século XIX e o fim do primeiro Rotativismo.
A Regeneração
2013 / 03/ 06
2013 / 03/ 06
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1851 / 1871 – Os Governos em Portugal
Períodos Cronológicos
- Maio de 1851 / Janeiro de 1868
- Janeiro de 1868 / Setembro de
1871
Número de Governos
6 Governos
6 Governos
- 1ª Fase da Regeneração – relativa
estabilidade política;
- Rotativismo político - P. Regenerado
r versus P. Histórico e Governo de Fusão
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Imagens da cerimónia inaugural do troço de caminho-de-ferro Lisboa/Carregado – 28 de Outubro de 1856
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1865Inauguração da Estação de Santa Apolónia
1863
A linha do Norte chega a Gaia
A Linha do Sul chega a Évora
Concluída a Linha de Leste até à fronteira
1861 / 1862– inauguradas as linhasBarreiro – Vendas NovasPinhal Novo - Setúbal A Linha do Norte chega a Santarém
1858
A Linha do Norte estende-se até Asseca
Progressos do Caminho-de-ferro durante a primeira fase da Regeneração
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Noventa e duas léguas de excelentes estradas foram
construídas e estão prontas em vários distritos e vinte
e quatro léguas se acham actualmente em construção,
em várias localidades. Fizeram-se dezassete pontes
importantes e trabalha-se em vinte e oito; está-se
montando um telégrafo eléctrico. Criaram-se escolas
de instrução primária. Organizou-se o ensino da
primeira e mais útil das artes, a agricultura.”
Discurso do Ministro das “Obras Públicas, Comércio e Indústria”, Fontes Pereira de Melo, em 1856, perante as duas Câmaras (continuação)
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Escolas Primárias
1845
1870
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
270
1500
Escolas Públicas Primárias
Nº de Escolas
Datas
1862 – fundação da Escola Normal
Primária
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1852 - ensino técnico
• Lisboa• Porto
Escolas de Ensino
Industrial
• Lisboa• Viseu(Coimbra)• Évora
Escolas de Ensino
Agrícola
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O sexto governo da Regeneração - Governo de Fusão (1865-67)
Joaquim António de Aguiar, o Presidente
Situações específicas:
- 1865 /66 – Questão Coimbrã;
- 1866 – construção do Palácio de Cristal para a Exposição Internacional do Porto;
- inauguração dos serviços de telégrafo eléctrico.
- 1867 - novo Código Civil abolindo a pena de morte para os crimes civis.
- agravamento da crise económico- financeira e política;
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A Questão Coimbrã
Nesta polémica quais as
entidades em
confronto?
Duas correntes da intelectualidade
portuguesa, correspondentes a duas gerações…
… uma, mais velha, que crescera com a
estética do romantismo
… uma, mais jovem,
englobando vários
estudantes de Coimbra,
proponentes de uma estética
renovada.
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Romantismo – uma estética revolucionária e politicamente empenhada – anos 20, 30,40.
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Exaltação do nacionalismo
Exaltação do conceito de Liberdade
Exaltação dos direitos do indivíduo como construtor dessa Liberdade
Exaltação do sentimento e da análise introspectiva
Valorização da NaturezaROM
ANTI
SMO
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Romantismo – uma estética petrificada – anos 50, 60.
À medida que o Liberalismo se estabelece e
institucionaliza o Romantismo vai perdendo a
articulação intima com as transformações
políticas
Valoriza-se excessivamente
a forma e determinados conteúdos já
desfasados dos ideais político e
das transformações
sociais.
A estética romântica vai petrificando numa valorização excessiva:• Do
sentimentalismo• Do idealismo
amoroso• Do subjectivismo
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O início da polémica - 1865
Manuel Pinheiro Chagas – Poema da Mocidade
Antero de Quental – Odes Modernas
António Feliciano de Castilho
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Folheto Bom Senso e Bom Gosto – uma nova atitude mental
- Acima do indivíduo impõe-se a sociedade cuja problemática tem de ser reflectida nas obras literárias
- A estética deve mergulhar raízes no pensamento filosófico de cada época , que fornece a base e as metodologias para o verdadeiro conhecimento
- Para isso a literatura deve debruçar-se sobre o devir histórico e não pode, portanto, limitar-se a ser um acervo de “futilidades insignificantes”;
- Cabe à literatura, nomeadamente à poesia, ser arauto das grandes transformações de cada época;
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O sexto governo da Regeneração - Governo de Fusão (1865-67)
Joaquim António de Aguiar, o Presidente
Situações específicas:
- 1865 /66 – Questão Coimbrã;
- 1866 – construção do Palácio de Cristal para a Exposição Internacional do Porto;
- inauguração dos serviços de telégrafo eléctrico.
- 1867 - novo Código Civil abolindo a pena de morte para os crimes civis.
- agravamento da crise económico- financeira e política;
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Encargos da dívida pública (em contos de reis)
1851/52
1852/53
1855-56
1861/62
1867/68
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
Encargos da dívida pública (em contos de reis)
Anos Económicos
Contos de Réis
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Gráfico comparado da tonelagem de matéria-prima e maquinaria importada para a indústria em 1861 e 1867
Algodã
o em Ram
a
Taba
co em
folha
Ferro
fund
ido
Cimen
to
Máquin
as0
500
1000
1500
2000
2500
Ano de 1861Ano de 1867
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1867 – a conjuntura económica nacional ( Glória - Vasco Pulido Valente - 2012 – pág. 284 e seguintes)
Por causa de uma longa seca o ano agrícola de 1867 fora um dos piores do século. Perderam-se quase totalmente as colheitas de cereais no Alentejo, no Ribatejo, nas Beiras, e em Trás-os-Montes. Mesmo a colheita de milho falhou em todo o norte, com excepção de certas áreas do Minho. Por outro lado, as vindimas, do Douro a Trás-os-Montes, da Estremadura ao Ribatejo e ao Alentejo ficaram abaixo das previsões mais pessimistas. O que a seca poupou, destruiu o oídio, que alastrava por Portugal inteiro. Hortas, olivais e pomares eram igualmente um espectáculo “desgraçadíssimo”
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1818
As cidades naturalmente não escaparam. As exportações diminuíram. A de vinho do Porto, por exemplo, baixou 50% entre Janeiro e Outubro. A indústria têxtil quase parou. A quantidade de fretes e passageiros nos caminhos-de-ferro estacionou o que nunca antes sucedera. A isto juntava-se o crédito caro, com a taxa de juro a oscilar pelos 8% e a dificuldade crescente do desconto de letras, provocado pelos problemas internos, a crise financeira no Brasil e os rumores de uma crise internacional , que abalara a banca de Paris. O entesouramento da moeda metálica, sintoma clássico de falta de confiança, reforçava a paralisia dos negócios.
(continuação)
2013 / 03/ 06
1919
(continuação) As fábricas e oficinas que não faliram logo, ou reduziram os
salários, ou despediram pessoal, ou as duas coisas. Em Outubro, altura tradicional de renovar os contratos de arrendamento, os senhorios, coagidos pela inflação, exigiram aumentos substanciais, que levaram milhares de famílias ao despejo. A miséria urbana, que habitualmente não preocupava ou afligia ninguém, era agora tão visível que até os jornais a comentavam. Um órgão circunspecto da opinião radical achou mesmo necessário condenar “a mania dos suicídios” e revelou que subira “a procura de cabeças de fósforo”, um “veneno económico”
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2020
O governo não conseguira dominar o deficit ou consolidar a dívida. (…) Para equilibrar o orçamento Fontes tomou medidas que seriam a sua perda.
(…) Um esforço para disciplinar as confusas finanças dos municípios e limitar a sua tendência para contrair dívidas, que o Estado central depois pagava.
(…) Extinguiam-se quatro distritos: Portalegre, Santarém, Leiria e Braga. [e depois mais três - Viana do Castelo, Aveiro e Guarda] - E estabelecia-se um critério geral: não haveria municípios com menos de 3000 fogos (…) o que implicava a supressão de 178 dos 302 existentes. Suprimiam-se quase 1000 freguesias, em cerca de 3000.
(continuação)
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2121
(continuação) No orçamento de 1867-1868, Fontes resolveu ir às do cabo:
partindo do razoável pressuposto de que esperar o equilíbrio da fazenda pública só da redução das despesas era “uma utopia” que nenhum “espírito prático aceitava”, avançou com uma reforma fiscal para aumentar as receitas.
O orçamento de 1867-1868 extinguia os impostos municipais sobre certos géneros (…) e substituía todos eles por um imposto único de consumo, que passava a constituir receita exclusiva do Estado. (…)
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(continuação)
O novo imposto incidia sobre todos os géneros vendidos ao público e não destinados ao estrangeiro. Mas não se aplicava aos géneros vendidos por grosso para exportação ou revenda.
In Glória - Vasco Pulido Valente - 2012 –
pág. 284 e seguintes
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Os partidos políticos pré-existentes
Alterações políticas face à Fusão – fragmentação do espectro partidário e secundarização dos antigos partidos
Avilistas (apoiantes do
então Conde de Ávila)
Penicheiros (grupo liderado pelo Conde de
Peniche, Marquês de Angeja)
Reformistas (liderados pelo Bispo de Viseu, Alves Martins. Constituem-se
como partido em 1870)
Constituintes(grupo liderado
pelo jurisconsulto José Dias Ferreira)
Partido Histórico
(debilitado por cisões internas)
Partido Regenerador (conserva coesão
interna)
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A Janeirinha
Tinha como objectivoDerrubar o Governo
Trazer para o plano governativo as novas
correntes políticas
Desencadeado por …Agremiações comerciais/ alguns corpos militares Camadas populares
Eclodiu em várias cidades do PaísLisboa Porto; Braga
Movimento revolucionário de …1 de Janeiro de 1868 … … até 4 do mesmo mês