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A DESTACAR NESTA EDIÇÃO: ♦ Abertura do novo ano lectivo 2009/2010 ♦ Novo Projecto Educativo ♦ Magusto nas Valências ♦ Festa de Natal das valências Creche, Jardim-de-infância e Terceira Idade ♦ Eleição dos Corpos Sociais do Triénio 2010/2012 ♦ Lançamento da 1ª pedra da Unidade de Cuidados Continuados. ♦ Unidade de Cuidados Continuados já se encontra em construção.

A DESTACAR NESTA EDIÇÃO - santacasamisericordiavizela.pt · o Centro de Dia e o Apoio ao Domicilio com o RSI, ficamos com uma grande área de trabalho e apoio a idosos com total

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A DESTACAR NESTA EDIÇÃO:

♦ Abertura do novo ano lectivo 2009/2010

♦ Novo Projecto Educativo

♦ Magusto nas Valências

♦ Festa de Natal das valências Creche, Jardim-de-infância e Terceira Idade

♦ Eleição dos Corpos Sociais do Triénio 2010/2012

♦ Lançamento da 1ª pedra da Unidade de Cuidados Continuados.

♦ Unidade de Cuidados Continuados já se encontra em construção.

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BOLETIM INFORMATIVO E OUTRAS COISAS MAIS...

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VIZELA

Ficha Técnica Boletim informativo e outras coisas mais... Ano IX N.º 11 Edição de Janeiro de 2010 Edição e propriedade: Santa Casa da Misericórdia de Vizela Av. Bombeiros Voluntários, Ap. 48 4815-901 Caldas de Vizela Telefones:253 482 455/ 59/ 29 Fax:253 483 274

E-mail: [email protected]

Site: www.santacasamisericordiavizela.pt

Índice e Destaques

� Editorial� Artigos de Opinião � Magusto no Lar � Dia da Terceira Idade � O Natal nas Valências � GAAS: Requalificação habitacional � Assembleia-geral da SCMV � Tomada de Posse � Assinatura do Auto de Consignação dos

Cuidados Continuados � Lançamento da Primeira Pedra da Futura

Unidade de Cuidados Continuados � Arranque da Obra � Designação mantém-se: António FranciscoGuimarães.

Poema da autoria de Abel Silva

Eis que se fecha o céu e esconde o perdão E a causa é a indiferença com o pecado… O Divino Amor, pouco aproveitado, Aponta Deus de Amor e compaixão…

Mas certo povo diz que Deus é bom… Eis, quando, um Deus menino nos foi dado, Que vem salvar-nos, Deus-Homem Encarnado Ele é O que vem pôr plano o nosso chão…

Os pastores vão vê-lo com ofertas Vêem Maria e José de almas abertas Ao Verbo, ao Deus Menino Que é para amar…

E Jesus mostra amor e leis bem certas,Desde Belém, Calvário, até ao Altar, Onde o povo com alma O vai adorar…

Utente de Apoio Domiciliário Vizela, 23 de Dezembro de 2009

Onde Houver

Onde Houver ódio, que eu leve o amor Onde Houver ofensa, que leve o perdão Onde Houver discórdia, que

eu leve a união Onde Houver dúvidas, que eu leve a fé Onde Houver erro, que eu a verdade Onde Houver desespero, que eu leve a esperança Onde Houver tristeza, que leva a alegria Onde Houver trevas, que eu leve a luz Onde Houver consenso, que eu procure mais Onde Houver falta de carinho, que se Reflicta a compreensão mútua.

António José

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EDITORIAL

Caríssimos Irmãos

Mais uma vez me dirijo a

vocês para apresentar este

nosso 11.º Boletim

Informativo que, da melhor

forma e o mais

exactamente possível, procura dar a conhecer aos

Irmãos o que se vem fazendo na nossa Santa

Casa, neste período que corresponde, mais ou

menos, ao 1º semestre do Ano Escolar

2009/2010.

Porque falamos no Ano Escolar, aproveito para

informar os nossos estimados leitores que, após 15

dias de paragem absoluta durante o mês de

Agosto p.p., recomeçamos o trabalho escolar com

total normalidade. Acabo de dizer que foi

normalmente que tudo aconteceu mas não foi bem

assim, uma vez que, ao fim de 10 anos que

mantivemos o nosso ATL em funcionamento, fomos

obrigados a encerrá-lo dado que o seu espaço

estava muito encostado à área hospitalar, onde

felizmente as obras da nossa Unidade de

Cuidados Continuados Integrados já começaram.

Unidade de Cuidados Continuados Integrados

António Francisco Guimarães: é esta a obra

pela qual a Mesa Administrativa se vinha batendo

e trabalhando de uma forma muito intensa,

durante os 3 anos do nosso último mandato, mas

que foi sempre o grande sonho desta Provedoria

que felizmente está este ano, 2010, a ser

concretizado.

Entretanto, aproveito para esclarecer os leitores

que foi devido ao Hospital, e para cumprir a

promessa que vínhamos fazendo aos Irmãos, que

esta Direcção, muito especialmente o seu

Provedor, aceitou fazer mais um mandato que,

embora seja um sacrifício nesta hora, é entretanto

muito gratificante, pois sentimos que vamos ter

oportunidade de concretizar esta grande obra

que resulta da remodelação e reestruturação do

Hospital de Vizela.

Aproveito a oportunidade para esclarecer a

comunidade em geral, que este não será

porventura o Hospital que esperavam, mas é a

Unidade possível e certamente aquela que melhor

irá servir a Comunidade, dentro da Rede de

Cuidados Continuados Integrados.

Entretanto, se juntarmos aqui as nossas valências

em funcionamento na área dos idosos, como sejam

o Lar Torres Soares e o Lar Residencial, bem como

o Centro de Dia e o Apoio ao Domicilio com o RSI,

ficamos com uma grande área de trabalho e

apoio a idosos com total abrangência concelhia, e

não só.

Porque estamos no início de um novo ano civil,

quero agradecer a todos os meus colaboradores

que, com o seu esforçado voluntariado, me têm

ajudado a levar o barco para bom porto.

Para além disso, e porque a presente edição

deste Boletim Informativo é coincidente com os fins

deste mês de Janeiro, aproveito a oportunidade

para desejar a todos os nossos leitores e

colaboradores um bom ano de 2010, muito

especialmente com saúde, que é o bem mais

precioso que devemos desejar.

Para todos os nossos trabalhadores e

colaboradores vai o nosso muito obrigado, pois é

com eles que temos conseguido fazer uma obra de

que todos nos orgulhamos, inclusive este Boletim

Informativo.

O Provedor(Domingos Vaz Pinheiro)

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EI-LA QUE NASCE! … A UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS

Sim, ei-la que nasce!

Foi no passado dia 11 de Janeiro que se deu inicio à construção da Unidade de Cuidados Continuados Integrados António Francisco Guimarães, simbolizada através da assinatura do Auto de

Consignação. Decididamente o início de cada ano tem servido para se dar um passo em frente neste projecto, cuja génese data do dia 24 de Outubro de 2008 com a entrega na ARS-Norte da nossa candidatura. Se em 15 de Janeiro de 2009 se procedia à assinatura do Protocolo de Financiamento, decorrente da aprovação da nossa candidatura formalizada através do Programa Modelar, já em 11 de Janeiro do corrente ano demos inicio à sua construção.Perguntarão, o que se passou durante um ano? Naturalmente que não estivemos parados. Porque se trata de um processo exigente, por força dos trâmites legais a cumprir, foi de facto um ano trabalhoso, sob o aspecto burocrático. Assim, após a comunicação da aprovação da nossa candidatura demos de imediato inicio ao desenvolvimento do projecto de arquitectura, conjugando-o com os das especialidades, de forma a reunirem condições de serem aprovados, quer pela ARS, quer pelas entidades competentes. Todo este processo foi conseguido no primeiro semestre de 2009. Na posse de todos estes pareceres, estavam reunidas as condições para se proceder ao envio dos ofícios-convite às empresas construtoras, de forma a apresentarem proposta para a construção da Unidade. E assim foi. Em 28 de Agosto de 2009 demos início aos Procedimentos, dirigindo convite a seis empresas da área, fixando como preço-base da empreitada o valor apresentado na candidatura, ou seja, Eur. 2.541.000,00. De referir que apenas quatro empresas formalizaram resposta ao convite endereçado, contudo não houve lugar à adjudicação da obra

uma vez que todas foram excluídas, dado ter ultrapassado largamente o preço base de referência.Face a esta situação, o Sr. Provedor, Presidente do Júri, deliberou rever todo o processo de forma a efectuar pequenos ajustes ao projecto, numa tentativa de encontrar um preço base mais consentâneo com o seu valor real. Depois de operadas algumas alterações ao caderno de encargos inicial, foi encetado um novo Procedimento, datado de 04 de Novembro pp., com novos convites dirigidos às mesmas empresas, evitando-se assim maiores perdas de tempo, que aconteceriam se se enviasse a entidades diferentes das inicialmente convidadas, fixando agora o valor base em Eur. 4.500.000,00. E, mais uma vez, não houve lugar à adjudicação da obra pelos mesmos motivos, ou seja, as propostas terem ultrapassado o preço de referência.Desta forma, o presidente Júri considerou ser contraproducente iniciar um novo procedimento, com um preço base superior ao aqui estabelecido, dado ter constatado que a questão residia no valor avultado e díspar entre as propostas analisadas, relativamente ao Projecto AVAC. Assim, ficou deliberado recorrer ao ajuste directo, evitando-se demoras decorrentes das normas dos Procedimentos, perspectivando assim a atribuição da empreitada à empresa que melhores condições e maior confiança inspirasse, de forma a daí resultar ganhos para a Instituição. E estávamos em 28 de Dezembro de 2009 quando o Sr. Provedor oficializamos o convite à empresa Combitur – Construções Imobiliárias e Turísticas, SA para levar a efeito esta empreitada, tendo a mesma formalizado a sua proposta com o valor de Eur. 4.247.372,69, aceite pela Mesa Administrativa desta Santa Casa. E ei-la que nasce nos primeiros dias do corrente ano a Unidade de Cuidados Continuados, com a certeza de ser “uma criança pronta a andar” em 15 de Dezembro de 2010, capaz de servir os inúmeros utentes que dela beneficiarão.

Fátima Guimarães, Economista (Assistente Administrativa)

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CUIDAR NA TERCEIRA IDADE…

A promoção do bem-estar dos cuidadores informais deve merecer por parte das Instituições de apoio formal uma atenção particular, pois dessa rede de suporte depende em larga medida a possibilidade das Instituições programarem as suas acções

para apoiar os idosos na comunidade em que vivem (Romão & Pereira, 2008). O bem-estar do cuidador é fundamental para o destinatário de cuidados, devendo portanto receber a ajuda necessária para manter esse equilíbrio, sendo por vezes um factor decisivo para o assumir do apoio. Preservar os cuidadores familiares e a sua capacidade de cuidar em casa ou na comunidade é fundamental.

Os cuidadores informais revelam-se elementos decisivos na questão do apoio aos dependentes no domicílio, sendo portanto necessário dar atenção às suas necessidades de formação, informação, suporte, apoio, de modo a que continuem a prestar os cuidados com a melhor qualidade possível (Alves et al, 1999). É importante ter em conta que manter os idosos no domicílio desencadeia frequentemente problemas de stress, saúde mental e física, em quem cuida directamente deles, bem como na restante família (Paúl, 1997).

A comunidade, os profissionais e os prestadores de serviços formais devem ser mais conscientes das dificuldades que os cuidadores vivenciam; estas dizem respeito não só às necessidades dos utentes, mas também às necessidades dos cuidadores, fornecendo-lhes as informações necessárias, apoiando-os emocionalmente, e facilitando a

acessibilidade aos serviços (Lecovich, 2008). Um dos mais significativos, mas muitas vezes ignorado desafio, passa por ajudar e preparar as novas famílias cuidadoras no seu papel, particularmente

as que se tornaram súbita e inesperadamente. As famílias cuidadoras não devem ser vistas simplesmente como recursos (Evans cit in Brereton & Nolan, 2003) - elas são os membros mais importantes da equipa multidisciplinar (Wolfe citin Brereton & Nolan, 2003) e, como tal, devem beneficiar de intervenções centradas nelas, no seu papel activo nos cuidados. As intervenções,

assentes desde logo num primeiro reconhecimento do seu papel e na consciencialização de como diferentes reconhecimentos se traduzem em práticas e modos distintos de actuação, devem assentar em pilares como a educação, o suporte emocional, o treino de competências e o aconselhamento (Brereton & Nolan, 2003), sempre tendo em vista o bem estar da díade em causa (cuidador-receptor de cuidados) e a optimização de recursos que são alocados pelo Estado-Providência às situações de dependência e vulnerabilidade dos idosos que, felizmente, ainda residem nas suas casas.

Torna-se fundamental dar uma atenção especial aos cuidadores de idosos em Portugal, quer pelos ganhos que poderão resultar para a sua saúde, em termos globais, quer para a manutenção do idoso no seio da sua vida familiar e social, evitando a sua institucionalização, mediante acções específicas, que resultem em ganhos significativos ao nível da intervenção junto dos idosos. No caso específico do apoio domiciliário, dever-se-á privilegiar, aquando da avaliação do idoso, uma atenção específica para com o cuidador, “explorando” as suas potencialidades e conhecimento acerca do idoso, tornando-o um agente activo no plano de cuidados a desenvolver. A SAD deverá funcionar não como um serviço de substituição, mas antes tendo subjacente uma intervenção complementar e interdependente à proporcionada pelos familiares.

Sílvia Moreira, Assistente Social

Sr. Abel Silva, Utente do SAD

D. Irene Bráz, Utente do SAD

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PROJECTO EDUCATIVO “EDUCAR PELA ARTE”PORQUÊ ESTUDAR ARTE NO PRÉ-ESCOLAR?

O contacto com as diversas modalidades artísticas, ou seja, a educação das sensibilidades para a compreensão e fruição de diferentes valores, é de grande importância desde a infância. Através da produção artística, compartilhamos a

história universal, a cultura produzida pela humanidade através dos tempos. Pretende-se desenvolver a criatividade das crianças através da observação e releitura de artes; estimular a sensibilização estética no ensino pré-escolar; trabalhar diferentes técnicas de desenho e pintura, por exemplo; levar as crianças a conhecerem alguns períodos e termos específicos da História de Arte. “ Acreditamos que o envolvimento da criança com as artes, por meio dos textos e das imagens, não é tão-somente um recurso para perceber o modo como as pessoas e as épocas são retratadas, ou para tomar conhecimento das várias manifestações artísticas, é também examinar a arte como uma oportunidade para que a criança possa desenvolver as suas habilidades criativas a partir de estímulos visuais e de sua criação”. Acreditamos que, mais que moldar a razão, a escola tem um papel mais profundo, envolvendo olhares e sensibilidades de cada indivíduo, trabalhando todas as dimensões humanas sem hierarquizá-las, a educação estética é de grande importância e deve estar presente desde a educação pré-escolar, deve oferecer condições para que a criança desenvolva o seu olhar, de modo a que ela possa apropriar-se desde cedo da produção da cultura na qual está inserida, dando-lhe oportunidade para analisar criticamente a realidade que a cerca, esse é um dos papéis da educação, formar indivíduos participantes da sociedade e conscientes no seu exercício de cidadania. A educação pela arte permite revelar a dimensão humana e desenvolver a capacidade de brincar com a realidade. Como atribuímos permanente significado às coisas, a arte é uma diversificada dimensão da linguagem humana,

expressão do sujeito

criativo, capaz de ressegurar a

suaexistência,

repensa a sua

realidade, é capaz de mudar o mundo. Pela arte é possível estimular o diálogo, a reflexão, a consciência e identidade colectiva, pois a arte

colabora com a educação empenhada em promover pessoas emancipadas. A educação pela arte permite revelar a dimensão humana e desenvolver a capacidade de brincar com a realidade. Como atribuímos permanente significado às coisas, a arte é uma diversificada dimensão da linguagem humana, expressão do sujeito criativo, capaz de ressegurar a sua existência, repensa a sua realidade, é capaz de mudar o mundo. Pela arte é possível estimular o diálogo, a reflexão, a consciência e identidade colectiva, pois a arte colabora com a educação empenhada em promover pessoas emancipadas. Por todas estas razões a Santa Casa da Misericórdia de Vizela resolveu, nas valências da infância, desenvolver esta temática no Projecto Educativo. OBJECTIVOS GERAIS Promover um Ensino com Saberes resultantes de práticas assentes em exigência, criatividade, inovação, tolerância, autonomia e espírito crítico. Incluir, valorizar e partilhar todos os saberes e culturas como factor de sucesso e convívio equilibrado de todas as crianças. Valorizar e promover saberes de Expressão e Educação Artística, Motora e Musical em regime de monodocência coadjuvada. Desenvolver a Expressão e a Comunicação através de linguagens múltiplas, como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão do mundo. Desenvolver nas crianças atitudes de auto estima, solidariedade, democraticidade e respeito pelos outros. Promover hábitos de respeito pelo ambiente e pelo património. Reconhecimento da escola como um sistema social dinâmico e vivo. Reconhecimento da singularidade de cada criança na sua génese e percurso de vida. Promoção do equilíbrio afectivo e emocional da criança ao longo de todo o processo de socialização e consequente construção harmonioso da sua personalidade.Reconhecimento da escola como um sistema social dinâmico e vivo. Reconhecimento da singularidade de cada criança na sua génese e percurso de vida. Promoção do equilíbrio afectivo e emocional da criança ao longo de todo o processo de socialização e consequente construção harmoniosa da sua personalidade.

ManuelaAlves, Professora(Orientadora Pedagógica)

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EDUCAR PARA A CIDADANIA O cidadão que é afinal o elemento com que se formam as famílias, que são a base de sustentação da

sociedade,constituindo

desta forma as Nações. Por isso, é oportuno falar-se da

protecção que à família é devida por parte das sociedades e do próprio Estado, para que nunca faltem o cumprimento das necessidades básicas humanas de que necessitam para que se constituam na harmonia e bem estar social e a sua integração as formas de o conseguir serão por exemplo:

i) Promovendo a independência social e económica e formativo de todos os seus membros; ii) Garantir trabalho honestamente honrado; iii) Criar e garantir a uma rede local e nacional infantários e escolas e outros equipamentos sociais que permitam detectar necessidades e actuar em consonância; iv) Cooperar com os pais na educação através dos meios existentes recorrendo às entidades promotoras do trabalho; v) Facultar e da conhecer o direito ao planeamento familiar, através dos métodos e meios que asseguram uma maternidade e paternidade conscientes; vi) Regular a procriação assistida de forma a respeitar a dignidade da pessoa humana; vii) Promover e conceber a participação e assistência em palestras de temas sobre a saúde; viii) Patrocinar e incentivar os profissionais competentes à realização e investigação, não só na área da saúde como noutras; ix) Promover a empregabilidade através de acordos e concertações sectoriais adequando a actividade profissional com a vida familiar, o que fará com que se transforme numa mais valia. Não é permitido o acesso ao trabalho a quem tenha menos de 16 anos; x) Os pais têm direito à protecção e ajuda do Estado, na realização profissional e a participação na vida cívica; xi) Encontrar forma de incentivar a regulamentação dos impostos e benefícios de harmonia com os encargos sociais; xii) As mulheres trabalhadoras têm direito à dispensa de trabalho por período e razão adequados sem perda de retribuição ou outras regalias; xiii) Criar o alargamento na protecção aos grupos

sociais pelos quais a sociedade é constituída: a infância que caminha para a adolescência, a idade adulta, que a partir dos 65 anos são habitualmente tratados por idosos ou 3ª idade e ainda os cidadãos portadores de deficiência. Cada um destes grupos são distintos e têm algumas necessidades que são comuns e básicas para a sobrevivência de cada um deles, mas cada exige protecção e regulamentação específicas. Quanto às crianças, estas têm direito a protecção da sociedade e do Estado, com vista ao seu desenvolvimento integral, protecção para todas as formas de abandono e discriminação social, opressão ou maus-tratos não sendo permitido o exercício abusivo da autoridade da família ou Instituições. O Estado assegura especial protecção às crianças órfãs ou privadas de um ambiente familiar sadio e normal, sendo por vezes necessário recorrer a famílias de adopção ou famílias alargadas em instituições depois de legalizadas todas as regras em rigor. Na adolescência a aprendizagem começa a ser tida como muito importante, quase tudo o que se aplica à infância se pode aplicar a esta fase. Para este grupo, acrescenta-se que, dada a idade de dúvidas e indefinições para além do despertar para a sensualidade e sexualidade, necessitam de maior apoio e compreensão para que o seu crescimento seja harmonioso.Relativamente aos jovens, gozam dos direitos económicos, sociais e culturais. No ensino, formação profissional e cultural terão de encontrar uma resposta individualizada de acordo com as circunstâncias. Surge depois a procura do primeiro emprego para o qual é necessário encontrar respostas consensuais que lhes permitam a sua realização pessoal. Já na terceira idade, este grupo por regra, encontra-se no gozo da sua aposentação, mas mantém-se o direito à segurança económica, condições de habitabilidade, convívio familiar e comunitário, evitando o isolamento. Devem ser-lhes dadas propostas de participação em ocupações de tempos livres e de lazer, permitindo-lhe maior satisfação e longevidade. Se e quando a autonomia faltar procuram ou são muitas vezes encaminhados para lares residenciais ou apenas centros de dia, um pouco dependendo da sua autonomia ou vontade própria ou da família. Têm ainda o recurso ao apoio domiciliário ou aos cuidados continuados cuja resposta governamental está a surgir cada vez mais.

Odete Teixeira, Mesária

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“ QUE DESAFIOS PARA A ESCOLA ACTUAL”

A Escola actual enfrenta sérios desafios quer ao nível da organização, quer ao nível do funcionamento e “sistema”, problemas que por vezes são turvos e enevoados, sabe-se que existem mas não são de fácil resolução nem de responsabilização. O bloqueio das relações humanas poderá ser

um dos factores que contribui para esta “crise” na escola, mas não é só. A escola não se transforma apenas através de decretos, é necessário que todos os agentes educativos, pais, professores, funcionários, Governo entre outros, dialoguem, actuem no sentido de evitar manifestações, greves, troca de acusações constantes, não se preocupando com a verdadeira função da escola, que é ensinar. Assim sendo, sem desprezar os problemas externos, internamente a educação e mais especificamente a escola actual, deve permitir que o aluno se adapte ao meio/ambiente, criando condições para a aquisição e desenvolvimento de conhecimentos, valores e atitudes favoráveis a essa adaptação. Para se fazer uma eficaz análise à situação actual da educação em Portugal, é necessário atender a três vectores: os pais, a sociedade e a escola. Cada vez mais, os pais delegam quase integralmente na escola a educação dos filhos, limitando a sua acção educativa a castigos por maus comportamentos. A forma como grande parte dos pais portugueses educa os filhos, incentiva nestes a falta de auto-confiança, a falta de iniciativa e de responsabilidade. Nesta perspectiva, a escola já não deve ser encarada como um espaço fechado e triste, mas sim como um lugar de prazer e de aprendizagem, ou seja, deve ser “ um espaço” para educar, formar indivíduos. Para tal, o contributo do professor é fundamental, uma vez que o seu papel não se deve resumir à transmissão de teorias muitas vezes já em desuso, mas em estar aberto à imprevisibilidade e às constantes mutações socioculturais. O professor deverá ser activo e criativo, para que a educação decorra numa acção cooperativa e onde haja espaço para a criatividade de alunos e professores. Porém, convém referir também a importância das entidades governamentais, uma vez que vão desempenhar um papel fulcral na criação de condições necessárias para que a escola evolua e se adapte às novas realidades, aperfeiçoando o que for necessário e ignorando interesses instalados de grupos da sociedade, menos receptivos à mudança. Desta forma, dá-se ênfase ao verdadeiro objecto da educação, que são os alunos, deixando para segundo plano hierarquias mesquinhas e questões menores que dificultam a realização plena do processo ensino/aprendizagem.

Albertina Moreira, Educadora

INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS DOS 0-6 ANOS DE IDADE

Uma escola para Todos valoriza a diferença sendo capaz de responder à diversidade, isto é, promove a inclusão, quer de crianças com necessidades educativas especiais, quer de crianças com risco de desenvolvimento. Inclusão, consiste, e de acordo com o decreto-lei 3/08 de 7/Janeiro, individualização e personalização de estratégias educativas, com o objectivo de promover competências universais que permitam a autonomia e o acesso à condução plena de cidadania por parte de todos. É nesta premissa que a Instituição Santa Casa de Misericórdia de Vizela recebe estas crianças. E que é fulcral para as famílias Vizelenses e de freguesias limítrofes, pois conscientes que o nascimento de uma criança transforma implicitamente a estrutura de uma família, mas em caso de nascimento de uma criança com “problemas”, as dificuldades e as dúvidas ainda são maiores e, para além de o facto de existirem cada vez menos redes alargadas de apoio (avós, tios amas). Sendo assim esta Casa é um porto de abrigo, no qual apresenta um conjunto de medidas, sejam elas de prevenção, de orientação e de apoio, com o sentido de quanto mais cedo se ultrapassarem dificuldades maior o “normal” posicionamento da mesma ao longo da vida. Reforçando esta linha de pensamento, o trabalho realizado com estas crianças tem a intervenção de uma equipa educativa composta pela educadora titular, pela auxiliar de acção educativa e, por uma educadora de Intervenção Precoce destacada pelo Agrupamento de Referência de Intervenção Precoce, sita Escola básica 2/3 Creixomil – Guimarães. Quando a criança apresenta uma alteração permanente (deficiência) é o próprio médico de família/hospital que faz o encaminhamento para o Agrupamento de Referência, em que uma equipa multidisciplinar faz uma primeira avaliação e posteriormente é referenciada, acompanhada e integrada. Quando a criança já está integrada na instituição, cabe à educadora titular avaliar e de acordo com um método psico-pedagógico, detectar falhas de aquisição/desempenho. Posteriormente, e com anuência da família, é integrada na Intervenção Precoce. Como cada criança é única, é traçado um plano educativo individual, em que as actividades de intervenção estão inseridas nas rotinas da Instituição e seus planos curriculares de sala, no sentido de crescimento pessoal, social, e sua participação nas actividades típicas para a idade. É desta forma que estamos a contribuir para uma melhor qualidade de vida destas crianças e suas famílias.

Glória Coelho, Educadora Intervenção Precoce

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O DRAMA DAS BIRRAS

Que “atire a primeira pedra ” aquele que nunca teve de enfrentar uma birra do seu filho em plena rua, no supermercado, numa loja ou até mesmo num jantar de família! O local e o momento não poderiam ser os mais inconvenientes, mas a verdade é

que a maioria das crianças entre os 18 meses e os 4 anos tem aquelas birras quase incontroláveis que deixam os seus pais sem saber o que fazer. A birra resulta da percepção que a criança tem de si como um ser com vontades próprias, mas que ainda não entende que para viver em sociedade tem que ceder, e que não pode ser sempre tudo quando e como ela quer. Esta fase da “afirmação do eu” faz parte do crescimento normal da criança, da sua conquista de uma identidade própria e da procura da autonomia. É, por isso, um claro sinal de crescimento. E é nesta que muitos de nós, pais, nos questionamos sobre as nossas capacidades educativas e a maior dificuldade que enfrentamos é a de conciliar a compreensão com a necessária firmeza. Sendo assim aqui ficam alguns conselhos que nos poderão ajudar a lidar, talvez, com a próxima birra. Em primeiro lugar, não nos devemos opor se não tivermos a certeza que seremos capazes de ir até ao fim. Se decidirmos enfrentar a birra, teremos de agir com calma e firmeza, sem sermos agressivos, muito pelo contrário, devemos ser suaves e subtis. Nesta fase, torna-se muito importante aprendermos a não ter receio de dizer “não”, deixando bem claro que o amor que sentimos por eles é incondicional, mas sem esquecermos que a disciplina, depois do amor, é o mais importante que podemos dar aos nossos filhos.

Devemos explicar sempre a razão do “não”: “não, porque te podes magoar ou magoar os outros ou estragar o brinquedo...”. Devemos expressar empatia e mostrar que compreendemos perfeitamente o que a criança está a sentir: “Quando era pequena, a avó também não me deixava comer todos os doces que eu queria e eu ficava muito triste. Acontece que se comeres os doces todos, vais ficar com uma grande dor de barriga, e a mamã gosta muito de ti e não quer que te doa a barriguinha.”. Devemos tocar no nosso filho numa tentativa de o reconfortar: afagar os seus cabelos ou abraçá-lo. É preciso que ele entenda que as birras não nos farão mudar de opinião e que o nosso amor por ele não se alterará. Após a birra, felicitamos o nosso filho por se ter decidido pelo bom comportamento. Se mesmo assim não resultar, viramos as costas por alguns minutos e continuamos o nosso caminho, pois a maioria das birras acabam quando as crianças deixam de ter público, se não for possível, devemos conduzir a criança pela sua mão e avisá-la que mais tarde será castigada. Os castigos deverão ser adequados à idade da criança e mantidos sempre até ao fim. A birra permite à criança lidar com os seus sentimentos e a auto-controlar-se. Aprender que tudo tem limites abre caminho para um convívio saudável com os outros e leva a uma boa integração na sociedade. As regras são fundamentais, só com firmeza as crianças aprendem a respeitar as regras propostas pelos pais. No mundo em que vivemos, que se rege por regras, o melhor é aprender é aprender aceitá-las logo desde pequenino. Juliana Oliveira, Educadora

A ARTE COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO

É inato no ser Humano utilizar a Arte como forma de exprimir as suas emoções Por vezes, só se consegue demonstrar o que vai na alma através de expressões, tais como canções, desenhos, danças, neste sentido evita-se a inibição de se expor perante os outros. As crianças são quem mais se aproveitam das expressões artísticas, para levar a cabo uma ideia, uma vontade e até mesmo um método de enfrentar os seus receios e as suas frustrações. Quando colocamos à criança uma questão, uma proposta de qualquer assunto, nem sempre ela se sente com vontade de partilhar oralmente connosco o que tem em mente, mas num momento de brincadeira e de descontracção, consegue-se de uma forma natural entender tudo o que ela pretende Não devemos interromper a criatividade de uma criança, quando ela brinca ao faz de conta, é neste meio que a criança se sente ela própria, sem medos, sem receios de errar e sem que se criem expectativas. A Arte é uma forma criativa de auxiliar questões emocionais, tais como, melhorar a sua autoconfiança, ser autónomos, desenvolver competências sociais, entre outras. Todas estas competências devem ser trabalhadas no sentido de

criar ambientes de liberdade expressiva. No mundo das expressões não é o belo nem a perfeição que se pretende alcançar, mas sim, a imaginação, o gosto pessoal e principalmente dar ênfase às emoções que se colocam nas diversas experiências. Os benefícios das expressões não são apenas criar uma obra de arte, tocar um instrumento ou movimentar o corpo, mas sim vivenciar com potencial e força criativa que leve a criança a melhorar a comunicação consigo mesma e com o outro, que desenvolva autonomia, que tenha auto-conhecimento, encontre um equilíbrio e principalmente que supere as dificuldades que se apresentam no quotidiano. Para concluir, tão importante como ler e escrever é aprender a criar e a expressar as nossas emoções e sentimentos, seja qual for a técnica utilizada, a verdade é que trabalhar com crianças é muito mais que lhes transmitir saberes, mais importante é ensinar-lhes a ser eles próprios, a saberem lidar com as frustrações e fazê-las sentirem-se capazes de tudo. Só nesta direcção conseguem ser crianças e poderemos entender o seu mundo.

Sandra Moreira, Educadora

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O QUE É INCONTINÊNCIA URINÁRIA?

A Incontinência Urinária é qualquer perda involuntária de urina. É mais do que apenas um problema físico para a mulher, podendo apresentar também consequências emocionais e sociais. A incontinência urinária pode manifestar-se em qualquer idade, mas as causas tendem a ser diferentes dependendo desta. A

incidência global da incontinência urinária aumenta progressivamente com a idade. Aproximadamente uma em cada três pessoas de idade avançada tem problemas em controlar a sua bexiga; as mulheres têm o dobro de probabilidades dos homens em se verem afectadas. A causa da incontinência urinária é diversa, mas em geral deve-se à súbita contracção do músculo da bexiga, ao relaxamento dos músculos que rodeiam a uretra ou do enfraquecimento dos músculos pélvicos. O diagnóstico da incontinência urinária assenta na história clínica, no exame físico e em exames complementares de diagnóstico. Os diferentes tipos de incontinência urinária classificam-se de acordo com o modo e o momento do início: incontinência de aparecimento recente e repentino, e incontinência de início gradual e persistente. A causa mais frequente é uma infecção da bexiga (cistite). As outras causas incluem os efeitos colaterais dos medicamentos, as perturbações que afectam a mobilidade ou causam confusão, o consumo excessivo de bebidas que contêm cafeína ou álcool e as situações que irritam a bexiga ou a uretra, como a vaginite atrófica e a obstipação aguda. A incontinência persistente (crónica) pode ser causada por alterações no cérebro, alterações na bexiga ou na uretra ou problemas dos nervos que entram ou saem da bexiga. Estas alterações são especialmente frequentes nas pessoas de idade avançada e nas mulheres depois da menopausa. A incontinência urinária classifica-se, além disso, em função do tipo de sintomas, como incontinência por urgência, por esforço, por extravasamento ou por incontinência total. A incontinência por urgência (ou imperiosidade) é um desejo urgente de urinar seguido de uma perda incontrolável de urina. Normalmente, as pessoas podem conter a urina durante algum tempo depois da primeira sensação de bexiga cheia. Pelo contrário, as pessoas com incontinência por urgência, em geral, quase não têm tempo de chegar ao mictório. A incontinência por esforço é uma perda incontrolável de urina ao tossir, fazer esforços, espirrar, levantar objectos pesados ou executar qualquer manobra que aumente bruscamente a pressão dentro do abdómen. A incontinência provocada por esforço é o tipo mais frequente de incontinência nas mulheres. Pode ser provocada por debilidade do esfíncter urinário. Por vezes as causas são as alterações produzidas na uretra em resultado de um parto ou de uma cirurgia pélvica. Nas mulheres pós-menopáusicas, a incontinência por esforço verifica-se pela falta da hormona estrogénica, situação que contribui para debilitar a uretra,

reduzindo deste modo a resistência da urina a fluir através deste canal. Nos homens, a incontinência por esforço pode aparecer depois da extirpação da próstata (prostatectomia, ressecção transuretral da próstata) quando se lesa a parte superior da uretra ou o colo da bexiga. A incontinência por extravasamento é a fuga incontrolada de pequenas quantidades de urina estando a bexiga cheia. A fuga ocorre quando a bexiga está dilatada e insensível devido à retenção crónica da urina. A incontinência total é a situação em que a urina goteja constantemente da uretra, dia e noite. Verifica-se quando o esfíncter urinário não se fecha adequadamente. A incontinência psicogénica é resultado de uma incontinência cuja origem é mais emocional que física. Ocasionalmente ocorre nas crianças e inclusive nos adultos que têm problemas emocionais. Por vezes produzem-se tipos mistos de incontinência. Por exemplo, uma criança pode ter uma incontinência originada por um mau funcionamento dos nervos, além de factores psicológicos. Um homem pode sofrer de incontinência por extravasamento causada por uma dilatação da próstata e também apresentar uma incontinência por urgência provocada por um acidente vascular cerebral. As mulheres idosas costumam ter uma combinação de incontinência por urgência e incontinência provocada pelo esforço. As pessoas tendem frequentemente a conviver com a incontinência sem procurar ajuda profissional, porque se sentem receosas ou têm vergonha de falar do problema com o seu médico, ou porque pensam incorrectamente que a incontinência é uma consequência normal do envelhecimento. E, contudo, muitos casos de incontinência podem ser curados ou controlados, especialmente quando o tratamento se inicia imediatamente. Tratamento. Um tratamento óptimo depende da análise minuciosa do problema de forma individualizada e varia segundo a natureza específica desse problema. Os que sofrem de incontinência urinária podem habitualmente curar-se ou, pelo menos, melhorar consideravelmente. Muitas vezes o tratamento exige apenas que se tomem medidas simples para mudar o comportamento. Muitas pessoas podem recuperar o controlo da bexiga mediante técnicas de modificação do mesmo, como urinar com intervalos regulares (cada duas ou três horas), para manter a bexiga relativamente vazia. Pode ser útil evitar os irritantes da bexiga, como as bebidas que contêm cafeína, e beber quantidades suficientes de líquidos (de seis a oito copos por dia) para impedir que a urina se concentre em demasia (isso poderá irritar a bexiga). A ingestão de medicamentos que afectam o funcionamento da bexiga de modo adverso muitas vezes pode ser suspensa. A qualidade de vida das pessoas fica diminuída, a sua auto-estima fica muito perturbada. Por ser uma doença embaraçosa, ou por pensarem que a incontinência urinária é uma consequência natural do envelhecimento a maioria dos doentes não procura ajuda profissional. Contudo, a maioria dos casos pode ser curada ou controlada.

Enfermeira Rosa Maria

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O ENVELHECIMENTO

O envelhecimento faz parte natural do ciclo da vida. É, pois, desejável que seja vivido de forma saudável e que constitua uma oportunidade para viver de forma saudável, autónoma e independente, o maior tempo possível.

O envelhecimento deve ser pensado ao longo da vida. O ideal é, desde cedo, ter uma atitude preventiva e promotora da saúde e da autonomia na velhice. A prática de actividade física moderada e regular, uma alimentação saudável, não fumar, o consumo moderado de álcool e a participação na sociedade são factores que contribuem para a qualidade de vida em todas as idades e, em particular, no processo de envelhecimento. O sistema de saúde dispõe, numa perspectiva individual, de uma rede de prestação de cuidados de saúde (com serviços integrados, centrados em equipas multidisciplinares e com recursos humanos devidamente formados), com uma componente de recuperação global e de acompanhamento das pessoas idosas, designadamente através da rede de cuidados continuados, que, por sua vez, integram cuidados de longa duração. Uma boa saúde é essencial para que as pessoas mais idosas possam manter uma qualidade de vida aceitável e possam continuar a assegurar os

seus contributos na sociedade. Pessoas idosas activas e saudáveis, para além de se manterem autónomas, constituem um importante recurso para as suas famílias, comunidades e até para a economia do país. Porém, nem sempre é possível viver o envelhecimento em plena saúde. A maioria das pessoas chega a idosa com doenças crónicas. As patologias incapacitantes mais frequentes nas pessoas idosas são: As fracturas, a incontinência urinária, as perturbações do sono, as perturbações ligadas à sexualidade, as perturbações de memória, a demência (nomeadamente doença de Alzheimer), a doença de Parkinson, os problemas auditivos, visuais, de comunicação e da fala. Mas isso não significa, necessariamente, que se tornem incapazes de lidar com a sua evolução ou que não possam prevenir o aparecimento de complicações. Algumas doenças geriátricas, apresentam-se quase exclusivamente em adultos de idade avançada. Também se incluem nas perturbações geriátricas aquelas que afectam os indivíduos de todas as idades, mas que na velhice são mais frequentes ou mais graves e que causam sintomas ou complicações diferentes.

João Cocharra, Dr. Médico – U.S.F. Novos Rumos / Vizela

CUIDADOS CONTINUADOS, MAS AFINAL PARA QUE SERVEM?

É com orgulho, curiosidade e especulação que a população Vizelense vê e ouve o início da construção da nova Unidade de Cuidados Continuados António Francisco Guimarães. Mas na verdade, existe ainda uma

confusão a pairar acerca do que realmente é este hospital… Por isso mesmo, considerei este tema, no sentido de esclarecer um pouco mais os leitores. Por cuidados continuados entendem-se os cuidados de convalescença, recuperação e reintegração de doentes crónicos e indivíduos em situação de dependência. Assim, as intervenções de saúde e apoio social visam a recuperação global, promovendo a autonomia e melhorando a funcionalidade da pessoa dependente, reabilitando-a, readaptando-a e reinserindo-a no seio familiar e social. Ao contrário do que se pensa, este tipo de cuidados estão direccionados para todas as idades, desde que se verifique uma dependência funcional, doença crónica ou doença

em estado avançado e mesmo em fase terminal de vida. A Rede de Cuidados Continuados Integrados tem por objectivo major o desenvolvimentos de um continuum de cuidados, desde a alta hospitalar até ao domicílio do utente. No fundo, é uma ponte entre os dois territórios. Tem a particularidade, também, de habilitar a rede familiar e/ou cuidadores informais acerca da prestação de cuidados a ter no domicílio com o doente, constituindo a família como núcleo privilegiado para o equilíbrio e o bem-estar do mesmo. Muito se houve falar da duração de internamento neste tipo de unidades, sendo assim, e para esclarecer de forma muito breve, entende-se como: i) internamento de curta duração: até 30 dias; i) internamento de média duração: até 90 dias; internamento de longa duração: superior a 90 dias.Eis uma explicação muito geral acerca dos Cuidados Continuados, que será entendida com mais facilidade quando a nossa Unidade estiver em funcionamento. Certamente uma mais-valia para Vizela! Filipa Sousa, Enfermeira

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DOENÇA DE PARKINSON

Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, lentamente progressiva e idiopática (sem causa conhecida). A doença de Parkinson afecta ambos os sexos igualmente e raramente aparece antes dos 50 anos. Tem várias características particulares,

entre elas: � Rigidez muscular. � Tremor de repouso. � Lentidão na iniciação dos movimentos (por hipocinésia).� Instabilidade postural. CausasA anomalia principal consiste numa perda de neurónios de uma área específica do cérebro (gânglios basais) que produzirá a diminuição de uma substância chamada dopamina (principal neurotransmissor dos gânglios basais) alterando os movimentos chamados extrapiramidais (não voluntários).A causa da degenerescência dos neurónios dos gânglios basais e da perda da dopamina, na maioria dos casos, não é conhecida. O factor genético não parece desempenhar um papel importante, embora a doença, por vezes, tende a afectar famílias. Nalguns casos a doença de Parkinson é uma complicação tardia duma encefalite viral (inflamação do cérebro). Noutros casos, esta doença deve-se a fármacos ou produtos tóxicos que interferem ou inibem a acção da dopamina no cérebro. SintomasEsta doença é insidiosa, podendo começar às vezes com um tremor da mão quando está em repouso – o tremor é máximo em repouso, diminui com o movimento voluntário da mão e desaparece durante o sono –, outras vezes com falta de mímica facial, diminuição do piscar, olhar fixo, movimentos lentos (hipocinésia) – por vezes, esta falta de expressão facial confunde-se com uma depressão, embora as pessoas com esta doença podem tornar-se depressivas.A voz poderá ser monótona, e como consequência da rigidez muscular da cara e da garganta estes doentes babam-se e engasgam-se com frequência.A marcha fica cada vez mais difícil, com passos pequenos, arrastando os pés, com os braços encolhidos, tronco inclinado e, em casos avançados a pessoa aumenta a velocidade da marcha para não cair. Outras vezes, pode ficar parado, com

enorme dificuldade para se colocar em movimento.Como existe uma lentificação de movimentos, que se caracteriza por um deficit dos movimentos automáticos, o doente fica como que parado, estático, com os movimentos voluntários lentos, diminuindo a capacidade inclusive de escrever – a letra fica pequena – e a linguagem monótona e às vezes ininteligível. Diagnóstico O diagnóstico na fase inicial, muitas vezes não é fácil, sendo que, como de costume, o mesmo deverá ser realizado por um médico, preferencialmente neurologista, que dirá se a causa é idiopática (causa desconhecida), ou se é devido a outras causas. Se a D. de Parkinson for provocada por medicamentos como, por ex.:fenotiazinas, haloperidol, reserpina, lítio, cinarizinas, flunarizina, os sintomas não costumam ser tão intensos. Intoxicação por monóxido de carbono ou manganês, enfartes cerebrais dos gânglios de base, hidrocefalia, traumatismos crâneo-encefálicos, encefalites, podem ser a causa desta doença, que tem tratamento e controle, porém não cura. TratamentoO diagnóstico, à medida que o tempo passa, torna-se mais nítido, evidente e fácil (por exemplo: a imagem do Papa João Paulo II). Cada indivíduo responde diferentemente ao tratamento e o que favorece um doente pode prejudicar outro. A correcção da diminuição da dopamina tem de ser lenta e progressiva para adaptar e ajustar a dose do medicamento a cada doente.O tratamento consiste no uso de medicamentos, fisioterapia e psicoterapia. É importante tomar cuidado com certos tipos de medicamentos que desencadeiam ou pioram os sintomas da doença. O tratamento farmacológico preferencial da D. de Parkinson é a levodopa em combinação com a carbidopa. Outros fármacos podem ser utilizados mas, sempre como ajuste terapêutico e individualizado. Em caso de o doente parkinsónico apresentar concomitantemente uma depressão, devem ser medicado com anti-depressivos e se necessário ser acompanhado por psicólogo. O exercício físico diário, a fisioterapia e uma dieta equilibrada e adequada também são muito importantes no tratamento destes doentes. Nenhum fármaco cura a doença, nem suprime a sua evolução, mas facilita o movimento e durante anos estes doentes podem levar a cabo uma vida funcionalmente activa.

M.ª do Resgate Salta, Médica

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A ACEITAÇÃO SOCIAL E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A interacção com os pares em geral e a aceitação social por parte dos mesmos em particular constituem experiências desenvolvimentais ao longo de todo o ciclo vital. É com a entrada na Creche ou Jardim-de-infância que, pela

primeira vez, a criança toma contacto continuado com os seus pares. Tal como sublinhou Edwards (1992), o recurso, cada vez mais frequente, a Instituições de educação pré-escolar teve como consequência as crianças entrarem no mundo das relações entre os pares muito cedo. Perante esta tendência, a compreensão da natureza e repercussões das experiências precoces com os pares tornou-se cada vez mais importante para a Psicologia Clínica e do Desenvolvimento. É na infância que surgem as primeiras formas rudimentares de aceitação social das crianças dirigidas aos outros (Trevarthen, 1977), nomeadamente, aos pares. Ao longo do primeiro ano de vida, os bebés exibem uma variedade de comportamentos sociais. Assim, com dois meses de idade já se fixam nos pares (Vincze, 1971), surgindo, aos quatro meses, os primeiros gestos sociais (Hartup, 1970) e aos seis meses, os primeiros sorrisos e vocalizações dirigidas aos pares. É, no entanto, entre o segundo e terceiro anos de vida, que as crianças são capazes de estabelecer relações com os seus pares, através da capacidade emergente para coordenar as suas acções sociais com as dos seus pares, imitando, por exemplo, as suas acções não-verbais. Tais capacidades, permitir-lhes-ão, por seu turno, envolver-se em actividades lúdicas mais sofisticadas e recíprocas Ainda assim, durante os primeiros anos de vida, o vínculo entre as crianças depende muito da momentaneidade e, por isso, as relações com os pares estão directamente relacionadas com a proximidade física e preferências por actividades. Por exemplo, Vandell e Mueller (1980) mostraram que, com apenas dois anos, as crianças já revelam preferências por determinados pares e já os procuram para parceiros dos seus jogos. Com o passar do tempo e à medida que o desenvolvimento avança, estas interacções e preferências conduzirão a outras formas mais complexas de relacionamento. De facto, as relações entre pares, imediatas e circunstanciais na infância, darão progressivamente lugar a relações num nível mais elaborado, baseadas nas necessidades de partilha e/ou troca com o outro, de apoio, de ajuda, de segurança. Assim, nas

crianças em idade escolar começam a emergir relações entre pares mais complexas, mais selectivas e subjectivamente mais salientes para os pares (Erwin, 1993). A este nível é notória uma diferenciação clara em relação à idade pré-escolar, sendo evidente que as relações que se estabelecem entre os pares baseiam-se em critérios mais selectivos. Partindo da aquisição de uma compreensão mais sofisticada dos outros, das relações e das expectativas interpessoais, ocorre um alargamento das suas experiências sociais, facto que propicia o desenvolvimento das suas competências sócio-cognitivas (Hartup, 1993). Também na adolescência, os comportamentos e escolhas dos adolescentes são influenciados pelos pares com quem interagem. Nesta fase, os pares assumem grande relevância para os adolescentes, abrangendo grande parte do tempo deles. Também é visível que na maioria dos contextos os adolescentes se comportam de acordo com as expectativas e valores dos pares com quem interagem, colmatando, na vida adulta, com o estabelecimento de vínculos mais profundos.Vivemos num mundo social complexo, o que exige, da nossa parte, que desenvolvamos competências competitivas e cooperativas e que respeitemos as diferenças dentro do grupo social em que nos inserimos. Psicólogos sociais e desenvolvimentais têm explorado cada vez mais o papel das relações entre pares e da aceitação pelos pares com início precoce para o sucesso na vida adulta (e.g., Baumeister & Leary, 1995; Goleman, 1995; Harris, 1998; McDougall, Hymel, Vaillancourt & Mercer, 2001). Neste contexto emerge a necessidade cada vez mais urgente de analisarmos as variáveis pessoais, interpessoais e contextuais e a forma como estas interagem, para assim potenciarmos nas nossas crianças relações mais estáveis e promotoras de um desenvolvimento mais harmonioso.

Susana Teixeira, Psicóloga

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GABINETE DE ATENDIMENTO E ACOMPANHAMENTO SOCIAL (GAAS) DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VIZELA

Filipa Pinto, Assistente Social; Márcia Gonçalves, Educadora Social

Raquel Freitas, Psicóloga

ACÇÃO SENSIBILIZAÇÃO EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE - “SOMOS O QUE COMEMOS”

A saúde de todos é hoje, claramente considerada em todas as sociedades, um direito fundamental do ser humano. É cada vez mais importante, para mantermos a saúde (bem estar físico e psicológico) darmos atenção aos alimentos que seleccionamos para a nossa alimentação diária. A frase “somos o que comemos”, representa bem o paradigma da importância da alimentação como fonte de bem-estar e de qualidade de vida. Neste seguimento, realizou-se no passado dia 10 de Dezembro de 2009 nas instalações da Escola Secundária de Vizela uma acção de informação/ sensibilização de Educação para a Saúde: “Somos o que comemos”.Esta acção teve como objectivo geral a importância da educação alimentar no que concerne à promoção e melhoria da saúde, e ainda com os objectivos de reduzir os factores de risco para doenças crónicas provenientes de hábitos alimentares inadequados e inactividade física, assim como a consciencialização das beneficiárias para a influência da alimentação e actividade física na saúde e para o impacto positivo que têm as acções de prevenção. Como estratégia recorreu-se à articulação com três enfermeiras do Centro de Saúde de Vizela,

de modo a explicitar às beneficiárias de como as várias formas de contactos regulares com o referido centro de saúde para a manutenção e vigilância da saúde, através da equipa de enfermagem, podem ter resultados positivos na sua própria saúde. Os temas abordados foram os seguintes: Alimentação e Nutrição, Roda dos alimentos (Quantas porções diárias devemos comer), Nutrição e as doenças Cardiovasculares, Nutrição e a Diabetes, Nutrição e a Obesidade e Alimentação Saudável e Exercício Físico.

ACÇÃO SENSIBILIZAÇÃO: “SAÚDE AMBIENTAL”

No âmbito do Núcleo Local de Inserção de Vizela, tendo como entidades responsáveis a Santa Casa da Misericórdia de Vizela através do Gabinete de Atendimento e Acompanhamento Social e o Centro de Saúde de Vizela, foram realizadas um conjunto de acções de sensibilização/informação ao nível da Educação para a Cidadania, Educação Ambiental e de Educação para a Saúde.Neste seguimento, e após uma acção teórica de sensibilização para a Redução, Reutilização e Reciclagem /Separação dos resíduos sólidos urbanos, decorreu no passado dia 29 de Outubro de 2009 uma visita à Estação de Triagem e

Compostagemde Resíduos Sólidos da Associação de Municípios do Vale do Ave sita em Riba D’ Ave. A visita teve a duração de 1h30m e no final todas as participantes tiveram direito a um pequeno ecoponto doméstico de modo a colocarem em prática os conhecimentos adquiridos nesta visita.

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REQUALIFICAÇÃO HABITACIONAL

A Santa Casa da Misericórdia de Vizela, através do Gabinete de Atendimento e Acompanhamento Social, desenvolveu um trabalho de requalificação habitacional de alguns agregados familiares, devido à sua preocupação com as suas condições habitacionais precárias, pois é relevante a insuficiência de oferta de habitação social camarária ou programas de requalificação habitacional a nível concelhio. Com esta iniciativa pretende-se promover a melhoria significativa das habitações dos agregados, ao nível de conforto, higiene e salubridade, em alguns casos específicos, implicou a mudança de habitação, visto que as mesmas estavam muito degradadas interior e exteriormente por circunstâncias várias. Este tipo de intervenção tem como intuito a reabilitação de espaços, a aquisição de um conjunto de electrodomésticos e mobiliário para a satisfação das necessidades básicas das famílias, que se traduz no aumento da sua qualidade de

vida.Salienta-se o facto de este trabalho ser desenvolvido com a colaboração dos ajudantes de acção familiar, para além de todo um trabalho de motivação dos beneficiários para a mudança, realizado por toda a Equipa. Considerando ser de todo o interesse dos leitores desta revista, comunicamos que este artigo foi exposto sob a forma de painel, numa das várias reuniões da Comissão Nacional do Rendimento Social de Inserção (CNRSI), que decorreu no distrito de Braga, onde estiveram presentes várias Entidades e Instituições do país, incluindo membros do actual Governo. Concomitantemente, foi destaque na Newsletter Nº11 – Especial Habitação, da Comissão Nacional do Rendimento Social de Inserção, de Dezembro de 2009, podendo ser consultada pelo público geral no site da Comissão Nacional do Rendimento Social de Inserção.

A Equipa Técnica Antes

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Antes

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REQUALIFICAÇÃO HABITACIONAL

A Santa Casa da Misericórdia de Vizela, através do Gabinete de Atendimento e Acompanhamento Social, desenvolveu um trabalho de requalificação habitacional de alguns agregados familiares, devido à sua preocupação com as suas condições habitacionais precárias, pois é relevante a insuficiência de oferta de habitação social camarária ou programas de requalificação habitacional a nível concelhio. Com esta iniciativa pretende-se promover a melhoria significativa das habitações dos agregados, ao nível de conforto, higiene e salubridade, em alguns casos específicos, implicou a mudança de habitação, visto que as mesmas estavam muito degradadas interior e exteriormente por circunstâncias várias. Este tipo de intervenção tem como intuito a reabilitação de espaços, a aquisição de um conjunto de electrodomésticos e mobiliário para a satisfação das necessidades básicas das famílias, que se traduz no aumento da sua qualidade de

vida.Salienta-se o facto de este trabalho ser desenvolvido com a colaboração dos ajudantes de acção familiar, para além de todo um trabalho de motivação dos beneficiários para a mudança, realizado por toda a Equipa. Considerando ser de todo o interesse dos leitores desta revista, comunicamos que este artigo foi exposto sob a forma de painel, numa das várias reuniões da Comissão Nacional do Rendimento Social de Inserção (CNRSI), que decorreu no distrito de Braga, onde estiveram presentes várias Entidades e Instituições do país, incluindo membros do actual Governo. Concomitantemente, foi destaque na Newsletter Nº11 – Especial Habitação, da Comissão Nacional do Rendimento Social de Inserção, de Dezembro de 2009, podendo ser consultada pelo público geral no site da Comissão Nacional do Rendimento Social de Inserção.

A Equipa Técnica Antes

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JARDIM-DE-INFÂNCIA SALA B – EDUCADORA VÂNIA

“ Um pouco de história de Portugal”

No âmbito da comemoração do Dia da Implementação da Republica e do

Dia dos Castelos, realizámos uma actividade especial. Tivemos uma

“pequena aula de história de Portugal”, onde ficamos a perceber

quais as diferenças entre o Regime Monárquico e o Regime

Republicano. Explorámos os costumes e tradições dos Reis no tempo da Monarquia e da sociedade actual

onde temos um Presidente da Republica com um Regime Republicano. Trabalhámos também, a Bandeira

Nacional e o seu significado, em seguida as crianças fizeram um registo, em formato de desenho, sobre o

tema. Para enriquecer ainda mais esta actividade, resolvemos construir um castelo com material de

desperdício e dois fantoches – o Rei e a Rainha. Para finalizar as crianças deram azo à imaginação e

improvisaram teatros de fantoches com o material por eles construído pondo desta forma, em prática o que

aprenderam. Todo este material encontra-se na sala de actividades, apresentando-se como mais um recurso

que as crianças podem utilizar sempre que surgir oportunidade de brincar ao “ faz de conta”.

Monarquia

MonarquiaD. Afonso Henriques 1º Rei Implantação da Republica Aníbal Cavaco Silva – Actual de Portugal Presidente da Republica

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JARDIM-DE-INFÂNCIA SALA B – EDUCADORA VÂNIA

“ Um pouco de história de Portugal”

No âmbito da comemoração do Dia da Implementação da Republica e do

Dia dos Castelos, realizámos uma actividade especial. Tivemos uma

“pequena aula de história de Portugal”, onde ficamos a perceber

quais as diferenças entre o Regime Monárquico e o Regime

Republicano. Explorámos os costumes e tradições dos Reis no tempo da Monarquia e da sociedade actual

onde temos um Presidente da Republica com um Regime Republicano. Trabalhámos também, a Bandeira

Nacional e o seu significado, em seguida as crianças fizeram um registo, em formato de desenho, sobre o

tema. Para enriquecer ainda mais esta actividade, resolvemos construir um castelo com material de

desperdício e dois fantoches – o Rei e a Rainha. Para finalizar as crianças deram azo à imaginação e

improvisaram teatros de fantoches com o material por eles construído pondo desta forma, em prática o que

aprenderam. Todo este material encontra-se na sala de actividades, apresentando-se como mais um recurso

que as crianças podem utilizar sempre que surgir oportunidade de brincar ao “ faz de conta”.

Monarquia

MonarquiaD. Afonso Henriques 1º Rei Implantação da Republica Aníbal Cavaco Silva – Actual de Portugal Presidente da Republica

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BERÇÁRIO E SALA A

Os bebés e as crianças pequenas estão sempre dependentes do contacto humano, os amplos processos de aprendizagens que se realizam nesta fase da vida, despertam não só em casa mas também na creche. Nestas idades a criança descobre a conquista do mundo que a rodeia através da própria acção, por isso cabe à equipa pedagógica proporcionar ocasiões para manter a criança activa, através de actividades orientadas, actividades do domínio sócio educativo com realce para as brincadeiras.

As actividades planeadas têm uma função muito importante na aquisição de competências, mas não devemos esquecer que é principalmente através da brincadeira que a criança aprende a ser mais sociável, aprende novas palavras, melhora as suas habilidades motoras e sensoriais. Brincar supõe um estímulo insubstituível para o desenvolvimento físico, psicológico e emocional das crianças, porque além de lhes proporcionar muitas satisfações é uma forma de educação muito eficaz.Juliana Oliveira, Educadora

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BERÇÁRIO E SALA A

Os bebés e as crianças pequenas estão sempre dependentes do contacto humano, os amplos processos de aprendizagens que se realizam nesta fase da vida, despertam não só em casa mas também na creche. Nestas idades a criança descobre a conquista do mundo que a rodeia através da própria acção, por isso cabe à equipa pedagógica proporcionar ocasiões para manter a criança activa, através de actividades orientadas, actividades do domínio sócio educativo com realce para as brincadeiras.

As actividades planeadas têm uma função muito importante na aquisição de competências, mas não devemos esquecer que é principalmente através da brincadeira que a criança aprende a ser mais sociável, aprende novas palavras, melhora as suas habilidades motoras e sensoriais. Brincar supõe um estímulo insubstituível para o desenvolvimento físico, psicológico e emocional das crianças, porque além de lhes proporcionar muitas satisfações é uma forma de educação muito eficaz.Juliana Oliveira, Educadora

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SALAS DA CRECHE

Durante este primeiro trimestre do ano lectivo 2009/2010, a Creche desenvolveu um conjunto de acções que obedeceram ao Plano Anual de Actividades dignas de registo. Eis as imagens que comprovam o quanto as crianças se empenham, divertem e crescem de forma enriquecedora. Estão representadas nestas imagens: o dia da Alimentação, as Vindimas e o dia mundial da Música.

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SALAS DA CRECHE

Durante este primeiro trimestre do ano lectivo 2009/2010, a Creche desenvolveu um conjunto de acções que obedeceram ao Plano Anual de Actividades dignas de registo. Eis as imagens que comprovam o quanto as crianças se empenham, divertem e crescem de forma enriquecedora. Estão representadas nestas imagens: o dia da Alimentação, as Vindimas e o dia mundial da Música.

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SALA A - JARDIM DE INFÂNCIA -

“CIENTISTAS POR UM DIA”! QUESTÃO: PORQUE CAEM AS FOLHAS DAS ÁRVORES NO OUTONO?

Por altura do mês de Outubro, durante uma conversa de manta, as crianças questionaram sobre algumas das transformações observadas na natureza no Outono e surgiu a curiosidade de saber “Porque caem as folhas das árvores no Outono?”Então no Dia Mundial da Ciência, 24-11-2009,propus ao grupo a realização de uma experiência exemplificativa, adequada à idade do pré-escolar, sobre a causa do cair das folhas, principalmente no Outono. O objectivo das actividades de carácter experimental é permitir às crianças “esmiuçar-lhes” o espírito crítico e o raciocínio lógico. Após um fenómeno verificado, construíram as suas próprias hipóteses e puderam efectivamente verificá-las.Juntamo-nos em volta das mesas onde tinha todo o material que necessitaríamos e demos início à experiência:

1. Cada criança usou um lápis para fazer dez furos no fundo de um copo de papel;

2. Enchemos os copos até meio com terra e pressionámo-la para ficar mais compacta;

3.Colocámos alguns copos no congelador durante a noite e deixámos os outros à temperatura ambiente no parapeito da janela;

No dia seguinte, tirámos os copos do congelador e colocámos cada um em cima de um guardanapo de papel, onde fizemos antecipadamente linhas

em ambos os lados e a alguma distância dos copos. Repetimos o procedimento nos copos que ficaram à temperatura ambiente; 4.Depois, deitámos uma chávena de água em cada copo e ficámos a observar a “corrida da água” para verificar qual dos guardanapos se molhariam mais depressa, dos copos que tinham a terra fria ou dos copos com a terra à temperatura ambiente?

5. A conclusão: verificámos que a água passa mais depressa através da terra à temperatura ambiente do que através da terra fria. Expliquei que o mesmo acontece com a água que as raízes vão buscar à terra, se a terra estiver fria é mais difícil que ela chegue às raízes. Por conseguinte, como é mais difícil as folhas irem “buscar” água às raízes, envelhecem (mudam de cor) e por isso, caem. Durante o Outono e o Inverno as árvores têm mais dificuldade em ir buscar água à terra gelada e para não morrerem têm de dar menos água às folhas. Eis a razão porque, apesar de chover durante o Outono e o Inverno as raízes têm dificuldade em ir buscar água à terra.

Agora, quando falamos nesta questão todos respondem: “Porque a terra está gelada”, isto porque todas puderam experimentar na prática os procedimentos que permitiram dar resposta à questão inicial.

Tânia Pinto, Educadora

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SALA DOS 5 ANOS – ED. CLÁUDIA – AS NOSSAS APRENDIZAGENS …

Ao longo deste 1º trimestre temos vindo a realizar muitas actividades que nos permitiram crescer um bocadinho mais. Mas as actividades que aqui vou partilhar com vocês, são do mini-projecto “À Descoberta dos Meios de Comunicação” que os motivou bastante, dado que os meios de comunicação fazem parte das suas vidas quotidianas.O projecto surgiu através da comemoração do Dia Mundial da Televisão e consecutivamente da exploração da história “O Pedro só gosta de ver Televisão”. Iniciou-se então um diálogo animado e participado por todos sobre os diferentes meios de comunicação: Quais os meios de comunicação que têm em suas casas? Quem utiliza cada um e para quê? O que ouvem? A quem telefonam? Que programas vêem? A quem escrevem e de quem recebem cartas? Quem as traz? Falamos das profissões do carteiro, do jornalista e do locutor etc.Já sabíamos bastantes coisas daí levantaram-se diferentes questões: Quais os meios de comunicação que já conhecíamos?

Para que servem os meios de comunicação? Eles são importantes? E porquê? E como se comunicava quando não havia televisão, rádio, cartas, Internet e telefone? Partindo destas questões, pusemos mãos à obra e assim dia após dia fomos desenvolvendo diferentes actividades explorando as diferentes áreas da educação pré-escolar, aqui ficam alguns exemplos das actividades que desenvolvemos no âmbito deste mini-projecto:

- Formar conjuntos com

diferentesimagens de meios de

comunicação (Visuais;

auditivos e audiovisuais);

- Registar os meios de comunicação que mais

gostavam; - Dizer oralmente e desenhar os programas preferidos de cada criança. No fim analisamos quais os programas preferidos entre as crianças;

Interpretámos frases compreendendo qual o meio de comunicação que devíamos usar para aquela “situação fictícia” . Enviamos uma carta para cada criança (Cada criança fez um desenho para a sua família que depois enviou-o por carta) que depois de pronta fomos

colocá-la nos correios; Pintámos profissões relacionadas com os meios de comunicação (carteiro; jornalista; locutor)

Visitámos a Rádio Vizela. Fomos recebidos pelos jornalistas da rádio que amável e pacientemente nos explicaram todas as etapas das notícias até chegarem ao papel. A experiência desta visita nas crianças foi maravilhosa, pois mostraram muita alegria, adorando a experiência de visitaram o estúdio de gravação dos programas da rádio, estivemos em directo. Após esta visita cada criança fez o seu próprio jornal (Deu-lhe um nome, recortou imagens recortou textos e paginou-o) e o resultado

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foi muito enriquecedor.

Dramatizámos situações em que utilizámos os meios de comunicação (Telefone, computador, televisão, jornais e revistas) Dramatizámos um noticiário que apresentamos depois na nossa festa de natal e o resultado foi fantástico, estiveram todos de parabéns

cumpriram muito bem os seus papéis de jornalistas e entrevistadores.Foi com a apresentação do telejornal especial

de natal que finalizamos este projectoaprendendo que:

- Há muitos anos atrás as pessoas para comunicarem usavam sinais de fumo, sinais sonoros e pombos; (Vasco) - Os meios de comunicação são importantes para comunicarmos uns com os outros; (Rita) - Os meios de comunicação servem para sabermos as notícias de todo o mundo; (Vasco)- Os meios de comunicação podem ser orais, escritos ouaudiovisuais; (Luís)- Com meios de comunicação podemos aprender muitas coisas; (Eduardo).

DISCIPLINA A QUANTO OBRIGAS!

Disciplinar não é fácil. Pode mesmo ser muito difícil. O objectivo não é fazer crianças à nossa medida, mas mostrar-lhes quais são os comportamentos socialmente aceitáveis.Texto de Paulo Oom (Professor de Pediatria) “O Diogo tem 18 meses e uma atracção irresistível por tomadas de electricidade. A mãe passa a vida a vigiar os seus movimentos e a tentar distraí-lo para outras actividades, mas começa a ficar cansada desta tarefa ingrata. A Maria tem dois anos e parece impossível como sobrevive comendo tão pouco. As horas da refeição viraram horas de batalha e, por isso, são sempre ganhas pela pequena, para desespero dos pais. O Rodrigo, de cinco anos, está sempre de castigo porque não consegue evitar bater no irmão mais novo. Parece que qualquer pretexto, ou mesmo a ausência dele, é o suficiente para desencadear na criança um desejo incontrolável de empurrar ou dar uma palmada no irmão mais novo. O pai já lhe explicou dezenas de vezes que isso não se faz, mas parece estar a falar com uma parede. A Vera é uma menina caprichosa e, quando não consegue o que quer, faz uma birra. O pior, para os pais, são as birras em locais públicos, onde, se não consegue o que quer, se atira para o chão num choro fingido, apenas parando quando a mãe lhe dá atenção.” Revista Pais e Filhos, 2007.

Pois é. Ninguém disse que educar era fácil. Provavelmente conseguiu imaginar-se em algumas das situações que referimos em cima. Incutir alguma disciplina nas crianças parece, muitas vezes, uma tarefa impossível, umas são mais traquinas do que outras e alguns pais têm dificuldade em impor os seus pontos de vista. A educação é um processo que deve ocorrer gradualmente, por etapas, adequadas aos diferentes estádios de desenvolvimento da criança, isto é podemos compreender a atracção do Diogo de 18 meses, pelas tomadas da electricidade e que tem alguma dificuldade em perceber que não lhes deve mexer, mas o mesmo comportamento seria inaceitável na Maria de 2 anos. É NECESSÁRIO QUE EXISTA UM BOM RELACIONAMENTO ENTRE OS PAIS E A CRIANÇA.Nós Educadoras e vós Pais só conseguimos alguma coisa na criança se para ela, formos um modelo a seguir, seja na recompensa ou no castigo, as nossas palavras e os nossos gestos terão um significado muito maior se a nossa relação com a criança se basear na confiança e amizade. É necessário que o “clima emocional” em casa e na escola seja agradável, de forma a permitir que a criança sinta carinho e conforto no seu dia-a-dia. Desta forma, ela não terá dificuldade em perceber quando está a fazer algo de errado. A atenção dada à criança

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é fundamental. Sem ser necessário que ela seja o centro da família, é importante que os pais se mostrem interessados pelas diferentes actividades da criança ou pela sua evolução na escola. A rotina diária, seja de actividades ou comportamentos,deve ser mantida, pois permite uma assimilação mais fácil das atitudes desejáveis e evita muitos comportamentos desagradáveis. É importante que os pais sejam coerentes na forma como abordam determinado comportamento ou problema. Facilita bastante se a reacção de um adulto a uma determinada situação for sempre a mesma. Desta forma, a criança assimila com facilidade o que dela se pretende. Este aspecto é essencialmente importante no caso de pais separados, por mais difícil que seja o entendimento, deve ser tentada uma educação coerente da criança nos dois mundos (do pai e da mãe) em que vive. Por fim, é necessário alguma flexibilidade. Ser intransigente nunca deu em nada, em algumas situações, principalmente se a criança tentarnegociarcom os pais, não tem qualquer mal, porque envolver a criança na tomada de decisõesajuda a favorecer o desenvolvimento do seu senso moral. É IMPORTANTE ESTIMULAR OS COMPORTAMENTOS ADEQUADOS E ELIMINAR OS INDESEJÁVEIS Disciplinar não é sinónimo de castigo. Esta confusão entre os dois termos é um dos erros mais frequentes de muitos pais, que confundem disciplina com castigo. Disciplinar significa ensinar, envolve a promoção e o incentivo de comportamentos adequados e o evitar dos comportamentos indesejados. Segundo os especialistas disciplinar é educar pela via positiva, pelo reforço das atitudes adequadas, do que pela negativa. A disciplina que se baseia apenas no castigo, sem ao mesmo tempo ensinar à criança quais os comportamentos adequados, está destinada ao fracasso. A criança aprende pelo exemplo, como pode um pai exigir que os brinquedos estejam arrumados se o seu próprio quarto está uma confusão? Nunca se esqueça que não pode exigir aquilo que também não cumpre. Os comportamentos que são

esperados devem ser bem explicados, nada de ambiguidades, nada de umas vezes sim, outras não, é importante que a criança saiba e entenda o que se espera dela. Nada de mais errado do que dizer a uma criança o que não pode fazer e depois permitir que ela o faça. Este é a nosso ver um dos grandes dramas da educação em muitas casas. Muitos pais, estabelecem regras que depois não cumprem, para não “traumatizar” a criança, isto é completamente errado. Muitas vezes, não é necessário fazer nada de mais. Por exemplo, se a criança depois de avisada insiste em atirar um brinquedo ao ar e ele se parte, fica sem poder brincar com ele ou «Vais arrumar os teus brinquedos sozinho ou queres que te ajude?» desta forma, está a respeitar a independência própria de cada criança, mas se a criança teima em não arrumar os brinquedos pode introduzir uma nova versão do tipo «se eu os arrumar sozinho não vais poder brincar com eles mais tarde» a criança

aprende que as suas opções têm consequênci

as. Aproveite algumas

brincadeirasque

estimulam o bom

comportamento, «Vamos fazer uma corrida para ver quem é que veste o casaco mais

depressa!»Desta forma estimula a adopção de comportamentos adequados pela criança. Antecipe dificuldades, se a sua filha se porta mal quando vai às compras, fale com ela antes e explique-lhe o que vão fazer e o que espera dela. A criança gosta de ser elogiada, não perca essas oportunidades quando ela se comporta bem fazendo-o, só está a estimular e a reforçar esse bom comportamento. Faça-a sentir-se a maior, isto aumenta a auto-estima e o desejo de corresponder aos desejos e expectativas dos seus pais. Não utilize a alimentação como recompensa, nomeadamente de gelados, chocolates, chupas e afins, um bom abraço é tudo o que ela necessita pois a melhor recompensa para a criança é sempre o amor, o carinho a atenção.

Educadoras do Jardim-de-Infância: Cláudia Carvalho, Susana Ferreira, Tânia Pinto e

Vânia Alves.

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“ERA UMA VEZ TRÊS REIS MAGOS …”

Para uma melhor adaptação/integração das crianças ao longo deste 1º trimestre realizamos muitas actividades que permitiram não só a todas as crianças se conhecerem melhor, como também a crescerem um bocadinho mais, visto que para uns foi um retomar das actividades, para outros uma novidade. No âmbito das comemorações do dia de Reis, realizamos actividades diversificadas e especiais começando mesmo a trabalhar o tema uns dias antes. Com este tema pretendemos explorar os costumes e tradições para assim fomentar a curiosidade e dar um toque diferente a algumas actividades. Fomos ao presépio da sala, pegamos nas imagens e começamos a explorar a sua importância e o seu significado, ouvimos uma história com todas as personagens e representamos um presépio “vivo”, desta forma ficamos com um conhecimento mais profundo sobre este reis. De seguida, as crianças tiveram a responsabilidade de levar as suas experiências e aprendizagens para casa e recontaram a história

aos pais. Com mais um objectivo alcançado, ou seja, o feedback escola/casa, casa/escola, partilhamos as histórias trazidas de casa ao restante grupo, o que fez com que as crianças ficassem contentes e orgulhosas. Após a exploração da história realizamos diversas actividades no âmbito deste mesmo tema: adivinhas, canções, grafismos, elaboração de coroas, picotagem, pinturas, colagens, cartaz e que culminou com a culinária. Levamos os ingredientes e juntos fizemos as nossas bolachas em forma de Reis Magos. Cada criança deu uma ajuda, colocando os ingredientes, amassaram e esticaram a massa e puseram-na nas formas. Quisemos com este lanche presentear os pais com mais uma habilidade dos seus filhos, pondo-os a saborear estas bolachinhas. Iremos finalizar este tema com as habituais reisadas aos nossos utentes do lar e restantes crianças da creche.

Ed. Susana

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“ERA UMA VEZ TRÊS REIS MAGOS …”

Para uma melhor adaptação/integração das crianças ao longo deste 1º trimestre realizamos muitas actividades que permitiram não só a todas as crianças se conhecerem melhor, como também a crescerem um bocadinho mais, visto que para uns foi um retomar das actividades, para outros uma novidade. No âmbito das comemorações do dia de Reis, realizamos actividades diversificadas e especiais começando mesmo a trabalhar o tema uns dias antes. Com este tema pretendemos explorar os costumes e tradições para assim fomentar a curiosidade e dar um toque diferente a algumas actividades. Fomos ao presépio da sala, pegamos nas imagens e começamos a explorar a sua importância e o seu significado, ouvimos uma história com todas as personagens e representamos um presépio “vivo”, desta forma ficamos com um conhecimento mais profundo sobre este reis. De seguida, as crianças tiveram a responsabilidade de levar as suas experiências e aprendizagens para casa e recontaram a história

aos pais. Com mais um objectivo alcançado, ou seja, o feedback escola/casa, casa/escola, partilhamos as histórias trazidas de casa ao restante grupo, o que fez com que as crianças ficassem contentes e orgulhosas. Após a exploração da história realizamos diversas actividades no âmbito deste mesmo tema: adivinhas, canções, grafismos, elaboração de coroas, picotagem, pinturas, colagens, cartaz e que culminou com a culinária. Levamos os ingredientes e juntos fizemos as nossas bolachas em forma de Reis Magos. Cada criança deu uma ajuda, colocando os ingredientes, amassaram e esticaram a massa e puseram-na nas formas. Quisemos com este lanche presentear os pais com mais uma habilidade dos seus filhos, pondo-os a saborear estas bolachinhas. Iremos finalizar este tema com as habituais reisadas aos nossos utentes do lar e restantes crianças da creche.

Ed. Susana

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3.ª IDADE - ACTIVIDADES

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DIA MUNDIAL DA TERCEIRA IDADE

Assinalou-se a 28 de Outubro o Dia Mundial da Terceira Idade. Nesta Instituição a efeméride foi lembrada nas valências da terceira idade e nas da infância. Logo pela manhã, as crianças da Creche e do Jardim-de-infância deslocaram-se ao Lar Torres Soares, tendo presenteado os idosos com uns deliciosos bolinhos e bolachinhas, confeccionados por eles, com a ajuda das Professoras. Da parte dos idosos receberam a alegria da música, visto que estes se encontravam

no seu momento habitual de música, conjuntamente com o Sr. Gomes, a D. Fernanda e a Carla. Foi um momento muito apreciado por todos. Já no período da tarde, os idosos do lar, centro de dia e apoio domiciliário tiveram a oportunidade de participar na habitual Festa da Terceira Idade, promovida pela Câmara Municipal de Vizela, e que contou com uma tarde de fados, festa muito apreciada por todos que nela participaram.

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DIA MUNDIAL DA TERCEIRA IDADE

Assinalou-se a 28 de Outubro o Dia Mundial da Terceira Idade. Nesta Instituição a efeméride foi lembrada nas valências da terceira idade e nas da infância. Logo pela manhã, as crianças da Creche e do Jardim-de-infância deslocaram-se ao Lar Torres Soares, tendo presenteado os idosos com uns deliciosos bolinhos e bolachinhas, confeccionados por eles, com a ajuda das Professoras. Da parte dos idosos receberam a alegria da música, visto que estes se encontravam

no seu momento habitual de música, conjuntamente com o Sr. Gomes, a D. Fernanda e a Carla. Foi um momento muito apreciado por todos. Já no período da tarde, os idosos do lar, centro de dia e apoio domiciliário tiveram a oportunidade de participar na habitual Festa da Terceira Idade, promovida pela Câmara Municipal de Vizela, e que contou com uma tarde de fados, festa muito apreciada por todos que nela participaram.

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3.ª ID

ADE

- ACT

IVID

ADES

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VIVER O NATAL NO LAR

Cumprindo aquela que é já uma tradição da Santa Casa da Misericórdia de Vizela, no passado dia 23 de Dezembro realizou-se no Lar Torres Soares a tradicional Festa de Natal dos Idosos. A iniciativa estendeu-se também aos idosos das valências Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário.Os idosos que marcaram presença no Lar Torres Soares desfrutaram assim de um momento de confraternização e convívio dentro de um espírito enquadrado com a época festiva em causa - a quadra natalícia. A festa arrancou com um concerto de Natal fervorosamente oferecido pelos nossos idosos. Logo de seguida, foi servido o almoço, do agrado de todos, numa ementa a lembrar a época natalícia e onde não faltou o bacalhau nem as tradicionais doçarias (bolo-rei, aletria, rabanadas, sonhos, mexidos, pão-de-ló, pudim, molotoff e leite-creme). O almoço contou com a presença do Sr. Provedor Domingos Vaz Pinheiro, do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Vizela- Sr. Dinis Costa - assim como de vários elementos da Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Vizela. Além disso, destacamos também o elevado número de funcionárias desta valência que num espírito de voluntariado se juntaram à festa para proporcionar aos nossos idosos o incremento do sentido de família e de amizade.À tarde teve lugar uma Eucaristia comemorativa celebrada pelo Capelão da Santa Casa da Misericórdia de Vizela, Sr. Padre Constantino, vivida em profunda devoção e respeito pelos idosos e por todos os presentes. De seguida, a festa foi animada pela realização de uma peça de teatro preparada pelos funcionários – “Zé das Moscas” - . Esta iniciativa trouxe humor e boa disposição a todos – utentes, funcionários e visitas/familiares que nessa altura se encontravam na sala de convívio do Lar. Para euforia de todos os utentes, o “Pai Natal” trouxe as tradicionais prendas que inundaram de alegria o rosto dos nossos idosos! A festa culminou com um lanche convívio para deleite de todos. A época natalícia é tempo de afectos e em que todos, em geral, somos mais sensíveis à solidariedade, ao amor, à amizade e no qual apelamos à paz e espírito de entreajuda. Mas é para nós, funcionários desta Instituição, um mês de muito trabalho, no qual se procura dar ao espaço físico o aspecto típico das decorações natalícias. Tudo é preparado com muita antecedência e ao pormenor. Assim, começa-se a idealizar e a

preparar as decorações e cada espaço transforma-se num tributo ao Natal. Este ano, além da decoração habitual, os utentes expuseram numa montra os trabalhos realizados no atelier de pintura e expressão plástica. Todos apreciaram as magníficas obras! No Lar Torres Soares, nesta época, para além do trabalho que nos compete e o qual procuramos fazer com alegria e motivação, pois o Natal é único e o nosso objectivo é proporcionar alegria aos nossos idosos, também sentimos que é um período que se presta a alguma reflexão: balanço do ano que está a terminar e altura de reunir forças para o que está a chegar, e que é sempre símbolo de um novo recomeço.

A todos que contribuíram com empenho e profissionalismo, ajudando a levar em frente a nossa missão, em prol de uma melhor qualidade de vida dos utentes, deixamos o nosso reconhecimento. A Direcção e Coordenação do Lar e Centro de Dia Torres Soares

Susana Teixeira, Directora Técnica Marisa Magalhães, Coordenadora

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CRECHE - ACTIVIDADES

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FESTAS DE NATAL DAS VALÊNCIAS

CRECHE, JARDIM-DE-INFÂNCIA E LAR

No passado dia 17 e 18 de Dezembro,

realizaram-se as festas de Natal na Santa Casa

da Misericórdia de Vizela das valências Creche e

Jardim-de-infância respectivamente. À semelhança

dos anos anteriores a comparência dos pais foi

esmagadora. A festa na valência Creche decorreu

numa tarde fria de Inverno, mas o ambiente

aqueceu com o aconchego das crianças e dos

familiares. As educadoras brindaram as crianças e

os pais com um número alusivo ao Natal. De

seguida, as crianças encantaram com as canções e

representações, onde o mundo de fantasia das

crianças se torna uma realidade para todos.

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JARD

IM -

ACTI

VIDA

DES

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JARDIM-DE-INFÂNCIA

No Jardim-de-infância também assistimos a uma enorme comparência de familiares, facto que na leva a sentir grande regozijo. A festa decorreu, por isso, num ambiente caloroso, as crianças actuaram brilhantemente com números significativos que ilustram um trabalho que pretendemos dar visibilidade, pois encerra um conjunto

de manifestações de Arte, que privilegiamos atendendo ao nosso projecto educativo - "Educar pela Arte". Assim tentamos que as actuações das crianças reflectissem as aprendizagens enriquecedoras, nomeadamente: teatro, música, poesia, dança e educação física.

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JARDIM-DE-INFÂNCIA

No Jardim-de-infância também assistimos a uma enorme comparência de familiares, facto que na leva a sentir grande regozijo. A festa decorreu, por isso, num ambiente caloroso, as crianças actuaram brilhantemente com números significativos que ilustram um trabalho que pretendemos dar visibilidade, pois encerra um conjunto

de manifestações de Arte, que privilegiamos atendendo ao nosso projecto educativo - "Educar pela Arte". Assim tentamos que as actuações das crianças reflectissem as aprendizagens enriquecedoras, nomeadamente: teatro, música, poesia, dança e educação física.

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3.ª IDA

DE - EV

ENTO

S

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LAR, CENTRO DE DIA E SAD

No Lar também foi lembrado o Natal que,

apesar de ser quando um homem quiser,

tem data marcada. Nesta valência, a data

foi a 23 de Dezembro, a festa decorreu

todo o dia, começando com um concerto de

Natal até ao almoço de confraternização,

onde marcaram presença todos os utentes,

funcionários, colaboradores, Mesa

Administrativa, Presidente da Câmara e o

Capelão da Santa Casa, Sr. Padre

Constantino, que celebrou de seguida a

missa de Natal. Durante a tarde, as

funcionárias presentearam os utentes com

uma divertida peça de teatro. A festa

culminou com a distribuição de prendas.

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LAR, CENTRO DE DIA E SAD

No Lar também foi lembrado o Natal que,

apesar de ser quando um homem quiser,

tem data marcada. Nesta valência, a data

foi a 23 de Dezembro, a festa decorreu

todo o dia, começando com um concerto de

Natal até ao almoço de confraternização,

onde marcaram presença todos os utentes,

funcionários, colaboradores, Mesa

Administrativa, Presidente da Câmara e o

Capelão da Santa Casa, Sr. Padre

Constantino, que celebrou de seguida a

missa de Natal. Durante a tarde, as

funcionárias presentearam os utentes com

uma divertida peça de teatro. A festa

culminou com a distribuição de prendas.

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INST

ITU

IÇÃ

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ASSEMBLEIA-GERAL DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VIZELA

No dia vinte e oito de Novembro, pelas

09h30m, na Sala de Sessões do Pavilhão

dos Serviços Administrativos, reuniu a

Assembleia Geral Ordinária dos Irmãos da

Santa Casa da Misericórdia de Vizela,

presidida pelo Sr. Tenente-General

Cipriano de Sousa Fernandes Alves,

presidente da Mesa da Assembleia Geral,

tendo sido submetidos à apreciação e

votação dos Irmãos, quatro pontos

constantes da Ordem de Trabalhos,

respectivamente, leitura e aprovação da

acta da última Assembleia Geral,

apreciação, discussão e votação do Plano

de Actividades e Orçamento da Santa Casa

da Misericórdia de Vizela para o ano de

2010, apreciação, discussão e aprovação

do Plano e Orçamento da Fundação Torres

Soares bem como deliberar sobre a

designação adoptada para a futura

Unidade de Cuidados Continuados,

intitulada "Unidade de Cuidados

Continuados Integrados António Francisco

Guimarães", tendo sido todos aprovados

por unanimidade. Finda a ordem de

trabalhos, procedeu-se ao acto eleitoral,

tendo sido colocada a sufrágio uma única

lista, que obteve trinta e nove votos válidos

e um nulo, tendo ficado eleitos os Corpos

Sociais para o Triénio 2010-2012.

TOMADA DE POSSE

O Senhor Provedor Domingos Vaz Pinheiro tomou

posse, no dia nove de Janeiro do seu quinto

mandato, na provedoria da Santa Casa da

Misericórdia de Vizela. Na presidência da

Assembleia-geral continua Cipriano Alves, sendo

que o Conselho Fiscal será dirigido por José

Pinheiro. Este será um mandato de trabalho e no

centro das atenções está a concretização de um

projecto que Domingos Vaz Pinheiro definiu como

aliciante - a criação da Unidade de Cuidados

Continuados Francisco Guimarães.

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ASSINATURA DO AUTO DE CONSIGNAÇÃO E LANÇAMENTO DA 1.ª PEDRA DA UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS ANTÓNIO FRANCISCO GUIMARÃES

A Santa Casa da Misericórdia de Vizela e

a Empresa “Combitur”, assinaram dia 11 de

Janeiro, pelas 16h30m o Auto de

Consignação, com vista à construção da

futura Unidade de Cuidados Continuados,

tendo estado presentes inúmeros

convidados das diversas Instituições,

Associações e Entidades Vizelenses. Como

abertura deste acto, tomou a palavra o Sr.

Provedor, Domingos Vaz Pinheiro, para

saudar os presentes e resumidamente

evidenciar a importância da obra para a

comunidade

Vizelense. Da

cerimónia, constou,

para além da

assinatura do Auto

de Consignação, o

lançamento da primeira pedra,

procedendo-se também à bênção da Obra,

por parte do Capelão da Misericórdia, Sr.

Padre Constantino Matos Sá. Após esta

cerimónia, tomaram a palavra o Sr.

Engenheiro José Arantes, representante da

Combitur e o Sr. Presidente da Câmara

Municipal de Vizela, Sr. Dinis Costa. No

final, foi servido um "buffet"no Edifício dos

Serviços Administrativos da Santa Casa da

Misericórdia de Vizela, com convite

extensível a todos os presentes na

cerimónia. Esta Unidade de Cuidados

Continuados vai abranger 58 utentes,

servidos por cerca de 60 funcionários e

espera-se esteja pronta até ao final de

2010.

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OBRAS DO HOSPITAL DA UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS

ARRANCARAM

Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa

já se encontra em construção , na primeira fase de

execução da obra. Nos últimos dias, a empresa de

construção tem-se dedicado à demolição de

edifício existente, na medida em que apenas

serão mantidos elementos da fachada.

Futuramente daremos conhecimento do andamento

da Unidade, fazendo o ponto de situação da

obra que tem sido ansiada por todos os

Vizelenses nos últimos anos.

Unidade de Cuidados Continuados Integrados “António Francisco Guimarães”

Porquê esta designação do novo Hospital?

Manteve-se o mesmo nome do Hospital antigo, agora em demolição,

pelo facto de António Francisco Guimarães ter sido um benfeitor de

outrora, que permitiu, com o seu donativo, que se construísse, neste local

o hospital. Este grande benemérito legou muita coisa à Misericórdia de

Guimarães para investir em Vizela. O Hospital de Vizela foi inaugurado

a 18 de Fevereiro de 1923 e em Maio do mesmo ano, foi deliberado

em Assembleia-geral, que o Hospital de Vizela se chamasse António

Francisco Guimarães. É, portanto, uma homenagem justa ao maior

“doador”, em tempos, de Vizela. Assim, com a requalificação do hospital reaviva-se a memória de

um benfeitor que não deve ser esquecido e, por isso, justifica a designação do novo Hospital de

Retaguarda, Unidade de Cuidados Continuados Integrados António Francisco Guimarães,

preservando a memória e a benfeitoria de um moreirense que deixou legado a Vizela. Em 2011,

Vizela contará com uma nova unidade de saúde, fruto do trabalho, esforço e ambição da actual

Provedoria, há muito ansiada por todos.

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PLANO DE ACTIVIDADES PARA 2010

A Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Vizela, conforme determinam os Estatutos no seu artigo 32º, vem com todo o prazer apresentar e submeter à apreciação desta Assembleia o Plano de Actividades para o Ano Administrativo de 2010. Continuando a ter como propósito potenciar as melhores condições nos serviços disponibilizados aos utentes das nossas valências, apostando na sua máxima qualidade, o ano agora em análise será todavia marcado pela construção da Unidade de Cuidados Continuados, depois de ultrapassada a fase burocrática inicial. A orientação estratégica desta Mesa Administrativa passará por rentabilizar os recursos existentes, e que têm sido a base do crescimento sustentado desta Instituição, de forma a podermos dar resposta a este grande desafio que se avizinha, isto porque a sustentabilidade das respostas sociais em funcionamento é a única forma de garantir a continuidade da nossa actuação. As prioridades para 2010 assentarão no progresso das valências existentes, adequando-as às normas em vigor e dotando-as de melhores condições físicas e humanas, tendo no entanto como objectivo primordial a criação de uma nova resposta social ajustada a uma real necessidade regional e nacional, como é o caso da futura Unidade de Cuidados Continuados. Tudo isto só será conseguido com uma gestão optimizada de recursos e racionalização de custos, isto porque se trata de um projecto financeiramente ambicioso, que esta Mesa Administrativa está empenhada em concretizar. Neste sentido, passamos a descrever as principais acções do Plano de Actividades para 2010: 1 - CRECHE Tendo como preocupação proporcionar os melhores cuidados, e paralelamente responder às exigências legais em vigor, no ano de 2010, nesta valência da infância, vamos continuar atentos à melhoria das suas condições físicas. Depois de termos operado algumas benfeitorias no interior e exterior do edifício, actualmente a aposta passará por apetrechar algumas áreas com equipamentos lúdicos e pedagógicos ajustados a estas idades. Assim, as salas de actividades serão complementadas com material didáctico e mobiliário consentâneo com os requisitos técnicos em vigor, nomeadamente com a aquisição dos catres necessários à substituição das camas existentes no espaço de dormitório da sala de 1,5 anos, bem como edredões para equipar toda a valência. Porque não foi possível levar a efeito em 2009, transita para o próximo ano a compra de mobiliário para o refeitório, procedendo-se à substituição das mesas e cadeiras aí existentes. Fazendo parte de um projecto comum para a Instituição, está previsto a colocação de painéis solares. 2 - JARDIM DE INFÂNCIATambém aqui foi dada atenção à melhoria das condições físicas do edifício, pelo que restará apenas complementar a substituição das caixilharias das janelas, que ainda são de madeira, por alumínio, concretamente as viradas para o parque infantil. Nesta valência impõe-se igualmente a aquisição de novos módulos de diversão para equipar as salas de actividades, bem como proceder à remodelação do mobiliário do refeitório, não esquecendo a compra de edredões. Importa ainda referir o alargamento das actividades educativas, dispondo os utentes desta valência do ensino do inglês (finalistas), da educação física, ministrada por um professor da área, promovendo o gosto pela prática desportiva e ainda aulas de música. Na área do conforto e reabilitação da valência, há a salientar o facto desta dispor de painéis solares, embora fora de uso, por calcificação do sistema. Assim, iremos privilegiar a sua reabilitação, aproveitando o equipamento disponível, procedendo à sua reparação, de forma a vermos rentabilizado o investimento outrora efectuado. Apraz ainda referir, e embora não se tratem de utentes desta valência, que a pedido dos pais e encarregados de educação dos ex-alunos do ATL, encontramo-nos neste ano lectivo a facultar diariamente refeições e transporte a 21 crianças que frequentam o 1º ciclo do ensino básico, tranquilizando os mesmos no período de almoço. 3 – LAR E CENTRO DE DIA TORRES SOARESNas áreas da terceira idade, transita para 2010, a pretensão na substituição do mobiliário existente no refeitório do Lar e Centro de Dia Torres Soares. O processo de remodelação incidirá nos espaços comuns a estas duas valências, incluindo as salas de estar e recepção, prevendo a aquisição de móveis que, para além de melhorarem o sentido estético da valência, trarão melhorias significativas no aspecto ergonómico (sofás e cadeirões) e que proporcionarão bem-estar aos utentes, dado que é aqui que passam e ocupam grande parte do seu tempo. A par desta reformulação, as áreas a privilegiar serão pintadas, com tinta lavável e anti-fúngica e colocados cortinados, tornando agradáveis e harmoniosos estes espaços. Esta valência disporá dos serviços de dois jovens estagiários, uma enfermeira e um professor de educação física, possibilitando a aquisição de novas competências profissionais em contexto de trabalho, e ao mesmo tempo dotar a Instituição de recursos humanos qualificados. A exemplo das outras valências, também esta área disporá de painéis solares, que bem dimensionados permitirão poupar até 70% da energia necessária ao aquecimento das águas sanitárias, possibilitando amenizar custos, contribuindo para um ambiente melhor, dado o papel relevante desta fonte de energia renovável. 4 – SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIONa valência SAD, tal como noutras, procurar-se-á atingir a optimização dos recursos, tendo em vista a melhoria dos serviços prestados, com a consciência que no momento de optar pelos nossos serviços, os utentes e seus familiares procuram a máxima qualidade. Nesta área dispomos actualmente de duas equipas no terreno que, diária e continuamente, prestam no domicílio os serviços de apoio psicossocial, entre eles a alimentação, a higiene pessoal e habitacional o tratamentos de roupas e o apoio ao nível da saúde, onde disponibilizamos a administração de medicação, o acompanhamento a consultas bem como os serviços regulares de podologia e enfermagem. Aqui importa destacar o papel que esta resposta social assume enquanto serviço de aposta para o futuro, corroborado pelo número crescente de indivíduos que desejam permanecer no seu domicílio, continuando no seu meio habitual de vida. Nesta área, como noutras, estão previstas acções de formação, quer interna, assegurada pelos profissionais da própria Instituição, quer externa, a partir do centro de formação da União das Misericórdias. 5 - LAR RESIDENCIALAtendendo a que esta valência regista uma ocupação de apartamentos superior a 50%, e porque já era nossa intenção nos anos anteriores procedermos ao apetrechamento da totalidade do espaço, em 2010 iremos adquirir mobiliário análogo ao existente, de forma a equiparmos o terceiro e último piso deste edifício, preparando-nos para dar resposta à totalidade da oferta existente. É meta desta valência, durante o ano de 2010 atingir 80% da taxa de ocupação do edifício. 6 – RSI (Rendimento Social de Inserção)Durante o corrente ano, o serviço foi alvo de uma deslocalização para uma nova área, de forma a termos o Hospital liberto para ser intervencionado. Esta área, embora provisória, está dotada das condições necessárias ao seu pleno funcionamento, entre elas a climatização. Assim, os investimentos a imputar a esta valência resumir-se-ão aos gastos correntes e de manutenção dos equipamentos que dispõem. Trata-se de um serviço em que os técnicos estão fundamentalmente no terreno, pelo que não será descurado o acesso à formação necessária para manter o bom funcionamento que se tem registado. 7 – SAÚDEA nível de investimento, a grande aposta desta Mesa Administrativa, para o ano de 2010, está centrada na área da Saúde. Depois de termos visto aprovada a nossa candidatura ao Programa Modelar, no início de 2009, preparamo-nos agora para dar início à obra em si, ultrapassado que está todo o processo burocrático que se operou desde então, com os projectos a serem visados pelas entidades competentes. Todo este procedimento revelou-se imprescindível para obtermos a licença de construção, possibilitando-nos pôr em marcha a edificação da Unidade de Cuidados Continuados .O ano agora em análise, e depois de adjudicada a obra, será preenchido pela construção física da mesma, bem como pela aquisição do equipamento a colocar no seu interior, de forma a darmos cumprimento à calendarização estabelecida pela ARS. 8 – PATRIMÓNIOPara 2010, tal como em anos transactos, vamos continuar atentos à conservação de alguns prédios, de forma a evitar a sua total degradação, fazendo para isso as intervenções necessárias, impedindo maiores danos, muito especialmente em qualquer casa que nos fique devoluta, podendo assim fazer um melhor contrato futuro. Para além dos pontos acima enumerados, embora já referenciado em algumas valências, a aposta desta Mesa Administrativa passará ainda por promover a qualificação e valorização profissional dos recursos humanos, identificando necessidades, propondo planos de formação profissional e organização de acções de formação e continuar a apostar na possibilidade de facultar estágios profissionais e de inserção, ao abrigo dos Programas disponibilizados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, que nos permitirão a breve prazo constituir uma equipa de trabalho qualificada e habilitada a trabalhar em qualquer uma das nossas valências, muito especialmente nos idosos, quer nos lares, quer nos futuros Cuidados Continuados.

A Santa Casa da Misericórdia de Vizela, 28 de Novembro de 2009