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A educação ambiental e o desenvolvimento sustentável na produção
agrícola
Jucilaine Neves Sousa Wivaldo - PPGDE
Suelen Ferreira Matoso Couto - UFLA - PPGDE
Álvaro Ricardo Guerreiro - UFLA- PPGDE
Resumo: O presente trabalho apresenta uma revisão dos conceitos de Desenvolvimento
Sustentável, Sustentabilidade, Agricultura Sustentável e Educação Ambiental. A
metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica, com base na análise de diferentes
estudiosos da área busca compreender a Educação Ambiental como instrumento eficaz
na viabilização de uma produção agrícola sustentável. Posto que a concepção de
desenvolvimento sustentável e sustentabilidade estimulam a reformulação do conceito
da agricultura convencional, fazendo com que esta se desenvolva sob um viés
sustentável sem comprometer as gerações futuras, pois trabalha o equilíbrio, entre, a
qualidade de vida dos indivíduos e a manutenção dos recursos naturais. A Educação
Ambiental é considerada uma educação emancipatória por congregar a sensibilização
ambiental, a cidadania e a participação popular, elementos essenciais para a quebra dos
paradigmas das técnicas convencionais. Sendo assim, a Educação Ambiental é de
extrema importância na disseminação de práticas ecologicamente corretas na produção
no ambiente rural.
Palavras chave: Agricultura Sustentável; Sustentabilidade; Políticas Públicas
Abstract: This paper presents a review of the concepts of Sustainable Development,
Sustainability, Sustainable Agriculture and Environmental Education. The methodology
used is the bibliographical research, based on the analysis of different scholars in the
area, seeking to understand Environmental Education as an effective instrument in the
viability of a sustainable agricultural production. Given that the concept of sustainable
development and sustainability stimulate the reformulation of the concept of
conventional agriculture, making it develop under a sustainable bias without
compromising future generations, because it works the balance between the quality of
life of individuals and the maintenance Of natural resources. Environmental Education
is considered an emancipatory education for gathering environmental awareness,
citizenship and popular participation, essential elements for the breakdown of
paradigms of conventional techniques. Thus, Environmental Education is of extreme
importance in the dissemination of ecologically correct practices in production in the
rural environment.
Keywords: Sustainable Agriculture; Sustainability; Public policy
1 INTRODUÇÃO
O despertar para esse tema surgiu da necessidade e da curiosidade de se refletir
sobre novas estratégias de intervenção na natureza que não a agrida tanto, ou quase
nada. Sendo assim, é preciso estudar as diversas mudanças climáticas que agricultura
acarreta no sistema e buscar possíveis soluções, que pelo menos amenizem o que já foi
denegrido. E isso só será viável criando meios e ou ações que sejam capazes de
IX EPEA Encontro Pesquisa em Educação Ambiental
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transformar, de ressignificar de fato a relação humana com o meio ambiente. É preciso
desenvolver nos seres humanos o sentimento de pertença em relação à natureza, eles
devem se sentir de fato parte da natureza, uma extensão do mundo que os cercam, talvez
aí esteja a forma para uma sociedade mais sustentável.
Trabalhos de pesquisas sobre essa temática em questão é de grande importância
no contexto atual, visto que todos sofrem com as diversas transformações climáticas e
suas consequências, o que requer ações e medidas as modificações negativas que
poderão ser fatais para o ser humano.
Assim, o referido estudo buscou dar resposta a seguinte problemática: o que
fazer para desenvolver uma produção agrícola sustentável? O objetivo principal da
pesquisa é elaborar e mostrar com base em bibliografias que a partir da educação
ambiental é possível desenvolver uma produção agrícola sustentável e ter na prática um
projeto ambiental ativo, consciente e modernizador para nortear a relação homem e
meio ambiente. E para chegar a respostas relevantes para o problema e possíveis para as
questões colocadas em pautas foi escolhida a pesquisa bibliográfica, reproduzida com
base em materiais publicados em livros, artigos, dissertações e teses. A pesquisa
bibliográfica “constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos
quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema” (CERVO,
BERVIAN E SILVA, 2007, p. 61).
Em um primeiro momento será analisado o termo desenvolvimento sustentável,
este compreende o padrão de comportamento que deve ser adotado pela sociedade, a
fim de que o ser humano continue a desfrutar do meio ambiente de maneira consciente,
e para que os futuros descendentes também tenham essa possibilidade.
Outro ponto fundamental para compreensão da importância do tema em estudo é
a necessidade urgente da implantação da Agricultura Sustentável, modelo de produção
agrícola diferente da agricultura convencional. Visto que, a Agricultura Sustentável
emerge tendo como visão central de construir um ambiente rural sustentável, compatível
e consciente no manejo e uso dos elementos da natureza.
A Educação Ambiental compõe o terceiro momento dessa análise, uma vez que
através da educação contínua e permanente será possível desenvolver indivíduos
comprometidos com a preservação da natureza. Dessa forma, ao estimular a criação de
sujeitos socioambientais, capazes de pensar a natureza como sua extensão, terá se em
médio prazo, menos deterioração do meio ambiente, posto que aqueles que lidam com
os bens oferecidos pela natureza estarão sensibilizados da necessidade de seu uso
consciente e sustentável. Ou seja, uma sociedade sustentável passa diretamente pelas
“trilhas” da educação ambiental.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Desenvolvimento Sustentável e Sustentabilidade
Existem diferentes concepções sobre o termo desenvolvimento sustentável,
segundo diversos autores. Dentre elas: o “desenvolvimento sustentável significa atender
às necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de
atender suas próprias necessidades” (COMISSÃO MUNDIAL PARA O MEIO
AMBIENTE E O DESENVOLVIMENTO – CMMAD, 1988, p.28). Outra visão
apontada é: “o desenvolvimento sustentável deve conciliar, por longos períodos, o
crescimento econômico e a conservação dos recursos naturais” (EHLERS, 1999, p.113).
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“O desenvolvimento sustentável também é entendido como processo em constante
mudança quanto à dinâmica dos investimentos, inovações (que devem cumprir
demandas atuais e futuras) e exploração dos recursos” (SACHS, 1990, p. 474). Portanto,
é possível compreender que desenvolvimento sustentável é um padrão a fim de agregar
economia à sociedade e ao meio ambiente, ou seja, ação necessária para conciliar
crescimento econômico, inclusão social e proteção ambiental.
Para “a erradicação da pobreza e da miséria deve ser um objetivo primordial de
toda humanidade” (EHLERS,1999, p. 111) e que o desempenho sustentável depende de
elementos sociais, econômicos e ambientais e estão concomitantemente relacionados.
Enfatiza que a técnica é fundamental para a execução do desenvolvimento sustentável,
assim como menciona que alguns dos propósitos a serem obtidos através do
desenvolvimento sustentável em relação à produção agrícola são:
a manutenção por longo prazo dos recursos naturais e da
produtividade agrícola; o mínimo de impactos adversos ao ambiente;
retornos adequados aos produtores; otimização da produção com
mínimo de insumos externos; satisfação das necessidades humanas de
alimentos e renda; atendimento das necessidades sociais das famílias e
das comunidades rurais (VEIGA, 1994, p. 7).
Para Gliessman (2000) há diversos conceitos desenvolvidos por distintos
estudiosos sobre sustentabilidade, mas a ideia universal é o entendimento da sua base
ecológica. Ainda para o autor: “no sentido mais amplo a sustentabilidade é uma versão
do conceito de produção sustentável - a condição de ser capaz de perpetuamente colher
biomassa de um sistema, porque sua capacidade de se renovar ou ser renovado não é
comprometido” (GLIESSMAN, 2000, p. 52). Dessa forma, a sustentabilidade está
relacionada ao desenvolvimento econômico e material da sociedade sem degradar a
natureza, fazendo uso dos recursos naturais de maneira mais consciente e assim, outras
gerações poderão desfrutar desses bens.
Diante desse contexto, percebe-se que as considerações de desenvolvimento
sustentável e sustentabilidade se aproximam e compactua com a necessidade da criação
de alternativas que conciliem valores ambientais e humanos. O desenvolvimento ao
utilizar o termo sustentável em suas ações visa definir os limites para operar em
conformidade com o desenvolvimento econômico e a produtividade capitalista, com a
preservação da natureza e os recursos estabelecidos por essa. É, portanto, a utilização
racional dos elementos naturais com ênfase na qualidade de vida, não perdendo de vista
a preocupação com os problemas ambientais. A sustentabilidade tem como foco central
determinar o equilíbrio entre a evolução da qualidade de vida dos indivíduos, e a certeza
da finitude dos recursos ambientais, tudo isso com base na criação de novas
possibilidades de manejo do meio ambiente que sejam mais viáveis e socialmente
justas.
2.2 Agricultura Sustentável
Com o passar dos anos o modelo convencional de agricultura revelou-se
insustentável, tanto pelo aprofundamento das desigualdades como pelos diversos
impactos ambientais como desmatamento, diminuição da diversidade, degradação dos
solos agrícolas e contaminação química dos recursos naturais, dentre outras
consequências (ALTIERI, 2000).
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A agricultura convencional
é aquele sistema agrícola que possibilita uma produção alimentar em
grande escala (...) a homogeneização da produção e do ambiente” e
ainda (...) preocupa-se em controlar e não em conviver com os
chamados insetos e ervas daninhas. Ela busca excluir outros fatores
ecológicos e naturais, através do uso de técnicas que possuem em sua
base a utilização de produtos químico-sintéticos, engenharia genética
industrial, biotecnologia, manejo mecânico intensivo de solos
(SCHORR, 1996, p. 14).
Esse modelo convencional apesar de produzir em grande escala tem em sua
produção alimentícia usos excessivos de resíduos tóxicos. No entanto, é real que a
produção agrícola é de suma importância para o desenvolvimento humano, por ser uma
atividade diretamente ligada à alimentação do homem. Mas por outro lado, não se pode
perder vista a necessidade de que cuidados sejam tomados em relação às técnicas
utilizadas nesse processo de produção agrícola. Tal realidade já é colocada para
sociedade, bem como para os grandes e pequenos produtores, mostrando para esses
segmentos o desafio de reformular tais técnicas (empregadas na agricultura
convencional) que degradam o meio ambiente, e contaminam a própria produção de
alimentos. O que impulsiona os primeiros passos na execução de uma agricultura
sustentável e revela como é indispensável implantá-la na realidade dos indivíduos que
vivem da terra.
E é dessa necessidade de produzir sob a ótica do desenvolvimento sustentável
que o setor agrícola passou a conciliar sua produção com as questões ambientais e
assim, produzir com mais qualidade tendo como foco a saúde da população
(KAMIYAMA, 2011).
Acompreensão da agricultura sustentável vem do entendimento do que propõe o
desenvolvimento sustentável, ou seja, pode compreendê-la como a produção de
alimentos com base no “desenvolvimento que garanta a satisfação das necessidades das
gerações presentes e as possibilidades das gerações futuras de satisfazerem suas
próprias necessidades” (LUZZARDI, 2006, p. 63).
A autora Kamiyama (2011) ressalta que a concepção de agricultura sustentável
surgiu em 1980 em função de a agricultura convencional provocar degradação ao solo,
bem como desaparecimento da biodiversidade por causa do uso desajustado e
inconsciente de fertilizantes e agrotóxicos. Outro ponto característico dessa década,
apontado por Luzzardi (2006), são os problemas ambientais que fez com que os
estudiosos reformulassem essa agricultura no sentido de combinar produção,
conservação ambiental e viabilidade econômica.
Ao citar o Brasil, Kamiyama (2011) afirma que alguns estudiosos foram
contrários ao modelo vigente da época e desenvolveram um olhar diferencial sobre a
agricultura sustentável propondo um novo tipo de padrão produtivo. Um dos
pesquisadores apontado por essa autora, bem como pela por Fagnani (1997), é Adilson
Paschoal, que no ano de 1979, escreveu o livro com o tema “Pragas, praguicidas e crise
ambiental”, o qual abordou que o crescente aumento de uso de agrotóxicos não só
eliminava as pragas fatais, mas como também as naturais. Além disso, fazia com que
determinadas pestes adquirissem resistência aos defensivos agrícolas utilizados nas
lavouras.
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Outro autor citado pelas autoras, José Lutzemberger, que no ano de 1976,
publicou o “Manifesto ecológico brasileiro: Fim do futuro?”. Este por sua vez continha
o julgamento sobre o uso da agricultura convencional e apresentou nova visão sobre ela,
porém mais ecológica. A terceira autora mencionada por Kamiyama (2011) é Ana
Maria Primavesi que escreveu no ano de 1980 o livro “Manejo Ecológico do Solo”, esse
destacava a relevância de se ter um manejo que respeite os recursos naturais. Esse livro
é apontado como “a base científica da Agricultura Sustentável e para o movimento
agroecológico brasileiro” (KAMIYAMA, 2011, p. 22).
Os impactos causados pelo modelo convencional de produção agrícola têm
causado uma efervescência mundial para execução da Agricultura Sustentável na prática
cotidiana dos agricultores. Embora haja diversas dificuldades para alcançar esse
objetivo, por motivos como, falta de conhecimento sobre “ciência e tecnologias em
sistemas de cultivo agroecológico por parte dos agricultores (as) e dos profissionais que
ensinam, pesquisam e difundem conhecimentos sobre a agricultura e pecuária”
(LUZZARDI, 2006, p. 67); fazem uso de resultados súbitos sem análises profundas;
intimidação a benefícios econômicos; desinteresse aos problemas maléficos do modelo
convencional; escassez de mão-de-obra no espaço rural; degradação química, física e
biológica do solo; carência de máquinas e equipamentos adequados e, ainda, pobreza de
pesquisas e programas governamentais para incentivá-las (LUZZARDI, 2006).
A concepção de agricultura sustentável apresenta diferentes classificações e
diferenciações por diversos estudiosos. O conceito de agricultura sustentável pode ser
entendido:
o manejo e a conservação da base de recursos naturais e a orientação
da mudança tecnológica e institucional, de maneira a assegurar a
obtenção e a satisfação contínua das necessidades humanas para as
gerações presentes e futuras. Tal desenvolvimento sustentável (na
agricultura, na exploração florestal, na pesca) resulta na conservação
do solo, da água e dos recursos genéticos animais e vegetais, além de
não degradar o ambiente, ser tecnicamente apropriado,
economicamente viável socialmente aceitável (EHLERS, 1999, p.
101).
Observa-se com a fala do autor, que é fundamental determinar um padrão de
produção agrícola que utilize de modo racional, consciente os recursos naturais sem
causar dano ambiental.
É evidente que há urgência de se repensar uma nova forma de produção agrícola,
já que o modelo convencional não atende ao requisito de preservar o meio ambiente,
conforme descrição abaixo:
o futuro do Brasil está ligado à sua terra. O manejo adequado de seus
solos é a chave mágica para a sua prosperidade e bem estar geral. A
natureza em seus caprichos e mistérios condensa em pequenas coisas,
o poder de dirigir as grandes; nas sutis, a potência de dominar as mais
grosseiras; nas coisas simples, a capacidade de reger as complexas
(PRIMAVESI, 1984, p. 80).
Diante disso, para transformar agricultura convencional em agricultura
alternativa ou sustentável faz-se necessária mudança no caráter social, político e técnico
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da produção. Os primeiros compõem como “suporte organizacional, que organiza
internamente o apoio ao movimento” e, já o elemento técnico que “permite combinar
rendimentos econômicos e equilíbrio na gestão de recursos naturais”
(BRANDENBURG, 1999, p. 271). Para produção da agricultura sustentável é essencial
“maior eficiência dos sistemas de produção agrícola deve ser compatível e coerente com
cada realidade ecológica” (COSTA, 1993, p. 58). Este autor ainda ressalta que é
fundamental o emprego correto e racional dos recursos naturais, e ao se tratar da escolha
das atividades animais e vegetais deve selecionar aqueles ecologicamente corretos, bem
como atentar para distinção precisa e consciente das técnicas e das normas manipuladas
na produção.
Para constituir na prática a agricultura sustentável é preciso implantar a reforma
agrária, pois para ele, esta "permitirá o acesso à terra a todos os trabalhadores sem terra
ou com terra insuficiente para assegurar o seu desenvolvimento sob o prisma da
equidade, sustentabilidade e competitividade" (SANTOS, 2001, p. 228). Segundo
Luzzardi (2006) para alcançar agricultura sustentável são fundamentais transformações
sociais e econômicas no meio rural, que é a promoção do acesso mais fácil a terra e
outros bens aos pequenos agricultores.
Outro ponto levantado e essencial na efetivação da agricultura sustentável
segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) e o
INCRA (Instituto de Colonização e Reforma Agrária) é a execução política, científica e
tecnológica “especialmente em sistemas, integrando agricultura e pecuária, em produtos
tradicionais” e nos produtos dependentes de muita mão-de-obra (FAO/INCRA, 1994, p.
10). E completa, sugere-se também, segundo essa, a reformulação dos serviços de
extensão rurais, a acessão da integração vertical agricultura-pecuária, o estímulo à
rotação de culturas, a instigação de práticas de controle integrado de pragas, aumento da
adubação orgânica, a preservação do solo através de práticas culturais como a cobertura
verde e é fundamental construir e defender a realização de sistemas agro-florestais.
Para que a produção agrícola seja sustentável é preciso:
ter efeitos negativos mínimos no ambiente e não liberaria substâncias
tóxicas ou nocivas na atmosfera, água superficial ou subterrânea;
preservaria e recomporia a fertilidade, preveniria a erosão e manteria a
saúde ecológica do solo; usaria água de maneira que permitisse a
recarga dos depósitos aquíferos e satisfizesse as necessidades hídricas
do ambiente e das pessoas; dependeria, principalmente, de recursos de
dentro do agroecossistemas, incluindo comunidades próximas, ao
substituir insumos externos por ciclagem de nutrientes, melhor
conservação e uma base ampliada de conhecimento ecológico;
trabalharia para valorizar e conservar a diversidade biológica, tanto
em paisagens silvestres quanto em paisagens domesticadas; garantiria
igualdade de acesso a práticas, conhecimento e tecnologias agrícolas
adequados e possibilitaria o controle local dos recursos agrícolas
(GLIESSMAN, 2000 p. 53-54).
Já para a efetivação da agricultura sustentável é preciso:
uma combinação de cultivos mais diversificada, não de monoculturas,
mas de lavouras com pecuária e pastagens, com plantação de feno e
gramíneas com leguminosas combinadas, como o cultivo de aveia e
cevada; uma redução, em todos os países, principalmente os países
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industrializados, dos subsídios das políticas públicas, hoje dirigidos a
cultivos que têm impactos adversos ao meio ambiente, em benefício
de cultivos que têm impacto benigno no meio ambiente; um
redirecionamento dos incentivos ao uso de insumos predatórios, pois
se há externalidades ou efeitos colaterais no seu uso, estas devem ser
corrigidas com tributação (LOPES, 1994, p. 98).
Para alcançar um projeto de agricultura sustentável bem sucedido, de acordo
com Luzzardi (2006), faz-se necessário comprometimento e aprimoramento dos
técnicos e agricultores, divulgação do produto ecológico e a associação dos agricultores
através de cooperativas. O autor ainda ressalta que existem agricultores que precisam
ser conscientizados, pois utilizam a produção agrícola de base ecológica pela ausência
de crédito, e não pela sensibilização ambiental. Informá-los sobre a real importância
dessa causa proporcionaria benfeitorias ao solo, às plantas e à saúde, para que assim os
alimentos sejam cultivados de maneira correta e compatível com o meio ambiente.
3 METODOLOGIA
A metodologia utilizada na produção da referida pesquisa consistiu na revisão e
levantamento de artigos, livros, teses e leis ambientais que tratam sobre assunto.
A busca foi feita por meio das expressões encontradas nos títulos e nos resumos
dos artigos ou teses, bem como por meio de palavras chaves: educação ambiental e
agricultura sustentável, desenvolvimento sustentável e produção agrícola, educação
ambiental e sustentabilidade.
Após diversas leituras e análise dos conteúdos a definição final da escolha dos
autores e títulos foi elaborada com o intuito de dar respostas e embasar que através da
educação ambiental é possível constituir uma agricultura sustentável, então se optou por
aqueles que melhor embasavam sobre essa temática.
Na avaliação e estudo do conteúdo foram descartados aqueles textos que não
atendiam a proposta de trabalho, já os que ressaltavam sobre os elementos como
educação ambiental e o desenvolvimento da agricultura sustentável foram utilizados
para a construção do trabalho. Alguns artigos apesar de terem mais de 20 anos de
publicação ainda assim fazem considerações relevantes para os dias atuais e são
extremamente relevantes para estudos de educação ambiental e produção agrícola
sustentável.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 A Educação Ambiental como instrumento para produção agrícola sustentável
De acordo com Jesus (1993) o ser humano desde a evolução da espécie Homo
sapiens estabeleceu um controle excessivo e degradador sobre o meio ambiente e
sempre retirou dele meios para satisfazer suas necessidades humanas, por constituir-se
um ser social que age sobre a natureza para transformá-la em bem útil e fundamental
para manter sua subsistência. Sendo assim, Moroni e Ravera (1984) afirma que essa
forma humana de se relacionar com a natureza trouxe como conseqüência uma crise
ambiental vivida pela sociedade atual, e é necessário muito mais do que
“desenvolvimento e aplicação de novos avanços tecnológicos” para enfrentá-la.
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E para complementar essa crítica, isso pode até minimizar e ajudar por um
período de tempo sob as questões ambientais, no entanto “não influenciarão sobre os
aspectos básicos e profundos da crise” (BENAYAS, 1992, p. 25). Já que, para este autor
isso está relacionado ao que ele chama de “crise cultural profunda de escalas de valores
que regem os comportamentos do ser humano frente ao ambiente” (BENAYAS, 1992,
p. 25). Pode-se compreender que é necessária a transformação na maneira como o ser
humano tem se relacionado com a natureza, ou seja, é preciso quebrar paradigmas
culturais enraizados na população, e que se mantiverem nesse ciclo de perpetuação
serão fatais para o meio ambiente e para as gerações futuras.
A Educação Ambiental tem sua origem fundamentada em propostas educativas
originárias de percepções teóricas e matrizes ideológicas diversas. É apontada como de
extrema importância para criação de uma sociedade ambientalmente consciente e com
ações voltadas para a preservação ambiental. Entende-se que essa é uma ação educativa
constituída através do processo de intervenção na natureza diretamente ligada nas
múltiplas áreas da vida, das forças sociais para o enfrentamento da questão ambiental.
Tem como objetivo central construir caminhos sob a ótica sustentável, renovando a
apreensão e a maneira de tratar o reino vegetal e animal (LOUREIRO, 2008).
A Educação Ambiental, para Luzzardi (2006) tem sua emersão na busca de
reduzir e de transformar a realidade da destruição ambiental e social. Sua visão
norteadora é inovadora e emancipatória, por difundir uma nova concepção de relação
entre o homem e a natureza. O que pode ser observado nas palavras dessa autora:
a educação ambiental surge com a finalidade de (re) integrar o ser humano no complexo ecossistêmico a que está inserido. Pensar
desta maneira, no entanto, requer mudanças, sobretudo nas diferentes
formas de pensar e agir individual e coletivamente. Bem como refletir
sobre qual o tipo de sociedade se quer considerar como sustentável
(LUZZARDI, 2006, p. 55).
Dessa forma, a mesma configura-se como instrumento da educação para
proporcionar ao indivíduo uma compreensão ampla, o que requer prática constante a
fim de propagar ações e capacidades reflexivas. Assim, o ser humano terá consciência
para se envolver com as questões da sociedade e com as ambientais (CERVANTES,
1992).
De acordo com Luzzardi (2006), a Educação Ambiental deve abranger não
somente a formação de gerações que conviva com a incerteza e o futuro, mas produzir
um pensamento crítico e livre capaz de reformular novas estratégias para enfretamento
das mudanças, da diversidade, engajado a construir e reconstituir as novas
configurações ambientais a partir da criação de múltiplas expectativas e análises. O
autor ainda aponta que a compreensão de Educação Ambiental vai além do saber de
elementos ecossistêmicos e ecológicos, mas está diretamente ligada aos valores
culturais da coletividade.
Dentro desse contexto de criar novas perspectivas e conhecimentos, segundo o
autor surge um novo modelo a ser almejado que é a Agricultura Sustentável, a fim de
contribuir e transformar os processos e as técnicas da agricultura convencional em
produção agrícola sustentável.
Frente aos grandes problemas ambientais causados pelo modelo convencional de
agricultura faz-se necessário unir a definição de Agricultura Sustentável às ideias da
Educação Ambiental:
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compreendendo um instrumento de exercício da cidadania em um
contexto de construção de uma nova racionalidade ambiental, tendo
como base a participação dos agricultores e agricultoras, a equidade, o
direito à pluralidade e autodeterminação das comunidades locais,
compreendendo a biodiversidade como patrimônio coletivo e
instrumento de inclusão social. Ao mesmo tempo, concepções e
práticas de democratização e inclusão social revelam que trabalhos
dessa natureza, permitem desenvolver posturas mais críticas em
relação ao espaço vivido e valores que propiciam cidadãos mais
solidários, conscientes e afetivos (LUZZARDI, 2006, p. 56).
Para o autor a execução da agricultura sustentável está diretamente ligada à
promoção de uma educação ambiental que incentive a mudança ética e política na
sociedade através da transformação da vida individual e coletiva. Mas para vencer o
mito que o indivíduo tem posse sobre a natureza é fundamental construir uma educação
emancipatória voltada para o cultivo do elo entre cultura, linguagem e consciência,
atentando também para o poder por configurar elemento de linguagem, todas essas
características devem estar entrelaçadas com o exercício efetivo da cidadania. Assim,
compreende-se que:
a Educação Ambiental Emancipatória se conjuga a partir de uma
matriz que compreende a educação como elemento de transformação
social inspirada no diálogo, no exercício da cidadania, no
fortalecimento dos sujeitos, na criação de espaços coletivos de
estabelecimento das regras de convívio social, na superação das
formas de dominação capitalista, na compreensão do mundo em sua
complexidade e da vida na sua totalidade (LOUREIRO, 2008, p. 15).
Diante desse contexto, o maior desafio da educação é conciliar o novo projeto de
sociedade, a partir da reformulação das questões políticas, sociais, econômicas, culturais
e ambientais. E assim, educar os indivíduos para apreender que as relações sociais estão
inter-relacionadas, cada um é sujeito de sua própria ação, e que toda ação há uma
reação, ou seja, as ações de uns adicionadas às de outros podem ter consequências
positivas ou negativas a longo prazo, e sendo assim, todos são responsáveis. Assim, de
acordo com o Luzzardi (2006), a compreensão do que é pessoal e grupal possibilitará o
funcionamento de um espaço social mais respeitável no sentido de alcançar uma
sociedade sustentável ().
A junção dos objetivos da Agricultura Sustentável e Educação Ambiental têm
como foco central configurar como instrumento de cidadania para criação de uma nova
consciência ambiental e estimular “a participação dos agricultores e agricultoras, a
equidade, o direito à pluralidade e autodeterminação das comunidades locais,
compreendendo a biodiversidade como patrimônio coletivo e instrumento de inclusão
social” (LUZZARDI, 2006, p. 66).
O autor coloca que a produção de trabalhos de conscientização ambiental
estimula a compreensão e práticas de democratização e inclusão social que se traduzem
em indivíduos comprometidos com o local onde habitam e são apoderados por
princípios de solidariedade, consciência e afetividade com o meio que fazem parte.
Então, consequentemente acarretará mudança na relação entre técnicos e agricultores,
assim como na adesão e conservação de técnicas que beneficiam a sustentabilidade.
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Vale ressaltar, para esse autor que a educação não se traduz apenas na tomada de
informações por parte do indivíduo, mas é de suma importância essa aquisição de
conhecimento sob processo constante de movimento, de análise e avaliação para que
estejam sempre renovando as ideias, as estratégias de ação. Portanto, para o autor:
trata-se de um processo que envolve transformações no sujeito que
aprende e incide sobre sua identidade e posturas diante do mundo. A
internalização de um ideário ecologista emancipatório não se dá
apenas por um convencimento racional sobre a urgência da crise
ambiental, mas, sobretudo implica uma vinculação afetiva com os
valores éticos e estéticos desta visão de mundo (LUZZARDI, 2006, p.
67).
Assim, todas as ações para construir uma agricultura amparada no equilíbrio
entre meio ambiente e homem envolve transformação política, social e econômica, bem
como políticas públicas voltadas para as questões socioambiental sendo a educação
ambiental um instrumento essencial.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estímulo para o desenvolvimento desse trabalho baseou-se na análise de como
construir uma sociedade que tenha uma produção agrícola sustentável. Assim, o artigo
através do desenvolvimento analítico mostrou a relação entre Educação Ambiental e a
necessidade de transformação das técnicas utilizadas no ambiente de produção rural, já
que o modelo convencional utilizado, apesar de produzir em grande escala faz usos
excessivos de agrotóxicos que comprometem a saúde humana e a biodiversidade.
A Educação Ambiental é um instrumento para viabilizar a execução da
agricultura sustentável, sendo necessário que seja uma educação permanente, contínua,
transformadora e emancipatória para que a sociedade como um todo compreenda a
importância de uma produção agrícola em harmonia com a natureza.
Com base no desenvolvimento do artigo, apreende-se que é substancial conciliar
os princípios da Educação Ambiental com os da Agricultura Sustentável, assim, poderá
desenvolver tanto um sistema econômico quanto agrícola que respeite a natureza e a
perpetuação desta para as futuras gerações.
Observa-se que a educação deve ser absorvida como elemento essencial para a
vida, pois transforma as pessoas, e através do conhecimento adquirido serão capazes de
modificarem o mundo, de mudar seus espaços de convivência. Dentro dessa
perspectiva, a educação ambiental é instrumento elementar para a execução de uma
produção agrícola sustentável. No entanto, faz-se necessário a divulgação, a construção
de mais materiais sobre tal temática. É fundamental trabalhar para que um número
maior de artigos sejam desenvolvidos, mais questões ambientais dessa natureza sejam
problematizadas, reformuladas, reavaliadas. Mas, é preciso que o estudo realizado não
fique preso às revistas cientificas, e ao meio acadêmico. Há urgência que o material
desenvolvido chegue aos agricultores, aos órgãos que os fiscalizam e os orientam, para
que as ideias analisadas saiam do papel e estendam à prática cotidiana dos produtores. E
ao tomarem posse do conhecimento aqui proposto, novos sujeitos serão reconstruídos,
nova consciência de agricultura será executada, serão convencidos da relevância da
prática da agricultura sustentável e vencidos os preconceitos contrários a essa.
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Para pensar em estratégias de produção agrícola sustentável é necessário
amparar-se na educação ambiental como uma abordagem teórica socioambiental e
crítica de formação política de cidadãos estimulando a participação ativa e efetiva para
formulação e implementação de políticas públicas rurais com um olhar sustentável e
atenta as gerações futuras.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a FAPEMIG pelo apoio financeiro.
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