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É na comunidade de Bebida Velha, localizada no município de Pureza-RN - Região do Mato Grande - onde encontra-se a experiência de articulação de políticas públicas para a manutenção de sistema de produção familiar. A família de Eliane Carvalho e Sebastião Cruz, teve a iniciativa produtiva através da busca por benefícios para a própria comunidade, nos espaços de discussões do Território do Mato Grande e da Associação APABV.
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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Ano 8 • nº1224
Janeiro/2014
Pureza
A Família de Dona Eliane e Seu Bastos: uma experiência de sistema produtivo e de acesso às políticas públicas.
É na comunidade de Bebida Velha, localizada no município de Pureza-RN - Região do
Mato Grande - onde encontra-se a experiência de articulação de políticas públicas para a
manutenção de sistema de produção familiar. A família de Eliane Carvalho e Sebastião Cruz,
e 4 filhos: Rodrigo, Abraão, Adão e Larissa, e Dona Neuza (mãe de Eliane), teve a iniciativa
produtiva através da busca por benefícios para a própria comunidade, nos espaços de
discussões do Território do Mato Grande e da Associação dos Produtores Agrícolas de Bebida
Velha – APABV.
As várias experiências produtivas são incentivadas por políticas específicas para o meio
rural, que se articulam entre si, por exemplo: a horta agroecológica, com cebolinha, beterraba,
quiabo, tomate, pimentão, alface, couve etc, através do Programa Agroecológico Integrado e
Sustentável –PAIS e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas-
SEBRAE; a plantação de 2 hectares de banana, consorciada com a produção de macaxeira,
batata doce, milho, mangabeira, jerimum etc, através do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar-PRONAF/Banco do Brasil; a implementação da
cajucultura, com 23 tipos de cajueiro, com o objetivo de replicar as variedades que melhor se a-
A produção e as Políticas Públicas
Dia de trabalho da família na horta
Outra experiência exitosa é a piscicultura,
articuladora das demais produções e das políticas
públicas. Essa produção agrega a criação
consorciada de camarão, a carcinicultura. Esta
realidade só foi possível através da parceria com a
Associação de Comercialização do Mato Grande -
ARCO, da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte- UFRN e do PRONAF/ Banco do
Brasil.
dequam à região, incentivada pela Universidade
Federal do Semiárido-UFERSA e pela Empresa
Bras i le i ra de Pesquisa Agropecuár ia -
EMBRAPA, e a criação de carneiro, através das
orientações da Empresa de Pesquisa Agropecuária
do Rio Grande do Norte-EMPARN.
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Rio Grande do Norte
Realização Patrocínio
“isso pra nós é só buscando Seu Bastos fala sobre o orgulho da sua produção:melhorias e quando a gente encontra essa melhoria vai encontrar mais renda, vai encontrar também qualidade de vida. Produzir comida é coisa melhor que existe, que todo mundo come, e cientista não faz comida. E o mundo tá com fome!” declara.
A produção é dividida entre o consumo da família e a comercialização, principalmente, à criação de Tilápia, que, após dificuldades de comercialização, junto à Associação local, elaborou um projeto para o PRONAF Mais Alimentos e adquiriu o transporte para comercialização própria. A produção é vendida nas feiras da região, da capital e através do Compra Direta, modalidade do Programa de Aquisição de Alimentos-PAA, que adquiri a produção da agricultura familiar. A perspectiva é fornecer a produção ao Programa Nacional de Alimentação Escolar -PNAE, que será possível após a aquisição do Frigorífico pela política territorial, o qual possibilitará também o aproveitamento de 100% do peixe: a polpa, o filé, a pele, e a carcaça da tilápia. A família tem também a preocupação com a sustentabilidade, através da reutilização da água dos tanques de tilápias, e da compostagem com esterco de carneiro, cama de viveiro, palha de bananeira etc.
Dona Eliane declara que sua produção é uma experiência que deu certo: “no meu ponto de vista deu... na média são 3000 alevinos pra tirar 1500, 1600 quilos de peixe, após 6 meses. É uma boa expectativa. Você tirando todos os custos e você trabalhando direitinho você não tem uma grande renda, mas você dá pra se alimentar melhor”, afirma.
Dona Eliane e o artesanto da pele da tilápia.
Seu Bastos fazendo a despesca
Plantio de bananeiras
Criação de carneiros