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A farsa do aquecimentismo antropogênico 7/fev/07 (AER) - A divulgação das conclusões do quarto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), em Paris, na sexta-feira 2 de fevereiro, deflagrou a esperada histeria internacional em relação à suposta responsabilidade das atividades humanas nas variações climáticas que têm caracterizado a história geológica do planeta, antes mesmo de que a atmosfera terrestre obtivesse a sua composição atual, há cerca de 350 milhões de anos. De acordo com a questionável prática habitual do IPCC, o documento divulgado em Paris não foi o relatório científico completo dos trabalhos, que só será dado a público em maio, mas o chamado "Resumo para formuladores de políticas", que, rotineiramente, não reflete necessariamente as conclusões majoritárias dos cientistas participantes das discussões. Ato contínuo, representantes de 46 países reunidos na capital francesa para o conclave divulgaram um documento intitulado "Chamado de Paris à Ação", tendo conseguido que o presidente Jacques Chirac se encarregasse de apresentá-lo ao mundo com o endosso da respeitabilidade gaulesa (talvez, a proximidade do final de seu mandato tenha influenciado bastante a atitude de Chirac). O texto é ostensivamente catastrofista: Hoje, sabemos que os humanos estão destruindo, em um ritmo alarmante, os recursos e equilíbrios que lhes têm permido evoluir e estão determinando o seu futuro. Estamos compreendendo que todo o planeta está em risco, que o bem-estar, a saúde, a segurança e a própria sobrevivência da humanidade estão na balança... Devemos entender que atingimos um ponto sem retorno e temos causado danos irreparáveis. Devemos admitir para nós mesmos que não podemos mais dar-nos ao luxo da inação e que os riscos e perigos se exacerbam a cada dia que passa. A proposta dos "Cidadãos da Terra" para o enfrentamento de tal cenário é nada menos que o estabelecimento de um regime de "soberania

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A farsa do aquecimentismo antropogênico

7/fev/07 (AER) - A divulgação das conclusões do quarto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), em Paris, na sexta-feira 2 de fevereiro, deflagrou a esperada histeria internacional em relação à suposta responsabilidade das atividades humanas nas variações climáticas que têm caracterizado a história geológica do planeta, antes mesmo de que a atmosfera terrestre obtivesse a sua composição atual, há cerca de 350 milhões de anos.

De acordo com a questionável prática habitual do IPCC, o documento divulgado em Paris não foi o relatório científico completo dos trabalhos, que só será dado a público em maio, mas o chamado "Resumo para formuladores de políticas", que, rotineiramente, não reflete necessariamente as conclusões majoritárias dos cientistas participantes das discussões.

Ato contínuo, representantes de 46 países reunidos na capital francesa para o conclave divulgaram um documento intitulado "Chamado de Paris à Ação", tendo conseguido que o presidente Jacques Chirac se encarregasse de apresentá-lo ao mundo com o endosso da respeitabilidade gaulesa (talvez, a proximidade do final de seu mandato tenha influenciado bastante a atitude de Chirac). O texto é ostensivamente catastrofista:

Hoje, sabemos que os humanos estão destruindo, em um ritmo alarmante, os recursos e equilíbrios que lhes têm permido evoluir e estão determinando o seu futuro. Estamos compreendendo que todo o planeta está em risco, que o bem-estar, a saúde, a segurança e a própria sobrevivência da humanidade estão na balança... Devemos entender que atingimos um ponto sem retorno e temos causado danos irreparáveis. Devemos admitir para nós mesmos que não podemos mais dar-nos ao luxo da inação e que os riscos e perigos se exacerbam a cada dia que passa.

A proposta dos "Cidadãos da Terra" para o enfrentamento de tal cenário é nada menos que o estabelecimento de um regime de "soberania

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compartilhada, para reforçar a governança ambiental internacional":

Nós pedimos a transformação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente em uma organização internacional plenamente desenvolvida que seja genuinamente universal. Baseada no modelo da Organização Mundial de Saúde, a Organização Ambiental das Nações Unidas será uma voz forte com reconhecimento global. Ela será um instrumento usado para avaliar os danos ambientais e o entendimento de como reparar tais danos; um instrumento efetivo para promover tecnologias e comportamentos que respeitem os ecossistemas mais efetivamente; uma maneira de apoiar a implementação de decisões ambientais em todo o planeta.

Se implementada, a proposta dos "Cidadãos" poderá significar um grande passo para a consolidação do ambientalismo como instrumento de "governança internacional" (eufemismo para "governo mundial"), em um momento em que a crise sistêmica global parece aproximar-se de um desfecho decisório, em especial quanto à rápida erosão da liderança hegemônica geoestratégica e financeira dos EUA.

Por outro lado, não foi por acaso que a suposta crise ambiental e a crise de liderança estadunidense pós-Iraque tenham sido os principais destaques da reunião anual do Fórum de Davos, ocorrida simultaneamente ao conclave do IPCC. Como seria previsível, a grande maioria dos participantes aposta nas soluções "de mercado" para o enfrentamento do problema, principalmente com o estabelecimento de limites nacionais e da ampliação dos mercados para as emissões de carbono, conhecidas no jargão ambiental como abordagem "cap-and-trade".

De fato, o lançamento do "Resumo" do IPCC representou a culminância de uma escalada de ações do aparato internacional que tem no alarmismo ambientalista um dos seus principais instrumentos de ação e, a todas as luzes, elegeu a suposta crise climática como um derivativo para a crise estratégica provocada pelo desgaste da supremacia militar de Washington e das crescentes incertezas que rodeiam o sistema financeiro "dolarcêntrico". Desde meados do ano passado, a partir do lançamento do filme Uma verdade inconveniente, em que o ex-vice-presidente estadunidense Al Gore se apresenta como o grande cruzado do clima (a ponto de receber uma indicação para o Prêmio Nobel da Paz), seguiu-se uma série de iniciativas que convergem para apresentar o aquecimento global antropogênico como um fato consumado e reforçam a urgência de uma mobilização mundial para enfrentar o problema. Entre elas, destacam-se:

- Em setembro, a inusitada carta da Real Sociedade britânica à

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companhia petrolífera Exxon/Mobil, instando-a a interromper os financiamentos a pesquisas científicas contrárias ao suposto consenso em torno do aquecimento global (curiosamente, a carta não fazia qualquer menção aos colossais recursos financeiros concedidos pelos governos e fundações do Establishment às pesquisas orientadas para demonstrar a responsabilidade humana nas mudanças climáticas ou às centenas de organizações não-governamentais engajadas na campanha alarmista).

- No final de outubro, a divulgação do estudo "A economia das mudanças climáticas", apoiado pela Real Sociedade britânica e encomendado pelo Governo Blair ao ex-economista do Banco Mundial sir Nicholas Stern, o qual afirma que o impacto dos atuais padrões de emissões de gases de carbono poderá atingir até 20% do PIB mundial, até meados do século.

- Em janeiro de 2007, a decisão da Comissão Européia de propor uma redução de 20% nas emissões de gases de carbono sobre os níveis de 1990, até 2020, acima dos 12% previstos no Protocolo de Kyoto (que vários países da União já estão com dificuldades para cumprir, com sérias implicações para vários setores industriais do continente).

- No mesmo mês, a esdrúxula decisão dos editores do Bulletin of the Atomic Scientists, de acrescentar o aquecimento global às ameaças representadas no seu simbólico "Relógio do Apocalipse", cuja proximidade da meia-noite indicava, até então, o risco de um conflito nuclear em algum lugar do planeta.

Ao esforço, em meados de outubro de 2006, somou-se a divulgação pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF) do Living Planet Report, documento no qual a ONG favorita da família real britânica bate na surrada tecla dos "limites ao crescimento", afirmando aos níveis atuais de consumo de recursos naturais, por volta de 2050, seriam precisas três Terras para satisfazer às necessidades da Humanidade.

Essa mudança de perspectiva não escapou aos analistas do sítio franco-belga De Defensa, especializado em assuntos estratégicos globais, que, em uma nota de 30 de janeiro, observou:

O relato de causa e efeito que nós mesmos estabelecemos (a urgência da crise climática substituindo a urgência da luta contra o terrorismo) não é necessariamente aceita pelos especialistas, justamente porque eles são os especialistas e calham se concentrar em suas especialidades... Mas uma visão global de certos organismos leva ao reforço da idéia desse relato de causa e efeito. A atividade da Comissão Européia nos últimos três meses, no domínio da luta contra a crise climática, corresponde efetivamente a uma redução da atividade no quadro da luta contra o

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terrorismo.

Visivelmente, estamos diante de um avassalador esforço de importantes setores hegemônicos para desviar as atenções da opinião pública mundial da gravidade da crise sistêmica, no intento de ocultar as possibilidades oferecidas pela mudança da ordem de poder global que se encontra em curso para uma reversão do aprofundamento das desigualdades e injustiças mundiais. http://www.alerta.inf.br/index.php?news=571

Cientistas criticam relatório do IPCC Feb 12,2007 00:00 by editor

7/fev/07 (AER) - Ao contrário do que afirmam os propagandistas do aquecimento global antropogênico e a maior parte da mídia, o alegado "consenso" científico sobre o assunto simplesmente não existe. Desde a criação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), muitos cientistas de ponta têm criticado sistematicamente a atuação do órgão e a maneira como as suas conclusões são divulgadas. Já em 1996, o Dr. Frederick Seitz, um dos mais respeitados cientistas estadunidenses, denunciara as divergências entre o texto completo do segundo relatório do órgão e o resumo, divulgado um mês antes:

Em meus mais de 60 anos como membro da comunidade científica estadunidense, inclusive como presidente da Academia Nacional de Ciências e da Sociedade Americana de Física, eu nunca presenciei uma corrupção mais perturbadora do processo de revisão de pares como nos eventos que produziram esse relatório do IPCC... Os cientistas participantes aceitaram "A Ciência das Mudanças Climáticas" em Madri, em novembro último; a plenária do IPCC o aceitou no mês seguinte, em Roma. Mas mais de 15 seções no capítulo 8 do relatório - o capítulo-chave que estabelecia as evidências científicas a favor e contra uma influência humana no clima - foram alteradas ou eliminadas depois que os cientistas encarregados de examinar essa questão haviam aceito o texto supostamente final.

Poucas dessas mudanças foram meramente cosméticas; quase todas

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removiam as sugestões de ceticismo com as quais muitos cientistas se referem às alegações de que as atividades humanas estão tendo um grande impacto no clima, em geral, e no aquecimento global, em particular.

Uma fraude escandalosa marcou o terceiro relatório do IPCC, divulgado em 2001. Um dos principais elementos apresentados como evidência irrefutável do papel do homem no aquecimento de 0,6 oC observado ao longo do século XX foi um gráfico produzido pela equipe do paleoclimatologista Michael E. Mann, então na Universidade de Massachussetts. O gráfico, baseado no estudo de anéis de árvores e outras fontes, mostrava um ligeiro resfriamento de 0,2 oC para o Hemisfério Norte, no período 1000-1900, seguido de uma brusca elevação de 0,6 oC, no período 1900-2000. Por sua forma, ficou conhecido como o "bastão de hóquei de Mann" [ver gráfico] e foi extensamente exibido em todo o mundo como uma prova cabal da ação humana no clima. O problema é que, como foi prontamente demonstrado, o gráfico era, simplesmente, falso.

Cientistas sérios e geralmente rotulados como "céticos" suspeitaram que o gráfico de Mann et alii eliminava sumariamente as duas grandes e bem estabelecidas flutuações climáticas ocorridas no período: o chamado Ótimo Climático Medieval, entre 800-1300, quando as temperaturas no Hemisfério Norte eram cerca de 1,5-2 oC superiores às atuais; e a Pequena Idade do Gelo, entre 1350-1850, da qual o ligeiro aquecimento recente é uma recuperação (antes da politização da climatologia, as geociências rotulavam os períodos mais quentes que o atual como "ótimos climáticos", devido à constatação de que temperaturas ligeiramente mais altas são mais favoráveis à biosfera).

Pouco depois, dois estatísticos canadenses da Universidade de Guelph, Ontario, Stephen McIntyre e Ross McKitrick, analisaram os dados e a metodologia usados pela equipe de Mann e concluíram que os algoritmos empregados sempre produziam um gráfico em forma de bastão de hóquei, independentemente dos dados aplicados a eles. Posteriormente, por solicitação do deputado Joe Barton, então presidente do Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Deputados dos EUA, o Dr. Edward J. Wegman, da Universidade George Mason e considerado um dos maiores especialistas em modelos estatísticos computadorizados do país, também revisou o trabalho de Mann e chegou à mesma conclusão.

Ademais, Wegman fez uma crítica devastadora à comunidade dos "aquecimentistas", que, segundo ele, formam um grupo tão fechado em si próprio que impossibilita qualquer revisão independente de trabalhos como o de Mann. Em suas palavras, "existe um grupo estreitamente interligado de indivíduos que acredita apaixonadamente em suas teses.

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Entretanto, a nossa percepção é a de que este grupo tem um mecanismo de retroalimentação que se auto -reforça e, ademais, o trabalho tem sido tão politizado que eles dificilmente podem reavaliar as suas posições públicas sem perder a credibilidade". Diante da fraude comprovada, o IPCC não fez qualquer retratação, embora tenha excluído o trabalho de Mann do recente relatório.

Outro crítico veemente do modus operandi do IPCC é o Dr. Garth Paltridge, que até recentemente era diretor de Estudos Antárticos da Universidade da Tasmânia. Diz ele:

Cada um dos sucessivos resumos (do IPCC) têm sido escritos de forma a parecer um pouco mais certos do que o anterior sobre o fato de o aquecimento global ser um desastre potencial para a Humanidade. A crescente certeza verbal não provém de qualquer avanço particular da ciência. Em vez disto, é uma função de quão fortemente uma declaração sobre o aquecimento global pode ser feita sem incorrer em um rechaço significativo da comunidade científica em geral. Ao longo dos anos, a opinião dessa comunidade tem sido manipulada para chegar a um apoio mais ou menos passivo, por meio de uma campanha deliberada para isolar - e, de fato, denegrir - os cientistas céticos que estão fora da atividade central do IPCC. A platéia tem sido ativamente condicionada para ser receptiva. Por conseguinte, tem se tornado gradativamente mais fácil vender a proposta do desastre do aquecimento.

Vale mencionar que o Dr. Paltridge tem denunciado publicamente as ameaças de corte de recursos para o programa dirigido por ele, por parte da Organização de Pesquisas Científicas e Industriais da Comunidade Britânica de Nações (CSIRO, em inglês), o principal órgão financiador de pesquisas do governo australiano, depois que passou a criticar publicamente o "consenso" sobre o aquecimento global. http://www.alerta.inf.br/print_version.php?id=570

Em marcha a nova 'geopolítica do clima' Feb 11,2007 00:00 by nilder

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8/fev/07 (AER) – As recentes decisões governamentais dos EUA e da União Européia de substituir parcelas significativas do consumo de gasolina e óleo diesel por biocombustíveis, nos próximos dez a quinze anos, causaram compreensível euforia entre os produtores brasileiros de etanol e biodiesel. O Brasil, que reconhecidamente detém o maior e mais eficiente know-how sobre a produção de etanol e possui vastas áreas aptas ao plantio de cana e outras matérias-primas, tem todas as condições de produzir ‘combustível verde’ em quantidade suficiente tanto para suprir o mercado interno quanto para abocanhar parte expressiva do crescente mercado externo.

Contudo, a perspectiva do Brasil ampliar consideravelmente a sua posição de player mundial nos estratégicos mercados de alimentos e bioenergia está, certamente, contrariando interesses geoeconômicos de poderosos grupos do Establishment anglo-americano. Oportunamente, o influente jornal britânico The Times chamou a atenção, em sua edição do dia 5 passado, que o ‘lado negro’ do crescimento econômico que transformou o Brasil em maior exportador mundial carne, frango, suco de laranja, café e etanol é o ‘desflorestamento da região Amazônica”. O Times destaca que a destruição da floresta tropical (rainforest) brasileira está ocorrendo a uma taxa de 31 mil quilômetros quadrados por ano e é a principal fonte de emissão do pernicioso gás carbônico no país. Note-se que a matéria do Times versa sobre o chamamento do ministro da Fazenda Guido Mantega, feito em sua recente passagem por Londres, aos britânicos para que usem etanol em seus carros. [1]

Dias antes, representantes de partidos verdes europeus reagiram ao “pacote de energia e mudanças climáticas” lançado pela Comissão Européia no início de janeiro, estabelecendo que 10% do combustível para transportes da União Européia viriam de biocombustíveis em 2020, argumentando que estes causarão impactos ambientais em países como o Brasil cuja floresta tropical (Amazônia) será invadida para ampliar a fronteira agrícola. Em discurso na Comissão Européia, o comissário de meio ambiente Stavros Dimas disse que esta opção de energia não seria aceita. “É inaceitável que para se colocar no mercado este combustível, no processo de produção se emita tanto CO2 quanto irá se economizar depois. É imperativo que se desencoraje o uso de produção insustentável”. [2]

Por outro lado, como corolário da anunciada irreversibilidade do ‘aquecimento global antropogênico’, a União Européia decidiu incluir ‘critérios ambientais’ em todos seus acordos comerciais de agora em diante. Esses critérios já entrariam nas negociações comerciais da Comissão Européia já iniciadas com a Índia, Coréia do Sul, Asean (bloco de países asiáticos), países centro-americanos e Comunidade Andina.

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Segundo negociadores europeus, essa seria uma resposta das autoridades de Bruxelas a duas pressões: uma de ONGs ambientalistas, que pedem maior atenção da comissão nas relações com outros países; e a outra, de empresas que sofrem a concorrência de produtos dos países pobres que são competitivos em decorrência da falta de exigências em termos de proteção ambiental no processo produtivo. [3]

Como justificativa, os europeus dizem que, agindo assim, ajudarão os países emergentes a lidar com esses problemas e dificultarão a concorrência considerada desleal. Pior para os países arrolados como ‘em desenvolvimento’, já que as exigências ambientais poderão resultar em novas barreiras para as suas exportações pois essas economias não teriam como implementar os mesmos padrões existentes na Europa.

Atente-se que os países ‘pobres’, ‘emergentes’, ‘em desenvolvimento’ etc. – eufemismos sibilinos para designar ex-colônias ou antigos países do Terceiro Mundo – já estão sendo responsabilizados por emitir a maior parte do apocalíptico dióxido de carbono proveniente da ação humana. Mais precisamente, 51,8% do CO2 oriundo de gases em refinarias e plataformas de petróleo, em indústrias e em aterros sanitários e da construção civil localizadas nos 153 países ‘out’. Os 24 países ‘in’ [*] foram responsáveis por 46,5% das emissões, segundo dados apurados em 2003 pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e publicados em seu mais recente Relatório de Desenvolvimento Humano (2006). [4]

De fato, as engrenagens da nova ‘geopolítica do clima’ estão sendo postas em marcha operacional para que, a partir de 2012, quando expira o Protocolo de Kyoto, os países periféricos paguem a conta do suposto aquecimento global antropogênico, ou seja, que as suas economias serão severamente contidas a golpes da marreta ambiental.

Notas: [1]Britain urged to embrace petrol alternative ethanol, The Times, 5/02/07 [2]Europeus questionam o biodiesel, Envolverde, 1/02/07 [3]Ambiente vai nortear acordos da EU, O Estado de São Paulo, 5/02/07 [4]Emergentes emitem 52% do gás carbônico, PNUD, 6/02/07

[*] São eles: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Canadá, Reino Unido, Itália, Coréia do Sul, França, Austrália, Espanha, Holanda, Grécia, Áustria, Bélgica, Finlândia, Dinamarca, Irlanda, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça, Nova Zelândia, Islândia e Luxemburgo. http://www.alerta.inf.br/print_version.php?id=568

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Civilização surgiu após mudanças climáticas

ocorridas há mais de 4 milênios

As civilizações humanas nasceram em decorrência de grandes mudanças climáticas ocorridas entre 4 mil e 6 mil anos atrás, afirmou um pesquisador britânico especializado em meio ambiente. "A civilização não apareceu como resultado de um ambiente favorável", afirmou Nick Brooks durante o Festival da Ciência de Norwich (leste da Inglaterra). "Pelo contrário, o que hoje consideramos como a 'civilização' é em grande parte uma conseqüência acidental de uma adaptação não planejada a uma mudança climática catastrófica", explicou o pesquisador da Universidade East Anglia, de Norwich. Segundo o especialista, a civilização foi um último recurso para organizar a sociedade, a produção e a distribuição de alimentos diante da deterioração das condições ambientais. Segundo ele, entre 4 mil e 6 mil anos atrás, o clima se tornou muito árido devido às mudanças ambientais no planeta. A conseqüência foi uma piora nas condições de vida para os homens que até então viviam da caça e da colheita. Para sobreviver, eles se aproximaram de diferentes fontes de água, o que levou à criação de comunidades estáveis. Assim - explicou o pesquisador - nasceram as primeiras civilizações no Egito, no Iraque, no sul da Ásia, na China e no norte da América do Sul. Brooks deu como exemplo o Egito, citando o Nilo como um local onde as pessoas podiam viver mesmo depois da desertificação da região, há 4 mil anos. (Folha Online) 09/09/2006

Para críticos, alternativa a Kyoto

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representa "fachada"

A parceria Ásia-Pacífico para Desenvolvimento Limpo e Clima pode parecer uma solução real, de pessoas maduras, para o problema das mudanças climáticas. Nada de perdas econômicas, de metas a serem atingidas, de compromissos internacionais e sem necessidade de negociações abertas e transparentes. Para os participantes, as economias asiática vão continuar crescendo e os governos não serão obrigados a fazer o que não querem. Para outros observadores, a parceria é um símbolo de desprezo para encobrir o embaraço de George W. Bush e John Howard (primeiro-ministro australiano) - os únicos líderes do Ocidente a renegarem compromissos assumidos por seus antecessores na Conferência da ONU - Organização das Nações Unidas de Kyoto, em 1997. Tecnologia - De acordo com esse argumento, a parceria não vai trazer qualquer benefício em relação ao clima, porque a tecnologia sozinha não é capaz provocar as grandes reduções na emissão de gases que provocam o efeito estufa consideradas necessárias pelos cientistas que estudam o clima. A defesa da parceria foi feita pelo Ministro da Indústria australiano, Ian Macfarlane, que diz acreditar que "a nova tecnologia vai resultar em três vezes mais redução de gases que provocam o efeito estufa do que o Protocolo de Kyoto". "Coisas como seqüestro do gás carbônico (na atmosfera e armazenamento subterrâneo), energia solar e melhor utilização de novas tecnologias, vão trazer mais produção de eletricidade e consumo mais eficiente da energia elétrica", afirma Macfarlane. A posição australiana é que o Protocolo de Kyoto não vai reduzir significativamente as emissões de dióxido de carbono. Muitos dos países que assinaram e ratificaram o acordo não devem conseguir alcançar as metas de redução acordadas.

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Carvão - Na teoria, todas as opções estão na mesa: energia nuclear, fontes renováveis, aumento de eficiência, captura e uso de metano e idéias inteligentes baseadas em uso de gás natural. Na prática, o carvão é o centro das atenções. O grupo, formado por seis países, tem quatro dos cinco maiores produtores de carvão entre seus membros. E todos dependem bastante de carvão em suas matrizes energéticas. Pesquisadores australianos e de outras partes do mundo estão em busca de tecnologias "limpas" que possam reduzir substancialmente as emissões de carvão, que é a fonte mais poluente de energia entre as conhecidas. Uma parceria entre o setor público e o privado acaba de ser anunciada na Austrália para um projeto experimental de seqüestro e armazenamento de gás carbônico. O projeto vai capturar dióxido de carbono e armazená-lo em uma formação rochosa. O processo pode funcionar, como demonstra o êxito de uma iniciativa semelhante da Noruega, que vem "enterrando" dióxido de carbono no fundo do mar desde 1997. O problema, no caso do carvão, é capturar o dióxido de carbono. "Há várias abordagens para remover o dióxido de carbono na combustão do carvão", explica Louis Wibberley, gerente de Tecnologia de Energia da CSIRO, uma organização de pesquisa do governo. "A captura depois da combustão é quando você retira o CO2 do gás e comprime o dióxido para o armazenamento subterrâneo. O processo consome de 20% a 25% da energia gerada pela estação. Isto, com a tecnologia atual, praticamente dobra os custos da produção de eletricidade", diz Wibberley. Comércio - A União Européia está tentando convencer o setor privado com o seu Sistema de Comércio de Emissões, no qual as empresas ganham privilégios financeiros quando instalam tecnologias limpas. O maior problema é tempo.

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Até agora não existe um quadro definitivo entre cientistas de clima sobre a urgência da redução das emissões. A política da União Européia é evitar um aumento de dois graus centígrados na temperatura global. Matematicamente, o pico das emissões deve acontecer em 15 anos. Daí em diante, a tendência é de diminuição das emissões. "Vai demorar pelo menos uma década para que a maioria destas tecnologias se mostre viável", admite David Brockway, chefe de Tecnologia de Energia do CSIRO. Mesmo assim, ele defende o conceito de tentar desenvolvê-las, já que a sede de energia na Ásia deve continuar a crescer. "Temos de levar em consideração que o aumento da emissão de gases que provocam o efeito estufa no futuro não vai vir dos países desenvolvidos, mas dos países em desenvolvimento", diz Brockway. Países como China, Índia, Tailândia e Indonésia aspiram a alcançar o nível de vida dos países desenvolvidos e vão precisar de muita energia para chegar lá. "Se nós pudermos colocar estas tecnologias no mercado em dez anos, estes países vão poder usá-las e isto pode ter um impacto enorme no nível de aumento das emissões", diz Brockway. A sede de energia na Ásia é tão grande que ele calcula que se o carvão limpo tornar-se a fonte predominante de geração, as emissões asiáticas devem aumentar em 70% até 2050 --isto por causa dos 10% de dióxido de carbono que escapam no processo de captura. Falta de direção - A falta de incentivos econômicos é um impedimento claro para o "carvão limpo". O problema é ainda maior com energias renováveis, porque nos países com reservas de carvão elas permanecem economicamente inviáveis. Os governos podem simplesmente obrigar a adoção de energias renováveis sem prestar muita atenção aos custos imediatos. Esta foi a posição adotada pela Alemanha, que a partir de incentivos econômicos parece estar desenvolvendo uma indústria limpa e lucrativa. Mas este não é o modelo dos países da região da Ásia e do Pacífico, onde pagar mais por energia ainda não é uma opção.

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Os céticos têm ainda mais dúvidas em relação à parceria Ásia-Pacífico. Ela seria mais um negócio com o objetivo de criar oportunidades para grandes empresas que têm dinheiro suficiente para estarem próximas aos círculos do poder. Ou seria um exercício de re lações públicas para mostrar que os Estados Unidos e a Austrália estão fazendo alguma coisa, depois de rejeitar Kyoto. Mas a grande questão é colocada por Philip Clapp, presidente do National Environmental Trust - Fundação Nacional do Meio Ambiente, dos EUA: sem metas e sem incentivos econômicos, porque investir em tecnologias que vão custar mais? Se o encontro desta semana trouxer uma resposta, os céticos vão ter que admitir que a parceria tem sentido. Mas se a resposta não for clara, eles vão continuar colocando a relevância do grupo em dúvida. (Richard Black/BBC Brasil/ Folha Online) 12/01/2006

30/01/2007 - 09h01

Ambiente: Um outro lado da história, o esfriamento global

Por Tito Drago, da IPS

Madri, 30/01/2007 - A Terra está à beira de uma nova era glacial, que congelará sua superfície quase completamente, afirma, com base em estudos científicos, o livro "Calor glacial", que será apresentado nesta terça-feira na capital espanhola pelo jornalista Luis Carlos Campos. O autor, especializado em mudança climática, fundamenta sua afirmação com pesquisas de milhares de cientistas, conferências e antecedentes precisos. Entretanto, ele se contrapõe ao que afirma o Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC), organismo criado pela Organização das Nações Unidas com a participação de 2.500 cientistas de 131 países, que está reunido esta semana em Paris. O IPCC afirma que o aumento do dióxido de carbono (CO²), originado pelo consumo exagerado de combustíveis fósseis, está esquentando a terra e que, entre outras coisas, isso leva ao degelo nos pólos, o que causaria uma elevação do nível do mar e com isso a inundação de grandes áreas costeiras. Campos, ao contrário, afirma que a fase interglacial atual, que já tem 11.500 anos de

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existência, está em sua etapa final e seria sucedida por uma nova era do gelo. A esse respeito cita Niger Calder, ex-editor da revista New Scientist, que disse que "a ameaça de uma nova era glacial deve ser agora, junto com a guerra nuclear, a fonte mais provável de morte global e miséria para a humanidade". Nessa linha também apresenta opiniões de Fred Hoyle (1915-2001), o astrofísico britânico que detratou e chamou ironicamente de "Big Bang" (grande explosão) o modelo dentro da teoria da relatividade geral que descreve o desenvolvimento do Universo e de sua forma, e de seu companheiro o astrônomo Chandra Wickramsinghe, da Universidade de Cardiff, no País de Gales. A nova era glacial é "inevitável" e ela deixará "inoperantes grande parte das áreas cultivadas (...), o que levará inevitavelmente à extinção da maior parte da humanidade", segundo estes cientistas responsáveis pela teoria da Panspermia, a qual afirma que a vida não surgiu na Terra, tendo chegado em cometas capazes de dispersar o mesmo tipo de vida. Outro cientista, Zbigniew Jaworowski, do Laboratório Central para a Proteção Radioativa de Varsóvia e assessor do governo dos Estados Unidos, diz que florestas, lagos, animais, cidades e toda infra-estrutura da civilização moderna "serão varridos pelo avanço do gelo (...) e será incomparavelmente mais calamitoso do que todas as profecias apocalípticas dos que sustentam a hipótese do aquecimento global". Os motores da mudança climática - diz Campos - não seriam nem o CO² nem o buraco na camada de ozônio, nem os aerossóis contaminantes que o provocam, mas a influência dos raios solares e cósmicos, que são fluxos de partículas carregados de alta energia, o que documenta com um escrito assinado por 17.800 cientistas. Campos explicou que a Antártida é considerada pelos especialistas em clima como o barômetro do clima mundial. "Os dados indicam que há cerca de 35 anos grandes áreas da Antártica esfriaram, enquanto uma pequena parte da península Antártida (fora do círculo polar) derrete à velocidade vertiginosa", afirmou. Em sua opinião, isso indica que o aquecimento não é global "e que os cientistas, ecologistas e jornalista até há poucos anos manejavam dados equivocados ou incompletos", por exemplo, "confundindo a península antártica com o continente antártico". A teoria do buraco de ozônio, que indica que as grandes emissões de CO² estão reduzindo esse gás e com isso aumentando o calor na Terra, o jornalista qualifica como "bobagem" e afirma que é "o maior erro científico da história". Campos fundamenta essa afirmação, entre outras pesquisas, em um estudo de 2005 de John Pyle e outros cientistas da Universidade de Cambridge, na Grã -Bretanha, os quais concluíram que a redução do ozônio está aumentando e se deve ao incremento de nuvens estratosféricas, e não pela contaminação. O climatologista Antón Uriarte, professor de Geografia Física da Universidade do País Basco, disse à IPS que "contra os que nos mentem, a tendência linear da temperatura na maior parte da Europa e da (região russa) Sibéria durante os

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meses de inverno (dezembro, janeiro, fevereiro) diminuiu nos últimos 15 anos". Uriarte também acredita que haverá uma era glacial e, embora a interglacial que estamos vivendo já tenha 11.500 anos diante da anterior de apenas 10 mil, "A insolação não e a mesma agora, e por isso as condições não são tão ruins". Por isso, disse que apostaria que ela não chegará agora, mas que pode esperar milhares de anos sem apresentar-se. Mas, quando chegar, acredita que toda a Europa se converterá em uma Sibéria e será a região mais afetada do mundo. Perguntado como os cientistas fazem para medir o tempo falando em milhares de anos, respondeu que se faz isso estudando os gelos com sondas, já que até sua cor muda de acordo com as camadas e o oxigênio do gelo indica se houve mais calor ou frio. Domingo Jiménez Beltrán, ex-diretor-geral de Meio Ambiente da União Européia e atual diretor da Tribuna da Água, disse à IPS que "a mudança é inquestionável, assim como o norte da Europa esfriará e que, sem dúvida, a atividade humana afeta o clima, o faz sem sentido, por exploração irracional de combustíveis fósseis que deveríamos deixar de consumir". Também explicou que haverá mudanças, mas que não apóia a tese de Campos, mas a do aquecimento global descrito pelo IPCC. Entretanto, campos insiste, citando o presidente da Fundação Argentina de Ecologia Científica, Eduardo Ferreyra, que escreveu que o ozônio não serve como escudo da Terra contra os raios solares ultravioletas porque carece da energia quântica necessária para absorve-lo, como fazem o oxigênio e o nitrogênio. Ferreyra afirma que "o oxigênio e o nitrogênio são os verdadeiros escudos e representam 99% da atmosfera, enquanto o ozônio representa apenas três milionésimo por cento". Campos também se soma à opinião de Victoria Tafuri, do Observatório Nacional de Villa Ortúzar, Argentina. "Não observamos nenhuma variação nos níveis da camada de ozônio nos últimos 25 anos", afirma. A manutenção da camada de ozônio, acrescenta campos, se deve a interesses de grandes companhias multinacionais, com a química norte-americana Dupont, e até da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa), que desse modo "justifica os 870 milhões de euros (US$ 1,125 bilhão) que gastou em um satélite para investigar o monstro que não existe". Sobre isto, o cientista britânico Derek Barton (1918-1998), ganhador do Nobel de Química em 1969, havia dito que "há tanta propaganda na mídia em relação ao buraco que as pessoas ficam cépticas. Há 580 milhões de anos, o CO² era de 120 mil partes por milhão devido às explosões vulcânicas, 350 vezes superior ao nível atual, e há cerca de 438 milhões de anos era 16 maior do que agora!". Em declarações exclusivas a Campos, Jaworowski afirmou que "Washington usa o assunto climático como uma arma psicológica nos dois casos, tanto com o aquecimento quanto com o resfriamento, pois são uma desculpa conveniente para que os militares demandem mais dinheiro para defender sua doce terra de liberdade de todo tipo de mal". (IPS/Envolverde)

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(Envolverde/ IPS) http://envolverde.ig.com.br/?materia=27276

23/06/2005

ENTREVISTA EXCLUSIVA: Vicente Lassandro Neto

Mônica Pinto O público mais atento já terá observado que o “Espaço do Leitor” em cada matéria de AmbienteBrasil muitas vezes se transforma em um animado fórum de debates, cheio de opiniões conflitantes ou quase unânimes, a depender dos temas enfocados. Como um participante bastante assíduo deste espaço, o geólogo Vicente Lassandro Neto, há 40 anos na ativa como engenheiro em Petróleo, costuma evocar respostas até raivosas a seus comentários. Isso porque, sem receio algum de provocar polêmica, ele escreve afirmações instigantes e que soam aos leigos como absolutamente desprovidas de bom senso. Um exemplo: “destruir e queimar florestas também é ótimo para o meio ambiente”. Como seria de se esperar, as reações a afirmações como essas vêm céleres e sem nenhuma condescendência. Porém, do alto de seus 67 anos, Lassandro tampouco é algum lunático, candidato a tratamento psiquiátrico urgente: trata-se de um profissional bem sucedido, integrante dos quadros da Petrobras, autor do livro A inesgotabilidade do petróleo e o meio ambiente, e convidado ocasionalmente a proferir palestras sobre fontes de energia. Não pensa em aposentar-se. “Morro no trabalho”, diz.

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Adepto do naturismo, 98% crudívoro – como se auto-classifica -, ele diz que há 20 anos não pisa em consultório médico. Também não ingere remédios – naturais, alopáticos ou homeopáticos – e jejua um dia por semana. “Sou diferente”, sustenta. Nessa entrevista, ambientebrasil convida-o a expor as bases de suas teorias. Como um exercício democrático, acreditamos que ele deve compartilhar de forma mais elucidativa, com os leitores, o conhecimento que o leva à convicção de que nada poderá ser feito para salvar o Planeta Terra, segundo ele inapelavelmente fadado à extinção. Que os leitores, assim, possam também exercer o direito da crítica com os subsídios de uma tribuna mais ampla do que a permitida pelo “Espaço do Leitor”. Como uma mídia que não só respeita a diversidade de idéias, como a considera saudável para a evolução da sociedade civilizada, o objetivo de ambientebrasil é promover o debate, para o qual convida, sobretudo, a comunidade acadêmica. Com vocês, o polêmico Lassandro. ambientebrasil – Por que o senhor afirma, com tanta segurança, que “é impossível aos seres humanos, e independentemente do número deles, consumir todo o petróleo existente no interior da crosta terrestre”? O petróleo não é, então, um bem finito? Vicente Lassandro Neto - Vamos, primeiro, a uma convicção técnica fundamental. Posso afirmar, com toda a convicção técnica que, assim que terminou a consolidação da crosta terrestre, a quantidade de oxigênio na atmosfera terrestre era nula pelo fato de exisitir carbono livre na natureza, ou seja, diamante. Se há carbono livre é porque faltou oxigênio para oxidá-lo e se faltou oxigênio, a quantidade dele era nula e todo oxigênio que hoje existe na atmosfera é resultante da fotossíntese, aquela equação que regula o crescimento das plantas que alimentam os animais e cuja representação química vai a seguir:

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6H20 + 6CO2 + ENERGIA ====> C6H1206 + 6O2 Ao examinar o balanço desta equação, parece que a energia sumiu mas ela não sumiu, não. Ela fica, por assim dizer, embutida dentro na glicose, C6enerH12giaO6 que é a representação genérica de tudo que é planta, são os hidrocarbonetos, isto é, tudo que queima. Foram todos estes vegetais produzidos pelo sistema, desde que terminou o processo de consolidação da crosta terrestre, que se transformaram em petróleo, mas conservando a energia lá dentro. Essa energia só sai quando queimamos o petróleo. São mais ou menos 5,5 quadrilhões de barris gerados pelo sistema, é um número assustador, que é fácil de ser mostrado, mas não vou fazer agora. Assim sendo, eu concordo com sua afirmação, ou seja, a quantidade de petróleo é finita e eu, ao afirmar que é impossível aos seres humanos e independente do número eles, consumir todo o petróleo existente no interior da crosta terrestre, parece existir ai uma aparente contradição. Como é que um produto finito não acaba? ambientebrasil - Então, não há nisso uma contradição? Lassandro - Não, eu vou explicar. Se a espécie humana disponibilizar todo o petróleo existente no interior da crosta terrestre, os 5,5 quadrilhões de barris, e iniciar a sua queima, vai acontecer o seguinte: será consumido todo o oxigênio existente na atmosfera que os animais precisam para respirar. A atual atmosfera tem 21% de oxigênio. Julgo que, se for retirado apenas 2% do oxigênio da atmosfera, todos os animais morrerão por falta de oxigênio, inclusive a espécie humana. É preciso fazer uma experiência em laboratório para determinar qual é o nível mínimo de oxigênio a partir do qual os animais morrem. Eu nunca me interessei por isto, mas é uma experiência fácil de ser feita. Basta colocar alguns animais em caixas distintas, transparentes, fechadas, com um volume igual a 100 vezes o volume do animal, para ter bastante segurança, com muito alimento dentro e ir

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fazendo, diariamente, a cromatografia do ar atmosférico no interior da célula e comparar o valor dela com a morte do animal. Para variar, coloque vários animais em várias células, um em cada célula, para ver qual deles resiste mais. Julgo que não vai haver muita diferença. Assim sendo, se os humanos tentarem consumir todo o petróleo existente no interior da crosta terrestre eles morrerão, por falta de oxigênio, antes que o petróleo acabe. Por isto é que o petróleo não acaba e, como ele tem energia, se reveste de uma fonte insegotável de energia. As pessoas não podem confundir o volume de petróleo gerado pelo sistema, que são aqueles 5,5 quadrilhões de barris, com o volume conhecido pelos humanos, que é da ordem de 25 trilhões de toneladas. Se as sondas de petróleo forem aposentadas, novos volumes não serão descobertos, estes 25 trilhões de toneladas acabam e nada acontece com a vida neste planeta. Ela continua sua marcha rumo ao desaparecimento. ambientebrasil – Em outro comentário, o senhor diz que “se quisermos postergar o acontecimento do fim da vida no planeta Terra, temos é que queimar gigantescas quantidades de petróleo para prolongar a vida e amenizar o fenômeno do aquecimento da superfície do planeta, erroneamente chamado de Efeito Estufa”. Primeiro, de que forma queimar petróleo pode prolongar a vida? Segundo, porque o nome “efeito estufa” estaria incorreto? Lassandro - Vamos à primeira parte da sua pergunta. Para tal, voltemos novamente à equação da fotossíntese: 6H20 + 6CO2 + ENERGIA ====> C6H1206 + 6O2 Para que uma reação aconteça, é necessário a presença dos componentes da reação e a reação da fotossíntese exige a presença de três coisas, a saber: Água ( H20 ), Gás carbônico

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(CO2) e a energia que, neste caso, vem do Sol. Se faltar qualquer um deles, a reação não ocorre. Vamos primeiro pensar na energia. Se o Sol apagar, não vai haver fotossíntese. Não vai haver plantas e os animais vão morrer de inanição. No momento, não há evidência alguma que o Sol vai se apagar, mas, se ele apagar, a vida acaba. Vamos agora para a água. A água que entra na equação da fotossíntese é resultante, principalmente, da evaporação da água do mar, que forma as nuvens e depois as chuvas. No momento, não há evidências que o mar vai secar e isto é impossível, pois se alguém sair com esta idéia vai ter que me dizer para aonde vai toda esta água. São mais ou menos 1.350.000.000 de Km3 de água no mar. Sair da Terra em direção ao espaço é impossível porque a água está presa à Terra pela atração gravitacional. Quando certos ambientalistas e pessoas dizem que a água vai acabar, eu não agüento. Se o Sol não vai se apagar, se o mar não vai secar, só nos resta saber se o gás carbônico da atmosfera, o (CO2), vai acabar ou não, porque, se o gás carbônico acabar, as plantas vão deixar de existir e os animais vão morrer de inanição. Para tal, vamos verificar qual a quantidade de gás carbônico na atmosfera atual. A atmosfera atual tem a seguinte composição em volume: Nitrogênio – 78% Oxigênio – 21% Gás Carbônico – 0,03% Outros gases – 0,07 % Quando comparado aos demais gases da atmosfera, a quantidade de gás carbônico é muito pequena. Mas este não é o mais importante. A questão é saber se esta quantidade de gás carbônico está diminuindo, estacionária ou está aumentando. Todos sabemos que os animais surgiram à face do planeta muito depois do aparecimento das plantas, o que é natural, pois os

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animais precisam das plantas para viver. Então, antes do aparecimento dos animais, muitas plantas foram produzidas sem que houvesse consumidor para elas e estas plantas foram levadas pelo riachos e rios para os locais chamados de bacias de sedimentação, onde elas se transformaram em petróleo. Estas plantas retiraram o gás carbônico da atmosfera e devolveram oxigênio: é a equação da fotossíntese. Todas estas plantas que foram enterradas e se transformaram em petróleo guardam dentro delas o gás carbônico retirado da atmosfera. Ou seja, estas plantas empobreceram a atmosfera em gás carbônico e a enriqueceram em oxigênio. Com o surgimento dos animais, as plantas começaram a ser consumidas pelos animais e estes realizam a reação da respiração, que é inversa a da fotossíntese, ou seja: C6H1206 + 6O2 == 6H20 + 6CO2 + ENERGIA Os animais ingerem alimentos que nada mais são do que plantas ou carnes de animais que comeram plantas, mastigam, engolem e toda a digestão resulta em glicose. Esta glicose atravessa as paredes do intestino e entra na corrente sanguínea. Ao inspirar o ar da atmosfera, onde tem oxigênio, este oxigênio, nos pulmões, também entra na corrente sanguínea e ao encontrar a glicose, nas células, ela é queimada pelo oxigênio. Este queima é a reação acima, onde há liberação de gás carbônico que sai pelos pulmões e volta para a atmosfera. A água sai pela urina ou pela pele por meio do suor retornando aos rios e mares. Resta o mais importante, a energia que é usada para a movimentação dos animais, pois não há movimento sem consumo de energia. Na fase do crescimento, parte da glicose não é queimada e é usada como matéria-prima na formação da estrutura dos animais. Na fase adulta, uma pequena parte é usada na troca da pele e na regeneração de tecidos. Gozado, não? A única coisa que aproveitamos do alimento é a energia. O resto jogamos fora e nos deliciamos com o sabor. Assim, tanto faz ser transgênico ou não. O importante é que seja no estado natural, sem cozimento. Leão não faz churrasco de zebra, coelho não faz sopa de cenoura e nem gaivota faz ensopado de peixe. Vai cru, com tripa e tudo.

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O homem come a banana, mas não come a bananeira, come a laranja mas não come a laranjeira e assim por diante. Tanto a casca da banana, como a da laranja, como a bananeira e a laranjeira contém gás carbônico e estas partes vão ser enterradas contribuindo ainda mais para a redução da quantidade de gás carbônico na atmosfera. Ou seja, a equação da fotossíntese ocorre com muito mais intensidade do que a equação da respiração o que faz que haja uma diminuição do gás carbônico da atmosfera. ambientebrasil - E qual a relação disso com queimar petróleo ser algo positivo? Lassandro - Podemos, então, concluir é que desde o término da consolidação da crosta terrestre a nossa atmosfera se empobreceu de gás carbônico, pois o sistema Terra gerou muitas plantas. Com o aparecimento dos animais, ela continua se empobrecendo, mas num ritmo mais suave pelo fato dos animais devolverem para a atmosfera, no processo da respiração, parte daquele gás carbônico. Então, se os animais ficarem apenas se alimentando, o gás carbônico vai acabar e a vida termina junto, pois não vai haver mais alimento. É a morte por inanição. Aí surge um fato novo que é a industrialização, ou seja, a humanidade iniciou, neste processo, a queima de energia, petróleo e carvão. Esta industrialização faz reverter para a atmosfera uma certa quantidade de gás carbônico. Temos o seguinte cenário. De um lado, o homem, no processo industrial, devolvendo gás carbônico para a atmosfera, fabricando produtos industrializados e, do outro, temos o Sol retirando este mesmo gás no processo da fotossíntese, fabricando plantas. O problema é saber, agora, quem é mais atuante, se o Sol fabricando plantas ou se os humanos fabricando produtos industrializados. A quantidade de energia do Sol que chega à Terra é muito pequena, quando comparada à energia total emanada do Astro Rei. O Sol emite energia em volta aos seus 360° esféricos e a Terra recebe, apenas, um raiozinho desta energia, onde os

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humanos representam uma fração menor ainda. Como, pela lógica, a parte é sempre inferior ao todo, resulta que o Sol é mais atuante que os humanos, ou seja, a retirada de gás carbônico na reação da fotossíntese é mais intensa do que a devolução de gás carbônico no processo da industrialização. Portanto, vai haver sempre uma redução de gás carbônico na atmosfera até que se chegue ao final, com a ausência dele na atmosfera, quando acaba a vida, tanto vegetal como animal. Disto se conclui, também, que é perda de tempo e gasto inútil de recursos querer preservar florestas e quaisquer tipos de animais pois todos vão ser eliminados da face do planeta, juntamente com a espécie humana. Mas se os humanos queimarem muito petróleo e carvão no processo de industrialização, devolvendo gás carbônico para a atmosfera, ele fará com que o fim deste processo seja postergado. Assim, queimar petróleo e carvão no processo de industrialização é bom para o meio ambiente, pois devolve gás carbônico para a atmosfera e prolonga a vida no planeta Terra. ambientebrasil – E por que “efeito estufa” seria uma designação incorreta? Lassandro - O crescimento das plantas retira gás carbônico ( CO2 ) da atmosfera e devolve oxigênio (O2) para ela. Não precisa ser muito Sherlock Holmes para verificar que o gás carbônico é mais denso que o oxigênio, resultando neste processo numa rarefação da atmosfera. A massa molecular do gás carbônico é 44 e, a do oxigênio, 32. Se a atmosfera fica mais rarefeita, a energia do Sol penetra com mais facilidade fazendo aumentar a temperatura da superfície da Terra. A presença de mais gás carbônico dificulta a penetração da energia do Sol, funciona como um ar condicionado. É, exatamente, o contrário do que todos dizem. Não há este efeito estufa como as pessoas imaginam. Elas pensam que o gás carbônico exerce a função de uma tampa. Isto é contra a própria natureza do ar atmosférico, que é uma mistura homogênea de gases e não a concentração de quaisquer um de seus componentes. Em qualquer lugar da atmosfera a sua composição química é a mesma. A única coisa que varia, com a altitude, é a

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pressão atmosférica. Quanto mais alto, menos pressão. Assim sendo, a elevação da temperatrura da superfície do nosso planeta é um fenômeno lento, contínuo, crescente, gradual, que se iniciou assim que terminou o processo de consolidação da crosta terrestre com a transferência do gás carbônico da atmosfera para as plantas e isto, por ser um fenômeno natural, independe de quaisquer atividades do humanos. Pelo contrário, a atividade humana, com industrialização, ameniza este aquecimento pois reflui gás carbônico para a atmosfera e o que é mais importante: gera trabalho. Quando a atmosfera do planeta fica mais aquecida, ela fica mais energizada e, como conseqüência, todos os fenômenos passam a ocorrer com mais intensidade e com alterações mais freqüentes. Temos mais chuvas, mais secas, mais ventos, furacões mais intensos, ondas mais altas e assim por diante. Todos os fenômenos se acentuam. Assim sendo, este Protocolo de Kyoto deve ser arquivado, seus idealizadores devem pedir desculpas à humanidade pelo erro que cometeram e vamos queimar energia, petróleo e carvão, para gerar mais trabalho e refrescar um pouco mais. ambientebrasil – Por que “do ponto de vista geológico, a vida na Terra está dando os últimos suspiros, está na UTI e não há salvação”, conforme o senhor também escreveu? Essa não seria uma visão muito pessimista? Lassandro - Como relatado, o processo do crescimento das plantas retira gás carbônico da atmosfera e não há quem duvide ou questione este fato. Este gás carbônico foi formado, simultaneamente, durante o processo de consolidação da crosta terrestre de modo que, assim que a consolidação terminou, a quantidade de gás carbônico estava fixada e sacramentada. Uma parte deste gás carbônico foi sendo transferida para as plantas, outra parte foi incorporada às águas do Pantalassa, o mar que circundava o

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Pangea. Neste mar, o gás carbônico foi depositado nas rochas na forma de calcário. O desafio é saber que quantidade inicial de gás carbônico era esta. Minhas estimativas resultam em três informações. Uma otimista, uma moderada e outra conservadora. A dificuldade em se fazer esta estimativa é devido à ausência de um mapa geológico correto da superfície deste planeta. Todos os mapas geológicos estão errados, pelo fato de não haver um conceito claro e objetivo do que se deve mapear e cada profissional da área de geociências faz mapa ao seu bel prazer. Se enviarmos dez geólogos, em épocas disitintas, para fazer um mapa de uma determinada região, vamos ter dez mapas diferentes. É incrível mas é verdade. Houvesse uma mapa geológico correto da superfície do planeta, a estimativa da quantidade de gás carbônico na atmosfera original seria bem precisa. De qualquer forma, minhas estimativas dão três valores. Para as considerações otimista e moderada, os valores variam de 98% e 92%, respectivamente. Para a hipótese conservadora, este valor é de 63%. Como na atual atmosfera temos apenas 0,03% de gás carbônico e a fabricação das plantas para alimentar a vida dos animais depende do gás carbônico, podemos afirmar que, para uma atmosfera que, ao início, tinha valores de 62% a 97% e hoje tem, apenas, 0,03%, a vida, do ponto de vista geológico, acabou. Não há salvação, mesmo queimando muito petróleo, carvão e florestas. ambientebrasil - Partindo do princípio fatalista de que “não há salvação”, não corremos o risco de todos os esforços preservacionistas perderem em força e interesse? Lassandro - Realmente, há uma preocupção dos humanos em tomar atitudes para salvar o planeta, para preservar a Bola, mas esta preocupação é descabida. A Bola, em principío, não necessita de proteção e a espécie humana é apequenada demais para fazer qualquer coisa que torne a vida inviável neste planeta.

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Agora, para tornarmos a vida mais agradável, é preciso alguns cuidados no tocante à agua dos rios que abastecem as cidades, cuidados com o destino dos esgotos domésticos, residências e uma legislação mais aguda no tocante à emissão de gases, tanto nas indústrias como nos veículos. Quero deixar bem claro: é para tornar a vida mais agradável e não para proteger a Bola. Como vimos, a vida está no fim. Queimar petróleo é ótimo para o meio ambiente, pois prolonga a vida, do ponto de vista humano, neste planeta. O que o pessoal está confundindo é sujeira com poluição. De sujeira, nós não gostamos. Agora, falar que um derrame de óleo na Baía de Guanabara; do petroleiro Valdez no Alaska ou que outros derrames promoveram uma agressão ao meio ambiente, é uma falta total do entendimento sobre a Bola. ambientebrasil – Como assim? Lassandro - Esta percepção de poluição é ótima para quem deve estar sentado lendo esta mensagem, com a barriguinha cheia, tomando uma bebida agradável, na companhia de seus familiares e desfrutando das coisas deliciosas desta vida. O que está poluindo o nosso meio ambiente é a proliferação das favelas com o aumento da miséria, da criminalidade, da corrupção, da prostituição e outras mazelas mais que só serão eliminadas com energia, gerando trabalho para todos os habitantes deste planeta, para que eles possam, todos, desfrutar daquilo que você está gozando neste momento. Precisamos acabar com os meninos malabaristas das esquinas, sem colocá-los nas FEBEMs da vida, mas criando oportunidades de trabalho para seus pais, quando eles, automaticamente, não terão tempo de estar nas esquinas pois estarão nas escolas e seus pais exercendo atividades menos indignas e constrangedoras. E para que esta energia seja disponibilizada, é preciso mudar, com urgência, as leis sobre meio ambiente e petróleo, que mais atrapalham e em nada ajudam o nosso crescimento. Todas as leis ambientais e

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petrolíferas estão em desacordo com as leis naturais que governam este planeta e esta é a razão principal para que elas sejam mudadas e algumas até extintas. ambientebrasil – Mas afirmar que “destruir e queimar florestas também é ótimo para o meio ambiente” não é exagero? Isso não contradiz tudo o que foi preconizado pela Ciência até agora? Lassandro - A floresta, durante o seu crescimento e manutenção, está num constante processo de retirada do gás carbônico da atmosfera. E ninguém come floresta para que o gás carbônico seja devolvido para a atmosfera. Então, as florestas contribuem para antecipar o fim da vida no planeta. Se elas forem exterminadas e em suas áreas colocado asfalto, seriam menos árvores a retirar gás carbônico da atmosfera, o que viria a colaborar, do ponto de vista humano, com o prolongamento da vida neste planeta. É evidente que não iremos asfaltar tudo porque temos que deixar áreas para a banana, laranja, arroz, feijão e outros alimentos mais. Não estou com isso querendo dizer, também, que devemos dizimar todas as florestas porque este prolongamento da vida, do ponto de vista humano, é muito pequeno e algo impossível de ser estimado. Mas, sim, que não devemos perder tempo e gastar recursos em tentar preservá-las. Se uma floresta ou parte dela tem que ser derrubada que seja: não existe dano ambiental. O que eu quero salientar é que, em certas atividades econômicas, quando vamos gerar trabalho, há uma série de leis, portarias, resoluções que representam uma enorme dificuldade no processo de desenvolvimento do país e que para nada contribuem. Todas as atuais leis sobre meio ambiente estão erradas, estão em desacordo com as leis naturais que governam este planeta e precisam ser eliminadas. Há pouca coisa para se fazer, desde que não se confunda sujeira com algo que não existe, que é a agressão ao meio ambiente.

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ambientebrasil – Por que o senhor se oferece para fazer palestras, gratuitas, sobre o tema “A inesgotabilidade do petróleo e suas consequências econômicas, ambientais e legais”? Lassandro - Há muito mais coisas para se falar sobre o assunto e, mesmo não querendo, é preciso se alongar um pouco mais para que tudo fique devidamente esclarecido. Tenho interesse em fazer palestras sobre o tema para alertar a todos sobre as coisas erradas que estão propondo no sentido de preservar qualquer coisa que seja. Se existe algo a ser preservado, este algo é a espécie humana, que precisa de trabalho. E, para que haja trabalho, é necessário se consumir energia, onde o petróleo se destaca como a rainha de todas as energias. Todos precisam ter as seguintes convicções técnicas: 1 – Petróleo não acaba. É ótimo consumir algo que não acaba; 2 – Quanto mais petróleo se consome, mais trabalho se gera; 3 – Quanto mais petróleo se queima, mais gás carbônico se reflue para a atmosfera; 4 – Quanto mais gás carbônico vai para a atmosfera, mais se ameniza o fenômeno do aquecimento da nossa atmosfera; 5 – Quanto mais gás carbônico vai para a atmosfera, mais se prolonga, do ponto de vista humano, a vida neste planeta; 6 – Quanto menos florestas, melhor. Só a partir do entrelaçamento destas convicções é que poderemos projetar sociedades com crescentes oportunidades de trabalho e, conseqüentemente, menos injustas. O petróleo, como produto que não acaba, se reveste de uma fonte inesgotável de energia, trabalho, emprego, prazer, riqueza e de paz eterna neste Planeta Terra. Não é preciso fazer guerras por causa de um produto que não acaba.

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