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A FESTA DE NATAL DO CRNORTE
Mas voltemos ao coro das simpáticas, diligentes e
sempre alegres funcionárias do Conselho Regional do Nor-
te: Tinham-se, como coro, estreado, há três anos, nesta
mesma sala, com o nome do “Vozeiros do Norte”. Mantêm
o mesmo nome mas aumentaram o número de elementos
(apesar da saída do Amadeu que, em boa verdade desfeava
o conjunto) e subiram o nível das actuações.
Estrearam um tema novo: Balcão Único do Solicitador.
Riram, brincaram, apresentaram-se bem, cantaram
melhor. Foram sem dúvida o ponto alto da noite. Vou ter
saudades delas todas.
Ao som de músicas menos natalícias, dançou-se e mui-
to. Olhando o entusiasmo esfusiante de toda aquela juven-
tude, ninguém consegue ficar indiferente. É com esses
jovens que a nossa Câmara se renova, se desembrulha, dei-
xa os tons cinzentos e ganha cor. Confesso que me entu-
siasmei, senti também essa alegria de viver e – pasme-se! –
até entrei na dança.
Seguiu-se o habitual cortar do bolo pelos elementos do
Conselho Regional do Norte, o champanhe e os brindes.
Bom final, com despedidas. Para o ano há mais.
TIMÓTEO DE MATOS –
Vogal do C.R. Norte
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SESSÃO DE ABERTURA DO ESTÁGIO E
ENTREGA DE EMBLEMAS E DIPLOMAS
Passado, presente e futuro dão as
mãos na nossa Câmara.
Quando, lá para o
final da
sessão, o Sr. Presidente da Câmara, colega José Car-
los Resende, afirmou que, até à data, não tinha havi-
do sessão de abertura de estágio tão bem organiza-
da como esta, a sala aplaudiu, os membros do CRN
ficaram vaidosos como cavalos de cortesia e os fun-
cionários abriram sorrisos de orelha a orelha.
E todos teriam razão, direi eu. A verdade é
que, intenções e efeitos, tudo tinha sido prévia e
cuidadosamente planeado.
A ideia base era juntar passado, presente e
futuro. E assim, lá estavam presentes os licenciados
que agora iniciam o seu estágio de Solicitadoria, os
que acabaram o estágio anterior com êxito e agora
recebiam os seus diplomas e, ainda, os solicitadores
mais antigos que se apresentavam para receber
emblemas de prata e de ouro, segundo a longevida-
de das respectivas carreiras. Estavam ainda represen-
tados os órgãos da Câmara e a generalidade dos
professores e dos formadores dos seis Pólos de Está-
gio da área do Conselho Regional do Norte. Quase
mil pessoas presentes e cada cadeira referenciada
pelo nome do ocupante. A sala, à Resende (permito-
me recordar que caiu em desuso, na Câmara, a
expressão “à Cunha”), sugeriu-
me, de novo, a oitava de Mahler,
a Sinfonia dos Mil, dirigida ali por
Bernstein (mas prefiro não ir por
aí, não vá o diabo tecê-las). Antes
de iniciada a sessão, o pavilhão
multiusos de Gondomar era uma
nave enorme. Trajes e cores inú-
meros, penteados diversos, movi-
mentos contínuos, cantares, bei-
jos, abraços, um ruído imenso.
Quem pudesse ver um pouco de cima não teria
dúvidas: Era a Arca de Noé… mas com animais racio-
nais, evidentemente!
Noé, o segundo pai da humanidade (Adão já
lá ia há muito tempo!) era ali, sem dúvida, o Sr. Pre-
sidente, um José Carlos Resende já com barbas um
pouco brancas e aquele ar entre o gozão e o pater-
nal que ele tão bem sabe pôr. Os restantes elemen-
tos da mesa, Fernando Rodrigues, Joaquim Baleiras e
Alcides Rocha, não eram certamente os filhos de
Noé (esses eram gente cheia de truques e golpes e
estes três são do melhor que a nossa Câmara tem!).
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Nós todos, os restantes, representávamos a diversidade de
espécies que sem dúvida existem na nossa Câmara: gente diversa,
com actuações e modos de ser muito distintos, como, ao cabo e ao
resto, se poderia encontrar na verdadeira Arca. Em suma, a seme-
lhança estava em que, tal como na Arca de Noé estava assegurada a
continuação das espécies, também ali, naquela “Arca”, se mostrava
assegurado o futuro do mundo da Solicitadoria.
Mas voltemos à sessão: uma voz off (revelando a verdadeira
vocação do Ricardo) introduzia temas e pessoas que o ecrã mostra-
va, primeiro mais jovens, de seguida com o aspecto actual: um a um
foram subindo ao palco, os solicitadores que já cá andam há mais de
25 anos, alguns deles brindados com grande algazarra (ah! grande
Luís Ribeiro, a tua popularidade está mesmo em alta!). Emblema
entregue, fotografia de grupo e toca a zarpar para o lugar.
É então que surge o único erro de toda a sessão: sem que
constasse do programa, inesperadamente, é anunciada uma home-
nagem a um solicitador que – imagine-se! – nem vinte e cinco
anos conseguiu atingir na profissão e que ia cancelar a sua inscrição
dois dias depois. Ele (que sou eu!), apalermado, lá subiu ao palco. Do
mal o menos, ficou a pensar que era bom e que tinha aquelas virtu-
des todas, o que lhe reconfortará o ego e lhe amenizará algumas
saudades.
A passagem de modelos que se seguiu constava no progra-
ma como entrega de certificados de estágio. Apreciei, no meu lugar,
entre a Maria João e o Paulo e saboreando os seus comentários, a
passagem pelo palco de tanta gente cheia de esperança num futuro,
que lhes desejo cada vez melhor, como solicitadores. Eram muitos
mesmo. Conseguiram ser meus colegas durante dois dias. Desde o
dia 16 que são os meus ex-colegas. Ficou a classe mais rica.
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Um intervalo para um café e um bolinho serviu para desmobilizar
muita gente. É certo que se foi tornando tarde mas a verdade é que os
jovens que vão iniciar o estágio talvez tivessem gostado de ver todos aque-
les que eles tinham aplaudido a assistir à apresentação do “seu” está-
gio”. Apresentação essa que foi feita com o saber e a calma do Sr. Vice-
Presidente Regional do Norte. Aliás, brilhantemente, como era expectável.
Lamentamos todos a ausência forçada do Sr. Presidente Regional
do Norte, o nosso querido amigo José Antas. Está pior da perna. Mas vai
passar Zé! Vamos em frente que o pessoal precisa de ti! Além disso, eu e
esta minha crónica mandamos-te um grande abraço.
E termino como comecei: falando da organiza-
ção. Um êxito estrondoso! A ideia de juntar entrega de
emblemas, certificados e apresentação deve-se ao Res-
ponsável Nacional da Formação, colega Fernando
Rodrigues, e mais uma vez tenho de tirar-lhe o chapéu.
Mas a organização de cada momento, o pla-
neamento, o determinar com rigor cada pormenor, o
estar em todo o lado para que nada falhasse, o ritmo
imposto às diversas sequências, o sorriso à flor dos
lábios de quem sabe o que faz e que o faz bem, o pro-
fissionalismo, o mérito, cabe a toda uma equipa: os
funcionários do CNR, que estiveram em bloco perfeita-
mente à altura do Amadeu, o seu capitão. São onze,
uma grande equipa, e, para que conste, aqui ficam os
seus nomes e a fotografia: Marta, Helena, Ricardo, Fáti-
ma, Paula, Sofia, Susana, Vanessa, Flávia, Carla e Ama-
deu.
TIMÓTEO DE MATOS
Vogal do C.R. Norte
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