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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PROJETOS NA LOGÍSTICA DOS GRANDES CENTROS Por: Cleber Gomes Orientador Profº: Nelson José Veiga de Magalhães Maricá 2011

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PROJETOS NA … · O objetivo deste trabalho é analisar o processo de distribuição de carga em centros urbanos, identificando as restrições à eficiência

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PROJETOS

NA LOGÍSTICA DOS GRANDES CENTROS

Por: Cleber Gomes

Orientador

Profº: Nelson José Veiga de Magalhães

Maricá

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PROJETOS

NA LOGÍSTICA DOS GRANDES CENTROS

Apresentação de Monografia ao instituto A

Vez do Mestre – Universidade Cândido

Mendes como requisito parcial para obtenção

do grau de especialista em Gestão de

Projetos.

Por: Cleber Gomes

.

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AGRADECIMENTOS

A Deus pela oportunidade de estudar,

minha esposa Denise e filha Maria Eduarda

por todo apoio e ajuda em todo o período de

estudo.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a Deus, minha esposa e filhos, familiares e amigos, aos

colegas de classe, aos professores Mário Magalhães e Marcelo Viola pela

atenção, paciência, incentivo e apoio para a realização desse curso.

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RESUMO

O objetivo deste trabalho é analisar o processo de distribuição de carga

em centros urbanos, identificando as restrições à eficiência deste serviço,

assim como propor medidas que visem diminuir os problemas detectados, de

forma a auxiliar no planejamento e na tomada de decisão por parte das

empresas que atuam no setor e tendo como base a sustentabilidade ambiental

desses centros.

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METODOLOGIA

Para a realização e conclusão deste projeto será utilizada a metodologia de

pesquisa de campo e ainda a metodologia de pesquisa bibliográfica para

revisão de literatura pertinente ao tema.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................ 08

CAPÍTULO I – O QUE É LOGÍSTICA?........................................................... 10

CAPÍTULO II- MODAIS DE TRANSPORTE .................................................. 14

CAPÍTULO III - MEDIDAS MITIGADORAS ................................................... 23

CAPÍTULO IV - RESTRIÇÕES DE TRÁFEGO.............................................. 25

CAPÍTULO V – VEÍCULOS URBANOS DE CARGAS.................................. 28

CONCLUSÃO................................................................................................ 33

REFERÊNCIAS.............................................................................................. 34

ANEXOS........................................................................................................ 35

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................... 43

ÍNDICE ........................................................................................................... 44

FOLHA DE AVALIAÇÃO................................................................................ 46

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INTRODUÇÃO

Um dos grandes problemas dentro das cidades é o transporte de cargas

urbanas. O rápido crescimento da população, a complexidade e a alta

competitividade nos serviços de distribuição associam-se a movimentação das

cargas dentro dos centros urbanos causando problemas como poluição

atmosférica, acidentes, stress, ruídos e, principalmente, congestionamentos

gigantescos. O fluxo de distribuição urbano é formado por cargas que variam

desde uma entrega de pizza ou documentos à distribuição de produtos

inflamáveis. Logo, nota-se a importância de um estudo em função de viabilizar

o transporte de cargas, apresentando maneiras de movimentá-las dentro dos

centros urbanos, sem prejudicar o fluxo do trânsito nas vias de acesso comum

aos demais veículos.

Este trabalho tem como tema um estudo sobre a movimentação de

cargas urbanas na cidade de São Paulo. Onde o fluxo da frota pesada de

veículos de cargas, circulando em horários de pico, dentro do perímetro urbano

gera o afogamento diário do trânsito nas grandes vias de acesso da cidade,

transtornos com vagas para estacionar, falta de áreas para carga e descarga

de mercadorias e problemas como o dimensionamento das vias, que em sua

maioria são muito estreitas, dificultando ainda mais o trajeto destas cargas –

muitas vezes o percurso deve ser modificado por causa do tamanho do veiculo

que esta sendo utilizado. Além disto, a falha na comunicação entre autoridades

de tráfego e empresas transportadoras, falta de vias especiais para veículos

provenientes de outras localidades e falta de visão sobre a totalidade do

sistema também são fatores que geram problemas como: multas injustificáveis,

conflitos entre entregadores e moradores locais, gastos públicos, aumento do

tráfego, entre outros.O objetivo deste estudo é o de analisar os problemas

enfrentados dentro da cidade de São Paulo para a movimentação de cargas

urbanas como falta de vias de acesso, regularização inadequadas, horários,

entre outros. E apresentar algumas medidas tomadas por parte de entidades

pertinentes ao tema, mostrando os prós e os contras destas medidas e como

elas tem influenciado nas atividades logísticas das empresas que precisam

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se movimentar dentro do centro urbano. Buscando responder a seguinte

questão:

Qual a melhor maneira/medida de se fazer um transporte eficiente de

cargas dentro do centro urbano de São Paulo sem prejudicar o trânsito e os

interesses das empresas que precisam fazer distribuição interna?

Possíveis soluções como entregas noturnas; horários pré-determinados;

corredores exclusivos e segregados para a movimentação de veículos de

cargas, que cortam a cidade em direção a um determinado destino, sem

parada ou transbordo local, não sobrecarregando as vias urbanas utilizadas

para tráfego comum e, a criação de novos regulamentos poderia fazer com

que a logística das empresas que precisam movimentar suas cargas dentro do

perímetro urbano não perdesse em tempo e custo e, ainda a qualidade do

sistema melhorasse.

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CAPÍTULO I

O QUE É LOGÍSTICA

Segundo Bussinger (2007) a logística foi aplicada, por séculos, apenas

nas organizações militares, com a função de deslocar exércitos, distribuir

armas e alimentos e, treinar soldados, ganhando força a partir da segunda

guerra mundial quando uma tecnologia mais avançada foi implantada. Com o

fim da guerra, os conhecimentos e experiências foram passados para o mundo

civil que vem aperfeiçoando esse modelo que se tornou a integração de todo o

processo produtivo, desde o abastecimento da matéria-prima aos órgãos

produtores, passando por distribuidores e vendedores até o cliente final, tendo

a função ainda de atender as necessidades do cliente no pós venda, somando

esforços para a melhoria do produto e a redução do custo final.

Para Rodrigues (2003, p.124) a logística atual tem uma amplitude mais

dinâmica e global, que não abrange somente as tarefas pertinentes à gestão

de materiais, mas também a coordenação sobre os processos de manufatura,

embalagem, manuseio, processamento de pedidos, distribuição e

gerenciamento de informação.

Conforme Ballou (1993, p.24):

A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e

armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da

matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de

informação que colocam os produtos em movimento, com propósito de

providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo razoável.

Novaes (2004, p.35) também apresenta um conceito técnico sobre logística:

É o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o

fluxo e ar armazenagem de produtos bem como os serviços e informações

associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o

objetivo de atender aos requisitos do consumidor.

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Mukai et. al. (2007) explica que quando estes conceitos são voltados para o

caso urbano tem-se uma série de fluxos: tanto de seres humanos quanto de

materiais e informações de um ponto a outro. Sendo que todos esses fluxos

devem atender às necessidades dos envolvidos de forma eficiente e efetiva.

Ballou (1993, p.25) afirma que à medida que o transporte se torna mais

eficiente e oferece melhor desempenho, a sociedade beneficia-se de melhor

padrão de vida.

Exemplo de um fluxo logístico

Fonte: Active System – Softwares Transportes e Logística (2009)

1 - Transportes

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Segundo Ferraz e Torres (2004, p.02) “transporte é a denominação do

deslocamento de pessoas e de produtos. O deslocamento de pessoas é

referido como transporte de passageiros e o de produtos, como transporte de

cargas”.

Para Novaes (2004, p.33) “transporte é o ato simples de levar alguma matéria-

prima ou produto final de um local para outro”.

Já Pozo (2004, p.174) afirma que “transporte refere-se aos vários métodos

para movimentar produtos”.

Pode-se perceber que as definições se assemelham quanto à sua idéia

principal que é a de movimentar, transportar ou deslocar algo. Para Fleury,

Wanke e Figueiredo (2000, p.126) “transporte é uma das principais funções

logísticas. Além de representar a maior parcela dos custos logísticos na

maioria das organizações, tem papel fundamental no desempenho de diversas

dimensões do Serviço ao Cliente”.

Caixeta-Filho e Martins (2001, p.16) destacam que os transportes têm como

uma função básica a de proporcionar aumento de disponibilidade e acesso a

bens que de outra maneira não estariam disponíveis para a sociedade ou

estariam apenas a um elevado preço, promovendo-se, assim, a integração

entre as sociedades que produzem bens diferentes entre si.

De acordo com Rodrigues (2003, p.27):

Um sistema de transporte é constituído pelo modo (via de transporte), pela

forma (relacionamento dos vários modos de transporte), pelo meio (elemento

transportador) e pelas instalações complementares (terminais de carga).

1.1 - Processos de Privatização dos Transportes no Brasil

O cenário das ferrovias brasileiras, anterior ao processo de privatização,

era bastante preocupante. Representava um gargalo para o crescimento do

país. Seu déficit anual passava de R$ 300 milhões com receitas insuficientes

frente às despesas (ANTF, 2005). Além disso, ocorriam atrasos sistemáticos

no atendimento aos compromissos assumidos e os ativos operacionais se

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encontravam em pleno processo de degradação. A legislação vigente

dificultava a agilidade comercial das empresas estatais e era praticamente

inexistente a atenção à exploração empresarial do patrimônio não operacional

das mesmas.

Segundo Newton Castro (2001), a partir da segunda metade da década de

1990, o processo de reestruturação do setor de transportes brasileiro foi

intensificado com a participação do setor privado no oferecimento de serviços

e na descentralização da gestão da infra-estrutura e serviços – até então

praticados pelos Governos Estaduais e Municipais.

Com o intuito de aumentar a oferta e melhoria nos serviços, o Governo Federal

colocou em prática ações voltadas para a privatização, concessão e delegação

de serviços públicos de transportes a Estados, Municípios e iniciativa privada.

A Lei nº 8.031/90 de 12/04/1990,institui o Programa Nacional de

desestatização (PND).

No que tange ao processo de desestatização do setor ferroviário, o mesmo foi

iniciado em 10/03/1992, a partir da inclusão da Rede Ferroviária Federal S.A. –

RFFSA – no PND, através do Decreto n° 473/92. Esse decreto propiciou o

início da transferência de suas malhas para a iniciativa privada, durante um

período de 30 anos. Este processo também resultou na liquidação da RFFSA,

a partir de 7 de dezembro de 1999.

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CAPÍTULO II

Modais de transporte O tempo de trânsito gasto por uma carga afeta diretamente os prazos de

ressuprimento como tempo despendido pelo embarcador na consolidação e

manuseio, tempo de viagem propriamente dito, os tempos necessários aos

transbordos (caso haja) e o tempo necessário para liberação da carga por

ocasião do recebimento.

A quantidade de manuseios e transbordos faz com que a possibilidade de

avarias aumente significativamente. Assim, justifica-se a utilização de um

modal cujo frete seja sensivelmente mais caro como, por exemplo, quando se

tratar de uma mercadoria frágil.

As principais variáveis de decisão quanto à seleção dos modais de transporte

são:

Ø Disponibilidade e freqüência do transporte;

Ø Confiabilidade do tempo de trânsito;

Ø Valor do frete;

Ø Índice de faltas e/ou avarias (taxa de sinistralidade);

Ø Nível de serviços prestados. (RODRIGUES, 2003, p.32)

O quadro abaixo apresenta a classificação dos modais de transporte e a

estrutura de custo de cada modal:

Rodoviário

A carga é transportada pelas

rodovias, em caminhões,

carretas etc.

Custos fixos baixos (as

rodovias construídas e

fornecidas com o apoio

governamental). Custos

variáveis médios

(combustível, manutenção

etc.)

Ferroviário A carga é transportada pelas Custos fixos altos referentes

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ferrovias, em vagões fechados,

plataformas etc.

a equipamentos,terminais,

linhas etc. Custos variáveis

baixos.

Aquaviário A carga é transportada em

embarcações, através de rios,

lagos/lagoas, mares e

oceanos.

Custos fixos médios

(embarcações e

equipamentos). Custos

variáveis baixos (capacidade

de transporte de grandes

volumes e pesos)

Aéreo A carga é transportada em

aviões, através do espaço

aéreo.

Custos fixos baixos

(aeronaves e sistema de

manuseio de cargas). Custos

variáveis altos (combustível,

mão-de-obra, manutenção

etc.)

Dutoviário Sempre na forma de granéis

sólidos, líquidos ou gasosos, a

carga é transportada através

de dutos.

Custos fixos mais altos

(direto da via, construção,

necessidade de estações de

controle e capacidade de

bombeamento).Custos

variáveis menores (custo de

mão-de-obra pouco

significativo)

Quadro 1 - Classificação dos meios de transporte

Fonte: Adaptado de Rodrigues (2005, p.31) e Bawersox (2006, p.287)

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16

4%

17%

21%

0%

58%

RODOVIÁRIO

DUTOVIÁRIO

HIDROVIÁRIO

FERROVIÁRIO

AÉROVIÁRIO

Figura 2 - Gráfica da participação dos modais de transporte no Brasil

Fonte: Pozo (2004, p.179)

1. Transportes rodoviários

O contínuo desenvolvimento científico e tecnológico, que levou as

ferrovias à categoria de principal modal de transporte no século XIX, agiu

favoravelmente com relação às rodovias no século XX, impulsionando seu

crescimento e o desenvolvimento das indústrias automobilísticas.

(CAIXETAFILHO e MARTINS,

2001, p.47)

Uma série de fatores econômicos forçou a ocorrência deste evento. Um

deles foi à perda de competitividade das ferrovias para o transporte rodoviário.

As ferrovias tinham grande extensão, sofriam forte regulação estatal, e o

sistema de tarifas baseava-se no valor das mercadorias. Já o transporte de

baixa escala, com pouca intervenção governamental e com fretes baseados

nos custos, centralizados pelo transporte rodoviário, foram decisivos para a

perda de importância das ferrovias num ambiente de competição entre os

modais. (CAIXETA-FILHO e MARTINS,

2001, p.47)

De acordo com Ballou (1993, p.127) “o transporte rodoviário de cargas

possibilita um serviço “porta a porta”, sendo assim não é preciso carregamento

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e descarregamento entre a origem e o destino, como freqüentemente ocorre

em outras modalidades como na ferroviária, no hidroviário e no aéreo”.

Para Rodrigues (2003, p.51) “o transporte rodoviário é um dos mais simples e

eficientes dentre seus pares. Sua única exigência é existirem rodovias”.

Valente, Passaglia e Novaes (2001, p.02) afirmam que: “o transporte de cargas

pelo sistema rodoviário no Brasil tem uma estrutura respeitável e é responsável

pelo escoamento, que vai desde safras inteiras da agricultura até simples

encomendas”.

1.1-Vantagens e desvantagens do transporte rodoviário Vantagens:

ü Maior disponibilidade de vias de acesso;

ü Possibilita o serviço porta a porta;

ü Embarques e partidas mais rápidos;

ü Favorece os embarques de pequenos lotes;

ü Facilidade de substituir o veículo em caso de quebra ou acidente;

ü Maior rapidez de entrega.

Desvantagens:

ü Maior custo operacional e menor capacidade de carga;

ü Nas épocas de safras provoca congestionamentos nas estradas;

ü Desgasta prematuramente a infra-estrutura da malha rodoviária.

1.2-Principais tipos de equipamentos Rodoviários

O quadro abaixo classifica alguns equipamentos rodoviários de

transporte de cargas:

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Caminhão

Plataforma

Transporte de contêineres e cargas de grande volume ou

peso unitário.

Caminhão Baú

Sua carroceria possui uma estrutura semelhante a dos

contêineres, que protegem das intempéries toda a carga

transportada.

Caminhão

Tremonha ou com

Caçamba

Transporte de cargas a granel, descarregado por

gravidade, pela basculação da caçamba.

Caminhão Aberto

Transporte de mercadorias não perecíveis e pequenos

volumes. Em caso de chuva são cobertos com

encerados.

Caminhão

refrigerado

Transporte de gêneros perecíveis. Semelhante ao

caminhão baú possui mecanismos próprios para a

refrigeração e manutenção da temperatura no

compartimento de cargas.

Caminhão Tanque

Sua carroceria é um reservatório dividido em tanques,

destinados ao transporte de derivados de petróleo e

outros líquidos a granel

Caminhão

Graneleiro ou Silo

Possui carroceria adequada para o transporte de granéis

sólidos.

Descarrega por gravidade, através de portinholas que se

abrem.

Caminhões

Especiais

Podem ser: rebaixados e reforçados para o transporte de

carga pesada, possuir guindaste sobre a carroceria e

cegonhas projetadas para o transporte de automóveis.

Semi-reboques

Carrocerias de diversos tipos e tamanhos, sem propulsão

própria, para acoplamento a caminhões-trator ou

cavalos-mecânicos, formando os conjuntos articulados,

conhecidos como carretas. Este tipo de equipamento é

muito versátil, uma vez que podem ser desengatados e

deixados em terminal de carga, liberando o cavalo

mecânico para prosseguir em outros serviços de

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transporte.

Quadro 2 - Classificação dos caminhões de acordo com sua finalidade

Fonte: Baseado em Rodrigues (2003, p.52)

1.3-Evolução do transporte de cargas nas cidades

Os efeitos da infra-estrutura sobre as condições gerais de eficiência da

economia são bastante evidentes, pois a disponibilidade de infra-estrutura

adequada potencializa os ganhos de eficiência do sistema produtivo como um

todo, além de beneficiar as empresas. Em conseqüência disso, ocorre um

aumento do produto final, incrementando a produtividade e reduzindo o custo

unitário do insumo (Caixeta e Martins, 2001).

A partir de Aschuer (1989) e Barros (1990), tem-se desenvolvido uma literatura

focada nas relações entre o crescimento econômico versus infraestrutura,

principalmente no que tange aos efeitos do investimento público sobre o

produto e produtividade total dos fatores. Os autores estimam que, na

economia americana, um aumento de 1% no nível do capital público implica

em um incremento entre 0,35 a 0,49% na produtividade dos fatores, enquanto

que a elasticidade do produto encontra-se entre 0,36 e 0,39%.

Para Easterly e Rebelo (1993), os investimentos em transporte e comunicação

estão fortemente correlacionados com o crescimento econômico das nações.

Segundo Ballou (1993), na maior parte das empresas, o transporte representa

o elemento mais importante do custo logístico, absorvendo cerca de dois

terços do gasto logístico. O autor enfatiza que um bom sistema de transportes

é fator fundamental para a expansão de mercados.

Para Castro (1995), que enfatiza a questão logística, a orientação dos

processos produtivos com vistas ao atendimento dos requisitos dos mercados

35 consumidores quanto à qualidade dos produtos e insumos, prazos de

entrega, inovações tecnológicas e assistência técnica, faz com que a eficiência

do sistema logístico seja uma condição básica para a competitividade de todos

os setores da economia.

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O transporte mais barato, além de encorajar a concorrência direta, também

incentiva uma forma indireta de competição, pois torna disponíveis no mercado

bens que normalmente são escassos. Como exemplos podem ser citados

frutas e vegetais cuja demanda do mercado local pode ser atendida por

carregamentos provenientes de outras localidades – no caso de um período de

entressafra – aumentando assim a disponibilidade geral de produtos além da

oferta da produção local, possibilitando inclusive um efeito estabilizador nos

preços de outras mercadorias.

Fair e Williams (1959) destacam que o sistema de transporte eficiente permite

a produção em larga escala para grandes mercados e viabiliza maior

racionalidade produtiva, ao apresentar um maior mercado potencial, permitindo

assim uma produção em escala compatível com a produção mais eficiente

economicamente, o que não seria possível sem se vislumbrar uma maior

demanda.

Este processo nos remete ao conceito de Economia de Escala, pois a redução

do custo unitário é decorrência da produção em grande escala, gerando uma

distribuição dos custos fixos sobre uma quantidade maior de unidades.

1.4-Cargas nas áreas urbanas.

É inegável a importância que exerce a carga urbana na qualidade de

vida da sociedade, que a cada dia solicita um maior número de produtos assim

como uma maior diversidade destes.

O aumento do volume de bens produzidos e consumidos, bem como a

ampliação da demanda por serviços numa região, favorecendo sua expansão

econômica, gera um aumento significativo da demanda por transporte

(Carvalho, 1998). Isto provoca um grande número de problemas, destacando-

se as restrições de tráfego e o aumento do risco sobre os demais veículos e

sobre os pedestres; conflitos entre o transporte urbano e o transporte de carga;

obstruções ao trânsito com conseqüente redução da velocidade;

congestionamentos, que por sua vez acarretam maior consumo de

combustível, maiores tempos de viagem, incremento na poluição sonora,

atmosférica e visual, vibrações, doenças, mortes e acidentes; perda de

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espaços verdes e espaços abertos e o aumento do custo do serviço de

transporte de carga propriamente dito, com o conseqüente aumento no custo

final dos produtos.

Dessa forma, o processo de distribuição de carga deve ser planejado de

modo a não aprofundar ainda mais o caos observado nos grandes centros

urbanos. De fato, observa-se a deterioração crescente da qualidade de vida,

nas maiores regiões urbanas, que vêm crescendo além da capacidade da sua

infra-estrutura.

O tempo necessário para realizar um serviço de distribuição de carga

urbana pode ser subdividido em vários componentes: o tempo de

carregamento do veículo, tempo de viagem desde o Centro de Distribuição

(CD) até o cliente, tempo procurando o local para estacionamento e

estacionando o veículo próximo ao cliente, tempo de descarregamento, tempo

de contato com o cliente e tempo da viagem de retorno.

Em estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Westminster,

Inglaterra (Allenet al, 2000) para as cidades de Londres e Norwick, os autores

chegaram à conclusão que enquanto os motoristas dos veículos de carga

despendem 10% do tempo total da viagem nos percursos de ida e volta, 1%

em contatos com o cliente e 2% em congestionamentos diversos, a maior

parte, ou seja, 87% do tempo total é gasto procurando local para

estacionamento, estacionando o veículo e providenciando a coleta e entrega

da carga.

É durante este tempo que os veículos de carga circulam nos centros

urbanos obstruindo parte das vias e provocando os impactos ambientais

negativos mencionados. Faz-se então necessária uma ação conjunta tanto no

planejamento como na operação dos veículos de carga que operam nas

grandes regiões urbana, envolvendo os fabricantes automotivos e os

operadores, os varejistas e as autoridades locais, de forma a se evitar as

conseqüências indesejadas deste processo.

Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é analisar o processo de distribuição

de carga em centros urbanos, identificando as restrições à sua eficiência,

assim como propondo medidas que visem diminuir os problemas detectados

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de forma a auxiliar no planejamento e na tomada de decisão por parte das

empresas que atuam no setor, e tendo como meta a sustentabilidade

ambiental desses centros.

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CAPÍTULO III

Medidas Mitigadoras

São aquelas destinadas a prevenir impactos negativos ou reduzir sua

magnitude. Também muito usada, uma vez que a maioria dos danos ao meio

ambiente, quando não podem ser evitados, podem apenas ser mitigados.

1- Medidas Mitigadoras a serem Implantadas pelas Transportadoras

Como o objetivo principal das transportadoras é a entrega da mercadoria no

menor tempo possível, as seguintes medidas podem ser adotadas:

Ø Utilização de sistemas de comunicação entre as transportadoras e seus

veículos que pode ajudar a evitar roubo dos produtos, a reduzir custo

dos seguros e da responsabilidade legal e a escapar de áreas

congestionadas para rotas alternativas;

Ø Utilização de softwares para roteamento;

Ø Utilização de programas para reprogramação de rotas de distribuição e

coleta de carga,o que auxilia na inclusão ou exclusão dos clientes e no

uso de rotas alternativas para vias congestionadas;

Ø Utilização de equipamentos auxiliares para carga e descarga como

elevadores, esteiras e carrinhos de mão;

Ø Implantação de programas treinamento e atendimento psicológico de

motoristas que além de diminuírem a agressividade no trânsito,

propiciam uma condução do veículo mais econômica como a observada

em alguns países da Europa onde verificou-se uma redução de 5 a 10%

do consumo de combustível. A Inglaterra conseguiu uma redução de

consumo de combustível de 18% com a implantação destes programas

vinculados a bônus a serem concedidos aos motoristas com bom

desempenho. (Novaes, 2003)

Ø Operação de um menor número de depósitos maiores em locais

adequados para reduzir o número de veículos e de viagens;

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Ø Compartilhamento de centros de distribuição para também reduzir o

número de veículos e de viagens; e utilização de sistemas de

informação dinâmicos.

1.1- Medidas Mitigadoras a serem Implantadas pelos Varejistas Com objetivo de reduzir o tempo despendido na carga e descarga do produto a

ser comercializado, varejista pode:

Ø Facilitar a utilização de equipamentos adequados para a transferência

da carga entre o caminhão e o estabelecimento;

Ø Adotar de um procedimento dinâmico para recebimento e controle da

carga com a alocação adequada de recursos humanos;

Criar joint ventures para entrega das mercadorias vendidas em suas lojas nas

casas dos consumidores finais como medida para reduzir o número de

entregas e conseqüentemente o número de caminhões em circulação. Um

exemplo disto é o joint venture formado por três lojas de departamento, Horten

, Kaufhof e Karstadt na cidade de Dusseldorf, na Alemanha (Novaes, 2003)

1.2. Minimização dos impactos.

Entre os objetivos comuns destes agentes destaca-se o atendimento ao

cliente final. Para que isto aconteça sem que haja uma quantidade maior de

veículos em circulação simultaneamente, podem ser implantadas medidas

como:

Ø Adequação dos espaços físicos para estoques do varejista com a

própria distribuição.

Ø Adequação das embalagens aos produtos, o que pode possibilitar

o carregamento de um maior número de unidades. Isto foi

conseguido pela BSN Emballage e a Saint-Gobain que desde

1994 com a utilização de uma nova garrafa de vidro que reduziu o

peso em 21%, possibilitaram o aumento do número de unidades

em um veículo.

CAPÍTULO IV

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25

RESTRIÇÕES DE TRÁFEGO

Como forma de minimizar os transtornos causados pelo tráfego de

caminhões dentro do perímetro urbano, o governo da cidade de São Paulo

junto à Companhia de Engenharia de Trafego (CET) estabeleceram algumas

regras e procedimentos para a movimentação interna de cargas. Estas

medidas visam, essencialmente, melhorar a qualidade do sistema para todos

diminuindo o índice de 14 a 17% em congestionamentos. (CET, 2009)

1-ALGUMAS RESTRIÇÕES ADOTADAS PELA PREFEITURA DE

SÃO PAULO

A Prefeitura do Município de São Paulo, através do Decreto n.º 49.636,

publicado no Diário Oficial do Município do dia 18 de junho de 2008,

estabeleceu os horários de circulação dos VUC (Veículos Urbanos de Carga)

na Zona Máxima de Restrição de Circulação ZMRC, nos períodos e horários

abaixo especificados:

CAMINHÕES

A circulação de caminhões na Zona Máxima de Restrição de Circulação

ZMRC só será permitida das 21h00 às 5h00.

VUC Caminhões de Pequeno Porte com até 6,3 mts de comprimento

1) a partir de 30 de junho a 31 de julho de 2008: no período das 5 às 21 horas,

o Veículo Urbano de Carga VUC, fica excluído da restrição prevista no

Decreto 49.487/08, na seguinte conformidade:

- veículos com placa de licenciamento de finais ímpares poderão transitar nos

dias ímpares do mês;

- veículos com placa de licenciamento de finais pares poderão transitar nos

dias pares do mês.

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2) a partir de 1º de agosto a 31 de outubro de 2008: o Veículo Urbano de

Carga VUC, somente poderá transitar no período das 10 às 16 horas da

mesma forma anterior:

- veículos com placa de licenciamento de finais ímpares poderão transitar nos

dias ímpares do mês;

- veículos com placa de licenciamento de finais pares poderão transitar nos

dias pares do mês.

3) a partir de 1º de novembro de 2008, ficam integralmente restabelecidas,

para os Veículos Urbanos de Carga VUC, as restrições previstas no Decreto

n.º 49.487/08, ou seja, fica proibido o trânsito de caminhões dentro da ZMRC,

inclusive dos Veículos Urbanos de Carga VUC das 5h00 às 21h00 de segunda

à sexta e aos sábados das 10h00 às 14h00.

Ficam fora da chamada zona de máxima restrição de circulação (ZMRC):

ü Marginal Tietê

ü A região da companhia de entrepostos e armazéns gerais de São

Paulo (CEAGESP), na zona Oeste

ü Marginais Pinheiros

ü Avenida dos Bandeirantes.

Além das restrições acima previstas,os caminhões deverão respeitar o rodízio

municipal vigente,no horário das 7 às10 horas e das 17 às 20 horas,conforme

artigo 4º do decreto N.º 49.636/08.a a sexta e aos sábados das 10h00 às

14h00.

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1.1-Zona Máxima de Restrição de Circulação

As principais avenidas de uma cidade são consideradas vias estruturais,

que fazem importantes ligações entre regiões da mesma e são denominados

corredores. Algumas possuem restrições ao trânsito de caminhões. A Zona

Máxima de Restrição de Circulação (ZMRC) é uma área do município que

concentra os principais núcleos de comércio e serviço, que tem restrições de

horário para circulação de veículos de carga. (CET, 2009)

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CAPÍTULO V

VEÍCULOS URBANOS DE CARGAS

Os Veículos Urbanos de Carga (VUC), que são os caminhões de menor

porte, mais apropriados para áreas urbanas estão permitidos de circular dentro

da ZMRC, mas são proibidos em Vias Estruturais.

Dentro da ZMRC os VUC’s com final de placa par transitam das 10 às 16 horas

apenas em dias pares do mês. E os com final ímpar apenas em dias ímpares,

no mesmo horário, de acordo com a portaria 35/09 com validade até o dia 31

de Março de 2010. (CET, 2009)

Caminhões com comprimento maior que 6,30m e/ou largura maior que

2,20m devem respeitar as condições previstas em legislação especifica como

apresentado abaixo:

ü De urgência por período integral;

ü Socorro mecânico de emergência por período integral;

ü Cobertura jornalística por período integral;

ü Emergencial de sinalização de trânsito por período integral;

ü Correios por período integral;

ü Obras e serviços de emergência até 48 horas da comunicação ao órgão

de trânsito por período integral;

ü Concretagem das 5 às 16 horas;

ü Transporte de produtos perigosos de consumo local com até 2 eixos

traseiros, das 10 às 16 horas;

ü Transporte de valores das 10 às 20 horas;

ü Prestação de serviços públicos essenciais das 10 às 16 horas;

ü Coleta de lixo das 5 às 16 horas;

ü Remoção de terra em obras civis das 5 às 15 horas;

ü Remoção de entulho e transporte de caçamba das 10 às 16 horas;

ü Sinalização de trânsito emergencial por período integral.

1 - CÓDIGO NACIONAL DE TRÂNSITO

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De acordo com Valente, Passaglia e Novaes (2001, p.183) a lei nº

5.108, de 21 de Setembro de 1996, instituiu o Código Nacional de Trânsito,

que está em vigor até hoje, com algumas alterações.

Com relação ao transporte de carga, algumas leis foram incluídas, como por

exemplo:

Ø Lei n° 6.813, de 1980: Dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas e

dá outras providências.

Ø Lei n° 7.408, de 1985: Permite a tolerância de 5% na pesagem de

carga em veículos de transporte.

Ø Lei n° 7.092, de 1983: Cria o Registro Nacional de Transportes

Rodoviários de Bens, fixa condições para o exercício da atividade e dá outras

providências.

Ø Decreto-Lei n° 2.063, de 1983: Dispõe sobre multas a serem aplicadas

por infrações à Regulamentação para a execução do serviço de

transporte rodoviário de cargas ou produtos perigosos e dá

providências.

Ø Decreto n° 99.471, de 1990: Dispõe sobre a simplificação do Registro

Nacional de Transportadores Rodoviários de Bens de que trata a Lei n°

7.092, de 1983.

Ø Resolução n° 628/84: Revoga dispositivo da Resolução n° 597/82 e

permite a circulação de veículos de carga com adaptação do 4° eixo.

1.1-ALGUMAS PROPOSTAS DA PRESIDENTE DILMA PARA OS PROBLEMAS DOS TRANSPORTES URBANOS.

Ø Rodovias

Lula concluiu obras em 5.331 km de rodovias. Mais 1.926 km de duplicações

estão em andamento e outros 2.989 km estão em construção ou

pavimentação. Com Dilma, o Brasil vai continuar investindo na infraestrutura

das rodovias. Serão R$ 50 bilhões previstos no PAC 2 para o Brasil andar mais

rápido, com mais segurança e com custo menor do transporte.

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Ø Ferrovias

No Governo Lula, a ferrovia Norte-Sul está sendo remodelada. As obras da

Nova Transnordestina foram retomadas e contornos ferroviários foram feitos.

Com Dilma, o Brasil, através do PAC 2, investirá R$ 46 bilhões em um sistema

ferroviário moderno e de alta capacidade para escoar a produção agrícola e

mineral aos portos, indústria e consumidor. A revisão do modelo regulatório e a

integração multimodal também são outros compromissos do governo Dilma.

Ø Trem de Alta Velocidade (TAV)

Lula lançou o edital do Trem de Alta Velocidade (TAV), ligando Campinas, São

Paulo e Rio de Janeiro. Serão investidos R$ 33 bilhões para desafogar este

corredor de transporte e alavancar o desenvolvimento regional. Dilma vai

garantir a realização das obras do TAV, além de promover estudos para

expandir sua ligação de Campinas para Belo Horizonte e para Curitiba. Vai

também criar os Trens Regionais, regulares e turísticos.

Ø Indústria naval

O Governo Lula reativou a indústria naval brasileira e, em 2009, o setor já

contava com 46,5 mil trabalhadores. Em 2000, eram apenas 1,9 mil. Com

Dilma, a indústria naval continuará sendo apoiada, garantindo ainda mais

empregos e novos navios construídos totalmente no Brasil.

Ø Portos

O PAC de Lula destinou R$ 2,7 bilhões para modernizar portos e para ações

de dragagem. Dilma continuará modernizando e ampliando os portos. Mais R$

5 bilhões estão previstos para investimentos nos sistemas de atracação,

dragagens e acessos terrestres, além da melhoria e construção de novos

terminais de passageiros para a Copa 2014.

Ø Transporte hidroviário

O Governo Lula marcou a retomada do transporte hidroviário no país.

Construiu portos, solucionou questões ambientais e atuou na segurança e

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mobilidade no setor. Dilma vai investir fortemente na ampliação da

navegabilidade dos rios, em dragagem, derrocagem, sinalização e construção

de terminais de cargas e passageiros. Serão R$ 2,7 bilhões no PAC 2 em

obras para reduzir custos de frete e dar mais segurança ao transporte

hidroviário.

Ø Aeroportos modernos

O Governo Lula ampliou e modernizou os aeroportos de Congonhas (SP),

João Pessoa (PB), Santos Dumont (RJ), Salvador (BA), Boa Vista (RR),

Fortaleza (CE), Parnaíba (PI) e Confins (MG). Estão em andamento obras no

Galeão (RJ), Congonhas (SP), Recife (PE) e Guarulhos (SP). Dilma vai contar

com R$ 3 bilhões para investir na ampliação e construção de terminais de

passageiros e cargas, obras nas pistas, nos pátios e torres de controle.

Ø Mobilidade urbana

Lula criou o Ministério das Cidades, para garantir desenvolvimento integrado,

com habitação, saneamento, transporte e mobilidade urbana. O PAC da

Mobilidade Urbana incrementará o transporte público nas cidades que sediarão

a Copa de 2014. Dilma implementará o PAC da Mobilidade, bem como,

sistemas integrados de transporte coletivo, com metrô, VLT, BRT e corredores

de ônibus, reduzindo o tempo de espera e baixando custos.

Ø Sistema viário urbano

Lula investiu na melhoria do trânsito no Brasil, abrindo linhas de crédito para as

cidades investirem no sistema viário. Dilma continuará apoiando investimentos

na malha viária urbana, para melhorar o trânsito e garantir a todos os

brasileiros infra-estrutura adequada no entorno de suas moradias.

Ø Brasil Acessível

O Programa Brasileiro de Acessibilidade Urbana, lançado no governo Lula,

incentiva estados e municípios a adotar ações que garantam a acessibilidade

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universal. Dilma vai fortalecer programas de melhoria da qualidade de vida nas

cidades, implementando o PAC 2 da Mobilidade Urbana.

Ø Ciclovias e ciclofaixas

O governo Lula garantiu aos estados e municípios capacitação e financiamento

para a implantação de ciclovias e ciclofaixas integradas aos demais sistemas

de transporte, reduzindo custos aos passageiros. No governo Dilma, novas

linhas de financiamentos do PAC 2 da Mobilidade Urbana garantirão o

fortalecimento do programa nas cidades brasileiras.

Ø Biodiesel

Lula incentivou o desenvolvimento do biodiesel e sua inserção na matriz

energética do País para reduzir o custo do transporte e diminuir os impactos

sobre o meio ambiente. Como ministra de Minas e Energia de Lula, Dilma foi a

principal incentivadora do programa do Biodiesel, e vai continuar investindo

nesta fonte de energia limpa que também gera oportunidades para a

agricultura familiar.

Ø Segurança no trânsito

Lula implementou medidas para diminuir acidentes de trânsito, como o controle

de velocidade, melhoria das condições das rodovias federais, programas de

sinalização e a revisão da legislação. Também garantiu financiamento para as

cidades investirem no sistema viário.

Dilma continuará investindo forte na melhoria do sistema de trânsito, na

recuperação da infraestrutura de transporte e em ações para educação de

trânsito.

CONCLUSÃO

Do exposto, verifica-se que, apesar dos problemas serem muitos e críticos, as

soluções para os mesmos são possíveis e variadas. As mudanças

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tecnológicas, a evolução dos negócios e a consciência social podem ser

utilizadas de forma a congregar os agentes ligados ao processo da distribuição

de carga, numa cooperação permanente e dinâmica, pensando

conseqüentemente em novas formas de fazer as coisas.

Nas grandes cidades o vai-e-vem de mercadorias é constante e os

problemas com os caminhões também. As restrições impostas pelo governo

das cidades são uma forma de tentar minimizar o caos causado pelo tráfego

intenso destas mercadorias dentro do centro expandido da cidade. Contudo,

empresas que precisam realizar entregas dentro deste centro não enxergam as

restrições da mesma maneira.

Quando as restrições entraram em vigor muitas empresas tiveram que

modificar totalmente sua forma de movimentação. Ou se adequando aos

horários e locais com restrição de tráfego ou migrando de uma frota composta

por caminhões para uma frota composta por carros de menor porte.

A evolução tecnológica, a conscientização social, e uma nova forma de fazer

negócios são fatores que podem ser utilizados de forma a alinhar o processo

de distribuição de carga, não perdendo nunca o pensamento de melhoria

continua. Ou seja, pessoa interessadas em deixar a cidade sempre com uma

melhor qualidade para todos.

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34

REFERÊNCIAS BALLOU, R.H. Logística Empresarial – Transportes, administração de

materiais e distribuição física. 2ª edição. São Paulo: Altas, 1993

CAIXETA, J. V. F e MARTINS, R. S. Gestão Logística do Transporte de

Cargas. São Paulo:Atlas, 2001.

GRUPO DE ESTUDOS LOGÍSTICOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE

SANTA CATARINA

Solução para a Operação de Transportes. Disponível em:

>http://www.gelog.ufsc.br< acessado em 09 de fevereiro de 2011.

MUKAI, H. et. al. Logística Urbana: a proposta brasileira. Disponível no site:

>http://www.fag.edu.br/professores/solange< acessado em 09 de fevereiro de

2011

NOVAES, A.G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição:

Estratégia,

Operação e Avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2004.

POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma

abordagem logística.

3ª edição. São Paulo: Atlas, 2004.

SINAY, M. et. al. Distribuição de carga urbana: componentes, restrições e

tendências.

Disponível no site: >http://www.ime.eb.br< acessado em 09 de fevereiro de

2011

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ANEXOS

DECRETO Nº 49.636, DE 17 DE JUNHO DE 2008

Dispõe sobre o trânsito dos Veículos Urbanos de Carga ‐ VUC na Zona de

Máxima Restrição de Circulação‐ZMRC, nos períodos e nos horários que

especifica.

GILBERTO KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das

atribuições que lhe são conferidas por lei,

DECRETA:

Art. 1º. Até 31 de julho de 2008, no período das 5 (cinco) às 21 (vinte e uma)

horas, o Veículo Urbano de Carga ‐

VUC, definido no Decreto nº 48.338, de 10 de maio de 2007, fica excluído da

restrição prevista no Decreto nº

49.487, de 12 de maio de 2008, na seguinte conformidade:

I ‐ veículos com placa de licenciamento de finais ímpares: poderão transitar

nos dias ímpares do mês;

II ‐ veículos com placa de licenciamento de finais pares: poderão transitar nos

dias pares do mês.

Art. 2º. A partir de 1º de agosto de 2008 e até 31 de outubro de 2008, o

Veículo Urbano de Carga ‐ VUC somente

poderá transitar no período de 10 (dez) às 16 (dezesseis) horas e nas

condições estabelecidas nos incisos I e II do

artigo 1º deste decreto.

Art. 3º. A partir de 1º de novembro de 2008, ficam integralmente

restabelecidas, para os Veículos Urbanos de Carga

‐ VUC, as restrições previstas no Decreto nº 49.487, de 2008.

Parágrafo único. O Secretário Municipal de Transportes poderá, após a

realização de análises de desempenho das

condições de fluidez do sistema viário durante os períodos referidos nos

artigos 1º e 2º, prorrogar a norma de

transição prevista no referido artigo 2º.

Art. 4º. Os veículos tratados neste decreto deverão cumprir cumulativamente

as demais disposições legais, em

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especial as referentes ao Programa de Restrição ao Trânsito de Veículos

Automotores no Município de São Paulo,

estabelecidas pelo Decreto nº 37.085, de 3 de outubro de 1997, com

alterações posteriores.

Art. 5º. Este decreto entrará em vigor no dia 30 de junho de 2008.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 17 de junho de 2008,

455º da fundação de São Paulo.

GILBERTO KASSAB, PREFEITO

ALEXANDRE DE MORAES, Secretário Municipal de Transportes

Publicado na Secretaria do Governo Municipal, em 17 de junho de 2008.

CLOVIS DE BARROS CARVALHO, Secretário do Governo Municipal

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37

DECRETO Nº 51.701, DE 10 DE AGOSTO DE 2010

Dispõe sobre a liberação do trânsito de Veículo Urbano de Carga - VUC na

Zona de Máxima Restrição de Circulação- ZMRC, no horário que especifica.

GILBERTO KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das

atribuições que lhe são conferidas por lei,

D E C R E T A:

Art. 1º. Fica liberado o trânsito de Veículo Urbano de Carga ‐ VUC, definido no

Decreto nº 48.338, de 10 de maio de 2007, na Zona de Máxima Restrição de

Circulação ‐ ZMRC, no período compreendido entre 10 (dez) e 16 (dezesseis)

horas. Art. 2º. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,

retroagindo seus efeitos a 2 de agosto de 2010, revogados o Decreto nº

49.636, de 17 de junho de 2008.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 10 de agosto de 2010,

457º da fundação de São Paulo

GILBERTO KASSAB, Prefeito

MARCELO CARDINALE BRANCO, Secretário Municipal de Transportes

CLOVIS DE BARROS CARVALHO, Secretário do Governo Municipal

Publicado na Secretaria do Governo Municipal, em 10 de agosto de 2010.

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RESOLUÇÃO SMTR Nº 1.498 DE 07 DE DEZEMBRO DE 2005.

Estabelecem normas para concessão de autorização especial de trânsito

(AET) para transporte de cargas indivisíveis e excedentes em peso e/ou

dimensões para o trânsito de veículos especiais em vias do município do Rio

de Janeiro ou sob sua Circunscrição.

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE TRANSPORTES no uso de suas atribuições

legais, e,

CONSIDERANDO a Lei Nº 9.503 de 23/09/97 que instituiu o Código de

Trânsito Brasileiro (CTB);

CONSIDERANDO o estabelecido no Decreto “N” nº 16.444, de 15/01/98 que

designou a SMTR para exercer as funções de órgão executivo de trânsito;

CONSIDERANDO o art. 101 do Código de Trânsito Brasileiro, que delega a

competência à Autoridade de Trânsito com circunscrição sob a via para

emissão das Autorizações Especiais de Trânsito, desde que atendidas as

medidas de segurança consideradas necessárias;

CONSIDERANDO as Resoluções nos 12, 68, 75 e 184 do CONTRAN que

estabelecem normas para a circulação de veículos que transitem por vias

terrestres;

CONSIDERANDO a Resolução Nº 11 de 19/10/04 do Departamento Nacional

de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) que estabelece as normas para

transporte de cargas indivisíveis e excedentes em peso e/ou dimensões e para

o trânsito de veículos especiais em rodovias federais;

CONSIDERANDO que o sistema viário da cidade é formado, dentre outras, de

obras de arte que foram construídas em data pretérita, sob vigência da Norma

Brasileira – NB 6, de 1960;

CONSIDERANDO que a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) ao emitir

as Autorizações Especiais de Trânsito analisa tão somente aspectos referentes

às características do sistema viário, no que concerne ao fluxo de tráfego e à

geometria das vias, sendo de responsabilidade do responsável técnico do

solicitante a análise da viabilidade do transporte no que se refere à resistência

estrutural do veículo e das vias e obras de arte que compõe o sistema viário

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municipal, devendo ser ouvida a Secretaria Municipal de Obras, quando

necessário;

CONSIDERANDO que é atribuição da Coordenadoria de Regulamentação

Viária (CRV) conceder autorização de utilização de vias conforme disposto no

Decreto nº 14.620 de 11/03/96;

CONSIDERANDO a preocupação com a segurança no trânsito, em especial ao

trânsito de veículos de transporte de cargas indivisíveis e excedentes em peso

e/ou dimensões e dos veículos especiais;

R E S O L V E:

Art. 1º O transporte de cargas indivisíveis e excedentes em peso e/ou

dimensões e o trânsito de veículos especiais, cujas dimensões excedam aos

limites previstos nas Resoluções nos 12 e 184 do CONTRAN, só poderão

circular nas vias municipais ou sob jurisdição municipal, portando Autorização

Especial de Trânsito (AET) e atendendo as normas estabelecidas:

I – Nas Resoluções do CONTRAN nos 12 e 184, para veículos de

transporte de cargas indivisíveis e excedentes em peso e/ou

dimensões;

II – Nas Resoluções do CONTRAN nos 68 e 184, para

Combinação de Veículos de Carga (CVC);

III – Nas Resoluções do CONTRAN nos 75 e 184, para

Combinação para Transporte de Veículo (CTV).

Art. 2º As empresas e transportadores autônomos de veículos deverão

requerer junto à Coordenadoria de Regulamentação Viária (CRV), da

Secretaria Municipal de Transportes, a Autorização Especial de Trânsito (AET),

juntando a seguinte documentação:

I – Requerimento em duas vias, conforme Anexos I a III,

indicando nome e endereço do proprietário, devidamente assinado por

responsável legal ou representante legal e por responsável técnico, habilitado

pelo CREA, mencionado nos incisos II ou III;

II – Declaração do responsável técnico, habilitado pelo CREA, de

que o trânsito do veículo/carga não oferecerá risco ou dano ao pavimento e às

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obras de arte, com base nas Normas Técnicas vigentes, em especial a NB6/60

e que se submete às penas previstas na legislação em caso de acidente, dano

ao pavimento ou às obras de arte provocadas pelo veículo/carga pela não

observância das referidas normas técnicas;

III - Estudo de viabilidade técnica sobre a circulação do conjunto

veículo/carga, com relação à resistência de pavimentos e obras de arte com

parecer/ laudo conclusivo emitido por responsável técnico mencionado nos

incisos I ou II, com análise e considerações da Secretaria Municipal de Obras

do Rio de Janeiro, nos casos previstos no Inciso III do art. 4º;

IV - Cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do

responsável técnico pelos documentos mencionados nos Incisos II e III,

emitida pelo CREA especificamente para a concessão da AET solicitada;

V – Cópia da carteira de identidade profissional expedida pelo

CREA;

VI – Cópia autenticada de Autorização Especial de Trânsito,

expedida pelo Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte (DNIT)

ou pela Fundação Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio

de Janeiro (DER/RJ) para o mesmo veículo ou Combinação de Veículo de

Carga (CVC) ou Combinação para Transporte de Veículos (CTV), com

validade em vigor, de modo a atender ao inciso XXI do art. 24 do CTB;

VII – Cópia do Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo

(CRLV) atualizado;

VIII - Cópia do Contrato Social, CNPJ e do Alvará de licença para

localização ou funcionamento da empresa.

Art. 3º As Autorizações Especiais de Trânsito terão os seguintes prazos

de validade:

I – Prazo de até 01 (um) ano, renovável na época do

licenciamento anual, para as Combinações para Transporte de Veículos (CTV)

e para as Combinações de Veículos de Carga;

II - Prazo de 6 (seis) meses para os guindastes auto propelidos

ou sobre caminhões, desde que atendidas as medidas de segurança

consideradas necessárias;

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III – Prazo de até 01 (um) ano, renovável na época do

licenciamento anual do veículo, para os demais veículos, desde que não

excedam os seguintes limites máximos:

a) Comprimento – 23,00 m (vinte e três metros);

b) Largura – 3,20 m (três metros e vinte centímetros);

c) Altura – 4,40 m (quatro metros e quarenta centímetros);

d) Peso bruto total combinado – 57 t (cinqüenta e sete

toneladas);

e) Distribuição de peso bruto por eixo ou conjunto de eixos

de acordo com o disposto na Resolução CONTRAN Nº. 12;

IV - Prazo de 02 (dois) meses para os veículos que excedam os

limites estabelecidos no inciso III.

Art. 4º Para a concessão da AET, deverão emitir parecer técnico os

seguintes órgãos:

I - Coordenadoria de Vias Especiais (CVE) da SMTR, quando

o veículo transitar nos Eixos Principais regulamentados na Resolução SMTR

Nº. 1125 de 27/08/2001 e nas seguintes condições:

a) Transitar na Av. Brasil com altura total superior a 4,40m

ou com largura total superior a 3,20m ou no horário

compreendido entre 5h e 22h;

b) Transitar no Elevado das Bandeiras, na direção Barra da

Tijuca/São Conrado, com altura total superior a 4,25m;

II - Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-RIO), se o

veículo transitar nas demais vias municipais;

III - Secretaria Municipal de Obras quando o veículo transitar:

a) Na Av. Brasil com PBT superior a 45t e/ou ultrapassar os

limites de peso por eixo, número de eixos, distância entre eixos e conjunto de

eixos estabelecidos na Resolução nº 12 do CONTRAN;

b) Nas demais vias com PBT superior a 36t e/ou ultrapassar

os limites de peso por eixo, número de eixos, distância entre eixos e conjunto

de eixos estabelecidos na NB6/60;

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IV - Outros órgãos julgados necessários pela CRV.

Art. 5º Caberá à Coordenadoria de Regulamentação Viária – CRV a

competência para emissão da Autorização Especial de Trânsito, que será

assinada pelos Engenheiros ou Arquitetos lotados na CRV.

Art. 6º A CRV emitirá a Autorização Especial de Trânsito em 15 dias

úteis a partir da data de abertura do processo pelo requerente, desde que

atendidas, pelo requerente, todas as exigências e inseridos todos os pareceres

técnicos dos órgãos a serem ouvidos.

Art. 7º Ficam revogadas, a partir de 31 de dezembro de 2005, todas as

Autorizações Especiais de Tráfego concedidas em data pretérita a esta

Resolução que estejam em vigor, devendo o requerente reencaminhá-la à

SMTR/CRV, seguindo os procedimentos estabelecidos nesta Resolução.

Art. 8º Esta Resolução entrará em vigor na data da sua publicação,

revogando-se as disposições em contrário, em especial as Resoluções SMTR

nos 1.326 de 13/10/2003 publicado no DO-RIO de 15/10/2003, 1.335 de

27/11/2003 publicado no DO-RIO de 28/11/2003 e 1.462 de 10/052005

publicado no DO-RIO de 09/09/2005.

(*) Republicado por ter saído com incorreções no DO-RIO nº 181 de

09/12/2005.

AROLDE DE OLIVEIRA

Secretário Municipal de Transportes

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Allen, J. et al. (2000) A Framework for Considering Policies to Encourage

Sustainable Urban Freight

Carvalho, J.A. (1998) Uma Contribuição ao Planejamento do Transporte de

Cargas em Áreas Urbanas.

Dissertação de Mestrado, IME, Rio de Janeiro, Brasil.

Melo, I.C.B. (2002) Avaliação da Demanda por Transporte de Carga em

Áreas Urbanas. Dissertação de mestrado, IME, Rio de Janeiro, Brasil.

Monografia consultada: Estudo Sobre a Movimentação de Cargas

Urbanas na Cidade de São Paulo de Thais Ávila do curso de Tecnologia em

Logística com ênfase em transporte na FATEC ZL como requerido parcial para

obter o Título de Tecnólogo em Logística com ênfase em Transporte.

Novaes, A.G. (2003) Veículos Leves para Deslocamento de Mercadorias no

Meio Urbano: Evolução e tendências. Workshop sobre Tendências de

Distribuição em Rotas Urbanas, FIAT Automóveis, Betim,MG

Traffic and Goods/Service Flows, Reports 1, 2 e 3. Transport studies Group.

University of Westminster, England.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

O que é logística 10

1 – Transportes 12

1.1 – Processos de Privatização dos Transportes no Brasil 12

CAPÍTULO II

Modais de transporte 14

1. Transportes rodoviários 16

1.1-Vantagens e desvantagens do transporte rodoviário 17

1.2-Principais tipos de equipamentos Rodoviários 17

1.3-Evolução do transporte de cargas nas cidades 19

1.4-Cargas nas áreas urbanas 20

CAPÍTULO III

Medidas Mitigadoras 23

1- Medida Mitigadora a serem Implantadas pelas Transportadoras 23

1.1- Medidas Mitigadoras a serem Implantadas pelos Varejistas 24

1.2. Minimização dos impactos.

24

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CAPÍTULO IV

Restrições de tráfego 25

1- Algumas restrições adotadas pela prefeitura de São Paulo. 25

1.1-Zona Máxima de Restrição de Circulação 27

CAPÍTULO V

Veículos urbanos de cargas 28

1 – Código nacional de trânsito 29

1.1-Algumas propostas da presidente Dilma para os problemas dos

transportes urbanos. 29

CONCLUSÃO 33

REFERÊNCIAS 34

ANEXOS 35

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43

ÍNDICE 44

FOLHA DE AVALIAÇÃO 46

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

Título da Monografia: : A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PROJETOS

NA LOGÍSTICA DOS GRANDES CENTROS

Autor: CLEBER GOMES

Data da entrega: 16/02/2011

Avaliado por: PROF NELSON J. V. DE MAGALHÃES Conceito: