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TÉCNICAS CIRÚRGICAS
Pequenos AnimaisANDRÉ LACERDA DE ABREU OLIVEIRA
EM
AANNDDRRÉÉ LLAACCEERRDDAA DDEE AABBRREEUU OOLLIIVVEEIIRRAA
2a EDIÇÃO
www.studentsconsult.com.br
A maneira inteligente de estudar
TÉCNICAS CIRÚRGICAS EM
Pequenos AnimaisANDRÉ LACERDA DE ABREU OLIVEIRA
Professor Associado da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF)Mestre em Patologia Cirúrgica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Doutor em Cirurgia Geral pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)Pós-doutor em Cirurgia Cardíaca no IC-FUCPOA
Presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária (CBCAV) por duas gestões (2008-2010 e 2010-2012)
Presidente da Associação Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Veterinária (OTV – 2008-2010)Professor Efetivo do Programa de Pós-graduação em Ciência Animal da UENF
Pesquisador de Produtividade da FAPERJ e CNPqEspecialista em Cirurgia Diplomado pelo CBCAV
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© 2018 Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. ISBN: 978-85-352-8949-7 ISBN versão eletrônica: 978-85-352-8950-3
Capa Luciana Mello e Monika Mayer
Editoração Eletrônica Thomson Digital
Elsevier Editora Ltda. Conhecimento sem Fronteiras
Edifício City Tower Rua da Assembleia, n° 100 – 6° andar – Sala 601 20011-904 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Rua Quintana, n° 753 – 8° andar 04569-011 – Brooklin – São Paulo – SP
Serviço de Atendimento ao Cliente 0800 026 53 40 [email protected]
Consulte nosso catálogo completo, os últimos lançamentos e os serviços exclusivos no site www.elsevier.com.br
NOTA O conhecimento em veterinária está em permanente mudança. Os cuidados normais de segu-rança devem ser seguidos, mas, como as novas pesquisas e a experiência clínica ampliam nosso conhecimento, alterações no tratamento e terapia à base de fármacos podem ser necessárias ou apropriadas. Os leitores são aconselhados a checar informações mais atuais dos produtos, fornecidas pelos fabricantes de cada fármaco a ser administrado, para verificar a dose reco-mendada, o método e a duração da administração e as contraindicações. É responsabilidade do veterinário, com base na experiência e contando com o conhecimento do dono do animal, determinar as dosagens e o melhor tratamento para cada um individualmente. Nem o editor nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventual dano ou perda a pessoas, animais ou a propriedade originada por esta publicação.
O Editor
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
O45t
Oliveira, André Lacerda de Abreu Técnicas cirúrgicas em pequenos animais / André Lacerda de Abreu Oliveira . - [2. ed]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2018. : il. ; 27 cm.
Inclui bibliografia e índice ISBN 9788535289497
1. Medicina veterinária de pequenos animais. 2. Animais domésticos. 3. Cirurgiaveterinária. I. Título.
18-47432 CDD: 636.0896075 CDU: 636.09
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Aos meus pais Lêda ( in memorian ) e Paulo ( in memorian ), pelo amor incondicional e legado cultural.
Aos meus irmãos Jaqueline, Claudine, Paulo e Valéria ( in memorian ), pelo amor eterno e momentos inesquecíveis.
Aos meus sobrinhos queridos, Clarissa, Felipe, Juliana e Jorge. À minha segunda família Alexandre, Hernani ( in memorian ),
Elisabeth, Luis Claúdio, Rogério e Susie, pela confi ança e carinho.
Aos meus fi lhos amados, Guilherme e Rodrigo, pois o brilho dos seus olhos é a chama que aquece o meu coração.
À minha amada esposa Alessandra, pois, quando as palavras necessárias para que se possa expressar um sentimento se
fi ndam, restam apenas as ações como forma inequívoca de um sentimento para todo o sempre.
DEDICATÓRIA
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C A P Í T U L O
vii
A todos aqueles que de alguma forma marcaram minha carreira profi ssional, inicialmente os médicos Dr. Paulo Barros e Dr. Rômulo Tassara, pelos grandes exemplos a serem seguidos na minha profi ssão, e os Professores Ney Pippi, Ricardo Junqueira Del Carlo, Alceu Raiser e Felipe Wouk. Aos meus queridos orientadores, amigos e cirurgiões brilhantes, Dr. Nelson Jamel e Dr. Haroldo Almeida. Aos médicos que me serviram de exemplo, por serem brilhantes e diferenciados naquilo que fazem, e que sempre me servirão como meta de excelência, Drs. Ricardo Zorrón, Rogério Abrahão, Alan Tonassi e Renato Kalil.
Aos amigos anestesistas e intensivistas pelos quais te-nho grande admiração: Professores Fernanda Antunes, Juan Duque Moreno, Carlos Valadão e Flávio Massone.
Aos amigos incondicionais de jornada, com os quais muito aprendi e por quem guardo profunda admiração:
Drs. Marcelo Rios, Marcello Roza, Andrigo Barbosa de Nardi, James Andrade, Hélia Zamprogno, Rodrigo Silva, Guilherme Monteiro, Mauricio Brun, Carlos Afonso Beck e Richard Filgueiras.
A todos os meus alunos e ex-alunos, os quais represen-tam um pouco do resultado do meu trabalho.
Aos meus queridos clientes e pacientes que souberam compreender que uma relação médico veterinário-cliente deve ser baseada na confi ança, cooperação e amizade, pois individualizar um tratamento, compreendendo seus aspectos peculiares, é essencial para o êxito.
Aos amigos biólogos Carlos Logullo, Arnoldo Façanha e Carlos Alfredo Franco Cardoso, pesquisadores natos e grandes exemplos, que estimulam o meu gosto pela pes-quisa e investigação científi ca.
HOMENAGENS
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ix
COLABORADORES
Alceu Gaspar Raiser Professor Titular de Cirurgia da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
Mestre e Doutor pela UFSM Diplomado pelo Colégio Brasileiro
de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária (CBCAV)
Bolsista de Produtividade do CNPq
Alessandra Castello da Costa Médica Veterinária formada pelo
Centro Universitário Serra dos Órgãos
Mestre em Ciência Animal pela UENF
Doutora em Ciência Animal pela UENF
Alexandre Mazzanti Médico Veterinário formado
pela Universidade Federal de Uberlândia
Residência Médica em Clínica e Cirurgia Animal pela Universidade Federal de Uberlândia
Mestre em Cirurgia Veterinária pela UFSM
Doutor em Cirurgia Veterinária pela UFSM
Professor Associado na UFSM Pesquisador de Produtividade do
CNPq
Ana Paula Falci Daibert Médica Veterinária formada pela
Universidade Federal de Viçosa (UFV)
Mestre em Medicina Veterinária pela UFV
Doutoranda pelo Departamento de Medicina Veterinária da UFV
Professora da Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC/JF)
Anderson Nunes Teixeira Médico Veterinário Mestre em Ciência Animal pela
UENF
Doutor em Ciência Animal pela UENF
Médico Veterinário Responsável pelo Setor de Anestesiologia do Hospital Veterinário 24 horas no Rio de Janeiro
André Lacerda de Abreu Oliveira Professor Associado da UENF Mestre em Patologia Cirúrgica pela
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Doutor em Cirurgia Geral pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Pós-doutor em Cirurgia Cardíaca no IC-FUCPOA
Presidente do CBCAV (2008-2010 e 2010-2012)
Presidente da Associação Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Veterinária (OTV – 2008-2010)
Professor Efetivo do Programa de Pós-graduação em Ciência Animal da UENF
Pesquisador de produtividade da FAPERJ e CNPq
Especialista em Cirurgia diplomado pelo CBCAV
Andréa Pacheco Batista Borges Médica Veterinária pela UFV Mestre em Medicina Veterinária
pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Doutora em Ciência Animal pela UFMG com programa Sanduíche na Universitat Autonoma de BellaTerra – Barcelona, Espanha
Diplomada em Cirurgia pelo CBCAV
Professora-associada da UFV Pesquisadora de Produtividade do
CNPq Editora-chefe da Revista Ceres
Antônio Filipe Braga da Fonseca Médico Veterinário Professor de Farmacologia da
Universidade Federal Fluminense (UFF)
Antônio Felipe Paulino de Figueiredo Wouk
Especializado em Oftalmologia Veterinária pela Escola de Veterinária de Toulouse – França
Mestre em Cirurgia Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria
Doutor em Biologia e Fisiologia Animal pelo Institut Nationale Polytechnique de Toulouse – França
Pós-doutor em Oftalmologia Veterinária pela Escola de Veterinária de Alfort – França
Professor Titular da Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Secretário Geral do Conselho Federal de Medicina Veterinária
Cássio Ricardo Auada Ferrigno Médico Veterinário formado pela
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)
Mestre em Clínica Cirúrgica Veterinária pela Universidade de São Paulo (USP)
Doutor em Clínica Cirúrgica Veterinária pela Universidade USP
Pós-doutor pela Universidade da Flórida
Professor Livre-docente da USP Membro e Faculty da AO
(Arbeitsgemeinschaft fur Osteosynthesefragen) da Association for the Study of Internal Fixation
Chair Person da AOVET Latin America (06/2012 a 06/2014)
Pesquisador de Produtividade do CNPq
Cristiano Gomes Médico Veterinário Doutor em Cirurgia Experimental
pela UFSM Professor da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (UFRGS)
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COLABORADORESx
Daniela Fantini Vale Médica Veterinária Doutora do Programa de
Pós-graduação em Ciência Animal da UENF
Diego Vilibaldo Beckmann Médico Veterinário Mestre e Doutor pela UFSM
Fabiane Azeredo Atallah Médica Veterinária formada pela
UFRRJ Mestre em Medicina Veterinária
pela UFRRJ Doutora do Programa de
Pós-graduação em Ciência Animal da UENF
Fábio Ferreira de Queiroz Médico Veterinário Doutor do Programa de
Pós-graduação em Ciência Animal da UENF
Fernanda Antunes Professora Associada de
Anestesiologia Veterinária da UENF
Mestre pela UFV Doutora pela UFRJ Pós-doutora pela UFRJ Tesoureira do CBCAV – 2010-2012
Fernando Bilibio Riviera Médico Veterinário pela
Universidade de Passo Fundo Residência Médica pela
Universidade de Passo Fundo Especialização em Anesthesia and
Critical Patient Care Internship pela University of Georgia Athens
Especialização em Veterinary Anaesthesia and Critical Care pelo Royal College of Veterinary Surgeons
Aperfeiçoamento em Curso de Atualização em Medicina Intensiva pela USP
Anestesiologista e Intensivista da Clínica Veterinária Canne & Gatto no Rio de Janeiro
Revisor de Periódico do Jornal Brasileiro de Ciência Animal
Membro de Corpo Editorial do Jornal Brasileiro de Ciência Animal
Giseli dos Santos Ferreira Médica Veterinária Doutora no Programa de
Pós-graduação em Ciência Animal da UENF
Guilherme Alexandre Soares Monteiro
Médico Veterinário Responsável pelo Setor de Cirurgia e Terapia Intensiva da Clínica Veterinária Canne & Gatto no Rio de Janeiro
Mestre em Ciência animal pela UENF
Doutrando em Ciência Animal pela UENF
Haroldo Igreja Médico, Mestrando em Ciência
Animal/Cirurgia Experimental pela UENF
Herbert Lima Corrêa Médico Veterinário Fundador da
Marca Odontovet Mestre em Cirurgia Veterinária
pela USP Conselheiro Consultivo
da Associação Brasileira de Odontologia Veterinária (ABOV)
Hércules Lúcio Gomes Médico Veterinário Mestrando em Ciência Animal pela
UENF
Jorge Luiz Costa Castro Médico Veterinário Mestre em Medicina Veterinária
pela UFRJ Doutor em Cirurgia Experimental
pela UFSM
Julia Maria Matera Médica Veterinária pela Faculdade
de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP
Doutora em Cirurgia para Pequenos Animais – Tierärtzliche Hochschule Hannover – Alemanha
Professora Titular do Departamento de Cirurgia da FMVZ/USP
Presidente da Comissão de Pós-graduação da FMVZ/USP
Membro da Comissão de Câmara e Recursos da Pró-reitoria de Pós-graduação da USP
Pesquisadora de Produtividade do CNPq
Membro da Comissão de Ética e Bem-estar Animal do CRMV-SP
Coordenadora do Programa de Pós-graduação Clínica Cirúrgica Veterinária
Consultora ad hoc do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA) – Ministério da Ciência e Tecnologia
Jussara Peters Scheffer Médica Veterinária Especialização em Clínica Médica
e Cirúrgica pelo Instituto de Pós-graduação Qualittas
Mestre em Ciência Animal pela UENF Doutoranda em Ciência Animal
pela UENF
Lívia Gomes Amaral Médica Veterinária Bióloga Mestre em Biologia
Marcello Rodrigues da Roza Médico Veterinário do Centro
Veterinário do Gama Pós-graduação em Biossegurança
pela Escola Nacional de Saúde Pública (FIOCRUZ)
Mestre em Ciências Médicas pela Universidade de Brasília (UnB)
Doutor em Ciência Animal pela Universidade Federal de Goiás (UFG)
Presidente da ABOV Conselheiro Efetivo do Conselho
Regional de Medicina Veterinária
Marco Antonio Ferreira da Costa Engenheiro Químico Doutor em Ciências Professor Pesquisador da Escola
Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/FIOCRUZ)
Marco Antonio Gioso Médico Veterinário formado pela
USP Cirurgião-dentista pela USP
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xiCOLABORADORES
Mestre em Clínica Cirúrgica Veterinária pela USP
Doutor em Cirurgia pela University of Pennsylvania
Doutor em Medicina Veterinária Cirúrgica pela USP
Livre-docente da FMVZ-USP Conselheiro do World Veterinary
Dental Council e da Sociedade Paulista de Medicina Veterinária
Consultor do Veterinary Oral Health Council e da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais
Maria Claudia Campos Mello Inglez de Souza
Mestranda na FMVZ/USP
Maria de Fátima Barrozo da Costa Engenheira Química Doutora em Saúde Pública Pesquisadora da Escola Nacional
de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/FIOCRUZ)
Marta Fernanda Albuquerque da Silva
Professora Associada de Cirurgia da UFRRJ
Mestre em Medicina Veterinária pela UFF
Doutora em Clínica Cirúrgica Veterinária USP
Maurício Veloso Brun Médico Veterinário pela UFRGS Mestre em Ciências Veterinárias
pela UFRGS Doutor em Medicina Veterinária
pela UFSM Diplomado em Cirurgia pelo
CBCAV Professor Adjunto da UFSM Diretor Científi co do CBCAV
Mônica Jorge Luz Médica Veterinária Doutora do Programa de
Pós-graduação em Ciência Animal da UENF
Ney Luis Pippi Médico Veterinário pela UFSM Mestre em Medicina Veterinária
pela UFMG
Doutor em Cirurgia e Clínica Animal pela Colorado State University
Professor Titular da UFSM Pesquisador de Produtividade
do CNPq Membro Fundador do CBCAV
Olicies Cunha Médico Veterinário pela
UFPR Mestre em Medicina Veterinária
pela UFSM Doutor em Medicina Veterinária
pela USP Professor de Clínica Cirúrgica
Veterinária na UFPR Membro da AO
(Arbeitsgemeinschaft fur Osteosynthesefragent) da Association for the Study of Internal Fixation
Paula Alessandra Di Filippo Doutora em Cirurgia Veterinária
pela UNESP de Jaboticabal Professora Associada de Cirurgia
da UENF
Renato Moran Ramos Médico Veterinário Doutor do Programa de
Pós-graduação em Ciência Animal da UENF
Renato Saliba Médico Veterinário Responsável
pelo Setor de Anestesiologia do Centro Médico Veterinário de Ourinhos
Ricardo Junqueira Del Carlo Médico Veterinário pela UFMG Mestre em Medicina Veterinária
pela UFMG Doutor em Medicina Veterinária
pela UNESP Professor Titular da UFV Diplomado pelo CBCAV Pesquisador de Produtividade
do CNPq
Richard da Rocha Filgueiras Médico Veterinário Doutor em Cirurgia Veterinária
pela UFV
Responsável pelo Setor de Clínica Cirúrgica do Hospital Veterinário Clemenceau
Diplomado pelo CBCAV Secretário do CBCAV
Rodrigo Luis Silva Médico Veterinário Especializado em Cirurgia e
Anestesiologia pelo Centro de Ensino Superior de Valença da Fundação Educacional D. André Arcoverde (FAA/CESVA)
Rogério Magno do Vale Barroso Médico Veterinário formado pela
Universidade de Franca/SP Mestre em Ciências Veterinárias
pela Universidade Federal de Uberlândia/MG
Doutorando em Biomedicina pela Universidde de León – Espanha
Professor da Associação Educacional de Vitória das Faculdades Integradas Espírito Santenses (AEV-FAESA)
Rosmarini Passos dos Santos Médica Veterinária Mestre e Doutoranda pela UFSM
Sebastian Bustamante Bustamante Médico Veterinário Mestrando do Programa de
Pós-graduação em Ciência Animal da UENF
Sérgio Santalucia Ramos da Silva Médico Veterinário Mestrando de Cirurgia
Experimental do Programa de Pós-graduação do Curso de Medicina Veterinária da UFSM
Sheila Nogueira Ribeiro Médica Veterinária formada pela
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Mestre em Ciência Animal (Clínica e Cirurgia) pela UENF
Vilson Leite Batista Médico Mestre em Cirurgia Doutorando em Ciência Animal/
Cirurgia Experimental pela UENF
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xiii
PREFÁCIO
O livro Técnicas Cirúrgicos em Pequenos Animais é o resultado de um trabalho assíduo e ininterrupto do Dr. André Lacerda de Abreu Oliveira e de seus colabora-dores na ciência e na arte da cirurgia veterinária. Os conceitos aqui trazidos, grande parte fruto colhido da experiência de quem é desafi ado rotineiramente pelas diferentes e numerosas situações cirúrgicas, têm como base técnicas operatórias fi rmadas e princípios científi cos estabelecidos.
Iniciando pelas bases da técnica cirúrgica e navegando pela aplicação da cirurgia em diferentes sistemas e órgãos, trazendo ainda inovações adquiridas ao longo dos anos, a obra aqui apresentada é destinada não somente aos que iniciam seu desenvolvimento neste maravilhoso campo da medicina veterinária, mas também aos cirurgiões ex-perientes, os quais podem utilizá-la como valiosa fonte de consulta e ferramenta de refi namento técnico.
A verdade em qualquer campo da ciência pode sofrer modifi cações à medida que evoluímos. Assim, o professor
André Lacerda e sua equipe apresentam este conjunto de informações sem a pretensão de estabelecer conceitos imutáveis, e sim com o intuito de oferecer uma pequena parcela de contribuição nessa importante e envolvente área da Medicina Veterinária brasileira.
Professor Doutor Maurício Veloso Brun Médico Veterinário pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul Mestre em Ciências Veterinárias pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul Doutor em Medicina Veterinária pela Universidade
Federal de Santa Maria Diplomado em Cirurgia pelo Colégio Brasileiro de
Cirurgia e Anestesiologia Veterinária Professor Adjunto da Universidade Federal
de Santa Maria Diretor Científi co do Colégio Brasileiro de Cirurgia e
Anestesiologia Veterinária
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xv
A obra intitulada Técnicas Cirúrgicas em Pequenos Ani-mais aborda de forma prática e de fácil entendimento as principais técnicas cirúrgicas que compõem a rotina do cirurgião veterinário, servindo ainda como objeto de estudo para os estudantes de graduação e pós-graduação em medicina veterinária.
O livro refl ete a experiência adquirida ao longo de 23 anos na prática cirúrgica, contando com observações de alguns aspectos relacionados com a técnica, que serão facilitadores para a execução dos vários procedimentos operatórios.
Aborda ainda temas básicos da técnica operatória, que deverão servir de base à formação do médico veterinário e à aplicação das diversas técnicas abordadas.
Conta com a colaboração de diversos profi ssionais de grande conceito na cirurgia veterinária e áreas correlatas
que ajudaram, com sua experiência pessoal ao longo dos anos, a enriquecer o valor técnico-científi co desta obra.
Com o intuito de oferecer uma obra que seja facilita-dora no processo de entendimento e aprendizagem das técnicas descritas, este livro dá acesso a vídeos de técnicas selecionadas, resultado de uma atividade laboriosa, apre-sentando os aspectos práticos dessas operações e servindo de ponte entre a teoria e a prática.
Que esta obra sirva para auxiliar os colegas que dela necessitem como base para a solução de problemas e facilitadora da aprendizagem, lembrando sempre que um bom profi ssional é sempre formado com dedicação, perseverança, disciplina e trabalho.
André Lacerda
APRESENTAÇÃO
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xvii
O livro Técnicas Cirúrgicas em Pequenos Animais é uma das mais belas obras escritas da Cirurgia Veterinária bra-sileira. Este trabalho foi coordenado pelo Prof. Dr. André Lacerda de Abreu Oliveira, que contou com a participação de grandes mestres da Cirurgia Veterinária.
A preocupação em tornar esta obra um guia para o es-tudo da técnica cirúrgica em cães e gatos exigiu uma abor-dagem didática e de fácil compreensão. Este livro é dedicado a estudantes e profi ssionais de medicina veterinária, sendo uma leitura importante para sua formação e um auxílio constante na realização dos procedimentos cirúrgicos.
O material é composto por 33 capítulos dedicados ao ensino das principais técnicas cirúrgicas veterinárias. Além disso, contempla assuntos como história da cirurgia, profi laxia das infecções, fases fundamentais da técnica cirúrgica, acessos cirúrgicos, cicatrização, métodos de ensino e biossegurança.
Um grande diferencial deste trabalho é a inclusão de inúmeros vídeos on-line das principais técnicas cirúrgicas, facilitando a compreensão de diversos procedimentos cirúrgicos.
Sem dúvida nenhuma, uma obra fantástica!
Prof. Dr. Andrigo Barboza de Nardi Doutor em Cirurgia Veterinária, com ênfase na área de
Oncologia, pela Universidade Estadual Paulista, Campus de Jaboticabal.
Pós-doutorado em Cirurgia Veterinária, com ênfase na área de Oncologia, pela Universidade Estadual Paulista,
Campus de Jaboticabal. Professor de Cirurgia no Departamento de Clínica e
Cirurgia Veterinária da Universidade Estadual Paulista, Campus de Jaboticabal
APRESENTAÇÃO DA 1ª EDIÇÃO
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xix
1 História e conceitos gerais, 1André Lacerda de Abreu Oliveira
2 Ambiente cirúrgico, 4Daniela Fantini Vale, André Lacerda de Abreu Oliveira
3 Equipe cirúrgica, 16Sheila Nogueira Ribeiro, André Lacerda de Abreu Oliveira
4 Material cirúrgico, 20Renato Moran Ramos, André Lacerda de Abreu Oliveira
5 Profi laxia da infecção, 30Lívia Gomes Amaral, Antônio Filipe Braga da Fonseca, André Lacerda de Abreu Oliveira
6 O trauma operatório, 42Antônio Filipe Braga da Fonseca, Sebastian Bustamante Bustamante, Alessandra Castello da Costa
7 Cicatrização, 49Marta Fernanda Albuquerque da Silva
8 Fios e suturas, 59Fabiane Azeredo Atallah, André Lacerda de Abreu Oliveira
9 Fases fundamentais da técnica operatória: diérese, hemostasia e síntese, 74Paula Alessandra Di Filippo, André Lacerda de Abreu Oliveira
10 Fundamentos da instrumentação cirúrgica, 79Giseli dos Santos Ferreira, André Lacerda de Abreu Oliveira
11 Pré, trans e pós-operatório, 89Fernanda Antunes, Anderson Nunes Teixeira, Guilherme Alexandre Soares Monteiro
12 Drenagens, punções e sondagens, 106Alceu Gaspar Raiser, Jorge Luiz Costa Castro
13 Eletrocirurgia, 124Mônica Jorge Luz, Fábio Ferreira de Queiroz, André Lacerda de Abreu Oliveira
14 Acessos, 130Richard da Rocha Filgueiras, Rogério Magno do Vale Barroso
15 Tópicos em cirurgia dos anexos oculares, 146Antônio Felipe Paulino de Figueiredo Wouk
16 Odontologia e cirurgia bucomaxilofacial , 168Marcello Rodrigues da Roza, Herbert Lima Corrêa, Marco Antonio Gioso
17 Pele, 191Marta Fernanda Albuquerque da Silva
18 Plástica reconstrutiva, 209Ney Luis Pippi, Jorge Luiz Costa Castro
19 Técnicas operatórias do sistema reprodutor, 238Ricardo Junqueira Del Carlo, Andréa Pacheco Batista Borges
20 Cirurgia cardiorrespiratória, 255André Lacerda de Abreu Oliveira
21 Hérnias, 269Jussara Peters Scheffers, Fabiane Azeredo Atallah
SUMÁRIO
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SUMÁRIOxx
22 Cirurgia geral I – Esôfago e estômago, 275Jorge Luiz Costa Castro, Alceu Gaspar Raiser
23 Cirurgia intestinal, 301André Lacerda de Abreu Oliveira, Ana Paula Falci Daibert
24 Cirurgias de pâncreas, fígado e baço, 310André Lacerda de Abreu Oliveira, Vilson Leite Batista, Haroldo Igreja
25 Videolaparoscopia do sistema digestório, 321Maurício Veloso Brun
26 Cirurgia oncológica, 344Jorge Luiz Costa Castro, Cristiano Gomes, Sérgio Santalucia Ramos da Silva
27 Fraturas e osteossíntese, 363Cássio Ricardo Auada Ferrigno, Olicies Cunha
28 Doenças Articulares, 387Hércules Lúcio Gomes, Rodrigo Luis Silva
29 Princípios da neurocirurgia, 402Alexandre Mazzanti, Diego Vilibaldo Beckmann, Rosmarini Passos Dos Santos
30 Cirurgia de emergência, 433Guilherme Alexandre Soares Monteiro, Fernando Bilibio Riviera, Renato Saliba
31 Cirurgia urológica, 450Jussara Peters Scheffer , André Lacerda de Abreu Oliveira
32 Métodos substitutivos para o aprendizado e a prática da disciplina de técnica cirúrgica, 459Maria Claudia Campos Mello Inglez de Souza, Julia Maria Matera
33 Biossegurança na cirurgia veterinária, 463Marcello Rodrigues da Roza, Marco Antonio Ferreira da Costa, Maria de Fátima Barrozo da Costa
34 Microcirurgia, 471Jussara Peters Scheffer, André Lacerda de Abreu Oliveira
Índice, 477
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C A P Í T U L O
16
Equipe cirúrgica Sheila Nogueira Ribeiro , André Lacerda de Abreu Oliveira
3
INTRODUÇÃO A atividade da equipe cirúrgica inicia-se no pré- operatório, tendo continuidade no transoperatório, e termina apenas ao fi nal do pós-operatório. Antes mesmo do procedimento operatório, o paciente é avaliado de forma clínica e labo-ratorial pelo cirurgião e/ou anestesista. Entre os exames rotineiramente requisitados estão hemograma, coagulo-grama, bioquímico (alanina aminotransferase [ALT], as-partato aminotransferase [AST], ureia e creatinina), e, em algumas ocasiões, exames mais específi cos de acordo com a detecção de possíveis alterações fi siológicas, como eletrocardiograma, ecocardiograma, ultrassonografia, radiografi a, mielografi a e até mesmo tomografi a compu-tadorizada e videolaparoscopias diagnósticas.
As atividades e responsabilidades de cada membro da equipe cirúrgica devem ser bem defi nidas, a fi m de integrar as ações individuais de forma organizada e esclarecida. Regras de conduta devem ser estabelecidas, seguidas com cuidado e executadas de forma estrita para assegurar um procedimento cirúrgico seguro e efi caz, além de ordem na área cirúrgica. São exigidas dos profi ssionais que atuam no ambiente cirúrgico atenção constante, técnicas es-pecífi cas, agilidade e concentração no procedimento.
Os membros da equipe devem buscar constantes atualizações a fi m de manterem-se aptos na realização de diferentes procedimentos, sempre com bom desempenho. As questões éticas relacionadas com a profi ssão devem ser respeitadas, bem como as normas reguladoras, assis-tenciais e administrativas que promovem diretrizes no ge-renciamento setorial, assegurando as ações desenvolvidas no centro cirúrgico.
Quando as condições de trabalho não forem adequadas e se o profi ssional estiver desmotivado, ou com a saúde comprometida, as possibilidades de erros tornam-se evi-dentes. Não é possível dissociar a condição humana do processo, logo a qualidade da atividade desenvolvida no bloco cirúrgico depende da qualidade de vida das pessoas que estão envolvidas, tornando o seu gerenciamento no trabalho um instrumento importante para alcançar os objetivos estabelecidos no desempenho do trabalhador.
É necessário que os materiais usados no bloco cirúrgico estejam em conformidade com as especifi cações técnicas e que os profi ssionais sejam capacitados físicos e emocional-
mente para o desenvolvimento das tarefas ali realizadas. Além disso, a dinâmica no trabalho de centro cirúrgico deve ser bem esclarecida, pois as atividades são estres-santes, com características que condizem e contribuem para um grau de responsabilidade acentuada por parte dos profi ssionais nela inseridos, predispondo todas as categorias ao estresse.
A equipe cirúrgica pode carrear diferentes tipos de contaminação para o ambiente cirúrgico e ao próprio paciente, caso não seja preparada adequadamente. É im-portante, além de uma preparação cuidadosa, um número reduzido de pessoas, estando apenas aquelas realmente essenciais para a realização do procedimento, uma vez que a contaminação no centro cirúrgico pode ser reduzida, mas não eliminada.
COMPOSIÇÃO A formação da equipe cirúrgica básica constitui-se por: • cirurgião; • anestesista; • auxiliar ou assistente; • instrumentador; • volante.
Quando um paciente é submetido à cirurgia, essa equi-pe de profi ssionais é requisitada ( Figura 3.1 ), porém o número de membros varia, dependendo do tipo de cirurgia realizada, podendo ser incluídos outros membros de acor-do com as necessidades específi cas do procedimento.
Em uma cesariana é preciso de um maior número de volantes, pois os fi lhotes necessitarão de uma atenção es-pecial e individualizada, podendo, inclusive, ser convocada a presença de outra equipe, especializada em neonatologia, principalmente em pacientes prematuros ou que apresen-tem alguma disfunção, má formação ou anomalia.
A cirurgia cardíaca constitui um dos melhores e mais claros exemplos da importância do trabalho de equipe na área cirúrgica. A complexidade dos recursos tecnológicos, a variedade das afecções e, frequentemente, as alterações fi siológicas súbitas e potencialmente letais requerem a to-tal integração dos esforços individuais. Na cirurgia cardía-ca, além da presença de toda a equipe básica, é essencial a presença do perfusionista, em caso de manipulação
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17CAPÍTULO 3 Equipe cirúrgica
intracardíaca com implementação da circulação extracor-pórea (CEC), além de médicos veterinários intensivistas para acompanhamento do paciente no pós-operatório ( Figura 3.2 ).
Em procedimentos videocirúrgicos pode ser requisitado maior número de auxiliares, porém os mesmos devem ser especializados nesta área, pois são necessários co-nhecimentos sobre a manipulação dos instrumentais, que são diferenciados, e da câmera de vídeo, além de monitor, insufl ador e toda aparelhagem envolvida ( Figura 3.3 ).
FUNÇÕES
Cirurgião
São diversas as funções do cirurgião, sendo grande a sua responsabilidade sobre o procedimento. Ele deve manter
o equilíbrio emocional, incentivar e promover o bom am-biente entre a equipe. Entre as diversas funções podemos citar: • liderança da equipe e realização do procedimento ope-
ratório; • a avaliação do paciente, considerando os riscos da inter-
venção, o procedimento mais adequado para cada caso, o FIGURA 3.2 Equipe de cirurgia cardíaca. A: auxiliar; B: anestesista; C: intensivista; D: cirurgião; E: instrumentador.
FIGURA 3.3 Equipe cirúrgica videolaparoscópica.
FIGURA 3.1 Equipe cirúrgica básica. A: volante; B: cirurgião; C: anestesista; D: auxiliar; E: instrumentador.
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CAPÍTULO 3 Equipe cirúrgica18
estado geral do paciente, os tratamentos medicamentosos anteriores, a história clínica e a anamnese;
• possuir conhecimento das disciplinas básicas, como anatomia, fi siologia, farmacologia, semiologia, clínica e radiologia, além de conhecimentos profundos em relação às técnicas cirúrgicas;
• ser hábil, ter bom treinamento na execução dos proce-dimentos operatórios e ter criatividade para adaptação de técnicas, caso necessário, sempre observando os preceitos técnicos necessários;
• é preciso saber conduzir os períodos pré, trans e pós--operatórios, tanto em condições normais como pato-lógicas, e conhecer a espécie e o paciente com todas as suas particularidades e complexidade;
• tomar as decisões necessárias durante o procedimento operatório, bem como assumir as responsabilidades inerentes às atividades de sua equipe a aos resultados obtidos.
Anestesista
O anestesista é envolvido nas três fases da cirurgia: pré, trans e pós-operatório. Tem papel fundamental no re-sultado fi nal da cirurgia. São diversas as suas funções, entre elas: • responsabilidade pela monitoração e pelo ajuste meticu-
loso do estado fi siológico do paciente durante a cirurgia. A abrangência de suas funções o leva não apenas aos co-nhecimentos das técnicas usuais, mas ao domínio da fun-ção respiratória, aos cuidados com o sistema circulatório, prevenção do choque, supressão da dor e prestação de cuidados imediatos para correção de qualquer distúrbio funcional;
• são exigidos o conhecimento e a execução simultânea do acesso vascular superfi cial e profundo e das vias aéreas superiores, manutenção dos sistemas vitais e controle dos equipamentos envolvidos com a monito-ração e anestesia do paciente;
• deve trabalhar em perfeita harmonia com o cirurgião, no sentido de maximizar os bons resultados dos proce-dimentos operatórios, citando como exemplo o traba-lho integrado destes dois profi ssionais nas cirurgias cardiotorácicas;
• um anestesista experiente permite que o cirurgião se concentre no procedimento cirúrgico, sem alterações no estado de consciência de seu paciente, e facilita a manipulação cirúrgica.
Auxiliar ou Assistente
A função de auxiliar cirúrgico deve ser proporcionada por um cirurgião veterinário. Podemos citar como funções: • os assistentes devem empreender ações que colaborem
com o cirurgião na realização de uma operação segura; • saber efetuar o procedimento que está sendo realizado,
quando necessário, estando capacitado para substituir o cirurgião;
• proporcionar o afastamento de órgãos, promover he-mostasia e manipular os instrumentais e tecidos em posição adequada para completar a tarefa cirúrgica.
• auxiliar no pré e pós-operatório, realizar os curativos e o acompanhamento inicial do paciente.
Instrumentador
O instrumentador bem treinado e entrosado com a equipe cirúrgica realiza importantes funções no bom andamento do procedimento operatório. São algumas das funções do instrumentador: • escolher o material específi co para a cirurgia, verifi can-
do sua ordem e separando os fi os que serão utilizados durante cirurgião procedimento;
• dispor na mesa o campo cirúrgico e o material da ci-rurgia;
• auxiliar na colocação dos campos que delimitam a área operatória, entregando-os ao assistente e ao ci-rurgião;
• entregar os instrumentos sempre de maneira que o cirurgião o pegue na posição de uso imediato, para evitar quedas e atraso no tempo operatório;
• conservar o campo operatório sempre limpo e em or-dem;
• antecipar os pedidos do cirurgião, evitando o atraso no tempo operatório, o que se consegue conhecendo o ins-trumental, o tempo cirúrgico e prestando atenção em cada etapa da cirurgia, a fi m de estar sempre um passo à frente do cirurgião;
• no caso de cirurgias em que são retirados materiais para exame, o instrumentador é responsável por estes até que sejam encaminhados ao setor competente;
• ao fi nal da cirurgia deve realizar o curativo na ferida cirúrgica e separar o instrumental dos materiais per-furantes e cortantes, evitando acidentes.
Volante
As funções do volante ou circulante são: • é responsável pelo preparo da sala de operações; • deve auxiliar o instrumentador em caso de necessidade
de algum material não previsto; • organizar uma gama de equipamentos para monitorizar
o paciente, além de diversos materiais para curativos, medicações e soluções, materiais para procedimentos que requerem maior complexidade das ações;
• auxilia também o anestesista na obtenção de algumas medicações, no posicionamento do paciente na mesa cirúrgica e no preparo do campo operatório;
• ajuda a equipe cirúrgica antes e durante a cirurgia nos cuidados com o paciente.
Perfusionista
A profi ssão de perfusionista é relativamente nova em todo o mundo e está intimamente ligada à cirurgia cardíaca,
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19CAPÍTULO 3 Equipe cirúrgica
sendo indispensável em locais que essa especialidade cirúr-gica é praticada. Ele é um membro da equipe de cirurgia cardiovascular com pré-requisitos defi nidos nas áreas das ciências biológicas e da saúde, com conhecimentos bási-cos de fi siologia circulatória, respiratória, neurológica, sanguínea e renal, de centro cirúrgico e esterilização e com treinamento específi co no planejamento e na con-dução dos procedimentos de circulação extracorpórea e correlatos.
Podemos citar as seguintes funções do perfusionista: • é ele quem irá gerir os pulmões e o fl uxo de sangue,
em sintonia com o anestesista e o cirurgião, usando a máquina coração-pulmão;
• é o responsável pela montagem e pelo preparo da má-quina de CEC, certifi cando-se de que todos os materiais que serão utilizados estão separados;
• também verifi ca se a máquina está limpa, o funcio-namento de todos os roletes e se a bateria reserva es-tá cheia. A bomba de água e o permutador de calor também serão testados, porém só após a montagem e o preenchimento do circuito com solução;
• os roletes e as bandejas onde fi carão expostos os tubos deverão ser limpos com benzina (remove resíduos de látex da utilização anterior);
• a bomba deve ser posicionada em local amplo o sufi -ciente para que seja possível circular ao seu redor.
CONCLUSÃO Uma equipe não é apenas um grupo de indivíduos. No seu verdadeiro signifi cado, um trabalho em equipe pressupõe a obtenção dos melhores resultados possíveis, exigindo a participação de cada indivíduo com informação, aptidão e integração no desempenho das etapas necessárias à reali-zação da tarefa. Portanto, somente quando são alcançadas essas características um grupo poderá ser denominado equipe, sendo de extrema importância a presença da mes-ma num centro cirúrgico, e não apenas de um grupo com os melhores profi ssionais.
REFERÊNCIAS Arruda AJCG . Enfermagem cirúrgica: atuação do profi ssional
nos períodos intra e pós-operatório imediato . João Pessoa : Idéia , 2003 .
Miranda EP. Qualidade de vida de profi ssionais de enfermagem que atuam em centro cirúrgico, Monografi a pós-graduação, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2006.
Seifert PC . Cardiac surgery. mosbý s perioperative nursing series . St Louis : Mosby , 1994 .
Seim III HB. Instalações, equipamentos e equipe cirúrgica. In: Fossum CS, Hulse DA, Johnson AL, Seim HB III, Willard MD, Carroll GL. Cirurgia de pequenos animais. São Paulo: Roca Ltda. 2002. 16-7.
Souza MHL , Elias DO . Fundamentos da circulação extracorpórea . Rio de Janeiro : Centro Editorial Alfa Rio , 2006 .
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A primeira edição do livro Técnicas Cirúrgicas em Pequenos Animais preen-cheu uma lacuna existente na literatura Médica Veterinária Brasileira. Sempre
ciente de seu papel como educador em cirurgia, o Prof. André Lacerda trouxe aos ������������� ��� ������������ ���� ����� ��� ������ �������������������consulta para as mais importantes técnicas cirúrgicas realizadas no tratamento dos animais de companhia.
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#�������������� �� ������ ������������� ������������������� �������������� ���� ����� ��� �������������������������� ������������������ ��� �����atuam na rotina.
DR. RICHARD DA ROCHA FILGUEIRASMestre e Doutor em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa. Especialis-ta em Cirurgia Veterinária Diplomado pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária (CBCAV)Membro fundador da Associação Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Veterinária e membro da AOVET e da Associação Brasileira de Neurologia Veterinária (ABNV)
TÉCNICAS CIRÚRGICASPequenos AnimaisANDRÉ LACERDA DE ABREU OLIVEIRAANANDRDRÉÉ LALACECERDRDAA DEDE AABRBREUEU OOLILIVEVEIRIRAA
2a EDIÇÃO
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