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Sou a professora Hilda Andrade, trabalho atualmente na Biblioteca da Escola Municipal Comandante Klautau. A Ideia de produzir este trabalho surgiu a partir do interesse dos alunos pela lenda urbana “A MOÇA DO TÁXI”, contada no Livro do escritor Walcyr Monteiro, Visagens e assombrações da Amazônia. Estávamos trabalhando um projeto em Hagáquê denominado “Quadrinhos amazônicos: Conhecendo os autores paraenses”, cujo objetivo principal era promover o interesse pela leitura e produção de histórias em quadrinhos. Como não tínhamos muito material em Hagáquê, comecei a criar histórias para trabalhar com os alunos, criei histórias da Matinta, do Curupira, do Boitatá e a História da Moça do táxi. As Ilustrações todas foram criadas por mim, no programa Inkscape. O trabalho foi muito significativo com resultados positivos, pois a partir das minhas histórias os alunos se animaram para produzir as suas e quem sabe assim estaremos garantindo novos escritores para o futuro. Quanto a mim, estou apaixo
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Texto e ilustrações: Hilda Andrade
Cerca de 22 horas, João, dirige o seu táxi.
Quase ao chegar à TV. Dr. Moraes, uma jovem fez sinal para ele parar.
POR FAVOR, LEVE-ME
AO BAIRRO DA CIDADE
VELHA, MAS VÁ BEM
DEVAGAR, POIS QUERO
APRECIAR A PAISAGEM!
O motorista percorreu várias ruas e já estava meio desconfiado porque não sabia ao certo aonde a
moça gostaria de ir.
Mas afinal, aonde a
senhorita quer ficar?
Depois eu lhe direi.
Não se aborreça comigo. O senhor
pode cobrar o quanto quiser, eu
não vou a lugar nenhum!
Estou só passeando!
Eu heim!
Que mulher maluca!
Sabe, hoje é meu aniversário, e
todos os anos, meu pai me dá de
presente uma volta de táxi pela
cidade!
Eu adoro andar de táxi!
Depois de muitas e muitas voltas, por quase todas as ruas do centro da cidade de Belém...
... A moça pediu para ficar na Rua José Bonifácio, em frente ao Cemitério de Santa Isabel.
Pode me deixar aqui! Agora vou
andar um pouco a pé. Muito
obrigada por tudo, e
principalmente por sua paciência
comigo.
Muito bem moça. Feliz
Aniversário! Mas... E a corrida?
Ah, me desculpe! Eu ia
esquecendo. Cobre com meu pai
neste endereço, diga-lhe que é
meu presente de aniversário.
Muito obrigada! Té logo!
No dia seguinte pela manhã, João vai ao endereço dado pela moça.
Com o endereço em mãos, foi fácil localizar a residência.
Bom dia senhora, é aqui
que mora o senhor
Juventino?
Sim, é aqui mesmo. O que
o senhor deseja?
Vim cobrar uma corrida de
táxi da filha dele.
Deve haver algum engano
moço, porque eu sou a
esposa dele, e nós não
temos filhos!
O endereço é daqui sim,
mas, não temos filha
nenhuma.
João relembra, todo o percurso que fez em seu táxi com a estranha moça.
Não é possível! Ontem à
noite uma moça correu toda
a cidade em meu táxi...
E ela me disse que o passeio
era o seu presente de
aniversário.
A senhora fica pálida, se emociona e chora.
Olhe, já lhe disse que não
temos filha! Peço que o
senhor se retire, por favor!
Nesse momento, pela porta entreaberta, o motorista nota o retrato de uma moça, e apontando
diz:
A moça é aquela ali!
A Senhora rompe em lágrimas e desesperada diz:
Aquela moça era a nossa filha, mas ela já
morreu há muito tempo, e realmente o pai
dela costumava lhe dar um passeio de
presente...
Uma volta de Táxi pela cidade...
Nossa filha adorava passear de táxi.
O caso é solucionado com a chegada do esposo, o seu Juventino que confirma toda a história, e
convida João, o motorista, para ir ao cemitério visitar o túmulo de sua filha.
Em meio a toda essa confusão, o motorista nervoso, não quer saber do dinheiro da corrida e nem se a moça que
pegou o seu táxi estava viva ou morta. Mas, agora tinha que ver o fim desse mistério.
Chegando ao Cemitério Santa Isabel, o casal indica o caminho onde fica o túmulo de sua amada filha.
...Onde o motorista vê um retrato igual ao que havia na casa...
FIM
Sou a professora Hilda Andrade, trabalho atualmente na Biblioteca da Escola Municipal Comandante Klautau.
A Ideia de produzir este trabalho surgiu a partir do interesse dos alunos pela lenda urbana “A MOÇA DO TÁXI”, contada no Livro do escritor
Walcyr Monteiro, Visagens e assombrações da Amazônia.
Estávamos trabalhando um projeto em Hagáquê denominado “Quadrinhos amazônicos: Conhecendo os autores paraenses”, cujo objetivo
principal era promover o interesse pela leitura e produção de histórias em quadrinhos. Como não tínhamos muito material em Hagáquê,
comecei a criar histórias para trabalhar com os alunos, criei histórias da Matinta, do Curupira, do Boitatá e a História da Moça do táxi.
As Ilustrações todas foram criadas por mim, no programa Inkscape.
O trabalho foi muito significativo com resultados positivos, pois a partir das minhas histórias os alunos se animaram para produzir as suas e
quem sabe assim estaremos garantindo novos escritores para o futuro.
Quanto a mim, estou apaixonada, espero me aperfeiçoar e me envolver cada vez mais neste mundo fascinante da imaginação.
Hilda Andrade