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5/17/2018 A Mortalidade por Causas Externas no Município de Manaus - slidepdf.com
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A MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS
NO MUNICIPIO DE MANAUS
Carlos Augusto dos Santos1
Hélio Augusto de Moura2
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar a mortalidade por causas externas no
município de Manaus no período de 1985 a 1995, enfatizando principalmente as mortes
decorrentes de homicídios e acidentes de transito. Os dados utilizados foram extraídos dasEstatísticas de Mortalidade e do Sistema Único de Saúde - SUS do Ministério da Saúde.
Utiliza-se, a 9° Classificações Internacionais de Doenças – CID.
1 Demografo do Instituto de Estudos Sobre a Amazônia (IESAM) da Fundação Joaquim Nabuco (FJN)2
Superintendente do Instituto de Estudos Sobre a Amazônia - IESAM
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1. INTRODUÇAO
Antes de estudar a mortalidade no município de Manaus, far-se-á uma breve
apresentação deste no que concerne a alguns aspectos de sua dinâmica populacional. Esta
opção fundamenta-se na certeza de que este tipo de conhecimento é ainda muito restrito,
em nível de Região Norte.
Estima-se que o Município de Manaus esteja contando, neste final de século, com
uma população da ordem de 1.300 mil habitantes. Sua importância em relação ao estado do
Amazonas e a Região Norte é inquestionável, embora suas taxas médias de crescimentoanual venham se mostrando cadentes: 4,3%, nos anos 80, contra 2,2% nos anos 90. Mesmo
assim, no ano 2.000, nada menos do que 10% de toda a população da região e 50% da de
todo o estado do Amazonas, correspondem ao contingente populacional localizado no
município de Manaus (SANTOS, 2000).
No que diz respeito as características dessa população por sexo e idade, vale notar
que apesar de a mesma estar sendo submetida a um certo processo de envelhecimento, não
deixa ela de ser ainda bastante jovem, visto que, em 1996, nada menos do que 62,6% damesma era constituída de pessoas na faixa de 15-64 anos. Por outro lado, havia uma
predominância da população feminina, com aproximadamente 40.000 mulheres a mais no
conjunto da população. A razão de dependência era, em 1996, de 59,7%, tendo o índice de
envelhecimento crescido de 5,8% para 8,2%, entre os anos de 80 e 96.
Manaus constitui-se num município em que o grau de urbanização é elevado desde a
década de 70, atingindo quase a totalidade de sua população residindo nas áreas urbanas,
em 1996 (99,4%). Todavia, grande parcela dessa população urbana reside em precárias
condições, sendo que parte dos segmentos populacionais de baixa renda mora em
“palafitas” ou em “flutuantes” situados às margens dos igarapés. De fato, os indicadores
disponíveis revelam uma triste realidade social com relação á população Manauara. A rede
de saneamento básico, por exemplo, só beneficiava, em 1996, cerca de 2,5% dos domicílios
existentes, sendo todo o restante atendido por fossas sépticas (53%) ou tinham seus dejetos
lançados nos igarapés.
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Os dados também não se mostram muito favoráveis no que diz respeito à rede de
abastecimento de água e respectivo tratamento. Mais uma vez apenas 2,3% da população
do município era atendida, em 1996, pela rede geral de água. Os demais domicílios eram,
em sua maioria atendidos por poços. Mesmo em relação àquela população que dispunha de
água encanada, havia forte sentimento de descontentamento em face da falta de um
tratamento adequado à sua potabilidade.
Por sua vez, a rede elétrica atende muito mal os domicílios da cidade. Até
recentemente houve racionamentos de energias, as quais foram provisoriamente eliminadas
a partir da incorporação de uma subestação térmica móvel arrendada de uma empresa
estrangeira.Os indicadores educacionais levam a preocupações; em 1996, a maioria das pessoas
residentes no município apenas possuía ou freqüentava o curso primário, sendo tão somente
de 2,3% a parcela da população com nível de escolaridade superior (completa ou
incompleta). Concomitantemente a todas essas precariedades, o município de Manaus conta
com um Distrito Industrial desenvolvido que sedia unidade de ponta e de alta tecnologia em
alguns ramos da indústria, principalmente no setor eletro-eletrônico. Contudo, sua
agricultura é muito incipiente e seu comércio, outrora bastante movimentado ediversificado, está a sofrer uma forte recessão provocada pela abertura do país às
importações estrangeiras e pelo próprio processo recessivo de natureza mais geral que o
Brasil atravessa.
Atualmente, debatem-se, no município, formas outras de atração voltadas para a
geração de renda e emprego no Estado e no município, seja através de novas formas de
atuação via Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), seja através de maiores incentivos e
fomento das atividades turísticas e ainda através de novos pólos de desenvolvimento
agropecuário (cultivo e exportação de soja) e industrial no interior do Estado.
Descendo ao exame dos principais indicadores demográficos, nomeadamente
aqueles que determinaram o crescimento da população, destaca-se, de início, a grande e
rápida queda do índice de fecundidade total da população municipal que, em apenas 35
anos (1960 a 1996) despencou de 7,2 para apenas 2,2 filhos por mulher. Foi um declínio
médio bem mais rápido do que aqueles já verificados entre os decréscimos verificados entre
1975-80 e 1986-1991. Neste mesmo índice, em nível da Região Norte também observou-se
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um forte declínio da fecundidade (6,4 para 4,1 por mulher) e do estado do Amazonas (8,4
para 4,2 filhos) (MOREIRA, 1999; BRASIL, 2000).
Como ocorreu em outras importantes cidades brasileiras, a queda da fecundidade
em Manaus3 disse respeito a quase todos os grupos etários e todas as camadas sociais. A
exceção ocorre por conta do grupo etário de 10-19 anos, em relação ao qual o respectivo
número médio de filhos teria representado, em 1997, quase 30% do total. Evidencia-se,
assim, uma preocupação específica com relação ao bem estar de um segmento etário que,
em matéria de políticas públicas, ainda se acha, no caso da capital amazonense, quase que
totalmente desassistido (BRASIL, SANTOS, 2000).
De qualquer modo, admite-se que a queda quase generalizada da fecundidade, aexemplo do que vem se verificando no país, seja fruto de um complexo de fatores (maior
participação feminina no mercado de trabalho, na maior incidência quanto ao exercício de
chefia de domicílios, mudanças de comportamentos, etc.) que se refletem na redução do
número de filhos através de intensa utilização de métodos contraceptivos (inclusive da
esterilização feminina). É uma queda que se assemelha bastante daquela esboçada por
Goldani ao analisar o regime demográfico brasileiro na década de 90 (GOLDANI, 1998).
Em relação ao seu componente migratório, pesquisa de campo realizada na cidade,em 1986, indicou que metade dos não-naturais residentes em Manaus era oriundo do
próprio Estado. Careiro, Parintins, Itacoatiara e Manacapuru constituíam os principais
municípios de origem desses migrantes intra-estaduais.
Entre os não-naturais do Amazonas destacam-se os paraenses (13%), os naturais de
outras unidades da Federação localizados na própria Região Norte (9%), os cearenses (9%),
os demais nordestinos (7%). Os principais motivos alegados pelos migrantes para justificar
o seu deslocamento eram a busca de emprego e de melhoria de vida, inclusive para estudar.
Os dados sobre migração constante da Contagem de População realizada pelo IBGE em
1996 não divergem muito, em termos quantitativos (notadamente em termos relativos),
daqueles explicitados acima a partir da pesquisa de campo realizada dez anos antes na
cidade (MOURA, MELO,1990).
3 Poucos são os estudos sobre a fecundidade voltada especificamente para a Cidade de Manaus. A
preocupação dos estudos normalmente recai sobre a Região Norte (WONG, 1996).
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A persistência desse fluxo migratório, sobretudo a de natureza intra-estadual, tem
evidenciado que, por força do declínio da fecundidade, a população da cidade cresça a
ritmos ainda mais lento do se registra atualmente.
Quanto à variável mortalidade, cuja evolução e características consistem o próprio
cerne de análise considerada neste estudo, vale dizer preliminarmente em caráter geral, que
os dados disponíveis indicam oscilações de declínio e de crescimentos com relação a
determinadas causas de morte e quedas significativas em relação a outras. Supõe-se que isto
estaria refletindo um processo de transição epidemiológica associado ao próprio processo
de urbanização por que passa o município, com queda da mortalidade por doenças
infecciosas e parasitárias, algum aumento dos óbitos ocasionados por neoplasias e doençasdos aparelhos respiratório e circulatório e, principalmente, por um significativo crescimento
dos óbitos causados por acidentes de transito e por homicídios. A criminalidade
“suburbana”, o desrespeito ao Código Nacional do Transito por motoristas particulares e
profissionais e a falta ou ineficiência da sua fiscalização, o aumento da violência doméstica,
etc., acabam por determinar um novo quadro na mortalidade urbana por excelência.
O trabalho que se segue tem por objetivo mostra e analisar esse novo quadro no que
diz respeito ao município de Manaus. Espera-se que o estudo venha a contribuir paraatualizar e ampliar o pouco conhecimento de que se dispõe a respeito com relação a uma
área complexa localizada na região Norte do país.
2. METODOLOGIA
A metodologia adotada para estudar a mortalidade por causas externas no município
de Manaus consiste, basicamente, na análise das taxas de mortalidade e respectivos
percentuais por sexo e idade, levando–se também em conta as variações observadas entre
os anos de 1985 a 1995.
Tratando-se de um município como Manaus, capital do Estado do Amazonas, onde
se concentram 50% de toda a população do Estado, considerando-se os dados coletados
confiáveis, principalmente, na década de 90, não parecendo necessário fazer nenhuma
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correção. Sabe-se que os dados apresentados já passaram, dentro do próprio Ministério da
Saúde, antes de sua divulgação, por uma avaliação preliminar para corrigir possíveis
distorções. Por sua vez, a Secretária Municipal de Saúde, bem como a Secretária Estadual
de Saúde, por estabelecerem convênios com o Sistema Único de Saúde, dispõe de uma
equipe muito bem treinada para isso.
2.1 Fonte de Dados
Como se mencionou, utilizam-se os dados fornecidos pelo Sistema de Informaçõesde Mortalidade do Ministério da Saúde.
O período de 1985 a 1995 foi escolhido por referir às informações mais atualizadas
disponíveis até o momento da realização deste trabalho. Constavam do site do Sistema
Único de Saúde do Datasus do Ministério da Saúde. A modificação ocorrida na
Classificação Internacional de Doenças também foi motivo determinante para a escolha do
período de observações.
Deste modo, os dados baseiam-se na 9ª Classificação Internacional de Doenças(CID), de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (ONU)
seguidas pelo Governo Brasileiro.
2.2 A Análise da Mortalidade
Optou-se em realizar a análise descritiva da mortalidade no município de Manaus
seguindo três momentos distintos, mas que interagem quando da análise geral.
No primeiro momento, na própria introdução ao texto, optou-se por fazer uma breve
apresentação da cidade de Manaus no que concerne a alguns de seus aspectos que dizem
respeito tanto a sua dinâmica demográfica, como a algumas de suas características sócio-
econômicas.
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Num segundo momento, são abordados os dados referentes às grandes causas de
mortes no município para, posteriormente, fazer uma análise detalhada especificamente das
causas de mortes por acidentes de transito e por homicídios.
A justificativa para a escolha destas duas causas de mortes advém do fato de as
mesmas serem atualmente, aquelas que mais parecem preocupar as autoridades e os
moradores do município de Manaus, a exemplo aliás, do que se verifica em outras grandes
cidades brasileiras.
3. MORTALIDADE SEGUNDO GRANDES CAUSAS DE MORTE
Como foi mencionado, far-se-á preliminarmente uma rápida apresentação sobre a
evolução da mortalidade no município. Para isto, foram consideradas os grupos de causas
de mortes ocorridas no período de 1985 a 1995. Procurar-se-à mostrar um cenário no qual a
evolução da mortalidade esteja mais intensamente ligada a existência , ou não, de ações de
políticas públicas orientando-as para a melhoria das condições e da qualidade de vida da
população Manauara
4
.Como exemplo de tais ações, pode-se mencionar na área da saúde o Programa
Médicos da Família que visa ao atendimento da população mais carente na cidade. Em
relação à demanda por melhoria na qualidade de vida, cita-se a melhoria do trânsito através
de uma maior sinalização das ruas, colocação de redutores de velocidade e outros
programas desenvolvidos pela Prefeitura do Município de Manaus.
A mortalidade vem apresentando uma tendência ascendente quanto ao número
absoluto de os óbitos registrados na cidade de Manaus desde 1985, como pode ser visto
pela Tabela 1. O município de Manaus contou com um aumento de, aproximadamente,
30% do número de mortes registradas no período de 1980 a 1996. Para que a mortalidade
tivesse um efeito significativo no crescimento da população, seu aumento teria que superar
expressivamente o da população total. No entanto, isso não se verifica. Neste município, o
incremento demográfico superou os 80%, indicando que a mortalidade geral teve menor
4 A exemplo dos trabalhos relativos á fecundidade, poucos os trabalhos relativos a mortalidade específicapara a Cidade de Manaus. Normalmente os trabalhos são direcionados para a Região Norte, a exemplo do
estudo sobre mortalidade infantil realizado por TEIXEIRA, 1996.
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peso no período considerado. É o que mostra, por exemplo, a queda observada da taxa bruta
de mortalidade.
Tabela 1. Município de Manaus – População residente,
óbitos registrados e Taxa Bruta de Mortalidade –1980/1996
Período População Óbitos TBM
1980 309.210 4.902 15.85
1991 493.891 5.665 11.47
1996 561.926 6.315 11.24
Fonte: Censos demográficos, 1980/1991; Contagem da População,1996; Sistema de Informação de Mortalidade. Ministério da Saúde,
1996.
Com relação à mortalidade por causas verifica-se que há um elevado número de
óbitos decorrentes de causas que foram mal definidas. Teixeira (1996) já havia observado
esta tendência no município de Manaus, durante a década de 80, ao estudar a mortalidade
na Região Norte, afirmando que havia ausência de qualquer padrão de evolução dessas
causas por sexo e idade. No entanto, desde o início da década de 90 estas causas de mortes
vem apresentando uma tendência declinante, atingindo, em 1995, 21,3%, ainda se
constituindo na principal causa de morte de Manaus. Conversando com especialistas da
Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, responsáveis pela computação desses dados,
constatou-se que houve um aumento do número de Declarações de Óbitos (D.O.) que
apresentaram má declaração da causa básica de morte ou falta de preenchimento da causa-
morte, o que contribui para aumentar o número de óbitos cuja causa é desconhecida ou maldefinida. Estes técnicos estão tentando implementar um programa para a conscientização
dos médicos, enfermeiros e agentes de saúde em geral, responsáveis pelo preenchimento
das D.O., da necessidade do seu correto preenchimento para que se tenha informações
confiáveis e fidedignas que ajudem, inclusive, na implantação de políticas públicas de
saúde no município. Este trabalho já vem apresentando alguns resultados positivos com
relação a melhoria da qualidade do preenchimento da Declaração de Óbito, haja visto que
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na década de 90, já se vislumbrou uma redução das causas mal definidas, como
mencionado.
Os dados disponíveis mostram que as sete principais causas de morte ocorridas no
município de Manaus foram responsáveis, em 1995, por 82,5% de todos os óbitos
registrados, segundo os seguintes grupos de causas listadas a seguir em ordem decrescente
de importância: sintomas, sinais e afecções mal definidas (21,3%), causas externas (16,2%),
doenças do aparelho circulatório (15,6%), algumas afecções originadas no período perinatal
(11,8%), neoplasias (10,4%), doenças do aparelho respiratório (7,2%) e doenças infecciosas
e parasitárias (5,5%).
Ao analisar as variações ocorridas nesses grupos de causas de óbitos ao longo doperíodo selecionado, os dados revelam (ver Tabela 2 e 2A, em anexo) que, entre 1990 e
1995, houve uma oscilação, com aumentos e declínios substanciais a respeito de
determinadas causas. Foi o caso, por exemplo, das doenças de pele e do tecido celular
subcutâneo cuja variação positiva atingiu 38% entre o início e o fim do segundo
qüinqüênio5.
O Gráfico 1 mostra a distribuição relativa da mortalidade segundo os principais
grupos de causas ao longo do período 1985 a 1995. O que chama a atenção inicialmente é aacentuada redução das doenças infecciosas e parasitárias, que podem ser evitáveis por
saneamento básico e melhoria nas condições de atendimento médico. A urbanização
ocorrida no Município de Manaus, intensificada nas últimas décadas, teve um importante
papel no declínio deste grupo de causas, da mesma forma que o aumento da cobertura
assistencial de saúde ocorrida após a implantação da Zona Franca. Apesar do crescimento
da cobertura de assistência médica, ainda assim os percentuais dessas causas são
consideradas importantes, necessitando de uma maior infra-estrutura social e médico-
hospitalar para levá-las a níveis mais aceitáveis. No início do período analisado, este tipo de
causa de óbito apresentava-se como a mais importante no conjunto de causas (18,5%), em
1991, já havia contado com uma forte redução, alcançando 7,3% do total. Em 1995, entre
as causas de mortes mais significativas já havia sido superada por outras cinco.
As doenças circulatórias passaram a se constituir na mais significativa causa de
morte do Município de Manaus na primeira metade da década de 90, isto ocorreu a partir
5
Por se tratar de números pequenos, esta variação não pode ser considerada para efeito de análise.
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do momento em que as infecciosas e parasitárias apresentaram queda tão expressiva. No
entanto, não é que aquelas doenças tenham aumentado sua participação nos últimos anos do
período analisado, o que ocorreu é que manteve, praticamente, constante suas taxas de
participação no cômputo geral das causas de mortes, em torno de 15,5%.
No tocante as neoplasias e as causas externas, os dados também revelam variações
bastante expressivas.
Quanto as mortes por doenças infecciosas e parasitárias, verificou-se uma tendência
de declínio bastante significativa. Desde 1980/85 que já se esboçava uma tendência cadente
(decréscimo de 6,0%) e a qual se acentuou entre os anos de 1990/95 (queda de 14,25%).
Gráfico 1: Município de Manaus -
Mortalidade por principais causas de mortes - 1985/1995
0
5
10
15
20
25
1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
Percentual
Infec/parasit.
Neoplasmas
Ap.circulatório
Ap.respiratório
Af.per.perinatal
Caus.externas
Fonte: SIM.Ministério da Saúde. 1985/1995.
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A mortalidade por algumas afecções originadas no período perinatal apresentaram
uma variação que oscilou entre quedas e aumentos consideráveis no período de 1980/85, a
queda foi de 2,9% e um declínio da ordem de 10,1% em 1985/90, para apresentar um
aumento significativo de 14,4%, no período de 1990/95.
No que diz respeito às causas externas, houve um aumento de 4,3% entre 1990/95,
enquanto que para o período de 1985/95, o aumento registrado foi de 10,6%.
As doenças infecciosas e parasitárias, foram aquelas que apresentaram maior queda
nos respectivos percentuais, principalmente com respeito á população com menos de 1 ano
de idade. Esta queda pode estar justificada pelos investimentos realizados pelos governos
estadual e municipal ao longo dos últimos cinco anos no sentido de sanear e ampliar a redede esgoto e de água no município, além da implantação de programas voltados para o
atendimento à família, como já foi mencionado. Em 1985, a mortalidade por este grupo de
causas era responsável por 18,5% da mortalidade total do município. Em 1991, o percentual
encontrado já foi de 7,3% tendo decrescido para 5,5%, em 1995, com tendência de queda
ainda maior.
As mortes decorrentes de neoplasias, cresceram em ritmo lento porém constante
entre o período analisado. Houve um pequeno salto durante o ano de 1992 quando este tipode doença foi responsável por 12,0% de toda a mortalidade ocorrida no município. Em
nível de grupos etários, (dados não mostrados) esta causa de morte ocorridas por 7,1% dos
óbitos ocorridos nos grupos etários de 30-39 anos, por 15,0% no grupo de 40-49 anos, por
19,9% no grupo de 50-59 anos, por 24,7% no de 60-69 anos e por 18,6% de 70-79 anos. A
população masculina aé mais afetada do que a feminina sobretudo no que tange aos grupos
etários de 50-59 anos (21,7%) e de 60-69 anos (27,9%). Já que as mulheres, as mais
atingidas pertenciam aos grupos etários de 40-49 anos(21,69%) e 50-59 anos (18,7%).
A mortalidade por doenças do aparelho circulatório, apresentou uma trajetória de
declínio bastante interessante, entre 1985 e 1995, tendo aumentado significativamente. Este
tipo de doença era responsável por 14,9% de toda a mortalidade no município. A diferença
por sexo era pequena, embora atingisse mais os homens (51,5%) do que as mulheres
(48,5%) e praticamente se mantém constante até 1995.
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As doenças do aparelho respiratório foram responsáveis, em 1990, por 6,83% da
mortalidade no município atingindo a ambos os sexo de modo semelhante, uma vez que
atinge aos homens em 49,65% e as mulheres 50,35%.
As Doenças por afecções originarias no período perinatal, apresentava-se em
declínio entre os anos de 1985 a 1990. A partir de 1991 observa-se um aumento bastante
significativo no número de casos de mortes por esta causa. A mortalidade por afecções
foram responsáveis por 8,03% do total da mortalidade no município em 1991, 9,59% em
1992, 10,73% em 1993 e 11,79% em 1995.
Sumariamente, podemos afirmar que a mortalidade por grandes grupos de causas no
município de Manaus, apresenta-se de forma oscilante na medida em que decresce namortalidade por doenças infecciosas e parasitárias e aumenta nas causas externas. Este
último dado aponta na direção de uma cidade que colhe os frutos de uma sociedade que
caminha em direção a uma modernidade, expressa significativamente na mortalidade por
acidentes de veículos a motor e homicídios que são, reflexos em grande parte dos casos da
ausência de um conjunto de políticas públicas.
4. A EVOLUÇÃO DA MORTALIDADE SEGUNDO CAUSAS EXTERNAS
A evolução da mortalidade para as causas externas no município aponta para um
rápido crescimento, seja nas mortes decorrentes por acidentes com veículos a motor, seja
por homicídios. Estas duas causas, em conjunto, representara, em 1985, 9,8% passando,
em 1995, para 16,2% do total dos óbitos da cidade. Perfizeram uma variação de –0,4% no
período de 1980/85, um aumento expressivo de 10,6%, no período de 1985/90 e a
persistência de crescimento, com uma variação percentual de 4,3%.
A fim de contextualizar a evolução da mortalidade por causas externas no município
de Manaus, torna-se necessária a apresentação de alguns elementos explicativos daqueles
determinantes que podem estar interferindo na evolução desta causa especifica de
mortalidade.
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No município de Manaus, as informações disponíveis através dos dados oficiais e
também pela imprensa local registram, para o ano de 2000, uma frota de veículos a motor
na cidade de aproximadamente 250.000 unidades, circulando por ruas com sinalização
deficitária e, sobretudo, em manifesto desrespeito ao Código Nacional de Transito.
Manaus, como a maioria das grandes cidades brasileiras, caracteriza-se pela falta de
planejamento diretor e urbano. Suas ruas ainda são estreitas permanecendo, sua malha
viária com o mesmo padrão prevalecente no início da formação da cidade. De fato, não
comporta mais o intenso fluxo de veículo, do que resulta o transito caótico e que há muito
vem mostrando sinais de esgotamento. Só recentemente foram as ruas sinalizadas, através
de faixas no chão e empregados modernos recursos como, por exemplo, a implantação deredutores eletrônicos de velocidade.
Quando se trata das mortes por homicídios, nunca é demais lembrar que isto faz
parte do contexto de uma violência mais ampla. No caso específico do município de
Manaus, chamava a atenção alguns tipos mais comuns dessa causa de morte, como são os
casos daqueles óbitos causados pelo amplo e freqüente uso de armas brancas como facas,
terçados (facão) e outros objetos cortantes. São tipos de armas muito utilizadas nas áreas
periféricas da cidade.Atualmente, preocupa as autoridades o fenômeno da formação das chamadas
“galeras”6 que levam medo, pânico e pavor principalmente à população mais pobre
residentes nos bairros pobres da cidade, o que tem em muito contribuído para aumentar as
estatísticas da violência. No contexto deste tipo de violência, também se tem verificado um
aumento significativo dos casos de estupros cometidos contra menores e adolescentes.
Outro dado significativo é a escalada da violência doméstica que atinge mulheres e
crianças, com expressivos números de casos que culminam em mortes.
6 As galeras consistem em um agrupamento de jovens cujo objetivo não é o roubo ou o assalto masprincipalmente o “ato lúdico” de espancamento, com ou sem motivo aparente, levando em alguns casos a
morte.
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4. 1 A Mortalidade por Acidentes de Transito
Em que pesem todas as constantes campanhas publicitarias que procuram diminuir
as mortes por acidentes de transito, trata-se de um obituário que em Manaus tem
apresentado tendência de crescimento (ver tabelas 3, 3A e 3B e gráfico 2).
No total dos acidentes de transito, observa-se o crescimento significativo e
concentrado em alguns grupos etários. Em 1985, os grupos etários mais atingidos
correspondiam às faixas de 15-19 anos, 20-29 e 30-39 anos de idade que foram
responsáveis por 44,5% de toda mortalidade por este tipo de causa. Em 1995, estes mesmosgrupos etários foram responsáveis por 55,0% no total desta causa de morte. É interessante
notar que também existe um número significativo de mortes em nível do grupo etário de
10-14 anos, mostrando, desta forma, que se trata de uma população muito vulnerável a esta
causa de morte.
No município de Manaus, os dados revelam que os acidentes de transito matam de
forma mais intensa a população do sexo masculino. Em 1990, de um total de 253 casos de
mortes, 75,5% das vitimas eram do sexo masculino; em 1995, este percentual aumentou umpouco para 78,3%.
Como já era de esperar, este tipo de mortalidade atinge principalmente á população
masculina dos grupos de 20-29 anos e de 30-39 anos. Em 1985, as mortes por acidentes de
transito atingiram a população masculina com 20,7% e 13,5% e, em 1995, com 27,7% e
22,3%, para os grupos etários de 20-29 e 30-39 anos de idade, respectivamente.
Apesar das oscilações, é interessante observar o significativo percentual que diz
respeito ao grupo etário de 15-19 anos. Esta mortalidade era responsável, em 1985, por um
percentual de 9,4% e, em 1995, decresceu um pouco, mais assim mesmo atingiu 7,7%.
Em relação á população feminina, os dados registram uma certa estabilidade nos
respectivos percentuais, que se situaram em 23,2%, em 1985, e em 21,7%, em 1995.
De modo um tanto quanto diferenciado da população masculina, as mulheres mais
atingidas por esta causa de morte encontram-se nos grupos etários de 20-29, 30-39 e 40-49
anos. Sendo que, em 1985, os percentuais eram de 27,1%, 18,8% e 12,5%, respectivamente.
Em 1995, estes valores eram da ordem de 27,7%, 22,3% e 14,6%.
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No caso da população feminina, chama á atenção os percentuais registrados para
outros grupos etários. Este é o caso, por exemplo, dos grupos de 10-14 e de 15-19 anos
onde os percentuais, em 1986 eram de 17,1% e 11,8%.
Através destas informações é possível avaliar uma tentativa de explicação, com
relação a mortalidade diferenciada prevalecendo com relação aos 5-9 anos e 10-14 anos de
idade as quais seriam em parte vitimas de pessoas próximas como pais, mães, parentes ou
amigos que se encontravam ao volante. Por outro lado, sem se ter acesso a outras pesquisas
do tipo, pode-se inferir que, com relação ao grupo de 15-19 anos, que em muitos casos,
estas mulheres teriam sido vitimas de sua pouca experiência ao volante ou então de
descuidos ao atravessarem ruas, ou coisa do tipo. De qualquer modo é importante ressaltarque, na Cidade de Manaus, é muito freqüente a ocorrência de adolescentes, de ambos os
sexos, ao volante.
4. 2 A Mortalidade por Homicídios
A Cidade de Manaus era, até recentemente, considerada uma cidade tranqüila, elacontudo, em que pesem todas as campanhas publicitárias de combate á violência, tem
apresentado, conforme se pode observar nas Tabelas 4, 4A e 4B e no gráfico 3, uma
tendência de elevado crescimento entre o período de 1985 a 1995.
No município de Manaus, os dados revelam que esta mortalidade atinge de forma
mais intensa a população do sexo masculino. Em 1985, de um total de 150 casos, 90,00%
das vitimas eram do sexo masculino e em 1995, este percentual praticamente se mantém
alcançando um percentual de 90,79%.
No total das ocorrências dos homicídios, nota-se um crescimento muito significativo
e concentrado em alguns grupos etários. Em 1985 os grupos etários mais atingidos
correspondiam as faixas de 15-19 anos, 20-29 e 30-39 anos de idade que eram responsáveis
por 76,00% de toda a mortalidade por homicídios. Em 1995, estes mesmos grupos etários
foram responsáveis por fantásticos 81,59%. É interessante notar que também existe um
número significativo de mortes para o grupo etário de 40-49 anos e 50-59 anos de idade
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mostrando, desta forma, que a violência na Cidade de Manaus atinge grupos outros que não
aqueles tradicionalmente considerados.
Como já era de se esperar, esta mortalidade atinge principalmente á população
masculina nos grupos etários de 20-29 anos e de 30-39 anos sendo que, em 1985 as mortes
por homicídios atingia a população masculina com percentuais de 37,33% e 22,67%, em
1995 este percentual era de 34,74% e 19,47%, respectivamente para os grupos etários
mencionados.
Por sua vez, a população adolescente, aqui colocada no grupo etário de 15-19 anos,
foi responsável por um percentual de 8,67% em 1985, passando para 19,69% em 1991
alcançando 20,56% em 1994 e 19,47% no ano de 1996.No que se refere á população feminina, os dados também registram um aumento
significativo nesta causa de morte passando de 10,23% em 1985, 21,33% em 1990 e
alcançando 23,33% em 1995.
Na população feminina, os grupos etários mais atingidos são aqueles
correspondentes as faixas etárias de 15-19 anos , 20-29 anos e 30-34 anos de idade, cujos
percentuais foram da ordem de 2,00%, 4,00% e 1,33% em 1985 passando para 4,67%, 8,67
e 6,67% no ano de 1995.A Mortalidade por homicídio revela o aumento da violência existente não apenas no
município de Manaus mas observada em todo o país. Violência esta que não nos cabe aqui
analisar mas que podemos apontar como sendo conseqüência de vários fatores sociais que
são comumente observados como o aumento do tráfico de drogas, bebidas, etc.
O que mais chama a atenção para esta causa de morte é que a mesma atinge de
forma bastante significativa uma população jovem, em idade economicamente ativa, nos
grupos etários de 15-19, 20-29 e 30-39 anos. Somando todas estas faixas etárias, o
percentual registrado foi superior a 80% ou seja, a imensa maioria das mortes por
homicídios no município ocorrem neste segmento populacional.
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5. Algumas Considerações
Em relação á mortalidade, tanto por acidentes de transito como por homicídios na
cidade de Manaus, torna-se necessário tecer algumas considerações.
A primeira delas corresponde as questões de natureza política, social e econômica.
A Cidade de Manaus, em que pese sua importância, tanto para a Região Norte como para o
próprio Estado do Amazonas, reflete, como em muitas grandes cidades brasileiras, a
ausência de uma política que se expressa no planejamento urbanístico e em um plano
diretor que poderiam dar mais segurança para seus habitantes.
Este é caso da cidade de Manaus cuja última discussão sobre um plano diretor paraa cidade data de 1985 e que até o momento atual não saiu do papel. Deste modo, a
insegurança em se trafegar pelas ruas de Manaus é constante face ao profundo desrespeito
dos condutores de veículos.
Alguns fatos podem ilustrar o desrespeito dos condutores frente ao Código Nacional
de Transito é a utilização de filmes para rebater a luminosidade e que é muito utilizado na
cidade. Enquanto o Código permite a utilização de até 25% é comum observar veículos
trafegando com filmes com mais de 75%. É desnecessário dizer o quanto isto prejudica avisibilidade do motorista no período noturno.
Outro ponto a ser considerado, no caso do desrespeito ao Código Nacional de
Transito, diz respeito ao freqüente consumo de bebidas alcóolicas e a utilização de
aparelhos celulares por motoristas enquanto dirigem. Não é incomum a imprensa local
noticiar casos de acidentes de transito por estes motivos.
Por outro lado, quando se observa a mortalidade por acidentes de transito estas
refletem, também, uma trajetória muito comum encontrada em outras localidades
brasileiras, como é o caso de uma maior incidência na população masculina e nos grupos
etários de 20-24 a 30-34 anos. Também não é recente o aumento verificado no grupos dos
adolescentes. Estes dados mostram que, apesar das inúmeras e agressivas campanhas
realizadas pelos governos, a mortalidade por este tipo de causa de morte carece de maior
atenção por parte das autoridades responsáveis e, também, por uma postura mais energica,
de uma não aceitação radical, por parte da sociedade civil, para o descumprimento das leis
especificas que regem o transito, como para toda a legislação de modo geral.
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No que diz respeito à mortalidade por homicídios, esta está inserida num contexto
ainda mais amplo, uma vez que envolvem vários fatores. A população Manauara não tem
recebido, sobretudo no que se refere a sua população mais jovem, atenção na área de
políticas públicas voltadas para suas necessidades, desde as mais básicas como geração de
emprego, educação, cultura e aquelas que envolvem lazer.
Desde modo, os homicídios acabam sendo apenas uma aspecto quando se trata dos
homicídios ocorridos na cidade. Também está se tornando cada vez mais freqüente os
homicídios praticados por adolescentes. O que mais vem assustando a população manauara
é a intensidade e o grau de crueldade deste tipo de violência. Mata-se por muito pouco ou
por quase nada.O fenômeno das galeras, como já mencionado, expressa uma dura faceta desta
sociedade. Adolescentes que se unem com o intuito único de agredir, estuprar ou seja: a
violência como forma de prazer e lazer para aqueles que são excluídos de um sistema que
permanece e insiste em voltar as costas para esta população e suas necessidades.
Outro dado importante de ser mencionado é quando se percebe que esta violência
acaba atingindo de forma indiscriminada pessoas de todos os grupos etários, embora com
maior freqüência para os grupos etários da população economicamente ativa.Apenas culturalmente se pode explicar o fato de tantos homicídios serem cometido
com a utilização de armas brancas. Por tratar-se de uma população acostumada com a
utilização de facas, terçados e outros instrumentos cortantes, ainda assim espanta o número
por esta forma de homicídios.
Assim, quando se analisa a mortalidade por acidente de transito e por homicídios na
cidade de Manaus não se pode deixar de levar em consideração que a ausência de políticas
públicas para o setor deixa um enorme espaço para o aumento neste tipo de ocorrência.
Quando existe por parte das autoridades governamentais uma política setorial
percebe-se uma diminuição de determinadas causas de mortes. Este é o exemplo das
doenças infeciosas e parasitárias, no grupo das grandes causas de morte que, como visto, ao
se adotar programas específicos verifica-se uma queda na mortalidade.
Finalmente, é necessário dizer que os trabalhos sobre mortalidade na cidade de
Manaus ainda carece de maiores estudos que possibilitem uma maior abrangência, não
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apenas na análise da mortalidade mas, sobretudo, no caminhar ao encontro de soluções que
possam diminuir estas causas de mortes.
Como exemplo, de combate a estes dois tipos de mortalidade aqui expostos,
podemos citar alguns pontos que acreditamos serem essenciais para contribuir para a
diminuição nos números de casos observados.
Em relação á mortalidade por acidentes de trânsito algumas soluções poderiam advir de:
1) Resgatar o debate público sobre a elaboração de um plano diretor para a cidade visando
melhorar suas ruas, avenidas, etc.;
2) Controle rigoroso da aplicação do Código Nacional de Transito na cidade de Manaus no
sentido de evitar que os abusos que são cometidos por condutores de veículos tornem-seainda mais freqüentes;
3) Maior participação da sociedade civil nas soluções para o transito na cidade de Manaus.
4) Programas de orientação para crianças e adolescentes sobre o Código Nacional de
Transito.
Em relação á mortalidade por homicídios as soluções poderiam advir de:
1) Estabelecimento de ações de políticas públicas voltadas para as questões de âmbito
social como geração de emprego e renda e habitação;
2) Programas específicos voltados para os adolescentes como áreas de lazer, etc;
Implementação de uma política de segurança pública para os bairros mais periféricos da
cidade onde os estes tipos de crimes são mais comuns;
Enfim, estas seriam apenas algumas das sugestões que poderiam ser implementadas
rapidamente procurando conter a mortalidade por acidentes de transito e por homicídios na
cidade de Manaus.
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6. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
GOLDANI. Ana Maria. O Regime demográfico brasileiro nos anos 90: desigualdades,restrições e oportunidades demográficas. In: Saúde Sexual e Reprodutiva no Brasil:Dilemas e Desafios. GALVÃO, L., DIAZ, J. (Orgs.). São Paulo: Hucitec; PopulationCouncil, 1999.
IBGE. Tendências Demográficas - Amazonas. Uma Análise dos Censos Demográficose da Contagem da População 1996. Rio de Janeiro, IBGE, 1999. Vol.4.
MOREIRA, Morvan . Evolução Populacional Recente. In: Crescimento Populacional eUrbanização na Região Norte. Manaus: IESAM/FJN, 1999. (Textos IESAM, nº 8).
MOURA, Hélio A., MELO, Mário Lacerda (Coord.). Migrações para Manaus. Recife:Fundação Joaquim Nabuco. Editora Massangana., 1990.
MOURA, Hélio A. (coord.). Características sócio-demográficas das microregiões doAmazonas. Recife: Fundação Joaquim Nabuco. Editora Massangana., 1993.
BRASIL, Marília Carvalho, SANTOS, Carlos Augusto, MOURA, Hélio Augusto.Retrato Populacional do Estado do Amazonas. Recife: Fundação Joaquim Nabuco.Editora Massangana., 2000.
SANTOS, Carlos Augusto; BRASIL, Marília Carvalho. As Oscilações da demografia deManaus. Jornal do Comercio. Caderno Especial, Manaus, 15/maio/ 2000.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Sistema de Informações de Mortalidade SIM. Brasília, 1985.
TEIXEIRA, Pery. Níveis e Tendências da Mortalidade na Região Norte. Cadernos deEstudos Sociais, Recife, v.12, nº 2, p. 341-356, 1996.
NASCIMENTO, Roberto, WONG, Laura. Evolução da Fecundidade na Região Norte doBrasil. Cadernos de Estudos Sociais, Recife, v.12, nº 2, p. 315-340, 1996.
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Tabela 2
Causas de Mortes
Municipio de Manaus
1985-1995
Causas 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992
I. Doenças infecciosas e parasitárias 969 850 1000 756 643 772 412 342
II. Neoplasmas 468 496 481 501 487 494 524 662
III. Glând endócr, nutriç, metab e transt. imunit. 111 105 125 142 145 139 143 187
IV. Doenças do sangue e dos órgaos hematopoétic. 20 22 19 25 14 20 18 14
V. Transtornos mentais 9 11 13 9 10 6 6 8
VI. Sistema nervoso e órgãos dos sentidos 48 57 48 36 57 53 51 37
VII. Doenças do aparelho circulatório 827 995 987 913 977 932 924 845
VIII.Doenças do aparelho respiratório 377 328 367 356 379 427 317 368
IX. Doenças do aparelho digestivo 184 196 193 219 222 182 200 197
X. Doenças do aparelho geniturinário 54 58 59 71 63 55 63 53XI. Complicações da gravidez, parto e puerpério 27 22 39 19 24 25 14 19
XII. Doenças da pele e tecido celular subcutâneo 5 1 4 4 1 1 2 7
XIII.Doenças sist.osteomuscular e tec.conjuntivo 10 8 9 8 13 15 17 17
XIV. Anomalias congênitas 52 62 74 75 84 59 56 71
XV. Algumas afecções origin.no período perinatal 665 508 609 549 527 390 455 529
XVI. Sintomas, sinais e afecções mal definidas 905 905 997 1303 1484 1831 1557 1306
XVII.Causas externas 514 598 707 751 822 850 906 852
Total 5245 5222 5731 5737 5952 6251 5665 5514
Fonte: Sistema Informações de Mortalidade. Ministerio da Saude. 1985-1995
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Tabela 2A
Distribuicao Percentual por Causas de Mortes
Municipio de Manaus
1985-1995
Causas 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992
I. Doenças infecciosas e parasitárias 18,47 16,28 17,45 13,18 10,80 12,35 7,27 6,20
II. Neoplasmas 8,92 9,50 8,39 8,73 8,18 7,90 9,25 12,01
III. Glând endócr, nutriç, metab e transt. imunit. 2,12 2,01 2,18 2,48 2,44 2,22 2,52 3,39
IV. Doenças do sangue e dos órgaos hematopoétic. 0,38 0,42 0,33 0,44 0,24 0,32 0,32 0,25
V. Transtornos mentais 0,17 0,21 0,23 0,16 0,17 0,10 0,11 0,15
VI. Sistema nervoso e órgãos dos sentidos 0,92 1,09 0,84 0,63 0,96 0,85 0,90 0,67
VII. Doenças do aparelho circulatório 15,77 19,05 17,22 15,91 16,41 14,91 16,31 15,32
VIII.Doenças do aparelho respiratório 7,19 6,28 6,40 6,21 6,37 6,83 5,60 6,67
IX. Doenças do aparelho digestivo 3,51 3,75 3,37 3,82 3,73 2,91 3,53 3,57X. Doenças do aparelho geniturinário 1,03 1,11 1,03 1,24 1,06 0,88 1,11 0,96
XI. Complicações da gravidez, parto e puerpério 0,51 0,42 0,68 0,33 0,40 0,40 0,25 0,34
XII. Doenças da pele e tecido celular subcutâneo 0,10 0,02 0,07 0,07 0,02 0,02 0,04 0,13
XIII.Doenças sist.osteomuscular e tec.conjuntivo 0,19 0,15 0,16 0,14 0,22 0,24 0,30 0,31
XIV. Anomalias congênitas 0,99 1,19 1,29 1,31 1,41 0,94 0,99 1,29
XV. Algumas afecções origin.no período perinatal 12,68 9,73 10,63 9,57 8,85 6,24 8,03 9,59
XVI. Sintomas, sinais e afecções mal definidas 17,25 17,33 17,40 22,71 24,93 29,29 27,48 23,69
XVII.Causas externas 9,80 11,45 12,34 13,09 13,81 13,60 15,99 15,45
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Fonte: Sistema Informações de Mortalidade. Ministerio da Saude. 1985-1995
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Tabela 3
Mortalidade por Acidentes de Transito de Veiculos a Motor segundo Sexo e Idade
Município de Manaus 1985-1995
G.Etário 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
-1 2 1 1 2 0 0 2 1 1 2 0
1-4 14 10 9 20 13 6 7 6 5 10 75-9 23 18 29 23 23 21 20 18 22 15 25
10-14 13 21 18 15 12 15 12 17 16 20 19
15-19 15 26 20 38 23 27 32 26 30 31 31
20-29 46 68 95 61 73 64 60 69 44 85 86
30-39 31 50 40 57 45 44 36 36 42 50 65
40-49 20 33 25 21 21 31 26 29 22 25 47
50-59 21 20 18 27 19 28 17 12 14 26 20
60-69 5 18 24 23 15 5 14 8 15 12 21
70-79 10 9 16 11 7 7 8 15 2 12 7
80+ 6 4 3 3 1 2 3 4 3 3 4
IG. 1 0 1 3 5 3 2 7 8 0 0
Total 207 278 299 304 257 253 239 247 223 289 332
Homens
-1 2 0 0 1 0 1 0 1 1 0
1-4 11 4 4 15 5 4 1 4 2 5 2
5-9 20 13 20 17 18 15 15 13 15 10 16
10-14 9 8 11 11 9 10 10 11 14 12 10
15-19 15 17 15 23 19 17 25 22 22 20 20
20-29 33 51 79 53 63 51 53 57 33 74 72
30-39 22 43 32 43 40 34 29 29 36 44 58
40-49 14 29 19 18 17 26 21 26 18 21 38
50-59 18 16 15 24 16 24 15 11 10 21 19
60-69 4 14 17 19 8 4 13 6 12 10 1770-79 5 6 15 7 3 5 1 10 2 6 4
80+ 5 1 3 1 1 0 1 4 3 2 4
IG. 1 0 0 2 5 1 2 6 7 0 0
Total 159 202 230 234 204 191 187 199 174 225 260
Mulheres
-1 0 1 1 1 0 0 1 1 0 1 0
1-4 3 6 5 5 8 2 6 2 3 5 5
5-9 3 5 9 6 5 6 5 5 7 5 9
10-14 4 13 7 4 3 5 2 6 2 8 9
15-19 0 9 5 15 4 10 7 4 8 11 11
20-29 13 17 16 8 10 13 7 12 11 11 14
30-39 9 7 8 14 5 10 7 7 6 6 7
40-49 6 4 6 3 4 5 5 3 4 4 9
50-59 3 4 3 3 3 4 2 1 4 5 1
60-69 1 4 7 4 7 1 1 2 3 2 4
70-79 5 3 1 4 4 2 7 5 0 6 3
80+ 1 3 0 2 0 2 2 0 0 1 0
IG. 0 0 1 1 0 2 0 1 1 0 0
Total 48 76 69 70 53 62 52 48 49 64 72
Fonte: Sistema de Informações de Mortalidade. 1979-1995
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Tabela 3A
Distribuição Percentual da Mortalidade por Acidentes de Transito Segundo Sexo e Idade
Município de Manaus 1985-1995
Total 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
-1 0,97 0,36 0,33 0,66 0,00 0,00 0,84 0,40 0,45 0,69 0,001-4 6,76 3,60 3,01 6,58 5,06 2,37 2,93 2,43 2,24 3,46 2,11
5-9 11,11 6,47 9,70 7,57 8,95 8,30 8,37 7,29 9,87 5,19 7,53
10-14 6,28 7,55 6,02 4,93 4,67 5,93 5,02 6,88 7,17 6,92 5,72
15-19 7,25 9,35 6,69 12,50 8,95 10,67 13,39 10,53 13,45 10,73 9,34
20-29 22,22 24,46 31,77 20,07 28,40 25,30 25,10 27,94 19,73 29,41 25,90
30-39 14,98 17,99 13,38 18,75 17,51 17,39 15,06 14,57 18,83 17,30 19,58
40-49 9,66 11,87 8,36 6,91 8,17 12,25 10,88 11,74 9,87 8,65 14,16
50-59 10,14 7,19 6,02 8,88 7,39 11,07 7,11 4,86 6,28 9,00 6,02
60-69 2,42 6,47 8,03 7,57 5,84 1,98 5,86 3,24 6,73 4,15 6,33
70-79 4,83 3,24 5,35 3,62 2,72 2,77 3,35 6,07 0,90 4,15 2,11
80+ 2,90 1,44 1,00 0,99 0,39 0,79 1,26 1,62 1,35 1,04 1,20
IG. 0,48 0,00 0,33 0,99 1,95 1,19 0,84 2,83 3,59 0,00 0,00
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Homens
-1 1,26 0,00 0,00 0,43 0,00 0,00 0,53 0,00 0,57 0,44 0,00
1-4 6,92 1,98 1,74 6,41 2,45 2,09 0,53 2,01 1,15 2,22 0,77
5-9 12,58 6,44 8,70 7,26 8,82 7,85 8,02 6,53 8,62 4,44 6,15
10-14 5,66 3,96 4,78 4,70 4,41 5,24 5,35 5,53 8,05 5,33 3,85
15-19 9,43 8,42 6,52 9,83 9,31 8,90 13,37 11,06 12,64 8,89 7,69
20-29 20,75 25,25 34,35 22,65 30,88 26,70 28,34 28,64 18,97 32,89 27,69
30-39 13,84 21,29 13,91 18,38 19,61 17,80 15,51 14,57 20,69 19,56 22,31
40-49 8,81 14,36 8,26 7,69 8,33 13,61 11,23 13,07 10,34 9,33 14,62
50-59 11,32 7,92 6,52 10,26 7,84 12,57 8,02 5,53 5,75 9,33 7,3160-69 2,52 6,93 7,39 8,12 3,92 2,09 6,95 3,02 6,90 4,44 6,54
70-79 3,14 2,97 6,52 2,99 1,47 2,62 0,53 5,03 1,15 2,67 1,54
80+ 3,14 0,50 1,30 0,43 0,49 0,00 0,53 2,01 1,72 0,89 1,54
IG. 0,63 0,00 0,00 0,85 2,45 0,52 1,07 3,02 4,02 0,00 0,00
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Mulheres
-1 0,00 1,32 1,45 1,43 0,00 0,00 1,92 2,08 0,00 1,56 0,00
1-4 6,25 7,89 7,25 7,14 15,09 3,23 11,54 4,17 6,12 7,81 6,94
5-9 6,25 6,58 13,04 8,57 9,43 9,68 9,62 10,42 14,29 7,81 12,50
10-14 8,33 17,11 10,14 5,71 5,66 8,06 3,85 12,50 4,08 12,50 12,50
15-19 0,00 11,84 7,25 21,43 7,55 16,13 13,46 8,33 16,33 17,19 15,28
20-29 27,08 22,37 23,19 11,43 18,87 20,97 13,46 25,00 22,45 17,19 19,44
30-39 18,75 9,21 11,59 20,00 9,43 16,13 13,46 14,58 12,24 9,38 9,72
40-49 12,50 5,26 8,70 4,29 7,55 8,06 9,62 6,25 8,16 6,25 12,50
50-59 6,25 5,26 4,35 4,29 5,66 6,45 3,85 2,08 8,16 7,81 1,39
60-69 2,08 5,26 10,14 5,71 13,21 1,61 1,92 4,17 6,12 3,13 5,56
70-79 10,42 3,95 1,45 5,71 7,55 3,23 13,46 10,42 0,00 9,38 4,17
80+ 2,08 3,95 0,00 2,86 0,00 3,23 3,85 0,00 0,00 1,56 0,00
IG. 0,00 0,00 1,45 1,43 0,00 3,23 0,00 2,08 2,04 0,00 0,00
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Fonte: Sistema de Informações de Mortalidade. 1979-1995
5/17/2018 A Mortalidade por Causas Externas no Município de Manaus - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/a-mortalidade-por-causas-externas-no-municipio-de-manaus 25/30
Tabela 3B
Distribuição Percentual da Mortalidade por Acidentes de Transito Segundo Sexo e Idade
Município de Manaus 1985-1995
Total 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
-1 0,97 0,36 0,33 0,66 0,00 0,00 0,84 0,40 0,45 0,69 0,001-4 6,76 3,60 3,01 6,58 5,06 2,37 2,93 2,43 2,24 3,46 2,11
5-9 11,11 6,47 9,70 7,57 8,95 8,30 8,37 7,29 9,87 5,19 7,53
10-14 6,28 7,55 6,02 4,93 4,67 5,93 5,02 6,88 7,17 6,92 5,72
15-19 7,25 9,35 6,69 12,50 8,95 10,67 13,39 10,53 13,45 10,73 9,34
20-29 22,22 24,46 31,77 20,07 28,40 25,30 25,10 27,94 19,73 29,41 25,90
30-39 14,98 17,99 13,38 18,75 17,51 17,39 15,06 14,57 18,83 17,30 19,58
40-49 9,66 11,87 8,36 6,91 8,17 12,25 10,88 11,74 9,87 8,65 14,16
50-59 10,14 7,19 6,02 8,88 7,39 11,07 7,11 4,86 6,28 9,00 6,02
60-69 2,42 6,47 8,03 7,57 5,84 1,98 5,86 3,24 6,73 4,15 6,33
70-79 4,83 3,24 5,35 3,62 2,72 2,77 3,35 6,07 0,90 4,15 2,11
80+ 2,90 1,44 1,00 0,99 0,39 0,79 1,26 1,62 1,35 1,04 1,20
IG. 0,48 0,00 0,33 0,99 1,95 1,19 0,84 2,83 3,59 0,00 0,00
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Homens
-1 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1-4 0,05 0,01 0,01 0,05 0,02 0,02 0,00 0,02 0,01 0,02 0,01
5-9 0,10 0,05 0,07 0,06 0,07 0,06 0,06 0,05 0,07 0,03 0,05
10-14 0,04 0,03 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,06 0,04 0,03
15-19 0,07 0,06 0,05 0,08 0,07 0,07 0,10 0,09 0,10 0,07 0,06
20-29 0,16 0,18 0,26 0,17 0,25 0,20 0,22 0,23 0,15 0,26 0,22
30-39 0,11 0,15 0,11 0,14 0,16 0,13 0,12 0,12 0,16 0,15 0,17
40-49 0,07 0,10 0,06 0,06 0,07 0,10 0,09 0,11 0,08 0,07 0,11
50-59 0,09 0,06 0,05 0,08 0,06 0,09 0,06 0,04 0,04 0,07 0,0660-69 0,02 0,05 0,06 0,06 0,03 0,02 0,05 0,02 0,05 0,03 0,05
70-79 0,02 0,02 0,05 0,02 0,01 0,02 0,00 0,04 0,01 0,02 0,01
80+ 0,02 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,01 0,01 0,01
IG. 0,00 0,00 0,00 0,01 0,02 0,00 0,01 0,02 0,03 0,00 0,00
Total 76,81 72,66 76,92 76,97 79,38 75,49 78,24 80,57 78,03 77,85 78,31
Mulheres
-1 0,00 0,36 0,33 0,33 0,00 0,00 0,42 0,40 0,00 0,35 0,00
1-4 1,45 2,16 1,67 1,64 3,11 0,79 2,51 0,81 1,35 1,73 1,51
5-9 1,45 1,80 3,01 1,97 1,95 2,37 2,09 2,02 3,14 1,73 2,71
10-14 1,93 4,68 2,34 1,32 1,17 1,98 0,84 2,43 0,90 2,77 2,71
15-19 0,00 3,24 1,67 4,93 1,56 3,95 2,93 1,62 3,59 3,81 3,31
20-29 6,28 6,12 5,35 2,63 3,89 5,14 2,93 4,86 4,93 3,81 4,22
30-39 4,35 2,52 2,68 4,61 1,95 3,95 2,93 2,83 2,69 2,08 2,11
40-49 2,90 1,44 2,01 0,99 1,56 1,98 2,09 1,21 1,79 1,38 2,71
50-59 1,45 1,44 1,00 0,99 1,17 1,58 0,84 0,40 1,79 1,73 0,30
60-69 0,48 1,44 2,34 1,32 2,72 0,40 0,42 0,81 1,35 0,69 1,20
70-79 2,42 1,08 0,33 1,32 1,56 0,79 2,93 2,02 0,00 2,08 0,90
80+ 0,48 1,08 0,00 0,66 0,00 0,79 0,84 0,00 0,00 0,35 0,00
IG. 0,00 0,00 0,33 0,33 0,00 0,79 0,00 0,40 0,45 0,00 0,00
Total 23,19 27,34 23,08 23,03 20,62 24,51 21,76 19,43 21,97 22,15 21,69
Fonte: Sistema de Informações de Mortalidade. 1985-1995
5/17/2018 A Mortalidade por Causas Externas no Município de Manaus - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/a-mortalidade-por-causas-externas-no-municipio-de-manaus 26/30
Gráfico 3 - Município de Manaus
Mortalidade por Acidentes no Transito - 1985-1995
0
50
100
150
200
250
300
350
1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
Anos
Total
Homens
Mulheres
5/17/2018 A Mortalidade por Causas Externas no Município de Manaus - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/a-mortalidade-por-causas-externas-no-municipio-de-manaus 27/30
Tabela 4
Mortalidade por Homicidios Segundo Sexo e Idade
Município de Manaus 1985-1995
G.Etário 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
-1 1 1 0 1 0 0 0 1 3 1 11-4 2 0 1 0 0 0 2 0 0 0 0
5-9 1 0 1 0 0 2 1 3 0 0 0
10-14 4 2 0 0 4 8 2 6 6 11 6
15-19 16 24 24 30 36 56 77 45 61 80 81
20-29 62 52 78 79 107 136 158 123 111 136 145
30-39 36 31 42 46 66 73 83 78 66 80 84
40-49 14 13 8 20 33 33 30 31 26 25 33
50-59 6 5 4 4 13 13 14 12 15 11 17
60-69 7 2 7 4 6 5 5 8 6 5 9
70-79 0 0 0 1 1 0 3 2 4 3 3
80+ 0 0 0 1 1 0 0 0 2 1 2
IG. 1 0 1 2 13 7 6 18 13 2 0
Total 150 130 166 188 280 333 381 327 313 355 380
Homens
-1 1 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0
1-4 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0
5-9 1 0 0 0 0 2 1 2 0 0 0
10-14 3 1 0 0 4 7 1 4 4 8 4
15-19 13 22 21 26 29 54 75 41 55 73 74
20-29 56 49 72 69 96 125 151 120 102 130 132
30-39 34 29 37 44 65 63 81 67 58 74 74
40-49 13 12 8 19 31 31 29 30 25 22 31
50-59 5 5 4 3 10 11 14 11 14 10 1760-69 7 2 6 4 4 5 4 8 6 4 8
70-79 0 0 0 1 1 0 2 2 4 3 3
80+ 0 0 0 1 1 0 0 0 1 1 2
IG. 1 0 1 2 10 3 5 13 13 2 0
Total 135 120 150 169 251 301 364 298 284 327 345
Mulheres
-1 0 1 0 1 0 0 0 1 1 1 1
1-4 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
5-9 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0
10-14 1 1 0 0 0 1 1 2 2 3 2
15-19 3 2 3 4 7 2 2 4 6 7 7
20-29 6 3 6 10 11 11 7 3 9 6 13
30-39 2 2 5 2 1 10 2 11 8 6 10
40-49 1 1 0 1 2 2 1 1 1 3 2
50-59 1 0 0 1 3 2 0 1 1 1 0
60-69 0 0 1 0 2 0 1 0 0 1 1
70-79 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
80+ 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
IG. 0 0 0 0 3 4 1 5 0 0 0
Total 15 10 16 19 29 32 17 29 29 28 35
Fonte: Sistema de Informações de Mortalidade. 1985-1995
5/17/2018 A Mortalidade por Causas Externas no Município de Manaus - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/a-mortalidade-por-causas-externas-no-municipio-de-manaus 28/30
Tabela 4A
Distribuição Percentual da Mortalidade por Homicidios Segundo Sexo e Idade
Município de Manaus 1985-1995
G.Etário 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
-1 0,67 0,77 0,00 0,53 0,00 0,00 0,00 0,31 0,96 0,28 0,261-4 1,33 0,00 0,60 0,00 0,00 0,00 0,52 0,00 0,00 0,00 0,00
5-9 0,67 0,00 0,60 0,00 0,00 0,60 0,26 0,92 0,00 0,00 0,00
10-14 2,67 1,54 0,00 0,00 1,43 2,40 0,52 1,83 1,92 3,10 1,58
15-19 10,67 18,46 14,46 15,96 12,86 16,82 20,21 13,76 19,49 22,54 21,32
20-29 41,33 40,00 46,99 42,02 38,21 40,84 41,47 37,61 35,46 38,31 38,16
30-39 24,00 23,85 25,30 24,47 23,57 21,92 21,78 23,85 21,09 22,54 22,11
40-49 9,33 10,00 4,82 10,64 11,79 9,91 7,87 9,48 8,31 7,04 8,68
50-59 4,00 3,85 2,41 2,13 4,64 3,90 3,67 3,67 4,79 3,10 4,47
60-69 4,67 1,54 4,22 2,13 2,14 1,50 1,31 2,45 1,92 1,41 2,37
70-79 0,00 0,00 0,00 0,53 0,36 0,00 0,79 0,61 1,28 0,85 0,79
80+ 0,00 0,00 0,00 0,53 0,36 0,00 0,00 0,00 0,64 0,28 0,53
IG. 0,67 0,00 0,60 1,06 4,64 2,10 1,57 5,50 4,15 0,56 0,00Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Homens
-1 0,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,70 0,00 0,00
1-4 0,74 0,00 0,67 0,00 0,00 0,00 0,27 0,00 0,00 0,00 0,00
5-9 0,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,66 0,27 0,67 0,00 0,00 0,00
10-14 2,22 0,83 0,00 0,00 1,59 2,33 0,27 1,34 1,41 2,45 1,16
15-19 9,63 18,33 14,00 15,38 11,55 17,94 20,60 13,76 19,37 22,32 21,45
20-29 41,48 40,83 48,00 40,83 38,25 41,53 41,48 40,27 35,92 39,76 38,26
30-39 25,19 24,17 24,67 26,04 25,90 20,93 22,25 22,48 20,42 22,63 21,45
40-49 9,63 10,00 5,33 11,24 12,35 10,30 7,97 10,07 8,80 6,73 8,99
50-59 3,70 4,17 2,67 1,78 3,98 3,65 3,85 3,69 4,93 3,06 4,9360-69 5,19 1,67 4,00 2,37 1,59 1,66 1,10 2,68 2,11 1,22 2,32
70-79 0,00 0,00 0,00 0,59 0,40 0,00 0,55 0,67 1,41 0,92 0,87
80+ 0,00 0,00 0,00 0,59 0,40 0,00 0,00 0,00 0,35 0,31 0,58
IG. 0,74 0,00 0,67 1,18 3,98 1,00 1,37 4,36 4,58 0,61 0,00
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Mulheres
-1 0,00 10,00 0,00 5,26 0,00 0,00 0,00 3,45 3,45 3,57 2,86
1-4 6,67 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,88 0,00 0,00 0,00 0,00
5-9 0,00 0,00 6,25 0,00 0,00 0,00 0,00 3,45 0,00 0,00 0,00
10-14 6,67 10,00 0,00 0,00 0,00 3,13 5,88 6,90 6,90 10,71 5,71
15-19 20,00 20,00 18,75 21,05 24,14 6,25 11,76 13,79 20,69 25,00 20,00
20-29 40,00 30,00 37,50 52,63 37,93 34,38 41,18 10,34 31,03 21,43 37,14
30-39 13,33 20,00 31,25 10,53 3,45 31,25 11,76 37,93 27,59 21,43 28,57
40-49 6,67 10,00 0,00 5,26 6,90 6,25 5,88 3,45 3,45 10,71 5,71
50-59 6,67 0,00 0,00 5,26 10,34 6,25 0,00 3,45 3,45 3,57 0,00
60-69 0,00 0,00 6,25 0,00 6,90 0,00 5,88 0,00 0,00 3,57 2,86
70-79 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,88 0,00 0,00 0,00 0,00
80+ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,45 0,00 0,00
IG. 0,00 0,00 0,00 0,00 10,34 12,50 5,88 17,24 0,00 0,00 0,00
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Fonte: Sistema de Informações de Mortalidade. 1985-1995
5/17/2018 A Mortalidade por Causas Externas no Município de Manaus - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/a-mortalidade-por-causas-externas-no-municipio-de-manaus 29/30
Tabela 4B
Distribuição Percentual da Mortalidade por Homicidios Segundo Sexo e Idade
Município de Manaus 1985-1995
Total 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
-1 0,67 0,77 0,00 0,53 0,00 0,00 0,00 0,31 0,96 0,28 0,261-4 1,33 0,00 0,60 0,00 0,00 0,00 0,52 0,00 0,00 0,00 0,00
5-9 0,67 0,00 0,60 0,00 0,00 0,60 0,26 0,92 0,00 0,00 0,00
10-14 2,67 1,54 0,00 0,00 1,43 2,40 0,52 1,83 1,92 3,10 1,58
15-19 10,67 18,46 14,46 15,96 12,86 16,82 20,21 13,76 19,49 22,54 21,32
20-29 41,33 40,00 46,99 42,02 38,21 40,84 41,47 37,61 35,46 38,31 38,16
30-39 24,00 23,85 25,30 24,47 23,57 21,92 21,78 23,85 21,09 22,54 22,11
40-49 9,33 10,00 4,82 10,64 11,79 9,91 7,87 9,48 8,31 7,04 8,68
50-59 4,00 3,85 2,41 2,13 4,64 3,90 3,67 3,67 4,79 3,10 4,47
60-69 4,67 1,54 4,22 2,13 2,14 1,50 1,31 2,45 1,92 1,41 2,37
70-79 0,00 0,00 0,00 0,53 0,36 0,00 0,79 0,61 1,28 0,85 0,79
80+ 0,00 0,00 0,00 0,53 0,36 0,00 0,00 0,00 0,64 0,28 0,53
IG. 0,67 0,00 0,60 1,06 4,64 2,10 1,57 5,50 4,15 0,56 0,00
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Homens
-1 0,67 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,64 0,00 0,00
1-4 0,67 0,00 0,60 0,00 0,00 0,00 0,26 0,00 0,00 0,00 0,00
5-9 0,67 0,00 0,00 0,00 0,00 0,60 0,26 0,61 0,00 0,00 0,00
10-14 2,00 0,77 0,00 0,00 1,43 2,10 0,26 1,22 1,28 2,25 1,05
15-19 8,67 16,92 12,65 13,83 10,36 16,22 19,69 12,54 17,57 20,56 19,47
20-29 37,33 37,69 43,37 36,70 34,29 37,54 39,63 36,70 32,59 36,62 34,74
30-39 22,67 22,31 22,29 23,40 23,21 18,92 21,26 20,49 18,53 20,85 19,47
40-49 8,67 9,23 4,82 10,11 11,07 9,31 7,61 9,17 7,99 6,20 8,16
50-59 3,33 3,85 2,41 1,60 3,57 3,30 3,67 3,36 4,47 2,82 4,4760-69 4,67 1,54 3,61 2,13 1,43 1,50 1,05 2,45 1,92 1,13 2,11
70-79 0,00 0,00 0,00 0,53 0,36 0,00 0,52 0,61 1,28 0,85 0,79
80+ 0,00 0,00 0,00 0,53 0,36 0,00 0,00 0,00 0,32 0,28 0,53
IG. 0,67 0,00 0,60 1,06 3,57 0,90 1,31 3,98 4,15 0,56 0,00
Total 90,00 92,31 90,36 89,89 89,64 90,39 95,54 91,13 90,73 92,11 90,79
Mulheres
-1 0,00 0,67 0,00 0,67 0,00 0,00 0,00 0,67 0,67 0,67 0,67
1-4 0,67 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,67 0,00 0,00 0,00 0,00
5-9 0,00 0,00 0,67 0,00 0,00 0,00 0,00 0,67 0,00 0,00 0,00
10-14 0,67 0,67 0,00 0,00 0,00 0,67 0,67 1,33 1,33 2,00 1,33
15-19 2,00 1,33 2,00 2,67 4,67 1,33 1,33 2,67 4,00 4,67 4,67
20-29 4,00 2,00 4,00 6,67 7,33 7,33 4,67 2,00 6,00 4,00 8,67
30-39 1,33 1,33 3,33 1,33 0,67 6,67 1,33 7,33 5,33 4,00 6,67
40-49 0,67 0,67 0,00 0,67 1,33 1,33 0,67 0,67 0,67 2,00 1,33
50-59 0,67 0,00 0,00 0,67 2,00 1,33 0,00 0,67 0,67 0,67 0,00
60-69 0,00 0,00 0,67 0,00 1,33 0,00 0,67 0,00 0,00 0,67 0,67
70-79 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,67 0,00 0,00 0,00 0,00
80+ 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,67 0,00 0,00
IG. 0,00 0,00 0,00 0,00 2,00 2,67 0,67 3,33 0,00 0,00 0,00
Total 10,00 6,67 10,67 12,67 19,33 21,33 11,33 19,33 19,33 18,67 23,33
Fonte: Sistema de Informações de Mortalidade. 1985-1995
5/17/2018 A Mortalidade por Causas Externas no Município de Manaus - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/a-mortalidade-por-causas-externas-no-municipio-de-manaus 30/30
Gráfico 2 - Município de Manaus
Mortalidade por Homicidios 1985-1995
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
1 9 8 5
1 9 8 6
1 9 8 7
1 9 8 8
1 9 8 9
1 9 9 0
1 9 9 1
1 9 9 2
1 9 9 3
1 9 9 4
1 9 9 5
Anos
V . A
b s .
Total
Homens
Mulheres