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SUGESTÕES PEDAGÓGICAS E DE ATIVIDADES Maria Lúcia de Arruda Aranha Marisa Rodrigues de Freitas PASSARINHOS E GAVIÕES UMA FÁBULA DA DEMOCRACIA Chico Alencar ILUSTRAÇÕES: FÊ

A OBRA PASSARINHOS E GAVIÕES E

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O

EO AUTORO AUTORO AUTORO AUTORO AUTOR |||||

Chico AlencarChico AlencarChico AlencarChico AlencarChico Alencar

Professor de História, Mestre em Educação, parlamentar peloPT/RJ por vários mandatos e autor de mais de vinte livros. PelaEditora Moderna publicou algumas obras para o público infantil.

A OBRAA OBRAA OBRAA OBRAA OBRA |||||Passarinhos e gaviões – Uma fábula da democraciaPassarinhos e gaviões – Uma fábula da democraciaPassarinhos e gaviões – Uma fábula da democraciaPassarinhos e gaviões – Uma fábula da democraciaPassarinhos e gaviões – Uma fábula da democracia

Em Caturama, a “terra boa”, todos os pássaros viviam em har-monia. Até que o pardal quis se tornar o rei da mata e começou amandar mais que os outros. Certo dia, descobriu que, se comes-se ovos, se transformaria em gavião e, portanto, ficaria mais for-te. Contou esse segredo aos seus amigos, que o apoiaram e setornaram gaviões-pardais como ele, passando a controlar a vidada mata: impuseram decretos-leis, formaram um exército, intro-duziram a censura.

Um dia começaram a surgir os primeiros protestos durante osencontros secretos dos descontentes. Quando descobriram que osegredo da força dos mandões estava no hábito de comer ovos, areação foi imediata: passaram a esconder os ovos que os gaviões-pardais comiam. Estes, então, foram ficando cada vez mais fracos,perderam o poder e voltaram a ser simples pardais.

Eufóricos, os pássaros se reuniram para elaborar juntos a novaConstituição de Caturama.

Depois de alguns meses e muitos debates, a Constituição ficoupronta: um documento muito bonito e simples como o canto demuitos passarinhos.

TEMAS ABORDADOSTEMAS ABORDADOSTEMAS ABORDADOSTEMAS ABORDADOSTEMAS ABORDADOS |||||• Igualdade e diferença • Ditadura • Imposição de leis • Censura •Constituinte • Constituição • Democracia participativa

SUGESTÕES PEDAGÓGICASSUGESTÕES PEDAGÓGICASSUGESTÕES PEDAGÓGICASSUGESTÕES PEDAGÓGICASSUGESTÕES PEDAGÓGICAS |||||Formando o leitorFormando o leitorFormando o leitorFormando o leitorFormando o leitor

Enquanto nos livros de ficção conta-se uma história, as obrasde não-ficção ou expositivas visam oferecer informação. Mesmoquando o autor se utiliza de uma pequena história — como nestelivro —, ela é sempre pretexto para facilitar a compreensão doassunto de determinada área do conhecimento. No entanto, otexto expositivo não se restringe à transmissão de informações.Isso porque, no mundo atual, ocorreu uma incrível mudança coma crescente ampliação do campo do saber e o avanço da tecno-logia, sobretudo no setor das comunicações, o que tornou a in-formação bastante acessível. Por isso mesmo, o leitor precisa tercondições de selecionar essas informações e de lançar sobre elasum olhar crítico, o que só é possível pelo desenvolvimento daautonomia do pensar e do agir.

A formação do leitor autônomo supõe que a informação seja con-textualizada: que parta do que é familiar ao aluno e, ao final, retorneà realidade vivida, para que não se reduza a abstrações, mas adqui-ra sentido vital. Assim, o conhecimento deixa de ser uma aventuraapenas intelectual, porque se encontra enriquecido por contornosafetivos e valorativos.

Mais ainda, conhecer é um procedimento que vai além do esfor-ço solitário da reflexão, porque se faz também pelo diálogo, peloconfronto de opiniões, que mobiliza cada um na busca de outrasexplicações possíveis ou na elaboração de novas indagações. Daí aimportância de acrescentar às atividades individuais os trabalhosem equipe, os projetos coletivos, as discussões em classe, as as-sembléias.

Preparando para a cidadaniaPreparando para a cidadaniaPreparando para a cidadaniaPreparando para a cidadaniaPreparando para a cidadania

O conhecimento contextualizado, inserido nas situações vividas,deixa de ser passivo, como acontece com o saber acabado e rece-bido de fora. De fato, quando o aluno consegue identificar os pro-blemas e conflitos da realidade, tudo o que aprende adquire sentidonovo para sua vida e para a comunidade. O saber incorporado ao

vivido é condição importante para a formação integral do alunoporque estimula a atitude crítica e responsável, preparando-o parase tornar um cidadão ativo na sociedade, membro integrante dacomunidade e possível agente transformador.

Longe, porém, de imaginarmos uma aula especial para “ensinarvalores” aos alunos, estamos propondo que em cada disciplina se-jam discutidos os laços indissolúveis entre o conteúdo estudado eos valores humanos. Isso significa que os temas éticos, políticos eestéticos devem ser realçados no processo de apropriação do sabercomo temas transversais, isto é, como temas que atravessam osdiferentes campos do conhecimento. É o que veremos a seguir, apropósito deste livro.

Explorando o texto — Explorando o texto — Explorando o texto — Explorando o texto — Explorando o texto — Passarinhos e gaviões – UmaPassarinhos e gaviões – UmaPassarinhos e gaviões – UmaPassarinhos e gaviões – UmaPassarinhos e gaviões – Umafábula da democraciafábula da democraciafábula da democraciafábula da democraciafábula da democracia

Este livro é uma fábula da democracia. A idéia democrática nas-ce na Antiguidade grega a partir da proposta generosa de incluirtodos os cidadãos nas decisões políticas. Naquelas cidades gregashavia uma praça chamada ágora em que os cidadãos se reuniampara conversar e discutir os destinos comuns: tal como acontecenesta história, quando os pássaros se encontram na mangueira para“contar casos” e “resolver algum probleminha”.

Certo dia, os pardais, transformados em gaviões-pardais, instau-ram a ditadura e impedem que os outros pássaros se reúnam. Nosgovernos autocráticos, típicos das tiranias, só alguns decidem e,para controlar o poder (não concedido pelo povo, mas usurpado),recorrem à violência policial (como aconteceu com os pássaros quetiveram as asas cortadas ou foram colocados em gaiolas); à impo-sição de leis por decretos; ao controle dos que têm opiniões diver-gentes e à censura, para manter todos desinformados.

É interessante comparar essa história com o período da ditaduramilitar que se estendeu por vinte anos no Brasil, a partir de 1964, eabusou de todos esses artifícios de dominação. Retornar à normali-dade supõe um período de enfrentamento do poder autoritário, emque se corre o risco de delação, que pode levar o “desobediente” àprisão, à tortura ou à morte.

A democracia, ao contrário, supõe a idéia de igualdade (todos,embora diferentes, têm iguais direitos e deveres) e de liberdade (nin-

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Maria Lúcia de Arruda AranhaMarisa Rodrigues de Freitas

PASSARINHOS E GAVIÕESUMA FÁBULA DA DEMOCRACIA

Chico AlencarILUSTRAÇÕES: FÊ

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Chico AlencarChico AlencarChico AlencarChico AlencarChico Alencar

Professor de História, Mestre em Educação, parlamentar peloPT/RJ por vários mandatos e autor de mais de vinte livros. PelaEditora Moderna publicou algumas obras para o público infantil.

A OBRAA OBRAA OBRAA OBRAA OBRA |||||Passarinhos e gaviões – Uma fábula da democraciaPassarinhos e gaviões – Uma fábula da democraciaPassarinhos e gaviões – Uma fábula da democraciaPassarinhos e gaviões – Uma fábula da democraciaPassarinhos e gaviões – Uma fábula da democracia

Em Caturama, a “terra boa”, todos os pássaros viviam em har-monia. Até que o pardal quis se tornar o rei da mata e começou amandar mais que os outros. Certo dia, descobriu que, se comes-se ovos, se transformaria em gavião e, portanto, ficaria mais for-te. Contou esse segredo aos seus amigos, que o apoiaram e setornaram gaviões-pardais como ele, passando a controlar a vidada mata: impuseram decretos-leis, formaram um exército, intro-duziram a censura.

Um dia começaram a surgir os primeiros protestos durante osencontros secretos dos descontentes. Quando descobriram que osegredo da força dos mandões estava no hábito de comer ovos, areação foi imediata: passaram a esconder os ovos que os gaviões-pardais comiam. Estes, então, foram ficando cada vez mais fracos,perderam o poder e voltaram a ser simples pardais.

Eufóricos, os pássaros se reuniram para elaborar juntos a novaConstituição de Caturama.

Depois de alguns meses e muitos debates, a Constituição ficoupronta: um documento muito bonito e simples como o canto demuitos passarinhos.

TEMAS ABORDADOSTEMAS ABORDADOSTEMAS ABORDADOSTEMAS ABORDADOSTEMAS ABORDADOS |||||• Igualdade e diferença • Ditadura • Imposição de leis • Censura •Constituinte • Constituição • Democracia participativa

SUGESTÕES PEDAGÓGICASSUGESTÕES PEDAGÓGICASSUGESTÕES PEDAGÓGICASSUGESTÕES PEDAGÓGICASSUGESTÕES PEDAGÓGICAS |||||Formando o leitorFormando o leitorFormando o leitorFormando o leitorFormando o leitor

Enquanto nos livros de ficção conta-se uma história, as obrasde não-ficção ou expositivas visam oferecer informação. Mesmoquando o autor se utiliza de uma pequena história — como nestelivro —, ela é sempre pretexto para facilitar a compreensão doassunto de determinada área do conhecimento. No entanto, otexto expositivo não se restringe à transmissão de informações.Isso porque, no mundo atual, ocorreu uma incrível mudança coma crescente ampliação do campo do saber e o avanço da tecno-logia, sobretudo no setor das comunicações, o que tornou a in-formação bastante acessível. Por isso mesmo, o leitor precisa tercondições de selecionar essas informações e de lançar sobre elasum olhar crítico, o que só é possível pelo desenvolvimento daautonomia do pensar e do agir.

A formação do leitor autônomo supõe que a informação seja con-textualizada: que parta do que é familiar ao aluno e, ao final, retorneà realidade vivida, para que não se reduza a abstrações, mas adqui-ra sentido vital. Assim, o conhecimento deixa de ser uma aventuraapenas intelectual, porque se encontra enriquecido por contornosafetivos e valorativos.

Mais ainda, conhecer é um procedimento que vai além do esfor-ço solitário da reflexão, porque se faz também pelo diálogo, peloconfronto de opiniões, que mobiliza cada um na busca de outrasexplicações possíveis ou na elaboração de novas indagações. Daí aimportância de acrescentar às atividades individuais os trabalhosem equipe, os projetos coletivos, as discussões em classe, as as-sembléias.

Preparando para a cidadaniaPreparando para a cidadaniaPreparando para a cidadaniaPreparando para a cidadaniaPreparando para a cidadania

O conhecimento contextualizado, inserido nas situações vividas,deixa de ser passivo, como acontece com o saber acabado e rece-bido de fora. De fato, quando o aluno consegue identificar os pro-blemas e conflitos da realidade, tudo o que aprende adquire sentidonovo para sua vida e para a comunidade. O saber incorporado ao

vivido é condição importante para a formação integral do alunoporque estimula a atitude crítica e responsável, preparando-o parase tornar um cidadão ativo na sociedade, membro integrante dacomunidade e possível agente transformador.

Longe, porém, de imaginarmos uma aula especial para “ensinarvalores” aos alunos, estamos propondo que em cada disciplina se-jam discutidos os laços indissolúveis entre o conteúdo estudado eos valores humanos. Isso significa que os temas éticos, políticos eestéticos devem ser realçados no processo de apropriação do sabercomo temas transversais, isto é, como temas que atravessam osdiferentes campos do conhecimento. É o que veremos a seguir, apropósito deste livro.

Explorando o texto — Explorando o texto — Explorando o texto — Explorando o texto — Explorando o texto — Passarinhos e gaviões – UmaPassarinhos e gaviões – UmaPassarinhos e gaviões – UmaPassarinhos e gaviões – UmaPassarinhos e gaviões – Umafábula da democraciafábula da democraciafábula da democraciafábula da democraciafábula da democracia

Este livro é uma fábula da democracia. A idéia democrática nas-ce na Antiguidade grega a partir da proposta generosa de incluirtodos os cidadãos nas decisões políticas. Naquelas cidades gregashavia uma praça chamada ágora em que os cidadãos se reuniampara conversar e discutir os destinos comuns: tal como acontecenesta história, quando os pássaros se encontram na mangueira para“contar casos” e “resolver algum probleminha”.

Certo dia, os pardais, transformados em gaviões-pardais, instau-ram a ditadura e impedem que os outros pássaros se reúnam. Nosgovernos autocráticos, típicos das tiranias, só alguns decidem e,para controlar o poder (não concedido pelo povo, mas usurpado),recorrem à violência policial (como aconteceu com os pássaros quetiveram as asas cortadas ou foram colocados em gaiolas); à impo-sição de leis por decretos; ao controle dos que têm opiniões diver-gentes e à censura, para manter todos desinformados.

É interessante comparar essa história com o período da ditaduramilitar que se estendeu por vinte anos no Brasil, a partir de 1964, eabusou de todos esses artifícios de dominação. Retornar à normali-dade supõe um período de enfrentamento do poder autoritário, emque se corre o risco de delação, que pode levar o “desobediente” àprisão, à tortura ou à morte.

A democracia, ao contrário, supõe a idéia de igualdade (todos,embora diferentes, têm iguais direitos e deveres) e de liberdade (nin-

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A OBRAA OBRAA OBRAA OBRAA OBRA |||||Passarinhos e gaviões – Uma fábula da democraciaPassarinhos e gaviões – Uma fábula da democraciaPassarinhos e gaviões – Uma fábula da democraciaPassarinhos e gaviões – Uma fábula da democraciaPassarinhos e gaviões – Uma fábula da democracia

Em Caturama, a “terra boa”, todos os pássaros viviam em har-monia. Até que o pardal quis se tornar o rei da mata e começou amandar mais que os outros. Certo dia, descobriu que, se comes-se ovos, se transformaria em gavião e, portanto, ficaria mais for-te. Contou esse segredo aos seus amigos, que o apoiaram e setornaram gaviões-pardais como ele, passando a controlar a vidada mata: impuseram decretos-leis, formaram um exército, intro-duziram a censura.

Um dia começaram a surgir os primeiros protestos durante osencontros secretos dos descontentes. Quando descobriram que osegredo da força dos mandões estava no hábito de comer ovos, areação foi imediata: passaram a esconder os ovos que os gaviões-pardais comiam. Estes, então, foram ficando cada vez mais fracos,perderam o poder e voltaram a ser simples pardais.

Eufóricos, os pássaros se reuniram para elaborar juntos a novaConstituição de Caturama.

Depois de alguns meses e muitos debates, a Constituição ficoupronta: um documento muito bonito e simples como o canto demuitos passarinhos.

TEMAS ABORDADOSTEMAS ABORDADOSTEMAS ABORDADOSTEMAS ABORDADOSTEMAS ABORDADOS |||||• Igualdade e diferença • Ditadura • Imposição de leis • Censura •Constituinte • Constituição • Democracia participativa

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Enquanto nos livros de ficção conta-se uma história, as obrasde não-ficção ou expositivas visam oferecer informação. Mesmoquando o autor se utiliza de uma pequena história — como nestelivro —, ela é sempre pretexto para facilitar a compreensão doassunto de determinada área do conhecimento. No entanto, otexto expositivo não se restringe à transmissão de informações.Isso porque, no mundo atual, ocorreu uma incrível mudança coma crescente ampliação do campo do saber e o avanço da tecno-logia, sobretudo no setor das comunicações, o que tornou a in-formação bastante acessível. Por isso mesmo, o leitor precisa tercondições de selecionar essas informações e de lançar sobre elasum olhar crítico, o que só é possível pelo desenvolvimento daautonomia do pensar e do agir.

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Mais ainda, conhecer é um procedimento que vai além do esfor-ço solitário da reflexão, porque se faz também pelo diálogo, peloconfronto de opiniões, que mobiliza cada um na busca de outrasexplicações possíveis ou na elaboração de novas indagações. Daí aimportância de acrescentar às atividades individuais os trabalhosem equipe, os projetos coletivos, as discussões em classe, as as-sembléias.

Preparando para a cidadaniaPreparando para a cidadaniaPreparando para a cidadaniaPreparando para a cidadaniaPreparando para a cidadania

O conhecimento contextualizado, inserido nas situações vividas,deixa de ser passivo, como acontece com o saber acabado e rece-bido de fora. De fato, quando o aluno consegue identificar os pro-blemas e conflitos da realidade, tudo o que aprende adquire sentidonovo para sua vida e para a comunidade. O saber incorporado ao

vivido é condição importante para a formação integral do alunoporque estimula a atitude crítica e responsável, preparando-o parase tornar um cidadão ativo na sociedade, membro integrante dacomunidade e possível agente transformador.

Longe, porém, de imaginarmos uma aula especial para “ensinarvalores” aos alunos, estamos propondo que em cada disciplina se-jam discutidos os laços indissolúveis entre o conteúdo estudado eos valores humanos. Isso significa que os temas éticos, políticos eestéticos devem ser realçados no processo de apropriação do sabercomo temas transversais, isto é, como temas que atravessam osdiferentes campos do conhecimento. É o que veremos a seguir, apropósito deste livro.

Explorando o texto — Explorando o texto — Explorando o texto — Explorando o texto — Explorando o texto — Passarinhos e gaviões – UmaPassarinhos e gaviões – UmaPassarinhos e gaviões – UmaPassarinhos e gaviões – UmaPassarinhos e gaviões – Umafábula da democraciafábula da democraciafábula da democraciafábula da democraciafábula da democracia

Este livro é uma fábula da democracia. A idéia democrática nas-ce na Antiguidade grega a partir da proposta generosa de incluirtodos os cidadãos nas decisões políticas. Naquelas cidades gregashavia uma praça chamada ágora em que os cidadãos se reuniampara conversar e discutir os destinos comuns: tal como acontecenesta história, quando os pássaros se encontram na mangueira para“contar casos” e “resolver algum probleminha”.

Certo dia, os pardais, transformados em gaviões-pardais, instau-ram a ditadura e impedem que os outros pássaros se reúnam. Nosgovernos autocráticos, típicos das tiranias, só alguns decidem e,para controlar o poder (não concedido pelo povo, mas usurpado),recorrem à violência policial (como aconteceu com os pássaros quetiveram as asas cortadas ou foram colocados em gaiolas); à impo-sição de leis por decretos; ao controle dos que têm opiniões diver-gentes e à censura, para manter todos desinformados.

É interessante comparar essa história com o período da ditaduramilitar que se estendeu por vinte anos no Brasil, a partir de 1964, eabusou de todos esses artifícios de dominação. Retornar à normali-dade supõe um período de enfrentamento do poder autoritário, emque se corre o risco de delação, que pode levar o “desobediente” àprisão, à tortura ou à morte.

A democracia, ao contrário, supõe a idéia de igualdade (todos,embora diferentes, têm iguais direitos e deveres) e de liberdade (nin-

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Professor de História, Mestre em Educação, parlamentar peloPT/RJ por vários mandatos e autor de mais de vinte livros. PelaEditora Moderna publicou algumas obras para o público infantil.

A OBRAA OBRAA OBRAA OBRAA OBRA |||||Passarinhos e gaviões – Uma fábula da democraciaPassarinhos e gaviões – Uma fábula da democraciaPassarinhos e gaviões – Uma fábula da democraciaPassarinhos e gaviões – Uma fábula da democraciaPassarinhos e gaviões – Uma fábula da democracia

Em Caturama, a “terra boa”, todos os pássaros viviam em har-monia. Até que o pardal quis se tornar o rei da mata e começou amandar mais que os outros. Certo dia, descobriu que, se comes-se ovos, se transformaria em gavião e, portanto, ficaria mais for-te. Contou esse segredo aos seus amigos, que o apoiaram e setornaram gaviões-pardais como ele, passando a controlar a vidada mata: impuseram decretos-leis, formaram um exército, intro-duziram a censura.

Um dia começaram a surgir os primeiros protestos durante osencontros secretos dos descontentes. Quando descobriram que osegredo da força dos mandões estava no hábito de comer ovos, areação foi imediata: passaram a esconder os ovos que os gaviões-pardais comiam. Estes, então, foram ficando cada vez mais fracos,perderam o poder e voltaram a ser simples pardais.

Eufóricos, os pássaros se reuniram para elaborar juntos a novaConstituição de Caturama.

Depois de alguns meses e muitos debates, a Constituição ficoupronta: um documento muito bonito e simples como o canto demuitos passarinhos.

TEMAS ABORDADOSTEMAS ABORDADOSTEMAS ABORDADOSTEMAS ABORDADOSTEMAS ABORDADOS |||||• Igualdade e diferença • Ditadura • Imposição de leis • Censura •Constituinte • Constituição • Democracia participativa

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Enquanto nos livros de ficção conta-se uma história, as obrasde não-ficção ou expositivas visam oferecer informação. Mesmoquando o autor se utiliza de uma pequena história — como nestelivro —, ela é sempre pretexto para facilitar a compreensão doassunto de determinada área do conhecimento. No entanto, otexto expositivo não se restringe à transmissão de informações.Isso porque, no mundo atual, ocorreu uma incrível mudança coma crescente ampliação do campo do saber e o avanço da tecno-logia, sobretudo no setor das comunicações, o que tornou a in-formação bastante acessível. Por isso mesmo, o leitor precisa tercondições de selecionar essas informações e de lançar sobre elasum olhar crítico, o que só é possível pelo desenvolvimento daautonomia do pensar e do agir.

A formação do leitor autônomo supõe que a informação seja con-textualizada: que parta do que é familiar ao aluno e, ao final, retorneà realidade vivida, para que não se reduza a abstrações, mas adqui-ra sentido vital. Assim, o conhecimento deixa de ser uma aventuraapenas intelectual, porque se encontra enriquecido por contornosafetivos e valorativos.

Mais ainda, conhecer é um procedimento que vai além do esfor-ço solitário da reflexão, porque se faz também pelo diálogo, peloconfronto de opiniões, que mobiliza cada um na busca de outrasexplicações possíveis ou na elaboração de novas indagações. Daí aimportância de acrescentar às atividades individuais os trabalhosem equipe, os projetos coletivos, as discussões em classe, as as-sembléias.

Preparando para a cidadaniaPreparando para a cidadaniaPreparando para a cidadaniaPreparando para a cidadaniaPreparando para a cidadania

O conhecimento contextualizado, inserido nas situações vividas,deixa de ser passivo, como acontece com o saber acabado e rece-bido de fora. De fato, quando o aluno consegue identificar os pro-blemas e conflitos da realidade, tudo o que aprende adquire sentidonovo para sua vida e para a comunidade. O saber incorporado ao

vivido é condição importante para a formação integral do alunoporque estimula a atitude crítica e responsável, preparando-o parase tornar um cidadão ativo na sociedade, membro integrante dacomunidade e possível agente transformador.

Longe, porém, de imaginarmos uma aula especial para “ensinarvalores” aos alunos, estamos propondo que em cada disciplina se-jam discutidos os laços indissolúveis entre o conteúdo estudado eos valores humanos. Isso significa que os temas éticos, políticos eestéticos devem ser realçados no processo de apropriação do sabercomo temas transversais, isto é, como temas que atravessam osdiferentes campos do conhecimento. É o que veremos a seguir, apropósito deste livro.

Explorando o texto — Explorando o texto — Explorando o texto — Explorando o texto — Explorando o texto — Passarinhos e gaviões – UmaPassarinhos e gaviões – UmaPassarinhos e gaviões – UmaPassarinhos e gaviões – UmaPassarinhos e gaviões – Umafábula da democraciafábula da democraciafábula da democraciafábula da democraciafábula da democracia

Este livro é uma fábula da democracia. A idéia democrática nas-ce na Antiguidade grega a partir da proposta generosa de incluirtodos os cidadãos nas decisões políticas. Naquelas cidades gregashavia uma praça chamada ágora em que os cidadãos se reuniampara conversar e discutir os destinos comuns: tal como acontecenesta história, quando os pássaros se encontram na mangueira para“contar casos” e “resolver algum probleminha”.

Certo dia, os pardais, transformados em gaviões-pardais, instau-ram a ditadura e impedem que os outros pássaros se reúnam. Nosgovernos autocráticos, típicos das tiranias, só alguns decidem e,para controlar o poder (não concedido pelo povo, mas usurpado),recorrem à violência policial (como aconteceu com os pássaros quetiveram as asas cortadas ou foram colocados em gaiolas); à impo-sição de leis por decretos; ao controle dos que têm opiniões diver-gentes e à censura, para manter todos desinformados.

É interessante comparar essa história com o período da ditaduramilitar que se estendeu por vinte anos no Brasil, a partir de 1964, eabusou de todos esses artifícios de dominação. Retornar à normali-dade supõe um período de enfrentamento do poder autoritário, emque se corre o risco de delação, que pode levar o “desobediente” àprisão, à tortura ou à morte.

A democracia, ao contrário, supõe a idéia de igualdade (todos,embora diferentes, têm iguais direitos e deveres) e de liberdade (nin-

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guém pode ser constrangido a pensar e agir em desacordo comsuas convicções). Mas não só: na democracia, os interesses pesso-ais são contrabalançados pelos interesses coletivos: só as tiraniasse fundam no privilégio de alguns.

Para que a prática democrática se torne possível, é preciso que aelaboração das leis seja antecedida por ampla e transparente dis-cussão e, mais ainda, que todos possam usufruir dos bens produzi-dos pela comunidade em que vive, ou seja, que tenham acesso aotrabalho, à moradia, à saúde, à escola, ao lazer. Sob esse aspecto,no Brasil, se existe a democracia legal de um Congresso eleito de-mocraticamente, falta muito para atingirmos a democracia social,em que não se deve admitir a exclusão de qualquer cidadão.

SUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADES |||||Lembramos que você não precisa, necessariamente, seguir to-

das as sugestões apresentadas, podendo selecionar as que são maisadequadas ao tempo disponível e ao interesse dos alunos. Algumasvezes, elas podem funcionar como inspiração para outras propos-tas, a partir de acontecimentos circunstanciais vividos na comuni-dade.

Na última página deste suplemento, oferecemos breves pistaspara algumas das perguntas formuladas.

A seguir, apresentamos três momentos ou fases em que as ativi-dades se dividem: estimular a classe para a leitura do livro; acom-panhar os alunos durante a leitura, dando-lhes subsídios; verificar acompreensão dos conteúdos e sua fixação.

ANTES DA LEITURAANTES DA LEITURAANTES DA LEITURAANTES DA LEITURAANTES DA LEITURA

Essa fase tem por função sensibilizar o aluno para a leitura,levando-o a antecipar o conteúdo do texto por meio de hipóteses ea expressar o que já sabe a respeito do tema. É recomendável esti-mular o manuseio do livro: folheá-lo, observar as ilustrações, ler a4ª capa, indagar sobre o significado do título, identificar a editorae o autor.

1. Vocês sabem o que é uma fábula?2. Será que passarinhos e gaviões podem conviver em um mes-

mo ambiente?3. Vocês acham que é possível chegar a um acordo quando cada

um pensa de um jeito diferente?4. O que vocês acham que é uma democracia?

DURANTE A LEITURADURANTE A LEITURADURANTE A LEITURADURANTE A LEITURADURANTE A LEITURA

Visando ao envolvimento do aluno, são apresentadas algumasquestões e oferecidos subsídios para facilitar a leitura e contornardificuldades, ajudando-o, por exemplo, a identificar a estruturado texto ou esclarecendo alguma dúvida de vocabulário. Pode-sesugerir que sejam feitos os seguintes sinais a lápis nas margensdo livro: (!!!!!) se alguma informação constitui novidade; (?????) se ou-tra não foi bem compreendida; ou (#####) se o aluno não concordacom o autor em algum trecho.

1. No início do livro, o autor fala sobre Caturama. Mas o que éCaturama? (p. 5,6)

2. Das plantas e pássaros existentes em Caturama, quais vocêsconhecem ou já ouviram falar?

3. Quem era o líder da passarada? Como ele se comportava noinício da história? (p. 12)

4. O que aconteceu quando o líder dos pássaros começou a sermuito elogiado? (p. 12, 13)

5. Qual o papel de um líder num grupo?

APÓS A LEITURAAPÓS A LEITURAAPÓS A LEITURAAPÓS A LEITURAAPÓS A LEITURA

Nessa fase, verifica-se inicialmente, por meio das questões su-geridas, o que o aluno aprendeu, se é capaz de contar o que leu,seja oralmente ou por escrito. Em seguida, a fim de finalizar acontextualização, retoma-se o entrelaçamento entre o assunto es-tudado e os problemas da vida cotidiana, provocando novas in-dagações que, muitas vezes, podem extrapolar a abordagem feitano livro.

Nesse momento, poderá ser revisto o item Explorando o texto —Explorando o texto —Explorando o texto —Explorando o texto —Explorando o texto —Passarinhos e gaviõesPassarinhos e gaviõesPassarinhos e gaviõesPassarinhos e gaviõesPassarinhos e gaviões – – – – – Uma fábula da democraciaUma fábula da democraciaUma fábula da democraciaUma fábula da democraciaUma fábula da democracia

1. Quem eram os gaviões-pardais e quais as proibições queimpuseram aos outros pássaros? (p. 15 a 17)

2. Os passarinhos, desesperançosos, começaram a obedeceràs leis dos gaviões. Por que se esqueceram dos tempos emque tudo era de todos? (p. 20)

3. Por que havia uma tristeza geral em Caturama? (p. 20)4. Um dia apareceu na mangueira um cartaz com um poema

de Mário Quintana. O que vocês acham que os pássarosquiseram dizer com aquele poema?

5. Qual era o segredo dos gaviões? Quem descobriu esse se-gredo e de que forma? (p. 22, 23)

6. A maior parte dos passarinhos resolveu desafiar as leis dosgaviões. O que eles fizeram? (p. 26 a 28)

7. Sem comer ovos, os gaviões perderam a força e o poder. Oque os pássaros decidiram fazer então? (p. 29, 30)

8. O que vocês entenderam por Constituição? Quem é o cons-tituinte? (p. 30 a 33)

9. Os pássaros formaram uma Assembléia Constituinte e ela-boraram sua Constituição. De qual artigo vocês gostarammais? Por quê?

10. Para pesquisar:a) O que nossa Constituição diz sobre as crianças?b) Procurem uma fábula em que animais falam e agem como

pessoas.

Atividades interdisciplinaresAtividades interdisciplinaresAtividades interdisciplinaresAtividades interdisciplinaresAtividades interdisciplinares

Português: Se vocês fossem constituintes, que leis sugeririam paramelhorar a qualidade de vida de sua cidade?Arte: Ilustrem uma assembléia dos animais da floresta e escrevamtrês leis aprovadas por eles.Ciências: Expliquem para os seus colegas o que aconteceria comas espécies de passarinhos que tivessem sempre seus ovos devora-dos por outros animais.

RESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕESRESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕESRESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕESRESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕESRESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕES |||||As questões sem resposta são as que dependem de posiciona-

mento pessoal do aluno.

Durante a leituraDurante a leituraDurante a leituraDurante a leituraDurante a leitura

1. Caturama, “a terra boa”, é uma cidade verde, repleta de árvo-res, plantas, rios e muitas aves.

3. O líder era o pardal. No início, tinha boas idéias, estava sem-pre alegre e era muito inteligente.

4. Começou a mandar mais que os outros, comer as melhoresfrutas, os insetos mais gordos. Queria ser o rei da mata, co-meçou a atiçar brigas, intrigas. E, para adquirir força, comeuovos, transformando-se em um gavião-pardal.

Após a leituraApós a leituraApós a leituraApós a leituraApós a leitura

1. Os gaviões-pardais eram os pássaros que controlavam a vidana mata. Os outros pássaros foram proibidos de comer ovos,ter mais de dois filhotes, voar acima de 30 metros, beber aságuas mais puras e fazer reuniões na mangueira.

2. Porque os gaviões proibiram os pássaros de relembrar o pas-sado.

3. Porque os ovinhos não paravam de sumir, pois os gaviões con-tinuavam a se alimentar deles para manter sua força.

5. A força dos gaviões estava em comer ovos. Foi um tiziu quedescobriu esse segredo ao ver um dos gaviões entrar numacasinha de joão-de-barro e sair de lá com cascas no bico, pro-va de que ele havia comido ovos.

6. Começaram a chocar ovos escondidos, a bicar as frutas boase a vigiar os vôos dos gaviões. Reuniram-se na mangueira eviram que, unidos, poderiam vencer.

7. Decidiram reorganizar a vida, elaborando uma Constituição,uma regra, um regulamento, um estatuto.

8. A Constituição ou estatuto é um conjunto de leis ou uma listado que cada um pode ou não pode fazer, para que ocorra aboa convivência. O constituinte é quem participa da elabo-ração da Constituição, que em uma democracia deve ser fei-ta por todos.

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guém pode ser constrangido a pensar e agir em desacordo comsuas convicções). Mas não só: na democracia, os interesses pesso-ais são contrabalançados pelos interesses coletivos: só as tiraniasse fundam no privilégio de alguns.

Para que a prática democrática se torne possível, é preciso que aelaboração das leis seja antecedida por ampla e transparente dis-cussão e, mais ainda, que todos possam usufruir dos bens produzi-dos pela comunidade em que vive, ou seja, que tenham acesso aotrabalho, à moradia, à saúde, à escola, ao lazer. Sob esse aspecto,no Brasil, se existe a democracia legal de um Congresso eleito de-mocraticamente, falta muito para atingirmos a democracia social,em que não se deve admitir a exclusão de qualquer cidadão.

SUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADES |||||Lembramos que você não precisa, necessariamente, seguir to-

das as sugestões apresentadas, podendo selecionar as que são maisadequadas ao tempo disponível e ao interesse dos alunos. Algumasvezes, elas podem funcionar como inspiração para outras propos-tas, a partir de acontecimentos circunstanciais vividos na comuni-dade.

Na última página deste suplemento, oferecemos breves pistaspara algumas das perguntas formuladas.

A seguir, apresentamos três momentos ou fases em que as ativi-dades se dividem: estimular a classe para a leitura do livro; acom-panhar os alunos durante a leitura, dando-lhes subsídios; verificar acompreensão dos conteúdos e sua fixação.

ANTES DA LEITURAANTES DA LEITURAANTES DA LEITURAANTES DA LEITURAANTES DA LEITURA

Essa fase tem por função sensibilizar o aluno para a leitura,levando-o a antecipar o conteúdo do texto por meio de hipóteses ea expressar o que já sabe a respeito do tema. É recomendável esti-mular o manuseio do livro: folheá-lo, observar as ilustrações, ler a4ª capa, indagar sobre o significado do título, identificar a editorae o autor.

1. Vocês sabem o que é uma fábula?2. Será que passarinhos e gaviões podem conviver em um mes-

mo ambiente?3. Vocês acham que é possível chegar a um acordo quando cada

um pensa de um jeito diferente?4. O que vocês acham que é uma democracia?

DURANTE A LEITURADURANTE A LEITURADURANTE A LEITURADURANTE A LEITURADURANTE A LEITURA

Visando ao envolvimento do aluno, são apresentadas algumasquestões e oferecidos subsídios para facilitar a leitura e contornardificuldades, ajudando-o, por exemplo, a identificar a estruturado texto ou esclarecendo alguma dúvida de vocabulário. Pode-sesugerir que sejam feitos os seguintes sinais a lápis nas margensdo livro: (!!!!!) se alguma informação constitui novidade; (?????) se ou-tra não foi bem compreendida; ou (#####) se o aluno não concordacom o autor em algum trecho.

1. No início do livro, o autor fala sobre Caturama. Mas o que éCaturama? (p. 5,6)

2. Das plantas e pássaros existentes em Caturama, quais vocêsconhecem ou já ouviram falar?

3. Quem era o líder da passarada? Como ele se comportava noinício da história? (p. 12)

4. O que aconteceu quando o líder dos pássaros começou a sermuito elogiado? (p. 12, 13)

5. Qual o papel de um líder num grupo?

APÓS A LEITURAAPÓS A LEITURAAPÓS A LEITURAAPÓS A LEITURAAPÓS A LEITURA

Nessa fase, verifica-se inicialmente, por meio das questões su-geridas, o que o aluno aprendeu, se é capaz de contar o que leu,seja oralmente ou por escrito. Em seguida, a fim de finalizar acontextualização, retoma-se o entrelaçamento entre o assunto es-tudado e os problemas da vida cotidiana, provocando novas in-dagações que, muitas vezes, podem extrapolar a abordagem feitano livro.

Nesse momento, poderá ser revisto o item Explorando o texto —Explorando o texto —Explorando o texto —Explorando o texto —Explorando o texto —Passarinhos e gaviõesPassarinhos e gaviõesPassarinhos e gaviõesPassarinhos e gaviõesPassarinhos e gaviões – – – – – Uma fábula da democraciaUma fábula da democraciaUma fábula da democraciaUma fábula da democraciaUma fábula da democracia

1. Quem eram os gaviões-pardais e quais as proibições queimpuseram aos outros pássaros? (p. 15 a 17)

2. Os passarinhos, desesperançosos, começaram a obedeceràs leis dos gaviões. Por que se esqueceram dos tempos emque tudo era de todos? (p. 20)

3. Por que havia uma tristeza geral em Caturama? (p. 20)4. Um dia apareceu na mangueira um cartaz com um poema

de Mário Quintana. O que vocês acham que os pássarosquiseram dizer com aquele poema?

5. Qual era o segredo dos gaviões? Quem descobriu esse se-gredo e de que forma? (p. 22, 23)

6. A maior parte dos passarinhos resolveu desafiar as leis dosgaviões. O que eles fizeram? (p. 26 a 28)

7. Sem comer ovos, os gaviões perderam a força e o poder. Oque os pássaros decidiram fazer então? (p. 29, 30)

8. O que vocês entenderam por Constituição? Quem é o cons-tituinte? (p. 30 a 33)

9. Os pássaros formaram uma Assembléia Constituinte e ela-boraram sua Constituição. De qual artigo vocês gostarammais? Por quê?

10. Para pesquisar:a) O que nossa Constituição diz sobre as crianças?b) Procurem uma fábula em que animais falam e agem como

pessoas.

Atividades interdisciplinaresAtividades interdisciplinaresAtividades interdisciplinaresAtividades interdisciplinaresAtividades interdisciplinares

Português: Se vocês fossem constituintes, que leis sugeririam paramelhorar a qualidade de vida de sua cidade?Arte: Ilustrem uma assembléia dos animais da floresta e escrevamtrês leis aprovadas por eles.Ciências: Expliquem para os seus colegas o que aconteceria comas espécies de passarinhos que tivessem sempre seus ovos devora-dos por outros animais.

RESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕESRESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕESRESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕESRESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕESRESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕES |||||As questões sem resposta são as que dependem de posiciona-

mento pessoal do aluno.

Durante a leituraDurante a leituraDurante a leituraDurante a leituraDurante a leitura

1. Caturama, “a terra boa”, é uma cidade verde, repleta de árvo-res, plantas, rios e muitas aves.

3. O líder era o pardal. No início, tinha boas idéias, estava sem-pre alegre e era muito inteligente.

4. Começou a mandar mais que os outros, comer as melhoresfrutas, os insetos mais gordos. Queria ser o rei da mata, co-meçou a atiçar brigas, intrigas. E, para adquirir força, comeuovos, transformando-se em um gavião-pardal.

Após a leituraApós a leituraApós a leituraApós a leituraApós a leitura

1. Os gaviões-pardais eram os pássaros que controlavam a vidana mata. Os outros pássaros foram proibidos de comer ovos,ter mais de dois filhotes, voar acima de 30 metros, beber aságuas mais puras e fazer reuniões na mangueira.

2. Porque os gaviões proibiram os pássaros de relembrar o pas-sado.

3. Porque os ovinhos não paravam de sumir, pois os gaviões con-tinuavam a se alimentar deles para manter sua força.

5. A força dos gaviões estava em comer ovos. Foi um tiziu quedescobriu esse segredo ao ver um dos gaviões entrar numacasinha de joão-de-barro e sair de lá com cascas no bico, pro-va de que ele havia comido ovos.

6. Começaram a chocar ovos escondidos, a bicar as frutas boase a vigiar os vôos dos gaviões. Reuniram-se na mangueira eviram que, unidos, poderiam vencer.

7. Decidiram reorganizar a vida, elaborando uma Constituição,uma regra, um regulamento, um estatuto.

8. A Constituição ou estatuto é um conjunto de leis ou uma listado que cada um pode ou não pode fazer, para que ocorra aboa convivência. O constituinte é quem participa da elabo-ração da Constituição, que em uma democracia deve ser fei-ta por todos.

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guém pode ser constrangido a pensar e agir em desacordo comsuas convicções). Mas não só: na democracia, os interesses pesso-ais são contrabalançados pelos interesses coletivos: só as tiraniasse fundam no privilégio de alguns.

Para que a prática democrática se torne possível, é preciso que aelaboração das leis seja antecedida por ampla e transparente dis-cussão e, mais ainda, que todos possam usufruir dos bens produzi-dos pela comunidade em que vive, ou seja, que tenham acesso aotrabalho, à moradia, à saúde, à escola, ao lazer. Sob esse aspecto,no Brasil, se existe a democracia legal de um Congresso eleito de-mocraticamente, falta muito para atingirmos a democracia social,em que não se deve admitir a exclusão de qualquer cidadão.

SUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADES |||||Lembramos que você não precisa, necessariamente, seguir to-

das as sugestões apresentadas, podendo selecionar as que são maisadequadas ao tempo disponível e ao interesse dos alunos. Algumasvezes, elas podem funcionar como inspiração para outras propos-tas, a partir de acontecimentos circunstanciais vividos na comuni-dade.

Na última página deste suplemento, oferecemos breves pistaspara algumas das perguntas formuladas.

A seguir, apresentamos três momentos ou fases em que as ativi-dades se dividem: estimular a classe para a leitura do livro; acom-panhar os alunos durante a leitura, dando-lhes subsídios; verificar acompreensão dos conteúdos e sua fixação.

ANTES DA LEITURAANTES DA LEITURAANTES DA LEITURAANTES DA LEITURAANTES DA LEITURA

Essa fase tem por função sensibilizar o aluno para a leitura,levando-o a antecipar o conteúdo do texto por meio de hipóteses ea expressar o que já sabe a respeito do tema. É recomendável esti-mular o manuseio do livro: folheá-lo, observar as ilustrações, ler a4ª capa, indagar sobre o significado do título, identificar a editorae o autor.

1. Vocês sabem o que é uma fábula?2. Será que passarinhos e gaviões podem conviver em um mes-

mo ambiente?3. Vocês acham que é possível chegar a um acordo quando cada

um pensa de um jeito diferente?4. O que vocês acham que é uma democracia?

DURANTE A LEITURADURANTE A LEITURADURANTE A LEITURADURANTE A LEITURADURANTE A LEITURA

Visando ao envolvimento do aluno, são apresentadas algumasquestões e oferecidos subsídios para facilitar a leitura e contornardificuldades, ajudando-o, por exemplo, a identificar a estruturado texto ou esclarecendo alguma dúvida de vocabulário. Pode-sesugerir que sejam feitos os seguintes sinais a lápis nas margensdo livro: (!!!!!) se alguma informação constitui novidade; (?????) se ou-tra não foi bem compreendida; ou (#####) se o aluno não concordacom o autor em algum trecho.

1. No início do livro, o autor fala sobre Caturama. Mas o que éCaturama? (p. 5,6)

2. Das plantas e pássaros existentes em Caturama, quais vocêsconhecem ou já ouviram falar?

3. Quem era o líder da passarada? Como ele se comportava noinício da história? (p. 12)

4. O que aconteceu quando o líder dos pássaros começou a sermuito elogiado? (p. 12, 13)

5. Qual o papel de um líder num grupo?

APÓS A LEITURAAPÓS A LEITURAAPÓS A LEITURAAPÓS A LEITURAAPÓS A LEITURA

Nessa fase, verifica-se inicialmente, por meio das questões su-geridas, o que o aluno aprendeu, se é capaz de contar o que leu,seja oralmente ou por escrito. Em seguida, a fim de finalizar acontextualização, retoma-se o entrelaçamento entre o assunto es-tudado e os problemas da vida cotidiana, provocando novas in-dagações que, muitas vezes, podem extrapolar a abordagem feitano livro.

Nesse momento, poderá ser revisto o item Explorando o texto —Explorando o texto —Explorando o texto —Explorando o texto —Explorando o texto —Passarinhos e gaviõesPassarinhos e gaviõesPassarinhos e gaviõesPassarinhos e gaviõesPassarinhos e gaviões – – – – – Uma fábula da democraciaUma fábula da democraciaUma fábula da democraciaUma fábula da democraciaUma fábula da democracia

1. Quem eram os gaviões-pardais e quais as proibições queimpuseram aos outros pássaros? (p. 15 a 17)

2. Os passarinhos, desesperançosos, começaram a obedeceràs leis dos gaviões. Por que se esqueceram dos tempos emque tudo era de todos? (p. 20)

3. Por que havia uma tristeza geral em Caturama? (p. 20)4. Um dia apareceu na mangueira um cartaz com um poema

de Mário Quintana. O que vocês acham que os pássarosquiseram dizer com aquele poema?

5. Qual era o segredo dos gaviões? Quem descobriu esse se-gredo e de que forma? (p. 22, 23)

6. A maior parte dos passarinhos resolveu desafiar as leis dosgaviões. O que eles fizeram? (p. 26 a 28)

7. Sem comer ovos, os gaviões perderam a força e o poder. Oque os pássaros decidiram fazer então? (p. 29, 30)

8. O que vocês entenderam por Constituição? Quem é o cons-tituinte? (p. 30 a 33)

9. Os pássaros formaram uma Assembléia Constituinte e ela-boraram sua Constituição. De qual artigo vocês gostarammais? Por quê?

10. Para pesquisar:a) O que nossa Constituição diz sobre as crianças?b) Procurem uma fábula em que animais falam e agem como

pessoas.

Atividades interdisciplinaresAtividades interdisciplinaresAtividades interdisciplinaresAtividades interdisciplinaresAtividades interdisciplinares

Português: Se vocês fossem constituintes, que leis sugeririam paramelhorar a qualidade de vida de sua cidade?Arte: Ilustrem uma assembléia dos animais da floresta e escrevamtrês leis aprovadas por eles.Ciências: Expliquem para os seus colegas o que aconteceria comas espécies de passarinhos que tivessem sempre seus ovos devora-dos por outros animais.

RESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕESRESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕESRESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕESRESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕESRESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕES |||||As questões sem resposta são as que dependem de posiciona-

mento pessoal do aluno.

Durante a leituraDurante a leituraDurante a leituraDurante a leituraDurante a leitura

1. Caturama, “a terra boa”, é uma cidade verde, repleta de árvo-res, plantas, rios e muitas aves.

3. O líder era o pardal. No início, tinha boas idéias, estava sem-pre alegre e era muito inteligente.

4. Começou a mandar mais que os outros, comer as melhoresfrutas, os insetos mais gordos. Queria ser o rei da mata, co-meçou a atiçar brigas, intrigas. E, para adquirir força, comeuovos, transformando-se em um gavião-pardal.

Após a leituraApós a leituraApós a leituraApós a leituraApós a leitura

1. Os gaviões-pardais eram os pássaros que controlavam a vidana mata. Os outros pássaros foram proibidos de comer ovos,ter mais de dois filhotes, voar acima de 30 metros, beber aságuas mais puras e fazer reuniões na mangueira.

2. Porque os gaviões proibiram os pássaros de relembrar o pas-sado.

3. Porque os ovinhos não paravam de sumir, pois os gaviões con-tinuavam a se alimentar deles para manter sua força.

5. A força dos gaviões estava em comer ovos. Foi um tiziu quedescobriu esse segredo ao ver um dos gaviões entrar numacasinha de joão-de-barro e sair de lá com cascas no bico, pro-va de que ele havia comido ovos.

6. Começaram a chocar ovos escondidos, a bicar as frutas boase a vigiar os vôos dos gaviões. Reuniram-se na mangueira eviram que, unidos, poderiam vencer.

7. Decidiram reorganizar a vida, elaborando uma Constituição,uma regra, um regulamento, um estatuto.

8. A Constituição ou estatuto é um conjunto de leis ou uma listado que cada um pode ou não pode fazer, para que ocorra aboa convivência. O constituinte é quem participa da elabo-ração da Constituição, que em uma democracia deve ser fei-ta por todos.

Page 8: A OBRA PASSARINHOS E GAVIÕES E

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guém pode ser constrangido a pensar e agir em desacordo comsuas convicções). Mas não só: na democracia, os interesses pesso-ais são contrabalançados pelos interesses coletivos: só as tiraniasse fundam no privilégio de alguns.

Para que a prática democrática se torne possível, é preciso que aelaboração das leis seja antecedida por ampla e transparente dis-cussão e, mais ainda, que todos possam usufruir dos bens produzi-dos pela comunidade em que vive, ou seja, que tenham acesso aotrabalho, à moradia, à saúde, à escola, ao lazer. Sob esse aspecto,no Brasil, se existe a democracia legal de um Congresso eleito de-mocraticamente, falta muito para atingirmos a democracia social,em que não se deve admitir a exclusão de qualquer cidadão.

SUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADESSUGESTÕES DE ATIVIDADES |||||Lembramos que você não precisa, necessariamente, seguir to-

das as sugestões apresentadas, podendo selecionar as que são maisadequadas ao tempo disponível e ao interesse dos alunos. Algumasvezes, elas podem funcionar como inspiração para outras propos-tas, a partir de acontecimentos circunstanciais vividos na comuni-dade.

Na última página deste suplemento, oferecemos breves pistaspara algumas das perguntas formuladas.

A seguir, apresentamos três momentos ou fases em que as ativi-dades se dividem: estimular a classe para a leitura do livro; acom-panhar os alunos durante a leitura, dando-lhes subsídios; verificar acompreensão dos conteúdos e sua fixação.

ANTES DA LEITURAANTES DA LEITURAANTES DA LEITURAANTES DA LEITURAANTES DA LEITURA

Essa fase tem por função sensibilizar o aluno para a leitura,levando-o a antecipar o conteúdo do texto por meio de hipóteses ea expressar o que já sabe a respeito do tema. É recomendável esti-mular o manuseio do livro: folheá-lo, observar as ilustrações, ler a4ª capa, indagar sobre o significado do título, identificar a editorae o autor.

1. Vocês sabem o que é uma fábula?2. Será que passarinhos e gaviões podem conviver em um mes-

mo ambiente?3. Vocês acham que é possível chegar a um acordo quando cada

um pensa de um jeito diferente?4. O que vocês acham que é uma democracia?

DURANTE A LEITURADURANTE A LEITURADURANTE A LEITURADURANTE A LEITURADURANTE A LEITURA

Visando ao envolvimento do aluno, são apresentadas algumasquestões e oferecidos subsídios para facilitar a leitura e contornardificuldades, ajudando-o, por exemplo, a identificar a estruturado texto ou esclarecendo alguma dúvida de vocabulário. Pode-sesugerir que sejam feitos os seguintes sinais a lápis nas margensdo livro: (!!!!!) se alguma informação constitui novidade; (?????) se ou-tra não foi bem compreendida; ou (#####) se o aluno não concordacom o autor em algum trecho.

1. No início do livro, o autor fala sobre Caturama. Mas o que éCaturama? (p. 5,6)

2. Das plantas e pássaros existentes em Caturama, quais vocêsconhecem ou já ouviram falar?

3. Quem era o líder da passarada? Como ele se comportava noinício da história? (p. 12)

4. O que aconteceu quando o líder dos pássaros começou a sermuito elogiado? (p. 12, 13)

5. Qual o papel de um líder num grupo?

APÓS A LEITURAAPÓS A LEITURAAPÓS A LEITURAAPÓS A LEITURAAPÓS A LEITURA

Nessa fase, verifica-se inicialmente, por meio das questões su-geridas, o que o aluno aprendeu, se é capaz de contar o que leu,seja oralmente ou por escrito. Em seguida, a fim de finalizar acontextualização, retoma-se o entrelaçamento entre o assunto es-tudado e os problemas da vida cotidiana, provocando novas in-dagações que, muitas vezes, podem extrapolar a abordagem feitano livro.

Nesse momento, poderá ser revisto o item Explorando o texto —Explorando o texto —Explorando o texto —Explorando o texto —Explorando o texto —Passarinhos e gaviõesPassarinhos e gaviõesPassarinhos e gaviõesPassarinhos e gaviõesPassarinhos e gaviões – – – – – Uma fábula da democraciaUma fábula da democraciaUma fábula da democraciaUma fábula da democraciaUma fábula da democracia

1. Quem eram os gaviões-pardais e quais as proibições queimpuseram aos outros pássaros? (p. 15 a 17)

2. Os passarinhos, desesperançosos, começaram a obedeceràs leis dos gaviões. Por que se esqueceram dos tempos emque tudo era de todos? (p. 20)

3. Por que havia uma tristeza geral em Caturama? (p. 20)4. Um dia apareceu na mangueira um cartaz com um poema

de Mário Quintana. O que vocês acham que os pássarosquiseram dizer com aquele poema?

5. Qual era o segredo dos gaviões? Quem descobriu esse se-gredo e de que forma? (p. 22, 23)

6. A maior parte dos passarinhos resolveu desafiar as leis dosgaviões. O que eles fizeram? (p. 26 a 28)

7. Sem comer ovos, os gaviões perderam a força e o poder. Oque os pássaros decidiram fazer então? (p. 29, 30)

8. O que vocês entenderam por Constituição? Quem é o cons-tituinte? (p. 30 a 33)

9. Os pássaros formaram uma Assembléia Constituinte e ela-boraram sua Constituição. De qual artigo vocês gostarammais? Por quê?

10. Para pesquisar:a) O que nossa Constituição diz sobre as crianças?b) Procurem uma fábula em que animais falam e agem como

pessoas.

Atividades interdisciplinaresAtividades interdisciplinaresAtividades interdisciplinaresAtividades interdisciplinaresAtividades interdisciplinares

Português: Se vocês fossem constituintes, que leis sugeririam paramelhorar a qualidade de vida de sua cidade?Arte: Ilustrem uma assembléia dos animais da floresta e escrevamtrês leis aprovadas por eles.Ciências: Expliquem para os seus colegas o que aconteceria comas espécies de passarinhos que tivessem sempre seus ovos devora-dos por outros animais.

RESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕESRESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕESRESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕESRESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕESRESPOSTAS PARA ALGUMAS QUESTÕES |||||As questões sem resposta são as que dependem de posiciona-

mento pessoal do aluno.

Durante a leituraDurante a leituraDurante a leituraDurante a leituraDurante a leitura

1. Caturama, “a terra boa”, é uma cidade verde, repleta de árvo-res, plantas, rios e muitas aves.

3. O líder era o pardal. No início, tinha boas idéias, estava sem-pre alegre e era muito inteligente.

4. Começou a mandar mais que os outros, comer as melhoresfrutas, os insetos mais gordos. Queria ser o rei da mata, co-meçou a atiçar brigas, intrigas. E, para adquirir força, comeuovos, transformando-se em um gavião-pardal.

Após a leituraApós a leituraApós a leituraApós a leituraApós a leitura

1. Os gaviões-pardais eram os pássaros que controlavam a vidana mata. Os outros pássaros foram proibidos de comer ovos,ter mais de dois filhotes, voar acima de 30 metros, beber aságuas mais puras e fazer reuniões na mangueira.

2. Porque os gaviões proibiram os pássaros de relembrar o pas-sado.

3. Porque os ovinhos não paravam de sumir, pois os gaviões con-tinuavam a se alimentar deles para manter sua força.

5. A força dos gaviões estava em comer ovos. Foi um tiziu quedescobriu esse segredo ao ver um dos gaviões entrar numacasinha de joão-de-barro e sair de lá com cascas no bico, pro-va de que ele havia comido ovos.

6. Começaram a chocar ovos escondidos, a bicar as frutas boase a vigiar os vôos dos gaviões. Reuniram-se na mangueira eviram que, unidos, poderiam vencer.

7. Decidiram reorganizar a vida, elaborando uma Constituição,uma regra, um regulamento, um estatuto.

8. A Constituição ou estatuto é um conjunto de leis ou uma listado que cada um pode ou não pode fazer, para que ocorra aboa convivência. O constituinte é quem participa da elabo-ração da Constituição, que em uma democracia deve ser fei-ta por todos.