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ACTUALIDAD ECONOMIA IBÉRICA ABRIL 2020 (mensal ) | N.º 274 | 2,5 € (Cont.) António Vieira Monteiro: competência e rigor PÁG. 06 Cosec reforça inovação tecnológica e ganha eficiência PÁG. 18 A pandemia e a economia PÁG.32 Embajada de España, escenario para la conferencia “El líder del futuro”PÁG. 44

A pandemia e a economia · Publicidade rosa Pinto ([email protected]) Assinaturas Sara Gonçalves ([email protected]) Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro

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ActuAlidAdEconomia ibérica

abril 2020 (mensal) | N.º 274 | 2,5 € (cont.)

António Vieira Monteiro: competência e rigor pág. 06

Cosec reforça inovação tecnológica e ganha eficiência pág. 18

A pandemia e a

economiapág.32

Embajada de España, escenario para la conferencia “El líder del futuro”pág. 44

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ACTUALIDAD€ A B R I L D E 2 0 2 02

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A B R I L D E 2 0 2 0 ACTUALIDAD€ 3

índiCEÍndice

E mais...06. In Memoriam08. Apontamentos de Economia14. Atualidade22. Marketing24. Setor Imobiliário44. Eventos48. Vinhos & Gourmet50. Setor Automóvel52. Ciência e Tecnologia54. Intercâmbio Comercial56. Oportunidades de Negócio59. Bolsa de Trabalho60. Espaço de Lazer66. Statements

58. Calendário Fiscal de Abril

Grande Tema 32. A pandemia e a economia

Editorial 04. A emergência de uma rede social,

política e económica

Opinião26. Sistema sanitário y economía, una lucha a dos - Cecilio Oviedo 30. Covid-19: restrições à livre circulação de pessoas - Márcia Alves Farias

42. A epidemia e o impacto nos contratos de utilização de loja em centro comercial – Um

caso de força maior - Miguel de Azeredo Perdigão

Atualidade14. Dunany Foods aposta na venda de “pré-cozinhados de qualidade superior”

18. Cosec reforça inovação tecnológica e ganha eficiência

20. Cantabria Labs consolida su liderazgo en prescripción dermatológica y apuesta por el negocio de nutrición clínica

ActuAlidAdEconomia ibérica

Diretora (interina)belén rodrigo

Coordenação de Textosclementina Fonseca

Redação belén rodrigo, clementina Fonseca,

María de Maintenant (estagiária) e Susana Marques

Copy Desk Julia Nieto e Sara Gonçalves

FotografiaSandra Marina Guerreiro

Publicidade rosa Pinto ([email protected])

Assinaturas Sara Gonçalves ([email protected])

Projeto Gráfico e Direção de ArteSandra Marina Guerreiro

Paginação Sandra Marina Guerreiro

Colaboraram neste número cecilio Oviedo, Márcia alves Farias,

Miguel de azeredo Perdigão e Nuno almeida ramos

Contactos da Redaçãoav. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 lisboa

Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: [email protected]

Website: www.portugalespanha.org

Impressão What colour is This?

rua do coudel, 14, loja a2725-274 Mem-Martins

Distribuição VaSP – DiSTribUiDOra

DE PUblicaÇÕESSede: Media logistics Park, Quinta do Grajal – Venda

Seca2739-511 agualva-cacém

Nº de Depósito Legal: 33152/89

Nº de Registo na ERC: 117787

Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org

As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem,

necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor.

Periodicidade: Mensal

Tiragem: 6.000 exemplares_________________________________________

Propriedade e Editor cÂMara DE cOMÉrciO

E iNDÚSTria lUSO-ESPaNHOla - “instituição de Utilidade Pública”

NIPC: 501092382

av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 lisboa

Comissão ExecutivaEnrique Santos, luís castro e almeida, ruth

breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel chimeno, Enrique Hidalgo e Maria celeste Hagatong

Foto Capa DR

Nº 274 - abril de 2020

Câmara de Comércio e Indústria

Luso Espanhola

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ACTUALIDAD€ A B R I L D E 2 0 2 04

EditoriAl editorial

E sta seria uma revista come-morativa dos 50 anos de atividade da câmara de comércio e indústria luso-Espanhola. Seria uma revista

de balanço, em que puxaríamos o filme atrás, até 1970, para recordar os momentos que, a partir dessa data, marcaram as relações ibéri-cas. Se fizermos mentalmente esse exercício, teremos que nos lembrar de uma outra Espanha e de um outro Portugal. teremos que nos lembrar que os dois países consegui-ram reconquistar a democracia, que voltaram a dar as mãos, que juntos abraçaram o compromisso europeu, que ambos passaram por crises eco-nómicas, que recuperaram… Que recuperaram.Este número da revista iria viajar ao passado, mas também iria tentar perspetivar o futuro: o futuro da câmara de comércio e indústria luso-Espanhola e o futuro da Península ibérica… Porém, o pre-sente impôs uma agenda diferente à revista Actualidade, à câmara de comércio e indústria luso

Espanhola e ao mundo inteiro...Nesta edição não podemos passar ao lado dos efeitos que a pandemia covid-19 poderá ter na economia, das medidas que Governos e ins-tituições europeias já anunciaram para mitigar o impacto negativo da doença, em quase todas as áreas económicas, mas sobretudo na indústria e no turismo. Portugal e Espanha estão entre os destinos turísticos mais visitados, pelo que estarão também entre os mais pena-lizados pelo inevitável abrandamen-to do setor.como sugere o mais recente filme promocional do turismo de Portugal: é tempo de parar, de espe-rar, de pensar, de reequacionar.A pandemia que, alegadamen-te, começou com um pangolim na china, enviou uma mensagem inequívoca ao mundo. Mesmo que queiramos evitar a metáfora, a ver-dade é que este estado de emergência sanitária pôs o planeta em descanso: geramos, neste período, menos um milhão de toneladas de dióxido de carbono por dia para a atmosfera, de

acordo com dados compilados pela agência lusa com base em relatórios internacionais.Quando ainda se fazem contas às vidas perdidas é, por ventura, insen-sível, contabilizar ganhos, porém, o planeta, a nossa casa comum, sai mais forte desta crise, o que bene-ficiará os seus habitantes. A terra continuará, com ou sem habitantes. O futuro do planeta nunca esteve em perigo. As condições de habita-bilidade da terra é que estão a ser ameaçadas.O pangolim, o coronavírus e a terra obrigaram-nos a abrandar. Os que sobreviverem a esta crise herdam um planeta mais saudável do que o que tinham antes dela, herdam a obrigação de o respeitar, de se respeitarem, de trabalhar em equipa, de “forma coordenada”, como suge-riu António Guterres, secretário--geral das Nações unidas. O mesmo responsável também deixou claro que é preciso que os mais fortes aju-dem os mais fracos.Não restam dúvidas de que o que afeta um lugar do mundo, afeta, potencialmente, o mundo inteiro. Não restam dúvidas de que quando os países mais fortes ou mais bem preparados ajudam os mais débeis, estão a acautelar o seu próprio futuro.Por agora, estamos unidos por um inimigo comum. O sentido comu-nitário nunca foi tão forte e a rede social, política e económica nunca foi tão emergente. No futuro, tere-mos um desafio comum: manter essa rede social e essa coesão, porque crescemos melhor quando cresce-mos juntos. tem sido essa a missão desta câmara. É assim que entende-mos o futuro.

A emergência de uma rede social, política e económica

E-mail: [email protected]

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A B R I L D E 2 0 2 0 ACTUALIDAD€ 5

EditoriAleditorial

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in MEMoriAM in MeMoriaM

F oi com profundo pesar que a presidente de honra da Câmara de Comércio e Indústria

Luso-Espanhola (CCILE), embaixadora de Espanha em Portugal, Marta Betanzos, a Junta Diretiva e a Comissão Executiva da CCILE tomaram conheci-mento da triste notícia do falecimento de António José Sacadura Vieira Monteiro, Presidente do Conselho de Administração do Banco Santander Portugal e uma pessoa à qual esta Câmara está enormemente grata pelo apoio e entusiasmo que nos deu ao longos destes últimos oito anos, tendo ocupado o cargo de vice--presidente da Junta Diretiva e Comissão Executiva.

António Vieira Monteiro faleceu aos 73 anos, tendo dedicado toda a sua carreira à atividade bancária. Foi administrador do Santander em Portugal desde o ano 2000, passando a ocupar o cargo de presidente da Comissão Executiva do mesmo banco em 2012 e até 2018. Em comunicado, o Santander Portugal assinala que “durante a sua liderança, o banco consolidou e expandiu a sua atividade em Portugal, mantendo em permanência o rigor e a determinação que sempre o caracterizaram”.

O atual Presidente da Comissão Executiva do Santander Portugal, Pedro Castro e Almeida, afirmou: “Durante a liderança de António Vieira Monteiro, da qual tive o privilégio de fazer parte, pude sempre constatar a sua perseverança para tornar o Santander em Portugal numa instituição de referência. Vieira Monteiro era um profundo conhecedor do setor bancário, no qual trabalhou ao longo de várias décadas, tendo con-tribuído de forma muito relevante para aquilo que o Santander em Portugal é hoje: um banco líder, forte e com enorme capacidade para contribuir para o desen-

volvimento do País”.

Ana Botín, presidente do Grupo Santander, subli-nha que o legado de António Vieira Monteiro perma-necerá sempre: “Ele era sempre prudente e decisivo. Um verdadeiro gestor do risco, era exímio nisso. Tivemos muitas conversas em fins de- emana, e era nessas alturas em que ele me dava conselhos sobre uma oferta ou uma aquisição de um banco, ou sobre como apoiar um grande cliente. Ele sabia como apoiar clientes e a sociedade, bem como cumprir com os acio-nistas. A sua prioridade era a sua equipa e ele estava sempre lá para a apoiar.”

Enrique Santos, presidente da CCILE, recorda que conheceu António Vieira Monteiro nos anos 90, em Joanesburgo, numa altura em que ele se deslocava à cidade sul-africana para participar nas reuniões da administração do Lisbon Bank, em representação do BNU (que era acionista desse banco sul-africano): “Os sócios sul-africanos, na altura, comentavam que estavam impressionados pelo seu grande rigor e profis-sionalismo a todos os níveis, bem como pela sua grande capacidade de impor respeito.”

António Vieira Monteiro: competência e rigor

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ACTUALIDAD€ A B R I L D E 2 0 2 08

ApontAMEntos dE EConoMiA apuntes de econoMÍa

Cláudia Azevedo, CEO da Sonae,

anunciou que o grupo alcançou em

2019 “excelentes resultados ope-

racionais e financeiros em todo o

portefólio”. O volume de negócios

consolidado da Sonae aumentou

9,2%, para os 6.435 milhões de

euros, o que se traduziu também

numa melhoria da rentabilidade

operacional em todos os negócios,

com o EBITDA subjacente a aumen-

tar 22,2%, para 599 milhões de

euros. Em comunicado, o grupo

informa ainda que o investimento

ascendeu a 399 milhões de euros,

o que equivale a uma média de um

milhão de euros por dia, refletindo

investimento orgânico e aquisições.

“Este desempenho, juntamente com

uma gestão ativa do nosso porte-

fólio, permitiu uma redução de 167

milhões de euros da nossa dívida

líquida e um maior fortalecimento da

nossa estrutura de capi-

tais”, escreveu a CEO,

que assumiu a liderança

da Sonae, em abril do

ano passado.

O resultado líquido

totalizou 165 milhões

de euros, menos 20%

do que no ano passa-

do, mas “com evolu-

ção positiva excluindo

extraordinários”. A direção propõe

dividendos no valor de 4,63 cênti-

mos de euro por ação (+5%), cor-

respondendo a um dividend yield de

5,1% no final de 2019.

Por áreas de negócio, destaca-se

a Sonae MC (retalho alimentar) que

reforçou a sua liderança, apesar da

forte competitividade no mercado:

“A empresa apresentou um cresci-

mento recorde do volume de negó-

cios de 9,2%, para 4.702 milhões de

euros, impulsionado pelo desempe-

nho do parque de lojas comparável

em todos os principais segmentos,

formatos e categorias, mas tam-

bém pela execução do seu plano de

expansão, mantendo níveis de ren-

tabilidade de referência. A área de

saúde e bem-estar continua a ser

uma importante via de crescimen-

to e, em 2019, a aquisição de uma

participação maioritária na Arenal

marcou a entrada da empresa no

mercado espanhol.”

Volume de negócios da sonae sobe 9, 2% em 2019, mas lucros abrandam

Os resultados líquidos da EDP –

Energias de Portugal em 2019 totali-

zaram 512 milhões de euros, menos

1% do que no exercício de 2018. A

energética portuguesa apresentou um

resultado operacional bruto de 3706

milhões, mais 12% do que em 2018. A

EDP Renováveis teve a melhor perfor-

mance dentro do grupo, com lucros

de 475 milhões de euros, o que traduz

um crescimento de 52% face ao resul-

tado líquido de 2018.

António Mexia, CEO do grupo, con-

sidera que “2019 foi um ano de boa

performance e boa capacidade de

entrega dos compromissos assumi-

dos” e sublinha que os resultados só

são possíveis pela aposta feita nas

renováveis há mais de uma década

e da internacionalização da compa-

nhia, que teve passos significativos

em 2019”.

A nível internacional, destaque para

a operação do grupo no Brasil, que

obteve resultados líquidos de 284

milhões de euros, mais 5% face a

2018.

A EDP Portugal teve pelo segundo ano

consecutivo prejuízos de 98 milhões

de euros. Na base destes resulta-

dos negativos está sobretudo uma

imparidade relativa à central a carvão

de Sines (no valor de 94 milhões de

euros), frisou António Mexia.

Edp renováveis com lucro de 475 milhões de euros

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A B R I L D E 2 0 2 0 ACTUALIDAD€ 9

ApontAMEntos dE EConoMiAapuntes de econoMÍa

Para ajudar a impulsionar as star-

tups em Portugal, o BBVA anunciou o

reforço do seu “compromisso com o

ecossistema fintech português, com

a presença na Fintech House, um hub internacional a partir de Portugal, numa

parceria com a Portugal Fintech”. Deste

modo, o BBVA torna-se o banco parcei-

ro da vertical de banca, onde desenvol-

verá o seu trabalho de inovação aberta.

A Fintech House – “Where fintech

lives” é um espaço dedicado ao

desenvolvimento do ecossistema fin-

tech. A “Casa”, sediada no Palácio das

Varandas, em Lisboa, junta mais de 30

startups numa estreita relação com

toda a comunidade.

O edifício histórico do século XIX está

otimizado para fomentar a proximi-

dade e colaboração entre todos os

membros envolvidos. Conta com um

piso dedicado ao networking, reuniões

e encontros, bem como um auditório

preparado para receber os melhores

eventos da indústria. Os restantes qua-

tro pisos dividem-se entre escritórios

privados e espaços de co-work, com

capacidade para 170 pessoas e com

uma ocupação de 65%, até à data.

O projeto Fintech House nasce da cola-

boração entre a Associação Portugal

Fintech e a rede de Co-workings Sitio,

combinando assim a experiência da

criação de mais de 10 espaços de

trabalho pelo país e o conhecimento

de um “community builder” para dar

às startups um sítio onde têm todas as

condições para crescer o mais rapida-

mente possível. O espaço tem a visão

de criar em Portugal um hub interna-

cional para o desenvolvimento de star-

tups nas áreas de Fintech, Insurtech,

Regtech e Cybersecurity, sendo o local

onde a inovação nos setores tecnológi-

cos e financeiros acontece.

BBVA é o banco parceiro da Fintech House

A empresa automóvel SEAT terminou

2019 com volume de negócios total de

11.157 milhões de euros, mais 11,7% do

que em 2018, e com um lucro após

impostos de 346 milhões de euros, 17,5%

acima do registado no exercício ante-

rior (294 milhões). O lucro operacional

aumentou em 57,5%, para os 352 milhões

de euros.

O presidente e vice-presidente de

Finanças e IT da SEAT, Carsten Isensee,

salientou que “2019 foi um ano positi-

vo para a SEAT. Os números obtidos

graças ao trabalho de equipa de toda a

organização colocam-nos numa posição

ótima. Os resultados do ano passado

fornecem uma base sólida sobre a qual

se pode construir o futuro da empresa

a longo prazo”. No entanto, ressalvou

que “a pandemia do coronavírus impede

qualquer previsão fiável sobre o impacto

na economia mundial e no desempenho

da SEAT em 2020”.

No ano de 2019, “a SEAT destinou 1.259

milhões de euros (mais 3% do que em

2018) para acelerar o seu programa

de investimentos, principalmente para

o desenvolvimento de novos modelos,

incluindo veículos eletrificados”, informa

a empresa de origem espanhola, em

comunicado, acrescentando que “705

milhões, 6,4% do total do volume de

negócios, foram destinados integralmen-

te à I&D, mais

7,5% do que em

2018”. O grupo

sublinha que

“quase 5% da

despesa total em

I&D em Espanha

em 2019 corres-

pondeu à SEAT,

o principal inves-

tidor industrial

em I&D do país”.

O cash flow operacional cresceu 56,2%

para 1.092 milhões, o correspondente

a 9,8% do volume de negócios e faz da

SEAT “uma das 10 melhores empresas

espanholas em termos de cash flow ope-

racional, o que demonstra a sua susten-

tabilidade financeira, bem como a capa-

cidade de autofinanciar investimentos

futuros”.

Carsten Isensee frisou que “estes núme-

ros são a prova da solidez financeira da

SEAT” e que “os principais objetivos a

longo prazo são aumentar a rentabili-

dade da gama, ganhar em eficiência e

melhorar a margem operacional”.

Com um total de 574.078 veículos entre-

gues em 2019, mais 10,9% em relação

ao ano anterior, a SEAT bate um recorde

pelo segundo ano consecutivo. As expor-

tações representaram 81% do volume

de negócios (9.014 milhões de euros),

consolidando a SEAT como “o princi-

pal exportador industrial espanhol, com

cerca de 3% do total das exportações

do país”.

A produção de veículos SEAT, em

Martorell, em Kvasiny e Mladá Boleslav

(República Checa), em Wolfsburg

e Zwickau (Alemanha), em Palmela

(Portugal) e em Bratislava (Eslováquia),

cresceu 12,1% em 2019, estabelecendo

um recorde de 592.019 automóveis.

Wayne Griffiths acrescentou que “a

CUPRA é uma prioridade estratégica

dentro da SEAT. Com modelos mais

emocionais e uma maior margem de

contribuição, a CUPRA pretende atingir

um volume de negócios de mil milhões

de euros quando todos os modelos esti-

verem no mercado, e será fundamental

para impulsionar a margem operacional

da empresa”.

Vendas da sEAt crescem a dois dígitos

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ACTUALIDAD€ A B R I L D E 2 0 2 010

ApontAMEntos dE EConoMiA apuntes de econoMÍa

A tecnológica portuguesa

Novabase vendeu a empresa

Collab, sua participada para o

negócio de centros de contac-

to, por seis milhões de euros,

aos suecos da Netadmin

System. De acordo com um

comunicado da Novabse diri-

gido à Comissão do Mercado

de Valores Mobiliários (CMVM),

a empresa portuguesa, para

já, recebeu um total de 4,5

milhões de euros por este

negócio. O restante valor, de

1,5 milhões de euros, será

pago mediante ajustamentos,

de acordo com o documen-

to. “Devido às cláusulas de

ajustamento de preço positivo

ou negativo acordadas pelas

partes, não é possível estimar

neste momento, com precisão,

a contrapartida final que possa

vir a ser obtida com a tran-

sação, adianta o jornal “Eco-

Economia Online”.

A Collab emprega atualmen-

te cerca de 60 colaboradores

e representou uma faturação

de 6,5 milhões de euros em

2019. Segundo João Nuno

Bento, presidente executivo da

Novabase, “esta operação per-

mitirá continuar a implementar

a nossa estratégia, libertan-

do recursos para a execu-

ção dos objetivos do Update

Estratégico 2019+, divulgados

ao mercado em 25 de julho de

2019”.

Em resposta às atuais limitações de

mobilidade das pessoas em territó-

rio nacional, a Santos e Vale desen-

volveu um serviço temporário para

dar a possibilidade aos seus clientes

de poderem enviar os produtos dire-

tamente ao destinatário final com

total segurança, informa Joaquim

Vale, Administrador da Santos e

Vale: “A ‘responsabilidade’ e a ‘soli-

dariedade’ sempre fizeram e fazem

parte do nosso ADN. Não podíamos

deixar de apoiar os nossos clientes

nesta fase tão difícil, em que a maior

parte dos distribuidores e retalhis-

tas estão fechados. Desta forma, os

distribuidores podem vender online

e os produtores enviar diretamente

ao consumidor com total segurança,

já que, seguimos todas as recomen-

dações da DGS. Estamos em tempos

de mudança de comportamento e

método de compra, pelo que, temos

que nos adaptar e

acompanhar esta

mudança.”

Em comunicado, a

empresa refere ainda

que “com a maior

parte dos pequenos

negócios fechados e

com os consumido-

res em casa e a uti-

lizar o e-commerce

como recurso para

adquirir os produtos,

a Santos e Vale vem

agora dar resposta

às compras mais difíceis, os envios

até 50 quilos por volume”.

Neste serviço cujo lema é

#FiqueEmCasa que #NósEntregamos,

“estão incluídos frigoríficos, máquinas

de lavar, televisores, mobiliário des-

montado, entre todos os outros equi-

pamentos que fazem parte das nossas

casas e que por correio normal seriam

impossíveis de receber”.

No mesmo comunicado, a empresa

sublinha que “em tempos difíceis,

são necessárias medidas assertivas

para que o mundo e a economia não

parem, mas que as pessoas possam

ficar em casa”.

A segunda maior corretora do mundo, a

britânica AON, comprará a sua concorren-

te Willis Towers Watson (a terceira maior)

por 30 mil milhões de dólares. O negócio,

anunciado em meados de março e que

deverá estar concluído no final do primeiro

semestre de 2021, permitirá unir esfor-

ços, formando assim a maior corretora do

mundo, destronando a Marsh & McLennan

dessa posição.

No mercado português, a compra da WTW

pela AON deverá constituir a segunda maior

corretora, a seguir à MDS, do grupo Sonae.

“A nova empresa estará bem posicionada

para responder às necessidades dos nossos

clientes e desbloquear novas fontes de valor

dos nossos stakeholders”, afirma Carlos

Freire, CEO da AON Portugal.

novabase vende Collab à netadmin system por seis milhões

#FiqueEmCasa e #nósEntregamos, garante a santos e Vale

Aon e Willis towers Watson anunciam fusão

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A B R I L D E 2 0 2 0 ACTUALIDAD€ 11

Com vendas no valor de 42 milhões

de euros, a maior fabricante nacio-

nal de aparelhagem elétrica de

baixa tensão e líder de mercado

em Portugal, a Efapel, registou em

2019 um crescimento de 9% rela-

tivamente ao anterior exercício. O

valor “confirma a trajetória de cres-

cimento, iniciada há mais de quatro

décadas”, assinala e empresa em

comunicado.

A fabricante portuguesa sublinha

“a melhoria da imagem da marca”,

bem como “o reforço da perceção

do consumidor relativamente aos

produtos Efapel nas vertentes qua-

lidade, preço e serviço”.

A empresa sedeada em Serpins

(Lousã) exporta o equivalente

a cerca de 30% da sua fatura-

ção, para mais de 50 países de

todo o mundo, desde a Europa

e África até ao Médio Oriente e

América Latina. “A exportação

quase duplicou a performance

global, atingindo os 15% relativa-

mente a 2018”. Tal deve-se à par-

ticipação em feiras internacionais

do sector, bem como ao projeto de

investimento “Diferenciação para

Internacionalização”, implemen-

tado pela empresa para “reforçar

a investigação, o desenvolvimen-

to tecnológico e a inovação, com

vista a corresponder a novas solici-

tações e oportunidades de negócio

detetadas”.

Recorde-se que a Efapel fundou

recentemente uma subsidiá-

ria em França (Efapel Solutions

Électriques, com sede em Saint-

Germain-en-Laye), depois de

já ter uma em Espanha (Efapel-

Soluciones Elétricas, em Vigo). A

empresa assinala que foi justamen-

te o mercado europeu que mais

contribuiu para o crescimento das

vendas para o exterior, em 2019.

Os resultados de 2019 da

empresa de telecomunicações

Altice Portugal cresceram 1,7%,

chegando aos 2.110 milhões de

euros, e invertendo a tendência

de diminuição de receitas da

última década. Um valor que a

direção liderada por Alexandre

Fonseca considera “histórico” e que traduzem “o

reforço do investimento, nomeadamente na fibra

ótica, como forma de potenciar futuros resultados”.

O presidente executivo da empresa apontou o

investimento como “um dos pilares estratégicos”,

nomeadamente na “aposta na expansão da rede

móvel 4G, na transformação da rede de trans-

porte, na plataforma de televisão e no reforço

da infraestrutura de fibra ótica, para alcançar a

meta de 5,3 milhões de casas em 2020. O desen-

volvimento da quinta geração da rede móvel (5G)

“será claramente uma das nossas prioridades

para 2020”, garantiu Alexandre Fonseca.

Fabricante de aparelhos elétricos Efapel cresce 9%

Altice portugal declara receitas de 2,11 mil milhões de euros

A impressora Epson SureColor SC-F3000

permite impressão direta em vestuário

e “oferece fiabilidade otimizada, resulta-

dos de alta qualidade e flexibilidade de

impressão para a produção de vestuário”,

com “um custo total reduzido”, assegura

a fabricante, em comunicado.

O novo modelo DTG, “direct-to-garment”

é vocacionado para “PME que produzem

vestuário e fornecedores de t-shirts” e

que “exigem elevados níveis de precisão,

tempos de execução rápidos e capaci-

dade de produzir o design complexo dos

clientes em diversas peças”.

A empresa de origem holandesa “introdu-

ziu pela primeira vez na gama de impres-

soras DTG, a solução de alta capacidade

de tinta, com tanques de tinta de 1,5

litros compactos que contribuem para

reduzir o tempo de inatividade e custos”.

Acresce que “a Epson introduziu elemen-

tos que permitem que até um utilizador

inexperiente seja mais eficiente durante

mais tempo, mantendo, em simultâneo,

a qualidade de impressão e a precisão

com um nível consistentemente elevado”,

nomeadamente: “ajuste de altura automá-

tico da platina com sensores que detetam

de modo autónomo a altura da superfície

do tecido, para imprimir mais facilmente

diferentes peças, como t-shirts, camiso-

las, sacos, sweatshirts, etc; qualidade de

impressão mais precisa graças à tecnolo-

gia de colocação de gotas de tinta; acesso

fácil à área de substituição de consumí-

veis e manutenção.”

Magí Besolí, business manager da Epson

Ibérica, explica que as novas soluções

nascem das necessidades do mercado:

“Estar atento às necessidades das empre-

sas estimula a nossa inovação – esta

ligação ajudou a definir a funcionalidade

e o design da SC-F3000. Criámos uma

impressora DTG de utilização simples,

mas em que a qualidade da impressão a

velocidades impressionantes dá respos-

ta aos requisitos de economia e criativi-

dade de muitas empresas, que procuram

expandir e controlar a qualidade dos

seus produtos finais. É importante para

nós proporcionar paz de espírito aos nos-

sos utilizadores e gerar confiança sempre

que utilizam a SC-F3000. Estes objetivos

são atingidos pela Epson ao fornecer a

solução de impressão DTG completa:

impressora, tintas, software e suporte”.

A nova solução de impressão direta em vestuário da Epson

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ACTUALIDAD€ A B R I L D E 2 0 2 012

Banco Santander ha adquirido una

participación mayoritaria en la com-

pañía de software Mercury TFS, cuyos

servicios utiliza desde hace años en

España, México, Chile y Alemania,

con lo que reforzará su plataforma de

comercio internacional para empre-

sas, según ha informado el banco. Se

trata de una participación del 50,1%,

que Santander ha comprado por 30

millones de euros, de los que un tercio

corresponde a la suscripción de nue-

vas participaciones procedentes de

una ampliación de capital, que inyec-

tará fondos a la empresa para desa-

rrollar nuevos servicios e impulsar el

crecimiento en número de clientes y

mercados.

Mercury Trade Finance Solutions, con

sede en España y 130 empleados en

España, México, Chile y Colombia,

es una compañía especializada en

soluciones de software que permite

digitalizar y automatizar la gestión

integral de las operaciones de comer-

cio exterior (trade finance).

Renovalia Energy Group ha cerra-

do una refinanciación por importe

de 210 millones de euros con

BNP Paribas para una car tera

fotovoltaica operativa en España

de 60,75 megavatios (MW) de

potencia. En concreto, la finan-

ciación, otorgada en su totalidad

por BNP Paribas, se ha estructu-

rado bajo la modalidad ‘project

finance’ a largo plazo. Renovalia

ha contado con el asesoramiento

legal de Bird&Bird, mientras que

BNP Paribas ha tenido el aseso-

ramiento legal de Gómez Acebo

y Pombo. El grupo de renovables

ha indicado que la financiación

conseguida ha permitido mejo-

rar las condiciones f inancieras

mediante la ampliación del plazo

de amortización y el ajuste de los

costes financieros y, además, se

han eliminado ciertas restriccio-

nes a la distribución de fondos de

los proyectos a sus accionistas,

“maximizando de este modo el

flujo de distribuciones y la renta-

bilidad para los mismos”.

Breves

santander compra el 50,1% de Fintech Mercury tFs por 30 millones

renovalia cierra refinanciación de 210 millones para una cartera fotovoltaica operativa en España

Iberdrola irrumpe en el negocio del hidrógenoIberdrola se mete de lleno en el negocio del hidrógeno verde con el desarrollo de un proyecto en el municipio de Puertollano (Ciudad Real), que implicará una inversión de hasta 150 mi-

llones de eu-ros. El grupo presidido por Ignacio Sán-chez Galán ha explicado que el proyecto

constará de una planta experimental fotovoltaica de 100 MW con las últimas tecnologías, como son los paneles bifaciales o los inversores string. Del mismo modo, tendrá un sistema de almacenamiento de baterías de ion-litio de 20 MWh.También, el nuevo proyecto equipará un sistema de producción de hidrógeno mediante hidrólisis que estará dividido en módu-los apilables para ir ampliando la planta según las necesidades de demanda de hidrógeno que se presenten. En este ámbito, la compañía probará tecnologías como la alcalina, de óxido sólido y de membrana de intercambio de protones.El objetivo del negocio es la descarbonización y abaratamiento en el futuro de este producto industrial, que actualmente emite más del 2% del CO2 a nivel mundial. Acciona instala la primera fotovoltaica flotante conec-tada a la red en EspañaLa compañía ha iniciado en Extremadura la instalación de la primera planta solar fotovoltaica flotante conectada a la red eléctrica en España, un proyecto demostrativo para estudiar soluciones técnicas para la instalación de paneles solares sobre la superficie de lagos o embalses. La planta, de 1,125 megava-tios pico (MWp) de potencia, estará finalizada a mediados de año y se sitúa en la orilla sur del embalse de Sierra Brava, en Zorita (Cáceres). Sierra Brava es un embalse artificial de 1.650 hectáreas de superficie, construido en 1996 y alimentado por las aguas del arroyo Pizarroso. Tiene 12.000 metros cuadrados de superficie y la planta solar fotovoltaica flotante ocupará en torno al 0,07 %. La directora de Innovación de la división de Energía de Acciona, Belén Linares, ha dicho que esta iniciativa va a permitir extraer conocimientos para desarrollar plantas flotantes en zonas donde esta opción tecnológica resulte más adecuada que las convencionales sobre tierra firme. España duplica en diez años el número de empresas exportadorasEn solo diez años, en el periodo 2009-2018, las exportaciones en España han duplicado casi su peso sobre el PIB de nuestro país, pasando del 3,2% al 6,1%. Este es uno de los hechos más destacados de un informe elaborado por la Fundación BBVA y el Instituto Valenciano de Investigaciones Económicas (IVIE). Junto a este aspecto positivo aparecen otros que no lo

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A B R I L D E 2 0 2 0 ACTUALIDAD€ 13

Amazon abrirá este verano un nuevo

centro logístico robotizado en Dos

Hermanas (Sevilla), que creará más

de un millar de puestos de trabajo

fijo en la región en los próximos

tres años y que se sumarán a los

7.000 empleos fijos que tiene la pla-

taforma de distribución en España.

La compañía está expandiendo el

tamaño de su red de centros logís-

ticos en España y modernizando la

tecnología que emplea

en ellos, para satisfacer

la creciente demanda de

los clientes, ampliar su

selección de productos

y apoyar a un número

cada vez mayor de pymes

que utilizan el servicio

de Logística de Amazon

para el almacenamiento

y la entrega de los productos que

venden en las tiendas de Amazon,

según señaló la multinacional ame-

ricana en un comunicado. “Estamos

orgullosos de ampliar nuestra red de

operaciones con este nuevo centro

logístico en Sevilla, dotado de tecno-

logía robótica de última generación”,

dijo Roy Perticucci, vicepresidente

de Customer Fulfilment de Amazon

en Europa.

Breves

La multinacional de la

moda Mango alcanzó en

el 2019 un récord de

ventas y volvió a tener

beneficios. La raciona-

lización de la oferta, la

mejora de la rentabili-

dad de las tiendas, el

programa de fideliza-

ción y la venta ‘on line’

construyeron un com-

binado clave y efectivo

para dar la vuelta a unas

cuentas necesitadas de oxígeno y

que abren nuevas posibilidades de

diversificación para la marca en los

próximos años.

El consejero delegado de Mango,

Toni Ruiz, calificó de «extraordinario»

el ejercicio y un punto de inflexión

para definir nuevos proyectos en el

plan trianual que se está definien-

do en estos momentos en la firma

propiedad de Isak Andic. Las ven-

tas alcanzaron los 2.374 millones

de euros, el 6,3% más. El beneficio

bruto de explotación (ebitda) creció

el 43,7% hasta los 194 millones de

euros, con un beneficio neto de 21

millones (36 millones de pérdidas en

el 2018). La deuda neta pasó de 315

a 184 millones de euros.

Mango bate récord de ventas y regresa a los beneficios

Amazon abrirá un nuevo centro logístico en sevilla que generará un millar de empleos fijos

son tanto. Pocas empresas concentran un alto porcentaje de las exportaciones, cinco de ellas un 9,9%, o las 500 más grandes, un 58%. Además hay grandes diferencias entre las distintas comunidades autónomas. En Navarra el peso sobre el PIB al-canza el 44,5% y, por contra, en Baleares es de solo el 6,1%. El informe indica que cinco firmas acaparan el 10% de la actividad y advierte de la necesidad de ampliar las compañías que venden fuera del país. Alantra y Enagás se alían para crear una nueva gestora que invertirá en la transición energéticaLa boutique de inversión española ha anunciado la creación de una nueva gestora, de la que controla el 70%, que tendrá como principal socio a Enagás, con la participación del 30% restante. Esta unidad de negocio será el continente del nuevo fondo que ambas compañías lanzarán próximamente y que invertirá en empresas innovadoras que operan en el ámbito de la transición

ecológica, la descarboniza-ción y los gases renovables. El vehículo, que se llamará Clima Energy Transition Fund, se lanzará con al-cance europeo y tendrá un

tamaño objetivo de 150 millones de euros, de los que Enagás aportará un mínimo de 20 millones de euros. El fondo no busca-rá tomar el control de las compañías en las que invierta, sino que tomará participaciones minoritarias con la intención de impulsar su crecimiento. El equipo gestor del fondo está formado por profesionales con capacidades internacionales que aúnan cono-cimiento tanto técnico como de inversión y gestión de activos. Acesur construirá una planta de envasado en Estados Unidos La empresa Acesur, con sede en Dos Hermanas (Sevilla), ha anunciado el inicio de la construcción de una envasadora de aceite de oliva en Norfolk, en Virginia (Estados Unidos), para “dar respuesta al fuerte aumento” de la demanda de sus pro-ductos que ha tenido lugar en el país norteamericano, donde “ha multiplicado sus ventas por cuatro en los últimos siete años”.La nueva envasadora estará situada “estratégicamente a tan sólo 20 kilómetros de uno de los principales puertos de la costa este y equidistante de las principales áreas de consumo de acei-te de oliva en el país, la costa noreste y Florida”, según ha detallado Acesur en un co-municado.Acesur prevé que la cons-trucción de esta envasadora finalizará en “el mes de septiem-bre”, y ha concretado que esta planta tendrá “unas dimensiones de 10.000 metros cuadrados, y en la misma funcionarán cuatro líneas de envasado, preparadas para dar salida a todos los for-matos que comercializa actualmente en Estados Unidos”

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14 ACTUALIDAD€ A B R I L D E 2 0 2 0

AtuAlidAdE actualidad

Os tempos mudam e temos agora menos tempo para dedicar à cozinha, mas o que não deve mudar é a nossa exi-gência de ter no prato comida

de qualidade. Sergio Rodrigo, admi-nistrador da dunany Foods, garante que essa exigência de qualidade é o compromisso desta empresa, que ini-ciou a sua produção na área alimentar em janeiro deste ano. “Nos últimos cinco anos, o mercado de comida pré-

-cozinhada tem crescido mais de 10% ao ano, quer em Portugal, quer em Espanha. Acreditamos que irá conti-nuar a aumentar, no entanto muito do que se faz neste segmento tem pouca qualidade. Não tem que ser assim. Os nossos produtos apostam em ingre-dientes saudáveis e modos de confecio-nar que respeitam os alimentos. Sei que os clientes percebem essa diferença.”talvez por isso, o gestor prefira cha-

mar cozinha ao espaço que a dunany instalou em Samora correia, nos arre-

dores de lisboa. daqui saem já dife-rentes pratos de comida pré-cozinhada: lasanhas (bolonhesa, frango, salmão ou de vegetais), massas e mussacas (prato típico nas gastronomias grega e turca). destinam-se a uma cadeia espanhola de distribuição (a consum, sedeada e Valência). Sem querer adiantar nomes, Sergio Rodrigo informa apenas que em breve os produtos dunany também estarão nas prateiras de pré-cozinhados de supermercados e hipermercados em Portugal, existindo já contactos com cadeias de distri-buição portuguesas, nesse sentido.

No mercado portu-guês, a marca irá lan-çar também a lasa-nha de bacalhau com grelos, uma adapta-ção do chefe Pompeu à gastronomia portu-

guesa, introduzindo o bacalhau e subs-tituindo os espinafres (bastante usados em lasanha) pelos grelos, “que casam na perfeição com o bacalhau”, como argumenta o responsável pelas receitas da dunany. A empresa irá também produzir carnes assadas, como entre-costo, pato, pernil e frango. “Estes pratos serão comercializados dentro de dois ou três meses”, informa Sergio Rodrigo. A grande questão agora é

Dunany Foods aposta na venda de “pré-cozinhados de qualidade superior”O consumo de comida pré-cozinhada cresce a dois dígitos e espera-se que continue a aumentar. Confiantes na evolução deste mercado e no talento do chefe Pompeu Capelo, os responsáveis da Dunany Foods iniciaram a sua produção alimentar neste segmento, em janeiro. Da fábrica de Samora Correia saem já lasanhas com destino a Espanha. Sergio Rodrigo, administrador da empresa, adianta que a variedade de pratos vai aumentar e que já há clientes portugueses na mira.Texto Susana Marques [email protected] Fotos Sandra Marina Guerreiro [email protected]

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AtuAlidAdEactualidad

contratar e formar mais mão-de-obra, de modo a poderem aumentar a capa-cidade de produção. Por enquanto tra-balham 40 pessoas na dunany, mas a empresa continua a contratar em Portugal, nas áreas de engenharia ali-mentar e cozinha. “O maior desafio é formar bem a equipa. Estivemos seis meses a formar as pessoas que traba-lham agora na dunany. São processos muito rigorosos que exigem o grande controlo. O nosso objetivo é ter uma equipa portuguesa e contribuir para o desenvolvimento da comunidade em que nos inserimos”, frisa o gestor.

Está prevista também uma ampliação das instalações da dunany, para viabi-lizar o aumento de produção. O inves-timento total para colocar a dunany a funcionar em pleno “ultrapassará os três milhões de euros, o que inclui o valor da compra da fábrica, obras, maquinaria e fundo de maneio para os primeiros meses de atividade”, esclare-ce Sergio Rodrigo.

O empresário, natural de Valência, já tinha experiência no segmento de produtos pré-cozinhados, quando se associou a Pompeu capelo, e a mais dois sócios, uma família canadiana e um advogado espanhol, especialista no setor da distribuição. “tínhamos uma outra empresa em Espanha que já fazia estes produtos há dez anos e com uma quota de mercado muito

boa”, indica. Entretanto, em Portugal, surgiu a oportunidade de construir um novo projeto, pelo que se muda-ram para Portugal, conta: “No ano passado, vimos uma oportunidade de investimento em Portugal nesta fábrica que já existia. conhecíamos o mercado porque no passado trabalhámos com clientes portugueses. O fator tempo foi importante porque já tínhamos clientes em vista e decidimos comprar a fábrica e iniciar o projeto cá. depois fizemos as modificações necessárias para começar a produzir.”

O cEO da dunany explica que pesou também o facto de “Portugal dar muito boas condições aos investi-dores”, bem como “o apoio excecional da câmara Municipal de Benavente e do centro de Emprego local”. O gestor sublinha a “boa preparação dos recur-sos humanos disponíveis nesta zona do país”, o que ajuda a que “os produtos tenham uma boa relação qualidade preço”.

O cliente final que adquire os pré--cozinhados no supermercado só tem que os aquecer em forno ou micro-

-ondas, especifica Sergio Rodrigo: “todo o processo é muito rápido. Os nossos produtos são ideais para um contexto laboral, onde há muitas pes-soas e poucos microndas, pelo que o tempo de aquecimento é curto, cerca de três minutos. desde que saem da nossa cozinha, devidamente embala-dos, estes pratos têm uma validade de cerca de 20 dias, em frigorífico, na zona de frios. Não é preciso congelar.” tudo isto, “com a certeza de que está a comer um produto de qualidade, como se fosse comida caseira”, acrescenta o empresário, assegurando, que essa é a grande aposta da marca: A dunany possui uma cozinha laboratório, onde o chefe Pompeu e a sua equipa criam e testam os pratos, antes de decidir quais serão produzidos na cozinha industrial, como explica Sergio Rodrigo: “uma receita desde que sai da cabeça do chefe até que chegue à fase de comerciali-zação pode levar uns quatro meses. A cozinha é o ponto mais crítico de todo o processo. O chefe propõe os pra-tos, que depois têm que ser validados organolepticamente. Fazemos todos os testes necessários. depois, ajusta-

-se o processo de produção em fábrica. Somos muito ágeis e inovadores, pelo que adaptamos a maquinaria aos pra-

A expetativa de ven-das no primeiro ano de atividade é “che-

gar aos cinco ou seis milhões de euros”

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AtuAlidAdE actualidad

tos e não o contrário. Quem manda é a comida.”A dunany propõe-se a inovar neste

segmento, pelo que é a marca que pro-põe novos pratos e sabores aos clientes intermediários, observa Sergio Rodrigo:

“Os nossos clientes diretos, os supermer-cados conhecem bem os seus clientes (o consumidor final), por isso procuramos trabalhar em conjunto para antecipar o que o cliente final deseja.”.

Sergio Rodrigo acredita que os pro-

dutos dunany vão agradar aos con-sumidores portugueses, que tal como os consumidores espanhóis gostam de comer com qualidade. “A gastrono-mia é um tema muito importante na Península ibérica. As pessoas têm menos tempo para cozinhar e nós temos resposta para essa necessidade. Se o produto for bom, o cliente repete. Sabemos que podemos fazer pratos mais simples e mais baratos, como tantos outros concorrentes, mas não tão bons. Não cedemos em questões de qualidade, não adicionamos potencia-dores de sabor, nunca usámos óleo de palma (mesmo antes de ser proibido)… Preferimos usar a técnica para obter sabor de forma natural, como quando cozinhamos em nossas casas, fazendo reduções de tomate, por exemplo. Os clientes percebem isso e estão dispostos a pagar pela diferença.”A dunany prefere especializar-se

neste tipo de pratos e não entrar nou-tros segmentos: “Não faremos sopas, nem sobremesas. Acreditamos na especialização. Queremos associa-nos a universidades e a outros organis-mos, de modo a fomentar a parti-lha de conhecimentos. Queremos que todo o processo seja o mais sustentável possível. temos painéis solares a ali-mentar a fábrica. Queremos eliminar o desperdício. Pretendemos doar os nossos excedentes ao Banco Alimentar. trabalhamos em equipa com os forne-cedores e com os clientes. compramos produtos locais sempre que possível, pela frescura, mas também para poupar custos de transporte e poluir menos.”A marca irá “apostar numa comuni-

cação próxima dos consumidores, nas redes sociais, porque é muito impor-tante para uma empresa de alimen-tação conhecer o feedback dos seus clientes, as suas opiniões e sugestões”, porém Sergio Rodrigo insiste que “o veículo de comunicação mais eficaz será o próprio produto, será a qualida-de que vai fidelizar os consumidores”. A expetativa de vendas no primeiro

ano de atividade é “chegar aos cinco ou seis milhões de euros”.

Pompeu Capelo, o chefe português

A vida afastou Pompeu Capelo de Portugal, quando emigrou em crian-ça com o seus pais para França, mas a gastronomia fê-lo regressar agora para liderar a cozinha da Du-nany Foods. Curiosamente foi em Portugal que fez o curso de cozinha, na Escola de Hotelaria de Lisboa, aproveitando a estadia na capital,

quando foi chamado a cumprir ser-viço militar. Foi a profissão de co-zinheiro que seguiu, nas diferentes geografias em que viveu. “Trabalhei na Madeira, em Macau, Cuba, Es-panha, Canadá, onde se praticava uma cozinha muito cosmopolita… Isso deu-me oportunidade para conhecer diferentes gastronomias, diferentes técnicas e ingredientes. Desde a cozinha kocher à oriental, experimentei várias formas de cozi-nhar distintas.”Para este chefe, o mais importan-te “é a honestidade da cozinha”, o que implica “respeitar totalmente os produtos, não desperdiçar nada no produto e tentar elevar o sabor da forma mais natural possível”.Integrar o projeto Dunany dá-lhe uma dupla satisfação: “Além de estar a fazer o gosto mais de fazer, tenho a oportu-nidade de o fazer no meu país.”

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17A B R I L D E 2 0 2 0 ACTUALIDAD€

AtuAlidAdEactualidad

AEurofirms, uma empresa de recrutamento e trabalho temporário, que começou há seis anos a atuar no mercado nacional, tem como grande

trunfo a utilização de soluções tecno-lógicas para apoio aos seus serviços. Segundo João Silva (na foto), diretor--geral da Eurofirms em Portugal, o modelo de negócio “passa por ser uma empresa tecnológica e comprometida com as pessoas, dando prioridade à gestão por valores”, salienta. Assim, a Eurofirms é a “única empresa em Portugal que possibilita a assina-tura eletrónica de documentação”, no seu setor de atividade, além de dispo-nibilizar, através do seu site institu-cional, áreas privadas para clientes e trabalhadores poderem gerir diversas funcionalidades da sua atividade. Por outro lado, adiantam os responsáveis da empresa, “brevemente, vamos lançar

uma app para trabalhadores/ candida-tos, e também somos a única empresa em Portugal que utiliza um ERP pró-prio, o que nos possibilita uma grande flexibilidade”.A empresa tem como “principais ser-viços a captação, seleção, formação e colocação de trabalhadores em empre-sas de todos os setores, contando já com mais de três mil trabalhadores ativos. concentra principalmente as suas ativi-dades nas áreas do trabalho temporário e outsourcing e conta com uma equipa de mais de 100 profissionais”, adianta João Silva. Nas áreas de negócio que a empresa desenvolve em Portugal, de salientar a vertente de recrutamento e seleção especializados, através da marca claire Joster. No total, a Eurofirms conta, assim, com “mais de três mil trabalha-dores colocados”.Em termos dos principais setores clien-

tes, a Eurofirms em Portugal trabalha praticamente com todos os setores, mas tem dado maior destaque à hotelaria e turismo, bem como à indústria e logística.tendo como lema o princípio de “People first” (“as pessoas primeiro”), a Eurofirms afirma que se “converteu numa referência de qualidade no setor dos recursos humanos, consolidando um modelo empresarial próprio que coloca as pessoas e o seu bem-estar em primeiro lugar, para a obtenção de melhores resultados”.

“contratamos os mais variados perfis, com diversos graus de especialização, tentando sempre alcançar um fit ideal entre candidato e empresa. Atualmente, verificamos uma maior procura por perfis operacionais, tais como operado-res de armazém, operadores de linha e de produção, técnicos de manutenção e eletricistas. No setor da hotelaria e

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18 ACTUALIDAD€ A B R I L D E 2 0 2 0

AtuAlidAdE actualidad

Quais os desenvolvimentos tecnológicos mais recen -t es implemen t ados pela COSEC e qual o impacto/ benefícios para os clien-

tes e utilizadores de seguros de crédito?A cOSEc tem vindo a fazer uma

aposta muito forte em inovação e na digitalização dos seus produ-tos e processos. Recentemente, desenvolveu para os seus clientes duas soluções digitais gratuitas

– o cOSEc link e o cOSEc info – que apoiam a gestão das empresas no recurso ao seguro de créditos.

O cOSEc link é uma interface de programação de aplicações (APi) que permite às empresas ligarem o seu sof tware de gestão à cOSEc. Assim, de forma rápi-da e segura, os clientes podem ser mais ágeis, por exemplo, na identif icação das entidades de

risco ou na consulta de decisões de limites de crédito – a gestão da apólice passa a ser feita direta-mente no sof tware da empresa. O serviço, gratuito, é também con-f igurável permitindo automatizar pedidos com base em regras pré-

-def inidas no sof tware de gestão f inanceira de cada empresa.

O cOSEc info é uma nova funcionalidade do cOSEcnet, a plataforma de gestão online da apólice de Seguro de créditos da companhia. Agora, os segu-rados passam a ter acesso a um conjunto adicional de indicado-res f inanceiros sobre entidades que atuam no mercado interno, nomeadamente vendas e presta-ção de serviços, resultado líqui-do, EBitdA, capita l próprio, ativo total e autonomia f inan-ceira, para a lém de uma classi-f icação de risco da cOSEc que evidencia a visão da companhia

acerca da capacidade de uma empresa cumprir as suas respon-sabilidades f inanceiras e obriga-ções comerciais. Essa classif ica-ção de risco é atualizada em per-manência pela cOSEc, face a informações a que a companhia tem acesso e também produz através das ações de vigilância de risco que faz.

No ano passado, lançámos o portal online cOSEc go!, que centra liza a sua comunicação com os mediadores e bancos par-ceiros na distribuição dos nos-sos produtos, facilitando-lhes a gestão das carteiras de seguros por eles angariadas, e assim for-necendo um melhor serviço aos segurados. Por último, e não menos importante, lançámos, em 2019, por ocasião dos 50 anos da cOSEc, o cOSEc € XPRESS, um seguro de créditos desenvol-vido para responder às necessi-

Há 50 anos no mercado, a Cosec assume-se como seguradora líder em Portugal nos ramos do seguro de créditos e caução. Maria Celeste Hagatong, chairman da COSEC, sublinha que a aposta em inovação tem sido constante, permitindo expressivos ganhos de eficiência e de quota de mercado. A gestora aponta também quais os desafios que se colocam ao segmento de seguros de crédito.

Cosec reforça inovação tecnológica e ganha eficiência

Texto Clementina Fonseca [email protected] Fotos DR

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19A B R I L D E 2 0 2 0 ACTUALIDAD€

AtuAlidAdEactualidad

dades de proteção e expansão do negócio de empresas com fatura-ção abaixo de €5 milhões: digital, simples de contratar e gerir e com um preço f ixo, ajustado à dimensão destas empresas.

Graças a estes desenvolvimentos/ soluções, podem tomar decisões mais rápidas, nomeadamente em caso de sinistro?

Nos últimos anos, em grande medida pelo investimento signi-f icativo que vimos fazendo em inovação e digitalização, registá-mos, em 2019, uma redução dos prazos de decisão na atribuição de limites de crédito, que passa-ram para 0,5 dias relativamente a Portugal e 1,5 dias para o merca-do externo: valores nunca alcan-çados. Mais de 93% das decisões são efetuadas em menos de 48h.Adicionalmente, através das solu-

ções digitais como a cOSEcnet ou a cOSEc app, os clientes também têm uma maior proximidade com a companhia, para apresentar mais rapidamente as suas solicitações de revisão ou obtenção de plafonds para desenvolverem negócios.

desde 2019, disponibilizamos também um serviço inovador de Admissão e Regulação Automática de Sinistros na cOSEcnet, apli-cável a valores de crédito infe-riores a €5 000, que representam uma parte muito significativa do número total dos sinistros admi-tidos, que permite aos segurados receberem o aviso de pagamento de um sinistro no primeiro dia do prazo contratualmente previsto para o seu pagamento, diminuin-do o prazo de recebimento da indemnização devida.

Existem novos acordos com o Estado (linhas de apoio com garantia do Estado)? Qual a síntese dessas linhas, no final de 2019?Atualmente, o sistema de Seguro de créditos com Garantia do

Estado – ScGE cobre exporta-ções para mais de 70 mercados, e continua a ser decisivo para o rela-cionamento comercial das empre-sas portuguesas, nomeadamente com os Países Africanos de língua Oficial Portuguesa, e também para a diversificação das exportações para outros mercados de risco comercialmente não aceites. Entre 2008 e 2019, o valor das responsa-bilidades deste sistema mais do que duplicou. No segundo semestre de 2019, foram aprovadas uma linha de seguro de crédito de médio prazo para o setor da metalurgia e moldes de €100 milhões e uma linha de seguro de caução, também de €100 milhões, para apoiar as empre-sas, especialmente de construção e obras públicas, em trabalhos no exterior.

Qual o volume de créditos concedi-dos/ riscos assumidos pela COSEC em 2019?Em 2019, ano em que comemorou os seus 50 anos, a cOSEc refor-çou a quota de mercado, para 53%. O mercado de Seguro de créditos cresceu 1,7% e a cOSEc aumen-tou os seus prémios em 5,2%. Para isso contribuiu a sua estratégia de aproximação crescente ao segmen-to de PME e a elevada taxa de retenção dos seus clientes. Além disso, não podemos deixar de salientar o trabalho comercial da cOSEc na inovação permanente nos produtos e serviços dedicados aos vários segmentos de mercado, desde as grandes às microempre-sas, da parceria de distribuição estabelecida há mais de 10 anos com o BPi e, nos últimos dois anos, reforçada com novas parce-rias do mesmo tipo, estabelecidas com a caixa Geral de depósitos, o Millennium bcp e o Bankinter, e ainda a atividade dos media-dores e agentes de seguros com quem sempre trabalhou. Quanto

ao volume de créditos concedidos/ riscos assumidos pela cOSEc em 2019, através das garantias con-cedidas ao abrigo das apólices de Seguro de créditos, segurou ven-das equivalentes a cerca de 10% do PiB nacional, através de um volume de transações coberturas em Portugal e nos mercados de exportação de cerca de €20 mil milhões.

Globalmente, como antecipa 2020 na COSEC em termos de novos mer-cados, novos clientes e volume de prémios?A evolução do seguro de créditos segue a evolução das transa-ções comerciais, e estas estão diretamente relacionadas com o crescimento verif icado nas economias. Havendo um cres-cimento mais lento, é normal que a evolução dos Seguros de créditos seja mais moderada. No entanto, no caso português, existem ainda muitas empresas que trabalham em autosseguro, sobretudo as de pequena e média dimensão. É nesse segmento que se tem verif icado um crescimen-to mais acentuado do mercado em que atuamos. Por outro lado, a incerteza crescente nos merca-dos leva a que muitas empresas comecem a olhar para o nosso produto como um instrumen-to necessário, e digo mesmo indispensável, para a mitigação do seu risco comercia l, o que é menos evidente quando a situa-ção macroeconómica se mostra mais positiva.A diversif icação das exportações

portuguesas irá certamente obri-gar à abertura de novos destinos de exportação, alguns dos quais não cobertos pelas seguradoras comerciais e onde os Seguros de créditos com Garantia do Estado podem ser o instrumen-to adequado para viabilizar estas operações.

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20 ACTUALIDAD€ A B R I L D E 2 0 2 0

AtuAlidAdE actualidad

Presente en más de 80 paí-ses, cantabria labs lleva seis años consecutivos considera-do como el laboratorio más prescrito en España en el área

dermatológica, tal y como ya ocurre en Portugal. El año pasado disparó su facturación llegando a los 193 millones de euros, lo que supuso un crecimiento del 22% respecto al ejercicio anterior. «Este va a ser un año de consolidación, después de las compras de compa-ñías te debes integrar», afirmó Susana Rodríguez, cEO de la farmacéutica, durante un encuentro con la prensa para presentar los últimos resultados.

En 2020 se cumplen los 25 años del descubrimiento de la fotoprotección oral llevada a cabo por cantabria labs junto a la Harvard Medical School. unos comprimidos aconsejables como

complemento en época de riesgo, apto para todas las pieles que quieran refor-

zar su protección o para las muy sensi-bles al sol. desde entonces este labora-

La farmacéutica española encara una etapa de consolidación tras un importante crecimiento del 22% registrado en el 2019, lo que supuso 193 millones de euros de facturación. Líder en productos de prescripción dermatológica tanto en España como en Portugal, Cantabria Labs reforzó ha reforzado su presencia en territorio luso con la compra de Dieticare, un laboratorio de nutrición.

Cantabria Labs consolida su liderazgo en prescripción dermatológica y apuesta por el negocio de nutrición clínica

Texto Belén Rodrigo [email protected] Fotos DR

Fabricación de unidades de geles hidroalcohólicos higienizantes

Ante la escasez de estos produc-tos, causada por la actual crisis sanitaria, la compañía farmacéu-tica se puso a disposición de las autoridades y ya tiene todo dis-puesto para abastecer en España este producto crítico. • La nueva planta ecosostenible ubicada en Villaescusa (Cantabria) ya ha transformado sus capaci-dades de fabricación de diversos productos para dedicarlos a la ela-

boración de estos geles hidroal-cohólicos higienizantes, de los que ya produjo ayer sus primeras 12.500 unidades. • El objetivo de Cantabria Labs es abastecer a los profesionales sa-nitarios, a otros profesionales al servicio de los intereses colectivos y a todas las personas que requie-ren de esta protección, poniendo a disposición del bien común todos sus recursos técnicos y humanos.

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AtuAlidAdEactualidad

torio ha ido creciendo, aumentando su porfolio de productos nutricionales y farmacéuticos y asi como su presencia internacional, llegando a 80 países.

En el caso de Portugal cuenta con una filial desde 2009 y tal y como ocurre en España, es líder en productos de prescripción dermatológica. El año pasado adquirió la parte mayoritaria de la compañía portuguesa dieticare, con el objetivo de desarrollar el negocio de la nutrición clínica en el territorio luso. “creemos en la importancia de la alimentación de uso médico especial y por eso hemos apostado por ir en esta dirección también en Portugal”, indica la cEO. Este tipo de nutrición “es importante en cuanto a que lo vemos estratégico pero sabemos que también es un mercado nicho”. la dirección de cantabria labs considera que “entre el 20 y el 30% de los pacientes que han estado ingresados en los hospitales salen con déficit nutricional y queremos desarrollar productos para este público”.

En el mercado portugués venden sobre todo productos para el cuidado del cabello y en fotoprotección oral. El 45% de la facturación de cantabria labs es nacional y el 55% internacional. cantabria labs cuenta con un impor-tante plan de expansión que en 2018 ha dado lugar a una mayor presencia de cantabria labs en África y Oriente Medio.

Este año es el de la consolidación Quieren consolidar las filiales de

joven creación ahora y las nuevas adqui-siciones, además de lograr sinergias entre unidades de negocio y optimizar los recursos tecnológicos. conscientes de que este sector es muy competitivo en España siguen apostando por el emprendimiento, la innovación y la cer-canía como piedras angulares. Heliocare es su marca más conocida y consumida, al igual que inmunoferon, y pretenden ampliar ambas líneas, así como su acti-vidad en el ámbito pediátrico.

Campaña con Rafa Nadal Entre las acciones previstas para el

2020 está la de una campaña con el respaldo de Heliocare para concienciar a todo el mundo de la importancia de una buena fotoprotección que va a protagonizar el tenista Rafa Nadal.

«Queremos inculcar los buenos hábitos al sol para prevenir enfermedades y hacer entender a la población que es importante acudir regularmente al der-matólogo», afirmó Susana Rodríguez. En su línea Endocare, diseñada para prevenir y reducir el envejecimiento cutáneo, también hay novedades este año. Por un lado Endocare Radiance c Ferulic, un sérum que combate la polución y por otro Endocare cellage Alta Potencia, que apuesta por la repara-ción dérmica con activos en su máxima concentración

Innovador laboratorioLa apertura de su nuevo centro de innovación y producción sosteni-ble de La Concha (Cantabria), fue “una apuesta por la innovación y la sostenibilidad capaz de producir 100 millones de unidades al año de sus productos farmacéuticos y cosméticos”, explican desde la compañía. Las instalaciones de La Concha se encuentran en la localidad de Villaescusa con una dimensión de 50.000 metros cua-drados, 12.000 de los cuales edi-ficados. Están a 5 kilómetros del Parque Nacional de Cabárceno y en su interior se encuentra un ma-nantial de aguas termales con pro-piedades mineromedicinales. En

el edificio principal se encuentra el laboratorio de agua que permite la ecosostenibilidad de las instala-ciones por el aprovechamiento de la geotermia del manantial. Y un segundo centro está dedicado a activos y materias primas que pre-tende ser un referente en el desa-rrollo e investigación de ingredien-tes naturales. El agua del manantial fluye de ma-nera cosntante a 39 grados, con un caudal de 35 litros por segun-do, y gracias a su geotermia, se obtiene energía renovable y sos-tenible que permite climatizar las instalaciones y los reactores de producción.

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MArkEting Marketing

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Em novembro do ano passa-do, a modelo alemã claudia Schiffer partilhava na sua conta de instagram uma foto em que aparecia sentada

ao lado de uma mesa recheada de peças da marca portuguesa Bordallo Pinheiro. A referida marca do grupo Vista Alegre republicou a mesma foto que denunciava uma parceria entre a modelo e a Bordallo Pinheiro. A parceria confirmou-se e a mode-lo desenhou uma coleção para a centenária marca portuguesa, que foi lançada em janeiro na feira de decoração Maison & Object 2020, em Paris.

claudia Schiffer idealizou uma cole-ção primaveril, a cloudy Butterflies:

“A primeira coleção é composta por três vasos para a Vista Alegre e seis peças de cerâmica para a Bordallo

Pinheiro, mas é uma colabo-ração de longo prazo com mais categorias a lançar ao longo do ano”.A modelo con-

fessa que lhe atrai muito o legado e a his-tória das duas marcas: “A Vista Alegre comemo-rou 195 anos e a Bordallo Pinheiro 135. Sei como é difí-cil fazer boas cerâmicas e peças em vidro;

é uma arte que demora anos para ser aperfeiçoada. A Vista Alegre e a Bordallo Pinheiro conseguem fazê-lo na perfeição e também se ajustam ao nosso sentido estético de hoje. Recebi a minha primeira peça Bordallo Pinheiro há anos, oferecida pelos meus amigos portugueses carlos e Filipa, que no meu aniversário me deram o prato de queijo com ratos cinzentos. desde então, colecionei quase tudo o que a Bordallo fez e decidi confessar-lhes o meu amor e pedir-lhes para dar vida às minhas ideias.”

Entre as peças favoritas, a modelo elege as formas naturalistas: “Folhas, cogumelos, pimenta e pote de berin-gela, que uso para coisas como alho e ervas frescas; as tigelas de melancia que uso para frutas e são lindamen-te detalhadas com a casca pintada suavemente por fora e vermelho

vibrante com sementes pretas textu-rizadas por dentro. também adicio-nei recentemente as novas formas de frutos secos à minha coleção. Para servir peixe uso o prato peixe e no Natal todos os desenhos natalícios vermelhos Bordallo.”

cores naturais para as peças em vidro da Vista Alegre e mais deta-lhes e design figurativo para as cerâ-micas da Bordallo Pinheiro foram os fios condutores desta primeira fase da colaboração destas marcas portuguesas com a modelo e desig-ner alemã.A Bordallo Pinheiro, fundada em

1884 por Raphael Bordallo Pinheiro, foi comprada em 2018 pela Vista Alegre ao Grupo Visabeira, que por sua vez é acionista maioritário da Vista Alegre. As duas marcas portu-guesas de artigos de louça e decora-ção comercializam os seus artigos em Portugal e no estrangeiro, nomeada-mente na loja que abriu em Madrid, em 2018, e nas duas que abriu em Paris, no ano passado. O mercado externo representa cerca de 70% das faturação.

A modelo alemã assina a mais recente coleção conjunta das marcas Bordallo Pinheiro e Vista Alegre. Claudia Schiffer avança que durante este ano irá lançar mais peças ao abrigo desta parceria.Texto Susana Marques [email protected] Foto DR

Bordallo e Vista Alegre lançam “Cloudy Butterflies” de Claudia Schiffer

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MArkEtingMarketing

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sEtor iMoBiliário sector inMobiliario

O instituto Nacional de Estatística informa que

no ano passado se transa-cionaram 181.478 habita-ções, o que representa um aumento de 1,6% face ao número de 2018. Em 2019, o valor das transa-ções foi de 25,6 mil milhões de euros, mais 6,3% do que em 2018. de referir ainda que desse valor, 20,7 mil milhões corresponderam a vendas de habitações exis-tentes e 4,9 mil milhões a habitações novas.O iNE informa ainda que o índice de preços da habita-ção (iPH) subiu em média 9,6%, em 2019, o que traduz um abran-damento do ritmo de crescimento de 0,7 pontos percentuais face a 2018. O mesmo organismo frisa que “pela primeira vez, nos últi-mos três anos, registou-se uma desaceleração dos preços”. A Área Metropolitana de lisboa e a região Norte concentraram 63% do número total de transações, o que também indica “uma redução

do peso relativo conjunto des-tas duas regiões”, o que acontece “pela primeira vez, desde 2013”. O centro totalizou 35.024 tran-sações e o Alentejo 11.279, sendo as duas regiões cujas quotas relati-vas regionais mais cresceram, 1,6 pontos percentuais e 0,3 pontos percentuais, respetivamente.de assinalar ainda que nos últimos três meses do ano, os preços das habitações existentes cresceram 9,8%,

quase o dobro da taxa de variação registada nas habitações novas (4,9%). O iNE acrescenta que esta infor-mação não reflete ainda a situação atual determinada pela pandemia covid-19: “É de esperar que as tendências aqui analisadas se alte-rem substancialmente. de qual-quer modo, a informação dispo-nibilizada é útil para estabelecer uma referência para avaliar desen-volvimentos futuros.”

Chama-se iberian Property investment Awards e é “a pri-

meira iniciativa focada exclusiva-mente em reconhecer o impacto positivo do investimento imobi-liário na Península ibérica, além de destacar as maiores operações e premiar as melhores práticas”. O prazo para submissão de can-didaturas termina a 3 de abril. Os concorrentes podem candi-datar-se a sete prémios em seis categorias, abrangendo opera-ções de investimento concreti-zadas no ano fiscal de 2019:

investimento do Ano em Espanha e investimento do Ano em Portugal; Research imobiliário do Ano; Arrendamento comercial do Ano; Ação Jurídica do Ano; iniciativa com impacto Social do Ano; Relatório de investimento do Ano. O painel de jurados que elege-rá os vencedores é constituído por cerca de “50 líderes das principais empresas do merca-do imobiliário ibérico, unidos para difundir e multiplicar o impacto das boas práticas de um

setor estratégico para Espanha e Portugal”.Roger M. cooke, presiden-te do júri dos iberian Property investments Awards, convidou todos os players do setor a apre-sentar as suas candidaturas e a fazerem esta mesma proposta aos seus clientes e fornecedo-res. “Esperamos receber um ele-vado número de candidaturas, considerando a intensa dinâmica de investimento em 2019, com muitas operações que merecem reconhecimento.”

preços da habitação aumentam 9,6% em 2019

setor imobiliário ibérico quer premiar investimentos em portugal e Espanha

Textos Actualidad€ [email protected] Fotos DR

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sEtor iMoBiliáriosector inMobiliario

Em parceria com a REAtiA, proptech portuguesa, que agrega informação de

todos os imóveis disponíveis no merca-do, a Remax lança uma nova plataforma metasearch de imóveis. desta forma, a mediadora líder no mercado imobiliário português “passa a disponibilizar a plata-forma de inteligência artificial como fer-ramenta de trabalho, para acesso dos seus consultores, o que lhes garante análises de mercado com dados em tempo real.Em comunicado, a Remax esclarece que “esta plataforma metasearch de imóveis, reúne todos os imóveis particulares e de mediadoras imobiliárias existentes no mercado, dispondo de informação ana-lítica de cada imóvel, fundamental para a sua análise e também do próprio mer-cado. Ao agregar todos os imóveis num só lugar, esta ferramenta possibilita ter uma visão e controlo do que se passa no mercado de forma eficaz, permitindo comparar todos os anúncios de imóveis

online (particulares e/ou profissionais), saber o seu histórico e as suas movimentações”. Beatriz Rubio, cEO da Remax Portugal, assinala a vantagem competitiva que esta parceria tecnológi-ca proporciona: “A mediação imobiliária tem assistido a uma transformação digital. Nesta fase difícil que atravessamos, que impõe uma maior capacidade de adaptação, o desafio é não parar. O papel da tecnologia na mediação imobiliária é agora mais que vital para os agentes conseguirem prestar o melhor serviço aos seus clientes. Esta parceria tecnológica que fizemos com o REAtiA é importante pois vem per-mitir a que todos os agentes da Remax

passem a dispor de toda a informação do mercado, em tempo real, e disponível nas suas ferramentas do dia-a-dia. desta forma, a qualidade no serviço a clientes proprietários, assim como a comprado-res, sai fomentada. ” A cEO acrescenta ainda que “nos últi-mos anos o investi-

mento tecnológico na Remax tem sido reforçado e o ritmo a que disponibili-zamos novas ferramentas à rede tem aumentado. temos previsto para este ano um incremento nesse investimento e acreditamos que 2020 irá ser sinónimo de uma revolução tecnológica na nossa rede, pois acreditamos que estamos a caminho da mediação 4.0.”

remax lança plataforma metasearch de imóveis

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opinião opinión

En primer lugar es para mí obli-gado transmitir a la familia de mi amigo y compañero en la ccilE durante muchos años don Antonio Vieira Monteiro,

chairman del Grupo Santander en Portugal, mi pésame de dolor por la pérdida de una persona tan querida, colaborador infatigable de nuestra institución. Este hecho nos hace muy conscientes de que la tragedia actual nos está tocando muy de cerca y de que toda prevención es poca. cuidaros, queridos amigos tod@s.

la actual pandemia causada por el coronavirus que se inició en 2019, llama-do cOVid-19, está causada por el virus del síndrome respiratorio agudo SARS-coV-2, identificado el 1 de diciembre de 2019 en la ciudad china de Wuhan, relacionándola con una neumonía vin-culada especialmente a trabajadores del mercado mayorista de mariscos. Hasta el 26 de marzo han sido detectados casi medio millón de casos en el mundo, con más de 22.000 fallecidos y más de 115.000 altas, no existiendo aún un tratamiento específico. Para evitar daños mayores se han cerrado centros escolares y universidades en 124 países que afectan a más de 1.200 millones de escolares. Son múltiples los casos de teorías conspirativas y fake news sobre el virus. En España y Portugal se tomaron medidas de confinamiento y limitación de viajes desde mediados de marzo.

No quiero caer en el tremendismo en este artículo. tampoco en el optimismo, viendo la enorme cantidad de informa-ción que tenemos y los antecedentes recientes: la llamada Gripe “española” posbélica de 1918, la Gran depresión, la Gran Recesión, otras crisis virales. la verdad es que de momento es mejor ser

pesimista, sabiendo que algún día des-pués de la tempestad volverá la calma (seguramente con crecimientos econó-micos sorprendentes).

china en un tiempo record pudo aislar a la población afectada y llegar a los picos de infecciones y fallecimientos, aunque pueda haber habido algunos repuntes. En los países no democráticos la información es manejada como secre-to de Estado. china tomó decisiones radicales y en “sólo dos meses” pudo retirar el estado de alarma. lo ocurrido allí con los sanitarios que dieron la voz de alarma y fueron penalizados, recuer-da la infección de las aguas del balneario denunciada por el médico del pueblo, en contra de los poderes fácticos locales, expuesta por el noruego ibsen en la obra de teatro “un enemigo del pueblo”. ¿Podríamos haber comenzado a tomar

medidas entonces escarmentando en cabeza ajena, anticipando el desastre económico, pero evitando mayores contagios? la verdad es que lo ignora-mos. como decía hoy en una entrevista el antiguo ministro de Sanidad con Zapatero, Bernat Soria, nuestro sistema de Asistencia Sanitaria es bueno, pero el sistema de prevención suspende.

En el caso actual, que los Gobiernos hayan decidido priorizar la Salud va a ocasionar pérdidas no vistas anterior-mente durante un periodo más o menos prolongado, evitando mayores conta-gios. Pero una vez pasado el Virus de este año, la recuperación probablemente será muy rápida y las cifras de 2021 estarán a niveles no vistos en Europa en los últimos años.

Para entendernos, nos enfrentamos en primer lugar a una crisis sanitaria mundial en una economía globalizada y el primer bien común a preservar en

este caso es la salud y la vida. Más ade-lante será la economía y ahora tenemos que preparar, tanto a nivel nacional como internacional, el mantenimiento de las empresas, la supervivencia de los autónomos y la renta familiar. Se están preparando medidas económicas paliativas (especialmente en la uE y en Estados unidos) para que cuando acabe el confinamiento las distintas economías nacionales puedan recuperar su velocidad de crucero. Ésta va a ser probablemente una depresión diferente, profunda al principio, con grandes dígi-tos de caídas como ya han anticipado las bolsas mundiales, especialmente cuan-do afecte a Estados unidos (el corazón financiero, Nueva York, ya está siendo tocada), pero con una buena recupera-ción cuando los bancos centrales y otras instituciones inyecten liquidez de mane-ra coordinada a la economía mundial.

día a día las cifras de infectados y fallecidos siguen creciendo y el siste-ma sanitario en la Península ibérica y mundial trata de responder al reto del coronavirus mientras se encuentra una vacuna eficaz. En relación con la epidemia de gripe de 1918 (llama-da “Española”) la incidencia actual es mucho menor afortunadamente (se cal-cula que aquella gripe causó entre 1918 y 1919 más de 50 millones de muertos en el mundo, fundamentalmente en Europa, con altas tasas de mortalidad en adultos, niños y animales domésticos. A finales de marzo de 2020, las encues-

tas a directivos de las empresas sobre sus negocios y pedidos, que son un indicador de la demanda, nos indican un diagnóstico claro: la parálisis actual de la actividad económica en aquellos países que están tomando medidas para confinar a la población.

Sistema sanitário y economía, una lucha a dos

Por Cecilio Oviedo*

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opiniãoopinión

con las cifras de los 10 días transcurri-dos desde las medidas de confinamiento en España y Portugal (hasta el 27 de Marzo), podemos decir, en línea con Goldman Sachs y el iESE, que las eco-nomías colapsarán a corto plazo, como dice la lógica de las contabilidades Nacionales. Si no se puede trabajar, si se hunde la actividad económica en todo o en parte, entonces no se crea valor añadido y, por tanto, no se puede con-tabilizar en el PiB nacional del periodo.

dado que a priori no es posible proyec-tar cifras absolutas, porque desconoce-mos la duración de la pandemia en cada país y la duración de las medidas de aislamiento, me gustaría poder dar una estimación simple de las consecuencias económicas de esta crisis viral en varios escenarios.

En un primer escenario, muy optimis-ta, suponiendo que la situación, durara hasta finales de abril (6 semanas) y que la actividad se mantuviera al 50%, la economía ibérica podría perder alrede-dor de 6 puntos sobre una estimación anterior de crecimiento positivo cercana al 2%. Así estaríamos cayendo alrede-dor de un 4% en un escenario poco probable. En la zona Euro las estadísti-cas ya han caído a mínimos históricos, con una perspectiva de empeoramiento a medida que pase el tiempo de con-finamiento en casa (especialmente por lo que se refiere a expectativas de los nuevos pedidos a las empresas). Son las mayores caídas desde que existen registros.

coincido con el experto conferencian-te en esta cámara, Rafael domenech, del BBVA Research, en un cálculo aritmético rápido y comprensible para todos (dividir el 100% del PiB anual por 50 semanas) y cada semana sin trabajar absolutamente nada supondría a nivel macro un descenso del 2% del PiB nacional anual aproximadamente.

Goldman Sachs ha calculado que la caída de la economía española en 2020 podría ser casi del 10% y con un déficit público del 10% como amortiguador. Prevé actualmente medidas de confi-namiento hasta finales de Abril. italia

puede caer el 11,6% en todo el año. En 2021, esperan una normalización rápida de la eurozona, en V, con una recupera-ción de España del 8,5%.

El iESE estima que el decrecimiento sobre la anterior previsión para 2020, será del 3,9% si el confinamiento dura hasta mayo, del 5,8% si se mantiene hasta junio y del 10% si se prolonga hasta julio.

El famoso salvador del euro, Mario draghi, ha escrito recientemente en el Financial times que una profunda recesión es inevitable, que los planes de estímulo multimillonarios aprobados por los Gobiernos son “valientes y nece-sarios” y pide medidas para que sean apoyados para salir pronto de la recesión. En este momento, no preocupa la deuda y es algo que recomienda.

como ocurre cuando se está en medio de una depresión, aún no se sabe cuando tocare-mos fondo. En cualquier caso, es un año de elecciones en Estados unidos y convendría elimi-nar la guerra comercial con china para empezar a recuperar el comercio inter-nacional y los indicadores nacionales relacionados lo antes posible (consumo e inversión) en una perspectiva corto-placista cuando se acaben los confina-mientos. los precios del petróleo están bajo mínimo, lo cual es positivo para la mayoría de la población mundial, aún cuando tiene componentes especula-tivos.

cuando hayamos alcanzado niveles mínimos, la recuperación económica podría empezar a remontar, mejoran-do poco a poco las estimaciones de decrecimiento. de todos modos, en la industria el problema de las cadenas de valor llevan tiempo coincidiendo con el comienzo del cambio de paradigma de la industria automovilística para hacer

frente a otro desafío: el del calenta-miento global y las iniciativas de la uE frente al cambio climático, en un obje-tivo 2050. los actuales ERtE pueden ayudar a ajustar en el tiempo decisiones importantísimas de las grandes empre-sas europeas del sector, desabastecidas desde Asia.

El consejo de Ministros español del sábado 14 de marzo decidió paralizar la mayoría de las empresas (salvo los transportes, industrias, supermercados y farmacias), viajes nacionales e interna-cionales e incluso paseos no justificados. El Gobierno Portugués tomó similares medidas. En ambos casos fueron apo-yadas por los respectivos Jefes de Estado.

Hoy por hoy, no queda otra que el confinamiento casi generalizado para ir frenando la expansión del virus y mini-mizar sus consecuencias. lógicamente los mayores descensos son en el sector servicios con la hostelería cerrada (los gobiernos y los bancos centrales ya han pensado en medidas rápidas para ayu-dar también a las PME y en los ERtE).

Hay medidas que se consideran prio-ritarias para las personas consideradas como “vulnerables”, es decir, las afecta-das por los expedientes de regulación de empleo o reducción de jornada, además de un amplio grupo de autónomos abocados a la suspensión o cierre de sus negocios. El Gobierno ya aprobó una moratoria en el pago de hipotecas.

los llamados prestamistas en últi-ma instancia, o sea los grandes bancos centrales (BOJ, BcE, FEd,...) en coor-dinación con todos los demás, parecen

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opinião opinión

haber aprendido la lección de la crisis posterior a lehman Brothers y el G10 de 2009. Es la cuestión de facilitar toda la liquidez, del Quantitative Easing(QE) o la expansión casi sin límite de la Base Monetaria, prestando al sistema banca-rio lo necesario para ampliar el “dinero” u oferta monetaria en las cuentas de empresas y familias (el llamado heli-cóptero monetario de Friedman que ha citado el ex-Presidente español Felipe González Márquez), dado que no se prevé un peligro inflacionista a corto plazo. Ya se está hablando del fondo europeo MEdE y de los bonos euro-peos para poder financiar a países en dificultades.

Oportunidad históricaVemos claro que estamos ya en la rece-

sión, pero en el artículo de febrero ana-lizaba este economista público la nece-sidad de cambiar de modelo para tener una economía sostenible que nos aleja-ra del calentamiento global. Podemos tener una recesión momentánea y para que dure lo menos posible tenemos que iniciar las enormes inversiones contra el calentamiento y a favor de la Economía circular estimuladas desde la uE.

los eurobonos pueden ayudar a man-tener el sistema pero no es sólo una cuestión de deuda pública europea. Por supuesto que son necesarias transferen-cias públicas y estabilizadores automá-ticos para corregir las deficiencias del sistema hacia los más desfavorecidos. Según los Gobiernos, PME y autóno-mos van a recibir cantidades nunca vis-tas para poder sobrevivir en las actuales circunstancias de caída de la demanda y poder continuar su actividad cuando pase la crisis del coronavirus.

En la uE, la comisión será más flexi-ble en cuanto a subvenciones públicas y déficits para mantener la actividad privada pero no está liderando el pro-ceso, a diferencia del BcE que, a pesar de su error iniciático, reaccionó casi instantáneamente a los primeros datos de caída de la producción, tratando de minimizar las diferencias de intereses en los países más endeudados y sensi-

bles (primas de riesgo) y asegurando el refuerzo de la política monetaria, puesto que las políticas fiscales se resisten a ser coordinadas en 27 países.

la uE y el BEi tienen ya líneas para inversiones verdes disponibles. Pero también al capital y a la banca privada le interesa moverse lo más rápidamente posible para estimular inversiones pro-ductivas y los empleos verdes en una economía sostenible.

El futuro del capitalismoVisto lo visto, podemos analizar donde

nos puede llevar el futuro político en este tiempo de emergencias y de popu-lismos de todos los sentidos. En Estados unidos, un país muy rico, pero con una cobertura médica lejana del estado del bienestar europeo, se acaba de aprobar, no sin cierta polémica por parte de algu-nos republicanos, un plan de ayuda sin precedentes, similar a un helicóptero de Friedman que reparta cheques y ayudas por valor total inicial de casi 2 billones (thrillion $) de dólares para evitar una mayor depresión (se esperaba un des-censo del PiB del 34% en el segundo trimestre) y entra dentro del concepto de un plan de emergencia para mejorar el seguro de desempleo y ampliar las líneas de préstamos, según los líderes del proyecto.

En algunos aspectos es cercano al concepto de la renta básica que se intentaba experimentar en algunas economías europeas, ante la amenaza más seria desde la Gran depresión. Adicionalmente la FEd ampliará como hemos dicho su capacidad de préstamo al sistema financiero. los conservadores más ortodoxos han sido movidos por este enemigo biológico a llegar a un Acuerdo con el Partido demócrata, algo que no ocurría desde hace más de tres años. los demócratas están satisfechos de la firma de las nuevas prioridades. los hospitales recibirán 130.000 millo-nes de euros y las compañias tendrán ayudas fiscales. Además de las decisiones de política

monetaria tomadas por el BcE para la Eurozona, el consejo Europeo del 25

de marzo empezó a preparar la hoja de ruta para un nuevo Plan Marshall de la economía europea, “Plan para la recu-peración Económica” tras la pandemia, que se podrá concretar en las próximas semanas.

de momento sólo se tomaron medi-das para liberar recursos de distintos fondos, con una red de seguridad en torno al MEdE (400.000 euros) para una línea de crédito de emergencia, pensando en los países del Sur y espe-cialmente en italia.

las ideologías innovadoras se están moviendo desde posiciones socialdemó-cratas y protectoras de los trabajadores y las clases medias hacia la protección de los colectivos más vulnerables, tanto jóvenes, familias desintegradas, jubila-dos de baja renta o parados. A muy pocos años de la Gran Recesión, este golpe va a suponer a las rentas y expec-tativas familiares el actual coronavirus un gran coste económico y humano en época de populismos y nacionalismos creciente. Se va a encontrar una vacuna, pero pueden venir otras epidemias.

Por otra parte, tanto la uE como las generaciones más jóvenes están intere-sados en los nuevos criterios medioam-bientales, sociales y de buen gobierno de las empresas y bancos, hacia donde estos colectivos están optando por dirigir prioritariamente sus inversiones y sus ahorros. con la globalización, la divul-gación de las ideas sobre el calentamiento y la economía circular pueden en pocos años cambiar los criterios del capitalismo tal como lo hemos conocido, más allá de conseguir el máximo beneficio y la remuneración del dividendo.

Finalmente, esta crisis, como anticipó Bill Gates en 2015 hablando del próxi-mo desastre mundial, que sería causado por un virus, nos debe llevar a preparar nuevas inversiones en nuestras infraes-tructuras sanitarias, en formación de personal sanitario, en investigación y desarrollo y en prevención. En resumen, en la Sanidad.

*Economista y ex vicepresidente de honor de la CCILE

E-mail: [email protected]

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opinião opinión

Em virtude do surto do vírus SARS-coV-2, identifica-do como pandemia pela Organização Mundial de Saúde, o Estado português

tem vindo a adoptar várias medi-das extraordinárias de restrição à mobilidade das pessoas, de modo a prevenir e evitar novas linhas de contágio. As primeiras medidas implemen-

tadas em Portugal centraram-se, essencialmente, na limitação e restrição de viagens para a china e para itália, com a suspensão de todos os voos de e para esses países. No entanto, com o agra-vamento da situação epidemio-lógica, não só em Portugal como em toda a Europa, com a itália e a Espanha a registarem o maior número de infectados com a nova covid-19, tornou-se imperativo adoptar novas medidas de restri-ção, que permitissem um maior controlo da evolução da doença em Portugal. Assim, o conselho de Ministros

aprovou no dia 16 de março, atra-vés da Resolução do conselho de Ministros n.º 10-B/2020, um conjunto de medidas que veio repor, a título excepcional e tem-porário, o controlo documental de pessoas nas fronteiras de Portugal, de modo a evitar novas linhas de contágio. As medidas entraram imediatamente em vigor na data da sua aprovação atendendo ao

seu caráter urgente e prendem-se com o seguinte:

1.controlo de pessoas nas frontei-ras internas portuguesas no perío-do compreendido entre as 23:00 horas do dia 16 de março de 2020 e as 00:00 horas do dia 15 de abril de 2020, sem prejuízo de reavaliação a cada 10 (dez) dias e possível prorrogação.a.durante o referido período

estão designados como pontos de passagem autorizados, na fronteira terrestre, os seguintes:i. Valença-Viana do castelo,

saída da Ponte tuy-Valença-ligação iP 1-A 3, em Valença;

ii. Vila Verde da Raia-chaves, saída da A 52, ligação com a A 24, km 0, junto à rotunda;

iii.Quintanilha-Bragança, saída da Ponte internacional iP 4/E 82, nó de saída para Quintanilha ou junto das ins-talações do ccPA na N 218 -1 Quintanilha;

iv.Vilar Formoso-Guarda junto da linha de fronteira, largo da Fronteira, junto ao ccPA, N 16/E 80, liga-ção 620 Fuentes de Õnoro, Espanha, incluindo o acesso pelo Parque tiR, via camiões, N 16, Vilar Formoso;

v. termas de Monfortinho-castelo Branco, entronca-mento da N 239 com a N 240 em termas de Monfortinho;

vi.Marvão-Portalegre, linha de fronteira, Marvão, N 521 ligação de Valência de Alcântara à ic 13 Marvão;

vii.caia-Elvas, saída da A 6, km 158, ligação caia-Elvas, junto ao Posto de turismo, Elvas;

viii. Vila Verde de Ficalho-Beja, junto da linha de fron-teira, ligação A 495 Rosal de la Frontera ao iP 8, Serpa;

ix. castro Marim-Praça da Fronteira, km 131 da A 22, Ponte internacional do Guadiana-castro Marim.

b. A vigilância dos postos de passagem autorizados acima identificados, será assegu-rada pela Guarda Nacional Republicana (GNR).

2.Suspensão de todos os voos, de todas as companhias aéreas, comerciais ou privados, com ori-gem de Espanha ou destino para Espanha, com destino ou partida dos aeroportos ou aeródromos portugueses, com exceção das aeronaves de Estado, das Forças Armadas, voos para transporte de carga e correio, bem como voos de caráter humanitário ou de emergência médica e a escalas técnicas para fins não comerciais;

3.Proibição da circulação rodoviá-ria, nas fronteiras internas ter-restres, independentemente do tipo de veículo, com exceção

Covid-19: restrições à livre circulação de pessoas

por Márcia Alves Farias*

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opiniãoopinión

do transporte internacional de mercadorias, do transporte de trabalhadores transfronteiriços e da circulação de veículos de emergência e socorro e de serviço de urgência;

4.Suspensão da circulação ferroviá-ria, exceto para o transporte de mercadorias;

5.Suspensão do transporte fluvial entre Portugal e Espanha;

6.interdição da atracagem de embar-cações de recreio e o desembarque de pessoas;

7.Suspensão da concessão de licen-ças para vir a terra a tripulan-tes de embarcações nos portos nacionais, sem prejuízo de, caso a caso, e mediante parecer da Autoridade de Saúde, poder ser autorizada a troca de tripulações ou o desembarque para efeitos de regresso ao país de origem;

8.Proibição de desembarque de pas-sageiros e tripulações dos navios de cruzeiro nos portos nacionais, com excepção dos cidadãos nacio-nais e residentes em Portugal, determinada pelo despacho n.º 3298-c/2020, publicado no diário da República, 2.ª série, n.º 52, de 13 de março de 2020.A entidade responsável pela

aplicação das presentes medidas excecionais em matéria de con-trolo de fronteiras é o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), sendo que conta com a colaboração com das forças de segurança.

com a entrada em vigor destas medidas, passa a verificar-se o controlo sanitário nas entradas no território nacional e a ser soli-citado o preenchimento de decla-ração pelos inspectores do SEF, contendo informações referentes à identificação do cidadão, veícu-lo, alojamento e um questionário

referente ao covid-19 (eventuais sintomas, contacto com pessoas que tenham sintomas da doença, o tempo que pretende perma-necer em Portugal e se esteve recentemente em alguma área infetada).

Não obstante o exposto, para mitigar as consequências desta situação de exceção, o conselho de Ministros determinou que o con-trolo nas fronteiras deve ser ade-quado e proporcional, de forma a reduzir o seu impacto sobre a livre circulação de pessoas, pelo que não podem prejudicar:a)O direito de entrada dos cida-dãos nacionais e dos titulares de autorização de residência nos respeivos países;

b)A circulação do pessoal diplo-mático, das Forças Armadas e das forças e serviços de segurança;

c)A circulação, a título excepcio-nal, para efeitos de reunião fami-liar de cônjuges ou equiparados e familiares até ao 1.º grau na linha recta;

d)O acesso a unidades de saúde, nos termos de acordos bilaterais relativos à prestação de cuidados de saúde;

e)O direito de saída dos cidadãos residentes noutro país.

Estas medidas excecionais refe-rentes ao controlo de fronteiras surgem na sequência das medi-das já adoptadas no decreto-lei n.º 10-A/2020, de 13 de março e no despacho dos Ministros da Administração interna e da Saúde n.º 3298 -B/2020, de 13 de março, indo de encontro às linhas de orientação da comissão Europeia relativas à gestão de fronteiras, com medidas para protecção da saúde e para se assegurar a exis-tência de bens e serviços essenciais, sem comprometer o Mercado Único e, bem assim, permitir cir-culação de bens, nomeadamente medicamentos, mercadorias e ali-mentos.

Ainda em consonância com a comunicação da comissão Europeia de 16 de março de 2020, referen-te às restrições temporárias para viagens não essenciais de e para a união Europeia, e após as restri-ções impostas aos voos de e para Espanha, o Governo português, mediante o despacho n.º 3427-A/2020 de 18 de março, decidiu proibir o tráfego aéreo com desti-no e a partir de Portugal de todos os voos de e para países que não integram a união Europeia, com algumas excepções, a saber: a)Os países associados ao Espaço

Schengen (liechtenstein, Noruega, islândia e Suíça);

b)Os países de expressão oficial portuguesa (sendo que, no que se reporta ao Brasil apenas são admitidos os voos provenientes de e para São Paulo e de e para o Rio de Janeiro;

c)O Reino unido, os Estados unidos da América, a Venezuela, o canadá e a África do Sul, dada a presença de importantes comu-nidades portuguesa.Em todo o caso, são ainda admi-

tidos os voos necessários para assegurar operações destinadas a apoiar o regresso de cidadãos nacionais a território nacional.

uma nota final para esclarecer que, em face às circunstâncias extraordinárias que se têm viven-ciado, no passado dia 18 de março de 2020, foi declarado o Estado de Emergência em Portugal, com fundamento em calamidade públi-ca, por um período de 15 (quinze) dias, tendo vindo a ser adotadas inúmeras medidas pelo Governo Português, que visam restringir a circulação das pessoas em ter-ritório nacional, exigindo que cidadãos permaneçam em casa e realizem apenas as deslocações que se impõe.

*Advogada da Teresa Patrício & Associados E-mail: [email protected]

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grAndE tEMA gran teMagrAndE tEMA gran teMa

A pandemia e a economia

Os infetados, os afetados, os números estimados, os apoios anunciados, as variáveis desconhecidas, as oportunidades à espreita, a aprendizagem e a responsabilidade

social em curso, as mudanças, os novos modelos de trabalho, de consumo e de lazer. O que esperar? Como nos iremos reinventar? O impacto do coronavírus na economia

estará em constante atualização… Indústria e turismo são alguns dos setores mais vulneráveis aos efeitos da pandemia Covid-19, em Portugal, em Espanha e no mundo.

Alguns dos “sintomas” já se manifestam, outros adivinham-se… Governos e Comissão Europeia vão disponibilizando “remédios” para atenuar efeitos diretos

e colaterais. A cura da pandemia e da economia está em fase de testes. As pessoas e as empresas são, por estes dias, tubos de ensaio…

Textos Susana Marques [email protected]; María de Maintenant [email protected] Fotos DR

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Nem os seres humanos, nem a economia estavam vaci-nados contra o coronavírus. Por enquanto, a única cer-teza quantitativa é a de que

o número de afetados pela pandemia será muito superior ao número de infe-tados com covid-19. como disse o presidente francês, Emmanuel Macron, estamos “em guerra contra um inimigo invisível”. O presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, no dia em que decretou o estado de emergência (18 de março), insistiu que “é de uma guerra que se trata”, para justificar “uma deci-são excecional num tempo excecional”.

desconhecemos quando poderemos encerrar as contas das baixas resultantes desta “guerra”, cujos números se alteram diariamente, porque como sublinhou o Presidente da República de Portugal, a pandemia covid-19 é diferente de tudo o que já vivemos: “Está a ser e vai ser mais intensa. Vai durar mais tempo até desaparecerem os seus últimos efeitos. Está a ser e vai ser um teste nunca vivido

ao nosso Serviço Nacional de Saúde e à sociedade portuguesa, chamada a uma contenção e a um tratamento em família sem precedente. Está a ser e vai ser um desafio enorme para a nossa maneira de viver e para a nossa econo-mia. Basta pensar na saúde, na educação, no comportamento nas famílias, no tra-balho, nos efeitos no turismo, nas expor-tações, no investimento, na fragilização de famílias e empresas, nomeadamente de pequena e média dimensão.”

um dia antes, o presidente de Governo de Espanha, Pedro Sánchez, anunciava um “plano de choque económico” no valor de 200 mil milhões de euros e chamou-lhe “o maior de sempre em Espanha”. isto, numa altura em que Espanha já era o quarto país em número de infetados com covid-19, atrás do irão, da china e da itália. Pedro Sánchez ape-lava ao contributo de todos: “O Estado assume a sua posição, mas também os empresários, os trabalhadores, os arren-datários, os senhorios, todos podemos pôr-nos na pele dos outros para travar-

mos o impacto e abrir uma cadeia de solidariedade que nos fará recuperar o mais cedo possível e com o maior brio possível o vigor económico que tínhamos até ter aparecido este coronavírus”.A Portugal, o coronavírus chegou

mais tarde (o primeiro teste positivo foi conhecido a 2 de março) “e, também por isso, pode demorar mais tempo a atingir os picos da sua expressão”, obser-vou Marcelo Rebelo de Sousa.

À doença e, no pior dos cenários, à morte, juntam-se outras consequências provocadas pela paralisação parcial da economia, sobretudo nos setores da indústria e do turismo.

O presidente do Eurogrupo Mário centeno deixou claro que o surto de covid-19 está a ter um impacto na economia semelhante ao que teríamos em “tempos de guerra”. A chamada gripe espanhola, a pandemia causada pelo vírus influenza que se espalhou por quase todo o mundo, entre 1918 e 1920, contaminado mais de 500 milhões de pessoas (ou quase 27% da população

grAndE tEMAgran teMa

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grAndE tEMA gran teMa

As previsões e a análise da CosecLíder em Portugal nos ramos do seguro de créditos e caução, a se-guradora Cosec calcula que “a Co-vid-19 pode custar 280 mil milhões de euros por trimestre ao comércio internacional”, ou seja “em opor-tunidades de exportação, sendo a maior barreira às trocas de bens e serviços entre países durante 2020”. Os estudos da Companhia de Se-guro de Créditos portuguesa e da sua acionista Euler Hermes, efetua-dos até 9 de março, traduzem “um abrandamento significativo da pro-cura por parte da China e da Euro-pa” e apontam para um regresso à normalidade até o final de maio. De acordo com a última análise da Euler Hermes, líder mundial em se-guro de créditos, “em apenas um trimestre, o Covid-19 já teve tanto impacto no comércio internacio-nal como um ano inteiro de guerra comercial entre os Estados Unidos e a China”. Até à referida data, “as medidas de contenção tomadas pelos países para impedir a disse-minação do vírus tiveram um im-pacto equivalente a um aumento de 0,7 pontos percentuais nas tarifas, que, no final do primeiro trimestre de 2020, deverão situar-se, em ter-mos médios, nos 6,5%”. Em comunicado, a Cosec especifica que “os números apontam também para uma recessão comercial em termos de volume, tanto no primei-ro trimestre (-2,5% face ao trimestre anterior), como no segundo (-1%)”. Em termos globais, no setor dos serviços, “a Euler Hermes prevê uma redução significativa de turis-tas da China, Itália e, de um modo geral, do continente europeu, a que vai somar-se um abrandamento significativo nos serviços de trans-porte. Nestes setores, as perdas em termos de oportunidades de exportação serão, respetivamente,

e por trimestre, de 110 mil milhões de euros e 29 mil milhões de euros.” A China começou por ser o país mais afetado, “com perdas, para este período, de 168 mil milhões de euros, seguido da Itália, com 19 mil milhões de euros”. Para os restan-tes países da Europa, a previsão é de que o impacto nas oportunida-des de exportação seja na ordem dos 95 mil milhões de euros.

Na ChinaA Euler Hermes estima que a Co-vid-19 terá um impacto de um ponto percentual (1 p.p.) no crescimento do Produto Interno Bruto da China, sobretudo no primeiro trimestre do ano, porém é possível que este va-lor suba, ressalvam os analistas. De acordo com o estudo “Coronavirus outbreak in China: Risks of supply chain disruption increase with time” (Surto do coronavírus na China: Ris-cos de interrupção na cadeia de for-necimento aumentam com o tempo), “o mais provável é que o país consiga recuperar, e no espaço de um a dois trimestres, mas ajudado por políticas de apoio à produção”. Sabe-se já que “um mês após a implementação das medidas de contenção do vírus Covid-19, a economia da China está

a operar a 75% da sua capacidade, evidenciando um ponto de viragem que deverá traduzir-se num retorno gradual aos valores normais de pro-dução até ao final de abril, estima a Euler Hermes.Os analistas da líder mundial em se-guro de créditos sublinham que “o balanço final do surto vai depender da sua gravidade e duração”. Certo é que “a procura e a oferta estão sob pressão”. O estudo frisa ainda que “a epidemia e o 'fator medo' as-sociado ao Covid-19 vão pesar nos gastos dos consumidores”, susten-tando que “um abrandamento do consumo interno é hoje muito mais relevante do que na anterior grande epidemia deste tipo, o SARS (Sín-drome Respiratório Agudo Severo): a economia chinesa é agora mais dependente do seu mercado inter-no (50% do crescimento do PIB em 2019 versus 28% em 2003). O surto de 2003 teve um impacto de -2 p.p. entre o primeiro e o segundo trimes-tre desse ano no PIB do país (+9.1% no segundo trimestre, face a +11.1% no primeiro trimestre).”A seguradora alerta para “uma pau-sa prolongada na atividade indus-trial chinesa pode afetar muito sig-nificativamente algumas cadeias de

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mundial na época) terá causado cerca de 50 milhões de vítimas mortais. A partir de modelos epidemiológicos, os cientistas estimam que esta pande-mia teria efeitos semelhantes, se não estivéssemos a adotar as medidas sani-tárias drásticas que estão em curso. Estes modelos, citados pela chanceler Angela Merkel, indicam que a adoção destas medidas permitem reduzir as taxas de infeção para níveis inferiores a 0,1-0,15% ao longo de um ano, em vez dos 70% previstos, na falta delas. Wuhan, uma das cidades mais povoadas da china, com cerca de dez milhões de habitantes, prova isso mesmo. “Está demonstrado que o vírus pode ser contido. Ele tem de ser contido”, disse o secretário-geral das Nações unidas, António Guterres (foto na pág. 37), numa conferência

de imprensa (19 de março), em que apelou à coordenação global de todos governos para responder à emergência sanitária e à iminente crise económi-ca mundial. O atual líder da ONu frisou a necessidade de os países mais ricos ajudarem os mais pobres.travar a progressão da pandemia

também trava a economia, porém, não o fazer seria ainda mais catastró-fico, como se conclui pela evidência de que as pessoas são o principal ativo económico, sem o qual a engrenagem bloqueia. Porém ninguém conhece o limite a que a paralisação poderá chegar, sem se tornar fatal…A atual paralisação parcial da eco-

nomia poderá conduzir a perdas semelhantes ou superiores às da crise de 2008/2009. No caso da china, que no momento em que escrevemos

Presidente da República: "Está a ser e vai ser um desafio enorme para a nossa

maneira de viver e para a nossa economia. Basta pensar na saúde, na educação, no

comportamento nas famílias, no trabalho, nos efeitos no turismo, nas exportações,

no investimento, na fragilização de famílias e empresas, nomeadamente de

pequena e média dimensão.”

fornecimento, como as de produtos químicos, equipamentos de trans-porte, têxteis e equipamentos eletró-nicos”. De assinalar que “a província de Hubei (o epicentro deste surto) representa 9% da produção total de veículos automóveis na China”, pelo que “o elevado grau de ligação entre esta indústria e os restantes setores da economia leva a que o impacto da epidemia se estenda à maioria das atividades industriais”. Acresce também o elevado peso de setores como o têxtil e o de computa-dores e eletrónica na economia mun-dial, “dado que o valor gerado pela China para esses setores representa 19% e 17% da produção global, res-petivamente”. A seguradora nota que “considerando o nível relativamente baixo de stocks no setor eletrónico, é possível que se verifique uma situação de escassez”.

Na EuropaNa semana em que foram anuncia-das a maioria das medidas de con-tenção, na Europa, perspetivava-se que essas políticas poderão custar entre 0,7 pp a -3,0 pp ao crescimen-to do PIB, dependendo do país e da severidade dos bloqueios. “Ao lado das medidas destinadas a conter o contágio e a aumentar a resiliência dos sistemas nacionais de saúde, medidas de política fiscal e monetá-ria, da Itália ao Reino Unido e Alema-nha e ao BCE, foram ou serão anun-ciadas num esforço para amortecer a forte contração económica que está prevista para o primeiro semes-tre de 2020”, analisa a Euler Hermes. Apesar disso, “é importante enfati-zar que essas medidas fornecerão apenas um fundo de maneio para apoiar e mitigar os efeitos negativos, tentando impedir uma completa cri-se financeira e / ou um forte aumen-to de insolvências e desemprego”.

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Turismo: travar a fundo, em alta velocidadeO turismo, que conhecia em quase todo o mundo um cres-cimento assinalável, é um dos setores mais afetados pela epi-demia causada pelo coronaví-rus, vulnerabilizando sobretudo as economias que nos últimos anos fizeram desta atividade um dos seus principais trampolins económicos, como é o caso de Portugal. Também em Espanha, o setor de turismo tem um peso fulcral na economia, contribuin-do para cerca de 12% do PIB do país. Para Portugal, o turismo valeu 8,2% do PIB português em 2018 e respondeu por 51,5% das ex-portações de serviços e por 18,6% das exportações totais. As receitas do setor cresceram 9,6% em 2018, atingindo os 16,6 mil milhões de euros, no entanto sabemos já que o valor acumula-do das receitas até novembro de 2019 já superava os valores do ano anterior, chegando aos 17,1 mil milhões de euros. O ano de 2020 contará uma his-tória diferente, em todo o mun-do. De acordo com os dados da Organização Mundial de Tu-rismo, o número de turistas no setor deverá diminuir entre 1% e 3%, mas poderá ser mais. O Conselho Mundial de Viagens e Turismo lembra que, em 2018,

o turismo representou cerca de 319 milhões de empregos, pelo que é previsível ser este um dos setores que mais reduzirá a sua oferta de trabalho. Os cancela-mentos de voos e hotéis já cau-saram instabilidade no emprego para milhares de trabalhadores. Os efeitos da Covid-19 também são esperados para o verão, já que se estima que o número de reservas diminua, mesmo que se resolva a situação pandémica.As primeiras projeções apontam perdas diárias na ordem dos cin-co milhões de euros para a hote-laria, em Lisboa e no Algarve, até ao fim deste ano, de acordo com um estudo da Neoturis, consul-tora especializada em turismo.Várias companhias aéreas vi-ram-se forçadas a cancelar uma parte significativa das suas rotas

e até reduziram o preço dos bi-lhetes, nalguns casos em 50%. Espanha e Portugal suspen-deram mesmo o tráfego aéreo entre os dois países durante o estado de emergência. As cone-xões fluviais e o tráfego ferroviá-rio, com exceção do transporte de mercadorias, também foram cancelados e foram impostas limitações às comunicações ro-doviárias.Com o abrandamento do turis-mo, reduz-se também a ativida-de dos negócios de restauração e de serviços de lazer, onde hou-ve um crescimento e um inves-timento muito relevante nos últi-mos anos. É a esses pequenos negócios que se destinam uma boa parte das linhas de crédito anunciadas pelo Governo (texto principal).

anuncia zero casos de contágio comuni-tário em Wuhan (o que permite avançar projeções mais próximas da realidade), a pandemia e a paralisação económi-ca deverão traduzir-se num recuo do crescimento do PiB (ver caixa sobre previsões da cosec). A nível global, há vários cenários possí-

veis, dependendo da duração da pande-mia e do estrangulamento da economia. As bolsas de todo o mundo acusaram imediatamente a instabilidade e as pre-

visões de uma futura crise económica. Outro indicador em queda é o do preço do petróleo: no passado dia 20 de março, o preço do petróleo nos Estados unidos atingiu a sua maior queda sema-nal desde a Guerra do Golfo de 1991, recuando 10,7%. O abrandamento da procura provocado pela pandemia fez o valor desta matéria-prima descer duran-te quatro semanas consecutivas.

O valor de referência nos EuA, do petróleo Wti, teve perdas de 29% na

semana que terminou a 20 de março, e o Brent recuou 20%.

DesempregoA Organização Mundial do trabalho

(Oit) prevê que a pandemia leve ao desemprego 25 milhões de trabalha-dores, em todo o mundo (números de 18 de março de 2020). A Oit calcula ainda que os impactos da pandemia covid-19 poderão causar perdas de ren-dimento de até 3,4 triliões de dólares

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até ao final do ano. A estimativa avan-ça com um intervalo de desemprego mundial entre os 5,3 milhões e os 24,7 milhões de pessoas. Números a que teremos que somar os 188 milhões que a Oit tinha estimado no final de 2019, na sua previsão anual.A Oit sustenta a que é necessária

"uma resposta política coordenada inter-nacionalmente" com estímulos fiscais e apoio a empregos e salários, de modo a proteger os trabalhadores. A orga-nização teme perdas de rendimento e de postos de trabalho semelhantes às que aconteceram durante a última crise financeira global. Prevê-se igual-mente o crescimento do subemprego e do autoemprego, ainda a Oit que reconheça que estes dois indicadores estarão condicionados pelas restrições à circulação de pessoas e bens.A pandemia terá, inevitavelmente, um

efeito a curto prazo na oferta de tra-balho, mas teve um efeito imediato na forma de trabalhar, com milhões de empresas a optarem pelo teletrabalho e pelas videoconferências. Até que ponto iremos mudar ou flexibilizar a forma como trabalharemos, é mais uma das incógnitas, mas talvez esta seja uma oportunidade para muitas empresas tes-tarem novos modelos de trabalho.A coordenação local e global também

poderá sair reforçada. Exemplo disso é o facto de empresas e particulares se mobili-zarem para o fabrico de máscaras e viseiras de proteção, bem como de ventiladores. desde a empresa portuguesa FAN3d que começou a produzir viseiras para o Hospital de Setúbal e depois alargou a outros hospitais, à catalunha que está agora a fabricar respiradores com impres-soras 3d, na sequência da descoberta de um protótipo, já validado por médicos, ou ao cientista português, João Nascimento, que iniciou o projeto Open Air para encontrar alternativas de ventiladores atra-vés de um desafio que iniciou no twitter.

A comunidade científica apontou baterias para o desenvolvimento de uma vacina e de um anti-vírus para prevenir e combater a doença, respetivamente. “A comissão disponibilizou hoje um apoio

financeiro de até 80 milhões de euros à cureVac, uma empresa inovadora de tübingen, na Alemanha, para ampli-ficar o desenvolvimento e produção de uma vacina contra o novo coronavírus na Europa”, revelou o executivo comu-nitário em comunicado. A presidente da instituição, ursula von der leyen, comentou que “nesta crise de saúde pública, é de extrema importância apoiarmos os nossos principais investi-gadores e empresas de tecnologia”, pelo que “estamos determinados a fornecer à cureVac o financiamento necessário para aumentar rapidamente o desenvol-

vimento e a produção de uma vacina contra o novo coronavírus”.A china também diz estar já na fase

adiantada da criação de um vacina contra o coronavírus, que poderá chegar dentro de um ano.

identificada pela primeira vez em Wuhan, capital da província de Hubei, na china, a 1 de dezembro de 2019, a covid-19, uma doença respiratória aguda causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-coV-2), foi declarada pandemia pela Organização Mundial da Saúde no passado dia 11 de março. Nessa data, já a china tinha atingido o pico do surto e a Europa estava a transformar-se no principal epicentro de casos. A partir daí, Governos de todos os países com casos de infetados (acima de 170 paí-ses) anunciavam medidas de ajuda aos diversos setores da economia afetados. Medidas que estão em constante atua-lização, no entanto, as contas já feitas apontam para apoios acima dos cinco biliões de euros, concedidos por gover-nos e diversas instituições como a união Europeia ou os bancos centrais.

Em Portugal…O Governo português, que antecipa

um impacto de dois mil milhões de euros por mês em medidas de apoio à família e ao trabalho, começou por encerrar escolas e responder por 66% do salário dos pais que não possam trabalhar por terem que ficar com

“Está demonstrado que o vírus pode ser contido. Ele tem de ser contido”, disse o secretário-geral das ONU, António

Guterres, apelando à coordenação global de todos governos para responder à

emergência sanitária e à iminente crise

económica mundial.

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Consumo em tempo de quarentenaO estado de emergência declara-do pelo Presidente da República e executado pelo Governo, manteve abertos supermercados, farmá-cias, óticas, postos de abasteci-mento de combustível. Se no início, o pânico levou ao es-gotamento de produtos como pa-pel higiénico, massas ou laticínios na maioria dos supermercados, o Governo deixou claro, por diversas vezes, que a cadeia de abasteci-mento não está em risco e que não faltarão produtos alimentares e de primeira necessidade. A Associação Portuguesa de Em-presas de Distribuição (APED) re-fere que houve um ligeiro aumento na procura por produtos em super-mercados e hipermercados asso-ciados à Covid-19. O estudo “Bran-ds + Consumers”, realizado pela Kantar Media para a Centromarca, afirma que os portugueses muda-ram o seu comportamento de con-sumo com a chegada da Covid-19. Numa primeira fase, quando os primeiros casos do vírus começa-ram a aparecer em todo o mundo, o consumo em Portugal aumentou 8%. Posteriormente, na segunda fase, quando os casos começaram a aumentar e houve um alerta, o consumo cresceu 13%. Nessa si-tuação, o número de vezes que se vai ao supermercado diminui, mas, no entanto, a quantidade de di-nheiro gasta em compras é maior. Entre os produtos de maior des-taque estão alimentos e bebidas (10%), papel higiénico (8%), produ-tos domésticos e produtos de lim-peza (7%) e, finalmente, produtos de higiene e perfumaria (3%).Não há números exatos, mas esti-ma-se que o comércio online tam-bém cresça enquanto durar a qua-rentena. A plataforma de vendas online Amazon, por exemplo, con-

firmou que a procura aumentou conside-ravelmente e anun-ciou a contratação de 100 mil funcioná-rios para armazéns e entrega de produtos nos Estados Unidos. "Constatamos um aumento significati-vo na procura, o que significa que as nos-sas necessidades de trabalho são sem precedentes para esta época do ano", publicou a Amazon no blogue oficial da empresa. O grupo revelou que vai investir 350 milhões de dólares para aumentar os pa-gamentos a estes funcionários nos EUA, Canadá, Reino Unido e União Europeia. Por outro lado, a Amazon retirou mais de um milhão de pro-dutos da plataforma, devido a ma-nipulação de preços ou publicida-de enganosa sobre o coronavírus.Os centros comerciais e os gran-des armazéns estão parcialmente encerrados, mantendo apenas em funcionamento as lojas relativas aos segmentos já referidos. Antó-nio Sampaio de Mattos, presidente da APCC- Associação Portuguesa de Centros Comerciais, frisa que a prioridade da associação e dos seus associados tem sido garantir a segurança de visitantes, lojistas, colaboradores e fornecedores, a par da dos ativos: “Estabelece-mos, desde a primeira hora, um canal de comunicação direto e permanente com a Direção-Geral da Saúde, e os nossos associados implementaram todas as medidas decretadas pelas autoridades de saúde e governamentais. Os nos-sos associados têm estado a ga-rantir as condições necessárias ao funcionamento dos serviços consi-derados essenciais pelo Governo

– nomeadamente hipermercados, farmácias, restauração de take--away, papelarias, jornais e tabaco, eletrónica e produtos alimentares, entre outros – ao passo que asse-guramos o cumprimento de todas as medidas de higiene e segurança recomendadas pelas autoridades.O El Corte Inglés, por exemplo “continua a trabalhar para manter o fornecimento sem interrupções nos seus supermercados”, e man-tém “em funcionamento as áreas de informática, telecomunicações e alimentação para animais, além dos supermercados e dos espaços saúde”. Em todas as outras áreas, “os clientes podem continuar a efetuar compras, a qualquer hora e sem contacto físico, através da loja online ou fazer os seus pedi-dos através do telefone. O El Corte Inglés indica ainda que “continua a reforçar os seus serviços de entre-gas ao domicílio e de recolhas no parque como é o caso do Click & Car”.Neste contexto, as cadeias de su-permercado estão, para já, entre as vencedoras neste período, sen-do ainda impossível quantificar o impacto que poderá ter uma pos-sível crise económica nesta filei-ra. O mesmo é válido para as em-presas de energia e de e internet, já que também é previsível que o consumo de Internet e eletricidade

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os seus filhos. O executivo anunciou também cem milhões de euros para ajudar as pequenas e médias empresas (PME), valor que, pouco depois, dupli-cou. No dia 18 de março, os Ministros da Economia e das Finanças, Pedro Siza Vieira e Mário centeno, respetivamente, avançaram com um pacote de medidas para fazer face à pandemia e ao seu impacto na economia que custará 9200 milhões de euros. Só 3.000 milhões de euros se destinam a quatro linhas de crédito para reforçar sobretudo (80%) a tesouraria da indústria e do turismo. O Governo avança também que este valor é para somar aos 200 milhões antes anun-ciados relativos à “linha de âmbito geral, que abrange todos os setores económicos, do comércio, da indústria e dos serviços”.

de acordo com o Ministro da Economia, 1300 milhões vão para seto-res industriais (têxtil e vestuário, madei-ras, calçado e indústria extrativa), dos quais 400 milhões serão para micro e pequenas empresas. As microempre-sas industriais poderão pedir emprésti-mos até 50 mil euros. Para as pequenas empresas têm um limite de 500 mil e as médias de 1,5 milhões. O turismo terá a sua disposição linhas de crédito no valor de 1100 milhões para o turismo, sendo desse valor 300 milhões de euros para micro empresas e PME. No segmento de agências de viagem, animação e eventos, as micro e pequenas empresas dispõem de 75 milhões e o limite de crédito é de 50 mil para cada uma, as médias-

-pequenas têm 120,5 milhões, com um teto de meio milhão e as médias-grandes contam com 4,5 milhões, podendo pedir até 1,5 milhões por empresa. Nos restan-tes segmentos de turismo, as microem-presas podem pedir até 50 mil euros, para as pequenas o valor máximo é de 500 mil e para as médias o teto é de 1,5 milhões. limites iguais aos das empresas da restauração e similares, que terão uma linha de financiamento no valor de 600 milhões de euros.

Estes empréstimos, disponibilizados através dos bancos e a contrair por estes dias terão um período de carência de até 12 meses e deverão ser amortizados nos

próximos quatro anos.dos fundos da união Europeia, che-

garão a Portugal para já 1,8 mil milhões de euros para fazer face às despesas ime-diatas de resposta à crise desencadeada pelo coronavírus no setor da saúde, bem como para apoiar o mercado laboral e as PME. A verba faz parte de um pacote de 37 mil milhões de euros provenientes de fundos estruturais e de investimento do orçamento comu-nitário, anunciado pela presidente da comissão Europeia, ursula von der leyen, a 17 de março, para ajudar os Estados membros. Esta “iniciativa para o investimento em resposta ao corona-

vírus” beneficia de “dinheiro que estava adormecido nos envelopes nacionais dos fundos estruturais e que pode agora ser imediatamente ativado para estes três setores que antes estavam vedados aos investimentos da política de coesão”, como explicou ursula von der leyen. A presidente da comissão Europeia assinalou que “esta crise representa um desafio sem precedentes para os siste-mas de saúde da uE e um choque brutal para a economia europeia”. teme-se a hipótese de a união Europeia entrar em recessão técnica, com o crescimento de 2020 a bater no zero. “Podemos dizer que é muito provável que o crescimen-to na zona euro e na união Europeia

Governo português anunciou pacote de

medidas de 9200 milhões de euros para

fazer face à pande-mia e ao seu impacto

na economia. 3000 milhões de euros

destinam-se a quatro linhas de crédito para a indústria e turismo

dispare devido à quarentena for-çada, como já acontece em Espa-nha. A quarentena também cau-sou um aumento no consumo de televisão. Além disso, aumentou o público em plataformas de strea-ming como a Netflix e a HBO. No que se refere a cultura e en-tretenimento, importa referir a rápida resposta que vários agen-tes culturais deram, revelando flexibilidade e capacidade de adaptação. A Internet revela-se o principal aliado, neste contexto, já que proporciona outras formas de consumir cultura: concertos e festivais de música através das redes sociais; visitas a coleções ou a exposições de museus tam-bém online; leitura de livros; teatro humorístico, etc. O desporto tal como trabalho também se mudou para o am-biente doméstico, crescendo a procura por aulas de várias mo-dalidades em plataformas como o YouTube. Outro setor que alinha pelos ven-cedores é a imprensa, quer onli-ne, quer televisiva, já que o con-sumo de informações e notícias aumentou, sobretudo nos órgãos mais tradicionais, considerados de referência. De acordo com um estudo da Ymedia, nos últimos dias houve um aumento de 30% no número de utilizadores que acedem ao conteúdo da web de jornais. As versões digitais do El Mundo ou do La Vanguardia, por exemplo, aumentaram o número de utilizadores em 10%. Embora os jornais digitais te-nham aumentado sua audiência, a televisão tem sido o meio mais utilizado para assistir às notícias, com o número de minutos dedi-cados a ver noticiários aumentou 58%.

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Marketing social em altaO coronavírus é o tal “inimigo invisí-vel” que colocou o mundo inteiro na mesma trincheira. As marcas têm assim uma oportunidade de se colo-carem ao lado dos consumidores, de sublinharem o seu posicionamento e mostrarem como podem ser úteis neste enquadramento. Como sem-pre, a responsabilidade social deve começar dentro da organização, pelo que as empresas devem ado-tar e comunicar políticas responsá-veis internamente, para com os seus funcionários. As marcas também devem comunicar informações úteis e contextualizadas com o momento em que vivemos, contribuindo para o bem comum, com o que têm ao seu dispor. Isto é válido mesmo quando pretendem comunicar os seus pró-prios produtos ou serviços.Há várias formas de o fazer e várias marcas o têm demonstrado, aten-dendo às principais necessidades do momento: máscaras, desinfe-tantes e ventiladores, entre outras ações. Grupos como o gigante de marcas de luxo LVMH (donos da Louis Vuit-ton, Dior, Givenchy, Celine, Guer-lain, etc) ou a cervejeira portuguesa Super Bock Group (dona da Super Bock) estão a produzir gel desinfe-tante. Bernard Arnault, presidente do grupo francês, colocou a divisão de perfumes e cosmética da LVMH ao serviço da produção de “quantida-des substanciais de álcool gel” para distribuir gratuitamente pelas autori-dades de saúde francesas.Na mesma linha, “para apoiar o Serviço Nacional de Saúde (SNS)

no abastecimento de produtos es-senciais, o Super Bock Group e a Destilaria Levira estabeleceram uma parceria, em que o álcool retirado na produção de Super Bock Free Sem Álcool será utilizado para a produ-ção de gel desinfetante para mãos, que vai ser oferecido a várias unida-des hospitalares”. Em comunicado, o Super Bock Group, sedeado em Matosinhos, informa que “para co-meço, são cerca de 56.000 litros de álcool da produção de cerveja sem álcool que vão ser transformados, pela Destilaria Levira, em aproxima-damente 14.000 litros de álcool gel para as mãos, num processo de fa-brico que segue as diretrizes da Or-ganização Mundial de Saúde”. Esse álcool destina-se “a várias unidades hospitalares do norte de Portugal, para que disponham de uma maior quantidade destes produtos indis-pensáveis para a prevenção e trata-mento da infeção com a Covid-19”. Outro exemplo vem da indústria têx-til, sendo várias as marcas que puse-

ram as suas unidades de produção a fabricar máscaras de proteção. O grupo galego Inditex (dono de mar-cas como a Zara, entre outras), por exemplo, fabricou 300.000 máscaras para uso em Espanha. “A empresa colocou à disposição do Governo toda a sua capacidade logística, de aprovisionamento e de gestão comer-cial, sobretudo a partir das unidades industriais do grupo na China, para atender às necessidades de urgência, tanto de material sanitário como têxtil, que for necessário nesta altura”, lê-se num comunicado da empresa lidera-da por Amancio Ortega.Têm sido também várias as entida-des e personalidades, de empresas, a clubes de futebol e a empresários, a comprarem ventiladores para re-forçar a capacidade dos hospitais portugueses. A EDP - Energias de Portugal e a sua principal acionista, a China Three Gorges (CTG), “em coordenação com o Ministério da Saúde e com o apoio da Embaixada de Portugal em Pequim, adquiriram 50 ventiladores e 200 monitores mé-dicos, bem como respetivos consu-míveis e equipamentos de suporte associados, num total de cerca de quatro milhões de euros”, informou a energética de origem portuguesa. Estes equipamentos médicos terão chegado a Portugal no final do mês de março, altura em que foram en-tregues ao Ministério da Saúde. Com esta iniciativa, “a EDP e a CTG jun-tam-se ao esforço coletivo das equi-pas médicas no terreno na luta con-tra esta epidemia. Uma ação a que se juntam cerca de duas mil pessoas

como um todo caia para baixo de zero este ano, e potencialmente considera-velmente abaixo de zero”, vaticinou o responsável máximo da direção-Geral de Assuntos Económicos e Financeiros da comissão Europeia (dG EcFiN).

Maarten Verwey lembrou que caem por terra as previsões anteriores à pande-mia: “Aquilo a que estamos a assistir é a uma previsão de crescimento que está a deteriorar-se muito rapidamente. Em fevereiro, publicámos as nossas previsões

de inverno, e nessa altura ainda pensá-vamos que a economia da uE cresceria 1,4% e a da zona euro 1,2%, mas o que é claro face a tudo o que está a acontecer é que será necessário adaptar essas pre-visões e provavelmente de forma muito

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significativa.”Neste contexto, o Banco central

Europeu vai injetar 750 mil milhões de euros (o equivalente a quase quatro vezes o PiB português) na economia, através da compra de ativos (títulos de

dívida pública), à semelhança do que anunciara a insti-tuição congénere norte-americana (FEd), que vai investir 700 mil milhões de dólares (642 mil milhões de euros) na com-pra de ativos. "Não há limites para o nosso compromis-so com o euro", escreveu a presidente do BcE, christine lagarde, no twitter. Num texto assinado por lagarde e publi-cado em vários jornais europeus, a presi-dente do BcE prevê uma recessão "con-siderável" na zona euro e diz que o BcE

"fará tudo o que for necessário no âmbito de seu mandato para ajudar a zona euro a superar essa crise", já que a instituição

"está a serviço dos europeus. Alguns bancos em Portugal também

anunciaram a possibilidade de os seus clientes particulares beneficiarem de períodos de carência nos pagamentos dos seus empréstimos. Ente eles estão a caixa Geral de depósitos, que anunciou carência até seis meses de capital (não de juros) aos clientes individuais com crédito (habitação ou crédito pessoal). O BPi vai adiar o pagamento da prestação da casa, do crédito pessoal e do carro também por seis meses. Meio ano é também o perío-do de carência de capital que o Santander

Portugal permitirá para operações de crédito à habitação e ao consumo.Aos números das

vítimas, aos núme-ros dos apoios, aos números das per-das, há que sub-trair oportunida-des (farmacêuticas, fabricantes de equi-pamentos médi-

cos, como ventiladores e máscaras de proteção, grupo de média, plataformas de streaming, empresas de tecnologia, energéticas, entre outras) e ganhos, talvez não imediatamente quantificáveis, mas potenciadores de benefícios futuros. A pandemia travou a economia, mas tam-bém travou a poluição, o que foi desde logo visível na china, cujas imagens da NASA, em tempo de quarentena, davam conta de um decréscimo significativo dos gases de efeito de estufa. O mesmo é, por agora, constatável em quase todo mundo, posto em pousio forçado: são milhões de carros nas garagens, centenas de aviões que não levantam voo, centenas de uni-dades industriais que já não libertam poluentes. O impacto do coronavírus na economia estará em constante atualiza-ção e, podemos intuí-lo, a médio prazo e a longo prazo, beneficiaremos da trégua que estamos a dar ao planeta. Ainda que seja agora pesada a fatura.

que a EDP também tem no terreno, em centros de despacho e cen-tros produtores para garantir que a energia chega a casa de todos os portugueses”.As editoras foram as primeiras a reagir, assim que o Governo decre-tou o encerramento das escolas. A Porto Editora e a Leya disponibili-zaram gratuitamente as suas pla-taformas de aprendizagem online, respetivamente, a Escola Virtual e a Aula Virtual. Estas páginas de e--learning estarão temporariamente abertas de forma gratuita.Essas mesmas editoras, bem como outras, decidiram suspender a publicação de novos títulos até que o mercado livreiro e editorial retome o seu dinamismo. Os títu-los já publicados destas editoras podem ser adquiridos online, em formato físico e e-book”.Com o impedimento de agendar eventos, a comunicação nas redes sociais tem sido a forma privilegia-da pelas marcas, de todos os se-tores e segmentos, para comuni-carem com os seus consumidores. As editoras também são exemplo disso, recorrendo a intervenções online dos seus autores, bem como apelando às sugestões dos leitores. As redes sociais constituem uma oportunidade de estreitar laços com os consumidores, criando conteúdos relevantes, gerando uma maior identificação e agrade-cendo aos que estão no terreno a contribuir para amortizar os efeitos negativos do surto Covid-19.

O Banco Central Europeu vai injetar 750 mil milhões de euros

na economia, através da compra

de ativos (títulos de dívida pública)

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opinião opinión

A epidemia e o impacto nos contratos de utilização de loja em centro comercial– Um caso de força maior

Por Miguel de Azeredo Perdigão*

O surgimento do novo covid-19 e os efeitos das medidas de restrição aplicadas pelo Estado Português para defesa da

saúde pública têm causado enorme impacto ao nível da execução e cumprimento dos contratos, desta-cando-se, nesta informação, as con-sequências da situação epidémica no âmbito dos contratos de utilização de loja em centro comercial. Ou seja, as questões jurídicas relacionadas com o (in)cumprimento deste tipo de contratos provocado por pande-mias e/ou epidemias, como é o caso do covid-19.

O tema é juridicamente complexo e o nosso esforço é procurar torna-lo simples ou, pelo menos, percetível pelo leitor não especializado que quer ser informado.

A Epidemia e o Conceito de Força MaiorA primeira questão será esclarecer

em que medida podemos considerar a epidemia do covid-19 um caso de força maior, juridicamente relevante, analisando as suas consequências legais.

considera-se caso de força maior “qualquer impedimento imprevisível, inevitável e fora do controlo, que tornará a prestação de uma das partes absolutamente impossível de realizar”.

Ora os contratos de utilização de loja em centro comercial contém,

regra geral, uma cláusula que dis-ciplina os casos de força maior para efeitos de desresponsabilizar uma, ou ambas as partes, pelo incumpri-mento por causa de força maior.

Em termos conceptuais, o caso de força maior constitui um conceito indeterminado/aberto que deve ser integrado/preenchido em face das circunstâncias concretas: perante o contrato em questão e perante a demonstração de que a impossi-bilidade de cumprimento é conse-quência da causa de força maior (da Epidemia), constituindo esta última nexo de causalidade entre o evento e o incumprimento.

Em conclusão e respondendo diretamente a esta primeira ques-tão: em termos abstratos, enquanto epidemia/pandemia, o coronavírus covid-19 pode, efetivamente, ser qualificável como causa de força maior.

incumprimento contratual em caso de força maior: consequências

No âmbito dos contratos de utilização de loja em centro comercial a proteção conferida pela causa de força maior pode atingir, entre outras, duas consequências distintas que merecem o nosso des-taque:

(i) desonera, em princípio, a parte que incumpre as suas obrigações por causa dessa força maior a pagar uma indemnização à outra: É neste primeiro nível que se justifica uma dispensa de penalidades/multas por

efeito da mora/atraso no cumpri-mento de obrigações pecuniárias normalmente exigidas pelos centros comerciais.

(ii) modificação das condições con-tratuais: É neste segundo nível que o lojista impõe a redução/ajustamen-to do montante dos fees/rendas (fixa e variável) mensais a liquidar à enti-dade gestora do centro comercial.

Não analisamos desta informa-ção a consequência da resolução do contrato de utilização de loja em centro comercial por iniciativa do lojista, na medida em que, nesta fase, não a consideramos uma opção viável e desejável para o lojista, já que a manutenção do estabele-cimento comercial é indispensável para a continuação da sua atividade e porque estes contratos constituem efetivamente um relevante activo da sua empresa de que não querem, obviamente, prescindir.

Mas centramo-nos no caso de força maior como causa da modi-ficação das condições contratuais para desenvolver este mecanismo de proteção do lojista.

O desequilíbrio contratual causado pela situação de força maior: meca-nismos legais de proteção do LojistaA epidemia covid 19 pode não ser

causa de incumprimento contratual, mas afetar o equilíbrio contratual que deve presidir na prestação das duas partes do contrato por força de uma alteração anormal das circuns-

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opiniãoopinión

tâncias em que as partes fundaram a decisão de contratar.

Para que o lojista possa invocar o instituto da alteração das circuns-tâncias implica o preenchimento dos seguintes requisitos:(i) não seja o desenvolvimento pre-

visível de uma situação conhecida à data da celebração do contrato – o covid 19 não era minimamente pre-visível em contratos celebrados até 31/12/2019 (data em que a china comunicou, oficialmente, a OMS a existência do covid-19);(ii) que essa alteração torne o cum-

primento da obrigação ofensivo dos princípios da boa fé – na medida em que se verifique desequilíbrio económico/financeiro relevante em detrimento de uma das Partes;(iii) não esteja coberta pelos riscos

próprios do contrato – o covid 19, enquanto pandemia global e trans-nacional não é qualificável como flutuação económica ou sequer crise financeira, mas sim como evento imprevisível aos contraentes (impos-sível de conhecer até 31/12/2019).

transpondo o regime da alte-ração das cir-cunstâncias para os contratos sob análise, depara-mo-nos com o f u n c i o n a m e n -to dos centros comerciais em horário reduzido (medida já em vigor nalguns centros) e com um diminuto núme-ro de clientes, por causa exclusiva da epidemia e segundo recomendações da direção Geral de Saúde, dis-pondo os lojistas de trabalhadores e equipamentos contratados para o habitual funcionamento alarga-do, num cenário de consequente (e crescente) quebra de vendas, o que, em nosso entender, legitima a promoção de uma fase negocial com os centros comerciais que deter-mine a modificação das condições contratuais prevista para os casos de alteração anormal de circuns-

tâncias que, neste caso, implica-rá, a redução/ajustamento do preço correspondente aos fees mensais a liquidar à entidade gestora do centro comercial, devida pelos serviços pela mesma disponibilizados.

Esta informação foi elaborada para o caso dos contratos de utilização de loja em centro comercial mas as suas conclusões são aplicáveis, com as devidas adaptações, a outro tipo de contratos onerosos.

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EVEntos eventos

E l Palacio de Palhavã, la resi-dencia de la embajadora española, en lisboa, acogió la conferencia “El líder del futuro”, un encuentro de

Asociaciones de Antiguos Alumnos de las tres escuelas más grandes del negocio español: iE Business School, ESAdE Business School e iESE Business School. Participaron ex alumnos, empresarios y gerentes invitados. Filipe de Botton, presi-dente y fundador de logoplaste, fue el invitado especial de la ceremonia, cuyo trabajo consiste en propor-cionar soluciones innovadoras de

embalaje de plásti-co rígido a través de valores corporativos.

Botton destacó varios valores fun-damentales de la empresa, entre ellos, la sostenibilidad, la innovación, la per-sonalización, la per-severancia y la acti-tud. Además, hizo especial hincapié en la importancia de ser vigilantes y ver las cosas desde diferentes perspectivas. la colabora-

ción y el trabajo en equipo también fueron temas mencionados en la

Filipe de Botton, presidente y fundador de Logoplaste, fue el invitado especial de la conferencia “El líder del futuro”, un encuentro de Asociaciones de Antiguos Alumnos de las tres escuelas más grandes del negocio español: IE Business School, ESADE Business School e IESE Business School. La conferencia tuvo lugar el cinco de marzo y contó con el apoyo de la Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola y de la Embajada de España, escenario del acto.

Embajada de España, escenario para la conferencia “El líder del futuro”

Texto María de Maintenant [email protected] Fotos Sandra Marina Guerreiro [email protected]

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EVEntoseventos

conferencia, destacando la impor-tancia de un entorno colaborativo para la mejora de los negocios.

Por otro lado, también habló de las cinco fuerzas que estaban transformando el entorno global: el aumento de los mercados emergen-tes, la presión de los recursos globa-

les, la disrupción de la industria, el envejecimiento de la población y el aumento de las desigualdades.

la charla finalizó con un pequeño apunte acerca del nego-cio: “Antes de llegar a las respues-tas correctas, debemos hacer las preguntas correctas”, afirmó el

presidente de logoplaste.El evento se convirtió en un

encuentro de networking para los asistentes en el que pudieron inter-cambiar diferentes opiniones y, ade-más, hubo un pequeño cóctel ofre-cido por El corte inglés después de finalizar la charla.

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EVEntos eventos

La presentación oficial en Madrid de João Mira-Gomes ante los empresarios ibéricos, el pasado 9 de marzo, contó con importan-tes invitados. Este evento coinci-

dió con la reunión en la capital españo-la de la Ministra de Asuntos Exteriores, unión Europea y cooperación de España, Arancha González laya y el Ministro de Negocios de Negocios Extranjeros de Portugal, Augusto Santos Silva, que se unieron a la cita de la cámara Hispano Portuguesa (cHP). tampoco faltó la embajadora de España en Portugal, Marta Betanzos Roig, que quiso arropar a su cole-ga. Además se pudieron ver conocidos rostros como el presidente de Repsol, Antonio Brufau, y los ex ministros Javier Solana y Ramón Jáuregui, así como media docena de embajadores.

El presidente de la cHP, António calçada de Sá, fue el encargado de abrir los discursos y mostrar su apoyo al nuevo embajador. Aprovechó su inter-vención para reiterar el compromiso de esta institución a las relaciones bila-

terales entre los dos países. “tenemos una vocación de servicio y apoyo a la empresa y empresarios”, subrayó recor-dando también que “cuando Portugal y España juntan sus fuerzas somos más importante en iberia, en Europa y en el mundo”.João Mira-Gomes celebró la feliz coin-

cidencia de esta cena con la reunión de trabajo de los ministros de Exteriores lo cual demuestra la vitalidad que existe entre ambos países “y refuerza lo que hemos venido haciendo hasta ahora, abriendo horizontes nuevos y dinámi-cos. Nuestros ministros nos abrirán a los desafíos que tenemos que hacer frente en un escenario internacional cada vez más complejo”. El embajador asume su nueva etapa con placer y responsabilidad “por tener que estar a la altura de vuestras expectativas como sucesor de compañeros que dejaron aquí buena huella de su competencia”. Augusto Santos Silva, Ministro dos

Negócios Estrangeiros de Portugal des-tacó el papel de España como “socio privilegiado de Portugal y en la que las

exportaciones españolas suman más que las que se destinan a toda América latina, Brasil incluido”. también recor-dó que las dos naciones están abiertas al mundo, “Europa no puede ser una for-taleza cerrada, sino que tiene que estar abierta a hablar con latinoamérica, África y Asia, continentes con una amplia y larga relación con la penín-sula”.

la ministra española de Asuntos Exteriores, unión Europea y cooperación, Arancha González laya, fue la encargada de cerrar las interven-ciones haciendo alusión a los difíciles tiempos que estaban por venir por causa del coronavirus. “Ha cambiado el escenario y vivimos unos momentos de volatilidad inusitada, descubrimos la fragilidad de nuestras economías, nuestros ecosistemas, de nuestros sis-temas financieros”. la receta ante esta situación es la resiliencia, “eso es lo que hacemos cuando los gobiernos se reúnen, lo que hemos hecho desde que tomamos posesión en este cargo”, concluyó.

La Cámara Hispano Portuguesa juntó a la comunidad empresarial ibérica para dar la bienvenida a João Mira-Gomes, el nuevo embajador de Portugal en España. Acompañado de representantes del mundo diplomático, político y empresarial, durante su discurso resaltó la vitalidad existente entre los dos países y mostró su compromiso para abrir horizontes nuevos y dinámicos.

Bienvenida empresarial al nuevo embajador de Portugal en España

Texto Belén Rodrigo [email protected] Fotos DR

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EVEntoseventos

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VinHos & gourMEt vinos & gourMet

O turismo de Portugal investiu 500.000 euros numa campanha de

enoturismo sob o lema “Wine pairs with Portugal “ direcionada aos merca-dos do Reino unido, Espanha, França, Estados unidos, Brasil, Alemanha e canadá. O consumo de vinho no país cresceu devido às compras de turistas e especialistas do setor que dizem que o negócio aumentará nos próximos anos devido à venda de ingressos para adegas e propriedades vinícolas.

O objetivo da campanha é destacar a importância do vinho no país e posi-cioná-lo como destino de referência e atração para turistas.Para tal foram criados seis filmes diferentes, que convidam a desfrutar de uma experiência de enoturismo: “Wine pairs with Adventure”, “Wine pairs with Art”, “Wine pairs with discovery”, “Wine pairs with Music”, “Wine pairs with Wellness”.integrada no Plano de Ação para o

Enoturismo, a campanha é exclusiva-mente online e estará ativa até ao fim de 2020. “identificado na Estratégia turismo 2027, o plano está inserido no ativo estratégico Gastronomia & Vinhos, como um dos ativos quali-ficadores do destino, o Enoturismo, pelas suas características e valências, possui uma capacidade de atração e retenção de turistas geradores de maior valor para territórios de menor densidade, e ao longo de todo o ano, que importa evidenciar”, lê-se no comunicado do turismo de Portugal.O programa foi lançado em 2019, e, desde então, foram aprovados cerca de 60 milhões de euros para diferen-tes projetos relacionados com o setor vitivinícola. Entre outras ações, está previsto o lançamento da plataforma digital “Portuguese Wine tourism”, anunciada já em 2019. O portal especializado tourism Review observa que o consumo de enoturis-mo em Portugal poderia aumentar em 20%, no entanto os efeitos da pandemia covid-19 obrigarão a repensar a estraté-gia de promoção do setor.

Vinhos portugueses truinfam no Japão

Enoturismo: “Wine pairs with portugal”

Os vinhos portugueses venceram oito medalhas de ouro duplas,

43 medalhas de ouro e 25 medalhas de prata no Sakura Japan Women’s, uma das mais relevantes competi-ção de vinhos da Ásia, cuja sétima edição foi realizada no passado mês de fevereiro no Japão.O júri é composto exclusivamente por mulheres especialistas em vinho (sommeliers, chefes, jornalistas e comerciantes de vinho), que atribuiu a Portugal o total de 76 medalhas.O concurso contou com 4.333 vinhos de 29 países diferentes que foram avaliados por 560 juízes.Entre os premiados, destaque para o

vinho tinto Periquita Reserva 2016 do produtor José Maria da Fonseca, que recebeu o “troféu diamante”. O vinho Marquês Marialva – Reserva, dos parceiros Portugal liquoroso e Adega cooperativa de cantanhede também recebeu um prémio pelo melhor vinho fortificado. O Alvarinho Quintas de Melgaço também venceu uma medalha de ouro.Os vinhos premiados nesta compe-tição são disponibilizados aos con-sumidores japoneses em supermer-cados e diferentes lojas de vinho. Além disso, também são servidos em restaurantes. No caso do Japão,

o vinho é de grande importância nas principais cidades, mas o obje-tivo é que os vencedores também possam expandir o seu negócio nos mercados asiáticos.

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A B R I L D E 2 0 2 0 ACTUALIDAD€ 49

VinHos & gourMEtvinos & gourMet

O cheiro tornou-se uma ferra-menta fundamental para ava-

liar a qualidade do vinagre no vinho. Através dele, estabeleceu--se uma tabela de aromas e atri-butos para caracterizar cada vina-gre de vinho. O estudo foi reali-

zado pela equipa de pesquisa do grupo derivados da uva da u n i v e r s i d a d e de Sevilha, jun-tamente com o instituto da universidade de copenhaga.O objetivo prin-cipal é identi-ficar os cheiros típicos de cada vinagre, para ver quais são as suas principais carac-terísticas e pro-

priedades. desta maneira, pode ser produzido um relatório de avaliação.Vários especialistas identificaram a variedade de compostos aromá-ticos que servem para identificar a qualidade do vinagre. Esta

pesquisa pode ser aplicável não apenas ao vinho, mas a outros tipos de alimentos. Acresce que com este sistema de avaliação, os métodos de produção podem ser personalizados.Ao fazer o estudo, os especialis-tas identificaram 103 compostos aromáticos nas amostras anali-sadas de vinagres de vinho da Espanha.destas amostras, 69 foram sele-cionadas como aromas que cau-saram impacto, ou seja, como aromas que se destacaram da amostra e que influenciaram o aroma geral. Para a realização desta pesquisa foram usadas várias técnicas analíticas e senso-riais. O objetivo dessas técnicas é identificar primeiro os aromas existentes na amostra de vinagre e depois analisar a sua compo-sição, para poder dividi-los por categorias ou famílias.

O Visconde de Borba Reserva tinto (na foto) e o Quinta da Pinheira, ambos

colheita de 2016, são os vinhos do produ-tor borbense Marcolino Sebo distinguidos com medalha de ouro no recente concurso “Mundus Vini”, realizado na Alemanha. Outras duas medalhas, mas estas de prata, foram atribuídas ao Visconde de Borba Reserva Branco 2018 e ao QP chardonnay Premium 2018 no prestigiado certame.O concurso “Mundus Vini 2020” contou com a participação de cerca de 7.500 vinhos, tendo como painel de prova 268 especialistas em vinhos de 54 países dife-rentes, que atribuíram cerca de três mil

medalhas (43 medalhas Grande Ouro, 1 546 medalhas de Ouro e 1 406 medalhas de prata).A Marcolino Sebo Wines And Oils conta com mais de 30 anos dedicados à vitivi-nicultura, e, desde 2000, tem igualmente vinificação própria. tem 140 hectares de vinha, divididos em sete parcelas, entre Borba e Estremoz, em solos predominan-temente argilo-calcários.Esta adega vem acumulando, ao longo dos anos, prémios e prestígio interna-cional nas principais, mais exigentes e distintivas competições do setor em todo o mundo.

Marcolino sebo com quatro medalhas no concurso “Mundus Vini”

Textos Maria De Maintent [email protected] Fotos DR

o aroma é a nova técnica para avaliar a qualidade do vinagre no vinho

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ACTUALIDAD€ A B R I L D E 2 0 2 050

N o preciso dia em que cele-bra o seu 120º aniversário, a Fiat instala o primeiro robot da linha de produção do futuro Fiat 500 elétrico, na

histórica unidade de Mirafiori, turim, em itália, que também celebra este ano o seu 80º aniversário.Ao contrário do atual 500 e que deriva

diretamente do Fiat 500 e que é vendi-do em partes dos EuA — uma conver-são efetuada pela Bosch —, este novo 500 elétrico será um modelo distinto, assente sobre uma plataforma dedicada, da qual derivarão uma família de mode-los elétricos.

isto significa que nos próximos anos teremos à venda em paralelo o Fiat 500 que já conhecemos, apenas com mo-tores de combustão interna, com este novo Fiat 500 elétrico, de base distinta

e até local de produção distinto, itália ao invés da Polónia.

Em relação à nova plataforma elétrica, já tivemos um vislumbre da mesma, no último Salão de Genebra, com a apre-sentação do centoventi, um concept que surpreendeu, servindo não só para comemorar o 120º aniversário da mar-

ca, como também revelou o que esperar da Fiat nos próximos anos.A produção do novo Fiat 500 elétrico

está prevista para começar no segundo trimestre de 2020. A apresentação es-tava prevista para o Salão de Genebra, que estava agendado para o passado mês de março, mas foi cancelado, de-vido à situação de emergência santária.

O novo modelo insere-se num plano de investimento de cinco mil milhões de euros para os anos 2019-2021, es-tando previstos treze novos ou atualiza-dos modelos, com foco nos segmentos A e B — segmentos históricos onde a Fiat tem tido sempre uma presença for-te —, e também na eletrificação.

O grupo FcA tardou a apostar na ele-trificação, mas o processo ganhou tração neste ano. Não só teremos um Fiat 500 elétrico, como recentemente foi dada a

Fiat 500 elétrico

sEtor AutoMóVEl sector autoMóvil

A histórica unidade de Mirafiori, em Turim, irá receber a linha de produção do futuro Fiat 500 elétrico, cuja apresentação acontecerá em 2020.Fotos DR

por nuno [email protected]

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A B R I L D E 2 0 2 0 ACTUALIDAD€ 51

sEtor AutoMóVElsector autoMóvil

conhecer uma Fiat ducato elétrica.Por esta, poucos esperariam. do novo

500 elétrico era expectável uma autono-mia na ordem dos 200 km, mas eis que, segundo a Quattroruote, a Fiat supera largamente a concorrência. da Mini à Honda.

O novo Fiat 500 elétrico era uma das mais aguardadas revelações para a edição deste ano do Salão de Genebra. contudo, o cancelamento do certame devido ao coronavírus não impedirá a marca transalpina de cumprir a agenda e de dar a conhecer ao mundo o seu novo citadino exclusivamente a bateria. A revelação estará por horas e, ao que avança a sempre bem informada publi-cação italiana Quattroruote nestas ma-térias, a Fiat não investiu 700 milhões de euros no desenvolvimento deste pro-jeto sem objetivos muito concretos. Afi-nal de contas, 500 e Panda são os dois bestsellers do fabricante italiano que, se

os quer manter como pedras angulares da sua estratégia de crescimento, tem de superar a concorrência. E tudo indica que assim será com o novo 500 elétrico.

de acordo com a referida publicação, o novo 500 começa desde logo por marcar pontos ao usufruir de uma pla-taforma específica. Por fora e por den-tro, até pode parecer o 500 de sempre, mas a essência muda por completo. A plataforma é específica para alojar os acumuladores, nem mais nem menos do que um pack de baterias de iões de lítio com 42 kWh de capacidade, des-tinados a alimentar um motor elétrico de 87 kW (118 cv), capaz de impulsio-nar o citadino dos 0-50 km/h em 3,1 segundos e de 0-100 km/h em nove segundos, estando a velocidade máxima limitada a 150 km/h.A tudo isto – e a um estilo que con-

tinua a ser icónico, como provam os resultados de vendas ao fim de onze

anos no mercado – o novo 500 acres-centa um dado que tende a ser muito valorizado pelos utilizadores: 320 km de autonomia, de acordo com o méto-do europeu de homologação de consu-mos e emissões WltP. Em termos de comparação, considerando o look retro e a alegada vocação citadina, o novo Mini cooper SE anuncia 270 km de autono-mia (bateria de 32,6 kWh) e o Honda e não vai além de 222 km, ou 210 com os pneus mais largos (bateria de 35 kWh). A confirmarem-se oficialmente estes da-dos, a Fiat supera o Mini em 50 km e o Honda praticamente pelo dobro… Ou-tro argumento que vai ao encontro dos

“tradicionais” requisitos dos utilizadores desta classe de veículos prende-se com a possibilidade de o 500 elétrico aceitar carga rápida em dc até 85 kW, o que lhe permite ganhar 50 km de autonomia em escassos cinco minutos. Passados 35 minutos, o acumulador fica a 80%.

Sponsors OficiaisCâmara de Comércio e Indústria

Luso-Espanhola

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52 ACTUALIDAD€ A B R I L D E 2 0 2 0

A Seresco Portugal, empresa espe-cialista em processamento sala-

rial, salienta o facto da necessidade de qualquer empresa se manter atual, num mercado em que o ritmo é verti-ginoso, e todos os dias surgem novas ideias, novas tecnologias e novos ta-lentos. Por isso, a marca destaca que a esfera de intervenção de um departa-mento de Recursos Humanos deverá estar aliada à tecnologia, e que este é um dos grandes pilares de desenvol-vimento que as empresas devem con-siderar na sua transformação digital.

O mercado de RH evolui também ele todos dias, e tornar-se-á cada vez mais flexível e mais virtual. O teletrabalho, a par com o o trabalho flexível, será uma das formas de trabalho que irá ter mais peso, diz a Seres-co, num mundo global, com equipas multiculturais, mul-tigeográficas, que esperam que as organizações sejam

fiéis aos seus valores, como um fator de retenção de talento. “A transformação digital, aliada a uma forte base de desenvolvimento em cibersegurança, é, por isso, essen-cial para garantir a confidencialidade de dados sensíveis e pessoais. A mo-nitorização e vigilância proativos e abrangentes dos sistemas de cada em-presa, a inteligência perante as poten-ciais ameaças, a análise de malware, a resposta atempada e estudada a inci-dentes e análise de riscos são serviços fundamentais”, adianta a empresa.

Por outro lado, a Seresco alerta que “as tecnologias podem vir a tornar bastantes tarefas mais automatizadas o que implicará seguramente o desa-parecimento de postos de trabalho ou alterações significativas na recondu-ção das tarefas. Os profissionais te-rão forçosamente de se adaptarem a esta nova era, para conseguirem con-tinuar a manter-se atuais e aptos para o mercado de trabalho (sendo que já começámos a sentir transversalmente essa necessidade), quer nas profissões que já desempenham com formação complementar e contínua, quer para novas no caso de as suas serem elimi-nadas como fruto da seleção natural, através de formação de re-skillling”. Por tudo isto, defende a Seresco, os próximos anos serão de restrutura-ção, de readaptação, tanto para as organizações como para os próprios profissionais, na preparação de um mercado de trabalho futuro mais vir-tual, mais tecnológico e consequente-mente mais automatizado.

recursos humanos deverão evoluir aliados às tecnologias

CiênCiA E tECnologiA ciencia y tecnologÍa

A rede WhatsApp continua a fazer vários esforços contra a dissemina-

ção das camadas fake news. São várias as medidas já conhecidas e as novidades que foram sendo criadas para impedir que estas alastrem na sua rede.Para aumentar ainda mais esta segu-rança há uma nova medida que vai em breve surgir. Em breve vai passar a ser possível fazer pesquisas sobre os links e informações que forem recebidas.Ainda está só em testes, mas há uma novidade presente na mais recente ver-são do WhatsApp para Android. Foi adicionada nesta versão, mas ainda não pode ser usada pelos utilizadores. Em breve será alargada a todos.

Esta novidade vai ser aplicada sempre que chegar uma mensagem que seja encaminhada por outro contacto. Pas-sará a estar presente uma lupa junto à mensagem, para que seja possível fazer pesquisas na Google sobre o conteúdo recebido pelo utilizador.Não será no primeiro reencaminha-mento que esta nova opção vai estar presente, mas sim após esta mensagem ser reencaminhada várias vezes. Assim, fica garantido que apenas as mensagens mais reencaminhadas podem ser con-sideradas dúbias. Ao clicar nessa lupa, o texto recebido será encaminhado para uma pesquisa do Google, onde o utilizador poderá confirmar se é real e

fidedigna. Assim, as fake news vão ser limitadas e confirmadas. Será sempre pedido ao utilizador que confirme se quer fazer a pesquisa no Google.Além desta novidade, vai haver ainda um reforço nas mensagens mais partilhadas. Os alertas de que a mensagem foi reenca-minhada vão ser mais visíveis e assim vão chamar mais a atenção dos utilizadores, que assim podem entender a sua origem.como dissemos antes, estas são novi-dades ainda em testes e que não podem ser usadas por todos. Vão ser avaliadas e em breve vão chegar na versão estável do Android. Este é mais um passo im-portante do WhatsApp para combater as fake news.

WhatsApp quer acabar com as fake news e vai integrar pesquisa da google

Textos Clementina Fonseca [email protected] Fotos DR

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53A B R I L D E 2 0 2 0 ACTUALIDAD€

CiênCiA E tECnologiAciencia y tecnologÍa

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ACTUALIDAD€ A B R I L D E 2 0 2 054

intErCâMBio CoMErCiAl intercaMbio coMercial

El comercio hispano portugués arranca el año con fuerte di-namismo a juzgar por los da-tos oficiales recientemente publicados por datacomex-

Estadisticas del comercio exterior español de la Secretaria de Estado de comercio. Ese informe da cuenta que el comercio bilateral supera los 2.782,6 millones de euros, de los cuales 1.778,8 millones de euros co-rresponden a las ventas españolas y 1.003,9 millones de euros a las com-pras españolas a Portugal, ello repre-senta un superávit favorable a Espa-ña de 774,9 millones de euros y un saldo de cobertura del 177,0 %. Res-pecto a enero del 2019 se verifican aumentos del 2 % y del 9,8 %, res-pectivamente.

Por lo que a distribución geográfica del comercio exterior español se re-fiere, la recogida en los cuadros 2 y 3,

el mercado portugués mantiene la cuarta posición en el ranking de los principales clientes de España y la séptima posición entre sus principa-les proveedores. En dicho periodo, el mercado vecino de Portugal portu-gués absorbió 7,7 % de la oferta ex-portadora española y su contribu-ción a las importaciones españolas superó el 3,8 %.

En la exportación española se man-tienen como principales clientes el mercado vecino de Francia, Alema-nia y italia (en conjunto representan el 36% del total de la exportación española), que en este mes de enero alcanzó los 23.142,4 millones de eu-ros. Respecto a las importaciones españolas, que totalizan 26.649,8 millones de euros, Alemania, china y Francia fueron los principales mer-cados proveedores, con un peso rela-tivo del 31,6%.

Si analizamos la distribución geo-gráfica por comunidades autónomas, cataluña (5.873,3 millones de euros de ventas y 7.524,6 millones de eu-ros de compras) encabeza el ranking tanto de las ventas como de las com-pras a Portugal con una cifra que supera los 13.397,9 millones de eu-ros, seguido de Madrid con 7.579,6 millones de euros (2.303,5 millones de euros y 5.276,1 millones de eu-ros) y Andalucía con 5.342,7 millo-nes de euros (2.685,0 millones de euros y 2.657,7 millones de euros).

Si desglosamos la distribución geo-gráfica por provincias españolas, Barcelona asume el liderazgo en lo que a las ventas españolas se refiere con un total de 293,6 millones de euros, seguida de Madrid con 285,6 millones de euros, la provincia de Pontevedra con 133,2 millones de euros, A coruña con 119,1 millones

Intercambio comercial luso español en enero de 2020

Bala

nza

1. Balanza comercial España - Portugal en 2020VENTAS

ESPAÑOLAS 20COMPRAS

ESPAÑOLAS 20 Saldo 20 Cober 20 %VENTAS

ESPAÑOLAS 19COMPRAS

ESPAÑOLAS 19 Saldo 19 Cober 19 %

ene 1 778 762,75 1 003 845,34 774 917,41 177,19 1 742 735,34 913 960,29 828 775,04 190,68

feb 1 706 821,40 873 899,16 832 922,24 195,31

mar 1 812 053,31 984 166,48 827 886,83 184,12

abr 1 810 815,75 906 315,91 904 499,83 199,80

may 1 951 251,80 999 087,41 952 164,40 195,30

jun 1 894 918,30 892 750,62 1 002 167,69 212,26

jul 1 888 569,00 1 057 136,40 831 432,60 178,65

ago 1 572 644,63 694 691,19 877 953,44 226,38

sep 1 809 737,87 1 004 127,43 805 610,44 180,23

oct 2 077 533,09 1 104 109,06 973 424,03 188,16

nov 1 868 799,77 1 020 269,73 848 530,05 183,17

dic 1 769 405,43 973 285,64 796 119,79 181,80

Total 1 778 762,75 1 003 845,34 774 917,41 177,19 21 905 285,70 11 423 799,32 10 481 486,38 191,75

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia

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A B R I L D E 2 0 2 0 ACTUALIDAD€ 55

de euros, Guadalajara con 78,0 y en la sexta posición la provincia de Valencia con 62,3 millones de euros. En relación con las com-pras españoles, Madrid ocupa el primer puesto con 168,3 millo-nes de euros, seguido de la pro-vincia de Barcelona con 135,2 millones de euros, Pontevedra con 81,4 millones de euros, A coruña 61,9 millones de euros, Valladolid 55,6 millones de euros, y Valencia 49,7 millones de euros, en la sexta posición. A su vez, las principales provincias comprado-ras a Portugal fueron Madrid, con 1.076.445,9 millones de eu-ros, seguido de la provincia de Barcelona con 871.603,3 millo-nes de euros, A coruña con 633.783,9 millones de euros, Pontevedra con 505.583,8 millo-nes de euros, Valencia 372.138,9 millones de euros y la provincia de Valladolid con un volumen de compras que supera los 227.099,6 millones de euros.

Por lo que a la distribución sec-torial del comercio bilateral se re-fiere y según el código taric (cla-sificación arancelaria integrada de los países comunitarios), la parti-da 87-Vehiculo automóviles, trac-tor lidera tanto las ventas (186,2 millones de euros) como las com-pras españolas (131,9 millones de euros). En el ranking de los prin-cipales productos vendidos por España destacan la partida 85- Aparatos y material eléctricos (142,0 millones de euros) y en la tercera posición la 84-Máquinas y aparatos mecánicos (115,2 millo-nes de euros). En la demanda es-pañola destacan asimismo la 27-combustibles, aceites minera-les (114,9 millones de euros) y la 84-Máquinas y aparatos mecáni-cos (76,4 millones de euros).

Este conjunto de cuatro parti-das con una cifra global de 889,2 millones de euros representa el 30 % del comercio bilateral.

Rankings2.Ranking principales paises

clientes de España 2020

Orden País Importe

1 001 Francia 3 679 200,48

2 004 Alemania 2 677 964,00

3 005 Italia 1 889 473,45

4 010 Portugal 1 778 762,75

5 006 Reino Unido 1 542 931,32

6 400 Estados Unidos 982 810,68

7 003 Países Bajos 910 366,21

8 204 Marruecos 674 306,66

9 017 Bélgica 653 802,60

10 060 Polonia 535 863,82

11 720 China 525 831,07

12 039 Suiza 466 643,95

13 952 Avituallamiento terceros 361 041,76

14 052 Turquía 336 708,44

15 412 México 309 298,52

16 951 Avituall.y combust.inter-cambios comunitarios

285 573,52

17 732 Japón 227 340,54

18 061 República Checa 212 385,53

19 038 Austria 202 809,53

20 508 Brasil 195 116,61

SUBTOTAL 18 448 231,43

TOTAL 23 142 387,83

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia

3.Ranking principales paises proveedores de España 2020

Orden País Importe

1 004 Alemania 3 003 303,18

2 720 China 2 730 497,01

3 001 Francia 2 684 977,01

4 400 Estados Unidos 1 627 788,99

5 005 Italia 1 515 536,19

6 003 Países Bajos 1 137 960,76

7 010 Portugal 1 003 845,34

8 006 Reino Unido 852 414,46

9 204 Marruecos 641 314,20

10 052 Turquía 637 173,80

11 017 Bélgica 633 159,16

12 060 Polonia 521 439,72

13 664 India 426 770,56

14 208 Argelia 420 332,80

15 061 República Checa 367 069,58

16 075 Rusia 366 259,02

17 288 Nigeria 353 256,24

18 732 Japón 344 047,66

19 632 Arabia Saudí 325 871,47

20 412 México 316 203,57

SUBTOTAL 19 909 220,72

TOTAL 26 649 854,99

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia

5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal 2020

Orden Sector Importe1 87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR 186 221,00

2 85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS 142 020,09

3 84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS 115 240,88

4 39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU. 95 421,28

5 27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL. 87 241,24

6 72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO 64 597,82

7 02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES 61 969,08

8 62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO 56 747,95

9 15 GRASAS, ACEITE ANIMAL O VEGETA 49 752,31

TOTAL 1 778 762,76

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia

4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal 2020

Orden Sector Importe1 87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR 131 858,58

2 27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL. 114 915,64

3 84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS 76 430,58

4 39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU. 68 266,35

5 72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO 42 656,09

6 94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS 36 386,44

7 48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA 36 190,75

8 85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS 35 293,47

9 73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO 31 596,11

TOTAL 1 003 845,34

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

7.Ranking principales cc.aa proveedoras/clientes de Portugal 2020

CC.AA. VENTAS ESPAÑOLAS 19

COMPRAS ESPAÑOLAS 19

Cataluña 5 873 291,10 Cataluña 7 524 631,04

Andalucía 2 684 979,36 Madrid, Comunidad de 5 276 122,35

Comunitat Valenciana 2 428 830,97 Andalucía 2 657 709,76

Madrid, Comunidad de 2 303 493,56 Comunitat Valenciana 2 397 017,80

País Vasco 1 967 773,18 Galicia 1 677 986,15

Galicia 1 780 593,21 País Vasco 1 573 664,22

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia

6.Evolución del intercambio comercial 2020

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ACTUALIDAD€ A B R I L D E 2 0 2 056

oportunidAdEs dE nEgóCio oportunidades de negocio

Oportunidades

de negócio à sua espera

Empresas Portuguesas

BUSCAN REFERENCIA

Empresas españolas de distribución de materiales de construcción, en particular artículos sanitarios DP190701

Agentes comerciales en el área de moldes y inyección de plástico DP190702

Empresas españolas fabricantes de hilo acrílico / lana DP190703

Empresas españolas de material agricola DP190801

Empresas de fabricación de productos rotomoldeados DP190802

Empresas fabricantes de utensilios de jardinería domesticos DP190901

Empresas españolas que puedan aportar tecnologias a la agricultura portuguesa DP200101

Fabricantes de artículos para fiestas de niños DP200201

Distribuidores de infusiones y tés DP200301

Oferta de trabajo para el cargo "Team Leader" - Mercado español OP200301

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE-Oferta espanhola

las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la ccilE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail ([email protected]), solicitando los contactos de la referencia de su interés. la ccilE no se respon-sabiliza por el contenido de las mismas. as oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na ccilE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail ([email protected]), solicitando os contactos de cada uma das referências. a ccilE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

PROCURAM REFERÊNCIA

Empresas portuguesas fabricantes de cosméticos DE190701

Empresas portuguesas fabricantes de toalhas DE190702

Empresas portuguesas de calçado DE190801

Empresas portuguesas distribuidoras de cafés de Africa, Brasil e Timor DE190802

Empresas que vendam roupa usada e também panos para limpeza DE191001

Empresas portuguesas no sector industrial DE191002

Agente comercial no mercado de artigos de cozinha para casa DE191003

Empresas Espanholas

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A B R I L D E 2 0 2 0 ACTUALIDAD€ 57

oportunidAdEs dE nEgóCiooportunidades de negocio

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58 ACTUALIDAD€ A B R I L D E 2 0 2 0

CAlEndário FisCAl calendario fiscal

S T Q Q S S D S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 F 26 27 28 29 30

>

AbrilPrazo

AtéImposto Declaração

a enviar/ObrigaçãoEntidades Sujeitas

ao cumprimento da obrigação

Observações

10 IVA Declaração periódica mensal e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em fevereiro/2020

Contribuintes do regime normal mensal

10 Segurança Social

Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de março/2020

Entidades empregadoras

10 IRS/IRS Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a março/2020

Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)

15 IVA Comunicação dos elementos das faturas emitidas em março/2020

Sujeitos passivos do IVA - Por transmissão electrónica de dados (facturação electrónica), em tempo real, através do Webservice da AT;

- Por envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através do Portal da AT;

- Por inserção direta no Portal da AT.

15 IVA Pagamento do IVA apurado Declaração periódica mensal de fevereiro/2020

No âmbito das medidas de flexibilização – Covid 19, o pagamento do IVA poderá ser efetuado em prestações

20 IRS/IRC/ SELO

Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas ou do Imposto do selo liquidado em março/2020

Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo

No âmbito das medidas de flexibilização – Covid 19, o pagamento das retenções na fonte poderá ser efetuado em prestações

20 Segurança Social

Pagamento das contribuições relativas a março/2020

Entidades empregadoras No âmbito das medidas relativas ao Covid 19, pode haver suspensão do pagamento de contribuições nas situações de lay-off.

20 IVA Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em março/2020

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados Membros quando tais operações se considerem aí localizadas.

20 IVA Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas no 1º trimestre/2020

Contribuintes do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens não tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados Membros quando tais operações se considerem aí localizadas.

20 SELO Envio da declaração mensal de Imposto do Selo relativa a Janeiro, Fevereiro e Março/2020

Sujeitos passivos de Imposto do Selo

Esta nova declaração é aplicável aos sujeitos passivos quer estes tenham liquidado Imposto do Selo quer só tenham realizado operações isentas

30 IRS/IRC Envio da declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em fevereiro/2020

Entidades devedoras dos rendimentos

Obtenção de n.º de identificação fiscal especial para o não residente

30 IVA Pedido de restituição do IVA suportado em 2019 noutro Estado membro da EU

Sujeitos passivos do IVA Pode ainda ser enviada até 30 de setembro

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59n o v e m b r o d e 2 0 1 4 actualidad€

BolsA dE trABAlHobolsa de trabajo

BE190127 M INGLÊS/ FRANCÊS ASSISTENTE DE OPERADOR FINANCEIRO

BE190128 F 24/03/1971 INGLÊS/ FRANCÊS/ ALEMÃO ENGENHARIA AGRÓNOMA

BE190129 F FRANCÊS/ ESPANHOL PROFESSORA DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA

BE190130 F 18/12/1992 ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS LOGÍSTICA

BE190131 M 01/11/1982 ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS/ FRANCÊS CONSULTOR DE NEGÓCIOS

BE190132 F 16/11/1992 ESPANHOL/ INGLÊS/PORTUGUÊS ADMINISTRATIVA

BE190133 F ESPANHOL/ INGLÊS TÉCNICO DE RECURSOS HUMANOS

BE190134 F ESPANHOL/ PORTUGUÊS/ INGLÊS PEDAGOGA EM RECURSOS HUMANOS

BE190135 F ESPANHOL/ CATALÃO/ PORTUGUÊS/ INGLÊS JORNALISMO

BE190136 F ESPANHOL/ CATALÃO/ PORTUGUÊS/ INGLÊS MARKETING E COMUNICAÇÃO

BE190138 F PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS SECRETARIA DIREÇÃO E ATENÇÃO AO CLIENTE

Os currículos Vitae indicados foram recebidos pela ccilE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para [email protected], solicitando os contactos de cada uma das referências. a ccilE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos.los currículos Vitae indicados han sido recibidos en la ccilE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para [email protected], solicitando los contactos de cada referencia de su interés. la ccilE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho

Código Sexo Data de Nascimento Línguas Área de Atividade

PUB

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60 ACTUALIDAD€ A B R I L D E 2 0 2 0

EspAço dE lAzEr espacio de ocio

Hace tres años Pedro carrasco intercambió sus 30 años de actividad profesional en el mundo del diseño y la comu-nicación por su pasión por el

arte. Abrió entonces su primera galería en lisboa, casualmente en un pequeño callejón de la capital lusa que tiene por nombre su apellido: Beco do carrasco. una galería pequeña desde donde ha querido aportar su forma de entender el arte, poner su sello personal que ahora traslada a Madrid. En la capital de España ha elegido la zona de Alonso Martínez para instalar su segunda gale-ría con la que expande su negocio a otros mercados. “Es la primera galería portuguesa en Madrid y por ello creo que la oportunidad de negocio será más fácil de alcanzar”.

desde 1990 Pedro carrasco ha tra-bajado con marcas internacionales clave en la industria, como la farmacéutica, de seguros y minoristas, así como en el cambio de marca y el lanzamien-

to de varias marcas portuguesas exito-sas. “Mantuve una mente juvenil y una pasión casi juvenil por los proyectos, todo el tiempo. Al ser creativo, gene-ralmente atraía mi primera atención al pensamiento conceptual y la investiga-ción de cada proyecto. A menudo estuve involucrado hasta la producción porque podía mezclar mis habilidades técnicas y mentalidad creativa, entregando el mejor proyecto”, indica el galerista.

En esta nueva etapa profesional Pedro carrasco espera que ambas galerías «sean complementarias». Su apertura en Madrid coincidió con la última edición de ARcO, a finales del pasado mes de febrero. “Realizamos una inauguración con un grupo restricto de personas y coincidiendo con ARcO tuvimos dos eventos”, explica carrasco. Para la pri-mera exposición de este espacio ha elegi-do a los fotógrafos de Mozambique Félix Mula y Filipe Branquinho, “dos artistas de lengua portuguesa sin ser portugueses, del África negra, fotógrafos, nada nor-

mal en el mercado español. creo que era más interesante que empezar por artistas españoles o portugueses. Elegiremos a los artistas porque son buenos, no por su nacionalidad”, puntualiza carrasco. construyendo un país es el nombre de la exhibición que relata a través de tres series la historia de la aparente imposibi-lidad de superar un periodo poscolonial marcado por la miseria absoluta.

El espacio de Madrid “no es el habi-tual para una galería, las paredes no están pintadas de blanco, por ejem-plo. Es un edificio de finales del siglo XiX, un apartamento grande con alguna historia que permite proxi-midad. Además cuenta con una coci-na grande que nos permite realizar eventos, y también una terraza”. la inesperada llegada del coronavirus ha obligado a cerrar ambos espacios, en Madrid y lisboa, pero el trabajo con-tinúa de puertas para dentro. “Hay mucho trabajo que hacer, aunque esto no estaba previsto. tenemos una actividad programada para este año, aunque es abierta, lo que nos permite ir cambiando el orden. Nos iremos adaptando según evolucione la situa-ción”, reconoce el galerista.

La galería Carrasco abre en Madrid un espacio para aportar algo nuevo y diferente al mundo del arte. Un proyecto inaugurado con la exposición Construyendo un país, de dos fotógrafos de Mozambique.

Primera apertura de una galería de arte portuguesa en España

Texto Belén Rodrigo [email protected] Fotos DR

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EspAço dE lAzErespacio de ocio

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Lejos del bullicio de las ciuda-des, en rincones de todo el país, también se puede disfrutar de la alta cocina. Es el caso de la aldea de la Salgar, en Arriondas

(Asturias), donde apenas viven 15 per-sonas. En este recóndito lugar está casa Marcial, con dos estrellas Michelin y tres Soles Repsol, donde nacieron y crecieron los hermanos Manzano. En la misma casa donde su abuela vendió productos y donde sus padres, en la década de los 80, regentaban una casa de comida por encargo, ellos abrie-ron en 1993 un restaurante. Nacho y Esther, en la cocina, Sandra como mai-tre y Olga en la administración.“casa Marcial nos vio trastear en los

fogones de nuestra madre, aquí apren-dimos de nuestro padre el valor de la hospitalidad, del servicio y de la satisfacción de convertir a clientes en amigos. Nuestras abuelas nos legaron las recetas y el amor por la cocina y

nuestros padres nos imprimieron el respeto por la naturaleza y por los pro-ductores locales”, explican los herma-nos Manzano. Es una casa con duende, donde han pasado muchas cosas hasta convertirse en el restaurante que hoy es. Fue salón, bar y allí se organizaron concursos de cartas donde también se bebía y bailaba.

En 1996 empezaron a dar un giro al restaurante, con una propuesta dife-rente a la habitual y dos años después llegó la primera estrella Michelin. la segunda fue en 2010, lo que

supuso todo un hito al tratarse de un local tan escondido. En casa Marcial cocinan el paisaje que les rodea. Asturias tiene grandes recursos naturales, una herencia y riqueza gas-tronómica enorme, estaciones muy marcadas, materia prima de calidad única y grandes productores locales dedicados, íntegros y respetuosos con el medio ambiente. “Estos produc-tores, agricultores, ganaderos, pesca-deros y artesanos son el motor del desarrollo rural y la verdadera esencia de nuestra cocina, muy arraigada a la

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Los hermanos Manzano levantaron hace 25 años un restaurante en la casa que les vio nacer y donde su familia comenzó a servir comida. Ahora es una referencia de la alta gastronomía española y cuenta con dos estrellas Michelin y tres Soles Repsol.

EspAço dE lAzEr espacio de ocio

Casa Marcial, el emblema de la cocina asturiana

Texto Belén Rodrigo [email protected] Fotos DR

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EspAço dE lAzErespacio de ocio

tierra, al entorno que nos rodea y al respeto a los productos y productores locales”, explican desde el restauran-te. “Buscamos platos basados en una cocina de inmediatez y frescura, que respeta la tradición e introduce una evolución técnica y creativa, desper-tando en el cliente nuevas y viejas emociones a través de su memoria gustativa”, añaden.

la cocina de esta casa es una pro-longación de su manera de entender la vida, exprimiendo la localización y la tradición como punto de partida para crear nuestro propio lenguaje culinario. “Ahondamos en nuestro legado gastronómico, las raíces, la estacionalidad y la integridad del pro-ducto para evocar al recuerdo a través del paladar, aportando un elemento de sorpresa y modernidad. El entor-no y nuestro sello personal se verá reflejado en la experiencia sensorial y gastronómica que el cliente disfrutará en nuestra casa”.

los menús de este año son muy especiales donde el protagonista es el producto y el entorno. uno de ellos se llama Mejor al Revés, siguiendo la línea de la ponencia que presentó Nacho Manzano en Madrid Fusión y cambiando el orden de los platos y el maridaje, empezando por los platos más contundentes y finali-

zando por los más livianos. El menú divide los platos en cinco bloques que responden a la historia y la memoria gustativa de los cocineros y del entorno en el que viven. El otro menú se llama Viaje de Vuelta y sigue también ese concepto de arraigo al entorno e historia de los Manzano. Algunas de sus propuestas son; fabes, maíz, patata, azafrán y yema de aldea; callos cocinados en pieles de bacalao y garbanzos de árbol; cococha, aguacate asturiano, codium y perejil; navaja en conserva de alga, kombucha y ten-dón de vaca, y alcachofa cocinada en caldo de almejas.

Volver a casaNacho tuvo claro desde joven que

se quería dedicar a la cocina y aun-que trabajó en otros lugares tenía siempre claro que quería volver a su casa. Ahora tanto él como su hermana son unos de los cocineros más representativos de la gastrono-mía española y uno de sus mayores embajadores. Abrieron un segundo restaurante de alta gastronomía, la Salgar y también trabajan la cocina más tradicional, popular y de tapeo a través de sus propuestas más casua-les como sus restaurantes Gloria o su participación desde hace más de diez años en ibérica Restaurants, una de las mayores enseñas de la cocina española que cuenta con ocho restau-rantes en el Reino unido.

Estar en un rincón escondido del país dificulta muchas veces el trabajo de un equipo que llega a ser de 20 personas en la época alta. Hay noches sin clientes, pero a pesar de todas las dificultades han sabido a lo largo de todos estos años seguir con la creativi-dad y ofrecer un gran servicio.

Casa MarcialLa Salgar, s/n,33549 Arriondas, Parres, [email protected]: 00 34 985 840 991

Foto

siro

Gar

cia

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Livro “Do Porto ao Gulag”José Pedro Celestino Velho (1755-1802), mercador e diplomata portuense, “tornou o Vinho do Porto uma moda, no Império Russo, na segunda metade do século XVIII” e o jornalista José Milhazes conta a história no livro “Do Porto ao Gulag, A Viagem Secular de Uma Família Portuense no Império Russo/Soviético”. O jornalista, que também viveu em Moscovo entre 1977 e 2015, baseou-se em documentos inéditos e anos de pesquisa sobre o comercian-te portuense, que se tornou amigo do Czar e do poeta Pushkin. José Pedro Celestino Velho nasceu numa família da classe média portuense e foi nomeado, em 1781, pela Real Companhia Velha para “administrar as compras e vendas dos géneros que a nossa companhia importa e exporta para essas terras”. Não terá sido tarefa fácil, sugere a sinopse do livro: “Quando chega a São Petersburgo, depara-se com dificuldades técnicas tão simples como a inexistência de um armazém para guardar a mercadoria ou o facto de os barcos portugueses não navegarem em águas geladas. O sucesso chegou, contudo, quando começou a servir vinho do Porto nos saraus de música e chás que organizava nos seus palá-cios, levando cantores líricas tão populares como Luísa Todi, para actuarem na frente do Czar e da aristocracia russa. Acabou por se tornar amigo de Alexandre I, presença assídua, no palácio Tsarskoie Selo, situado nos arredores da cidade de São Petersburgo. Acabaria por ser nomeado Cônsul Português no país e a sua enorme riqueza permitiu-lhe estabelecer-se como banqueiro da corte - em 1797 já tinha abandado os cargos na Real Companhia.”Além da saga de José Celestino Velho, da sua relação próxima com o Czar e da amizade com o poeta Pushkin, “José Milhazes foi à procura dos seus descendentes e descobriu a existência de um neto que desenvolveu e modernizou os serviços postais do Império Russo e dirigiu a polícia política do país. E uma bisneta, a baro-nesa Maria Ivanovna Velho (1875 1937) que, durante 21 anos, foi dama de honra das duas últimas czarinas russas. Perseguida pela revolução russa acabou por ser fuzilada como ‘inimiga do povo’.”Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, assina o prefácio da obra que pretende também ser uma homenagem à Cidade Invicta: “José Milhazes reconstitui, a partir de uma família, um quadro amplo de relações entre países e culturas, dando-nos a conhecer, através do ilustre José Pedro Celestino Velho e dos seus descendentes, ora notáveis ora desconhecidos, o cruzamento entre povos nas suas relações comerciais, militares, na religião, na política e nos nossos costumes.”José Milhazes nasceu na Póvoa de Varzim em 1958. Além de jornalista, correspon-dente em Moscovo da SIC, TSF e do jornal Público, é também tradutor de autores clássicos e políticos russos. Doutorado pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, é autor de diversos livros. Viveu em Moscovo entre 1977 e 2015. É atual-mente comentador político da SIC, da Antena 1 e colunista do jornal Observador.

ExposiçãoAs esculturas de Giacometti e as fotografias de Lindbergh, no Porto“Se me perguntassem quais foram os cinco dias mais bonitos da minha vida, aque-le com as esculturas de Giacometti seria certamente um dos primeiros três”. O falecido fotógrafo Peter Lindbergh descreveu assim os dias em que teve a oportuni-dade de fotografar o espólio do escultor Alberto Giacometti, na Fundação do artista em Paris. O MMIPO –Museu da Misericórdia do Porto mostra o resultado desse encontro: uma exposição conjunta, das esculturas de Giacometti e as fotografias de Lindbergh.Pedro Nunes, Diretor do MMIPO, recorda o momento em que recebeu Peter Lindbergh no Porto: “Ele estava muito interessado em perceber todos os detalhes do espaço e na interação entre a exposição e o edifício. Mas fez também questão de conhecer a cidade e as pessoas. Esta exposição é uma homenagem ao seu legado. A sua arte permanecerá.”A mostra “Alberto Giacometti – Peter Lindbergh. Capturar o Invisível” esteve apenas exposta no Instituto Giacometti em Paris, no ano passado, e poderá ser vista até 24

Agenda culturalMúsica“O Método”, o novo disco de Rodrigo LeãoLançado no passado mês de fevereiro pela editora BMG de Espanha “O Método” é mais recente trabalho de Rodrigo Leão, um dos mais aclamados compositores portugueses da atualidade, que também é autor da ilustração da capa do CD.

“O músico e compositor português assi-nou, pela primeira vez na sua carreira, um contrato direto com uma editora interna-cional, a BMG Espanha, depois de, ao

longo dos anos, ter visto alguns dos mais impor-tantes títulos da sua discografia serem licencia-dos para distri-buição em mer-cados internacio-nais”, indica o

comunicado da editora. O documento acrescenta ainda que “a edição interna-cional vai resultar de uma coprodução entre a BMG Espanha e a BMG alemã, num registo que “terá Rodrigo Leão a fazer uso mais amplo do piano acústico”.Nascido em Lisboa em 1964, Rodrigo Leão integrou os Madredeus durante 10 anos, antes de se lançar na carreira a solo, que encetou com “Ave Mundi Luminar”, em 1993, pela Sony, editora à qual esteve ligado ao longo de múltiplos discos. Desde então, já trabalhou com nomes como a vocalista de Portishead, Beth Gibbons, ou os músicos Ryuichi Sakamoto e Ludovico Einaudi.

“Os seus 25 anos de música foram come-morados [em 2018] com um ano cheio de projetos de palco e de estúdio que passa-ram pela retrospetiva de carreira ‘O Aniversário’; o relançamento da banda--sonora de ‘Portugal, um Retrato Social’ sob o título ‘Os Portugueses’; o convite para escrever música para a exposição do Museu Gulbenkian ‘Cérebro — Mais Vasto que o Céu’; e uma longa série de concer-tos em Portugal e no estrangeiro”, recorda o comunicado.

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de setembro de 2020, no MMIPO – Museu da Misericórdia do Porto. Alberto Giacometti é um dos mais aclamados escultores do séc. XX, tal como Peter Lindbergh é um dos mais notá-veis fotógrafos contemporâneos e desde sempre fascinado pela arte de Giacometti. A mostra evidencia “uma notória similitude na forma como representam a realidade”. A exposição acolhe cerca de 110 obras, incluindo esculturas em bronze e desenhos de Alberto Giacometti, bem como fotografias de Peter Lindbergh à coleção. Numa sala exclusiva, estarão em exibição alguns dos mais icónicos retratos da carreira do fotógrafo de moda, entre os quais os protagoniza-dos por Naomi Campbell, Uma Thurman e Julianne Moore. No

final da exposição, os visitantes são convidados a provar um cáli-ce de vinho do Porto Taylor’s no bar do jardim do museu. Esta iniciativa resulta de uma nova parceria entre o MMIPO, a marca de vinho do Porto Taylor’s e a Comissária Charlotte Crapts e é inserida no âmbito das come-morações do 5º aniversário do Museu, “é também um tributo ao

lendário fotógrafo de moda que morreu prematuramente em setembro de 2019 e que esteve totalmente envolvido no pro-cesso de trazer a exposição para o Porto”, explica o comuni-cado do MMIPO.Até 24 de setembro de 2020, no MMIPO – Museu da Misericórdia do Porto.

Textos Susana Marques [email protected] Fotos DR

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Com concertos cancelados, festivais adiados, museus, teatros e salas de cinema encerrados, o setor cultural reinventa a sua forma de chegar às pessoas. Exemplo disso é a UNESCO ao disponibilizar acesso à sua biblioteca digital mundial.

Na mesma linha, museus de todo o mundo proporcionam visi-tas virtuais gratuitas: o espanhol museu do Prado (pinturas dos séculos XVI a XIX, com obras de pintores como Velázquez, El Greco, Rubens, Hieronymus Bosch e Goya); o português Museu Nacional de Arte Antiga, onde está a mais importante coleção pública de arte em Portugal e o maior número de pe-ças consideradas tesouro nacional, disponibiliza visita virtual a quase 40 mil obras de arte; o primeiro museu de arte em Por-tugal, o portuense Museu Nacional Soares dos Reis, inclui boa parte da obra do escultor com o mesmo nome, agora visitável online; a Pinacoteca di Brera (catálogo online com 669 peças de arte italiana, incluindo obras de artistas como Raphael, Bellini e Titia); Galeria dos Ofícios (um dos museus mais visitados de Itália, disponibiliza visitas online a salas ou te-mas específicos, bem como ao seu arquivo digital); Museus do Vaticano (guia online detalhado para as coleções dos museus, com visitas em 360 graus e vídeos de muitas das salas); Museu Arqueológico Nacional de Atenas (uma via-gem online à Antiguidade Clássica, com artefactos e obras de arte da civilização grega desde os seus primórdios até o fim da romanização); Museu do Louvre (visitas online gratui-tas de algumas de suas exposições mais relevantes e visita-das como Antiguidade Egípcia e obras de Michelangelo); também o parisiense Museu D’Orsay permite visita online a obras de Monet, Cézanne, Gauguin, entre outros; Museu Britânico (fundado em 1753, foi o primeiro museu nacional

público do mundo, convidando a entrar, gratuitamente, to-das “as pessoas estudiosas e curiosas” para ver máscaras astecas, moedas do período helenístico, esculturas egíp-cias e gregas, além da Pedra de Roseta e partes do Parte-non de Atenas); Metropolitan Museum of Art (o The Met

permite explorar a sua co-leção de obras de arte da Antiguidade clássica e do Antigo Egito, pinturas e esculturas de mestres europeus, bem como de uma ampla coleção de arte moderna america-na); Museu Hermitage (fundado em 1764 pela imperatriz Catarina, a Grande, este é um dos maiores museus do mun-do, pelo que a sua visita online permite conhecer

obras de quase todas as épocas da história da Arte); Ga-leria Nacional de Arte (localizada em Washington, abriga obras de arte europeias desde a Idade Média até o século XIX, bem como arte americana anterior ao século XX com obras de Vermeer, Rembrandt, Monet, Van Gogh, Leonar-do da Vinci, Picasso, Andy Warhol, Matisse, Jackson Pol-lock e Alexander Calder).Quem quiser conhecer melhor a arte espanhola, poderá também aceder online aos museus Picasso, ao Museu Dalí, Museu Sorolla, à Fundação Joan Miró, entre outros, que disponibilizam também visitas virtuais.

65a b r i l d e 2 0 2 0 actualidad€

EspAço dE lAzErespacio de ocio

Em casa, cultura online

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66 ACTUALIDAD€ A B R I L D E 2 0 2 0

EspAço dE lAzEr espacio de ocio

Statements“Saúdo a importante decisão

anunciada pelo BCE. A UE está a

mostrar-se à altura da ocasião no

combate a esta pandemia, com ação

coordenada”

Mário Centeno , Ministro das Finanças, depois de o Banco Central Europeu ter anunciado no dia 18 de março à noite um novo programa de compra de dívida, no valor de 750 mil milhões de euros, para aliviar a situação no mercado da dívida e o impacto económico do surto de Covid-19. Expresso, 19/3/2020

Também os Estados-membros estão

a tomar ações duras [devendo ser

tomadas mais medidas a nível

conjunto para debelar a crise]

Idem , ibidem

“Do lado orçamental, tratando-se de

um desafio comum, o financiamento

do esforço necessário para a resposta

sanitária e para as políticas de apoio

à economia em cada um dos estados

membros deve, por isso, beneficiar

de medidas inovadoras e de caráter

excecional, como seja a emissão de

títulos de dívida comunitários, as

denominadas Eurobonds. Trata-se de

uma situação claramente talhada para

o financiamento no plano comunitário,

na medida em que não existe risco

moral e o interesse é comum”, defende

o governador, partilhando assim uma

ideia que tem sido defendida por

vários líderes europeus, originando

uma nova palavra: “coronabonds”.

Carlos Costa , Governador do Banco de Portugal, “Jornal Económico”, 20/3/2020

[Economia portuguesa pode cair este

ano até 5% e o desemprego crescer até

10%, se não forem tomadas medidas]

Augusto Mateus , economista, adiantando que os setores mais afetados serão o turismo, os transportes, o petrolífero, a banca e o comércio a retalho não alimentar,

“Observador.pt”, 19/3/2020

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