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_____________________________ 1 Graduada em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas. Pós graduação em MBA Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário do Norte. E-mail: [email protected]
A PUBLICIDADE E A PROPAGANDA NO CONTEXTO DOS PROGRAMAS DE
AÇÃO SOCIAL SOLIDÁRIA
Fernanda Pereira da Silva1
Resumo: Diante desse recorte enorme de propaganda o qual deseja-se haver uma
contribuição de várias empresas diante desta área que é a ação solidária; e nesse
momento que existirá alguns valores essenciais do nosso público alvo que são
pessoas em situação de rua. E para se ter uma ética onde a cidadania, entendendo-
se na qual essa cidadania vai criar uma questão que é de fundamental importância, a
contextualização nesse âmbito da comunicação e, mais especificamente, na
propaganda atual, aqui no caso oferta-se a ajuda por meio da criação de uma fanpage
como instrumento de ação solidária e dignidade humana. Utilizar a internet como uma
rede de possibilidades e direcionada para fazer o bem. Profissionais de comunicação
em prol do bem-estar social, e em busca de uma sociedade mais justa, e que como
principal meio de avanço far-se-á entrevistas com os personagens “invisíveis”, o qual
todo o material coletado, será composta a citada rede social “Bem na Hora Street”.
Tendo-se o elo de comunicação com os seguidores voltados a espalhar o bem, em
parceria com os variados tipos de serviço de necessidades a estas pessoas em
situação de rua. Também, ao voluntário que desenvolve e alimenta as páginas, bem
como a estudantes que oferecem esse tipo de serviço através de parcerias com as
instituições.
Abstract: In view of this huge cut of advertising, which is desired to have a contribution
from several companies in this area, which is solidarity action; and at that moment,
there will be some essential values of our target audience that are people on the street.
And in order to have an ethics where citizenship, understanding that citizenship will
create an issue that is of fundamental importance, contextualization in this area of
communication and, more specifically, in current advertising, here in this case, help is
offered through the creation of a fanpage as an instrument of solidarity action and
human dignity. Use the internet as a network of possibilities and directed to do good.
Communication professionals in favor of social well-being, and in search of a more just
society, and that as the main means of advancement, interviews will be conducted with
the “invisible” characters, who will collect all the material collected social network “Bem
na Hora Street”. Having the link of communication with the followers aimed at
spreading the good, in partnership with the varied types of service of needs to these
people on the street. Also, the volunteer who develops and feeds the pages, as well
as students who offer this type of service through partnerships with the institutions.
KEYWORDS: Advertising; Solidarity; Street; Citizenship; Internet.
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_____________________________ 1 Graduada em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas. Pós graduação em MBA Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário do Norte. E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Tem sido de fundamental importância o uso da publicidade e da propaganda
para a divulgação do bem humano. Para se ter uma definição de “marketing social”.
É válido a criação de meios que otimizem tal contribuição, principalmente para com
aqueles que são considerados os “invisíveis” e que, por muitas vezes, são tachados
como problemas de calçadas para a sociedade. Infelizmente é essa a realidade, mas
apresento aqui o obstáculo como sendo não eles, mas a mente humana, que por
muitas vezes tem atitudes individualistas, arrogantes, racistas, e até violentos, o que
muitas vezes demostram imaturidade, ao fazer descaso com as pessoas em situação
de rua. Não se deve generalizar, cada um tem a sua particularidade, o qual deve-se
por primeiro escutar, estender a mão, oferecer os meios e principalmente o ensinar a
recomeçar sua vida com dignidade e honestidade.
O marketing social, portanto, tenta remediar situações como a dos “invisíveis”
chamando a atenção da sociedade para o fato de que pequenas ações ou mesmo a
disponibilização de um tempo mínimo de atenção e auxílio pode significar muito para
o dia a dia destas pessoas.
É indiscutível que as redes sociais podem ser utilizadas para a otimização de
benefícios sociais em maior escala. Nesse sentido, é possível instruir e utilizar as
redes sociais com o intuito de fazer o bem. A uma possibilidade futura fica a ideia
criativa de uma página no Facebook, o qual poder-se-á ser chamada de “Bem Na Hora
Street” com o foco de ação solidária nas ruas, o qual pode-se executar o bem, naquela
hora em que se está na presença de uma pessoa em situação de rua. Seja desde um
gesto simples a uma ajuda mais concreta.
Esta mídia será utilizada como ferramenta para a atração de apoio social para
as pessoas que frequentam os locais de apoio, e permanecem em situação de rua, e
que rotineiramente precisam de todo auxílio disponível.
É fato que o terceiro setor tem crescido e tem buscado melhor organização em
nosso país, mas parece que ainda falta muito no que diz respeito ao uso das
ferramentas de mídias sociais. E diante desta pesquisa na qual vai se propor uma
avaliação, que vai partir de um estudo de caso, diante das potencialidades de seu uso
para fins de medidas concretas de mudança social.
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Em relação a publicidade e propaganda, sabe-se que não só de criação vive o
publicitário. Trabalhar em uma agência de publicidade não envolve só criatividade. No
caso do profissional de Mídia em uma agência de publicidade é necessário boas
habilidades de interação interpessoal, desenvolvimento de estratégias e negociação.
O mídia estará em contato tanto com o cliente quanto com os veículos que divulgarão
as campanhas desenvolvidas pelas agências.
O mídia, como dito, conhece o cliente, o público e os veículos. Portanto, ele é a
pessoa mais indicada para definir quais meios de divulgação serão escolhidos. Isso
vale tanto para mídia off line, toda estratégia promocional que não utilize a internet,
quanto para a mídia online, todos os tipos de anúncio que precisam da internet ou das
ferramentas digitais. A relação cliente e veículo sem intermediação do mídia pode ser
prejudicial para a estratégia publicitária, uma vez que cada veículo defenderá apenas
os seus benefícios e o cliente pode não possuir as competências necessárias para
avaliar o que será a melhor escolha. O mídia, com certeza, é o profissional mais
preparado para isso.
A mídia online não veio para tomar o lugar da chamada mídia tradicional ou
offline. Pelo contrário, a aposta está em estratégias de crossmedia, ou seja, onde os
tipos de mídia trabalham juntos para alcançar melhores resultado. No entanto, com a
chegada da possibilidade de uso da internet na publicidade, é preciso que o
profissional saiba como gerir anúncios no AdWords, Facebook, Twitter e YouTube.
Além de saber interpretar as métricas com os resultados gerados a partir do
lançamento de campanhas em diferentes plataformas. Porém, nem tudo na
comunicação tem o objetivo capitalista no vínculo internet.
Para Semenick e Bamossy (1995), as organizações que não visam lucro, em
muitos aspectos, enfrentam desafios muito maiores do que aquelas organizações de
serviços orientadas para o lucro. Não que as organizações de Terceiro Setor não
visem superávit, até porque é necessário que haja capital para manutenção das ações
desenvolvidas pelas instituições, bem como a possibilidade de investimento em novas
atividades.
Mas devemos compreender que para o Terceiro Setor o principal desafio está
na captação de recursos para manterem seus projetos de ajuda social e ambiental,
frente a um mercado extremamente mutável e com foco apenas em lucratividade. Na
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maior parte dos casos a verba destinada ou mesmo a verba existente torna-se o fator
limitador para tomada de decisões, inclusive para a comunicação. No Brasil, as
instituições financiadoras são poucas, restando às empresas e ao cidadão comum o
desejo de colaborar com o papel de apoiadores das causas sociais. Assim, é
necessário chegar a um número suficientemente grande de doadores para atingir um
resultado financeiro razoável.
A grande verdade é que nenhuma organização consegue alcançar ou gerar por
si só todos os recursos necessários à sua expansão e sobrevivência. Ou seja, toda
empresa é dependente do meio em que está inserida, seja na obtenção de recursos
ou atividades fundamentais ao seu funcionamento, cabendo a essas se adaptarem
em busca de benefício de seus negócios.
Portanto, a comunicação é um dos processos essenciais para essas
organizações alcançarem visibilidade, bem como obterem, como resultados de seus
esforços, valores como credibilidade e notoriedade. Para Kunsch (2003), o sistema de
organizações torna-se exequível a partir do processo de comunicação que nele
permeia, possibilitando a realimentação e sobrevivência desse grupo. Estratégias de
comunicação para o Terceiro Setor possibilitam a busca por um espaço na mente de
beneficiados, doadores, parceiros, financiadores de projetos e sociedade em geral,
formando um laço de transparência e confiança.
E quando se junta tudo isso com comunicação e solidariedade, surge uma
terceira questão sobre o ser voluntário. O agente de solidariedade é o jovem ou o
adulto que, devido ao seu interesse pessoal e ao seu lado espiritual cívico, dedica
parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades,
organizadas ou não, de bem-estar social com os outros. O voluntário é o cidadão que,
motivado pelos valores de participação e solidariedade, doa seu tempo, trabalho e
talento, de maneira espontânea e não remunerada, para causas de interesse social e
comunitário.
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1 MARKETING SOCIAL
Em nossos estudos o marketing social sempre nos aparece como uma
ferramenta de ação mercadológica institucional que tem como um dos seus objetivos
o auxílio na atenuação ou eliminação de problemas e carências sociais as mais
diversas, sendo isto o que nos motivou a utilizá-lo neste trabalho.
De acordo com o autor ANDREASEN (2002 p. 293-302), a principal afirmação
pelo marketing social pode ser entendido, como a gestão do processo para que tenha
uma grande inovação diante da mídias sociais onde haverá as atitudes,
comportamentos e práticas individuais e coletivas, orientadas de acordo com preceitos
éticos, sendo estes fundamentados com base nos direitos humanos.
De outro modo, podemos enfatizar, conforme diz ARAÚJO (1997), que o:
Marketing social se conceitua com uma grande gestão estratégica onde vai ampliar
uma promoção na grande causa com ideias de uma alicerce sobre uma questão social.
O marketing social utiliza técnicas mercadológicas e de conhecimentos, para adaptar-
se à condição de que pode promover o bem estar social, ou seja, trabalha-se com metas
claramente definidas, objetivos, metas mensuráveis, avaliações quantitativas e
qualitativas, além de desenvolvimento de tecnologias sociais para segmentos
específicos.
E diante disto, este Marketing Social fica entendido que há várias inovações
sociais na qual se expõe há varias estratégias, onde cria um grande planejamento,
para fazer a exposição das principais campanhas de comunicação que vão satisfazer
as necessidades na qual não se foi atendida anteriormente por pessoas, que nelas
vai ser estabelecido novos paradigmas sociais.
1.1 Elementos do marketing social
Para uma boa publicidade em marketing social, onde vão obter vários elementos
centrais, no qual vai ocorrer quesitos de uma campanha pela qual vai ser de suma
importância para elaborar várias estratégias nesta área que é o marketing, pois é uma
das bases dos elementos da ação. Com isso vai ter que ser enquadrado uns
conhecimentos pela qual vai ser considerado como elemento central para a
elaboração de estratégias: a causa; triagem; promotor da mudança; segmentos
escolhidos como alvo; as estratégias de mudança.
Vejamos, Melo Neto e Froes (2001 p.333), que nos fornecem mais detalhes
acerca das principais provas onde irá ser utilizado o marketing social, a saber:
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a) marketing de filantropia: fundamenta-se na doação feita pela empresa a uma
entidade que será beneficiada; b) marketing de campanhas sociais: significa veicular
mensagens de interesse público através de embalagens de produtos, organizar uma
força de vendas para determinado percentual ou dia de vendas ser destinado a
entidades, ou veicular em média televisiva como em novelas; c) marketing de
patrocínio dos projetos sociais: o patrocínio pode ser a terceiros, com as empresas
atuando em parceria com os governos no financiamento de suas ações sociais, como
o Programa Comunidade Solidária, e também o patrocínio próprio, em que as
empresas, através de seus institutos e fundações, criam seus projetos e
implementam-nos com recursos próprios; d) marketing de relacionamento com base
em ações sociais: utiliza o pessoal de vendas da empresa para orientar os clientes
como usuários de serviços sociais; e) marketing de promoção social do produto e da
marca: a empresa utiliza o nome de uma entidade ou logótipo de uma campanha,
agregando valor ao seu negócio e gerando aumento de vendas; O marketing social
pode ser aplicado somente pela empresa ou mediante parceria com uma entidade do
terceiro sector que necessite de seu apoio para que ambas possam em conjunto
melhor oferecer uma campanha em virtude de uma causa que afeta a sociedade ou
parte dela.
1.2 A publicidade e a propaganda do terceiro setor
Quanto ao terceiro setor, qual o objeto de estudo deste trabalho? E qual será a
forma onde esse terceiro setor vai ter que organizar, na qual essa possibilidade de
uma maneira de trabalho para que seja inviável essa possibilidade de quantificação
do retorno dessas ações. Para haver uma comunicação onde vai ser utilizada por ele
não é diferente. Para dar a continuidade desse terceiro setor que a comunicação terá
de ser trabalhada, em busca de uma boa interação que vai ser submetido à boa
vontade daqueles que com o coração generoso, optarão em acreditar nestas causas
humanas. Aceitar-se-á todo o tipo de ajuda, desde uma pequena divulgação, na
elaboração de um simples folder ou cartaz, e com vários trabalhos atrelados a este
propósito, sempre acreditando de que fazer o bem faz bem. Compartilhar por meio
das redes sociais, entrega de ofícios, currículos, para que possamos adquirir parceiros
e de forma mais concreta conseguir ajudar aos que precisam.
Esta procura incessante onde ente empresário, de vários segmentos da
sociedade, de alternativas para o gerenciamento de problemas sociais tem gerado
preocupação com a necessidade e a qualificação destes agentes que se envolvem
nesses diferentes processos, onde essas alternativas sejam eficientes e pensar a
propaganda nesse contexto configura-se, também, num outro tipo de solução. Isso
nos leva a buscar, portanto, no marketing social o apoio necessário para dar mais
qualidade e alcance às ações propostas e pessoas interessadas, a alcançar os nossos
“invisíveis”.
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1.3 Um setor constituído
É sabido que essas organizações fazem um fornecimento desses bens ou
serviços, enquanto o governo busca o controle. Enquanto, essa principal missão de
uma empresa termina, quando o cliente compra o produto, paga por ele e fica
satisfeito, o governo será convidado a participar desta missão, em busca de políticas
e diretrizes diferentes, porém eficazes para o alcance de bons frutos e pessoas mais
felizes e realizadas com o dom da vida. Dar-se-á oportunidades a quem muitas vezes
são tachados de excluídos por nós mesmos. Se colocar como agente de mudança e
eis-nos aqui como protagonistas do bem e de uma sociedade mais humana.
Mas, em termos de Brasil a difusão de projetos e princípios tem tido grande
repercussão.
E diante desse principal setor onde haverá um crescimento, vertiginosamente, onde
vai ter uma conscientização de empresas e cidadãos, da necessidade e da importância
de se comprometer com a comunidade, colaborando para seu desenvolvimento. Para
que essas instituições no Brasil desempenham papel fundamental no sentido de
difundir a filosofia que respalda a ação destas organizações, podendo ser destacadas,
de imediato, o IBASE, o Instituto Ethos, a Rits – Rede de Informação para o Terceiro
Setor, o GIFE e a FASE, para citar alguns casos. O terceiro setor tem como princípios
básicos, o exercício pleno da cidadania, a responsabilidade social, a conduta ética e a
prática da solidariedade, desempenhando, com profissionalismo e competência, o
papel importante que este milênio lhe reserva de acordo com o autor (DRUCKER,
1997).
E com esses resultados não é permitido que somente ensaios e ações de boa
vontade sejam atividades para minimizar problemas sociais. Para reverter quadros
nada positivos, associações e outros, os diversos agentes envolvidos em tarefas
distintas estão tomando, de maneira gradativa, consciência de que o compromisso
com a causa requer qualificação e, também disciplina.
Diante deste principal setor que se é trabalhado, tem como característica uma
atividade que é basicamente voluntária, pois essas principais atividades específicas
que vão ser desempenhadas por específicas funções. Não é mais possível uma
atividade somente assistencial, por exemplo, não dar o devido valor para a parte
administrativa, tratando com desleixo suas contas a pagar e suas contas a receber,
pois, uma má administração inviabiliza, muitas vezes, a existência de um trabalho
transparente e organizado. E com essas possibilidades onde não seja para
negligenciar a saúde das crianças, de idosos ou de portadores de necessidades
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_____________________________ 1 Graduada em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas. Pós graduação em MBA Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário do Norte. E-mail: [email protected]
especiais tem um proposito onde o verbo ser é mais importante que a forma verbal de
ter. Aqui a prioridade é ajudar e motivar, e não prejudicar aos mais necessitados.
Dessa forma, entendemos que cada vez mais, é preciso investir e buscar uma
maior profissionalização do terceiro setor, para que possa trazer maior qualidade na
prestação de serviços, no tratamento prestado àqueles que precisam de alguma
superação, ou ainda na maior conscientização social acerca de uma determinada
causa.
Assim, também entendemos que cada agente envolvido deve caminhar no
sentido de buscar a melhor adequação de suas atividades para uma grande
restauração da dignidade humana.
1.4 Moedas da solidariedade: permuta e tempo
As equipes de trabalho têm se organizado com uma grande qualificação para ter
uma melhor performance da captação onde esses recursos vão ser destinados ao
gerenciamento das instituições sem fins lucrativos. Para ver essa principal formação
dos especialistas com capacidade de compreender e agir de maneira estratégica,
pensa-se no exercício constante de criação de novos espaços de ensino e nova
concepção onde esses mecanismos de interação e atuação no próprio mercado.
O especialista de comunicação, para atuar no terceiro setor, conforme diz o autor
Utsunomiya (2001) para ser ter um grande domínio os processos globais que
envolvem a comunicação. Não poderá ser apenas um jornalista ou relações públicas
no que se refere às funções hoje estabelecidas. Precisará ainda ter uma visão do todo,
desde a formulação da estratégia global e da concepção de mensagens, passando
pela forma de se comunicar, pela gestão dos meios, até a análise dos resultados. Os
meios impressos, eletrônicos e novas tecnologias também deverão ser conhecidos
por esse profissional, que deverá saber trabalhar com a grande mídia e também com
a opinião pública, com a comunicação dirigida, como mala-direta, eventos, happening
e parcerias com empresas e escolas.
E não é só com esse perfil que este profissional que fundamentalmente
determinará vários resultados onde essa campanha, vai ter uma maneira de fazer
comunicação para esse setor.
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Da mesma forma, para Caropreso (2003), esse plano para uma campanha social
irá ter que desconsiderar outros elementos de uma campanha comercial.
Agregar traços diante de uma responsabilidade social a uma marca onde essa tarefa
para gente apenas de boa vontade. Não se limita a ações pontuais de boa-fé,
beneficentes, micênicas, assistencialistas. A tarefa não pode ser entendida como um
ponto da agenda da Presidência ou da Vice-presidência Corporativa, uma atividade
institucional da empresa. Essa propaganda social deve ser parte integrante da
estratégia de business e de marketing da empresa. São programas, projetos ou mesmo
ações com foco estratégico maior. Partem da visão, missão, valores da empresa.
Inspiram-se e respeitam a vocação, o core-business da empresa. E têm que ser
auditados têm que apresentar resultados tanto para os negócios como para o social.
Se o profissional que faz propaganda, onde vai realizar várias campanhas, onde
tem uma estratégia que a partir de um objetivo definido, possa utiliza vários recursos
que vai garantir um alcance dessas metas como, por exemplo, slogan de apelo ou
informações mais diretas, como ajude, dê oportunidade de emprego, doe, contribua,
utilizando o verbo no imperativo, não aqui como ordem, mas como um pedido em
dizer: Ajude-nos a Ajudar. As necessidades serão inúmeras, a depender de cada
caso, pois é uma ação social, os recursos não devem ser diferentes e precisam ser
múltiplos..
Nesse sentido, o ensino de publicidade e propaganda constitui-se um foco
importante para a capitalização de ações sociais, ao instrumentalizar futuros
profissionais para tratar com seriedade esse tipo de cliente, que necessita quer de um
anúncio de TV quer de anúncio e, um chaveiro, camiseta ou boné para, imprimir uma
marca que represente um conceito bem definido. Ao que parece, os cursos de
publicidade, na formação de profissionais na área, têm tido iniciativas ainda tímidas,
mas, ainda assim, acontecem com uma grande presença do que há alguns anos.
Assim, apostamos que quando for fazer o uso desses meios de comunicação,
como facilitadores de geração e captação de recursos, pode, também, viabilizar ações
concretas a partir da maior visibilidade da causa. Ou seja, ao tornarmos mais
conhecidas as associações e outras instituições que compõem este setor podemos
agregar mais atitudes e colaborações.
Na linha desse raciocínio, aprofundam-se, cada vez mais, os estudos e as
iniciativas voltados para os aspectos mercadológicos, com o próprio desenvolvimento
do marketing social e da capacitação de profissionais. Conforme diz os autores Marim
(apud JORDAN, 1997)
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Segundo Denise Chrispin Marim, as organizações sem fins-lucrativos são uma fonte
de empregos que se está consolidando no Brasil nos últimos anos e que exige novas
especializações. Ainda segundo ela, uma das tendências desse tipo de organização é
trocar o trabalho voluntário pelo de profissionais, passando a requisitar
administradores de entidades sem fins lucrativos e fund raisers (captadores de fundos).
(JORDAN, 1997 p.54)
Assim, observa-se que, na mesma proporção que cresce o número de
profissionais para trabalhar com ou nas ações sociais sem fins lucrativos, cresce a
necessidade de trazer para essas instituições, atividades de comunicação capazes de
dar às ações delas, maior visibilidade, credibilidade, ou auxiliando no processo de
captação de recursos para a viabilização de projetos diversos.
Do ponto de vista das organizações do Terceiro Setor, os efeitos mais importantes
dessa revolução das comunicações parecem dar-se em dois níveis. Do ponto de vista
macroeconômico, a tecnologia favoreceu a integração dos mercados e reduziu a
margem de manobra dos Estados Nacionais: o mercado financeiro internacional pode
movimentar volumes imensos de recurso de um lugar para outro do mundo em busca
de taxas de retorno maiores e riscos menores com um custo baixíssimo para realizar
transações. Isso cria uma competição entre esses Estados para receber tais recursos
(...) Do ponto de vista microeconômico, as alterações mais importantes são aquelas
que as próprias estruturas organizacionais estão sofrendo. Graças às tecnologias para
trabalho em grupo, de transmissão de dados à distância etc., as organizações estão
funcionando de maneira mais horizontalizada e articulando-se em rede. Isso lhes dá
uma agilidade que era indispensável com a antiga estrutura hierárquica piramidal,
além de permitir o funcionamento eficiente de uma estrutura organizacional menor,
mais ágil e autogerida, que é o caso da maioria das organizações não lucrativas, de
acordo com (COSTA JUNIOR 1999).
Nota-se a atenção para a profissionalização e os benefícios que ações
estratégicas têm trazido para as instituições sem fins lucrativos. A profissionalização,
além de proporcionar resultados mais eficientes para os objetivos a serem
alcançados, projeta o setor e legitima sua credibilidade. Assim, os projetos passam a
ter uma perspectiva a curto, médio e longo prazo.
No entanto de acordo com:
A razão básica que faz uma organização que não visa lucro interessar-se pelos
princípios formais de marketing é que eles permitem que ela se torne mais eficaz na
obtenção de seus objetivos. As organizações numa sociedade livre dependem das
trocas voluntárias para que possam realizar seus objetivos; os recursos devem ser
atraídos, os empregados devem ser estimulados, os clientes devem ser encontrados. O
planejamento de incentivos apropriados é um passo importante no estímulo dessas
trocas. O marketing é a ciência que mais se preocupa com o controle eficaz e eficiente
das trocas. Assim como o Marketing Social é o instrumento da Administração do
Terceiro Setor, a Comunicação Social é ferramenta estratégica do Marketing Social
(MARIN E GALINDO, 1999 p.06).
Diante destas considerações, acredita-se que a própria mídia tem tomado e
trazido para sua agenda a temática do terceiro setor de uma maneira mais intensa e
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que as agências e profissionais da propaganda, nos últimos anos, têm adquirido, se
não um know-how na produção de campanhas e peças para o do Terceiro Setor, uma
dedicação que torna visível a qualidade na produção de peças. O que ainda é feito
por pequenas entidades para estimular uma ação ou uma contribuição de uma forma
simples, pode ser observado por outras, inclusive com um alto grau de sofisticação.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Falar dos meios de comunicação, é a expressão de praticamente cada detalhe
que oriunda da tecnologia e da conectividade. E por que não direcionar esta ação para
ajudar ao próximo. Utilizar o verbo comunicar à serviço de todos, e principalmente de
forma clara e bem elaborada, dirigida à pessoa certa, no lugar certo, e assim ter maior
probabilidade de ser eficaz e positivo na vida de alguém.
Sabemos certamente que estamos inseridos em uma globalização capitalista, e
por inúmeros fato recorrentes da vida, compreendemos que nem tudo é dinheiro.
Existem muitas coisas que temos e somos que valor real nenhum paga, certo? É de
fundamental importância ter este olhar, ao praticar o “Bem da Hora Street”, que visa
fazer o bem sem olhar a quem, e de forma gratuita e voluntária. Que possamos ter em
mente que os mais estimados e verdadeiros valores não são comprados, mas sim
sentidos.
As organizações da sociedade civil, em geral, possuem um corpo de
conselheiros e diretores que dedicam o tempo, trabalho e talento de uma forma
espontânea, e sem remuneração, mesmo assim, muitos relutam em reconhecer a
presença do trabalho voluntário em suas organizações. O impulso solidário começa a
ganhar corpo com a constituição dos centros de voluntariado. A atividade caritativa e
de benemerência começa a se transformar em atitude de cidadania e
responsabilidade social. O voluntariado está crescendo a reboque do
desenvolvimento do 3º setor brasileiro.
A realidade, porém, nos reserva grandes questões para serem trabalhadas: a
baixa interação técnica das organizações da sociedade civil, a resistência a
profissionalização, o estabelecimento de uma cultura do voluntariado e a escassez de
recursos no setor social. As definições citadas indicam como o voluntariado, no
começo do século 21, é considerado uma ferramenta e um meio importante para a
consolidação da cidadania, solidariedade, ética, justiça social, tolerância, cultura da
paz, desenvolvimento humano integral, atuação comunitária, proteção ambiental, e
inclusão social. Ou seja, valores típicos da responsabilidade social e ambiental no
mundo contemporâneo, incluindo o do setor empresarial, são segundo Martins (2008,
p. 57) aqueles que:
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1. Doa parte do seu tempo e do seu talento pessoal, de suas habilidades e
competências, em benefício da comunidade onde viva. Não recebe remuneração de
qualquer natureza, embora seja grande beneficiário da própria ação, ganhando
pessoalmente em conhecimento, em contatos, em consciência cidadã, e em termos
coletivos com a melhoria das condições de vida de sua comunidade.
Com tudo isso, a própria organização empresarial também ganha em valor.
2. O voluntário no mundo contemporâneo não é mais o mesmo de períodos anteriores,
em que a ação voluntária era ligada mais a filantropia, à caridade, e as questões muito
pessoais do voluntário.
Agora o voluntariado implica capacitação, conhecimento, planejamento e
sintonia com demandas reais de uma entidade social ou da comunidade em geral.
3. O voluntário é agente de mudanças, de transformações, de promoção da cidadania
está, portanto, muito ligado aos conceitos de responsabilidade social e ambiental e
sustentabilidade. Torna-se peça-chave, nesse sentido, para uma empresa que
procura atuar de forma responsável e sustentável. Não é à toa que mais e mais
candidatos a eventuais empregos ganham pontos se anteriormente já tenham feito
trabalho voluntário. Também não é de graça que de forma permanente muitas
organizações estimulem o voluntariado estudantil e universitário como forma de
preparação do futuro profissional para um trabalho voluntário quando estiver já
trabalhando.
Dessa forma, é fundamental que as organizações busquem estruturas
comunicacionais e alternativas para se comunicarem de forma estratégica com a
sociedade, empresas e governo, garantindo o direito, como empresas, de obterem os
recursos necessários para se manterem e suprirem parcialmente as necessidades
sociais. Mas para isso, precisamos compreender quais são os principais desafios
enfrentados pelas entidades do Terceiro Setor no desenvolvimento e manutenção de
suas ações de comunicação e projeção de imagem frente a seus públicos. Através
deste artigo, iremos propor uma reflexão acerca desses desafios e dificuldades
enfrentados no processo de construção de imagem e da comunicação estratégica
para as organizações do Terceiro Setor.
Porém mesmo com o intuito de ajudar e espalhar esta notícia de que fazer o
bem faz bem, conclui-se que não é só de publicidade e propaganda no terceiro setor
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_____________________________ 1 Graduada em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas. Pós graduação em MBA Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário do Norte. E-mail: [email protected]
que é necessário, mas de uma gama de profissionais e ajudas voluntárias neste
âmbito e desejo único de levar a partilha aos mais necessitados. Enfrentar-se-á
problemas, sim e muitos, mas o resultado final é a certeza de que valeu e vale a pena.
Um só coração e uma só alma.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDREASEN, Alan R. Ética e marketing social. São Paulo: Futura, p. 293-303, 2002.
ARAÚJO, José Paulo de. Marketing para uma sociedade não anônima. Fortaleza, 1997.
BIZ, Alexandre Augusto et al. Avaliação dos portais turísticos governamentais quanto ao
suporte à gestão do conhecimento. 2009.
CAROPRESO, Percival. Responsabilidade Social. Se não for por consciência, que seja
por rigor técnico. Meio e Mensagem, março, 2003 p. 4 CD da Contexto, São Paulo, 2001.
DE AZEVEDO, Maira Tardelli. Publicidade cidadã: como comunicar responsabilidade social
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_____________________________ 1 Graduada em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas. Pós graduação em MBA Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário do Norte. E-mail: [email protected]