3
1981b— Chemogeography of Aniba (Lauraceae). Plant Syst. Evol., 137: 281-289. GOTTLIEB, O.R. & MORS, W.B. 1959 — Isolation of 5,6-dehydrokawain from Aniba firmula Mez. J. Org. Chem.. 24: 17-18. MASCARENHAS, Y.P. & GOTTLIEB, O.R. 1977 — Structure of aniba-dimer A isolated from Aniba gardneri. Phytochemistry, 16: 301- 302. MORS, W.B.; MAGALHÃES, M.T.; LIMA, OA.; GOTTLIEB, O.R. 1962 — Isolamento e síntese de 11-metoxi-iangoni- na e de 5,6-dehidrometisticina. Anais assoc. brasil, quím., 21: 7-12. REZENDE, C.M.A. da M.; BÜLOW, M.V. VON; GOTTLIEB, O.R.; PINHO, S.L.V.; ROCHA, A.I. da 1971 — The 2-pyrones of Aniba species. Phytoche- mistry, 10: 3167-3172. SANTOS, M.M. dos; MESQUITA, A.A.L.; GOTTLIEB, O.R. 1982 — Estirilpironas de Aniba kappleri. Acta Ama- zônica, 12: no prelo. (Aceito para publicação em 23/06/82) A Química de Lauráceas Brasileiras. LXX. Estirilpironas de Aniba kappleri Margarida M. dos Santos Antônio A. L. Mesquita Universidade Federal de Minas Gerais Otto R. Gottlieb Universidade de São Paulo Um estudo botânico assinalou a existên- cia no gênero Aniba (família Lauraceae) de 41 espécies distribuídas em dois grupos morfoló- gicos (Kubitzki, 1982). Estes grupos se carac- terizam por uma composição química diversa, as espécies do primeiro grupo contendo neo- lignanas (Gottlieb, 1977) e as do segundo gru- po contendo pironas (Gottlieb, 1972). É inte- ressante assinalar que até hoje nenhuma es- pécie de Aniba revelou possuir ambos os tipos estruturais (Gottlieb & Kubitzki, 1981b). A ho- mogeneidade do gênero é indicada assim mes- mo pela presença, praticamente em todas as espécies analisadas, de esteres benzílicos dos ácidos benzóico e salicílico e de alcalóides benziltetraidroisoquinolínicos (Ferreira et ai., 1980). Este fato possibilita o seu tratamento químiossistemático unificado (Gottlieb, 1980). Em continuação aos estudos sobre a com- posição química de lauráceas brasileiras (par- te LXIX: Haraguchi ai., 1982), analisamos Aniba kappleri Mez, uma espécie arbórea que ocorre na periferia da Amazônia em direção ao extremo Nordeste da América do Sul. Do ponto de vista morfológico, a espécie foi clas- sificada como pertencente ao segundo grupo acima mencionado e deveria, portanto, conter pironas. O presente trabalho confirma a hipó- tese indicando a existência de 4-metoxi-6-(3', 4'-metilenodioxi-E-estiril)-2-pirona (1) e de 4-metoxi-6-(3',4'-dimetoxi-E-estiril)-2-pirona (2). Estas substâncias foram obtidas por fraciona- mento cromatográfico do extrato benzênico do lenho. Do líquido de recristalização de 2, ob- teve-se um de seus dímeros (3). Se 3 já exis- tisse no extrato, dificilmente teria acompanha- do o monómero (2) na passagem pela coluna de gel de sílica. Por isto, é provável que 2 se tenha transformado em 3, após separação do extrato ou durante a recristalização, por foto- dimerização. Uma reação deste tipo já havia sido observada por nós para outra estirilpiro-' na (Gottlieb eí ai., 1975). A substância 3 deve, portanto, ser considerada um artefato.

A Química de Lauráceas Brasileiras. LXX. Estirilpironas de Aniba … · Entre os outros constituintes do extrato encontram-se benzoato de benzila (4), salicila-to de benzila (5)

Embed Size (px)

Citation preview

1981b— Chemogeography of Aniba (Lauraceae). Plant Syst. Evol., 137: 281-289.

GOTTLIEB, O.R. & MORS, W.B. 1959 — Isolation of 5,6-dehydrokawain from Aniba

firmula Mez. J. Org. Chem.. 24: 17-18.

MASCARENHAS, Y.P. & GOTTLIEB, O.R. 1977 — Structure of aniba-dimer A isolated from

Aniba gardneri. Phytochemistry, 16: 301-302.

MORS, W.B.; MAGALHÃES, M.T.; LIMA, OA.; GOTTLIEB, O.R.

1962 — Isolamento e síntese de 11-metoxi-iangoni-na e de 5,6-dehidrometisticina. Anais assoc. brasil, quím., 21: 7-12.

REZENDE, C.M.A. da M.; BÜLOW, M.V. VON; GOTTLIEB, O.R.; PINHO, S.L.V.; ROCHA, A.I. da

1971 — The 2-pyrones of Aniba species. Phytoche­mistry, 10: 3167-3172.

SANTOS, M.M. dos; MESQUITA, A.A.L.; GOTTLIEB, O.R. 1982 — Estirilpironas de Aniba kappleri. Acta Ama­

zônica, 12: no prelo.

(Aceito para publicação em 23/06/82)

A Química de Lauráceas Brasileiras. L X X . Estirilpironas de Aniba kappleri

Margarida M. dos Santos Antônio A. L. Mesquita

Universidade Federal de Minas Gerais

Otto R. Gottlieb Universidade de São Paulo

U m e s t u d o b o t â n i c o a s s i n a l o u a e x i s t ê n ­

c ia no g ê n e r o Aniba ( f a m í l i a Lauraceae) de 41

espéc ies d i s t r i b u í d a s e m do i s g r u p o s m o r f o l ó ­

g i cos ( K u b i t z k i , 1982). Es tes g r u p o s se carac­

t e r i z a m po r u m a c o m p o s i ç ã o q u í m i c a d i v e r s a ,

as e s p é c i e s do p r i m e i r o g r u p o c o n t e n d o neo-

l ignanas ( G o t t l i e b , 1977) e as do s e g u n d o g ru ­

po c o n t e n d o p i r onas ( G o t t l i e b , 1972) . É inte­

ressan te ass ina la r que a té ho je n e n h u m a es­

péc ie de Aniba r e v e l o u p o s s u i r a m b o s os t i p o s

e s t r u t u r a i s ( G o t t l i e b & K u b i t z k i , 1981b) . A ho­

m o g e n e i d a d e do g ê n e r o é i nd i cada a s s i m m e s ­

mo pe la p r e s e n ç a , p r a t i c a m e n t e e m t o d a s as

espéc ies ana l i sadas , de e s t e r e s b e n z í l i c o s dos

ác idos benzó i co e s a l i c í l i c o e de a l c a l ó i d e s

b e n z i l t e t r a i d r o i s o q u i n o l í n i c o s (Fe r re i r a et ai.,

1980). Este f a t o p o s s i b i l i t a o seu t r a t a m e n t o

q u í m i o s s i s t e m á t i c o u n i f i c a d o ( G o t t l i e b , 1980).

Em c o n t i n u a ç ã o aos e s t u d o s s o b r e a c o m ­

pos ição q u í m i c a de l au ráceas b r a s i l e i r a s (par­

te LXIX: Ha raguch i e í ai., 1982), a n a l i s a m o s

Aniba kappleri M e z , u m a e s p é c i e a r b ó r e a que

o c o r r e na p e r i f e r i a da A m a z ô n i a e m d i reção

ao e x t r e m o N o r d e s t e da A m é r i c a do S u l . Do

p o n t o de v i s t a m o r f o l ó g i c o , a e s p é c i e f o i c las­

s i f i c a d a c o m o p e r t e n c e n t e ao s e g u n d o g rupo

a c i m a m e n c i o n a d o e d e v e r i a , p o r t a n t o , c o n t e r

p i r o n a s . O p r e s e n t e t r a b a l h o c o n f i r m a a h ipó­

t e s e i n d i c a n d o a e x i s t ê n c i a de 4 -metox i -6 - (3 ' ,

4 ' -me t i l enod iox i -E -es t i r i l ) - 2 -p i rona (1) e de

4 -metox i -6 - (3 ' ,4 ' -d imetox i -E -es t i r i l ) -2 -p i rona ( 2 ) .

Estas s u b s t â n c i a s f o r a m o b t i d a s po r f r a c i o n a -

m e n t o c r o m a t o g r á f i c o do e x t r a t o b e n z ê n i c o do

l enho . Do l í q u i d o de r e c r i s t a l i z a ç ã o de 2, ob-

teve -se u m de s e u s d í m e r o s (3 ) . Se 3 j á ex is ­

t i s s e no e x t r a t o , d i f i c i l m e n t e t e r i a a c o m p a n h a ­

do o m o n ó m e r o (2) na p a s s a g e m pe la c o l u n a

de ge l de s í l i c a . Por i s t o , é p r o v á v e l que 2 se

t e n h a t r a n s f o r m a d o e m 3, após sepa ração do

e x t r a t o ou d u r a n t e a r e c r i s t a l i z a ç ã o , po r f o to -

d i m e r i z a ç ã o . U m a reação d e s t e t i p o j á hav ia

s i d o o b s e r v a d a por nós para o u t r a e s t i r i l p i r o - '

na ( G o t t l i e b e í ai., 1975). A s u b s t â n c i a 3 deve ,

p o r t a n t o , se r c o n s i d e r a d a u m a r t e f a t o .

Ent re os o u t r o s c o n s t i t u i n t e s do e x t r a t o

e n c o n t r a m - s e benzoa to de benz i l a (4 ) , sa l i c i l a -

t o de benz i l a (5) e 2 ,6 -d i id rox i -benzoa to de ben­

z i la (6 ) , a l é m de s i t o s t e r o l (7 ) , ác ido oc tacosa -

nó i co (8) e r h a m n o c i t r i n a (7 -O-me tÜkaempfe -

ro l , 9 ) .

PARTE EXPERIMENTAL

De u m e s p é c i m e n de A. kapplerl do A m a ­

pá, i d e n t i f i c a d o po r João M u r ç a P i res , c o l e t o u

es te m e s m o b o t â n i c o u m a a m o s t r a de t r o n c o .

Separada a c a s c a , fo i sua m a d e i r a r eduz ida a

s e r r a g e m (2.8 kg) e e x t r a í d a s u c e s s i v a m e n t e

c o m benzeno e c o m e tano l pe lo q u í m i c o M a u ­

ro Tave i ra M a g a l h ã e s . O e x t r a t o b e n z ê n i c o

(100 g) fo i c r o m a t o g r a f a d o e m c o l u n a de ge l

de s í l i c a (600 g ) , co l e tando -se f r a ç õ e s de 120

ml c o m CeHs-CHCIa 5:1 e 2:1 ( f r s . 1-32), 2:1 e

1:1 ( f r s . 33-85) , 1:1 ( f r s . 86-116, 117-127,

128-143, 144-193), 0:1 ( f r s . 194-382). O r e s í d u o

de e v a p o r a ç ã o das f r a ç õ e s 1-32 (49 g) fo i sepa­

rado po r c r o m a t o g r a f i a e m c o l u n a seca de ge l

de s í l i c a e m 5 (5 g ) , 4 (35 g) e (6 g ) . O r e s í d u o

das f r a ç õ e s 86-116 (1.7 g ) , por r e c r i s t a l i z a ç ã o

e m M e O H , deu a s u b s t â n c i a 7 (750 m g ) . O re­

s í d u o das f r a ç õ e s 117-127 (6 g ) , por r e c r i s t a l i ­

zação e m E t O H , deu a s u b s t â n c i a 1 (600 m g ) .

O r e s í d u o das f r a ç õ e s 128-143 (3 g ) , por rec r i s ­

ta l i zação e m E t O H , deu a s u b s t â n c i a 2 (220

m g ) . A s o l u ç ã o f i l t r a d a f o i e v a p o r a d a e o resí ­

duo , após r e c r i s t a l i z a ç ã o e m E t O H , deu a subs­

t ânc ia 3 (270 m g ) . O r e s í d u o das f r a ç õ e s

144-193 (5 g) fo i r e c r o m a t o g r a f a d o e m c o l u n a

de ge l de s í l i c a , C H C I 3 e l u í n d o a s u b s t â n c i a

8 (60 m g ) e C H C I 3 - M e O H 99:1 e l u í n d o a subs ­

t â n c i a 9 (3 m g ) . O r e s í d u o das f r a ç õ e s 194-382

(6.5 g) f o i l avado c o m M e O H . A pa r te i nso lú ­

ve l f o i r e c r o m a t o g r a f a d a e m c o l u n a de ge i de

s í l i c a , CHCIa e l u í n d o a s u b s t â n c i a 9 (220 m g ) .

O e x t r a t o e t a n ó l i c o (20 g ) , po r u m p r o c e s s o

de f r a c i o n a m e n t o aná logo , deu q u a n t i d a d e s ad i ­

c i ona i s das s u b s t â n c i a s 5, 4 e 6 (ao t o d o 90

m g ) , 7 (30 m g ) e 1 (50 m g ) .

A s i d e n t i f i c a ç õ e s das s u b s t â n c i a s f o r a m

e f e t u a d a s po r c o m p a r a ç ã o de suas c a r a c t e r í s ­

t i c a s , p o n t o s de f u s ã o ( e x c e t o pa ra os ó leos

4, 5 e 6) e e s p e c t r o s no u l t r a v i o l e t a , no i n f ra ­

v e r m e l h o , de r e s s o n â n c i a m a g n é t i c a p r o t ô n l c a

e de m a s s a s , c o m as ca rac te r í s t i cas análogas

r e g i s t r a d a s na l i t e r a t u r a para 1, p rev iamente

¡ so lada de Aniba heringerü V a t t i m o (Mors eí

al., 1962) e de A. panurensis (Me issn . ) Mez

( M o t i d o m e e í al., 1982); 2, p r e v i a m e n t e ¡sola­

da de A. canelilla (H.B.K.) Mez (Rezende eí

al., 1971) e de A. panurensis ( M o t i d o m e eí al.,

1982) ; 3, p r e v i a m e n t e o b t i d a po r f o t od ime r i za -

cao de 2 (Sar th e í al., 1967) ; 4 e 5, p rev i amen ­

t e ¡so ladas de m u i t a s e s p e c i e s de Aniba (Got­

t l i e b & K u b i t z k i , 1981a, 1981b) ; 6, i néd i t a co­

m o s u b s t a n c i a n a t u r a l , cu j a m e t i l a c a o ( M e 2 S 0 4 ,

K2CO3, M e 2 C O ) deu 2 , 6 - d i m e t o x i b e n z o a í o de

benz i l a , p r e v i a m e n t e ¡so lado de A. férrea Ku­

b i t zk i ( A n d r a d e e í al., 1980) ; e 9, i néd i t a para

o g é n e r o Aniba, p r e v i a m e n t e ¡ so lada de espe­

c i e s das f a m i l i a s Fabaceae, H i p p o c a s t a n a c e a e ,

R h a m n a c e a e e Z i n g i b e r a c e a e ( G o t t l i e b , 1975).

SUMMARY

The trunk wood of Aniba kappleri Mez (family Lau-raceae) contains besides sitosterol, octacosanoic acid and rhamnocitrin (7-O-methylkaempferol), three esters, namely benzyl benzoate, benzyl 2-hydroxybenzoate and benzyl 2,6-dihydroxybenzoate, and two ¡x-pyrones, namely 4-methoxy-6- (E) -(3',4'-methy!enedioxystyryl)-2-pyrone and 4-methoxy-6-{E)-(3',4'-dimethoxystyryl]-2pyrone. A dimer of the latter compound, which was obtained additionally, is considered to be an artifact.

AGRADECIMENTOS

Os a u t o r e s a g r a d e c e m ao CNPq pe las bo l ­

sas c o n c e d i d a s e à FINEP pe lo apo io f i nance i ­

ro ao p r o g r a m a de p e s q u i s a s .

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, C.H.S.; BRAZ FILHO, R.; GOTTLIEB, O.R. 1980 — Neolignans from Aniba férrea. Phytochemis-

try, 19: 1191-1194.

BARTH, K.D.; EDWARDS, R.L.; JONES, D.W.; MIR, I. 1967 — The photodimerization of hispidin analogues,

a proton magnetic resonance study. J. Chem. Soe, C: 413-419.

FERREIRA, 2.S.; GOTTLIEB, O.R. & ROQUE, N.F. 1980 — Chemosystematic implications of benzylte-

trahydroisoquinolines in Aniba. Biochem. Syst. Ecol., 8: 51-54.

GOTTLIEB, O.R. 1972 — Chemosystematics of the Lauraceae. Phy-

tochemistry, 11: 1537-1570.

1975 — Flavonols, ps. 296-375. In: Harbone, J.B., Mabry, T.J. & Mabry, H. (eds.) The Flavo­noids. London, Chapman & Hall.

1977 — Neolignans. Progr. Chem. Org. Nat. Prod., 35: 1-37.

1980 — Towards a scientific status for micromole-cular systematics. Acta Amazonica, 10: 845-862.

GOTTLIEB, O.R. & KUBITZKI, K. 1981a— Chemogeography of Aniba (Lauraceae).

Plant Syst. Evol., 137: 281-289.

1981b— Chemosystematics of Aniba. Biochem. Syst. Ecol., 9: 5-12.

GOTTLIEB, O.R.; VELOSO, D.P.; PERE1RA, M.O. da S. 1975 — The photodimerization of 4-methoxy-6-(E)-sty-

ryl-2-pyrone. Rev. Latinoamer. Quirn., 6: 188-190.

HARAGUCHI, M.; MOTIDOME, M.; YOSHIDA, M.; GOTTLIEB, O.R.

1982 — Neolignans from Ocotea catharinensis. Phy-tochemistry, no prelo.

KUBITZKI, K. 1982 — Monograph on Aniba. Flora Neotropica, no

prelo.

MORS, W.B.; MAGALHÃES, M.T.; LIMA, O.A.; GOTTLIEB, O.R.

1962 — Isolamento e síntese de 11-metoxi-iangoni-na e de 5,6-de-hidrometisticina. Anais assoc. brasil, quím., 21: 7-12.

MOTIDOME, M.; GOTTLIEB, O.R.; KUBITZKI, K. 1982 — Styrylpyrones of Aniba panurensis and A.

permollis. Acta Amazonica, 12: no prelo.

REZENDE, C.M.A. da M.; BÜLOW, M.V. VON; GOTTLIEB, O.R.; PINHO, S.L.V.; ROCHA, A.I. da

1971 — The 2-pyrones of Aniba species. Phytoche-mistry, 10: 3167-3172.

(Aceito para publicação em 07/06/82)