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A União Ibérica Entre 1580 e 1640, Portugal e Espanha estiveram unidos sob dominio de um único monarca. Esse periodo ficou igualmente conhecido em Portugal como o "Dominio filipino". Entre 1580 e 1640, Portugal e Espanha estiveram unidos sob dominio de um único monarca. Esse periodo ficou igualmente conhecido em Portugal como o "Dominio filipino". D.Sebastião D. Sebastião I de Portugal (Lisboa, 20 de Janeiro de 1554 — Alcácer-Quibir, 4 de Agosto de 1578) foi o décimo sexto rei de Portugal, cognominado O Desejado por ser o herdeiro esperado da Dinastia de Avis, mais tarde nomeado O Encoberto ou O Adormecido. Foi o sétimo rei da Dinastia de Avis, neto do rei João III de quem herdou o trono com apenas três anos. A regência foi assegurada pela sua avó Catarina da Áustria e pelo Cardeal Henrique de Évora. D. Sebastião teve uma educação cuidada, mas era de um temperamento e humor variáveis, sujeito a períodos de depressão, e de carácter um pouco influenciável por aqueles que o cercavam. As lutas que entretanto houve no Norte de África, como na defesa de Mazagão, levavam-no a pensar em futuras ações em África.Quando atinge os catorze anos, em 1568, D. Sebastião toma conta do governo e logo trata de reorganizar o exército, preparando-se para a guerra. Em 1572, deixa a regência a D. Henrique e faz uma viagem pelo Norte de África. O pretexto que D. Sebastião aguardava aparece com um problema surgido no Magrebe. D. Sebastião toma partido por uma das partes, sonhando dominar essa área e recuperar as praças antes abandonadas. O próprio rei, contra todos os conselhos, parte à frente de um exército que ele próprio preparara. Apesar de toda a bravura no combate, o exército português foi derrotado em Alcácer Quibir, e nessa batalha morre o rei D. Sebastião e uma grande parte da juventude portuguesa. Este desastre vai ter as piores consequências para o país, colocando em perigo a sua independência. O resgate dos sobreviventes ainda mais agravou as dificuldades financeiras do país. Como não tinha descendentes, vai-lhe suceder o tio, o cardeal D. Henrique, que acaba por morrer em 1580. A crise dinástica e a ascenção ao poder de Filipe II em Portugal A crise dinástica gerada com a morte de D. Sebastião e D. Henrique fez com que surgissem três candidatos ao trono: - D. Catarina, duquesa de Bragança,- apoiada pela Nobreza e bURGUESIA - D. António, prior do Crato, - Apoiado pelo pOVO - Filipe II, rei de Espanha.- Nobreza e Burguesia Em 1581, realizam-se as Cortes de Tomar, tendo presente a pressão do exército espanhol, os apoios da alta nobreza e de sectores da sociedade portuguesa, que viam na união com Espanha uma oportunidade para alargar e garantir o controlo dos dominios coloniais, bem como as

A União Ibérica Entre 1580 e 1640 IVAN

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A União Ibérica Entre 1580 e 1640, Portugal e Espanha estiveram unidos sob dominio de um único monarca.Esse periodo ficou igualmente conhecido em Portugal como o "Dominio filipino". Entre 1580 e 1640, Portugal e Espanha estiveram unidos sob dominio de um único monarca.Esse periodo ficou igualmente conhecido em Portugal como o "Dominio filipino".

D.Sebastião D. Sebastião I de Portugal (Lisboa, 20 de Janeiro de 1554 — Alcácer-Quibir, 4 de Agosto de 1578) foi o décimo sexto rei de Portugal, cognominado O Desejado por ser o herdeiro esperado da Dinastia de Avis, mais tarde nomeado O Encoberto ou O Adormecido. Foi o sétimo rei da Dinastia de Avis, neto do rei João III de quem herdou o trono com apenas três anos. A regência foi assegurada pela sua avó Catarina da Áustria e pelo Cardeal Henrique de Évora. D. Sebastião teve uma educação cuidada, mas era de um temperamento e humor variáveis, sujeito a períodos de depressão, e de carácter um pouco influenciável por aqueles que o cercavam. As lutas que entretanto houve no Norte de África, como na defesa de Mazagão, levavam-no a pensar em futuras ações em África.Quando atinge os catorze anos, em 1568, D. Sebastião toma conta do governo e logo trata de reorganizar o exército, preparando-se para a guerra. Em 1572, deixa a regência a D. Henrique e faz uma viagem pelo Norte de África. O pretexto que D. Sebastião aguardava aparece com um problema surgido no Magrebe. D. Sebastião toma partido por uma das partes, sonhando dominar essa área e recuperar as praças antes abandonadas. O próprio rei, contra todos os conselhos, parte à frente de um exército que ele próprio preparara. Apesar de toda a bravura no combate, o exército português foi derrotado em Alcácer Quibir, e nessa batalha morre o rei D. Sebastião e uma grande parte da juventude portuguesa. Este desastre vai ter as piores consequências para o país, colocando em perigo a sua independência. O resgate dos sobreviventes ainda mais agravou as dificuldades financeiras do país.Como não tinha descendentes, vai-lhe suceder o tio, o cardeal D. Henrique, que acaba por morrer em 1580. A crise dinástica e a ascenção ao poder de Filipe II em Portugal A crise dinástica gerada com a morte de D. Sebastião e D. Henrique fez com que surgissem três candidatos ao trono:- D. Catarina, duquesa de Bragança,- apoiada pela Nobreza e bURGUESIA- D. António, prior do Crato, - Apoiado pelo pOVO- Filipe II, rei de Espanha.- Nobreza e BurguesiaEm 1581, realizam-se as Cortes de Tomar, tendo presente a pressão do exército espanhol, os apoios da alta nobreza e de sectores da sociedade portuguesa, que viam na união com Espanha uma oportunidade para alargar e garantir o controlo dos dominios coloniais, bem como as promessas de Filipe II em manter autonomia administrativa, as leis e os costumes de Portugal, levam a que os representantes dos portugueses nas cortes escolham Filipe II como o novo rei de Portugal. O Império Espanhol Em resultado da união dinástica a Espanha torna-se no maior império da época, dominando vastas áreas do globo e controlando o comércio colonial com a América e o Oriente. Por outro lado na Europa além de rei de Portugal, Filipe II era também o senhor dos Paises Baixos, de parte dos principados alemães, da Áustria e do reino de Nápoles Período da União Dinástica

nos reinados de Filipe II e III assistiu-se a um crescimento do descontentamento do povo português com as condições de governo impostas pelos soberanos e pela administração espanhola.Esta situação deveu-se:- Portugal viu-se arrastado para as guerras em que os espanhóis se envolveram,- A carga de impostos aumentou devido ás despesas militares espanholas e ás crises económicas espanholas,- A administração espanhola de descurou a defesa dos territórios coloniais com consequente perda de territórios, nomeadamente no Brasil e no Oriente para os holandeses. A Restauração da Indepedência No dia 1 de Dezembro de 1640, desencadeou-se em Lisboa uma revolta de

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nobres e populares que levou à morte do administrador espanhol em Portugal e à restauração da independência.

Os nobres revoltosos encontraram no Duque de Bragança D. João, futuro D.João IV, herdeiro de D. Catarina, o novo simbolo da revolta e independência que só foi efectivamente reconhecida por Espanha em 1668, após 28 anos de guerra. A causa mais próxima da revolta portuguesa foi o aumento da carga fiscal que, a partir de 1637, com instauração do "real da água", conduziu a levantamentos populares, que a partir de Évora, com a Revolta do Manelinho se espalharam por todo o pais

A ASCENÇÃO ECONOMICA COLONIAL DA EUROPA DO NORTE

A riqueza acumulada pela Holanda enquanto entreposto comercial com a europa do norte e do leste.A defesa da liberdade comercial no mare liberum , por oposição a politica do monopólio marítimo ou mare clausum.A criação de companhias comerciais.O aparecimento dos bancos e das bolsas de valores. Todos estes factores contribuíram para o desenvolvimento do capitalismo comercial e da acumulação de capitais O império holandês 

A Holanda progrediu graças a um forte dinamismo comercial e financeiro; grande desenvolvimento da construção naval, daagricultra e das actividades manufactureiras; espírito de tolerânciapolitica e religiosa, que favoreceu o investimento estrangeiro no seu território, nomeadamente de judeus.Os Holandeses começaram por conquistar muito territórios coloniais portugueses coloniais portugueses A fundação da companhias das índias Ocidentais[1601] e da companhia das índias Orientais[1621]; a criação do Banco de Amsterdão[1609] e da Bolsa contribuíram para que o Amsterdão se tornasse o centro da economia-mundo, dominando o comércio europeu e colonial na primeira metade do século XVII O império inglêsTambém os ingleses iniciaram a sua expansão marítima através de acções de pirataria contra os barcos ibéricos conquistando algumas possesões na índia e nas Antilhas. undaram a Companhia das Índias Orientais[1600] e na América do Norte colonizaram o litoral entre o Canadá e a Florida.A publicação do "Acto de Navegação" por Olivier Cromwell[1651], entre outros actos de navegação, possibilitou a ascensão da Inglaterra a primeira potência maritima. Esta lei proibia os navios estrangeiros de transportarem os produtos coloniais ingleses , o que permitiu a criação de uma poderosa frota marítima inglesa. Londres torna-se no novo centro de economia-mundo na segunda metade do século XVII O mercantilismo ou colbertismo O mercantilismo foi uma politica económica levada a cabo pelos franceses durante o reinado de Luis XIV, idealizada por Colbert, então ministro do rei Luis XIV com o objectivo de equilibrar a balança comercial francesa e fortalecer o poder do Estado e do rei francês O ministo que introduzio o mercantilismo em Portugal foi o Conde da Ericeira . As medidas mercantilistas tomadas em Portugal foram: a adopção de leis que protegiam os nossos produtos face aos produtos estrangeiros;o desenvolvimento das manufacturas nacionais;o aumento das taxas aduaneiras; a adopção de leis contra o luxo.