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8/16/2019 A4_Material Luis Cernuda
1/16
ROBERT BROWNING
LA camisa del homb re
fe l iz
(aunque en la historieta
éste
i m i
camisa) bien pudo ser una de Robert Browning. N o es que en ll
de
Browning
(1812-1889)
dejara de
haber sinsabores,
naturalmi
sino que
pocas veces
se
e n c o n t r a r á
en la historia de un |
conjunto de circunstancias afortunadas. Ser
fe l iz ,
saber ser l i li
para Browning un a
v i r t u d ,
y
acaso
la más alta. Nacido de
unos
p
excepcionalmente comprensivos *, la familia pudo ser para él, il
trario de lo que
suele
ocurrir en la familia de los
poetas,
y h i I
la de los que no lo son, un verdad ero hoga r, dond e to do se
c o n i i 11
en la misma
dirección
de su
espíri tu
y le ayu dab a a crecer y a existll
una a tmós fe ra propici a. Educado en su
casa,
se l ibró de esa expt i
ci a
(penosa,
s egún
parece)
de la
public school;
y
puesto
que la
rel i
no conformista en que se
f o r m ó , aunque
protes tant e, no era la olí
* No s ó l o comprensivos, sino aficionados al arte y, por tanto, bien preditD
para las inclinaciones futuras del poeta. Se dice que la nana con la cual su
a d o r m e c í a era una oda de Anacreonte, adaptada a n a c r ó n i c a m e n t e a un aire ni
moderno. La s i m p a t í a y c o m p r e n s i ó n paternas l l e g a r á n h asta costear las edicinnra
meras de Browning, con la
e x c e p c i ó n
de Pauline
( 1 8 3 3 ) ,
desde Paracelsus (183.'))
ú l t i m a
entrega de Bills and Pomcgranates
( 1 8 4 6 ) ,
si n que pudiera recuper ar el dinero,
todo o en parte, ya que los libros no se
v e n d í a n .
^gUiumiento
poético
en la
líric
inglesa
393
l l
I t.tclo,
las universidades de Oxford y Cambridge (con su condi-
« i i n . i s e r admi ti do en ellas, de suscribi r a los treinta y nueve
p i l i u l . r ,
de fe religiosa anglicana) le
estaban cerradas
*. Mas cuando
• l i i n t i b i ó en la nueva Uni versi ty of Lon don , a cuya
fundac ión
su
• t l i i h a b í a contr ibui do con algunos fondos,
apenas comenzados
al -
• ni
sos en el la, los
a b a n d o n ó ,
sin que recibiera las recriminacio-
i
* I liares
acostumbradas
en
casos
tales.
Su luí mac ión y e d u c a c i ó n fueron pues
enteramente
libres: la bi-
t . i i i .i
paterna, que
c o m p r e n d í a unos seis
mi l
v o l ú m e n e s ,
estuvo a
ti l d e p o s i c i ó n ,
ayudada por los
maestros
que en disciplinas varias le
liiiln
ni
puesto
sus padres
desde
la
n i ñ e z :
lenguas, tanto francés como
H . mús ica **, baile, canto, e q u i t a c i ó n , boxeo, esgrima, y aunque
helios estudios no figurasen los de l a t í n , griego y hebreo, estas
r llegó Browning a poseerlas más tarde. Él mismo di r í a de esa
W i l í o s . i
libertad formativa:
« o r
la indulgencia de mis
padres
se me
lió
v i v i r
mi vida propia y
escoger
mi camino... lo cual...
requer í a
para leer toda
clase
de libros en una biblioteca bien provista
> litada. No
tenía
otra directiva que el
susto
de mis
padres
hacia
M t l n . iquello que fuera de lo má s elevado y mejor en liter atur a. Pronto
rnntrc muchos
campos
olvidados que resultaron los más
r i c o s » .
Es
r i l a d ,
y ah í entra ot ra vez enju ego el destino afort unado de nuestro
i i
que esa toler anci a peli grosa fue en su caso merecida y
j u s t i f i -
\. t que tan bien
supo
aprovecharla en su propio beneficio.
I ule
importante en su libre
formac ión
i n f a n t i l
y
adolescente
la
l l I V o el
museo
de
D u l w i c h
(anterior a cualquier otro
museo i n g l é s ,
i
luso
la National
Gallery),
a una
escasa
media hora de
paseo desde
i i en Camberwell, y ante cuyos lienzos (de M u r i l l o , de Poussin,
W.itteau,
entre otros)
i r í a formándos e
el gusto y el conocimiento
co del poeta, que
tantas
veces
h a b r í a
de utilizar el
arte
de la
• En Cambridge
p o d í a
admit irse a los no conformist as, pero no se les
c o n f i r i ó
l í o s universi tarios sino a partir de 1854.
I ii día
r e c o n o c e r í a : « E s t u d i é
la
g r a m á t i c a
de la
m ú s i c a
cuando la
m a y o r í a
de los
siudian la tabla de m u l t i p l i c a r » .
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394
Luis Ce i n a ./1
pintura y la vida de los pinto res renacentist as ital ianos como tema di
sus poemas. En cuant o a libro s cuya lec tura pud o dejar hue lla ti m
prana en él, suelen indicarse é s t o s : G é r a r d de Lairesse,
The Arl
Painting (ta nto por el texto como por los grabados numerosos qm lil
i lustraban), obra que no
s ó l o
le entera de
é p o c a s pasadas,
sino qm
a d e m á s
le da
i n f o r m a c i ó n
preciosa para sus
temas
p o é t i c o s fu t i i r o n ¡
Wanley, W o n d e r s of Ihe l i tt le World , tratado a n e c d ó t i c o sobre los seiri
humanos; y la Biograp hie Universelle, en cuyos cincuenta
v o l ú m e n e s
luí
H a r í a por vez primera a muchos de sus personajes p o é t i c o s . A uno di
é s t o s , Sordello, lo e n c o n t r a r í a en Dante, que l e í a en italiano. Así ad
q u i r i ó , sobre todo en obras h i s t ó r i c a s , sus conocimientos tan vario
desarrollando, acaso inconscientemente, aquella tendencia suya hai i |
la exactitud informativa c ombina da con el poder imagi nati vo. Y i
hemos mencionado tales lecturas infantiles no es por la importam
1 1
relativa
(literaria
o h i s t ó r i c a ) que tengan, sino porque ellas nos muí
t ran cuan temprano surge en B r o w n i n g su i n t e r é s hacia los seres
hi i in . i
nos; i n t e r é s que se a l i a r á más tarde a su capacidad de u n i ó n con lo qtü
le atrae o con lo que ama: « N e c e s i d a d de fundirse con cada ene.
exter no, / De enterrarse ellos mismos, enter o el
c o r a z ó n
amplio \
1
1
l í e n t e , / En algo que no es ellos: han de pe rtenecer a lo que a d o r a n » '
Tres viajes breves, uno a Rusia (1833), a c o m p a ñ a n d o al c ó n s u l di
Rusia en Londres, otro a
I t a l i a
(1834), para documentarse acerca de I
* De ahí, de ambas cualidades en Browning, la s i m p a t í a y la a d m i r a c i ó n que dt
p e r t ó en A n d r é Gide: « N i n g u n o como Browning pone enjuego, p a r a nuestro a s e n t í
miento, las posibilidades
m ú l t i p l e s
de la nobleza humana y, lo que equivale a lo niisnm,
de la
a l e g r í a .
Su
p r i s m á t i c o
universo interior deja, a cada uno de los seres que
c r e ó
-«>
parte de rayos multicolores, de cuyo haz se
f o r m a r á
Dios. A cada uno le
c o n c e d í
11
m á x i m o de posibilidades, el m á x i m o de r a z ó n de ser y j u s t i f i c a c i ó n , y Dios se diversifll I
s e g ú n el inulto de vista de cada uno. Nunc a le faltan argumentos; pero é s t o s sol I M
v á l i d o s p a r a aque llas de sus criatu ras que los emplean, y d e s p u é s de todo no tienen
otra s i g n i f i c a c i ó n
que la
p s i c o l ó g i c a .
Sentimos
c ó m o
se maravilla ante semeja nte divt I
sidad;
din amos un naturalis ta-poet a que toma cada alma , una tras otra, y trata 'li
m i r a r ,
a
t r a v é s
de ella, lo que
p a r a
el la resulta la faz de Dios. La obra
c u t c i . i
de Browning: Dios visto a t r a v é s de las almas. C a d a una, s e g ú n su í n d i c e , no r e f r i l i i
sino algunos colores del rayo l u m i n o s o » [Journal..., I8&M939, pá g. 1.306)-.
/ ni Sarniento
poético
en la l í r ica ingl e sa
395
poema Sorde llo, má s otro segundo viaje a I t a l i a , diez a ñ o s d e s p u é s
til I primero, y luego el casamiento (que casi nada presagiaba h a b í a de
ei lan fe l iz ) con Elisabeth Barret. É s t a , algunos a ñ o s mayor que él,
delicada y enfermiza hasta el punto de v i v i r recluida en su h a b i t a c i ó n ,
poeta t a m b i é n , y más apreciada entonces por el p ú b l i c o que el
propio
B r o w n i n g .
Y
tras
su casami ento los quinc e
a ñ o s
de residencia
•
11
I t a l i a , de 1846 a 1861, cua ndo mue re su muj er y regresa a Londres,
. H i n q u e ocasionalmente vuelva a I t a l i a durante no pocos veranos. El
sinsabor más penoso que podemos entrever en la vida de
B r o w n i n g ,
ilutante
esos a ñ o s , acaso sea la d i f i c u l t a d con la cual el p ú b l i c o r e c i b í a
ii s obras. De ahí algunas de sus palabras i r ó n i c a s con respecto a
micos y lectores: «La incapacidad de la boca humana para otra
cosa
i | i ic no sea croar o s i l b a r » .
Su primera obra p o é t i c a , Pauline , a j ragment of a Confession, t e r m i -
nía a los 21 a ñ o s ,
aparece
a n ó n i m a . Comentando dicha obra, John
Stuart M i l i escribe algo que
h a b í a
de herir a
B r o w n i n g :
el auto r del
poema
« e s t a b a p o s e í d o
por una consciencia má s intensa y
m ó r b i d a
que la observable en cualquier criatura s a n a » . Pero si B r o w n i n g re
niega esa obra j u v e n i l *, no es, probablemente, por r e a c c i ó n frente a
l a c r í t i c a de Stuart
M i l i ,
ya que durante los treinta a ñ o s siguientes
Iba a escribir en el mismo tono, y hasta a agravarlo, sino porque en
ese poema primero, contra su p r o p ó s i t o
literario
ulterior, h a b í a algo
A u t o b i o g r á f i c o . Su i n t e n c i ó n al tiempo de escribirlo era u t i l i z a r todas
l .i s artes como terreno de trabajo, y ser en s u c e s i ó n un poeta, un
novelista,
un compositor, etc., publicando sus obras a n ó n i m a s o bajo
s e u d ó n i m o ; pero s ó l o Pauline « o b r a primera del poeta en aquel h a z » ,
fue la que l l e g ó a ver la luz, y así era «el ú n i c o tosco brote del hermoso
ii bol de la vida en tal l i m b o p a r a d i s í a c o m í o » .
L a novedad de la p o s ic i ó n p o é t i c a de B r o w n i n g e s t á indicada por él
*
Aunque su autor la reniegue, la obra contiene ya estos versos reveladores de una
.uti tud huma na constante en Browning: «No puedo atar mi
e s p í r i t u ,
pues no des-
• M i s a r í a / E n su c á r c e l de barro, en esa estrecha a t m ó s f e r a ; / Tiene impulsos e x t r a ñ o s ,
tendencias y deseos / Que en
modo
alguno entiendo, explico / O puedo ahogar, movido
como estoy a confiar / Lo mismo en todo sentimiento, oír los pareceres
t o d o s » .
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3/16
396
Luis
Cer n
iid.i
mismo en el p r ó l o g o a la e d i c i ó n primera de Pa ra ce l sus (1835), su obfg
siguiente, p r ó l o g o que luego s u p r i m i ó : « D e s e o que el lector no se rqm
voque acerca de mi trabajo, al comienzo mismo de
é s t e , j u z g á n d o l e
de una clase con la que nada tiene de c o m ú n , por pri ncipi os en flj
que nunca se i n f o r m ó y s e g ú n un modelo al cual nunca t r a t ó de con
formarse. Voy por lo tanto a anticiparle el descubrimiento de que al
u n intento, probablemente más nuevo que fe l iz , de
invertir
el m é t o d o
usualmente adoptado por aquellos escritores cuyo p r o p ó s i t o es exp|
ner por medio de ciertos personajes y acontecimientos, a l g ú n f e n ó n i r
no de la mente o de las pasiones; y a que, en luga r de rec urr ir a una ma
quinaria
externa de incidentes, para crear y desenvolver la crisis que de
seo producir, me he aventurado a presentar, un tanto minuciosamente,
el temple de la misma desde su nacimiento y desarrollo, y he tolerad
que el agente que la influen cia y determi na sea perceptibl e, en general,
s ó l o por sus efectos, y de un modo por completo subordinado, si no
excluido, y por una
r a z ó n : t r a t é
de escribir un poema, no un
d r a m a » .
A h í tenemos ejemplo de una de las dificultades que pueden
hall.n
ciertos lectores ante la p o e s í a de
Browning:
esta p o e s í a funde lo l í r i c o
c o n lo d r a m á t i c o , entendiendo lo de d r a m á t i c o no s ó l o en la a c e p c i ó n
corriente
del
t é r m i n o
(ya que en la obr a de Browning hay no pocas
obras d r a m á t i c a s ) , sino en un sentido más especial: para nuestro poe
ta, en general, la p o e s í a parece by-product de una s i t u a c i ó n o
conflicto
d r a m á t i c o
y, dada su preferencia por lo impersonal, expresada a tra
v é s de un personaje o, má s rara ment e, de varios personajes. Es decir,
que su p o e s í a adopta la forma de un m o n ó l o g o d r a m á t i c o *, en el cua l
* Él mismo dice de su p o e s í a : « S i e m p r e d r a m á t i c a en princi pio, con tantos parla
mentos de personajes imaginarios, no
m í o s » .
Ese impulso
d u r ó
toda su vida: los Dra-
matic Poems
( 1 8 4 2 )
fueron seguidos de los Dramatic
Penóme ( 1 8 6 4 )
y de los Dramatic ldylls
( 1 8 7 8 - 1 8 8 0 ) . Pauline es un m o n ó l o g o d r a m á t i c o , y a Paracelsus el propio autor le l l a m ó
dramatic
poem. Strafford su obra tercera, es un drama representable. S ó l o Sordello toma,
a
despecho del autor, forma narrativa, aunque a veces caiga en el
m o n ó l o g o d r a m á t i c o .
Debe reconocerse, sin embargo, que Bro wnin g se
e x c e d i ó
en el uso del calificativo
« d r a m á t i c o » , exceso justi ficab le, dado el temor que s e n t í a a que c r í t i c o s y lectores
atribuyesen al autor las opiniones y sentimientos expresados por sus caracteres.
pensamiento poé tico
en la
l írica inglesa
397
Motivos é t i c o s , p s i c o l ó g i c o s y subconscientes t ornasolan la forma poe
ma, y el efecto se obtiene por c o n c e n t r a c i ó n y renuncia a los orna
mentos. Dicha forma del m o n ó l o g o d r a m á t i c o , que en
The
Ring
and the
linnk
(1868-1869)
h a b í a de alcanzar p e r f e c c i ó n i nigua lable , es tanto
instrumento de sondeo p s i c o l ó g i c o como manera de prese ntar al lecto r
lodos los aspectos e interpretaciones posibles de la a c c i ó n misma que
es tema del poema.
E l tema de Paracelsus, aunqu e sugerido por un amig o, el conde
A m é d é e de Rip ert -Mon tcl ar, a quien el poema va dedicado, nos indica
e l a f á n que m o v í a al poeta, a f á n de conocimiento, a m b i c i ó n y supre
m a c í a intelectual. La c o n f e s i ó n de Paracelso al
morir parece
c o n f e s i ó n
l l propio autor: que el amor es instrumento de conocimiento y la
inteligencia instrumento del amor. Y es que en la p o e s í a de
Browning,
cuyos
temas
son tan variados, hay uno que suscita siempre su plem-
l u d : el amor, entendiendo ahí el amor en un sentido c ó s m i c o . Dicha
resonancia especial del tema amoroso no reduce, sin embargo, la va
riedad
de la obra, ya que
apenas
hay
i n c l i n a c i ó n
ni
p a s i ó n
humanas
i las que dejara de dar e x p r e s i ó n . Tanto en Paracelsus, su obra segun
da, como en la anterior,
Browning,
antes
que expresar un c a r á c t e r , lo
analiza en a c c i ó n ;
ambas
obras son confesionales, y en la segunda,
sobre todo, el lenguaje y la actitud parecen adecuados a quien explora
el mundo del pensamiento abstracto, con un acento que no
sabemos
s i s e r í a l e g í t i m o confundir con el personal del poeta, y
acaso
un eco
de la f i l o s o f í a p a n t e í s t a alemana, aunque
Browning
c u i d ó de aclarar
que no t e n í a conocimiento de la misma *.
Sorde llo
(1840),
su obra tercera, es, como Pauline , la histo ria de un
alma, y tiene de
c o m ú n
con las dos anteriores el ser
m a n i f e s t a c i ó n
de
unas
ambiciones espirituales conscientes, de las cuales hallamos ejem
pl o en la historia. En el prefacio a la r e e d i c i ó n de Sorde llo, en
1863,
*
No se debe estimar, de eso, que a Browning no le interesara la
filosofía.
En cierta
o c a s i ó n
escribe: «El orden justo de las cosas:
filosofía
primero y
p o e s í a ,
que es su
consecuencia más elevada, d e s p u é s ; y mucho d a ñ o se ha hecho al inverti r dicho proceso
n a t u r a l »
( carta al profesor
Knight,
11 ju ni o 1889).
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398
Luis Ce
>
a a i
Browning dice que el acento, al escrib ir tal obra, «recaía en loa indi
dentes del desenvolvi miento de un alm a, ya que muy pocas otra]
cosas, según creía, valen la pena de estudiarse». En cua nto exp H
moral,
evidentemente, es un avance con respecto a Pauline , y su p |
arniento está formulado con claridad ma yo r que en los poema >>
tenores. El uso frecuente de la palabra voluntad, en sentido filosólii Q
parecería indicar, otra vez, a lgún contacto con la metafísica a l c i n
. in . i
contemporánea, aunque Browning, según dijo, no sólo no conocía I
filosofía alemana, sino que ni siquie ra conocía la resonancia que m •
ésta en la obra de Coleridge. Las obras siguientes de Browning dejl
rá n de tener
ecos
autobiográficos y estarán inspiradas por una
varil
dad de motivos conscientes, pero ya no
dirigidos
por aquella antigU |
voluntad
auto centrada y auto dirigente. Con Sorde llo termin a la etattj
primera en el ciclo de la obra de Browning.
La seg unda etapa, m ás plena, comienza con P ippa Passes (1841)
donde dra mat iza un tema que toca ba ciertas creencias centrales di I
poeta: los
seres
humanos
están
entrelazados de manera tan
sutil,
qm
hasta las palabras m ás livianas pueden tener cierta repercusión
en
l |
estructura
moral
del mundo; el estribillo tan conocido de la c a i u mu
de Pippa (que parece expresar aquel optimismo fundamental de
Brovi
ning), «Dios está en su
cielo.
/ Y mar cha bien el mundo» , pareo
indicarnos cómo, bajo un
Dios
omnipotente y benévolo, todo (al mi
nos en sentido cósmico) resulta jus to y aprop iado, y si alg una ftus
tración humana ocurre, a ello responde el poeta en otra ocasión: «l„ i
mira
de un hombre debe exceder su alcance, / Si no, ¿para q u é c s u
el cielo?», tema que tantos poemas suyos ha bría n de tocar una y oh
.i
vez.
No
es
Browning
escritor que guste de
confiar
al papel, directanun
te y en nombre propio, sus reflexiones personales, de ahí que no
nos
dé opiniones sobre la poesía y la función de l poeta; en sus cartas
mismas es extremadamente reticente y resulta raro que nos permití
alguna vislumbre inmediata de sus propios pensamientos. No obstan
te, es posible espigar en sus escritos, aquí o allá, algunas palabras
interesantes para nuestro propósito; por ejemplo, en carta a Elisabeth
I
< n s amiento poéti co en la lírica inglesa
399
l l ret, cuando a ú n eran novios, escribe acerca de
su s
poemas: «Meros
• ..ipes de mi poder interior, como la luz giratoria de u n faro que
ln i \<
a
intervalos de una abertura estrecha». Sobre la función poéti ca:
l
i
entera
función
del poeta es contemplar con entendimient o el
uni
verso, la naturaleza y el hombre,
en su
estado presente de perfección
n imperfección», lo cual concuerda, como veremos más adelante, con
l i asunción de que Browning era u n poeta objetivo. E n efecto, según
el, un poeta no
podía
expresarse con libertad a menos que se la ga-
ni izara cierta ficción de impersonali dad; claro que
en su
caso tal
ftceión conlleva siempre cierta parte de verdad, introduciendo
en su
ulna la alianza entre verdad y fantasía, sin la cual el cont orno
f i j o
de
una experiencia no puede plasmarse en
forma
poética. D e ah í s u pre
tensión cuando los otros juzgaban
s u
obra,
a
que reconocieran
en ella
r l
juego l ibre de la ima gina c ión creadora, ya que la poesía consiste
el ejercicio de aquélla.
Doctrina
fundamental en Browning era también la de la
libertad
para el desarrollo
individual
(de acuerdo con las creencias
filosóficas
v
políticas inglesas dominantes
en su
época, procedentes de la ideo
logía benthamita, con
s u
conciliación parad ójica entre hedonismo y
altruismo),
suprimiendo cualquier barrera que coartara tal desarrollo;
posición que expresa
en un
poema suyo «W hy I
am
a Liberal» *: «Porque
.naso todo lo que puedo y hago, / Todo lo que ahora soy, lo que
espero ser, /
¿ De
dónde viene, excepto de la suerte que
libera
/ A
cuerpo y alma, para seguir aquel e mpe ño / Que para ambos
Dios
trazara?» Con otras palabras corrobora y aclara eso mismo:
« N o
pido
l ú e
se me revele por compl eto la verdad, l o cual
sería
contrario a la
ley de las cosas, aplicable lo mismo al cuerpo que al alma; la cual
(ley)
es
q ue
sólo
por el esfuerzo para obtener,
en un
caso, poder , y
en
otro,
verdad, los obtienen el cuerpo y el alma. El esfuerzo, común
ambos, produce en cada caso la iniciativa necesaria para una satis
facción que resulta del éxito
parcial,
pues el absoluto sólo lo consigue
*
L a
palabra «liber al»
no debe entenderse ahí como
ligada
a la
intención
ni a la
n ion de un partido político.
8/16/2019 A4_Material Luis Cernuda
5/16
400
Luis
C e r n u d n
el
cuerpo en su
virilidad
plena, y el alma en la
comprensión
plena di
la
verdad, lo cual, en todo
caso,
no ha de ocurrir aquí».
Brownin".
como Lessing,
parece
haber pr eferid o que Dios le dejara esforzarse
poco a poco en busca de la verdad, no que
ésta
le fuera regalada di
una vez.
La
obra de
Browning
(como ya
dijimos),
aun en sus
años
maduros,
fue
de
comprensión
y
asimilación
lentas por parte del
público. Casado
y viviendo en
Italia,
los versos de su mujer eran
bastante
más cono
cidos y estimados que los suyos, de lo cual él era el primero en
regó
cijarse. Los admiradores comienzan a surgir en
Estados
Unidos, y
sólo
con
la
publicación
de
Men and
W o m e n (1855) va
despertándose
la aten
ción
del
público británico,
la cual, en los
años
de viudez de Browning
habría
de
desbordarse
en homenajes y honores. Fueron los prerrafae
litas
los prim eros en reconocer la imp ort anci a de su obra , acogi endo
con
entusiasmo la
publicación
de
Men and
W o m e n ; Dante Gabri el Ros-
setti
elogia el
libro
a
Y V i l l i a m Morris
y a Burne-Jones. En cuanto a lo
que el propio
Browning
pensara acerca
de tal
vo lte-face
del
público,
citaremos
estas
palabras:
«Contemplo
mis deficiencias con
bástanle
pena...
Pero
sólo sentiría
desconcierto y
aprensión
cuando el
público
y
los críticos comenzaran todos a comprenderme y a aprobarme... La
tarea del poeta tiene que ver con Dios, al que debe dar cuenta y el
que es su recompensa».
En
excusa de la
incomprensión
de l
público
(si fuera necesario ex
cusar
de eso al
público) debe
recordarse que la
poesía
de
Browning
estuvo en sus comienzos, y no queda luego enteramente exenta, bajo
el
anatema de oscuridad; oscuridad que
parece
tant o de pen samiento
(en Browning
en extremo
sutil
e intrincado) como de
expresión
(siem
pre algo tortuosa en nuestro poeta), dá ndonos ambos la impresión de
ir impulsados hacia adelante, sin cuidarse el autor de ser o no ser
entendido. Swinburne
dijo
de él:
«Siempre
piensa a toda prisa, y la
marcha de su pensamiento, comparada con la de otro hombre, es
como la marcha del tren comparada con la de una carreta, o la del
telégrafo
comparada con la del
tren».
Lo cual
parece
corroborar
Browning al escribir: «La inteligencia, por sí misma, apenas es cosa
P e n s a m i e n t o p o é t i c o en la lírica
inglesa
401
adecuada
frente a un l ibro nuevo. Como dice Wordsworth (algo al te
lado),
"debéis
gustar de él (el
l ibro
nuevo)
antes
de que mere zca ese
i n s t o
vuest ro.. ." Creo que mi obra ha sido, en general, demasiad o
i l i l i i
il
para muchos con los que me hubiera gustado comunicarme;
pero nunca me pro puse equ ivocar a la gente, como suponen algunos
uticos. Por otra parte, tampoco me propuse nunca ofrecer una
lite-
iaiura
que sustituyese, para el hombre ocioso, al puro y al dominó;
así
que, en
conclusión, quizá
tuve lo que
merecía,
y aú n algo más, y
a no una muchedumbre de lectores, unos cuantos, lo cual estimo
mejor».
En
cuanto poeta
parece
que le guiaba esta
convicción:
si
según
él,
ionio ya indicamos
antes,
nada im por ta tanto como la histo ria de un
alma, de ahí que las circunstan cias y
actos
externos
sólo
entren en su
reación poética
en tanto que
sean
condiciones o incidentes del caso
psicológico
en
cuestión.
Su
imaginación buscaba
primero los materia
les dentro de ella misma, pero luego los
buscaría
en el mundo de
•fuera, entre los hombres y las mujeres *, y
entonces
es cuando se
revela plenamente la fuerza
poética
de Browning, al ocuparse de aque
llas otras regiones, no menos misteriosas, de las
pasiones
humanas.
nas
veces
la
emoción
comienza realizando el trabajo del pensamien
to, como ocurre en
«Saúl»;
otras el pensamiento
acaba
por analizar el
trabajo
de la
emoción,
como en
«Fifine
at the
Fair»
* *; aunque, en oca
siones, ambos,
emoción
y pensamiento, se combinen entre sí o alter
nen con intensidad proporcionada, como ocurre en
«Bishop
Blougram's
Apology»
o «Mr. Sludge, the
Médium».
Y si en los Drama tic Idyl ls
añade
browning ciertos incident es poderosos de por sí y
además adecuados
al
desarrollo
del poema, fue porque
pensaba
que
sólo
en
proporción
a
tal adecuación resultaría
propia de la
poesía
un a
situación
extraordi-
* Cuando le interrogaron:
«Siente
gran amor por la naturaleza, ¿no es
verdad?»,
Kiponde:
«Sí, pero lo siento mayor por los hombres y las
mujeres».
** Respect o a ese poema observó: «Lo más inelalisico v osado que lie escrito des
u é de Sordello-». Opin ió n que corrobora Swinburne: «Es mucho mejor que todo lo que
ha escrito».
8/16/2019 A4_Material Luis Cernuda
6/16
402
Luis
C
ernuda
naria; en cambio, si el
interés
de la
acción
se agotaba con los hechos
exteriores, era
adecuada
para el cronista, no para el poeta.
Lo
importante en él no son tanto sus creencias o sus ideas como
su peculiar sensibilidad creadora ante la
vida,
así como la
perfección
que dio a su forma literaria predilecta: el
monólogo dr amático.
Browning creó
dos
clases
princip ales de caracteres, unos procedentes
de su
imaginación
y otros procedentes de la historia, aunque no dejara de
dar a los primeros la libertad de moverse conform e a sus tendencias
propias. Eso corrobora otra vez la aserción de que Browning era un
poeta objetivo; sin embargo, aunque la forma del
monólogo dramáti
co,
a
través
de la cual nos hablan sus caracteres,
parece
garantizar la
objetividad, no es raro que el autor aparezca de pronto,
a quí
o
allá,
en las palabr as de los personajes, por
históricos
qu e
éstos sean.
Lo
cual no excluye que sus poemas mejores, los breves sobre todo, sean
en efecto objetivos. Ya dijimos que con The R ing and the B o o k se
cierra en 1869 el
período
central en la obra de Browning, cuyo
cénit
marca juntamente con
Men and
W o m e n .
The
R ing
and the
B o o k
contiene
una historia que,
antes
de
utilizarla
el poeta, la
ofreció
a una amiga
novelista (Miss Ogle), para que
ésta
la aprovechara, acaso por creer
tal
historia más propia de un cronista que de un poeta, y
sólo años
después
la emplea él, resul tando u na de las obras má s singul ares de
la poesía
inglesa.
Browning
halló
un d ía , en un puesto de la plaza de San Loren zo,
en Florencia, aquel
l ibro
encuadernado en pergamino que
refería
el
caso
Franceschini. Ese día mismo, sumido en la lectura del
libro,
le
bastó
para d omin ar la historia; pero
habían
de pasar cuatro
años
antes de que comenzara a escribir el poema. Un proceso tan lento de
incubación
pudo dar a la obra esa fuerza extremada que
posee
la
presentación
de los personajes, aunqu e, como es natur al, sobre la ver
da d histórica de aquéllos proyectara Browning su imaginación y sus
recuerdos propios; y a pesar de su larga
objeción
a que lectores o
críticos
vier an en sus personajes elementos
autobiográficos,
Campo-
sanchi ti ene algo del poeta, así como Pompilia algo de Elisabeth Barret
Browning.
Las dimensiones
desmesuradas
del
libro
le hacen, a
pesar
/ ' i
i i
s a m i e n t o po ét ico
en la
lírica
inglesa
403
de su
interés psicológico
y
poético,
interminable;
sólo
uno de los per
sonajes, Guido, nos habla a
través
de 4.500 versos. Cada
versión
de
la
hist oria, repetidamente expuesta en forma de
monólogo
por todos
los
personajes, se ext iend e en
círculos concéntricos,
como el agua adon
de se arroja una piedra, pero los hechos quedan transformados en
cada relato, con tal intensidad, que no
sólo
aparecen ante el lector los
caractereres, sin o el mun do en que viven.
Tras
The
R ing
and the
B o o k comienza el tercer y
último período
en
rl ciclo de la obra de Browning, de 1868 a 1888, durante el cual publica
quince
volúmenes
má s, que aú n conti enen no pocos ejemplos de su
asombrosa vitalidad
poética,
como
La
Sais iaz (1878) y Balaust ion s
Ad-
venture
(1871). Aquel
perenne op ti mis mo suyo, que le llevab a a hacer
de la felicidad un a virtud, vuelve a exponerlo en The two P o e t s of Cro i -
ñc, donde declara que, en iguales condiciones, el poeta mayor
será
aquel que lleve un a vida m á s
feliz,
el que triunfe de modo más com
pleto
sobre el sufrimiento, tanto en el sentido humano como en el
religioso.
Op ti mis mo que alcanza en él
hasta
negar la muerte: «La
muerte es vida, igual que nuestro cuerpo cotidiano,
mome ntá ne a me n
te muerto (en el
sueño),
no
está
por eso menos
vivo,
y recluta así
nuevas fuerzas para existir. Sin la muer te, que es la pal abra enlu tada
y
fúnebre
con que designamos el cambio , gracias al cual crecemos, no
habría prolongación de eso que llamamos vida... Por lo que a mí
atañe, niego que la muerte sea el fin de
todo».
Aquella
cuestión
concerniente al poeta objetivo la trata Browning
ti ) un raro escrito en prosa sobre la
poesía
de Shelley, publica
do en
1852,
sirviendo de prefacio a una
colección
de
cartas
(falsificadas,
como luego se vio) del mismo. Pues que Browning era en extremo
reticente sobre sus opiniones propias,
sólo
ese estudio nos da alguna
vislumbre de lo que
pensaba
acerca de la
poesía
y del poeta. Comien
za ahí por indicar la importancia que tiene, para conocer al poeta, su
biografía: «Sin
duda que aceptamos con gusto la
biografía
de un poeta
objetivo».
Con lo cual nos introduce, desde la
línea
primera de su
estudio, en la
distinción,
capital para su punto de vista, entre poeta
objetivo y poeta subjetivo. La tarea del primero es
«reproducir
las
8/16/2019 A4_Material Luis Cernuda
7/16
404
uis Cerniiil.i
cosas
exteriores (ya de los f e n ó m e n o s del universo e s c é n i c o , ya
de
las
acciones manifiestas del c o r a z ó n o cerebro humanos) con re fe re™ I
inmediata... a la mirada c o m ú n y a la c o m p r e n s ió n de los d e m á s seres
a los que se presume capaces de aceptar ta l r e p r o d u c c i ó n y recibir (Ir
ella p r o v e c h o » . Esa r e p r o d u c c i ó n se obtiene gracias a la doble facultad
d el
poeta de ver los objetos exteriores con claridad,
amplitud
y hon
dura mayores de las que son posibles para la mente ordinaria, y, al
mismo
tiempo, poniendo en contacto su s i m p a t í a con aquella cotti
p r e n s i ó n más reducida de dicha mente ordinaria, teniendo cuidado de
no a ñ a d i r a tal r e p r e s e n t a c i ó n otros materiales sino los que pueden
combinarse en un todo i n t e l i g i b l e .
¿ A q u i é n habla ese
tipo
de
poeta?
«El auditorio de tal poeta m
cluye
no s ó l o aquellas inteligencias que, sin dicha asistencia del mis
m o , no hubieran podido percibir el significado hondo de los objetos
originales, ni disfrutar de ellos, sino t a m b i é n aquellas almas dotadas
de cualidades semejantes a las del poeta, pero que, gracias a la repre
s e n t a c i ó n
que
é s t e
les ofrece, pueden en camina rse as í a la reali dad de
donde dicha r e p r e s en t a c i ó n pr oviene , y corr obor ar sus impresiones
de cosas ya conocidas u obtener otras nuevas de entre aquellas qur,
en la variedad inagotable de la naturaleza, pudieran haber
escapado
a su
a t e n c i ó n . »
T a l
tipo
de poeta «es propia ment e el. .. hacedor, y la
cosa
hecha por él, su p o e s í a , ha de ser necesar iamente sustan tiva,
proyectada desde adentro de sí mismo y disti nta.. . Con respecto a tal
poeta necesitamos sin duda una b i o g r a f í a , para ver en retroceso c ó m o
r e u n i ó durante su vida los materiales de su obra, la cual podemos así
contemplar como un todo, examinando la manera que tuvo de elabo
rar, q u i z á con dificultades y o b s t á c u l o s , aquella obra que tan f a m i l i a r
es ya para nuestra a d m i r a c i ó n , gracias a la f a c i l i d a d aparente que le
da el é x it o » . B r o w n i n g se plantea luego el probl ema insoluble de tra
zar el m ó v i l que l l e v ó al poeta a crear su obra y entregarla a los otros,
¿ Q u é fue lo que d e t e r m i n ó dicha obra? « ¿ L a delicia de un alma en su
propia
y ampl ia esfera de v i s i ó n , satisfaciendo así un poder que no
puede resistirse a la tarea, como el de los d e m á s hombres no puede
resistirse al descanso? ¿ Un sentido del deber o del amor , que le m o v i ó
l ensamiento poético en la lírica inglesa
405
a comunicar al p ú b l i c o sus
sensaciones
propias? ¿ U n a s i m p a t í a hu
mana incontenible, que le o b l i g ó a exponer ante los otros su propia
p r o v i s i ó n
de conocimiento y de hermosura,
a d e c u á n d o l a
al alcance
reducido de a q u é l l o s ? »
E n cambio el poeta de la tendencia opuesta, el poeta subjetivo,
« c o n p e r c e p c i ó n
p lena de la naturale za y del hombr e.. . da forma a lo
que percibe, pero no tanto con referencia a aquellos muchos que e s t á n
po r debajo de él, como en referencia a A q u e l que e s t á por encima: a
la
intelig encia suprema que comprende las
cosas
todas y constituye
l a v i s i ó n ú l t i m a , siempre deseable, aunque parcialmente obtenida, para
el alma m isma del poeta. El poeta ve, no lo que lucha p or llegar a ser,
sino lo que ve Dios: las ideas de P l a t ó n , semillas de c r e a c i ó n que
reposan ardientes en la mano d i v i n a . Este poeta no se ocupa con las
combinaciones de la humanidad en
a c c i ó n ,
sino con los elementos
primarios
de la misma, los cuales busca socavando a l l í donde e s t á , en
su propia alma, en cuanto é s t a es reflejo má s p r ó x i m o de aquel pen
samiento absoluto,
s e g ú n
las intuiciones que
desea
percibir y expre
s a r » .
Dicho poeta no se ocupa «de la a g r u p a c i ó n pintoresca de los
á r b o l e s
del bosque, ni de sus sacudidas tempestuosas, sino de sus
r a í c e s y fibras desnudas sobre la cal y la piedra... Por eso es ante todo
u n viden te, má s que un hacedor, y lo que produ ce antes es una ema
n a c i ó n que una obra; la cual e m a h a c i ó n no puede considerarse f á c i l
mente como a b s t r a c c i ó n de su personalidad, sino como lo que en
verdad es:
i r r a d i a c i ó n ,
aroma de su personalidad, proyectado y no
separado
de él. De ahí que, al acercarnos a su p o e s í a , nos ace rquemos
necesariamente a la personali dad del poeta... Deseamos conocerle, para
amarle y comprenderle, y los lectores de su p o e s í a son t a m b i é n lecto
res de su
b i o g r a f í a » .
E l poeta objetivo « p r e f i e r e tratar de los hechos del hombre (resul
tado de dicho trabajo, en su forma pura, es lo que llamamos p o e s í a
d r a m á t i c a , cuando se prescinde hasta de la d e s c r i p c i ó n , en cuanto é s t a
s u g e r i r í a alguien que describiese), en tanto que el poeta subjetivo,
cuyo
estudio es él mismo, al invocar a
t r a v é s
de sí al pens amient o
d i v i n o absoluto, prefiere ocuparse de aquellas apariencias e s c é n i c a s
8/16/2019 A4_Material Luis Cernuda
8/16
406
Luis
Ce
muda
exteriores que, sin i n t e r r u p c i ó n y con mayor cont inui dad, atraen sus
luces y facultades interiores, escogiendo entre ellas las que acallan a
la
tierra y al mar, y pueda as í oír mejor el latido de su
c o r a z ó n
i n d i v i d u a l , de jando las ruidosas, complejas e imperfectas manifesta
ciones de la naturaleza... que s ó l o distraen y suprimen el trabajo de
su cerebro. Tales tendencias contrarias del genio
p o é t i c o
se observan
mejor
en sus efectos e s t é t i c o s , no en su fuente y causa moral; llevadas
a l extremo, y manifiestas como deformidades, se observan netamente
en todos los defectos de ambos tipos de a r t i s t a » .
Aunque este estudio que comen tamos fue escrito con referencia a
l a p o e s í a
de Shelley, es posible referir a la
p o e s í a
de Browning algo
de lo que ahí dice.
Browning,
en efecto, nos aparece, s e g ú n sus pro
pias palabras, como poeta objetivo, como poeta que prefiere tratar
« d e
los hechos del
h o m b r e » ,
de cuyo tratamiento, en su forma pura,
es resultado «lo que llamamos p o e s í a d r a m á t i c a » , conjetura con
firmada po r aquella constante c o n t e n c i ó n de
Browning
con los c r í t i
cos de que no
d e b í a n
tomar como
e x p r e s i ó n
suya lo que
d e c í a n
sus
personajes p o é t i c o s , « p a r l a m e n t o s de personajes imaginarios, no
m í o s » .
« R e s p e c t o a la o p e r a c i ó n de
ambas
clases de poder p o é t i c o s e r í a
ocioso i n q u i r i r c u á l es la más alta o de dotes más raras: si lo subjetivo
puede parecer requisito ú l t i m o de toda é p o c a , lo objetivo en sen
tido estricto conserva en todo momento su valor o r i g i n a l , ya que,
como punto de partida y base c o m ú n , este mundo siempre nos con
cierne: el mundo no es cosa que aprendamos y luego desechemos, sino
que es necesario volver a él y aprenderlo de nuevo; la c o m p r e n s i ó n
espiritual
puede sutilizarse hasta lo i n f i n i t o , pero siempre queda el
material bruto sobre el cual opera a q u é l l a . Y acaso no exista un t é r
mino para el poeta que nos comunica lo que ve en un objeto deter
minado, r e f i r i é n d o l o a su individualidad propia; lo que dicho objeto
era,
antes
de que fuera visto y referido al pensamiento human o en
conjunto, ha de ser siempre codiciable de conocer. Tampoco hay ra
z ó n para que ambos modos del poder p o é t i c o no procedan en lo futuro
de un solo poeta, en sucesivas obras perfectas, ejemplos de las cuales,
l ensamiento poé tico
en la
l írica inglesa
407
s e g ú n lo que ahora consideramos como exigencias del arte, antes s ó lo
l o s p o s e í a m o s como provenientes de individuos distint os. Lo ordi nari o,
naturalmente, es el mero f l u i r de un poder p o é t i c o al otro; y aú n má s
raro es que uno de los dos sea sobresalie nte y super ior de modo tan
decidido como para decir que resulta comparativamente p u r o . » Por
que
Browning,
d e s p u é s
de
establecer
d i s t i n c i ó n
extrema entre poeta
subjetivo y poeta objetivo, pasa a decirnos que no ve r a z ó n para que
en lo fut uro un mis mo poeta no pueda ser subjet ivo y objetivo a un
tiempo; y no s ó l o eso, sino que encue ntra raro que un poder p o é t i c o
otr o se den en entera pureza d ent ro de un solo poeta, y lo natu
ra l
es que el mismo poeta
pase
de lo subjetivo a lo objetivo y vice
versa.
« H a y é p o c a s cuando la v i s i ó n general... a b s o r b i ó el m á x i m o de los
f e n ó m e n o s (ya materiale s, ya espir itual es) que le rodea n, y mejor de
sea apr ende r el sign ifica do exacto de lo que ya posee que aumenta r
su caudal; y ahí
e s t á
la oportunidad para el poeta de
v i s i ó n
más
elevada, para levantar a sus c o n t e m p o r á n e o s hasta su a t m ó s f e r a pro
p i a , intensif icando la importan cia de los detalles y redondeando el
significado universal... Una t r i b u de sus
sucesores,
que opera más o
menos en la misma d i r e c c i ó n , se demora en lo descubierto por él,
reforzando su doctrina, hasta que, sin ellos
darse
cuenta, el mundo
subsiste como sombra de una realidad... Entonces es imperativa la
a p a r i c i ó n de otra
clase
de poeta, que reemplace dich as c ogitaci ones
intelectuales sobre lo asimilado tiempo a t r á s . . . llegando la sustancia
nueva a romper el supuesto todo en partes de valor independiente y
no clasificado, sin cuidarse de las leyes que puedan volver a combi
narlo,
porque eso
s e r á
tarea de otro
p o e t a . »
« A m b a s clases
de artista siendo así, es natural... que la
b i o g r a f í a
de l poeta subjetivo sea la que más nos concierna... Toda la mala
p o e s í a que hay en el mundo... resulta de alguno de los grados
infinitos
de disc repan cia que hay entre los atr ibu tos del alma del poeta, deter
minando así la falta de correspondencia de su trabajo con las verdades
de la naturaleza; de donde resulta la
p o e s í a
falsa, sea cual sea su
forma, mostrando la cosa, no como es para la humanidad en general,
8/16/2019 A4_Material Luis Cernuda
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408
uis Ce mu da
n i tampoco como es para el que en part icular la describe, sino como
se supone que es, a causa de a l g ú n capricho i r r e a l y neutral, a
mitad
de camino entre
c ó m o
es para la humanidad y
c ó m o
es para quien la
describe, y sin valor respecto a ninguna de ambas opiniones, v i v a por
u n
instante gracias a la pereza del que la acepta o a su incapacidad
para denunciar la trampa. Y aunque no podemos ocuparnos
a q u í
de
tales fracasos, en todo caso debemos referirlos a la vida del poeta...
Po r su b i o g r a f í a averiguamos si su alma v e í a y hablaba constantemen
te desde la altura que
h a b í a
alcanzado: la
v i s i ó n
absoluta no es
de
este
mundo, pero nos
e s t á
permitida una
a p r o x i m a c i ó n
constante ha
c i a e l l a . »
Y como
B r o w n i n g t e n í a
presente, en los
d í a s
cuando
e s c r i b i ó este
ensayo, la indiferencia del p ú b l i c o haci a su obra, comenta : «La in
c o m p r e n s i ó n
de la
é p o c a
es exactamente lo que el poeta viene a re
mediar, y el intervalo entre tal o p e r a c i ó n y los efectos generalmente
percibidos de la misma no es mayor (en verdad es menor) que en
otras
esferas
del esfuerzo hum ano. E l
e p p u r
si
m u o v e
del
a s t r ó n o m o
es
frase tan amarga como otras muchas de algunos poetas, dichas antes
O d e s p u é s ,
respecto a su obra
v i v a
y rechazada, con esa hondura de
c o n v i c c i ó n que tanto se parece a la d e s e s p e r a c i ó n » . Pero no s e r í a justo
dejar con tales palabras a
este
poeta en
q u i é n
el optimismo funda
mental
era nota dominante. Precisamente la c o m p o s i c i ó n final, « E p i l o
g u e » ,
de su
l i b r o ú l t i m o ,
A s o l a n d o , que
a p a r e c i ó
el día mismo en que
muere B r o w n i n g , parece contener, condensada en unos cuantos ver
sos, su
p r o f e s i ó n
de fe:
« U n o
que nunca
v o l v i ó
la espalda sino
s i g u i ó
adelante; /
J a m á s d u d ó
de que las nubes se aclara ran, / N i, si lo jus to
es vencido,
s o ñ ó
que lo
injusto t r i u n f a r í a ,
/ Y mant uvo que caemos
para levantarnos, nos confundimos para luchar mejor, / Dormimos para
d e s p e r t a r n o s » . Credo que acaso pueda parecer hoy a algunos trascen
der demasiado la confianza y fe en lo humano, propias de su tiempo
y de su p a í s , pero que no por eso deja de afirmar una nobleza humana
intemporal, sobre t odo los versos finales del mis mo poema : «N o; al
m e d i o d í a , en el tremor del tiempo cuando el hombre trabaja, / Saluda
a lo
i n v i s i b l e
con un
g r i t o .
/ Pide al hombre que siga, de frente o de
l e nsa m ie nto poé tico
en la
l í r ica ingl e sa
409
espaldas, como sea; / "Lucha y prospera",
d i l e ;
"adelante, camina y
bien te vaya, / Lo mismo
a l l á
que
a c á » .
Palabras que, viniendo de
un hombre tan cercano a la muerte, no dejan de resonar con timbre
heroico.
8/16/2019 A4_Material Luis Cernuda
10/16
640
Luis C e r n u é
I
me ahí la necesidad de aprender lenguas nuevas, con la riqueza qul
l a p o e s í a de
esas
lenguas aportaba a mi acervo.
E n 1934 c o m e n c é a componer los poemas de Invocaciones a las gracia
del Mundo, t í t u l o que, en la e d i c i ó n tercera de La Realidad y el DesH
q u e d ó reducido a Invocaciones, por lleg ar a parece rme engol ado y pre
tencioso. A l comenzar dichos poemas, cansado de los poemit as breves
a la manera de Machado y J i m é n e z , poetas que h a b í a n perdido qui/a
el sentido de lo que es c o m p o s i c i ó n , p e r c i b í que la materia a i n f o r m a l
en ellos e x ig í a mayor d i m e n s i ó n , mayor amplitud; al mismo p r o p ó s i i o
ayudaba el que por entonces me sintiera capaz ( p e r d ó n e s e m e la pre
s u n c i ó n ) de decirlo todo en el poema, frente a la l i m i t a c i ó n mezquina
de aquello que en los a ñ o s inmediatos anteriores se l l a m ó p o e s í a
« p u r a » . Fueran cuales fueran los efectos b e n é f i c o s de aquella preten
s i ó n
a decirlo todo en el verso, efectos entre los cuales me
p e r m i t i r í a
indicar el de ampliar mis
l í m i t e s
de la experiencia
p o é t i c a ,
que los
« p u r o s »
redujeron hasta el enrarecimiento, en mi
caso
hubo, ademas,
po r
torpeza mía , uno perjudicial: hacerme divagar no poco, sobre todo
a l
comienzo de ciertos poemas en dicha
c o l e c c i ó n .
Se nota
t a m b i é n ,
en el tono de los mismos, amp ulo si dad ; de ah í que me parezca afa
surda la p r e t e n s i ó n de algunos de que «El Joven M a r i n o » sea el poe
ma mejor que yo haya escrito. En realidad si les parece así es a causa
de esos dos defectos que acabo de indicar, g a r r u l e r í a y ampulosidad,
que tan c a r a c t e r í s t i c o s son de nuestros gustos literar ios tradicionales.
M á s
que mediada ya la
c o l e c c i ó n , antes
de componer el
« H i m n o
a la
T r i s t ez a » , c o m e n c é
a leer y a estudiar a
H o l d e r l i n ,
cuyo conoci
miento ha sido una de mis mayores experiencias en cuanto poeta
Cansa do de la estrechez en preferencias p o é t i c a s de los superrealistas
franceses,
cosa
natural en ellos, como
franceses
que eran, mi
i n t e r é s ,
de lector c o m e n z ó a orientarse hacia otros poetas de lengua alemana
e ingles a y, par a leerlos, tra tab a de estud iar sus lenguas respectivas.
V i v í a entonces en M a d r i d Hans Gebser, poeta a l e m á n que, con la
ayuda de un amigo i n g l é s , Roy Winstone, t r a d u c í a los textos para una
a n t o l o g í a
de los poetas de mi
g e n e r a c i ó n ,
la cual se
p u b l i c a r í a
en
B e r l í n
poco tiempo
antes
de comenzar la guerra c i v i l . De ahí la oca-
l oe sía
y
L ite ra tura
641
s i ó n de nuest ro conoc imiento , y gracias a él pude poner en p r á c t i c a
mi p r o p ó s i t o de estudiar a H o l d e r l i n , de quien h a b í a l e í d o algo. Con
l a c o l a b o r a c i ó n
de Gebser,
e m p r e n d í
luego la
t r a d u c c i ó n
de algunos
poemas; pocas veces, excepto en mi t r a d u c c i ó n de
Troilus and
Cressida,
de Shakespeare, he trabajado con fervor y placer i g u a l . A l ir descu
briendo, palabra por palabra, el texto de H o l d e r l i n , la hondura y
hermosura
p o é t i c a
del mismo
p a r e c í a n
levantarme hacia lo más alto
que pueda ofrecernos la p o e s í a . As í a p r e n d í a , no s ó l o un a v i s i ó n nueva
de l mundo, sino, consonante con ella, una t é c n i c a nueva de la expre
s i ó n p o é t i c a . Los poemas que entonces traduje aparecieron en Cruz y
Raya a comienzos de 1936.
M i conoc imient o de la lengua alemana era menos que elemental,
y
tuve que dejarme guiar por Gebser; de ahí uno de los errores más
enojosos en la t r a d u c c i ó n , error que no c o m p r e n d í sino a ñ o s d e s p u é s ;
el del verso fina l en el poema Halfte des Lebens, que dice « K l i r r e die
F a h n e n » ,
interpretado como
« r e s t a l l a n
las
b a n d e r a s » ,
en vez de
« r e
chinan
las v e l e t a s » , que es la i n t e r p r e t a c i ó n justa. Ése y otros puntos
de mi t r a d u c c i ó n hubiera que rido rectificarlos en la p u b l i c a c i ó n se
gunda de la misma, que hizo la
editorial
S é n e c a de M é x i c o en 1942;
pero yo
estaba
entonces en Escocia, y
J o s é B e r g a m í n ,
director de la
editorial,
no tuvo a bien enterarme de la r e i m p r e s i ó n .
D e s p u é s de Perfil
del
Aire s ó l o h a b í a alcanzado a publ icar dos l i -
britos
m á s :
D o n d e h a b i t e
el
Ol v id o ,
en
1934,
y El
Joven M a r i n o ,
en
1936.
Ese no hallar o c a s i ó n de editar mis versos i n é d i t o s , enojoso aunque
me pareciera, no
s ó l o
me
p e r m i t i ó
espacio para ref lexio nar sobre mi
trabajo y corregirlo, sino que me s u g i r i ó la posibilidad de reunirlo
todo bajo el t í t u l o general de
La Realidad
y
el
Deseo. La o c a s i ó n s u r g i ó
en
1936,
cuando
J o s é B e r g a m í n a c e p t ó
la
p u b l i c a c i ó n
del
l i b r o
en las
ediciones de C r u z y R a y a .
E n otra o c a s i ó n he aludido a que me parecen existir, con respecto
a la acogida que los lectores les dispensan, dos tipos de obras
litera
rias:
aquellas que encuentran a su p ú b l i c o hecho y aquellas que ne
cesitan que su
p ú b l i c o
nazca; el gusto hacia las primeras existe ya, el
de las segundas debe formarse. Creo que mi trabajo corresponde al
8/16/2019 A4_Material Luis Cernuda
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642
Luis Ce
rii
ii
ilii
segundo
tipo,
y la lentitud del mismo en parecer estimable (la <
n il
por
ci erto, corresponde a la lentitud, a que
antes aludí,
de mi del
rrollo
espiri tual)
ayudó
a que, al publicarse
La Realidad y el Disté
en 1936, contara ya con la simpatía de algunos lectores. Desgraciadl
mente, la guerra c i v i l , que
empezó
poco
después
de
aparecer
el
libró)
impidió
que pudiese darme cuenta de aquella
simpatía
naciente.
Antes
de comenzar la guerra
estaba
yo para marchar a
P a n .
como secretario del embajador don Alvaro de Albornoz, además de
su otro secretario, que era su hija, mi amiga Concha de Albornoz, l.os
acontecimientos precipitaron mi marcha y, no sin alguna posibilidad
de que me ocurriera un lance que pudo poner
término
a mi viaje y a
m i existencia,
cosa entonces
frecuente,
llegué
a
París,
donde estuvi
desde ju l io
a septiembre
2 0
. Entre los libros qu e
compré entonces
el
taba la
Antología Griega,
texto griego y
traducción
francesa, editada
en
la colección Gui l l aume Budé. Menciono su adquisición porque eso»
breves poemas, en su concisión maravillosa y penetrante, fueron sicni
pr e
estímulo
y ejemplo para mí.
La
estancia en
París
fue breve; al
regresar
el embajador a
Madrid,
regresé
con él y con su
familia.
La nostalgia natural de dejar
París
U
unía
a lo incierto y
difícil
de la
situación española.
A l principio de
la
guerra, mi
convicción
antigua de que las injusticias sociales que
había
conocido en España pedían reparación, y de que ésta estaba próxima,
me hizo ver en el conflicto no tanto sus horrores, que a ú n no conocía,
como las esperanzas qu e
parecía
traer para lo futuro.
Desnudas
frente
a frente vi, de una parte, l a sempitern a, la inmortal
reacción española,
viv iendo
2 1
siempre, entre ignorancia,
superstición
e intolerancia,
ni
una Edad Media suya propia; y, de otra (yo en pleno
wishful thinking)
las fuerzas de una
Espa ña
joven cuya oportunidad
parecía
llegada
Luego me sorprendería, no sólo la
suerte
de salir indemne de
2 2
aque
li a mat anza, si no la ignor anci a compl eta de ella en que estuve, aunque
ocurriera en torno mío.
Ninguna
otra vez en mi vida he sentido como
entonces
el
deseo
de ser
útil,
de servir; ya un
cínico
famoso (creo que era Talleyrand)
advirtió
a unos
diplomáticos jóvenes:
«y sobre todo, nada de
celo».
Poesía y L ite ra tura
643
Kn efecto, el celo,
paradójicamente,
de poco sirve y siempre es
obser
vado por los otros, en la
víctima
del mismo, con desconfianza.
Afor
tunadamente mi deseo de servir no
sirvió
para
nada
y para
nada
me
utilizaron
2 3
. La marcha de los
sucesos
me hizo ver poco a poco que no
había allí posibilidad de vida para aquella Espa ña con que me había
e nga ña do.
A l margen de todo, no
pensé
en salir de
allá,
que hubiera
sido
lógico,
dada
mi
opinión
sobre la
situación española; todavía
me
parecía
que, trabajando en lo que siempre fuera mi trabajo, la
poesía,
estaba
al menos al lado de mi tierra y en mi tierra.
Algo de eso quise expresar en los
poemas
escritos dur ante el año
primero
de la guerra c i v i l , que luego formaron parte de
«Las Nubes».
La muerte trágica
2 4
de Lor ca no se apart aba de mi mente. En las
noches
de invierno de 1936 a 1937, oyendo el
cañoneo
en la ciudad
universitaria,
en
Madrid, leía
a Leopardi
2 5
. El ton o de mis versos se
hacía quizá
menos
dit irámbico
y su
extensión
ib a
reduciéndose,
usan
do de preferencia una
combinación básica
de versos
endecasílabos
y
heptasílabos.
Alguna
ocasión
se me
ofreció
para irme de
Espa ña ,
pero no sé si,
de haberla aprovechado, llegaran a
permitírmelo.
En febrero de
1938
un
amigo
inglés,
el cual, sin saberlo yo,
había
gestionado desde
Lon
dres
que el gobierno de Barcelona me otorgara
pasaporte
con destino
a Inglaterra, para dar unas conferencias, me avisó de que podía em
prender el viaje. N o
creía
que mi ausencia
durase
má s de uno o dos
meses, creencia que sin duda me facilitó la aceptación del proyecto.
Pero mi ausencia ha durado ya, a
estas
fechas, m ás de veinte
años.
A
ese amigo, Stanley Richardson, que
murió
en Londres en
1940,
du
rante un bombardeo, debo
2 ( i
haberme salvado de los riesgos event ua
les,
después
de terminada la guerra
c i v i l ,
si su
final
me alcanza en
Espa ña . Al comienzo de aquélla estuve en ignorancia de la persecu
ción
y matanza de tantos compatriotas
míos
(los
españoles
no han
podido deshacerse
de una
obsesión
secular: que dentro del
territorio
nacional hay enemigos a los que deben exterminar o
echar
del mis
mo),
mas luego
adquirí
una consciencia tal de
esos sucesos,
que en
turbiaba mi vida diaria;
hasta
el punto de que, fuera de mi tierra,
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644
Luis
Ce r n 111/a
tuve durante a ñ o s cierta pesadilla recurrente: me v e í a a l l á , buscado y
perseguido. S u f r i r de tal s u e ñ o es cosa que, s i m b ó l i c a m e n t e , me en
s e ñ ó bastante respecto a mi r e l a c i ó n subconsciente con E s p a ñ a .
N o c o n o c í a Inglaterra, aunque fuera p a í s que
desde
mi n i ñ e z me
i n t e r e s ó , sin duda por esa a t r a c c i ó n de contrarios que tan necesaria
es en la vida, ya que la t e n s i ó n entre ellos resulta, al menos para mí,
f r u c t í f e r a : mi sur nativo necesitaba del norte, para completarme. L o n
dres me d e c e p c i o n ó al p r i n c i p i o , esperando ver otra ciuda d de en camo
exterior, como P a r í s . Para gustar de Londres, como de toda Inglate
r r a , para sentir su encanto í n t i m o , hecho de t r a d i c i ó n fdtrada a t r a v é s
de los a ñ o s , matizada por la idiosincrasia nacional, hace falta tiempo.
Y
eso era, precisa mente , lo que yo no q u e r í a tener entonces, t i e m
p o ; movido por la nostalgia de mi tierra, s ó l o
pensaba
en volver a ella,
como si presintiera que, poco a poco, me i r í a distanciando
hasta
llegar
a serme indiferente volver o no. De otra parte, pocos extranjeros, sobre
todo los de p a í s e s meridionales, dejan de experimentar en Inglaterra
cierta h u m i l l a c i ó n , nacida de la i n f e r i o r id a d inevitable ante el dominio
d e l i n g l é s sobre sí mismo y sobre el contorno, ante sus maneras, na
tura lment e tan delicadas, que muestra n, por contrast e, la tosqueda d,
la rudeza de las nuestras. Inglaterra es el p a í s má s c i v i l i z a d o que
conozco, aquel donde la palabra c i v il i za c i ó n a l c a n z ó su sentido pleno.
Ante esa superioridad no hay sino someterse, y aprender de ella, o irse.
Y
eso fue lo que hice: sin dinero, como de costumbre, sin conocer
t o d a v í a la lengua, mortificado ante la p e r f e c c i ó n de la convivencia
humana inglesa, d e s p u é s de unos cuantos meses de estancia, en j u l i o
m a r c h é a P a r í s , camino de E s p a ñ a . Mas las noticias que a l l á me
dieron acerca
de la guerra
c i v i l ,
y
2 7
mi
escaso
deseo de volver a asistir
impotente a la ruina de mi tierra, me detuvieron. Fue
a q u é l l a
una de
las é p o c a s m ás miserables de mi vida: sin recursos, co mo d i j e , sin
trabajo, s ó l o la c o m p a ñ í a y la ayuda de otros amigos y conocidos cuya
s i t u a c i ó n era semejante a la mía, me permitieron esperar y salir ade
lante.
Cuando d e j é E s p a ñ a llevaba conmigo unos ocho poemas nuevos;
en Londres, movido por las emociones encontradas a que ya me r e fe r í ,
Poe sía
y
L ite ra tura
645
e s c r i b í seis más. La mayor parte de unos y de otros estaba dictada
por una conciencia e s p a ñ o l a , por una p r e o c u p a c i ó n p a t r i ó t i c a que
nunca he vuelto a sentir. Entre los pocos libros que t e n í a conmigo,
estaba
la a n t o l o g í a Poesía Española , de Dieg o, y en ella r e l e í a Una-
muno y Machado, hallando en sus versos respuesta y alimento para
aquella p r e o c u p a c i ó n a que
acabo
de aludi r. A dicho tip o de compo
siciones a ñ a d í otro dictado por el contorno mío de entonces, unas
veces
f r a n c é s (como «La F u e n t e » , cuyo motivo y fondo lo d e p a r ó el
j a r d í n de Luxemburg o), otras i n g l é s , aunque el n ú m e r o de é s t a s ha
b r í a de acrecerse a mi regreso a Inglaterra. Porque Stanley Richard-
son me a v i s ó en septiembre de que Cranleigh School, en Surrey, me
aceptaba como ayudante del profesor de e s p a ñ o l . R e g r e s é pues a In
glaterra y en enero de 1939 p a s é , de Cranleigh School, a la universidad
de Glasgow, y de a l l í a la de Cambridge en
1943.
Si no hubiese regresado, aprend iend o la lengua ing lesa y, en lo
posible, a conocer el p a í s , me f a l t a r í a la experiencia más considerable
de mis
a ñ o s
maduros. La estancia en Inglaterra
c o r r i g i ó
y
c o m p l e t ó
algo de lo que en mí y en mis versos r e q u e r í a dicha c o r r e c c i ó n y
c o m p l e c i ó n . A p r e n d í mucho de la p o e s í a inglesa, sin cuya lectura y estudio
m is versos s e r í a n hoy otra cosa, no sé si mejor o peor, pero sin duda
otra cosa. Creo que fue Pascal quien e s c r i b i ó : «no me b u s c a r í a s si no
me hubieras e n c o n t r a d o » , y si yo b u s q u é aquella e n s e ñ a n z a y expe
riencia
de la p o e s í a inglesa fue porque ya la h a b í a encontrado, porque
para ella estaba predispuesto.
Por otra parte el trabajo de las clases me hizo compr ende r como
necesario que mis explicaciones llevaran a los estudiantes a ver por sí
mismos aquello de que yo iba a hablarles; que mi tarea c o n s i s t í a en
encaminarles y situarles
ante
la realidad de una obra literaria
espa
ñ o l a . De ahí s ó l o h a b í a un paso a comprender que t a m b i é n el trabajo
p o é t i c o creador e x i g í a algo equivalente, no tratando de dar s ó l o al
lector
el efecto
2 8
de mi experiencia, sino c o n d u c i é n d o l e por el mismo
camino que yo h a b í a recorrido, por los mismos
estados
que h a b í a
experimentado y, al fin, dejarle solo frente al resultado.
E n Cranleigh, durante los meses de o t o ñ o que a l l í estuve, mien tras
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646
Luis
C
ernuda
Inglaterra
y el mun do atravesa ban la crisis que c u l m i n ó en la
visita
de Chamberlain a H i t l e r , cierta calma m e l a n c ó l i c a fue i n v a d i é n d o m e ,
y
apareciendo en los versos escritos entonces, d e s p u é s de la tormenta
de la guerra
c i v i l .
« L á z a r o » , una de mis composici ones preferidas,
quiso expresar aquella sorpresa desencantada, como si, tras de
morir,
volviese
otra vez a la vida. Sin duda no pocos de los estudiante s con
quienes me cruzaba por los campos que rodeaban la escuela, m o r i r í a n
pocos a ñ o s d e s p u é s , en la Segunda G uerra M u n d i a l , que la tregua de
M u n i c h s ó l o d e m o r ó , como aquellos otros cuyos nombres p o d í a n leer
se a l l í , en un cenotafio, muertos en la primera. Para mi abatimiento,
el campo aquel de Surrey era marco de la nostalgia aguda que s e n t í a
de mi tierra, mi ambiente, mis amistades
e s p a ñ o l a s .
C o n t i n u é la lectura, ya comenzada la prima vera anterior, de algu
nos
poetas
ingleses. L e í a , s i m u l t á n e a m e n t e , alguna comedia de Shakes
peare, Blake, Keats; acostumbra do al ornato verbal, barroco en gran
parte, de la p o e s í a e s p a ñ o l a , que de manera s u t i l me p a r e c í a repetirse
en la francesa, me desconcertaba no halla rlo en la inglesa o, al menos,
que é s t a no hiciera del mismo, como los e s p a ñ o l e s y los franceses,
r a z ó n de ser para la p o e s í a . Pronto h a l l é en los poetas ingleses alg unas
c a r a c t e r í s t i c a s que me sedujeron: el efecto p o é t i c o me p a r e c i ó mucho
m á s ho ndo si la voz no gri tab a ni declamaba , ni se e x t e n d í a r e i t e r á n
dose, si era menos gruesa y ampulosa. La e x p r e s i ó n concisa daba al
poema contorno exacto, donde nada faltaba ni sobraba, como en aque
llos
epigramas admirables de la a n t o l o g í a griega.
A p r e n d í a evitar, en lo posible, dos vicios literarios que en i n g l é s
se conocen, uno, como pathetic fallacy (creo que fue Rus kin qui en le
l l a m ó así), lo que pudiera traducirse como e n g a ñ o sentimental, tra
tando de que el proceso de mi experiencia se objetivara, y no
deparase
s ó l o al lector su resultad o, o sea, un a i m p r e s i ó n subjetiva; otro, como
purple patch o trozo de bravura , la boni tura y lo superfino de la expre
s i ó n , no condesce ndiendo con frases que me gustaran por sí mismas
y s a c r i f i c á n d o l a s a la l í n e a del poema, al dibujo de la c o m p o s i c i ó n .
Y a
se
r e c o r d a r á c ó m o ,
en general, mi instinto
literario
t e n d í a
a pre
venirme contra riesgos tales.
A l g o
que
t a m b i é n a p r e n d í
de la
p o e s í a
Poe sía y L ite ra tura
647
inglesa, particularmente de
Browning,
fue el proyectar mi experiencia
emotiva sobre una s i t u a c i ó n d r a m á t i c a , h i s t ó r i c a o legendaria (como
en
« L á z a r o » , « Q u e t z a l c ó a t l » , « S il l a
de l
R e y » ,
«E l
C é s a r » ) ,
para que
a sí se objetivara mejor, tanto d r a m á t i c a como p o é t i c a m e n t e . La luz,
l o s á r b o l e s , las flores del paisaje i n g l é s comenzaron a aparecer en
m is
versos, para matiz arlo s con un colo rid o y claro scuro nuevos. Así
fue el norte comp let ando en mí, mer idi ona l, la gama de emociones
sensoriales.
Mas ese efecto de la lectura de los poetas ingleses
acaso
fuera más
bien
uno cumulativo o de conjunto que el aislado o particular de tal
poeta determi nado. A l decir eso debo a ñ a d i r c ó m o Shakespeare me
a p a r e c i ó
entonces, y así me
a p a r e c e r í a
siempre, como poeta que no
tiene
igual
en otra literatura moderna; acaso represente para mí lo
que Dante representa para algunos poetas ingleses, completando en
é s t o s ,
poetas
n ó r d i c o s ,
lo que Shakespeare complet a en mí, poeta me
r i d i o n a l , aunque entre Dante y Shakespeare no haya otra c o r r e l a c i ó n
que la de su grandeza respec tiva. A l mis mo tiemp o que a los
poetas
l e í a
a los
c r í t i c o s
de la
p o e s í a ,
que en Inglaterra son
bastantes
y de
importancia
excepcional: las
Vidas de los Poetas,
del Dr. Johnson , la
Biographia
Literaria,
de Colerid ge, las Cartas de Keats, los ensayos de
A r n o l d
y
E l i o t .
Me interes aba ya el cami no que
h a b í a n
seguido los
poetas ingleses para llegar a estos poemas que iba conociendo, así
como lo que pensaron acerca de la p o e s í a y las cuestiones conce rnie n
tes a ella.
E n 1940, durante mi estancia en Glasgow, B e r g a m í n p u b l i c ó en
M é x i c o la e d i c i ó n segunda de La Realidad y el Deseo, aumentada con
l a s e c c i ó n V I I ,
Las Nubes, la cual , comenzada en
M a d r i d ,
como
d i je ,
y
continuada en Londres, P a r í s y Cranleigh, t e r m i n é en Glasgow el
a ñ o ya mencionado. Una e d i c i ó n separada de Las Nubes, e d i c i ó n p i
rata, por cierto,
a p a r e c i ó
en Buenos Aires en
1943. H a b í a
temido yo
que la s i t u a c i ó n en E s p a ñ a , de s p u é s de terminada la guerra
c i v i l ,
no
fuera favorable para nosotros, los poetas y escritores idos, y que mi
trabajo, apenas
comenzado a publicarse en
1936, q u e d a r í a
olvidado y
desconocido de los j ó v e n e s . Que de mis versos se hiciera, no s ó l o una
8/16/2019 A4_Material Luis Cernuda
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648
Luis
C e r n u d a
e d i c i ó n segunda, sino
hasta
una e d i c i ó n pirata, me p e r m i t i ó v i s l u m
brar para el mismo posibilidades menos pesimistas.
N i G lasgow ni Escocia me resultaban agradables. A partir de 1941
c o m e n c é a
pasar
en O x f o r d los meses de vacaciones estivales. E n sus
l i b r e r í a s , aunque la guerra t a m b i é n repercutiese en ellas, tanto por
lo
que a t a ñ í a a la e d i c i ó n de libros ingleses como por la d i f i c u l t a d
o
imposibilidad
de obtener los extranjeros, h a l l é no pocos lib ros de poe
sí a
o sobre
p o e s í a ,
nuevos o de
o c a s i ó n ,
que iba leyendo y estudiando.
E l regreso a Escocia me
d e p r i m í a
en extremo. Durante uno de esos
p e r í o d o s
de vacaciones en
O x f o r d ,
en el verano de
1941, c o m e n c é a l l á
Como
quien espera
el
A lb a ,
lo
c o n t i n u é
en Glasgow y lo
t e r m i n é
en Cam
bridge en
1944.
El
o t o ñ o ,
invierno y primavera de
1941
a
1942
fue uno
de los p e r í o d o s de mi
vida
cuando más requerido me vi por
temas
y
experiencias que buscaban e x p r e s i ó n en el verso; a veces, no termina
do aún un poema, otro q u e r í a surgir. No
pocas veces
he o í d o que el
poeta
debe
desconfiar de tales p e r í o d o s de abundancia; no sé. El re
sultado de aquel mío e s t á ahí y, a pesar de todo, Como quien espera el
Alba
es q u i z á una de las colecciones de mis versos donde más cosas
hay que prefiero.
E l traslado a la universidad de Cambridge me a l e g r ó mucho. La
tarde en que d e b í a tomar el tren camino de Londres y Cambridge,
dejando al fin Escocia, fui por ú l t i m a vez a la universidad y, dete
n i é n d o m e en el quadrangle, m i r é bien a todos lados (a la a n t i p a t í a , lo
mismo
que a la s i m p a t í a , t a m b i é n puede en alguna o c a s i ó n compla
cerle el demorar la mirada sobre el objeto de e l l a ) . Luego me fui. Rara
vez me he ido tan a gusto de s i t i o alguno. Durante los dos a ñ o s de
estancia en Cambridge, de 1943 a 1945, v i v í en Emmanuel College, y
quienes conozcan los colegios de Cambridge y
O x f o r d
saben
el encan
to que tienen. El trabajo escolar me p e r m i t í a , lo mismo que me per
m i t i ó en G lasgow, el uso de la biblioteca universi taria .
Entre mis lecturas de esos a ñ o s quisiera mencionar c ó m o , ya en
Glasgow, h a b í a comenzado todas las noch