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PORTUGAL MAIS PERTO PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO ONTÁRIO Segunda-Feira, 25 de Abril 2016 Ano VI N.º306 www.pcnewsnetwork.com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Sales Representative Sutton Group Realty Systems Inc. Brokerage Um perito como corretor de imóveis de confiança! Este artigo é apenas para ajudar a orientar os com- pradores de casas pela primeira vez através do mercado imobiliário (quase louco) de Toronto ....... pag. 4 Presidente Marcelo quase pop star no Alentejo Furacão Esperança no Cunene 8 Water Smart Para Brampton 10 Festas do Senhor Santo Cristo sem... João Raposo A acompanhar os festejos pratica- mente desde que começaram na ve- tusta Igreja de Santa Maria... este ano, João Raposo não estará presente. HOJE é 25 de Abril. Uma data que diz muito aos Portugueses. E isto a despeito de haver ainda ideais do “25 de Abril” que não estaráo ainda concretizados. Há querm diga que demo- rará ainda muito tempo até que tudo seja verdadeiramente cumprido. Por nós, saudamos leitores e anunciantes que entendem os ideais da data. Arranjo de Alberto Nogueira/ABC

ABC PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER Nr 306

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ABC PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER Nr 306

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Page 1: ABC PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER Nr 306

PORTUGALMAIS PERTO

PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER

JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO ONTÁRIO

Segunda-Feira, 25 de Abril 2016 Ano VI N.º306 www.pcnewsnetwork.com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Sales Representative

Sutton Group Realty Systems Inc. Brokerage

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This weeks article is to help guide first time home buyers through the crazy

Toronto real estate market……. Page 4

Um perito como corretor de imóveis de confiança!Este artigo é apenas para ajudar a orientar os com-pradores de casas pela primeira vez através do mercado imobiliário (quase louco) de Toronto ....... pag. 4

PresidenteMarceloquase pop starno Alentejo

Furacão Esperançano Cunene 8 Water Smart

Para Brampton 10

Festas do SenhorSanto Cristo

sem... João RaposoA acompanhar os festejos pratica-mente desde que começaram na ve-tusta Igreja de Santa Maria... este ano, João Raposo não estará presente.

HOJE é 25 de Abril. Uma data que diz muito aos Portugueses. E isto a despeito de haver ainda ideais do “25 de Abril” que não estaráo ainda concretizados. Há querm diga que demo-rará ainda muito tempo até que tudo seja verdadeiramente cumprido. Por nós, saudamos leitores e anunciantes que entendem os ideais da data.

Arranjo de Alberto Nogueira/ABC

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Ficha técnicaPropriedade: ABC Portuguese Canadian Newspaper Ltd

Director:Fernando Cruz Gomes

Conselho Empresarial: Fernando Cruz Gomes, Presidente; Paulo Fernando, Vice-Presidente; Carlo Miguel, Tesoureiro;

e Lara Ingrid, Secretária.Redacção e Cronistas:

António Pedro Costa (Ponta Delgada), António dos Santos Vicente, Carlo Miguel, Conceição Baptista, Cristina Alves

(Lisboa), Custódio António Barros, Edgar Quinquino (Hamilton), Fernando Cruz Gomes, Fernando Jorge,

Filipe Ribeiro (ABC Turismo), Guida Micael, Helder Freire (Lisboa), Humberto Costa (Luanda), Lara Ingrid, Luis Esgáio,

Luky Pedro ,Maria João Rafael (Lisboa), Pedro Jorge Costa Baptista, Sérgio Alexandre, Sónia Catarina Micael.

Secretária de Redacção:Lara Ingrid

Chefe Gráfico:Sérgio Alexandre

Telefones:416 995-9904 * 647 962-6568 * 416 828 6568.

E-mail: [email protected] [email protected] [email protected] College St. PO Box 31064 TORONTO ON M6G 1C0

Pedro Jorge Costa B. de [email protected]

25 Abril 20162 . Nossa GenteFora da Europa... o Brasil esteve em focoSecretário de Estado das Comunidades... visita Comunidades!

Tem que ser dito

Eu descobri uma interessante estatística. Esta foi publicada pela Oxfam, um instituto no Reino Unido. O estudo é diverso mas eu quero apontar para uma lista - é uma conclusão do estudo. O Ox-fam concluiu que 62 indivíduos no mundo possuem mais riqueza do que 3 600 000 000 de pessoas. Ou seja 62 pessoas tem mais dinheiro do que metade da população do mundo. Vamos dividir ainda mais isto. O que eles fizeram foi dividir a população do mundo em dois. O grupo onde os 62 estão é com-posto por pessoas que vivem em países ricos mas não só; são, no entanto, mais privilegiados do que a outra metade. pois os outros 50% são os mais pobres dos mais pobres e muitos deles vivem em países ricos como o Canadá e os EUA.

A fortuna deste grupo de 62 pessoas está avaliada em mais de 1 642 200 000 000 de dólares, isto é, mais de 1 trilião. A total economia do Canadá está avaliada em 2016 em 1 592 000 000 000 de dólares. Ou seja este grupo possui ou controla mais dinheiro do que o segundo maior país do mundo e a 8ª maior economia do mundo. Se isto não nos faz pensar então eu não sei o que fará.

O estudo diz também que, está colossal fortuna é à custa dos mais pobres uma vez que os serviços ou produtos que eles vendem são vendidos em maioria a pessoas pobres ou em dificuldades.Isto devia-nos fazer pensar. Pois numa altura em que uma pessoa passa quase 2/3 da sua vida a pagar dívidas para mais tarde se reformar sem conseguir ter poupado quase nada, e apenas têm uma pequena reforma que não sobe com o custo de vida certas pessoas possuem tanto dinheiro que não é possível imaginar a real diferença entre nós e eles. Tarde ou cedo, isto não pode continuar. Há muitas pessoas que não tem dinheiro para comprar uma casa apesar de trabalharem mais de 60 horas por semana e terem até 3 trabalhos. Demasiadas pessoas não vão para a universidade ou porque não tem dinheiro ou porque o sistema aperta as regras e os regulamentos de forma estupidamente desnecessária com o único objectivo de evitar que se estude na universidade. Quando na verdade há dinheiro mais que suficiente para se construir mais universidades ou mais cam-pus para acomodar mais estudantes. No entanto, continua a haver dinheiro para salvar bancos irresponsáveis e bilionários sem es-crúpulos e para comprar e vender armas.Só uma nota.Até para a semana!

Como já noticiámos, na primei-ra visita oficial fora da Europa, o Secretário de Estado das Co-munidades Portuguesas esteve, durante sete dias, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Em São Paulo, o primeiro gesto simbólico foi a passagem pelo Museu da Língua Portuguesa que sofreu um grave incêndio no final do ano passado. José Luís Carneiro prometeu um acompanhamento por parte do Estado Português e a sensibi-lização de parceiros para a re-construção do monumento.

No Rio de Janeiro, a visita às obras das novas instalações do Consulado-geral, um investi-mento de 2,5 milhões de eu-ros, foi um dos pontos altos da deslocação que o Secretário de Estado das Comunidades Por-tuguesas efetuou ao Brasil. José Luís Carneiro tomou conheci-mento do projeto que prevê a implantação de um edifício no terreno do Palácio de S. Cle-mente, obra que deverá ficar

concluída até ao final do ano, inserida no plano de moderni-zação consular.A par deste investimento em in-fraestruturas, da ordem dos 2,5 milhões de euros, o Secretário de Estado reiterou o salto qua-litativo que se pretende atingir com a modernização informáti-ca em curso que vai representar uma subida de nível na presta-ção dos serviços consulares.

Reforço das competências dos Consulados Honorártios?

Na área de jurisdição de S. Paulo, José Luís Carneiro preconizou um reforço das competências dos Consulados Honorários, de molde a implementar ou aumentar a frequência das per-manências consulares, recen-seamento e abertura de mesas eleitorais, dando corpo ao in-cremento de participação cívica

nas comunidades portugueses, um dos objetivos do programa de governo. Em S. Paulo, a ex-periência piloto engloba Mato Grosso, Campo Grande e Mon-tes Claros. No Rio de Janeiro os pioneiros serão Niterói e Vitória do Espírito Santo.

Outro momento de grande sim-bolismo aconteceu em Santos, onde José Luís Carneiro parti-cipou na cerimónia de home-nagem a José Augusto Martins Ogando dos Santos, com inau-guração de um busto em honra do antigo cônsul de Portugal, na Praça dos Expedicionários.

O Secretário de Estado fez vi-sitas aos diversos consulados e teve reuniões com autoridades políticas locais, encontrou-se

com representantes das comu-nidades, casas regionais, grupos de emigrantes luso-descenden-tes e associações de referência.

José Luís Carneiro visitou al-gumas obras sociais, designa-damente o Lar D. Pedro V, no Rio de Janeiro, onde realçou o apoio total de mais de 750 mil euros anuais que o Estado vem mantendo para financiamento de projetos de requalificação de respostas e iniciativas. No Brasil há mais de 160 instituições por-tuguesas ou luso-brasileiras de cariz social em funcionamento.

O número atual de inscrições consulares de nacionais portu-gueses no Brasil é de 772.602, dos quais mais de metade são nascidos em Portugal.

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Vamos continuar juntos?- Cremos (e queremos...)

ir crescer ainda maisSomos um Jornal diferente!

- Nós sabemos e em 2015 provámo-lo!

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EDITORIAL

25 de Abril

António Pedro CostaPonta Delgada

A Autonomia e o 25 de AbrilA partir de 1895, com o Decreto de 2 de Março, os Açores e a Ma-deira conquistaram uma autonomia própria, ficando a Autonomia Administrativa consignada na Constituição Portuguesa. Os Açores passaram a estar divididos em distritos autónomos, aos quais correspondiam as Juntas Gerais de Distrito, órgãos que ti-nham funções e competências nas áreas económicas. No entanto, a Região estava votada ao ostracismo e abandono, sem desenvolvimento, sendo a emigração a única saída para quantos procuravam uma realização que não conseguiam na nossa Região.Apenas com o 25 de Abril de 1974, foi conquistada a Autonomia Politico-Administrativa, mantendo-se os Distritos até à posse da Junta Governativa dos Açores.As primeiras eleições regionais tiveram lugar em 1976, altura em que entrou em funções o primeiro Governo Regional, que subs-tituiu a Junta Governativa, na sua missão de governar os Açores.Muitos açorianos viveram intensamente o período pós 25 de Abril e os alvores da Autonomia Político-Administrativa. Por isso, pode dizer-se que a Autonomia é filha da revolução de abril, que nos trouxe a democracia, sobretudo a liberdade de falarmos e fazer-mos as nossas escolhas, em cujos factores se pode encontrar um dos primeiros impactos da auto governação na vida dos Açoria-nos.Neste sentido, as grandes decisões sobre a gestão político, admi-nistrativa e financeira passaram a ser realizadas nos Açores e não em Lisboa, como até então, como princípio da subsidiariedade, dado que, quanto mais próximo for o poder de decisão das pessoas que são objeto dessa decisão, mais democrática ela é. Sem Autonomia, a especificidade dos Açores dificilmente teria uma resposta tão próxima das necessidades das pessoas das dife-rentes ilhas, como passou a acontecer mais precisamente depois da constituição e desde 1976, com tomada de posse do primeiro governo regional.Pode dizer-se que uma das grandes vantagens que a Autonomia trouxe à vida dos açorianos foi a aproximação das ilhas, que vi-viam de costas voltadas umas para as outras e teve a ver com a ne-

Material Editorial . 325 Abril 201625 Abril 2016

Para os portugueses mais novos, o 25 de Abril é apenas mais um feriado, bem colocado no calendário, já que a sua proximidade do 1.º de Maio pode permitir uma boa ponte com um gasto modesto de dias de férias. Pelo menos em termos portugueses.

Grândola Vila Morena, a canção-hino de Zeca Afonso que se tornou no símbolo musical da Revolução dos Cravos, a

entrada em Lisboa da coluna de Salgueiro Maia, o apelo do posto de comando do MFA, instalado na Pontinha, não são, para uma larga fatia dos portugueses, recordações vividas, mas sim os acontecimentos vistos no último capítulo dos manuais de História de Portugal do ensino secundário.

As horas dramáticas vividas no Largo do Carmo até à rendi-ção de Marcelo Caetano, o tiroteio junto à sede da PIDE na António Maria Cardoso, em Lisboa, e a formidável explosão de alegria popular que sublinhou a queda do regime de en-tão, não são, para uma boa parte dos portugueses, aconteci-mentos recordados com emoção, mas antes imagens a preto e branco vistas nos jornais ou em documentários televisivos.

cessidade de serem criadas infraestruturas de transportes aéreos, que veio reforçar a identidade cultural, social e económica açoria-na, assumida pela generalidade de toda a população, superando-se, assim, as tradicionais identidades e rivalidades entre ilhas.Graças ao 25 de Abril, a Autonomia tem sido um importante ins-trumento ao serviço do desenvolvimento e não como um fim em si própria. A Autonomia pela Autonomia não traria vantagens, e o que se pretende é uma Autonomia como instrumento de desen-volvimento ao serviço do povo açoriano. Ainda assim, os objetivos primordiais do 25 de Abril ainda estão por concretizar, mormente no que concerne ao grande desafio que é a educação nos Açores, situação muito complicada, com as taxas de escolarização das mais baixas do país. Não sejamos injustos, muito se fez pela educação nos Açores e o regime autonómico sou-be fazer chegar os níveis de ensino a todas as ilhas. Mas isto está longe de ser suficiente. Todas as comparações, nacionais e inter-nacionais, mostram os Açores com resultados educativos muito fracos.Comparativamente a outras Regiões que se encontravam com ba-ses semelhantes às nossas e que conseguiram neste âmbito muito mais, o certo é de que partimos de uma base muito modesta. Sem educação adequada a Autonomia terá muitas dificuldades em con-cretizar o desígnio do desenvolvimento sustentável. Temos o principal instrumento para levar os Açores a patamares de desenvolvimento assertivos, que é regime autonómico conquis-tado. Saibamos nós corresponder.25 de Abril. “Dia da Liberdade”. Há 34 anos, um punhado de mi-litares mudou uma situação que não agradava à população portu-guesa em geral. E mesmo que 34 anos depois, importe reconhecer que ainda não estamos à altura de atingir com a rapidez e o saber necessários as metas que os militares de Abril assumiram, houve vantagens muitas para o Povo. Em Liberdade. Em Democracia.

a morte do Duque. “mais do que um cri-me... foi um erro”.Ferreira Fernandes partiu daí para “fo-guetear” contra o Bloco de Esquerda e algumas das “causas bizarras” que os blo-quistas levam até ao Parlamento. Uma delas foi a tentativa de alteração que entenderam dever apadrinhar para mu-dar o nome ao “Cartão de Cidadão”, que substituiu o antes denominado Bilhete de Identidade. À tentativa dos bloquistas entendeu o articulista chamar a “casca de banana” que o Bloco de Esquerda atirou a si próprio. Não foi um crime... mas um erro, a jeito de evidente disparate. E vai daí, o PCP, que sabe da poda, mes-mo que pareça que não, foi logo dizendo que não votava a favor da mudança que se pretende fazer. Mais do que isso, acen-tuou que chamar cartão de cidadão pode

Em Portugal, andam os ares toldados com um tema que, esmiuçado, não dei-ta sumo. Bem ao contrário, faz vir ao de cima a aridez em que muitos mergu-lham. No mergulho surreal, aparece um Bloco de Esquerda a atirar-se para a fren-te, possivelmente para tentar tapar o sol ao PCP, que é bem capaz de navegar em águas similares, mas sabe como o fazer.Ferreira Fernandes, um fino cronista cuja argúcia poucos atingem, o que é pena, lembrou qgora a história de Na-poleão que, algo preocupado com o que algumas casas reais da Europa faziam para lhe travar a corrida desenfreada, mandou raptar um jovem Duque, que mais tarde foi fuzilado. O que exacer-bou os ânimos de quase toda a Nobreza de então. Alguém disse, por essa altura, mesmo nos arraiais napoleónicos, que

O mundo está em eferves-cências. Há, de facto, mos-quitos por cordas, por toda a parte. Com guerras quentes e frias.

A darem força – cada vez mais força – aos apelos do Papa Francisco para que haja, afinal, mais paz nas consciências. Certo como está – e nós também – de que, com paz nas consciên-cias, o mundo será melhor. Será, decerto, melhor.

Enquanto isso, entre nós, surgem nas páginas dos Jor-nais e nos tempos de antena das Rádios e Televisões, te-mas que, parecendo não ser da actualidade gritante das outras, acabam por nos dar a dimensão de que somos capazes de estar no bom ca-minho como comunidade e como Povo.

Há dias, não muitos, era a entrega da chamada “Com-munity Spirit” a Jack Olivei-ra.

Uma outorga que o Centro Cultural Português de Mis-sissauga achou que deveria levar a cabo para reconhecer feitos e serviços prestados à própria comunidade.

Feitos e serviços que são, afinal, do conhecimento de todos, já que rara será a fa-mília portuguesa que, entre nós, não tem ligação à LIU-NA Loxal 183.

As notícias prosseguem e damos de caras com aque-la que acentua ter o Car-deal Thomas Collins estado “connosco”. E isto quer, tão sómente, levar-nos a pensar que a primeira Igreja dos

Um futuro que todos queremos melhor

E, no entanto, a lembramça do 25 de Abril não deve ser olhada como uma coisa má. E isto porque a revolução dos capitães cumpriu o objectivo de colocar o País na senda da democracia e do progresso. Que só será atingida, de fac-to, e no entanto, se todos quisermos e formos capazes do avanço que ainda hoje se impõe. De qualquer modo, a História – a História total – ainda não está feita. Há pontos que só os anos vão esclarecer. Tal-vez mesmo os séculos. As virtualidades da nossa gente têm, de facto, de vir ao de cima. E isso ainda não aconteceu em toda a sua plenitude.

ter problemas, sim, mas não os de ordem gramatical alardeado pelos bloquistas. Grave, grave, é o facrto do cartão de cida-dão ser caro e não ser para sempre, pelo menos para as pessoas com masis de 70 anos. Isso, sim, na óptica dosn comunis-tas, é que é grave.

Depois... de queda em queda, pode acon-tecer que o Bloco de Esquerda aprenda, um dia, que o tema que trouxe à ribalta, não sendo um crime – porque não é... – pode ser um erro fatal. E aí o PCP é ca-paz de tirar dividendos. No Governo, que ambos apoiam, ou em eleições que, para muitos, estarão mesmo ao virar da esqui-na.Ferrreira Ferrnandes, que o diz, sabe do que fala. Ai sabe, sabe...

Não é crime... mas é um erro grave

Portugueses em Toronto – a Igreja de Santa Maria – está carregada de História que, pelo menos nos últimos 50 anos, é História que tem a ver connosco. Uma História que anda, de facto, de braço dado com os que vieram de Portugal.

Depois... no prosseguimento da leitura, vemos que uma das nossas colectividades – para o caso, a Casa das Beiras – tem novos corpos gerentes, onde já aparecem, a par dos mais velhos, gente jovem (mais jovem) que veio até do Rancho Folclórico. Uma Comunidade viva, que aponta, assim, ao futuro.

Como parece apontar ao futuro a Semana Cultural Madeirense que decorreu nos últimos dias. E que tem exposição de fotografias de antigamente, mas tem outros incentivos ao futuro.

E tem, afinal, também, o apego à tradição.

Noutros domínios, é a ci-tação de que, no Asas do Atlântico, houve Teatro do melhor, porque a retratar aspectos da tradição que nos vem do berço e se mantém também por cá.

Uma comunidade grande e nobre. A abarcar temas mui-tos, que englobam até o apa-recimento de um CD novo de uma artista nova, Tânia Barbosa.

No fundo, por entre o “bruá” das tais guerras quentes e frias... um certo “oásis” de uma força que apela à calma e à paz de um futuro que to-dos queremos melhor.

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25 Abril 20164 . Comunidades

A falar em nós… em LivroNão sabemos se lhe havemos de bater palmas ou dar um simples abraço de irmão nestas lides árduas de informar. Sobretudo porque, agora, para além de informar, ele vai ter de entrar na outra peça de Arte: formar. Sim, porque quem escreve um livro ou motiva que se escreva um Livro... entra no rol dos que vão formando, no melhor sentido do termo, os que o lêem.

Escrever um Livro, nem que seja de biografia, é como que ultrapassar, ainda que ao de leve, os que só escrevem e falam para dar notícias. Os que escrevem livros, directa ou indirec-tamente, sobem a escada íngreme de formar gerações, de lhes dar metas de vivência.

São como que “artífices” de um melhorar o mundo em que vivem. São como que a força que se dá aos outros, nesta ca-minhada de fazer maior este e o outro País.

Pois... Frank Alvarez vai ser a pedra fundamental de um livro – escrito por Aida Baptista – que é bem capaz de ser útil para os que o lêem.

Já muita gente o incentivava nesse sentido. Uma vida como a que ele já leve... mereceria ser passada ao papel de um Livro. Já há muito que muitos de nós, conhecedores do seu labor e do seu historial, especialmente nesta terra promissora, lhe diziam para avançar mais um degrau na escada íngreme da sua vida.

E ele, no fundo, acedeu agora, face às diligências de Aida Baptista.

Um Livro – mesmo este que conta a história de Frank Alvarez – é como que um filho. Chama-se precisamente FRANK AL-VAREZ: O CAMINHO DE UM PORTUGUÊS. Vai ser apre-sentado na sexta-feira, 29 de Abril, a partir das 18 e 30, na Casa do Alentejo. Achamos que lhe conhecemos a temática, por lhe conhecermos grande parte das vitórias que vão agora, decerto, ser contadas.

Por nós, vale a pena ler. Mais do que ler, aprender com uma história que tem muito de si, sem deixar de ter tanbém muito de nós. De uma comunidade que ele ajudou (e ajuda) a cres-cer. Por isso, antecipado, o nosso abraço. E a certeza de que tem mais um leitor: nós próprios.-CG

Imóveis com Matthew Fernandes3) Bem ligado na comunidade imobiliário

Matthew atesta que os grandes agentes de conectar os seus clientes para os melhores corretores de hipotecas, os inspectores da casa, e advogados, que todos vão ajudar a garantir um acordo bom e forte. O seu agente também deve funcionar bem com outros agentes, porque, como Matthew aponta, “às vezes oportunidades para casas po-dem acontecer antes que eles são listados. Eu trabalho em um escritório que faz um grande volume de negó-cios. Nosso escritório faz milhares de transações em cada ano. Nós construimos e promovemos relações com agentes de toda a cidade, o que nos permite ficar atuali-zado sobre muitas listas, mesmo antes que eles cheguem ao mercado “.

4) Tempo integral e disponível a cada hora do dia

Às vezes, as melhores ofertas são feitas quando toda a gente está a trabalhar ou a dormir. Os agentes devem ser acessíveis e dispostos a ir a milhas extra para ajudar o seu cliente. Descreve um acordo recente para um de seus clientes comprador. “Neste mercado imobiliário adicio-nal, como que em ebulição, é importante ser um dos pri-meiros com uma oferta ou você provavelmente vai estar em competição. No outro dia, eu mostrei a um dos meus clientes uma casa que acabara de chegar ao mercado. Eles realmente gostaram, então eu fiz questão de apre-sentar uma oferta naquela noite para evitar a concorrên-cia com outros potenciais compradores. O acordo foi aceite e finalizado naquela noite. Sim, todos nós ficamos até à 1:00 da madrugada, mas evitámos a concorrên-cia e conseguimos assegurar um excelente preço para a propriedade. “Seu agente deve trabalhar diligentemente para garantir o melhor resultado possível para você”.

Se você ou alguém que você conhece está pensando em comprar ou vender um imóvel, Matthew Fernandes sen-te-se mais do que feliz para atender e sentar-se para dis-cutir as suas necessidades.

Se você tiver dúvidas ou sugestões para coluna da pró-xima semana, entre em contato com Matthew via e-mail - [email protected] ou a sua linha directa - 416 937 4501.

Satisfeitos por começar, semanalmente, uma colu-na imobiliária com um dos corretores de imóveis especialistas de Toronto, Matthew Fernandes. Ele vai responder a perguntas sobre a compra e venda de imóveis, bem como proporcionar a sua visão sobre o mercado imobiliário atual. Matthew está li-cenciado com Sutton Realty Group há mais de cinco anos. Ele ganhou vários prêmios, incluindo o Prê-mio Sutton Platinum.

Para começar esta série, Matthew deixou delineados para os compradores de casa pela primeira vez os me-lhores atributos para procurar quando contratar um agente. Aqui está o seu top Quatro:

1) confortável e acessível

Matthew sugere a criação de uma reunião inicial com um poterncial agente, por exemplo, no seu escritório ou num café local, para determinar se ele / ela é a pessoa certa para o trabalho. Você deve sentir que o agente está atento e focado nas suas necessidades. Deve convidá-lo a fazer perguntas. “Estou com os meus clientes a cada passo do caminho, permitindo-lhes escolher a melhor opção para eles. Ao conhecer cada um dos meus clientes, eu posso entender melhor o que eles precisam e como obtê-lo para eles. “ Mathew acrescenta que o seu agente deve estar disponível a qualquer hora do dia para res-ponder a quaisquer perguntas ou preocupações que você possa ter.

2) A experiência em ajudar compradores de casas pela primeira vez

Matthew incentiva potenciais compradores de casas, especialmente aqueles que compram pela primeira vez, para pedir aos agentes referências e depoimentos. Eles não devem ter nada a esconder. A melhor maneira de determinar como um agente trabalha é perguntando quem já o viu em ação. Bons agentes estiveram no ne-gócio por um tempo, são agentes ativos, e conhecer as tendências atuais. Mathew acrescenta que “as tendências imobiliárias mudam a cada mês, por isso é importante contratar um agente que está trabalhando ativamente no seu bairro. Seu agente deve estar familiarizado com as tendências atuais e mercado na sua área. “

PSD TorontoAlterações à Lei da Emigração

Vai decorrer no dia 12 de Maio, às 128.39, na Casa do Alentejo, em Toronto.

Informações podem ser soli-citadas através do e-mail [email protected]

A Secção de Toronto do PSD está a organizar uma sessão de esclarecimento acerca das mais recentes alterações im-plementadas na Lei da Emi-gração canadiana.

AS reunião em causa conta com a presença de uma téc-nica especializada em ques-tões de Emigração.

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25 Abril 2016 Comunidades . 525 Abril 2016

Líderes empresariais de Brampton em debate com o Cônsul dos EUA

Participaram no debate, designadamente, Juan Alsace, Cônsul-Geral dos Estados Unidos da América; Linda Jeffrey, Presidente, Cidade de Brampton; Jeff Bowman, Conselheiro Municipal e Pre-sidente do Comité para o Desenvolvimento Económico de Bramp-ton; Doug Whillans, Conselheiro Municipal e Vice-Presidente do Comité para o Desenvolvimento Económico de Brampton; Martin Medeiros, Conselheiro Regional; e Badar Shamim, Presidente do Registo de Comércio de Brampton, e moderador do debate. Natu-ralmente que estavam vários representantes das empresas e organi-zações de Brampton.

Destaques Económicos Brampton-EUA

De recorder que pPerto de 700 empresas de Brampton exportam para mais de 90 países por todo o mundo, e 74% destas empresas exportam para os EUA, o país com maior índice de exportações. De acordo com o Censo de Empregabilidade de 2015, mais de 158 empresas de Brampton indicam que têm uma sede nos EUA.

Em 2015, a produção de cinema e televisão Americanos foi respon-sável pela maior parte dosquase 1,2 milhões de dólares de impacto económico direto em Brampton.

A Oposição no Queen´s Park o diz: Usa masis energia? Paga mais... Conserva energia? Paga mais! “As taxas da Hydro vão subir novamente e a vida vai ficar

ainda mais difícil sob os liberais”, disse Brown. “Por que todo mundo vai pagar mais pelas suas contas de electricidade? Porque as famílias de Ontário usam menos energia. Eu pen-sei que era uma piada... quando eu ouvi pela primeira vez. “O Conselho de Energia do Ontário disse que o aumento da taxa é para recuperar um déficit resultante do menor uso es-perado neste inverno passado.

No dia 1 de maio, os cidadãos do Ontario vão experimentar um outro aumento da taxa da Hidro, com custos anuais ao consumidor médio a aumentar em cerca de $ 37,56. O Líder da Oposição Oficial, Patrick Brown, no período de perguntas e respostas, pediu à Premier para olhar para o tema, acen-tuando que o governo liberal continua a tornar a vida mais inacessível para a população de Ontário.

O Cônsul-Geral dos Estados Unidos, Juan Alsace, avistou-sde com a Mayor Linda Jeffrey e outros líderes empresariais e cívicos de Brampton, para um debate sobre o fortalecimento e alargamento das relações empresariais entre Brampton e os EUA.

As conversas abrangeram desde as oportunidades de aliança estra-tégica e a longo termo das ciências humanas e da saúde e nos secto-res avançados de produção, ao aprofundamento de relações e opor-tunidades relacionadas com a forte economia local e infraestruturas de Brampton, bem como o corredor comercial Canadá-EUA.

Recorde-se que Brampton tem laços empresariais e comerciais de longa data com os EUA, que persistem até o dia de hoje. Estas li-gações já existentes, combinadas com práticas empresariais e uma cultura compatível, e com a proximidade geográfica, tornam os Es-tados Unidos num mercado estratégico óbvio para a promoção de Brampton e das suas empresas, para um desenvolvimento económi-co internacional.

O Cônsul-Geral dos Estados Unidos da América, Juan Alsace, disse a propósito: “Estou muito satisfeito por estar aqui em Brampton – uma cidade que exemplifica a diversidade e as oportunidades de criação de negócio para várias empresas dos EUA. As discussões contínuas, tais como o debate de hoje com os líderes empresariais e cívicos, conduzido pela Presidente Linda Jeffrey, permitem-nos trocar ideias sobre a extraordinária relação EUA-Canadá, o papel importante que cidades como Brampton desempenham numa eco-nomia EUA-Canadá vibrante, e sobre as maneiras de aumentar o crescimento e desenvolvimento nas nossas economias e comunida-des.”

Para a Mayor Linda Jeffrey, “Brampton está preparada para um crescimento significativo em vários setores, e em particular, temos feito grandes progressos no setor das ciências humanas e da saúde. Debates e eventos como este são de grande ajuda para preparar o ca-minho, indicando que Brampton está aberta a negócios e que somos uma Cidade que está focada no crescimento através de parcerias alargadas de negócios e relações de estimulem uma economia local saudável e robusta.”

Os 90 anos da Rainha Isabel

thleen Wynne, também di-vylgou um comunicado no mesmo sentido. “Hoje, junto-me ao povo de todo o Cana-dá, lembrando o nonagésimo aniversário de Sua Majestade a Rainha”, disse a Premier, que observou que a Rainha é conhecida pelos renovados serviços aos povos da Com-monwealth.Idêntico comunicado foi di-vulgadp pela Mayor Crombie, de Mississauga, falando, igual-mente, em nome do Conselho Municipal.

Nãp restam dúvidas. Ganhou particular relevância entre nós a celebração dos 90 anos da Rainha Isabel. Em termos oficiais, e como nãp poderia deixar de ser, O Primeiro-Mi-nistro Justin Trudeau saudou a monarca e deu a entender o muito que ela é apreciada mes-mo em termos canadianos. De resto, ainda recentemente, Tru-deau esteve com a Rainha, com quem já tinha estado quando menino e moço, acompanhou o Pai Pierre Trudeau.A Premier do Ontario, Ka-

Novos carros eléctricos em “impasse”

ram prometidas, no mês passa-do”, escreveu ele.

Byford acrescenta que ele ti-nha falado com o novo CEO da Bombardier - a empresa contra-tada para entregar 204 carros até o final de 2019 - e expressou “completa frustração e insatisfa-ção” do TTC com a entrega da Bombardier até à data.Em um e-mail enviado para CP24 quinta-feira, Byford dis-se que ele provavelmente teria uma atualização sobre o crono-grama de entrega modificada após uma reunião com o novo CEO da Bombardier “nos pró-ximos dias”.

Já se anunciaram medidas para a entrega dos novos car-ros eléctricos, em Toronto, há muito tempo. Em Março, um porta-voz do Toronto Transit Commission, Brad Ross, disse à CP24 que a agência deverá re-ceber quatro novos carros eléc-tricos por mês a partir de abril.No seu relatório mensal, divul-gado quinta-feira, no entanto, o CEO da TTC, Andy Byford, parecia colocar os freios sobre essa possibilidade. “Por mim, sinto-me incapaz incapaz de confirmar uma programação de entrega, mas é evidente que a Bombardier não vai bater as quatro veículos por mês que fo-

“Assim sendo, tudo se pode resumir como... Você usa muita energia, você paga mais. Você economiza energia, você paga mais “, acrescentou Brown. Desde novembro de 2015, as contas hidrelétricas aumenta-ram uma média de $ 186,96 por ano. “Será que a Premier acha que é bom para famílias e idosos pagar mais quando estão usando menos?”, concluiu Brown.

*Comércio bilateral é forte e pode aumentar

A partir da esquerda: Hillary Marshall (GTAA), Sonya Favretto (IBM Canada), Farzad Rayegani (Sheridan College), Andrea Gorog (US Con-sulado-Geral), Conselheiro Jeff Bowman, Conselheiro Doug Whillans, Cônsul Geral dos EUA Juan Alsácia, Mayor Linda Jeffrey, Badar Shamin (Brampton Board of Trade), Todd Letts (Brampton Board of Trade), Faiz Faizi (SMT direto), Ron Soreanu (Coca-Cola) Tina Larsen (PCMF), Conselheiro Martin Medeiros, Krista Scaldwell (Coca-Cola ), Cassandra Baccardax (Cidade de Brampton), Filiz Ozdemir (Zgemi Inc.)

A Mayor de Brampton, Linda Jeffrey, e o Consul Geral dos EUA, Juan Alsace, discutiram o fortalecimento e a ampliação Brampton fora dos EUA. relações de negócios em Alderlea em Brampton.

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25 Abril 2016 6 . Comunidades

Lá diz o provérbio português: Não há fome que não dê em fartura. E mesmo atrazados... aqui estamos a saudar a Casa das Beiras e a contar um pouco do que se passou há dias.Depois das dificuldades dos últimos tempos que levou à formação de uma Comissão de Voluntários para garantir o normal funcionamento do clube, eis que a Casa das Beiras de Toronto parece surgir mais forte do que nunca.Na noite de sábado, a tomada de posse oficial da nova direção para o ano 2016/2017, composta por um grupo coeso e, pasme-se, muitos jovens, alguns dos quais vindos do rancho folclórico do Académico de Viseu.

Uma injeção de sangue novo que parece augurar um futuro risonho para a coletividade beirã. Apesar de não ter sido fácil, Bernardino Nascimento disse estar agora satisfeito por as pessoas terem compreendido a urgência da Casa das Beiras ter uma direção forte para dar continuidade aos eventos e dignificar a região na comunidade.Um “ano interessante”Crente de que este vai “ser um ano interessante”, o líder beirão já prepara a passagem de testemunho, mostrando-se convencido que entre as pessoas que fazem parte da direção este ano, haverá um restrito grupo de candidatos que poderá assumir o leme do clube.Não queremos fazer futurologia, mas quase apetece dizer que Kátia Caramujo estará nesse futuro lote de presidenciáveis …Já não fazendo parte da direção da Casa dos Poveiros, a Kátia Caramujo é sem dúvida um dos grandes reforços da nova equipa diretiva, assumindo uma das duas posições de secretária de Relações Públicas. Habituada a estas lides do associativismo comunitário, ela diz-se pronta para abraçar o projeto beirão.

“Sempre houve um elo emocional com a Casa das Beiras, sendo beirã e os meus pais da Beira Litoral”, justificou Caramujo, que é natural de Cantanhede, Coimbra.“Portanto, senti-me perfeitamente à vontade em tornar-me sócia e fazer parte da direção, e ajudar um bocadinho esta casa, porque no fim de contas é a minha.”Focada em ajudar o clube numa altura da época do ano repleta de atividades, mas também na preparação da próxima semana cultural, Kátia Caramujo agradece o voto de confiança e pede que os sócios e amigos não deixem de acreditar no projeto da Casa das Beiras.Indo eu, indo eu, a caminho do … Rio de JaneiroA noite de sábado não foi só de tomada de posse oficial da nova direção.As cores brasileiras e a imagem do Brasil com as famosas caipirinhas deram o mote para uma angariação de fundos para o Rancho Folclórico do Académico de Viseu de Toronto, fundado em 1992, que foi convidado para estar presente nas comemorações dos 50 anos da Casa de Viseu do Rio de Janeiro, Brasil.Confirmando o entusiasmo que a viagem está a gerar, Nascimento disse que está prevista a deslocação de uma comitiva de 47 pessoas aquela cidade brasileira, entre os dias 29 de junho e 12 de julho.Já depois de Bernardino Nascimento enumerar um conjunto de iniciativas em que a casa vai estar envolvida, o presidente da Assembleia-Geral, Alberto Costa, chamou a si a palavra para pedir ao público, amigos e sócios que não esqueçam a Casa das Beiras, porque a mesma está bem viva.O programa da noite incluiu ainda uma breve atuação do Rancho Folclórico do Académico de Viseu de Toronto e baile por DJ.…

Fotos: Cortesia LA/CMC

Os novos Corpos Gerentes

ASSEMBLEIA-GERAL – Presidente, Alberto Costa; vice-presidente, Tito Ferrnandes; e secretária, Olga Rodrigies.

CONSELHO FISCAL – Presidente, Tino Assunção; vice-presidente, Tó Santos; e secretário, Oscar Gonçalves.

DIRECÇÃO EXECUTIVA – Presidente, Bernardino Nascimento; Vice-presidente, Vitor Rocha; Tesoureiro, Aníbal Vilar; 2.º tesoureiro, Patrícia Borges; Secretária, Elsa Luis; 2.ª secretária, Rita Duarte; administrador, Américo Lourenço; Relações Públicas, Secretárias Anabela Barrocas e Katia Caramujo. Secção Cultural – Directores, Lúcio Oliveira, Cristina Alves, Goretti Pimentel Capitão, Paula Dias, Jenny Machado e Scott Oliveira.

As nossas saudações e votos de muitos sucessos.

Dra. Ema SeccaADVOGADA em Portugal

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Casa das Beiras de Toronto está bem viva!*Tomada de posse da nova direcção 2016/2017 teve lugar nas instalações do clube

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25 Abril 2016 Comunidades . 725 Abril 2016

de peso, tem tratado sempre ser companheiro da saudável evolução deste mesmo rancho e alegremente vai “como se olhasse no espelho” festejando cada passo em frente que dão, e cada espaço que aos poucos conquistam na nossa comunidade como também ABC assim o faz. No Sábado os Amigos do Minho com um salão cheio de “amigos do Minho” e não só, celebraram em família mais um ano de vida.

Contingências e certezas

Face ao facto dos elementos deste seu Jornal ABC também estarem a festejar o jantar de anos do nosso Diretor Fernando Cruz Gomes, na mesma noite, e também por motivos de saúde, já que o Carlo Miguel completa agora a fase final

Presidente Otávio Barros também recebeu uma lembrança dos membros do rancho em gesto de agradecimento por todo o seu trabalho.

Com a sala cheia, este rancho não desapontou quem por la apareceu para apreciar e celebrar. Os passos certos e rápidos para quem aprecia esta arte tradicional de dança que davam no Sábado não defraudaram... são mesmo bons.

Para quem lá esteve e os viram pela primeira vez certamente viram o espetáculo que esperavam. Para nos, que já sabíamos, já os tínhamos visto muitas vezes, não ficamos admirados com nada, e cá estaremos se DEUS Quiser para os poderemos ver outras vezes no futuro. Parabéns do Jornal ABC. Texto: Carlo Miguel Cruz Gomes / Fotos: Maria Gil.

Amigos do Minho em festaA Aliança dos Clubes e Associações Portuguesas do Ontário vai fazer a sua última reunião do Conselho de Presidentes, antes dos festejos da Semana de Portugal. A reunião está marcada para terça-feira, dia 3 de Maio, pelas 19H30, na sede da Banda do Senhor

Santo Cristo, localizada na 9 Portugal Square (St Mary’s Church) em Toronto.

A participação de todos os presidentes e directores de cultura e folclore, é essencial no que diz respeito á discussão da Semana de Portugal 2016.

Aliança dos Clubes em reunião Sábado celebrou se mais

um aniversário do Rancho Folclórico Amigos do Minho no lindo salão do Europa Catering em Toronto. O Grupo cresceu e está mais forte. Este ano contaram-se 6 primaveras!!! WOW! Seis... Quem os viu e quem os vê... Como é de conhecimento de muitos leitores, o Jornal ABC em parte talvez por ter a mesma idade deste “jovem” Rancho que cada vez mais mostra sinais de ser um “adulto” e

da longa recuperação da vista, não podemos estar presentes. Mesmo assim, ao longo destes 6 anos também temos adquirido amigos e a nossa grande amiga, Maria Gil, teve o cuidado de nos mandar as fotografias da noite. Durante a noite, Vítor Martins foi o artista convidado para este sexto aniversario e claro, deu o seu melhor para animar ainda mais a festa, e o som esteve a cargo de TNT Productions. Durante a noite cada membro do rancho recebeu uma medalha pela sua dedicação, Annabel Fernandes em destaque por sua empenho com o grupo infantil, e o

Como já noticiámos, a Cidade de Brampton publicou a sua primeira edição trimestral do Relatório de Registo de Ofertas, enumerando presentes, benefícios e hospitalidade de valor igual ou superior a 50 dólares, recebidos pelos Membros do Conselho e pela equipa desde 1 de Janeiro de 2016. O relatório está disponível em www.brampton.ca/registry e será actualizado numa base trimestral.

A Cidade também atualizou o Registo de Lobista com o lançamento recente de uma ferramenta userfriendly. Ao usar esta ferramenta, cada lobista tem agora um registo de utilizador único para aceder ao Registo, proporcionando assim um melhor acesso para que possam atualizar o seu perfil e registar os vários assuntos em que estejam envolvidos. Os lobistas têm também a opção de criar esse registo de utilizador utilizando o Facebook.

Brampton é um dos

poucos municípios na GTA a ter activa a função de início de sessão via Facebook.

Para o público em geral, a nova ferramenta do Registo de Lobistas permite fazer pesquisas por vários critérios: por categoria, por lobista, pelas pessoas sobre as quais está a ser exercido lobby, e os assuntos em causa.

Desde 1 de Janeiro de 2016, registaram-se junto da Cidade mais de 100 lobistas.

Ambos os Registos foram apresentados a 1 de Janeiro de 2016, numa ação para promover umamaior transparência. O Registo de Lobistas providencia um registo de pessoas a exercer lobby junto dos Membros do Conselho e da equipa da Cidade. O Registo de Ofertas serve como uma listagem oficial dos presentes, benefícios e hospitalidade de valor igual ou superior a $50 recebidos pelos Membros do Conselho e pela equipa.

Actualização nos Registos de Ofertas e de Lobistas em Brampton

* O Grupo cresceu, está mais forte

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8. Comunidades 25 Abril 2016

Alguns consultores de emigração violam regras de apoio aos refugiados?A CBC News deu a entender isso. Acredita ser um aspecto preocupante da unidade geral interessada em trazer refu-giados sírios para o Canadá. Consultores de imigração pro-fissionais, em parceria com alguns grupos de patrocínio de refugiados, estão a cobrar aos refugiados milhares de dólares em acordos que os críticos dizem ser antiético e violarem as

regras federais sobre patrocínio.Alguns consultores de imigração têm sido alvo de consultas de sírios que vivem nos países do Golfo, muitos dos quais estão a pedir autorizações de trabalho e são capazes de tudo fazer para ganhar a vida. Nesse sentido, são potencialmente uma base de clientes mais lucrativos do que aqueles que estão

em campos de refugiados na Jordânia, Líbano e Turquia. Os consultores anunciam em orgãos de informação, poder fazer, designadamente, visitas à região.No caso de uma entidade, as informações disponíveis - do-cumentos on-line e obtidos pela CBC News - revelam que os consultores não estão cobrando apenas aos refugiados milhares de dólares para processar as suas aplicações, mas também pedem-lhes para pagar o custo total da sua reins-talação na frente, o que viola as orientações financeiras do

A Esperança é Fundação que está a andar...mas pode ir mais longe

Chama-se HOPE and ANGELS Foundation. Trata-se de uma organização que está a tentar mitigar o sofrimento das crian-ças em remotas localidades de Angola. Quem organizou a Fundação vive no Canadá há mais de 15 anos. E tem vindo a fazer a sua parte nesse mesmo apoio. Esperança Alfico não perde uma oportunidade para avançar ainda mais com o que já foi feito.Pelos vistos... o nome Esperança tem algo a ver com a Funda-ção. Esperança, não é?!“Eu acredito que ainda há uma esperança. Sobretudo no Mu-nicípio da Mupa, na Província do Cunene”, diz-nos Esperança Alfico, que encontrámos em Toronto, a despeito de ela viver na zona de Hamilton. “A comunidade da MUPA tem proble-mas de vária ordem. Um dos problemas principais é, afinal, a carência de água. A MUPA vive em dificuldades muito gran-des, devido à aquisição de água”. De qualquer modo, como nos diz, “graças a Deus, a nossa or-

ganização, no ano passado, conseguiu instalar na Missão Cató-lica do Municipio da MUPA um sistema de tratamento de água, que tem capacidade de filtrar duzentos litros de água por hora, o que vai beneficiar as 86 crianças que vivem neste orfanato...”Trabalhar isolados... não chega

No fundo, trata-se de uma ajuda às crianças do orfanato, sim, mas também ao Município no seu todo. Diz-nos acreditar que sim, mas também sabe que poderia ser feito muito mais. “Só que para fazermos mais, não podemos trabalhar isola-dos. E é por isso que estamos por aqui, hoje, a apelar às pes-soas de boa fé e à comunidade lusófona em particular, por forma a que abracem esta causa e nos ajudem – com apenas um dólar por dia – a fazer a diferença e a salvar vidas...”Chama-se Esperança. E tem esperança no coração. Esperan-ça que quer espalhar – está a espalhar, melhor dizendo... – pelo Cunene, em Angola. Uma zona que foi sempre como que esquecida pelos Poderes públicos. Ainda perguntámos sobre se o Governo não ajuda. Insiste, desde logo, que não quer criticar ninguém e que, decerto, o Governo está a avan-çar por outros caminhos. “Todos juntos podemos fazer ainda mais...”

Matar a fome a tantas criançasDiz-nos que a fome existe e persiste e são demasiadas as ca-rências a atravancar a vida dos mais novos. Por isso a Fun-dação.Assim, parece ter começado a espalhar o sentimento da Es-perança um pouco por toda a parte do Cunene, e, especial-

mente, no município de Mupa. Onde já há cerca de uma cen-tena de crianças a serem apoiadas pela Fundação “Esperança e os Anjos” que a Esperança Alfico fez crescer e vai manten-do praticamente desde o Canadá onde reside há cerca de 15 anos. E deixa apelo aos de boa fgé...

“Estou a apelar às pessoas de boa fé que nos ajudem, com pelo menos um dólar por dia. Se nós conseguirmos uma boa quan-tidade de pessoas que nos possam ajudar com uma contribui-ção de apenas um dólar por dia – que perfaz um total de 30 dó-lares por mês - nós seremos capazes de garantir três refeições por dia a todas aquelas crianças que nada têm para comer...”Uma história em manhã de sábado. Uma história que faz pensar. Deveria fazer pensar. Voltaremos ao tema numa pró-xima oportunidade.

MUPA já sonha com Esperança

Quem não quer ter cão...

E em vez de pegar o boi pelos chifres, como é de uso dizer-se... temos Governos, cá e lá, a atafulharem-se em temas que têm a ver com a venda (legal) da “maldita droga”, como lhe chamavam em tempos; e a abordarem a morte assistida, a eutanásia que está agora a dar que falar. Tudo temas que já estão a encher os Jornais, A fazer esquecer – chega a pare-cer que era isso que queriam... – temas realmente importantes e inquietantes que ainda enxa-meiam as nossas cidades e os nossos lares. “Quem não tem cão, caça como o gato”. E chega a parecer que estes troféus de caça que agora parecem estar a ser con-quistados não são mais do que uma fuga às questões que ain-da comem connosco à mesa do Povo. Do Povo que tem mesa para comer... e algo para lá pôr.Não sabemos para onde quere-mos atirar com o mundo que nos puzeram nas mãos. Tão pouco... se assim iremos a lado algum. E, no entanto, fomos nós que atirámos com aquela gente para o Governo...

Acreditamos, cada vez acredi-tamos mais, que o mundo em que vivemos está a caminhar para um certo descalabro. E que, no entanto, ninguém pa-rece interessado em parar. E isto, que parece visível, aqui e além, não se afigura passível de “incomodar” ninguém. Tanto que há como que um “deixa andar” das coisas que nem in-teressam.Em Portugal como no Cana-dá – para falarmos apenas em dois países que nos dizem mui-to – há casos e factos que dão força à asserção de que o tal mundo está mesmo louco. Quando se esquecem os pro-blemas gritantes do dia-a-dia... e se envereda por outros quase de lana caprina... é, de facto, o “deixa andar” doentio que campeia e assume o lugar dos que deveriam ser sopesados.Há fome, aqui e além, mesmo nos meninos que vão para as escolas. Há desemprego ga-lopante. Há falta de cuidados essenciais para os mais velhos. Há falta de habitação social, já que há gente a mais a dormir nas ruas.

*Há já indicações nesse sentido

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25 Abril 2016 25 Abril 2016 Mensagem . 9

Alguns consultores de emigração violam regras de apoio aos refugiados?patrocínio privado.“Acho que é terrível, honestamente”, disse Jackie Swaisland, que faz parte de uma rede de advogados, consultores de imi-gração e estudantes de direito que têm ajudado centenas de refugiados a chegar ao Canadá sem cobrar nada pelos seus serviços.Esboços de algo parecido com fraudeAhmed é um refugiado sírio, que está a tentar vir para o Ca-nadá a partir de Dubai. O homem de 35 anos de idade, que pediu que o seu nome fosse alterado para proteger os fami-liares que ainda vivem na Síria, não tem estatuto permanente nos Emiratos Árabes Unidos e não pode voltar para a Síria. “Politicamente, estou a confrontar o regime na Síria. Eu não posso estar lá “, disse ele, em entrevista à CBC News.Como muitos outros sírios que fugiram da guerra civil, Ah-med aprendeu sobre o plano do Canadá para acolher 25.000 refugiados sírios no ano passado. Viu um anúncio no Face-book para um consultor de imigração canadiano chamado Abeer Qita, que dirige uma empresa baseada em Mississau-ga, chamada Fast to Canada (FTC). Reuniu-se com Qita num hotel do Dubai, para discutir como o poderiam ajudar na chegada ao Canadá.

Ahmed diz ter pedido para agir rapidamente para tirar pro-veito do programa de patrocínio privado do Canadá, mas quanto mais ele se comunicava com Qita, mais cauteloso se tornou.Enviaram a Ahmed um acordo de fixação que estabeleceu

uma taxa de 5.000 dólares mais uma série de outros encargos. Ele compartilhou o acordo com a CBC.

Notavelmente, o documento requer que os requerentes de refugiados paguem o custo total da sua instalação antes de chegar no Canadá - uma vez que à sua aplicação é atribuído um número de arquivo pela Imigração, Refugiados e Cida-dania do Canadá (CCIR). O montante solicitado varia de 12.000 para uma pessoa e 32.000 para uma família de seis pessoas (correspondentes a estimativas do governo do apoio financeiro mínimo necessário de patrocinadores).

O acordo rápido para o Canadá especifica que os fundos de liquidação devem ser mantidos em compromisso pelos re-cém-chegados pelo Canada Newcomers & Immigration As-sociation (CNIA) e paga em 12 parcelas mensais. A CNIA é um grupo sem fins lucrativos que presta serviços para refugiados na área da Grande Toronto e trabalha com os titulares de contrato de patrocínio de-signados refugiados para co-patrocinador.

No âmbito do programa de patrocínio privado, indiví-duos ou grupos que queiram

O João Raposo está por aí...Vem aí o Senhor Santo Cristo dos Mila-gres. Vem aí, sim. E o João Raposo que, em anos a fio, comandou tudo, já lá não esta-rá. Deixa o seu lugar a outros. Para ele, era a devoção a fazer com que tudo corresse bem... a comandar as hostes, no que toca às coisas mais simples dos festejos. Coisas simples – incluindo a parte musical – que ele comandava a preceito, numa atávi-ca forma de ser que lhe vinha do berço. Coisas simples, que ele comandava bem... até pela devoção e pelo amor que nutria àquele Senhor Santo Cristo dos Milagres, cuja imagem, macerada pela dor, passava... passava sempre, por entre a multidão e a abençoar os peregrinos daquele dia.O João Raposo está agora ali, em esquife pobre porque à terra vai descer. Está ali, a escassos dias da festa grande que a fé e religiosidade dos homens fez maior. Está ali, talvez a ver ainda se tudo vai correndo bem. Com os irmãos muitos que lhe segui-ram as pisadas e vão continuar.O João Raposo! Vi-o, ao sol e à chuva a animar tudo e todos... para que a sua fes-ta corresse bem. E estou a vê-lo agora... a abrir as portas do céu e a gritar pelo seu Santo Cristo dos Milagres para lhas abrir. Para lhe dar o descanso eterno... que ele bem merece. Estou a vê-lo a pedir ao Pai Grande que faça com que os homens de hoje – e as mulheres, claro, que são ainda a espinha dorsal dos festejos – continuem... continuem sempre a olhar o Além da sua

doutrina e a prosseguir a obra que ele, e outros da sua estirpe, deixaram a modos de continuarem. E ele, o tal Homem Gran-de, a que por cá vamos continuar a chamar Senhor Santo Cristo dos Milagres, vai ace-der ao seu pedido. E vai cobrir de bênçãos quantos andam à volta da imagem que o Mariano Rego trouxe até nós.Vem aí a festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres. E mentimos – mesmo nós que dizemos isto – quando afirmamos que o João Raposo não estará cá. Está, está. Está por aí nos acordes musicais que se vão to-car. Nas rezas que vamos atirar aos céus. No sol que vamos ter, ou na chuva benéfi-ca, que acompanhará o andor.Ele, sim, estará por aí.

patrocinar um refugiado devem levantar dinheiro suficiente para apoiá-los durante um ano. Se os refugiados se torna-rem financeiramente auto-suficiente antes do ano terminar, os patrocinadores não têm mais que os apoiar, mas têm que manter fundos suficientes na mão para o ano inteiro.

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25 Abril 2016 10. Comunidades

Brampton recebe o prémio Water SmartOs programas para a segurança perto da água de Brampton foram reconhecidos pela Lifesaving Society (Sociedade Salva-Vidas) do Ontário com o prémio Water Smart® 2015. O prémio foi entregue na Reunião Geral Anual da Sociedade. O prémio é entregue anualmente a um Membro Afiliado da Sociedade Salva-Vidas pelo serviço comunitário de excelência na educação para prevenção de afogamentos no Ontário.

Esta foi a primeira vez que a Cidade de Brampton recebeu a distinção.

Barbara Byers, Diretora da Educação Pública da Sociedade Salva-vidas, anunciou esta conquista

no Conselho Municipal de Brampton, e elogiou o empenho e dedicação da Cidade em educar

os seus residentes para a segurança perto da água.

“A Iniciativa para a Segurança Perto da Água (Water Safety Initiative) da Cidade de Brampton é uma abordagem única na prevenção de afogamentos dentro da sua comunidade, ao construir um plano sustentável, parcerias fortes, colaboração e pensamentos inovadores,” disse Byers.

Em 2015, Brampton tornou-se no primeiro município do Canadá a oferecer – a adultos e adolescentes – a programação Swim to Survive (“Nadar para Sobreviver”) da Sociedade de Salva-vidas. Os programas Swim to Survive são gratuitos e podem ajudar a salvar vidas ao ensinar

as técnicas necessárias para sobreviver a uma queda na água. O programa tem estado disponível desde há muito através das escolas participantes, para crianças nos Anos 3 e 7, e agora adultos e adolescentes podem também registar-se para o Swim to Survive +14 (para maiores de 14) gratuitamente, através do site da Cidade, www.brampton.ca.

Brampton continua a incluir a educação para a segurança perto da água também noutros programas, tais como campos de verão, programas de aprendizagem de natação, e mensagens de segurança no gelo durante as aulas de patinagem. O programa escolar “Fit Kids and Water Works” de Brampton chega a mais de 17000 crianças todos os anos, com atividades físicas (fitness), nutrição, e educação para a segurança na água.

A Sociedade Salva-vidas (Lifesaving Society) é um serviço integrado que fornece programas, produtos e serviços desenhados para prevenir o afogamento. A Sociedade salva vidas e previne lesões relacionadas com a água através dos seus programas de treino, da educação pública Water Smart®, da investigação na área da prevenção de afogamentos, gestão da segurança aquática e desporto de salva-vidas. Em cada ano, mais de 1 milhão de Canadianos participam nos programas de natação, de salva-vidas, de socorrismo aquático e de liderança.

A longa história das comissões no VaticanoQuando o Papa João Paulo II publicou a sua primeira Encí-clica social, a «Laborem exercens» (1981), seguida da «Solli-citudo rei socialis» (1987), da «Centesimus annus» (1991) e de outros documentos, vários economistas e os responsáveis de várias multinacionais, em particular norte-americanas, manifestaram-se surpreendidos e desagradados.Não eram católicos – muitos deles – mas, até então, reco-nheciam uma certa autoridade moral à Igreja católica, por-que defendia a liberdade, a propriedade privada e temperava tudo isso com uma preocupação real pelos pobres. A doutri-na da Igreja parecia-lhes equilibrada, até o Papa João Paulo II publicar a «Laborem exercens».Gostavam da defesa dos direitos humanos na sua amplitude religiosa, política, social..., mas parecia-lhes que falhava no aspecto económico. Por exemplo, declarar a primazia do tra-balhador sobre o capital parecia-lhes uma forma de roubo: então os donos das empresas valem menos que os empre-gados?! Que reviravolta é esta? O Papa polaco foi infectado pelos russos?Para esclarecer o assunto e estudar a «Laborem exercens», constituiu-se uma comissão conjunta, que teve algum im-pacto no mundo da finança. Os responsáveis de várias mul-tinacionais compreenderam que a Igreja se movia por um critério de amor pelas pessoas, que ultrapassava largamente a honestidade da relação contratual. Nem todos gostaram. Achavam que esse critério criava uma insegurança jurídi-ca: onde é que a coisa pára? Cumprimos o contrato e isso não basta? Temos de fazer ainda mais? Outros ficaram ver-dadeiramente impressionados com a preocupação do Papa pelos pobres. Parecia-lhes que o Papa olhava para eles com se estivesse na perspectiva de Deus. – «É que é isso mesmo!», respondiam os representantes da Santa Sé, perante a cara ató-nita dos homens de negócios. Nalguns casos, aquelas sessões foram importantes num percurso pessoal até à conversão.Quando Bento XVI publicou a Encíclica «Caritas in verita-te» houve uma reacção parecida. E quando fez o discurso de Ratisbona (Regensburg), que irritou alguns a ponto de assas-sinarem católicos, os principais líderes muçulmanos rejeita-ram a violência e aproveitaram para pedir ao Vaticano que lhes explicasse a doutrina da Igreja.

Assim se constituiu uma comissão de alto nível, católico-mu-çulmana, que tem dado frutos maravilhosos.

Quando o Papa Francisco começou a falar «da economia que mata», «da globalização da indiferença», «de uma Europa que tem o coração endurecido» com os refugiados que lhe batem à porta, da ganância que «destrói a nossa casa comum»... voltaram as incompreensões. E, claro, constituiu-se uma co-missão. No passado dia 15 de Abril, o Vaticano acolheu vá-rios líderes mundiais, para debaterem a dimensão social da doutrina da Igreja, aproveitando os 25 anos da «Centesimus annus» de João Paulo II. Havia opiniões para todos os gostos. Alguns dos presentes, entre os quais o candidato presidencial norte-americano Bernie Sanders, mostraram compreender a posição da Igreja em matéria económica. Outros, não tanto. Talvez, aos poucos, o mundo ocidental perceba que o cuida-do dos pobres não se esgota em cumprir uma relação contra-tual ou dar um subsídio.

Bernie Sanders, candidato à Presidência dos EUA, no Vaticano (15 Abril de 2016).

Isto de Deus amar os homens, cada um de nós, tão radical-mente é uma coisa muito séria. Um pouco vertiginosa. Faz-nos perceber a diferença entre o olhar de Deus e o nosso. Para alguns, este é um primeiro passo no caminho da conversão.

Brampton está interessadaProcuram-se artistas de rua e vendedores para o Mercado de ArtistasA Cidade de Brampton está à procura de artistas e artesãos que gos-tem de fazer parte do Mercado de Artistas (Artists’ Marketplace) neste verão. O Mercado é uma grande oportunidade para os artistas criadores se ligarem com o público e vender as suas criações, in-cluindo joalharia artesanal, ilustrações, postais, trabalhos em ma-deira, cerâmica, acessórios de moda, fotografia, pinturas, trabalhos em tricot e muito mais.

Este programa oferece uma maneira acessível de testar o mercado com produtos criativos e inovadores.

Assim, a Cidade de Brampton está agora a aceitar candidaturas de artistas e criadores que desejem participar como vendedores. A data limite para as candidaturas é 30 de Abril. Os interessados devem visitar www.brampton.ca/artistmarketplace para ver as diretrizes para os vendedores e detalhes sobre como candidatar-se.

Estão também disponíveis oportunidades para que os artistas de rua e músicos ambulantes possam participar no Mercado de Artis-tas, e noutros eventos da Cidade. Malabaristas, músicos, escultores de balões e outras apresentações voltadas para as famílias estão con-vidados a candidatar-se a uma licença ao contactar [email protected] para marcar uma audição ou fornecer um vídeo.

O Mercado de Artistas irá coincidir com dois Mercados de Produ-tores (Farmers’ Markets) de Brampton.

Aos Sábados, com início a 18 de Junho, o Mercado acontecerá entre as 7:00 e as 13:00 em Garden Square, e às Quartas-feiras, com início a 23 de Junho, das 16:00 às 20:00 na Village Square em Mount Plea-sant. Este programa decorrerá nas duas localizações até Outubro.

Barbara Byers, Public Education Director of the Lifesaving Society, presented the City of Bramp-ton’s 2015 Water Smart® award at the April 13 Council meeting, recognizing the City’s commit-ment and dedication to providing water safety education to residents. ( Back: City of Brampton staff involved with Water Safety programming; Front: Councillor Grant Gibson; Mayor Linda Jef-frey; Barbara Byers, Public Education Director, Lifesaving Society; Councillor Gurpreet Dhillon; and Donna-Lynn Rosa, Director, Recreation and Culture.)

José Maria C.S. André

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Benfica segura liderança com nona vitória consecutiva

É de destacar a caminhada do Arouca, que apenas foi derrotado uma vez nas últimas 12 partidas disputadas.

E o jogo de sábado?Um final de ronda que torna a próxima verdadeiramente crucial no que diz respeito ao título, tendo em conta a receção do FC Porto ao Sporting, marcada para sábado, dia 30, às 18:30 horas, no Estádio do Dragão.

O ‘clássico’ oporá, refira-se, duas equipas que este fim de semana de-finiram o futuro próximo no que diz respeito às competições euro-peias: o Sporting vai disputar fase de grupos da Liga dos Campeões, enquanto o FC Porto assegurou a disputa do ‘play off ’ de acesso à mesma competição, depois de terem saído vitoriosos do terreno da Académica, também sábado, por 2-1.

A meio da tabela, o Vitória de Guimarães continua a ‘penar’ no que diz respeito a triunfos, o que já não consegue há 11 jornadas, tendo hoje empatado a uma bola, em casa, frente ao Estoril-Praia.

O Benfica saiu ontem como entrou na 31.ª jornada, na liderança da I Liga de futebol, após uma vitória difícil no terreno do Rio Ave, graças a um golo solitário do mexicano Raúl Jiménez.

As ‘aguias’, com 79 pontos, mantêm dois de vantagem sobre os ‘leões’, que no dia anterior venceram o União da Madeira, por 2-0, em Alvalade, e quando faltam disputar apenas mais nove pontos (três jornadas para o fim da prova).

A nona vitória consecutiva dos ‘encarnados’ permitiu ao Arouca ‘descolar’ dos vila-condenses, que permanecem no sexto posto, com 46 pontos, mas agora a três dos durienses, cada vez mais sonhadores no que diz respeito ao acesso à Liga Europa.

Tudo porque a equipa de Lito Vidigal conseguiu hoje uma impor-tante vitória no Funchal, frente ao Marítimo (12.º, 35 pontos), com golos de Jubal (seis minutos) e David Simão (12, de grande pena-lidade).

Licá marcou pelos vimaranenses (53), mas Filipe Augusto (69) em-patou o encontro e manteve os ‘canarinhos’ no trilho das ‘eurotaças’, no oitavo lugar, com 43 pontos, mas agora a dois do Paços de Ferrei-ra, que sábado venceu o Sporting de Braga por 1-0.

RESULTADOS- Sexta-feira, 22 abr:

Boavista – Belenenses, 1-0 - Sábado, 23 abr:

Académica - FC Porto, 1-2 Sporting - União da Madeira, 2-0Paços Ferreira - Sp de Braga, 1-0

-Domingo, 24 abr:Marítimo – Arouca, 1-2

Nacional – Moreirense, 0-1 Vit de Setúbal – Tondela, 0-1

Vit de Guimarães - Estoril, 1-1Rio Ave – Benfica, 0-1

25 Abril 2016 25 Abril 2016 Desporto . 11

II Liga Chaves a um passo da subida, FC Porto B reforça liderança da II Liga

Na luta pela permanência, o Moreirense conseguiu três importantes pontos no terreno do Nacional da Madeira, com um golo solitário de Vítor Gomes, marcado aos três minutos, garantindo a sexta vitó-ria fora do conjunto de Miguel Leal.Os ‘cónegos’ estão no 13.º posto, com 32 pontos, cinco atrás do ad-versário desta tarde, que é nono classificado e já com o ‘passaporte’ para o campeonato principal na próxima época.O Tondela, apesar do triunfo de ontem, por 1-0 (golo de Pica, aos 86), sobre o Vitória de Setúbal, permanece em último lugar, com 23 pontos, a um do penúltimo, a Académica.Os sadinos, por sua vez, caíram para o 15.º posto, com 29 pontos, apenas quatro acima da linha de despromoção.

O Desportivo de Chaves ficou ontem a um passo de garantir a subi-da ao principal escalão do futebol português, enquanto o FC Porto B reforçou a liderança da II Liga, na 43.ª jornada.O Chaves venceu por 1-0 no terreno do aflito Mafra e pode feste-jar já na próxima ronda o regresso à I Liga, já que Portimonense e Freamunde empataram na receção ao Penafiel e Famalicão, respe-tivamente.Fora das contas da subida, o FC Porto B venceu por 2-0 o Sporting de Braga B e manteve os quatro pontos de vantagem sobre os fla-vienses, agora com apenas três jornadas para o final da prova.No outro lado da tabela, o Oriental foi derrotado em casa pelo Lei-xões e juntou-se à Oliveirense nas equipas que vão disputar o Cam-peonato de Portugal na próxima época.Em Vila Nova de Gaia, Chidozie (79 minutos) e Ismael (88) marca-ram os golos dos ‘dragões’.Em Mafra, o Luís Barry marcou o único golo da partida, aos 17 minutos, num lance com muitas culpas para o guarda-redes da casa, Mory Diaw, e garantiu ao triunfo à formação de Vítor Oliveira, que pode alcançar a nona promoção da carreira como treinador e a quarta consecutiva.No terceiro posto, a cinco pontos do Chaves e em lugar de subida de divisão, segue o Portimonense, que cedeu um empate caseiro pe-rante o Penafiel (1-1), num encontro em que chegou ao intervalo a perder.Ricardo Pessoa, aos 60 minutos, salvou os algarvios da derrota, de-pois de Gonçalo Abreu ter dado vantagem aos forasteiros, aos 45+2.

O emblema de Portimão continua com dois pontos de vantagem so-bre o Freamunde, quarto classificado, que não foi além de um nulo frente ao Famalicão, que ainda tem alguma esperança em poder su-bir de divisão. Os nortenhos estão a quatro pontos do terceiro posto.O Feirense aproveitou esse empate para colar-se ao Freamunde, com um esperado triunfo por 3-1 sobre o ‘lanterna-vermelha’ Oli-veirense. O avançado brasileiro Porcelis, com um ‘bis’, foi a figura da partida.

A 32.ª jornada:- Sexta-feira, 29 abr:

Benfica – Vit Guimarães, 14:00 (BTV)Sp de Braga – Vit Setúbal, 16:00 (Sport TV)

- Sábado, 30 abr:Tondela – Rio Ave, 11:00

Belenenses – Paços de Ferreira, 11:00FC Porto - Sporting, 13:30 (Sport TV)

-Domingo, 01 mai:Moreirense – Boavista, 11:00

Estoril-Praia – Marítimo, 11:00 (Sport TV)Arouca – Nacional, 13:15 (Sport TV)União – Académica, 15:30 (Sport TV)

Na luta pela manutenção, o Santa Clara saiu da zona proibida com um triunfo caseiro sobre o Varzim (2-0), enquanto Mafra, Benfica B e Farense terminaram a ronda em posição de descida.

No Seixal, o Benfica B empatou a três bolas com o Guimarães, en-quanto o Farense vence na receção ao Atlético, por 2-1, e continua com esperança de continuar na II Liga.

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12 . Desporto 25 Abril 2016

O Sporting venceu sábado o União da Madeira por 2-0, na 31.ª jor-nada da I Liga de futebol, uma vitória que geriu com inteligência, mas na qual ficaram patentes as dificuldade do ataque em finalizar o caudal ofensivo.De resto, essa pecha na definição das jogadas de ataque, em função no número de situações de golo criadas, tem sido recorrente ao lon-go do campeonato, com a equipa a mostrar-se algo dependente em relação a Slimani.O Sporting entrou bem no jogo, a imprimir ritmo forte e a pressio-nar e cedo chegou ao golo, através de Teo Gutiérrez, aos sete minu-tos, na sequência de uma jogada de insistência de Marvin Zeege-laar, cujo cruzamento foi ‘meio’ golo.Um golo cedo tem sempre um efeito tranquilizador e inspirador em quem o marca e embalou o Sporting para cerca de 25 minutos de bom futebol, com dinamismo, variedade de combinações de ata-que, velocidade, com destaque para João Mário, inspirado e a criar desequilíbrios.No entanto, logo a seguir ao golo de Teo, Rui Patrício negou o golo do empate ao União, com uma grande defesa, na sequência de can-to, a remate de Danilo Dias.

Sporting quanto baste para vencer União, mas com dificuldades na finalização

Com o segundo golo, logo aos 19 minutos, em mais uma jogada de insistência de Zeegelaar, à qual João Mário deu a melhor sequên-cia, o Sporting foi perdendo gradualmente dinamismo, baixou o ritmo e o caudal ofensivo, permitindo que o União, que jogou num 4x2x3x1 bastante flexível, se tornasse cada vez mais atrevido, embo-ra sem criar nenhuma verdadeira oportunidade de golo.

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Na segunda parte, o Sporting voltou a pôr mais intensidade no seu jogo, criou várias oportunidades de golo que não teve capacidade para finalizar, algumas vezes por querer colocar a bola em Slimani para finalizar outras porque os médios e os alas se eximem à respon-sabilidade de rematar, exceção feita a Adrien.

Acresce que o avançado argelino esteve pouco inspirado, falhou al-guns lances passíveis de serem finalizados com golo, o mais flagran-te de todos aos 73 minutos, a passe de Schelotto.Aos 50 minutos, Slimini falhou frente ao guarda-redes, aos 52 foi a vez de Teo permitir a defesa de Raul Gudino, após oferta de Adrien, aos 68, foi este a rematar de fora da área ao poste, aos 73, foi o tal lance em que Slimani, a passe de Schelotto da linha de fundo, sozi-nho na pequena área, rematou por cima da barra.O União foi uma equipa pouco pressionante sobre o portador da bola, mas sempre atrevida quando a recuperava, sem nunca se fe-char excessivamente, mas revelou falta de qualidade individual quando os lances se abeiravam da área de Rui Patrício.

Moreirense vence no terreno do NacionalO Moreirense foi ao terreno do Nacional vencer por 1-0, em jogo da 31.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.Vítor Gomes, logo aos três mi-nutos, marcou o golo solitário do encontro, que garantiu a sex-ta vitória fora de casa da equipa de Moreira de Cónegos.Com este triunfo, o Moreirense subiu ao 13.º lugar, agora com 32 pontos, enquanto o Nacional continua na nona posição, com 37.

Paços de Ferreira vence Sporting de Braga e fica a um ponto da Europa

O Paços de Ferreira colocou-se, provisoriamente, a um ponto do quinto lugar da I Liga portugue-sa de futebol, ao bater em casa o Sporting de Braga por 1-0, em encontro da 31.ª jornada.Um golo do internacional sub-21 Diogo Jota, o seu 12.º na prova, aos 39 minutos, selou o triunfo do ‘onze’ de Jorge Simão, que ficou a um ponto de Arouca (quinto) e Rio Ave (sexto), como jogos agendados para domingo.Por seu lado, o Sporting de Bra-ga manteve-se com 54 pontos, no quarto posto.

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25 Abril 2016 25 Abril 2016 Desporto . 13

FC Porto vence em Coimbra e complica ainda mais situação da AcadémicaO FC Porto venceu a Académica por 2-1, em encontro da 31.ª jornada da I Liga de futebol, disputado em Coimbra, de-pois de ter estado a perder, e assegurou o terceiro lugar do campeonato.A vitória portista veio complicar ainda mais a situação da ‘Briosa’, que continua a ‘agonizar’ no 17.º e penúltimo lugar da competição, com 24 pontos, a dois do União da Madeira.O tento da vitória dos ‘dragões’ foi apontado aos 66 minutos, por BraHimi, depois das equipas terem chegado empatadas ao intervalo, com golos de Pedro Nuno, aos 25, e Rúben Ne-ves, aos 38. Numa primeira parte jogada num ritmo muito morno, que valeu apenas pelos dois golos apontados, foi a Académica a inaugurar o marcador, aos 25 minutos, num livre direto su-periormente cobrado por Pedro Nuno.A cerca de 20 metros da baliza, o médio da ‘briosa’ atirou ao ângulo superior esquerdo de Helton, sem hipóteses para o guarda-redes portista.Antes, o FC Porto já podia ter marcado, aos 17 minutos, mas Varela, dentro da pequena área, chegou ligeiramente atrasa-do a um cruzamento rasteiro muito perigoso de Maxi Perei-ra.O jogo manteve-se num ritmo lento até final da primeira parte, sem grandes momentos de perigo, registando-se ape-nas o golo do empate dos ‘azuis e brancos’, aos 38 minutos, num grande remate de fora de área de Rúben Neves.O golo nasceu num lançamento lateral de Maxi Pereira para a área, com o médio portista a receber o esférico depois de um mau alívio da defesa da Académica e a rematar de pri-meira, fazendo a bola sobrevoar Pedro Trigueira.Na segunda parte, a intensidade de jogo aumentou ligeira-mente e aconteceram mais ocasiões de golo para ambas as equipas.

Aos 56 minutos, o guarda-redes Pedro Trigueira evitou o segundo golo do FC Porto, com uma excelente defesa, em resposta a um remate do avançado André Silva, na pequena área.A equipa da casa respondeu e Aderlan, aos 59 minutos, dis-

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Rosa Mota vai transportar a tocha olímpicaPrimeiro “ouro feminino” português em Jogos Olímpicos e atual vi-ce-presidente do Comité Olímpico de Portugal Rosa Mota vai na próxima semana à Grécia transportar a tocha olímpicaRosa Mota, medalha de ouro na maratona feminina dos Jogos Seul 88, vai no dia 26 de abril, na Grécia, transportar a tocha olímpica, no âmbito das comemorações para o Rio2016, anunciou na terça-feira o Comité Olímpico de Portugal (COP).A antiga atleta portuguesa vai correr com a tocha olímpica na cida-de de Maratona, cinco dias depois de esta ter sido acesa em Olimpia, igualmente na Grécia.Depois da Grécia, a tocha olímpica segue para a sede do Comité Olímpico Internacional (COI), em Lausana, na Suíça, e tem chega-da ao Brasil agendada para 03 de maio, com início do percurso em Brasília.Os Jogos Olímpicos Rio2016 vão decorrer entre 5 a 21 de agosto.

pôs de uma boa ocasião para faturar, mas, no momento de rematar, Rúben Neves conseguiu subtilmente desviar a bola e o lance perdeu-se.Os ‘azuis e brancos’ chegaram ao segundo golo por intermé-dio de Bhraimi, aos 66 minutos, num passe para André Silva, que, na rotação acaba por não tocar na bola, mas engana o guarda-redes academista, que deixa passar o esférico.A perder, a equipa da casa soltou-se mais no terreno e, aos 78 minutos, Marinho não chegou por pouco a um cruzamento rasteiro de Hugo Seco.

Com a Académica mais estendida, o FC Porto podia ter au-mentado a vantagem no minuto seguinte, mas Corona atirou ao lado, quando podia ter endereçado a bola ao regressado André André, que estava solto na área.Aos 89 minutos, Nii Plange teve nos pés a melhor ocasião dos ‘estudantes’ para empatar, mas o chapéu cruzado ao guarda-redes Helton, que estava adiantado, tocou o travessão da ba-liza portista e saiu pela linha de fundo.

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25 Abril 201614 . Mensagem

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Desporto . 1525 Abril 201625 Abril 2016

No âmbito das comemorações do 42.º aniversário do 25 de Abril, numa organização da Câmara Municipal de Odivelas, decorreu, na tarde de terça-feira, uma conferência subordinada ao tema «A Constituição e o Desporto», que contou com a participação de Joa-quim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Rebelo, antigo jogador do Estrela da Amadora, e Edgar Valles, ve-reador da Cultura da Câmara de Odivelas, no Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas (MFA).

Classificado como monumento nacional, o edifício do Regimento de Engenharia n.º 1 da Pontinha tem um lugar importante na his-tória, tendo em conta que foi a partir de lá que foram conduzidas as operações militares da Revolução dos Cravos. Duas turmas da Escola Profissional Agrícola D. Dinis, da Paiã, que este ano come-mora o centenário da sua fundação, e um grupo sénior do Clube Movimento de Odivelas, tiveram oportunidade de visitar o Núcleo Museológico do MFA, que reproduz fielmente o espaço tal como estava no dia 25 de abril de 1974. Os mais jovens observaram com atenção a sala de operações, onde estão um conjunto de equipamen-tos como rádios, telefones e transmissores, antes de se reunirem no Auditório Capitães de Abril, para ouvir a intervenção dos oradores. Nomes sonantes do Desporto

Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores, come-çou por explicar a constituição do Sindicato, em 1972, em pleno regime fascista, com a primeira comissão diretiva a ser composta por Artur Jorge, Eusébio, António Simões, Fernando Peres, Rolan-do, Manuel Pedro Gomes e João Barnabé, entre outros. «Vivia-se as vicissitudes do regime e este grupo de jogadores teve a coragem de se reunir para lutar por mais e melhores direitos. E aproveitando estarem aqui tantos jovens, quero dizer-vos que os valores da liberdade são valiosíssimos. A liberdade custou muito a conquistar e é algo que temos de preservar. Neste momento de crise humanitária com a situação dos refugiados, em que o poder político revelou vontade de unir a Europa, o desporto pode assumir papel social de integração, inclusão multicultural e, nesse sentido, clubes e associações desportivas são desafiados a passar das palavras à prá-tica. O desporto pode fazer a diferença», salientou.

Formação integral, segundo CruijffJoaquim Evangelista falou ainda sobre a preocupação que o Sindi-

cato dos Jogadores tem com a formação dos atletas e até invocou o malogrado Johan Cruijff para transmitir aos jovens presentes a necessidade de se empenharem nos estudos.

«A educação é fundamental no desporto e no futebol em particu-lar, já que muitos sonham em ser como Cristiano Ronaldo, Messi, Figo, ou até noutros ramos profissionais. Mas esse sonho tem de ser alimentado também com o investimento no estudo a pensar no futuro. Já Johan Cruijff, que alguns de vocês devem conhecer como treinador, mas foi um grande jogador, defendia o conceito de for-mação integral; ou seja, o desportista enquanto cidadão também deve apostar na formação. Ele dizia que um jogador mais bem for-mado é melhor jogador e que mais importante do que os pés é a cabeça», realçou.

Neste capítulo, coube a Joaquim Rebelo, antigo jogador do Estrela da Amadora, que terminou a carreira aos 40 anos, contar um pouco da sua experiência: «Fui jogador profissional durante 14 anos, vivi muitas histórias com treinadores de topo, jogadores que acabaram por ingressar nos clu-bes grandes, mas antigamente não se ligava aos estudos e depois quando chegavam ao final das carreiras viam-se sem nada para fa-zer, e viam-se no desemprego e sem formação para fazer o que quer que seja. Eu era um desses exemplos e foi por causa dos alertas que fui vendo ao longo carreira que aos 35 anos decidi voltar a estudar, até foi na altura em que o Jorge Jesus era meu treinador, isto para vos dizer que o trabalho era muito exigente, uma das imagens de marca do Jesus, mas, ainda assim, consegui conciliar as coisas. Isto para vos dizer que não devem descurar a vossa formação, para no futuro poderem ter ferramentas que vos permita ser mais-valias numa área profissional.»

No fecho da sessão, Edgar Valles, vereador da Cultura da Câmara de Odivelas, congratulou-se com o ciclo de conferências inseridas nas comemorações do 42.º aniversário do 25 de Abril, sendo que o primeiro debate aconteceu no passado mês de fevereiro, sob o lema «Direitos das Mulheres na Constituição de 1976», destacando que «o Núcleo Museológico do MFA é um grande orgulho da Câmara Municipal de Odivelas, um dos espaços mais importantes».

SAD mantém os prémios da época passada. Este bolo será dividido pelo plantel caso se sagrem campeões está sujeito a uma repartição diferenciada, tendo em conta o número de jogos dos futebolistasA poucas jornadas do final do campeonato, com Benfica e Sporting separados por apenas dois pontos na classificação, os jogadores das duas equipas já devem estar a fazer contas à vida. É que, além da possibilidade de conquistarem o título de campeão, terão a possibilidade de juntar a isso prémios chorudos se alcançarem esse objetivo.Ao que o DN apurou, os futebolistas do Benfica terão direito a um bolo total a rondar os dois milhões de euros, ainda su-jeitos a impostos, verba que será dividida por todos os atletas utilizados pelo treinador Rui Vitória, de acordo com o núme-ro de jogos efetuados ao longo do campeonato.Na época passada, a SAD do Benfica distribuiu 2,26 milhões de euros pelos 30 futebolistas que jogaram durante as 34 jor-nadas da Liga. Até ao momento, já foram utilizados 31 joga-dores - o guarda-redes Paulo Lopes e o médio Adel Taarabt são os únicos sem qualquer minuto no campeonato -, pelo que o valor irá ser apurado tendo em conta o número de par-tidas de cada um dos elementos do plantel e também do total

de futebolistas utilizados pelo treinador. Foi, aliás, após essas contas feitas que na temporada passada se chegou ao valor de 2,26 milhões de euros.Nestas contas relativas aos prémios destinados à conquista do título de campeão nacional não estão obviamente incluí-das as cláusulas contratuais que cada um dos jogadores terá eventualmente contemplado nos respetivos vínculos que as-sinaram. Essas são, portanto, contas à parte do prémio desti-nado à equipa definido pela SAD.Este prémio é bastante inferior ao que o FC Porto pagou aos seus jogadores quando conquistou o título nacional na época 2012-13, sob a orientação de Vítor Pereira. Tal como o DN revelou na altura, a SAD portista destinou um bolo de 5,6 milhões de euros brutos para distribuir pelo plantel.Jesus recebe mais do que VitóriaAlém dos jogadores, os treinadores também têm contempla-dos prémios de campeão que, neste caso, constam dos respe-tivos contratos. Neste particular, Jorge Jesus terá direito ao dobro daquilo que está previsto para Rui Vitória, conforme foi divulgado pelo blogue Football Leaks em setembro, quan-do publicou na íntegra o contrato celebrado entre o técnico e a SAD leonina.

Título de campeão rende dois milhões aos jogadores

No 42.º aniversário do “25 de Abril”«A Constituição e o Desporto» - um debate de interesse

O treinador do Sporting tem contemplado um prémio de dois milhões de euros brutos, precisamente o dobro do que recebeu na temporada passada quando conquistou o bicam-peonato nacional no Benfica. Ou seja, o prémio dos encarna-dos mantém-se igual ao da temporada passada. Contas feitas, dedu-zidos os respetivos impostos, o treinador benfiquista leva para casa 500 mil euros (como o DN adiantou em pri-meira mão em outubro), enquanto o rival de Alvalade encai-xa um milhão de euros limpos. Certo é que só um deles terá direito a este encaixe financeiro.

O presidente do Sporting, atra-vés de publicação no facebook, refere que se tenta esconder que o Benfica está falido.

Bruno de Carvalho vinca «dois exemplos de como, de forma “duvidosa” se tenta esconder que um clube está “falido” pas-sando um atestado de “ceguei-ra” aos seus adeptos e restante mundo desportivo».

O líder leonino aponta então duas notícias surgidas na Im-prensa: uma sobre uma penho-ra nos passes de 11 jogadores do Benfica para garantia de empréstimos bancários; outra sobre o valor da venda do guar-da-redes Oblak ao Atlético Ma-drid e do médio ofensiva Lazar Markovic ao Liverpool.

José Mourinho já saiu, há uns tempos, do Chelsea. Isso não impede, porém, que continuem a falar no seu percurso. Foram os jogadores do Chelsea que desiludiram José Mourinho, considera Cesc Fàbregas, médio espanhol que diz manter uma relação de amizade com o trei-nador português.

«Muito se disse sobre esse as-sunto (mau relacionamento com Mourinho) mas grande parte não é verdade. Eu amo Mourinho e considero-o um amigo.

Mantemo-nos em contacto, mas disseram-se coisas infeli-zes. Respeito-o muito», decla-rou ao Monday Night Football, antes de revelar aquela que con-sidera ser a principal causa para a saída do português:

«O maior problema dele foi confiar demasiado nos joga-dores. Deu-nos férias extras porque fomos campeões, acre-ditava mais em nós e, nós, desi-ludimo-lo - toda a equipa, todos os jogadores. Essa foi a principal razão para, no fim, ter de sair. E todos os jogadores se sentiram mal com isso», finalizou.

«Mourinho confiou demasiado nos jogadores...» - Fàbregas

Bruno de Carvalho diz que se tenta esconder que o Benfica está falido

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16 . Portugal 25 Abril 2016

Marcelo também é pop star no Alentejo

Presidente inaugurou um estilo de presidência aberta pelo país. Começou pelo Alentejo a dar autógrafos e a falar de política dura. E reuniu-se, ali mesmo, com Costa. Pelos vis-tos, e segundo o Diário de Notícias, Marcelo Rebelo de Sousa queria unir dois países: o de esquerda e o de direita. Dois palácios: o de São Bento e o de Belém. E com o arranque das presidências no terreno - a que chama de Portugal Próximo - quis começar a unir duas realidades: a do Litoral e a do In-terior. E no primeiro dia, o presidente viveu duas situações distintas: honras de chefe de Estado e a popularidade de uma estrela de rock.No Alentejo, embora numa autarquia PSD e presidida por um antigo aluno seu, Marcelo foi recebido como uma autên-tica pop star.

Ouviu aplausos assim que saiu do carro, com toda a popula-ção, novos e velhos, a quererem tirar fotos com “o Marcelo, que é tal e qual como na televisão”. Após fazer o seu primeiro discurso, onde falou sobre envelhecimento e desertificação, o palanque foi tomado de assalto por dezenas de crianças que lhe pediram autógrafos. Marcelo lançou assim o Portu-gal Próximo, revelando que escolheu começar “pelo Interior porque somos um só Portugal”.A primeira preocupação de Marcelo quando chegou a Pre-sidente foi unir o país que estava dividido entre esquerda e direita, agora quer unir o grande fosse entre Litoral e Interior.

“Não pode haver diferenças entre os que vivem mais perto do mar e os que vivem mais longe do mar”, defendeu. Estrela em Fronteira, estrela em Portalegre, onde se encontrou com estudantes. Não sem antes esquecer o país político. Marcelo - que mostra que está ao leme ao “convidar” o primeiro-mi-nistro a deslocar-se a Évora esta manhã para a reunião sema-nal - não deixou de constatar que o governo optou também por se aproximar de Bruxelas. Não chamou a si os louros, mas elogiou.Marcelo anunciou que em maio fará jornadas do Portugal Próximo em Trás-os-Montes. Depois do verão, segue-se o interior beirão.

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Hoje quero abraçar, com carinho, o meu Povo!Desfilar pelas ruas embandeiradas.Para celebrar Abril de novo,Entre Cravos Vermelhos e Novas Alvoradas.Cantar Zeca Afonso e à Liberdade.

E as palavras de ordem, que outrora aprendi.Erguer a Bandeira da Solidariedade,P´la Igualdade e Justiça, que sempre defendi!Sei que vou sentir, também, mágoa e dor,Pelo que ganhámos e hoje está perdido.

O Povo não deu o devido valor,Ao que nas suas mãos, estava garantido!Enquanto eu for viva vou Celebrar.Com a certeza na voz e de coração presente.E com convicção bem alto gritar,“A Luta Continua – Abril Hoje e Sempre”!

Conceição Baptista Toronto

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25 Abril 2016 Portugal . 1725 Abril 2016

Costa partilhou foto a viajar num Falcon e ‘deu asas’ a polémica

Este tipo de missão serve como treino da tripulação, que tem sempre de realizar um certo número de horas de voo para manter a sua certificação. Caso não houvesse viagens agen-dadas, poderia ter de o fazer em aviões vazios.Também não foi um mero ‘capricho’ do primeiro-ministro: a Força Aérea tem três Falcon 50 destinados ao “transpor-

Depois de António Costa ter partilhado no seu Instagram uma fotografia onde aparece a bordo de um avião Falcon da Força Aérea durante a sua viagem à Grécia, foram muitos os comentários negativos que acompanharam a partilha da imagem nas redes sociais. “A caminho de Atenas, a bordo do Falcon da Força Aérea, onde iniciarei a visita oficial com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, a Ministra da Admi-nistração Interna, a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade e a Diretora Nacional do SEF”, lê-se na legenda.Muitos internautas questionaram o uso de dinheiros públi-cos para o transporte da Comitiva do Estado num jacto, mas segundo a Força Aérea o uso desta aeronave até é uma forma de optimização de recursos.

te especial” de altas Entidades do Estado que eram também usados com frequência pelos membros do anterior Governo. “Não há nada de extraordinário nisto”, disse o porta-voz da Força Aérea, Rui Roque.Para o transporte não é usado Orçamento da Força Aérea, uma vez que a entidade é depois “ressarcida” pelo Executivo.

Os comentários à imagem de Andrew Watt no Instagram já ultrapassam a marca dos dois mil.“Justin é uma fraude. Acha que é um grande artista e mal consegue cantar”, “O Bieber não acha que pertence ao pan-teão dos últimos grandes artistas vivos, pois não? Dá von-tade de rir”, “Ele não está a mostrar respeito. Morreu um ícone!” são alguns dos comentários dos cibernautas.

Em causa está a homenagem do guitarrista Andrew Watt a Prince: “O último dos grandes artistas vivos”Justin Bieber está a originar uma onda de críticas nas redes sociais. Em causa está o comentário que o canadiano de 22 anos publicou na fotografia de homenagem a Prince que o guitarrista Andrew Watt colocou no Instagram.O músico dos California Breed partilhou uma imagem onde surge com uma t-shirt de Prince e onde publica um texto emotivo sobre o percurso trilhado pelo cantor que morreu aos 57 anos. Andrew Watt referiu-se a Prince como “o últi-mo dos grandes artistas vivos”. O cantor de 22 anos respon-deu em comentário a este post: “Bom, não o último grande artista vivo”.As críticas às palavras de Bieber, poucas horas depois da morte do cantor norte-americano, tem desencadeado uma onda de feedback negativo por parte dos cibernautas.

Comentário de Bieber sobre Prince enfurece cibernautas

respondeu Prince – creio que por essa altura com o nome de Prince – com o seui “Purple Rain”, algo que ecoou, entãp, como lançamento para a atenção mundial que, antes, quase o não conhecia. O seu “ego” crescia, crescia muito, quando tinha de enfren-tar nomes famosos da cena musical do Pop-tock e não s´p. Os chamados rappers também o tuteavam.Para avançar, sempre, à vontade, recorria a heterónimos como Jamie, Joey, Alexander, etc. Protagonizou cenas senti-mentais com Madonna, Kim Basinger e Vanity entre outras. Casar, casou duas vezes, a primeira das quais com Mayte Garcia, de quem teve um filho que viria a morrer oito dias depois de nascer.

Coisas! No mundo da Canção, tentou avançar por todos os caminhos, chegando a criar um conjunto de estúdios, em que gravou, até, algo do artista português pedro Abrunhosa.No passar dos dias, decerto que os “picuinhas” destas coisas vão descobrir nas suas gavetas temas e mais temas talvez a emprestar nova sonoridade e força anímica ao mundo em que se movimentava e tentava fazer movimentar os outros. Será, decerto, um espólio riquíssimo. A fazer inveja aos que mais produziram neste mundo difícil da Canção.Mesmo sem autores nem compositores. - CG

“Às vezes neva em Abril”. Quem o disse foi Prince, que agora se finou. “Sometimes it snows in April”. Para ele, que compôs a canção, era como que um prenúncio. Da sua morte, decer-to, com um frio miudinho de quantos o apreciavam. Um frio miudinho de Abril. Por nós, gelou-nos a notícia.

Vimo.lo, de longe, para aí em 1993, quando ele se apresen-tou em Portugal, em concerto que decorreu no Estádiop de Alvalade. Haveria de voltar a Portugal, umas quantas vezes, designadamente em 2013, no Coliseu dos Recreios, esgota-do em escassas horas.

Não me cheguei a ele para a entrevista que se impunha por me levantar da minha altura – com uns centímetros a mais que ele – e por saber que ele recusava dar entrevistas a jor-nalistas e apresentadores mais altos do que ele (e ele tinha 1,57), Mas acompanhei a sua carreira como Prince e como outros nomes que ele inventava para si próprio, consoante os temas e os estilos a cantar.

Tinha, ao que me dizem agora, um “ego” enorme. Defen-dia-se com ele. Atacava com ele. Ao rival Michael Jackson, chegou a desdenhar da sua popularidade. Ao seu “Thriller”

*Às vezes neva em Abril

Preço das casas sobe em Portugal

seguidas pelo Norte com um aumento de 6,1%. As regiões com as menores subidas fo-ram o Centro, com uma va-riação trimestral de 0,2%, e a Madeira (1,2%).

Lisboa com 1.369 euros/m2 é a região mais cara. Segui-da pelo Algarve onde custa 1.309 euros/m2 e Madeira (1.140 euros/m2).

Do lado oposto da tabela, encontra-se o Norte (889 eu-ros/m2), Centro (930 euros/m2) e Alentejo (1.138 euros/m2), como as regiões mais baratas.

O preço das casas em Portu-gal registou uma subida de 6,8% durante o primeiro tri-mestre de 2016, situando-se em 1.126 euros/m2, segundo o índice de preços do idealis-ta.

Excluindo o Algarve, todas as regiões assistiram a um aumento de preços.

No Algarve, os proprietários pedem menos 1,7% pelas suas casas em relação ao úl-timo trimestre de 2015. As regiões que mais subiram fo-ram Lisboa e Alentejo (19% e 12,5% respetivamente),

... e este ano devem aumentar entre 35% e 40% este ano

setor financeiro, o merca-do imobiliário é visto como estratégico na aplicação de poupanças”, disse, em decla-rações à Lusa.Segundo Luís Lima, que fa-lava à margem da participa-ção de oito empresas portu-guesas, incluindo da banca, na Feira de Imobiliário de Pequim (China), o investi-mento estrangeiro tem sido essencial para dar uma nova vida ao setor imobiliário nacional: “Atualmente, em Portugal, uma em cada cinco transações no imobiliário é para um investidor estrangei-ro. O Estado começa a ver o setor como exportação”.

As transações de imóveis em Portugal devem aumentar entre 35% e 40% este ano, animadas pelo investimento estrangeiro e recuperação do mercado interno. “Desde que não haja nenhuma asnei-ra, o número de transações no mercado imobiliário, em 2016, vai crescer entre 35% e 40%”, revelou Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).O responsável justificou o aumento do número de tran-sações com a “credibilidade e segurança” do setor. “Hoje em dia, com a incerteza no

António Costa, Augusto Santos Silva, Luísa Maia Gonçalves e Catarina Marcelino viajaram num dos Falcon 50 da Força Aérea.

Page 18: ABC PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER Nr 306

Conceição Baptista

25 Abril 201618 . Ler e contar

Se as mulheres portuguesas foram parte integrante da luta pela liberdade, foram também obreiras da alvorada de esperança que foi Abril! De facto, as mulheres portuguesas, desde a primeira hora, aderiram com o maior entusiasmo aos ideais libertadores do 25 de Abril ao saírem à rua, apoiando os soldados, levando nos braços os cravos rubros da fraternidade, que se tornaram o símbolo da Revolução.

O 25 de Abril, ao pôr fim à ditadura, permitiu o despertar colectivo da consciência política. Entre as grandes conquistas alcançadas pelo povo com a Revolução de Abril, encontra-se a emancipação da Mulher. O 25 de Abril abriu um processo de profunda transformação na vida das mulheres portuguesas.

Algumas das principais aspirações e reivindicações pelos direitos iguais, pelos quais milhares e milhares de mulheres lutaram durante décadas, foram, finalmente, conquistadas. As mulheres, as mais exploradas, as mais oprimidas entre os oprimidos, tiveram razão para saudar o 25 de Abril.

Muitas mulheres foram, pela primeira vez, a uma reunião, falaram de política, discutiram problemas específicos, reivindicaram melhores condições de vida, participaram em comissões diversas, integraram direcções sindicais e outras organizações de raiz popular.

A participação da mulher, nas batalhas políticas e sociais, tornada possível com o 25 de Abril, contribuiu, decisivamente, para o progresso do nosso País!

Hoje, aqui, apetece-me perguntar onde está aquele 25 de Abril, que tão profundamente alterou a vida das mulheres portuguesas, a vida do povo português? Onde estão as conquistas consagradas na Constituição? Onde está o meu povo - que tão heroicamente esteve ao lado dos capitães de Abril - lutando pelas mais profundas mudanças democráticas?

Todos nós sabemos que não há Revolução que consiga apagar as marcas dominantes de um passado de opressão. O que não sabemos é como foi que o tempo fez marcha atrás. Como uma austeridade económica pode oprimir o povo, que ainda tão bem se lembra de um passado de fome e de miséria. Que as mulheres portuguesas, lutadoras e esclarecidas, passem às mais jovens os ensinamentos que aprenderam com o 25 de Abril. Pois um ideal que proclama a abolição das injustiças sociais não pode morrer!

Por aqui, daqui, saúdo todas as mulheres do meu país, todo o meu povo, lembrando que “A Luta Continua” - e que deve ser com forças cada vez mais renovadas!

Fraude em análise:

Nenhum modelo da Mitsubishi em Portugal “afectado”A Mitsubishi Motors Portugal garantiu que “nenhum dos modelos” comercializados e homologados no mercado português “está afecta-do” pelas irregularidades nos testes de emissões de poluentes.O fabricante de automóveis japonês Mitsubishi Motors admitiu ter manipulado testes de emissões poluentes em, pelo menos, 625.000 veículos, alguns dos quais construídos para a também nipónica Nis-san.“Neste momento e, tendo em conta a informação de que dispomos, nenhum dos modelos comercializados e homologados no mercado português e europeu está afetado pelo referido problema”, garantiu a Mitsubishi Motors Portugal em comunicado.“A Mitsubishi Motors Corporation informou que foram detetadas irregularidades, relacionadas com a homologação, no Japão, dos modelos eKSpace e eK Wagon. Estes modelos são comercializados única e exclusivamente no Japão e este problema afeta 625.000 veí-culos”, acrescentou a filial portuguesa, salientando que o grupo “de-cidiu parar com a produção e vendas dos referidos modelos”.A fraude nos motores foi confirmada pela administração da Mitsu-bishi, numa conferência de imprensa marcada pela vénia de descul-pas de um dos líderes da marca japonesa.O anúncio surge numa altura em que a indústria automóvel tem sido sujeita a fiscalizações mais apertadas, depois de a alemã Volkswagen se ver envolvida num escândalo relacionado com fraudes nos testes de emissões.

A Mitsubishi Motors caiu hoje mais de 15% na bolsa de Tóquio após anunciar uma conferência de imprensa para explicar as “irregulari-dades” nos controlos de emissões poluentes, a maior queda desde julho de 2004.A Mitsubishi Motors, conhecida pelos seus modelos Outlander 4x4 e Pajero, fabrica cerca de um milhão de veículos por ano.Para o ano fiscal que terminou em março de 2016, a empresa estima atingir um volume de negócios de 2,260 mil milhões de ienes (15,8 mil milhões de euros).Os resultados serão publicados a 27 de abril.O caso lembra o escândalo que abalou a Volkswagen nos últimos meses, depois de o fabricante alemão admitir ter instalado em 11 milhões de carros um ‘software’ capaz de falsificar os valores das emissões poluentes dos motores a diesel.A Volkswagen arrisca-se agora a pagar milhões de euros em indem-nizações e multas

O Abril das Liberdades, das mentiras, da Juventude e da Paz e da ReconciliaçãoNa memória colectiva dos países africanos de língua oficial portuguesa, incluindo Portugal, o mês de Abril é sinónimo de liberdade. Estamos a falar do 25 de Abril de 1974.

Se para os africanos significa o fim dos longos anos de colo-nização e de todos os males de a mesma acarrecta, para os portugueses constitui o fim do regime Salazarista. Abriu-se uma porta de regresso ao passado em que os reinos se rela-cionavam na base do respeito pela soberania e anseios legíti-mos de ambos os povos.

Este regresso ao passado tem encontrado aqui e ali pontos divergentes com as expressões “saudosismo”, “ingerência ex-terna” e “tentativa de uma nova subjugação” a dominarem as esferas do debate dos tais fazedores de opinião. Mas parece que o mau estar confina-se apenas a este nível já que os esta-dos mantêm óptimas relações políticas e económicas.

Até existe o Comité dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), onde são aproximados pontos de vista políticos, económicos, sociais e culturais… Há também no plano mais informal as relações entre os povos, que no entanto são genuínas e não dependem de qualquer regulamentação. Sobre estas então, acabamos por ser todos irmãos, e juntamo-nos aos nossos manos do Brasil e do Timor para fazermos uma família à escala universal… porque nos comunicamos em português, e somos felizes por isso…

Dia das Mentiras? O dia 1 de Abril é conhecido mundialmente como o dia das Mentiras. Uma data que começou a ser celebrada há mais de 500 anos, ou perto disso. Este ano, como forma de me man-ter ligado aos amigos de longe, especialmente os do Canadá, anunciei a minha chegada a Toronto no dia 3 de Abril, sain-do de Luanda a 1 de Abril. Foi bom ver a onde de contenta-mento por parte dos amigos. Todos desejosos de privar uma tarde comigo nos seus aposentos. Queriam ver-me, falar-me, ouvir-me…

Queriam saber sobre o meu processo de readaptação aos hábitos e costumes da terra. Queriam saber da política e da economia angolana, dos Calupetekas e dos Jovens Revolu-cionários, do pastor João de Deus, também conhecido por Tio Jota Jota que punha medicamentos nos órgãos genitais das senhoras com o auxílio do pénis, com argumento de que

estas arranjariam maridos ricos e poderosos. Essas e outras makas vão ser contadas numa próxima ocasião. A viagem a Toronto foi, só mesmo, a minha mentira deste ano. Peço des-culpas pelos constrangimentos causados…

Libertação Nacional

Hoji ya Henda. Jovem destemido. Herói da luta de liberta-ção nacional. Morreu, como dizem, a 14 de Abril de 1967, quando tentava tomar de assalto uma unidade das tropas portuguesas, na região de Caripande, Moxico. O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) decidiu eternizar a data como o Dia da Juventude Angolana. Quando chega o mês de Abril realizam-se inúmeras actividades para celebrar a bravura daquele jovem que abraçou a luta armada como mecanismo de pressão política ao então regime colonialista português. E até calha bem. Abril é o começo da primavera, das folhas novas. Das ideias novas. Viva a juventude!

Reconciliação

Agora, falemos de paz e reconciliação Nacional. No dia 4 de Abril, celebra-se em Angola o Dia Nacional da Paz e Recon-ciliação, recordando o acordo de paz assinado em 2002 entre os dois maiores partidos políticos do país, MPLA e a UNITA. Angola viveu durante muitos anos uma guerra fratricida que assolou grande parte da população, causou graves problemas sociais e familiares deixando muitas sequelas na vida dos an-golanos.

Daí a necessidade da responsabilidade de assumir o com-promisso na altura da assinatura dos Acordos de paz, uma vez que todos os outros acordos assinados anteriormente fracassaram. Muitos homens e mulheres deste país ergue-ram o olhar para o horizonte em busca de esperanças que os ajudassem a viver. O sofrimento foi tão grande que o que se procurava no momento era apenas esquecer, para de alguma forma dedicar-se a construir o futuro. Catorze anos se passa-ram desde a assinatura do Acordo de paz… catorze anos em que muitas coisas mudaram no país. Já estamos bem? Ainda não… O caminho faz-se caminhando todos os dias, e todos juntos estamos a ser cada vez menos, agora que a crise do petróleo bateu-nos a porta…

*Jornalista em Luanda

O 25 de Abril e a Emancipação

da Mulher!

Por: Humberto Costa*

Page 19: ABC PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER Nr 306

Fernando Cruz Gomes

Ainda me dói...25 Abril 2016 25 Abril 2016 Ler e contar . 19

Durante a visita, Nyusi, que ao início da manhã de quarta-feira, passou a revista à Guarda de Honra antes de se reunir com Merkel na Chancelaria Alemã – residência oficial da chanceler -, manteve conversações oficiais com o presiden-te alemão, Joachim Gauck, o ministro federal da Coopera-ção e Desenvolvimento, Gerd Muller, e com a comunidade

Ainda me dói. Dói-me muito... mas não aqui, bem perto do local onde a bala entrou, mas um pouco mais acima, onde mora o coração, que é a sede dos sentimentos. Ainda se vê o local onde a bala entrou e, mais tarde, foi extraída pelo cirurgão. Ainda se anota o buraco superficial da tal bala que foi assassina para outros e em mim dormiu apenas umas horas enquanto o cirurgião a não extraiu. O que não se vê, de facto, é o sentimento que ela me fez lembrar em 19 de Abril que agora passou.Foi na Angola distante, onde poucos lembraram, decerto, os meandros de uma operação a que chamaram Viriato e que se destinava a retomar uma vila a que chamavam – e chamam, decerto, ainda hoje – Nambuangongo. É que do Úcua em diante, os soldados, mesmo em carros potentes – Unimogs, não? – andavam quase a par e passo. É que pela estrada esburacada adiante havia árvores, muitas árvores, para impedir o avanço normal.Éramos três, um grupinho que ajudara os outros a “limpar” a estrada para se poder prosseguir a caminhada, rumo ao tal Nambuangongo. Voltávamos para o carro. Ìamos conversando, cada um à sua maneira. Por mim, era o desgosto de estar naquilo, jornalista novato que se oferecera, designadamente com Fernando Farinha e Magalhães Monteiro – onde estão eles, agora?! – para cobrir a tal história.O Fagundes – e se não era este o nome é porque a velhice me não deixa lembrar... – ia dedilhando as cordas da saudade. Metera-se na guerra – meteram-no na guerra, melhor dizendo – quando deixava em casa, lá longe, a esposa à espera do nascimento da filha. Era uma filha que tinha então quase um ano. Era uma filha que ainda não conhecia, a não ser pela foto que lhe enviaram. E é linda, não é? – perguntava, mostrando a foto.E contava, contava... já com as lágrimas nos olhos e a fazer com que os nossos também se humedecessem. Foi então que a saraivada de balas – que nem o eram, já que de canhangulo se tratava a máquina de vomitar fogo... – foi então, sim... que tudo começou e acabou num ápice. O Fagundes não acabou a sua história. O colega do lado também tombou. E eu fiquei tão só a esvair-me em sangue, tombado por entre os dois.A menina do Fagundes é hoje, decerto, uma mulher feita, quase velha de 55 anos. Já não tem pai, que nem conheceu. E eu, caracol-sobre-mim-mesmo-enrolado... não lhe consegui ainda dizer que o pai tombou, a meu lado, a chorar por não conhecer a filha. Não lhe poude dizer, pronto!E hoje, passados todos estes anos, não lho posso dizer. Não segui o fio à meada. Não fui à procira dela. Deixei-me ficar num “deixa para lá...” doentio.Alguém a conhece? É que eu queria que esta minha dor – não a da bala, mas a outra, um pouco acima – me deixasse de vez. Ainda me dói, sim... dói-me muito!

moçambicana residente no país da Europa central e uma das principais potências mundiais.

O chefe do Estado participou ainda no Fórum de Negócios Moçambique-Alemanha e visitar a Unidade de Produção de Turbinas da Siemens, em Berlim.

Filipe Nyusi esteve em visita oficial à Alemanha

As chuvas que têm caído há vários dias sobre Luanda deixaram já mais de 10 mortos de acordo com várias testemunhas, mas os Serviços de Protecçao Civil e Bombeiros apenas se referiram a mais de cinco mil casas inundadas e ruas intransitáveis. O número de vítimas pode ser bem maior, bem como os estragos materiais.

No terreno, a população diz não saber o que fazer frente à situação.

Luanda “afogada” pelas chuvas

O presidente da República de Moçambique, Filipe Nyu-si, chegou terça-feira a Ber-lim, capital da Alemanha, para uma visita oficial de dois dias a convite da chan-celer Angela Merkel.

Segundo comunicado de imprensa da Presidência da República de Moçambique, a visita teve por objetivo «aprofundar as relações de amizade e de cooperação» entre os dois países e «atrair mais investimentos alemães para Moçambique».

*Autoridades não falam em prejuízos, mas há informações de, pelo menos, 10 mortos.

As chuvas têm provocado queda de árvores e inundações de avenidas e residências.

São visíveis os montes de lixo e águas paradas nas estradas que dificultam a mobilidade em várias zonas da capital angolana.

A conhecida Lagoa do Cuelho, em Viana, é o quebra-cabeças do Governo de Higino Carneiro, que recentemente fez o balanço dos seus 90 dias à frente da província.

Carneiro tenta há mas de um mês resolver a inundação que bloqueia a estrada principal de Luanda, que liga a capital a outras províncias.

Mário Domingos, que diariamente utiliza a avenida, disse que “a situação está pior, queremos acções e não exonerações e discursos”.

O taxista Manuel dos Santos diz ter mudado de rota e “que a zona do Zango também está intransitável”.

Por sua vez, a vendedora ambulante Maria Madalena disse à VOA que as chuvas têm criado muitos constrangimentos e no caso dela e das colegas chegam “a não ter qualquer lucro depois de um dia de trabalho”.

Neto Santos, trabalhador de carro-de-mão, lamenta não poder fugir às lagoas porque tem de levar comida para a casa.

Sem se referir ao número de vítimas, o porta-voz dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros de Luanda, Faustino Minguêns, disse que mais de cinco mil casas ficaram inundadas, tendo as chuvas provocado queda de árvores, de painéis publicitários e postos de iluminação e o soterramento de várias viaturas.

A circulação dos comboios do Caminho-de-Ferro de Luanda também está afectada.

Entretanto, fontes diversas admitem que cerca de 10 pessoas podem ter morrido e que há vários feridos.

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20 . Ainda a tempo 25 Abril 2016

Em vez de uma confrontação directa, disse o presidente ame-ricano, a comunidade internacional deve exercer pressões sobre a Rússia e o Irão para chegarem a um acordo com os rebeldes no sentido da formação de um governo de transição.Obama acrescentou contudo que a coligação liderada pelos Estados Unidos prosseguiria com os ataques aéreos contra posições do grupo Estado Islâmico em locais tais como Ra-qqa e Mosul.

O presidente americano Barack Obama afirmou que não consideraria o envio de forças terrestres para a Síria e acres-centou que deve haver mais do que um esforço militar para resolver os problemas do país.Numa entrevista à BBC, Obama considerou que seria um erro os Estados Unidos ou a Grã-Bretanha enviarem forças terrestres para derrubar o regime do presidente Bashar al Assad.

Presidente Obama na Alemanha defende estreitameto de relações económicasO presidente americano Barack Obama reuniu-se hoje com a chanceler alemã, Angela Merkel, na cidade industrial alemã de Hanover para conversações abordando temas tais como as re-lações económicas e a crescente ameaça terrorista à segurança transatlântica.O encontro assinalou o inico de uma vista de dois dias do presidente Obama à Alemanha que incluirá também conver-sações com os líderes da Grã Bretanha, França e Itália.O presidente Obama afirmou, durante uma conferência de imprensa conjunta, que os Estados Unidos e a União Euro-peia devem avançar com um histórico acordo sobre comér-cio livre apesar da grande oposição ao mesmo.Onbama e Merkel pretendem angariar mais apoio para a Par-ceira para o Comércio e Investimento Transatlântico, o pacto de comércio livre que está a ser negociado entre os Estados Unidos e a União Europeia.Os opositores argumental que o pacto daria demasiado po-der às multinacionais em detrimento dos consumidores e dos trabalhadores.Estima-se que um acordo do género acresceria 100 mil mi-lhões de dólares anualmente às economias dos dois lados do Atlântico.Obama e Merkel vão também participar hoje na abertura da Feira Industrial de Hannover considerada como a maior feira do género em todo o Mundo incluindo mais de 6 mil e 500 expositores provenientes de 70 países.A Casa Branca afirma que a ocasião põe em destaque a im-portância da colaboração entre os Estados Unidos e a Alema-nha em muitas questões incluindo a economia e o comércio.Não ao envio de forças terrestres para a Síria

Reforma para polícias aos 60 anos entrou em vigor em 2015 mas a Caixa Geral de Aposentações está a aplicar cortes equi-valentes a reformas antecipadas

A ministra da Administração Interna disse que está a ana-lisar os cortes nas pensões de reforma dos polícias, estando em “diálogo permanente” com o Ministério do Trabalho para perceber o que está em causa.

“A situação preocupa-me. Estou a tentar perceber e a analisar quais são os contornos da questão e estou em diálogo per-manente com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Se-gurança Social no sentido de perceber melhor o que está em causa”, disse aos jornalistas Constança Urbano de Sousa, que no dia 26 vai ser ouvida no parlamento sobre este assunto.

O Estatuto profissional da PSP, que entrou em vigor a 01 de dezembro de 2015, estabelece a reforma para os polícias aos 60 anos, mas a Caixa Geral de Aposentações está a fazer cortes de cerca de 13 por cento, valor aplicado às reformas antecipadas.

Estes cortes estão a ser contestados pelos sindicatos da PSP e o Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) tem marcada uma manifestação para terça-feira, junto ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSS), apesar de hoje se reunir com o ministro Vieira da Silva.

Sobre o protesto, a ministra afirmou que os sindicatos “têm o direito de se manifestar”, sendo um direito que lhes assiste.Constança Urbano de Sousa falava aos jornalistas à margem da conferência “

Os polícias portugueses no centro dos novos desafios euro-peus”, organizada pela Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) no âmbito das comemorações dos 27 anos dos “secos e molhados”.

A ASPP vai ter um encontro com o ministro Vieira da Silva na próxima quarta-feira sobre os cortes nas pensões dos po-lícias.

O presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, disse aos jornalistas que vai aguardar pelos resultados da reunião para definir o que vai fazer no futuro sobre estas questões.No entanto, considerou que o Governo tem que fazer cum-prir a lei, ainda que o estatuto profissional tenha sido aprova-do pelo anterior executivo.

Em PortugalAdministração Interna diz que está analisar cortes nas reformas dos polícias

Papa Wemba, rei da rumba congolesamorreu em palco

O cantor congolês, também conhecido por rei da rumba congolesa, colapsou em palco, enquanto actuava na noite de sábado, 23, no Festival Femua em Abidjan, Costa do Marfim.Percussor do Soukous, Jules Shungu Wembadio Pene Kikum-ba (Papa Wemba) era natural da República Democrática do Congo e coube-lhe o mérito de fundir os ritmos tradicionais africanos com o rock e pop ocidentais. O cantor de 66 anos foi fundador das bandas Zaiko Langa Langa e Viva la Musica e fez igualmente parte dos Isifi Lokele.Em 1969 nascem os Zaiko Langa Langa que se tornam uma das bandas mais influentes da música de fusão que se fazia no Congo Democrático, como também por toda a África.No auge da fama dos Zaiko Langa Langa, em 1974, Papa Wemba abandona o grupo com outros dois membros e for-mam os Isifi Lokele. É em 1975 que ele deixa de ser Shungu e passa a Papa a Wemba.Em 1977 surge Viva La Musica, um grupo composto por vá-rios músicos e que teve sucesso logo de imediato, embora ao longo do seu percurso tenha conhecido vários revés, devido à febre da fama e a alguns desentendimentos no plano finan-ceiro.

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25 Abril 2016 Comunidades . 2125 Abril 2016

fazer para travar uma platafor-ma “criminosa” e “ilegal”.Porém, conforme assinala o Público, quanto maior a con-testação, mais cresce a Uber em Portugal: em agosto de 2014, arrancou em território nacional com a UberBlack, que utiliza carros topo de gama; em dezembro do mesmo ano, lançou a Uberex, com auto-móveis de gama média e, mais recentemente, em setembro do ano passado - data da primeira marcha lenta de taxistas contra a Uber em Lisboa e no Porto - a aplicação da Uber foi a mais descarregada em Portugal na App Stores da Apple.Sobre a revolta no sector dos táxis, os dirigentes das associa-ções representativas - ANTRAL e Federação Portuguesa do Táxi -, apesar de já terem vindo a público condenar as agressões,

O diretor europeu da Uber, o holandês Rob van der Woude, já apresentou queixa na Pro-curadoria-Geral da República devido aos sucessivos casos de violência e disse ao jornal que teme um agravamento da situa-ção. Os taxistas arrancam hoje, segunda-feira, com uma sema-na de luta contra a atividade da Uber em Portugal e contra o Governo, que acusam de nada

Mais de 70 agressões contra motoristas da Uber em Portugal

Conta o “Diário de Notícias” que, desde o início de 2015, fo-ram reportadas às autoridades 71 agressões a motoristas que trabalham com a Uber, a pla-taforma que oferece serviços de transporte privado. Os casos aconteceram em Lisboa e no Porto e a maior parte das agres-sões terá sido cometida por ta-xistas, como revela, também, o jornal Público.

ções ao Público, sob anonimato, garantem que vivem com medo as horas que passam ao volante, devido às constantes ameaças que, cada vez mais frequente-mente, passam a agressões.

As associações preparam-se agora para avançar com uma ação nos tribunais que visa pedir uma indemnização “de milhões de euros” à Uber e aos políticos. Já os motoristas da Uber que prestaram declara-

atribuem responsabilidades ao Governo, que nada faz para “acabar com a ilegalidade no sector”. “Quem não se sente, não é filho de boa gente”, disse ao Público António Florêncio, o presidente da ANTRAL.

do respetivo expediente, que será encaminhado para entida-des competentes”.O aparato policial envolveu de-zenas de agentes, incluindo do Corpo de Intervenção e pelo menos seis veículos, que chegou a cortar o trânsito nas duas vias de acesso à entrada da Fernan-do Pessoa, frente ao jardim da Arca d’Água.

banho do edifício das pós-gra-duações, exigindo falar com al-guém da reitoria. O pai terá dito aos funcionários da universida-de e à PSP que estava armado.A PSP do Porto acabou por eva-cuar o pólo das pós-graduações enquanto negociava com os dois homens. Um processo que durou até cerca das 18:30.De acordo com a PSP, os dois “indivíduos foram conduzidos ao departamento policial para identificação e para elaboração

Os dois homens, de 50 e 30 anos, fecharam-se numa casa de ba-nho de um dos polos daquela universidade exigindo falar com o reitor e ameaçaram “explodem aquilo tudo”. PSP resolveu a si-tuação após cerca de duas horas e meiaDois alunos da Universidade Fernando Pessoa, no Porto, re-voltados com uma situação de créditos que os impediu de pas-sar o ano, barricaram-se cerca das 16:00 numa das casas de ba-nho daquela instituição e amea-çaram fazer-se explodir, referiu fonte policial. A situação aca-bou cerca de duas horas e meia depois, com os negociadores da PSP a demover os indivíduos.Os homens serão pai e filho e fecharam-se numa das casas de

Dois alunos da Universidade Fernando Pessoa ameaçaram fazer-se explodir

Corpo encontrado em contentor

Foi em Cascais. Uma notícia que está ainda em actualização. O cadáver de um homem, de cerca de 50 anos, foi encontra-do, na manhã de sábado, num contentor em Murches, con-celho de Cascais.

O alerta foi dado à GNR pelas 10.20 horas, por populares que encontraram o corpo e que acharam que havia ali motivo para investigação.

De acordo com o Notícias ao Minuto, no local ainda se en-contravam na noite de sábado, a GNR e a PSP, mas ainda não teria sido possível apurar as causas que originaram a morte do homem.

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Page 22: ABC PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER Nr 306

Economia europeia – Sentimento dos agentes econó-micos arrancou o 2.º trimestre com tendência positiva (subida do sentimento dos consumidores e dos investi-dores, e apenas uma ligeira descida nos empresários), numa semana também marcada pela reunião do BCE, que, como esperado, manteve inalterado o stance da sua política monetária, que permanece bastante ex-pansionista

Sentimento dos agentes económicos arrancou o 2.º trimes-tre com tendência positiva, assistindo-se a uma melhoria do sentimento dos consumidores e dos investidores…

Tratou-se de uma semana que, do ponto de vista da di-vulgação dos indicadores económicos de atividade, ficou essencialmente marcada pelos dados de natureza quali-tativa, já referentes ao 2.º trimestre – com destaque para as leituras preliminares de abril de alguns dos principais indicadores qualitativos para a região, que revelaram mo-vimentos tendencialmente ascendentes. A confiança dos consumidores da Comissão Europeia (CE) terá subido, em abril (de -9.7 para -9.3 pontos), depois de três quedas consecutivas e revelando um resultado em linha com as expectativas do mercado.

A variável encontra-se pela 27.ª vez, em 28 meses, aci-ma da sua mediana histórica e em níveis compatíveis com novos acréscimos do consumo privado nos 1.º e 2.º trimestres de 2016, estimando-se um crescimento deste agregado entre 0.4% e 0.6% no 1.º trimestre, em acele-ração (+0.2% no 4.º trimestre de 2015). Por seu lado, ao nível do sentimento dos investidores, os índices ZEW (expectativas), que medem a confiança dos investidores relativamente ao crescimento da Alemanha e da Zona Euro aumentaram ambos em abril (de +4.3 para +11.2 pontos, no índice alemão, e de +10.6 para +21.5 pontos para a região) e, no primeiro caso (o único com consenso da Bloomberg), mais do que o esperado pelo mercado, embora permanecendo, pelo 8.º mês consecutivo, num ní-vel inferior à sua média histórica.

… e apenas uma ligeira descida do sentimento dos em-presários

Já ao nível dos empresários, a leitura preliminar de abril do indicador PMI compósito da Markit apontou para uma ligeira descida mensal, de 53.1 para 53.0 pontos, repre-sentando a 3.ª descida nos últimos quatro meses e rever-tendo a subida observada no mês anterior, tratando-se de um resultado mais desfavorável do que o esperado pelo mercado, que apontava para uma ligeira subida do indi-cador (consenso: 53.3 pontos). Ainda assim, o indicador encontra-se apenas 2.8 pontos abaixo dos níveis máximos desde maio de 2011 (55.8 pontos) observados em agosto. O indicador evidencia uma tendência de fundo ascenden-te, sinalizando acréscimos em cadeia da atividade econó-mica de 0.4% nos 1.º e 2.º trimestres de 2016 (a Markit refere +0.3%), tratando-se de um resultado ligeiramente abaixo das nossas perspetivas, dado que o nosso indica-dor compósito para o PIB aponta para um crescimento em cadeia do PIB entre 0.4% e 0.5% no 1.º trimestre, em aceleração face aos 0.3% do 4.º trimestre.

BCE manteve inalterado o stance da sua política monetá-ria, que permanece bastante expansionista…

Mas a marcar a semana esteve, essencialmente, a reunião de política monetária do Conselho de Governadores do BCE, que decorreu no dia 21 de abril, com a autoridade a não anunciar qualquer alteração ao stance da sua política monetária, em linha com as nossas expectativas e as do mercado, depois de, na anterior reunião (10 de março), ter reforçado o seu carater expansionista através de uma nova redução das suas principais taxas de juro (o merca-do apenas esperava uma redução da taxa de depósitos, de

-0.30% para -0.40%, como se veio a concretizar, mas cor-tou também a refi rate e a taxa da facilidade permanente de cedência de liquidez em 5 p.b., para 0.00% e 0.25%, respetivamente) e um novo reforço do programa de com-pra alargada de títulos de dívida – programa quantitative easing (QE) -, neste último caso aumentando o ritmo mé-dio de compras mensais de ativos dos anteriores 60 mM€ para 80 mM€ (também aqui surpreendendo pela intensi-dade da medida, já que o mercado apontava para valores entre 70 mM€ e 75 mM€).

Assim, nesta reunião de 21 de abril, o BCE comunicou que, tendo como base as suas análises económicas e mo-netárias regulares, e após a alteração do stance da sua política monetária efetuado na anterior reunião (10 de março), decidiu, em termos de medidas de política mo-netária convencional, manter as suas principais taxas de juro, tendo ademais reiterado que espera que estas per-maneçam nos atuais níveis, ou ainda mais baixas, por um período prolongado de tempo e bem além do horizonte de vigência do programa de compras de ativos (prevista até, pelo menos, março de 2017). Em relação às medidas de política monetária não convencional, o BCE referiu que começou a expandir o ritmo de compras mensais no âmbito do programa alargado de compra de ativos (QE), conforme tinha sido anunciado na anterior reunião (10 de março), dos anteriores 60 mM€ para 80 mM€, reiterou que este programa de QE vigorará até, pelo menos, março de 2017 e reafirmou que se manterá até que a inflação da Zona Euro se revele consistente com o objetivo de médio prazo (abaixo, mas próxima dos 2%). Além disso, a auto-ridade avançou que, no próximo mês de junho, irá realizar a 1.ª operação da nova série de quatro operações de em-préstimos de longo prazo (TLTRO II), bem como iniciar as compras de ativos ao abrigo do programa de compra para o setor empresarial que tinha sido anunciado na reu-nião de março. Sobre este programa de compras para o

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setor empresarial, o BCE garantiu que todas as empresas não-financeiras poderão ser contempladas, excluindo, no entanto, as participadas/detidas por bancos.

… mas reiterando que, caso se revele necessário para atingir o seu objetivo de estabilidade de preços, voltará a atuar

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do BCE, o Presidente da autoridade, Mario Draghi, realçou que, na sequência das decisões de política monetária ex-pansionista adotadas na reunião de março, que se vieram juntar ao conjunto de medidas expansionistas que têm es-tado em vigor nos últimos tempos na região, as condições de financiamento na Zona Euro revelaram uma melhoria. Draghi referiu que a transmissão dos estímulos monetá-rios para as empresas e os particulares, através do sistema bancário, tem vindo a fortalecer-se. No entanto, conti-nuou a dar conta da persistência de incerteza ao nível glo-bal. Em termos prospetivos, Draghi reforçou ser essencial preservar um grau adequado de acomodação monetária enquanto se revelar necessário, de modo a suportar o di-namismo da recuperação económica da Zona do Euro e a acelerar o retorno da inflação para níveis abaixo, mas próximos, de 2%. Neste sentido, frisou ser fundamental evitar efeitos de 2.ª ordem sobre os preços. O Conselho de Governadores do BCE reiterou ainda que irá continuar a acompanhar de perto a evolução das perspetivas para a estabilidade de preços na região e, se tal se justificar para atingir o seu objetivo, irá voltar a atuar, utilizando todos os instrumentos disponíveis dentro de seu mandato.

José Miguel Moreira

[email protected]

25 Abril 201622 . De tudo um pouco

Os Gabinetes de Apoio ao Emigrante já existentes resultam de um protocolo de cooperação entre a DGACCP e os Municípios Portugueses, tendo como destinatários os portugueses ainda emigrados, aqueles que já regressaram ou que irão regressar, bem como os que pretendem iniciar um processo migratório.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, e o Secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Soares Miguel, participaram no II Encontro Nacional dos Gabinetes de Apoio ao Emigrante, realizado em Coimbra, no sábado.

No Encontro Nacional, decorreu a assinatura de protocolos com a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), a Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) e com a Câmara Municipal de Coimbra, inaugurando um novo modelo dos Gabinetes de Apoio ao Emigrante (GAE), que prertende valorizar a dimensão económica e empresarial dos GAE, por intermédio da relação com o Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora.

O presente Encontro incluiu, ainda, a assinatura de um protocolo entre a Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas (DGACCP), do Ministério dos Negócios Estrangeiros, e a Câmara Municipal de Coimbra, que lançará o novo modelo dos GAE nesta cidade. As nossas informações dizem que é igualmente objetivo do Governo levar a cabo uma avaliação de resultados e a consequente reformulação dos conteúdos que atualmente integram os GAE.

Convento de São Francisco, Largo Rossio de Santa Clara, em Coimbra

Encontro Nacional dos Gabinetes de Apoio ao Emigrante

Page 23: ABC PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER Nr 306

Por: Antonio Custodio Barros(NhP 7132)

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Vicente Lucas sofre nova amputação

Em 01 de março, o Belenenses deu conta da hospitalização do “maior símbolo vivo” do clube, para cirurgia.

O jornal Record noticiou no passado dia 23 de fevereiro que o antigo jogador dos ‘azuis’, de 80 anos, corria o risco de am-putação do pé esquerdo, devido a gangrena.

Irmão de Matateu, Vicente Lucas nasceu em Maputo e ves-

tiu a camisola do Belenenses entre 1954/55 e 1966/67, tendo conquistado a Taça de Portugal, em 1959/60.Vicente Lucas terminou a carreira de futebolista aos 31 anos devido a uma lesão na vista, na sequência de um acidente de viação, em outubro de 1966, pouco depois de se ter celebri-zado com a marcação a Pelé na vitória lusa frente ao Brasil, por 3-1, no Campeonato do Mundo, numa das 20 ocasiões em que vestiu a camisola das ‘quinas’.

OEIRAS

Embarcação encalhada na praia de Santo Amaro

A embarcação ‘Patríca’, com cerca de sete metros de compri-mento, está encalhada na praia de Santo Amaro de Oeiras, desde as 9 horas de quinta-feira, depois de ter ficado à deriva após uma falha do motor.

A bordo estava um casal de pescadores, naturais de Vila Franca de Xira. O alerta foi dado pelo à Polícia Marítima pe-las 9.25 horas.

No local estiveram a PSP e a Polícia Marítima e nenhum dos pescadores terá ficado ferido.

O Belenenses anunciou que o antigo futebolista Vicente Lucas, que fez parte da sele-ção portuguesa que disputou o Mundial de 1966 e sofre de gangrena no pé esquerdo, teve de amputar “um segun-do membro inferior”.

“Vem a Direção do Clube de Futebol ‘Os Belenenses’ informar que, tal como foi dado a conhecer, Vicente Lucas foi na noite de quar-ta-feira, submetido a uma intervenção cirúrgica no Hospital de São Francisco Xavier, sendo agora possível comunicar que a operação decorreu em conformidade com o esperado pela equipa médica, não tendo sido pos-sível evitar a amputação de um segundo membro infe-rior”, lê-se no sítio do emble-ma do Restelo.

Ainda assim, o clube lisboe-ta revela que Vicente Lucas “está estabilizado”, após esta segunda intervenção cirúr-gica.