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ABSORCAO DE NUTRIENTES POR DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus L.) EM FUNÇÃO DA IDADE DA PLANTA, EM CONDIÇÕES DE CAMPO EDI JORGE SFREDO Orientador: PROF. DR. JOSE RENATO SARRUGE Tese apresentada ã Escola Superior de Agricultura "l�iz de Que iroz'! da Un!- versidade de Sao Paulo, para obtençao do título de Doutor em Agronomia. Ã- rea de Concentração: Solos e Nutrição de Plantas. PIRACICABA Estado de São Paulo - Brasil Dezembro 1983

ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

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ABSORCAO DE NUTRIENTES POR DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus L.) EM FUNÇÃO DA IDADE

DA PLANTA, EM CONDIÇÕES DE CAMPO

<iEDI JORGE SFREDO

Orientador: PROF. DR. JOSE RENATO SARRUGE

Tese apresentada ã Escola Superior de Agricultura "l�iz de Queiroz'! da Un!­versidade de Sao Paulo, para obtençao do título de Doutor em Agronomia. írea de Concentração: Solos e Nutrição de Plantas.

PIRACICABA

Estado de São Paulo - Brasil

Dezembro 1983

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A meus pa1.-s.,

com admiração e orgulho.

A meus irmãos.,

com gratidão e amizade.

à minha esposa e a meu filho.,

pelo reconhecimento e pela . � .

pac1.-enc1.-a.,

DEDICO.

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iii

AGRADECIMENTO

à Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo

oferecimento do curso e pela contribuição

científica e cultural.

formação

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA),

pela oportunidade e pelas vantagens oferecidas

realização do curso.

para a

Ao Professor Doutor José Renato Sarruge, pela orientação

e amizade dispensadas.

Ao Professor Doutor Henrique Paulo Haag, pela

ção e amizade dispensadas.

colabora-

Aos demais Professores, componentes da Banca Examinadora

pelas criticas e sugest�es ap�esentadas.

Ao colega Pesquisador Rubens José Campo, pela

ção neste trabalho.'

colabora-

Ao funcionário do CNPSoja/EMBRAPA, Mário César Ferreira

Godinho, pela colaboração na análise e coleta dos resul

tados deste trabalho.

Aos funcionários do Setor de Nutrição Mineral de Plantas

do Departamento de Química da ESALQ/USP.

Aos colegas de Curso, pelo apoio e pela troca de idéias.

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iv

INDICE

Página

RESUMO

SUMMARY

1. 1 NTRODUÇÃO

2. REVI SÃO DE LITERATURA 3

3. MATERIAL E MÉTODOS • . • . . • . . • . . • . • • . • • • • . . • • . . • • • . 13

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO •••..••.•••.•••.•••.•.••.• 21

4.1. Peso da matéria seca e peso de gr�os ........ 21

4.2. Crescimento ....... .... ................. .... 23

4.3. Acúmulo de macronutrientes ................. 26

4.3.1. Nitrogênio .......................... 26

4.3.2. Fósforo ........ ... ................ .. 30

4.3.3. Potássio ............................ 37

4.3.4. Cálcio ..•........................... 42

4.3.5. Magnésio ··········ª

·················· 46

4.3.6. Enxofre ............................. 50

4.4. Acúmulo de micronutrientes ....... ... ... .... 53

4.4.1. Cobre . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

4.4.2. Manganês ............................ 57

4.4.3. Zinco ............................... 62

4 . 4 . 4 . B o r o ª .: ª• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 6 6

4. 4. 5. Ferro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

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V

Página

4.5. Acúmulo de matéria seca e de nutrientes ..... 73

4.6. Exportação de nutrientes ................... 73

4. 7. Diagnose foi iar .. . . . .. . • .. . . .. . . . . .. . . .. . . . 78

5. CONCLUSÕES .. . .. .. • • • • • • • • .. .. .. • . . . • .. .. • .. • .. • • 80

6. LITERATURA CITADA ••••..••.•..••.••••..•..•...•.. 82

7. APÊNDICE ••••..•.••••.••••.••••..••..•.••••••.... 89

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vi

ABSORÇAO DE NUTRIENTES POR DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL

(Helianthus annuus L.) EM FUNÇAO DA IDADE DA

PLANTA EM CONDIÇOES DE CAMPO

Candidado: Gedi Jorge Sfredo

Orientador: Prof. Dr. José Renato Sarruge

RESUMO

Com o objetivo de se estudar a marcha de ab-

sorção de nutrientes pelo girassol (Helianthus annuus L.), em

função da idade da planta, instalou-se um experimento no Cen­

tro Nacional de Pesquisa de Soja/EMBRAPA , em Londrina - PR.

Determinaram-se a curva de crescimento da planta, em

da idade, o acúmulo de nutrientes e a concentração de

função

nu-

trientes, em duas cultivares (Contissol e Guayacan), adubadas

e não adubadas.

O experimento foi conduzido no ano agrícola

1981/82, em condições de campo, no solo argiloso, Latossolo

Roxo eutrófico, sem limitações, tanto física como quimicamen­

te . O delineamento estatístico foi o inteiramente casualiz�

do com quatro repetições. Uti1 izaram-se 6 tratamentos com adu

bação, distribuídos em parcelas de 13 x 30 m. As relações foram:

o- o- o; l - 1- l ; 2- 1 -1 ; 1-2-1; 2-2-1; e 2-0-0 (NPK) corres-

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vii

pondendo as doses O = O = 45 kg/ha 2 90 kg/ha (N , P205 e K20).

Na semeadura usou-se um espaçamento de 0,80 m

entrei inhas, deixando-se uma densidade de 5 plantas por metro

linear, correspondendo a uma população de 62.500 plantas/ha.

A coleta de amostras para análise foi efetuada de 14 em 14 dias

a partir da emergência das plantas, até o final do ciclo.

Após cada amostragem as plantas foram separa -

das em folhas, caules, capítulos e sementes e analisadas qui­

micamente para nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magne -

sio, enxôfre, cobre, manganês, zinco, boro e ferro.

Nas condições em que o experimento foi conduzi

do pode-se concluir:

- a produção de matéria seca não foi

pela adubação utilizada;

afetada

- a melhor produção de grãos foi obtida na tes

temunha (0-0-0);

- a maior velocidade de crescimento, assim co­

mo de absorção de nutrientes, ocorreu aos

56 dias após a emergência;

- as concentrações mínimas de nutrientes ocor-

reram no ponto de maior acúmulo de matéria

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seca, mostrando o efeito de diluição;

a ordem na absorção de nutrientes a se-

guinte: K > N > Ca > Mg > P > S > Fe > Mn >

B > Zn > Cu;

a ordem de exportação de nutrientes e:

N > K > P > Mg > Ca > S > Fe > Mn > Zn > Cu>

>B.

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age;

ABSORPTION OF MACRO ANO MICRONUTRIENTS DURING

THE LIFE CYCLE OF TWO CULTIVARS OF SUNFLOWER

(Helianthus annuus L.) CROP

Candidate: Gedi Jorge Sfredo

Adviser: Prof. Dr. Jose Renato Sarruge

SUMMARY

ln order to:

1) as certain the growth curve related to plant

2) appraise the concentrations of the macro and

micronutrients in the plant during the growth stage;

3) as certain the acumulations of the macro and

micronutrients in the plants during the growth period.

A field trial was carriied out at the Centro Nacional

de Pesquisa de Soja (Nat iona 1 Center of Soy b ean Research), Lon­

drina, PR, Brazil during ·the years of 1981/82 on a soil classi­

fied as Latossolo Roxo (Eutrustrox) without physical and chemical

restrictions. The cultivars tested were Contissol and Guayacan.

The statistical design obeyed to an entire randornized b lock, with

four replications for each treatrnent. Six fertilizer treatrnents

were used: 0-0-0; 1-1-1; 2-1-1; 1-2-1; 2-2-1 and 2-0-0 for NPK

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X

The amounts of ferti l izer used were O, nihi l, == 45 kg/ha and

2 = 90 kg/ha. Along the sowing a 0,80 m spacing was used

among l ines, being left a density of 5 plants every linear meter,

corresponding to 62,500 plants/ha populations.

Plants were sample every 14 days after the

emergence until the plant cycle end. After every sarnple day

the plants were divided into leaves, stems, seed capsules,

seeds and dried at Boºc. The samples were forward analysed for

N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn and Zn.

The author concludes

1) The dry matter production was not affected

by the mineral fertilization;

2) The highest grain production was obtain in

the absent of ferti I izer use;

3) The fasted growth speed as wel 1 nutrient

absorption occur 56 days after the plant emergence;

4) The nutrients were absorved by the plants

in the following order: K > N > Ca > Mg > P > S > Fe > Mn >

B > Zn > Cu;

5) The nutrients were exports in the seed in

t h e f o 1 l ow i n g o r d e r: N > K > P > M g > C a > S > F e > M n > Z n >

Cu > B.

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l. 1 NTRODUÇÃO

O Girassol (Helianthus annuus L.) e uma im-

portante oleaginosa, cuja produção de óleo só está abaixo da

produção de óleo de soja. Sua principal riqueza sao os áci-

dos graxos nao saturados, principalmente o ácido 1 i no 1 é i co

(66,2%), que é essencial -

para o corpo humano e nao sintetiza-

do pelo organismo do homem (HEMERLY, 1979).

Após a extração do óleo, o resíduo pode ser a­

proveitado para fabricação de farelo, que é usado nas formula

ções de rações com alto teor de metionina, que e um aminoáci

do essencial na alimentação animal.

Os maiores produtores mundiais de girassol -

sao

a Rússia e os Estados Unidos. As maiores produtividades se

situam entre 2000 e 2500 kg/ha.

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No Brasil, a primeira referência

rassol data de 1924, embora presuma-se que os

2

sobre o gi­

primeiros cul-

tives esporádicos, principalmente nos estados do sul, foram

iniciados na época da colonização, quando os agricultores tro�

xerarn consigo o hábito de consumir os grãos torrados. Inicial

mente, os plantios eram feitos entre fileiras de outra cultu-

ra, principalmente o milho. Entretanto, a cultura do girassol

não se expandiu, no Brasi 1, devido a vários fatores dos quais

os mais importantes foram as pragas e doenças. (EMBRAPA/CNPso

ja, 1980).

Atualmente, seu cultivo está aumentando no sul

do país , com boas perspectivas de sucesso, devido à introd�

ção de novas cultivares, que se adaptam muito bem às

ções brasileiras, podendo estender-se por todo o país.

condi-

O objetivo desse trabalho foi estudar a absor­

ção de nutrientes em função da idade da planta, em duas cult!

vares de girassol, adubadas ou não, onde foram observados os

seguintes aspectos:

a) Produção de matéria seca;

b) Concentração e acúmulo de nutrientes na

planta (N, P, K, Ca, Mg, S, Fe, Cu, B, Mn e

Zn), em diversos estádios de desenvolvimen-

to;

c) Exportação de nutrientes pelos graos;

d) Produção de grãos.

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3

2. REVISAO DE LITERATURA

O girassol é uma oleaginosa de ciclo curto,

que produz um dos melhores Óleos vegetais, devido ã sua comp9

sição em ácidos graxos nao saturados, principalmente o l i no-

leico (HEMERLY, 1979).

No Brasil, poucos trabalhos foram realizados

com nutrição mineral do girassol. Os trabalhos existentes es-

tudam cultivares introduzidas de outros países

são mais cultivados no Brasil.

que hoje nao

Comparativamente a outras culturas, o girassol

extraí mais nutrientes, considerando-se os macronutrientes N,

P e K (Tabela l).

Conforme mostra a Tabela l, somente a soja ex­

trai quantidades de nitrogênio acima do girassol. Para o fós-

foro, o girassol extrai o dobro da soja e milho e, mais do

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que o triplo do trigo. Quanto ao pot�ssio, a cultura do gira!

sol extrai quantidades maiores que as outras culturas citadas.

Quando se confrontam resultados de diversos

autores, torna-se difícil uma interpretação segura, quanto

à absorção de nutrientes pelo girassol. Rollier (1972), cita

do VRANCEANU(l977), diz que para produzir 1000 kg de graos,

o girassol necessita de 40 a 60 kg de N, 15 a 23 kg de P205 e

75 a 120 kg de K20.

Tabela 1 - Quantidades de N, p e K extraídas (kg/ha) para prQ

dução de l 00 O kg de -

graos, de quatro culturas

Produçao kg/ha Culturas de grãos Fonte

kg� N P205 K20

Girassol 1000 52 26 51 MACHADO (1979)

Trigo 1000 29 8 l O SEMIHNENKO et alii (1960)1

Mi 1 ho 1000 29 5 36 ANDRADE et alii (1975a)

Soja 1000 ' 77 14 38 CORDElRO et alii (1979b)

1Citado por VRANC EANU (1977).

Segundo ROBINSON (l973) e MACHADO (1979), a e�

tração obedece à seguinte ordem: N>K>Ca>Mg>P>S. A exportação

de nutrientes segue a ordem: N>K>P>Mg>S>Ca, segundo ROBINSON

(1973) e ainda, segundo MACHADO (.1979), N>Ca>K>Mg>P>S.

GACHON ( 1972) encontrou .uma ordem de exporta-

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ção idêntica à de Robinson (1973). Semihnenko et alii (1960) e

Rol l i e r ( 1 9 7 2) , c i ta d o por VRANCEANU (1977), encontraram maior

absorção de potássio que de nitrogênio: K>N>P. Nota-se, porta!}

to, que há algumas contradições entre diversos autores, indi -

cando que mais pesquisa deve ser realizada, com a cultura do

girassol, nas condições brasileiras.

A quantidade de nutrientes acumulada e exporta-

da pelos grãos é importante para uma futura recomendação de

adubação. Além disso, é importante conhecer-se como se dá a

absorção de nutrientes, durante os diferentes períodos do ci­

clo vegetativo da planta.

MACHADO (1979) estudando o conteúdo de N, P e K

de plantas inteiras de girassol, durante os diversos estádios

de desenvolvimento, encontrou que à medida que aumenta a mas­

sa vegetativa diminui o conteúdo de N, P e K, na parte aerea

e só nas folhas. Esse resultado pode ser explicado pela dilui­

ção que os nutrientes sofrem na planta, à medida que ela cres-

ce.

ROBINSON (1973), também estudou a composição de

nutrientes no girassol durante seu desenvolvimento e,

ele, a absorção de nutrientes é rápida em relação à

segundo

produção

de matéria seca, no início do crescimento. Consequentemente, a

concentração de nutrientes é maior em plantas novas e decresce

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com a maturaçao. Isso também foi encontrado por MACHADO (1979).

GACHON (1972) estudando a marcha de absorção de

nutrientes de duas variedades, Peredovik e INRA-6501, observou

que tanto para produção de matéria seca, como para absorção

de nutr�entes, as duas variedades se comportavam igualmente.

O crescimento do talo é lento até os 30 dias,

porem, daí até os 70 dias (floração plena), quando a planta

atinge sua altura máxima, o crescimento é rápido, sendo maior

que qualquer outra parte da planta, estabilizando-se depois.

As folhas também têm seu crescimento estabi I izado, na floração

plena. A matéria seca total, atinge seu máximo de acúmulo, na

maturaçao. MACHADO (1979) encontrou resultados semelhantes.

Ainda GACHON (1972), estudando a marcha de ab­

sorçao de nutrientes, observou uma intensa translocação de ni­

trogênio, das folhas e talos, para os capítulos e sementes, d�

pois do período de floração. Isso também foi observado por MA­

CHADO (1979), onde o acúmulo máximo de N, nas folhas, foi aos

70 dias, apos a emergência. Verificou que o acúmulo máximo de

nitrogênio, na planta toda, ocorreu na maturaçao,

semelhante ao encontrado por MACHADO (1979).

resultado

Do mesmo modo, GACHON (1972), observou que na

fase inicial de desenvolvimento, a absorção de fósforo pela

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planta é lenta, crescendo bruscamente do período de formação

do capítulo até o final da floração. Do fim da floração em

diante,o acumulado de fósforo pelas folhas e talos é menor e,

desses Órgãos, são translocados para o capítulo e sementes.

MACHADO (1979) encontrou que o acúmulo máximo

de fósforo se dá aos 60 dias, nas folhas, porem no caule e ca

pítulo o acúmulo máximo e aos 50 dias.

A marcha de absorção de potássio, segundo GA­

CHON (1972) mostra que o acúmulo de potássio é maior nos ta­

los que nas folhas. Nos talos o potássio aumenta até a flora­

ção onde há uma queda pouco acentuada e depois continua au-

mentando até a maturação. O autor concluiu que 66% de N p

e Ca, 75% de K e 90% de Mg são absorvidos entre o mes ante-

rior e o mês posterior ao início da floração.

Já MACHADO (1979) encontrou maior acúmulo de

potássio nas folhas do que no caule, atingindo, em ambos, um

máximo acúmulo aos 60 dias apôs a emergência.

Dos micronutrientes, os mais extraídos sao:

o Zn, o Cu e o Mn, cuja exportação pelos grãos atinge 43%, 67%

e 25% das quantidades absorvidas, respectivamente. O Cu, Mo e

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e B mantêm seus teores inalterados com o crescimento da plan­

ta, enquanto o Fe, ln e Mn diminuiram seus teores com o cres-

cimento da planta (ROBINSON, 1973).

Apesar da pouca exigência em B, o girassol de-

ve possuir características indesejáveis para absorção

nutriente, pois muitos trabalhos mostram problemas de

desse

defi-

ciência desse nutriente (BLAMEY, 1976; SATYANARAYANA, 1977;

MAJEWSKI e JANISZEWSKA, 1970).

A maioria dos pesquisadores encontraram respo2

tas positivas à aplicação de NPK no girassol, porém, alguns

relatam, em seus experimentos, que não havia resposta à apl i-

cação de fósforo (PETROV-SPIRIDONOV, 1978 e Serry, 1964, cita

do por MARCONDES, 1974).

LICHEV et alii (1974) obtiveram produção de

3000 a 4000 kg/ha de grãos, com as doses consideradas mais

econômicas, de 100 a 120 kg de N/ha e 80 a 100 kg de P2o5

Jha,

em solos calcários e podzol izados. Em Serozem de floresta

conseguiram produções de 3000-3500 kg/ha com 160-180 kg N/ha,

80-120 kg P2

o5

Jha e 60-80 kg K20/ha.

GIRASE et alii (1975), utilizando doses de O a

75 kg/ha de N e r2o5

, verificaram que a produção aumentou,

até a dose 25 kg de N/ha, e o conteúdo de óleo nas sementes

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também teve um acréscimo de 0,9% (44,8 a 45,7%). Com

maiores o teor de óleo baixou. Nesse experimento não

9

doses

houve

resposta a fósforo sobre a produção e nem sobre o teor de óleo.

LICHEV et alii (s/d) em experimento usando do

ses de O a 240 kg/ha de N e P2o5

e 120 e 240 kg K20/ha1

combl

nados em três tipos de solo, verificaram respostas sobre a

produção, com doses de 120 kg N/ha e 80 kg P2

o5

Jha, em solo

e h e r noz em , e o m p r o d u ç Õ e s d e 3 , 1 6 t / h a na t e s t em u n h a e 4 , 3 t / ha

nessas doses. Em podzól ico de floresta, a produção aumentou

de 1,58 t/ha para 2,92 t/ha, da testemunha para as doses de

180 kg de N/ha e 240 kg de P2o5

Jha.

Para verificarem como a adição de doses de N

e P2

o5

afetam a absorção desses nutrientes, VARGHESE et alii

(1976a) usaram doses de O e 90 de N/ha e 0-30-60 e 9 0 de P2o5

;

ha. Coletaram amostras de tecido 20 dias apos a semeadura, na

floração e na colheita. Verificaram que a adição de N aumenta

a absorção de N e P, nos três estádios estudados. O fósforo

aplicado não afetou a absorção de P, em nenhum estádio, mas

a absorção de N foi maior ·aos 20 dias. A absorção de N e P au

mentou com a aproximação da maturaçao. Ainda VARGHESE et alii

(1976b), estudando doses de N - P2o5

- K20, verificaram que

houve resposta somente ao N, afetando tanto a produção de

grãos quanto o teor de óleo: zero de N produziu 0,56 t/ha com

34,6% de óleo; 45 de N/ha; 1,26 t/ha com 37,6% de óleo; e 90,1,ilg

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N/ha, 1,47 t/ha com 36% de óleo. O nitrogênio

metade na semeadura e metade um mês depois.

foi

l O

aplicado

Outro trabalho, com aplicação de doses NPK, foi

efetuado por SOUZA et alii (1976) que não obtiveram respostas

às doses utilizadas. Eles admitem que a não resposta à aduba­

ção seja devido ao efeito r esidual de adubação anterior, efe-

tuada na cultura do amendoim (30 kg N/ha, 80 kg P205/ha e 40

kg K20/ha). Isso confirma dados de ROCHA et alii (1969) que

afirmam ser o girassol uma planta de boa qua 1 idade para ap ro­

ve i tar o resíduo de adubações anteriores.

UNGARO (1978), recomenda uma dose de 160 kg de

N/ha, sendo 1/4 no plantio e 3/4, 50 dias após. Para solos

com média e alta fertilidade, onde se efetuou adubação ante-

rior, recomenda N só em cobertura, aos 50 dias após germinê

çao.

PETROV-SPIR!DONOV (1978) encontraram uma corr�

lação negativa entre o crescimento da planta e a relação K:Mg

nos tecidos. Também a produção de matéria seca, foi geralmen­

te mais baixa, quando a _relação encontrada foi de 5:50:45:0

( K.Ca:Mg:Na) nos tecidos.

LANTMAN et alii (1981) também realizaram tra-

balho, em casa de vegetação, para verificar o efeito re si -

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l l

dual de adubações anteriores, sobre o girassol, e, verifica­

ram que em solo anteriormente cultivado com soja durante 5

anos, não houve resposta às aplicações de atê 200 ppm de N,

100 ppm de P e 150 ppm de K/ha. Em solo de campo nativo houve

resposta 1 inear para fósforo.

G ONÇA L V E S e KA K I TA ( 1 9 8 O ) recomendam, p a r a a

região da SUDENE, em Minas Gerais, aplicação de 60 kg/P2o5

/ha

e 30 kg de K20/ha no plantio e 30 kg de N/ha em cobertura aos

30 ou 40 dias após a germinação, quando não se dispõe de aná-

ise do solo.

Em Minas Gerais, TANAKA (1981), recomenda 20

kg de N/ha no plantio e 40 kg em cobertura 30 a 40 dias apos

a germinação. Recomenda, ainda, 70, 50 e 30 kg de P2o5

/ha e

60, 45 e 30 kg de K20/ha, respectivamente, para solos que

apresentam nível baixo, médio e alto em fósforo e potássio.

Segundo ele esta é a recomendação para a cultura do milho que

possui características idênticas na absorção de nutrientes.

BLAMEY e CHAPMAN (1981), encontraram respostas

a N e P, no girassol. A resposta maior para o N foi

se usou fósforo junto, indicando boa correlação entre

quando

esses

nutrientes. O teor de N nas sementes diminuiu com doses cres-

centes desse elemento, e aumentou com doses crescentes de P.

As produções máximas foram obtidas com 120 kg de N/ha e 60

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l 2

kg de P2o5/ha, quando usaram doses de O, 60, 120 e 180 kg de

N/ha e O, 20 , 40 e 60 kg de P2

05/h2.

ROMHELD e MARSCHNER (1981) concluiram que o

girassol exige menos Fe, que o milho para atingir a produção

máxima. O nível tóxico de Fe para o girassol é menor que para

o milho, pois eles encontraram que o máximo de clorofila no

girassol foi atingido quando o teor na planta era de 100 ppm

e depois disso diminuia o teor de· clorofila, enquanto para o

mi lho com 150 ppm de Fe o teor de clorofila não atingiu o má-

ximo.

BLAMEY et alii (1979), trabalhando com duas V§

riedades de girassol e dois tipos de solo, não encontraram di

ferença, entre variedades, na resposta às doses aplicadas

e na concentração crítica de B. Determinaram uma concentração

crítica de 34 ppm B nas folhas maduras, na floração.

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1 3

3. MATERIAL E MtTODOS

O experimento foi conduzido em condições de

campo, em area do Centro Nacional de Pesquisa de Soja (CNP­

Soja) da EMBRAPA, no Distrito de Warta, município de Londri­

na (PR), latitude 23º

23 1 s, longitude 51°11 1 w e altitude

566 m. O clima é o Cfa, subtropical, com chuvas distrib uídas

durante o ano e verões quentes (QUEIROZ e FIGUEIREDO, 1980).

Os dados de temperatura, precipitação, defi -

ciências e excesso, seriado por decêndio e média de anos Pê

ra o período do ensaio, na região da área experimental estão

contidos na Tab ela 2.

Como se nota, na época do plantio (13/11/81),

havia umidade suficiente pois no primeiro decêndio do mes

houve 88 mm de precipitação com um excesso de 46 mm (Tabela 2).

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14

Tabela 2 - Elementos do balanço hídrico, temperatura média (T),

precipitação (P), Deficiência (Def) e Excesso(Exc)

seriado por decêndios e média de anos, para a loca

lidade de Londrina (PR).

1981 / 1982 MÉDIA DE ANOS MESES

T p Def Exc T* P**

ºe mm mm mm ºe mm

Novembro 23,4 88 o 46 22,7 142

22,9 51 o 1 1

23,9 15 2 o

Dezembro 20;6 l 49 o 94 23,2 225

23, l 1 l l o 70

22, l 92 o 55

Janeiro 22,6 68 o 29 23,9 226

24,0 43 o o

22, 1 -l3 2 o

Fevereiro 22,7 100 o 39 23,9 186

24,6 31t o o

23,2 48 o 9

Março 22,8 l 4 o 22,9 128

22,8 86 o 17

23,0 46 o 6

... Médias de 17 anos ( 1959 a 1975) .... Médias de 24 anos ( 19 58 a 1981) FONTE: IAPAR-Serviço de Agrometeorologia-EAM.Londrina (PR).

Dados de méd� de anos: QUEIROZ e FIGUEIREDO (1980) IAPAR (1982).

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15

Após o plantio caíram 51 mm até o dia 20/11. havendo um exces

so de 11 mm, com umidade suficiente para a germinação e emer­

gência das plantas.

Em dezembro de 1981 houve precipitação homogê­

nea em todo o mes, inclusive com um total acima da média.

No mes de janeiro de 1982, a precipitação ocor

reu basicamente nos dois primeiros decêndios, com excesso no

primeiro, havendo pequena deficiência no último decêndio, po-

rém não ocorrendo prejuízos às plantas mesmo tendo iniciado

a floração em 13/01/82. O total no mes de janeiro ficou abai­

xo da média de 24 anos.

Em fevereiro nao houve deficiência hídrica fi-

cando o total de precipitação em torno da média.

Março, não teria influência sobre o desenvol-

vimento das plantas, entretanto, no primeiro decêndio

pequena deficiência.

houve

O solo da área foi classificado como Latosso-

lo Roxo eutrófico, textura argilosa, e vinha sendo uti 1 izado

para o cultivo de soja, com adubação recomendada pela pesqui

sa, durante mais de três anos.

Os resultados da análise química de duas amos

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l 6

tras compostas deste solo, obtidos no laboratório de análise

Je solo do Departamento de Solos, Geologia e Fertilizante da Es­

cola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz 11, estão na Tabela 3.

Verifica-se que os teores ,dos nutrientes P, K,

Ca e Mg, contidos neste solo, -

sao considerados altos. o pH

e o carbono são considerados Ótimos para o desenvolvimento de

qualquer cultura. Portanto, para o bom desenvolvimento do gi­

rassol, o solo foi considerado fértil, não havendo necessida­

de de adubação conforme recomendações vigentes.

Tabela 3 - Resultados da análise química do Latossolo Roxo eu

trófico de Londrina (PR)

N<? pH e.mg/100 m 1 de terra Saturação %C de Amostra

1: 25 P0-3K+ ca +2 Mg+ 2 A1 +3 l:l+ bases(S%)4

5,8 1, 62 0,30 0,74 6,02 2,60 0,08 4,00 70,06%

2 6,2 1 ,59 0,31 0,70 7,43 2,99 0,09 3, 1 O 78,20%

Amostra correspondente à area com o híbrido Contissol.

Amostra 2 correspondente à área com a variedade Guayacans

Apesar da anâl ise do solo revelar altos teores

de nutrientes, utilizaram-se seis doses de adubo

cultivar, quais sejam:

para cada

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l 7

N P205 K2üN P205 K20

o o o o o o kg/ha

45 45 45 kg/ ha

2 90 45 45 kg/ha

2 45 90 45 kg/ ha

2 2 90 90 45 kg/ ha

2 o o 90 o o kg/ ha

As fontes utilizadas foram: sulfato de am6nJo

(N), superfosfato triplo (P) e cloreto de potássio (K). A apll

-

caçao destes adubos foi a lanço antes do plantio e incorpor§

dos com grade pesada. O nitrogênio foi aplicado 1/3 no plan­

tio e 2/3 após 30 dias por planta, em cobertura.

Para estudar a absorção de nutrientes foram

usadas duas cultivares de girassol. Uma de ciclo curto, o hí­

brido 1 Contissol 1 e outra de ciclo médio, a variedade 1 Guaya-

Utilizou-se o delineamento estatístico inteira

mente casualizado, com quatro repetições sendo a·s parcelas de

13 x 30 m com 16 1 inhas de 30 · m espaçadas de 80 cm. As doses

de adubo em cada cultivar corresponderam às parcelas. Para o

estudo da absorção de nutrientes, uma dose de adubo com uma

cultivar correspondeu a um experimento separado. Portanto,

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1 8

nesse caso, as coletas de amostra foram efetuadas ao acas9

dentro de cada dose de adubo, correspondendo cada amostra a

uma parcela.

A semeadura foi efetuada com máquina própria,

com uma densidade de 5 plantas por metro 1 inear que equivale

aproximadamente a 62.500 plantas/ha.

Em cada parcela foram coletadas amostras de

planta para análises químicas de tecido. As coletas foram

efetuadas de 14 em 14 dias, com a primeira 14 dias apos a

emergência e a última na colheita. Após cada coleta, as plan­

tas foram separadas em folhas, caules, receptáculo e sementes,

para serem analisadas separadamente. Cada parte foi lavada e

colocada para secar em estufa com circulação forçada

o a 70-75 C. Após a secagem, o material foi pesado e

em moinho Wiley com peneira de 40 malhas/1polegada.

de ar

moído

As análises de tecido foram efetuadas, parte

no Laboratório de Nutrição de Plantas do CNPSoja e parte no

Laboratório de Nutrição de Plantas da ESALQ/USP, segundo re­

comendação de SARRUGE e HAAG (1974). Os elementos analisados

foram: N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Fe, Mn , B e Zn.

As observações efetuadas durante o experimento

foram:

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13/11/81 - semeadura;

24/11/81 - emergência;

08/12/81 - primeira coleta de amostra;

13/12/81 - aplicação de 2/3 do nitrogênio;

19

18/12/81 - aplicação de inseticida para o controle de lagartas

(300 g de Carbar i l /ha);

22/12/81 - segunda coleta de amostra;

05/01/82 - terceira coleta de amostra;

19/01/82 - quarta coleta de amostra;

26/01/82 - inicio da floração;

02/02/82 - quinta coleta de amostra;

19/02/82 - sexta coleta de amostra;

02/03/82 - sétima coleta de amostra (colheita de grãos da cul

tivar Contissol)

16/03/82 - oitava coleta de amostra (colheita de grãos da cul

tivar Guayacan)

-

Na colheita de graos, foram usadas 25 plantas

para constituir uma parcela, com quatro repetições. Os grãos

foram pesados e a umidade corrigida para 14%.

As análises estatísticas foram efetuadas no De

partamente de Matemática e Estat(stica da ESALQ/USP.

Inicialmente foram efetuadas análises de vari­

ância da produção de matéria seca em função das doses de adu-

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ebo (parcelas) e da idade das plantas (sub-parcelas)

produção de grãos em função das doses de adubo, para

cultivar separadamente. Planejou-se escolher, dentre as

2 O

da

cada

seis

doses de adubo, aquelas de melhor e pior produção de matéria

seca e/ou produção de grãos. Estes tratamentos escolhidos for

ram, então, usados para o estudo da concentração e do acúmu­

lo de nutrientes em função da idade da planta.

Após esta escolha efetuaram-se as análises de

regressão referentes à concentração e acúmulo em função da

idade da planta tomando-se sempre o cuidado de se escolher as

equações de regressão de maior valor significativo, tendo co­

mo limite a de 3� grau.

Para se estudar as concentraçoes de nutrientes

nas folhas, para fins de diagnose foliar, no período de maior

velocidade de crescimento da planta, convencionou-se utilizar

os valores de concentração no período mais próximo ao ponto

de inflexão do acúmulo de matéria seca, que corresponde apro­

ximadamente ao estádio do início da floração.

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21

4. RESULTADOS E OISCUSSAO

4. l. Peso da matéria seca e peso de grãos

Os resultados obtidos para acúmulo de matéria

seca da planta toda e peso de graos, em função de seis doses

de adubo aplicadas, estão contidos na Tabela 4. Corno se verl

fica, não houve diferenças entre os pesos de matéria seca

em função das doses de adubo para nenhuma das duas cultiva -

re s.

A opção para a escolha, ficou, portanto, com

o peso de grãos em função da adubação aplicada.

Verifica-se pela Tabela 4, que o melhor trat�

mento foi a testemunha (0-0-0 - N-P-K), para ambas as culti­

vares, logo, este tratamento foi um dos escolhidos para o es­

tudo. Entretanto, o pior tratamento diferiu conforme a culti

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22

Tabela 4 - Peso de matéria seca total e peso de grãos obtidos

em função de sei s tratamentos de adubação, nas duas

cultivares de girassol

MATtRIA SECA TOTAL P ts o DE GRAõs

TRATAMENTO g /ela n ta g/25 plantas

Contissol Guayacan Contissol Guayacan

o- o- o 168a 1 165a 1788a 1578a

1 - 1 - 1 164a 155a 1368ab _I l f>Jlb,.

1-2-1 14 5a 168a 1388ab 1540ab

2- o- O 1 65a 173a 1338ab 1313ab

2- l -1 154a 1 58a 1163b 141 Oa b

2-2-1 147a 157a 1565ab 1198ab

CV ( % ) 26 33 l 8 1 3

OMS (5%) 34 42 569 392

F l,70ns 0,63ns 2,90* 3,90*

1 Médias seguidas de mesma letra, nas colunas, não diferem en­tre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

var, sendo escolhido o tratamento 2-l�I para a Contissol e

1-1-1 para a Guayacan.

A partir dessa escolha, foram analisados os re­

sultados relativos aos quatro tratamentos citados.

Uma explicação plausível para que o tratamento

0-0-0 fosse o melhor é a boa fertilidade do solo utilizado

que mostra altos teores de fósforo e potãssio, e bom teor de

carbono orgânico (Tabela 3).

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23

4.2. Crescimento

Para se estudar o crescimento da planta, foram

utilizados os dados de produção de matéria seca total da par­

te aérea da planta, em função da idade, nos quatro tratamen -

tos escolhidos. Os resultados obtidos são apresentados na

Figura: 1 e Tabela 5.

Na Figura 1, verifica-se que o acúmulo de ma­

téria seca foi relativamente lento até os 42 dias após a emer

gência.

Tabela 5 - Estimativas dos pontos de máxima e de inflexão, do

acúmulo de matéria seca na parte aerea de duas

cultivares de girassol com e sem adubação

Ponto de máximo Ponto de inflexão TRATAMENTO

Dias g/planta kg/ha Dias g/planta kg/ha

Contissol 0-0-0 83 364 22.750 54 !66 10.375

Guayacan o-o-o 90 352 22.000 58 164 10.250

Contissol 2-1-1 89 332 20. 750 57 156 9.750

Guayacan 1-1-1 90 3"10 19.375 56 150 9.375

Média 88 340 21 .219 56 159 9.938

A partir dos 42 dias, o crescimento aumentou

rapidamente, com ponto de inflexão médio aos 56 dias e atin­

gindo um ponto de máximo médio aos 88 dias, para ambas as

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:-: .

. y . )

V " .

:o. �

,o

253, 70 - 25,225x 0,6535x O, 004 02x 3

+

l 7 9 ,41 - 17,989x + 0,4616x 2

0,00267x 3

184,05 - l8,023x + 0,4626x 2

0,0027lx3

112, 53 - 12,141x + 0,3408x 0,00202x3

400 Y

1 - Concissol 0-0-0

" Q - Guayacan 0-0-0

-•-•- - Contissol 2-1-1

)50

300

250

200

150

100

50

14 28 42 56 70

Dias apôs a emergência

98

R2

• 96, 65%

R2

• 89,62%

R2

• 96,45:t

R2

• 95,24');

112

Figura l - Acúmulo de matéria seca na parte a<:'rea àe duas cultivares

de girassol, em função da idade da planta e da adubação.

24

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25

cultivares e doses de adubo (Tabela 5).

O acúmulo de matéria seca total, da parte ae-

-

rea da planta apresentou crescimento segundo equaçoes de

grau, com altos coeficientes de determinação (média de 95%),

para ambas as cultivares e doses de adubo (Figura l).

Verifica-se na Figura 1, que apos o ponto de

máximo (88 dias), houve um decréscimo no acúmulo de

seca, que pode ser explicado pela queda das folhas

matéria

apos a

maturação fisiológica da planta. ANDRADE et alii (1975a), es­

tudando o crescimento do mi lho, encontraram também esse de­

créscimo após o ponto de máximo. Entretanto, GACHON (1972) e

MACHADO (1979), estudando o crescimento do girassol, nao ob­

tiveram esse decréscimo, pois seu ponto de máximo foi conse -

guido no final do ciclo da cultura. SAYRE (1948) e HANWAY

(1962), mostraram que a quantidade máxima de matéria seca de­

ve ocorrer na maturação fistológica da planta. Após este es­

tádio, verifica-se a degenerescência dos tecidos da planta. Par

tindo-se dessa afirmativa, as duas cultivares de g i ra s so 1

em estudo, devem ter maturação fisiológica próximo aos 88

dias (ponto de máximo) após a emergência.

Segundo VIETS (1962) a precipitação pluviomé­

trica é um dos principais fatores para a produção de,rnatéria

seca. Analisando-se os dados de chuva no ano agrícola 1981 /

82, constata-se que eles foram normais quando comparados

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26

média de 24 anos (Tabela 2). Observa-se, ainda, que no está -

dio de floração (mês de janeiro), não houve deficiência hídri­

ca que prejudicasse o desenvolvimento da planta.

4.3. Acúmulo de macronutrientes

4.3. 1. Nitrogênio

Na Figura 2 e Tabela 6 encontram-se os resulta

dos analíticos da concentração de nitrogênio na parte aerea

da planta, com as respectivas equaçÕés de regressão e os pon­

tos d e máximo, i n f 1 e xão e mínimo.

Tabela 6 - Estimativas dos pontos de máximo, inflexão e mini-

mo da concentração de nitrogênio na parte aerea

de duas cultivares de girassol com e sem adubação

TRATAMENTO

Contissol 0-0-0

Guayacan 0-0-0

Cont i sso 1 2- l - l

Guayacan 1-1-1

Média

Ponto de máximo Ponto de inflexão Ponto de mínimo

Dias

o

o

o

o

o

%

4,60

5,51

4,97

5,43

5, 13

Dias

27

5

16

%

3,33

4,64

3,99

Dias

82

87

79

89

84

%

1,42

1, 37

l ,43

1, .38

1 ,40

Verifica-se que os pontos de mínima concentra­

çao aconteceram em média, aos 84 dias após a emergência (Fig�

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y 1 •

4,6

04

-0,

039

8x

-4,

4°1

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- 4

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X

+ 5,

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+ 3,

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y 1 -

Cont

isso

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1

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98

R2

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2 -

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-0,

052

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R

2

• 97

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• 25

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247

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x +

6,4

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2 -

0,0

3702

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R2

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R2

• 97

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Page 38: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

28

ra 2 e Tabela 6). Nota-se também que há um decréscimo acen -

tuado do início do desenvolvimento da planta até que

atingido o ponto de

na estabilização.

.. .

m1ntma concentração, havendo aí uma

seja

pequ�

Esses resultados, máximas concentraçoes nos es

tádios iniciais e mínimas aos 84 dias, mostram o efeito de di

luição existente, pois o ponto de máximo acúmulo de matéria

seca verifica-se aos 88 dias (Tabela 5), coincidindo com a

concentração mínima.

Ohlrogge (1960), citado por CORDEIRO et alii

(1980a), diz que a concentraçao de nitrogênio é alta em pla�

tas novas de soja. Sendo que o teor vai caindo gradualmente,

por efeitos de diluição até os 60 dias.

MACHADO (1979), estudando o acúmulo de nitrogê

nio, em girassol, encontrou resultados semelhantes aos encon-

trados neste trabalho. Trabalho concordante , também foi

encontrado por ROBINSON (1973), com o girassol.

Os resultados da análise de regressão do acu-

mula de nitrogênio na parte aérea da planta, com as respecti­

vas equações de regressão e os pontos de máximo e de inflexão

estão na Figura 3 e Tabela 7.

Verifica-se pela Figura 3, que nos estádios

Page 39: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

29

Tabela 7 - Estimativas dos pontos de máximo e de inflexão do

acúmulo de nitrogênio na parte aérea de duas cul­

tivares de girassol com e sem adubação.

Ponto de máximo Ponto de inflexão TRATAMENTO

Dias m�/planta kg/ha Dias �mg/planta kg/ha

Contissol 0-0-0 83 5633 352 53 2720 170

Guayacan o- 0-0 91 527,0 329 58 2530 l 58

Contissol 2-1-1 97 5267 329 58 2650 166

Guayacan 1- l -1 90 4704 294 55 2347 l 47

Média 'º 521, 324 56 2562 160

iniciais, até os 28 dias, aproximadamente, heuve pequenG acúmulo de

nitrogênio. A partir desse período, há um acúmulo acentuado

com ponto de inflexão médio aos 56 dias e ponto de máximo aos

90 dias (Tabela 7), acompanhando o acúmulo de matéria seca

pelas plantas que foi de 88 dias para o ponto de máximo e de

56 dias para o ponto de inflexão (Tabela 5). ANDRADE et alii

(1975a) encontraram resultados semelhantes com a cultura

do milho, enquanto GACHON (1972) e MACHADO (1979), traba-

lhando com girassol, mostram que o acúmulo máximo é na última

amostragem,provavelmente antes do final do ciclo.

Quanto ao acúmulo de nitrogênio (mg/planta e

kg/ha), tanto no ponto de máximo quanto no ponto de inflexão,

nota-se que não há diferenças acentuadas entre as cultivares

e mesmo entre as doses de adubo (Tabela 7),

Page 40: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

3U

Na Tabela 8 encontram-se os resultados de con­

centraçao dos macronutrientes, nas folhas e nos caules, refe

rentes ã época de amostragem aos 56 dias após a emergência.

Verifica-se que as concentrações de nitrogênio

s ão d i f e r e n te s par a c a u 1 e s e f o 1 h a s , s e n d o p o r t a n t o d i v i d i d a s

estatisticamente em dois grupos distintos. As concentrações

nas folhas são maiores que nos caules. Nota-se que para con­

seguir produções máximas obteve-se concentração de 3,97% de

N para a cultivar 11Contissol11 e 3,32% de N para a 11 Guayacan11

indicando serem estes valores suficientes para um bom desen­

volvimento das plantas.

Trabalhando com girassol, MACHADO (1979) en-

controu para o estádio considerado, uma concentração de 3,22%

de N como suficiente.

4.3.2. Fósforo

Os resultados da análise de regressao, referen

tes as concentrações de fósforo na parte aérea da planta,

com as respectivas equaçoes de regressão e os pontos de má-

ximo, inflexão e mínimo, encontram-se na Figura 4 e Tabela 9.

Nota-se que os pontos de mínima concentração

ocorreram em média, aos 85 dias apôs a emergência. Hc� também

Page 41: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

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Tabela 9 - Estimativas dos pontos de máximo, inflexão e míni

mo das concentrações de fósforo na parte aerea

de duas cultivares de girassol com e sem adubação

TRATAMENTO Ponto de máximo

Dias

Contissol 0-0-0 22

Guayacan 0-0-0 21

Con t i s so 1 2- 1- l 21

Guayacan 1-1-1 9

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um pequeno acréscimo na concentraçao, da primeira para a se­

gunda amostragem, decrescendo acentuadamente, apos. isto,

atê atingir um ponto mínimo de concentração e, em seguida,

aumentando atê a última amostragem (Figura 4).

O ponto de inflexão e de mínimo, em mêdia,são

verificados aos 52 e 18 dias, respectivamente, e, juntamente

com o ponto de mínima concentração (85 dias), mostram clara­

m ente a tendê n c i a d e a c o·m p a n h a r , i n ver s ame n te , a cu r v a d e

acúmulo de matéria seca, cujos pontos foram: máximo aos 88

dias, inflexão aos 54 dias e mínimo aos 20 dias (Tabela 5).

Esses resultados mostram o efeito de diluição exi stente,pois

no estádio de maior acúmulo de matéria seca, coincide a me­

nor concentração de fósforo na planta e após há um aumento

Page 44: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

34

na concentração com decréscimo na matéria seca, diminuindo

o efeito de diluição. MACHADO (1979) estudando o acúmulo

de fósforo em girassol, encontrou resultados parecidos, po­

rém, após o período estável, no início de desenvolvimento,

houve decréscimo na concentração até a última amostragem que

coincide com o máximo acúmulo de matéria seca encontrado pe­

lo autor.

CORDEIRO et alii (1980a) verificaram em

que há um acréscimo na concentração de fósforo até a

do ciclo, diminuindo após isso até o final do ciclo.

soja

metade

Na Figura 5 e Tabela 10 estao contidos os re-

sultados da análise de regressão do acúmulo de fósforo na

parte aérea da planta, com as equações de regressão

pontos de máximo e inflexão desse acúmulo.

e os

Verifica-se pela Figura 5 que nos estádios inl

ciais há pequeno acumulo de fósforo. A partir dos 42 dias

há um acúmulo acentuado com ponto de inflexão médio aos 57

dias e ponto de máximo aos 91 dias, mostrando haver pouca

diferença entre cultivares e entre as doses de adubo (Tabela

10). Esses resultados mostram a tendência do acúmulo de fós­

foro acompanhar a curva do acúmulo de matéria seca cujo ponto

de inflexão foi aos 56 dias e de máximo aos 88 dias. Após o

ponto de máximo há um decréscimo no acúmulo de fósforo, que

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35

Tabela 10 - Estimativas dos pontos de máximo e de inflexão do

acúmulo de fósforo na parte aérea de duas cultiva

res de girassol com e sem adubação

Ponto de máximo Ponto de inflexão TRATAMENTO

Dias mg/planta kg/ha Dias mg/planta kg/ha

Contissol 0-0-0 84 795 50 54 376 24

Guayacan 0-0-0 91 795 50 58 376 24

Contissol 2-1-l 97 696 44 60 345 22

Guayacan 1-1- 1 92 665 42 56 331 21

Mécdia 91 738 47 57 357 23

também, acompanha o decréscimo na quantidade de matéria seca,

até o final do ciclo (Figuras 1 e 5). Esses resultados con­

cordam com ANDRADE et alii (1975a) que trabalharam com milho

e CORDEIRO et alii (1979 e 1980b) com soja. Entretanto, GA­

CHON (1972) e MACHADO (1979), trabalhando com girassol mos­

traram que o acúmulo máximo tanto de matéria seca como de

fósforo foi no final do ciclo da cultura.

Portanto, há alguma contradição quanto aos re­

sultados encontrados por alguns autores. Na realidade, a

ocorrência de um ponto de máximo, no estádio de maturação fi

siolõgica, acompanhada do decréscimo até o final do ciclo,

é perfeitamente explicada pela queda das folhas após a matu­

ração fisiológica, diminuindo o acúmulo de matéria seca e,

Page 46: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

36

consequentemente, o de fósforo.

Q u a n to a o a c ú m u 1 o d e f ó s f o r o ( m g / p l a n ta e kg/ ha)

tanto no ponto de máximo como no de inflexão, nota-se , pela

Tabela 10, que há pouca diferença entre as cultivares, porem

há um pequeno decréscimo no acúmulo de fósforo quando se apli

ca adubo.

Na Tabela 8, encontram-se os resultados de COD

centração referentes à época de amostragem aos 56 dias apos

a emergência.

Verifica-se, pela Tabela 8, que as concentra-

çõrs de fósforo foram sempre superiores nas folhas, ficando

inrlusive separadas estatisticamente das concentrações do

caule. Nota-se,também, que as concentrações nas folhas das

duas cultivares com e sem adubo não diferiram entre si. As

concentraçoes nas folhas de 0,36 e 0,44%, respectivamente Pê

ra a cultivar Guayacan e a Contissol foram suficientes

se atingir produções máximas.

para

MACHADO (1979) encontrou para o girassol, no

mesmo período, uma concentração bem próxima, 0,40% de fósfo-

ro.

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37

4.3.3, Potássio

Os resultados analíticos da concentração de

potássio na parte aérea da planta, com as equações de regre2

são e os pontos de máximo, inflexão e mTnimo, encontram -se

na Figura 6 e Tabela li.

Tabela l 1 - Estimativas dos pontos de máximo, inflexão e mí­

nimo da concentração de potássio na parte aérea,

de duas cultivares de girassol com e sem adubação

Ponto de -

maximo Ponto de inflexão Ponto de mínimo TRATAMENTO

Dias % Dias % Dias %

Contissol o- o- o 31 3,36

Guayacan o- o- o 38 3,48 72 2,73 106 1 ,97

Contissol 2- J-1 33 2,93

Guayacan 1-1- l 38 3,41 72 2,67 105 l , 93

Média 35 3,30 72 2,70 106 1 ,95

Verifica-se pela Figura 6 que há diferenças no

comportamento das duas cultivares, na concentração de potás­

sio em funçio da idade. A cultivar Contissol atingiu um pon­

to de máxima concentração aos 32 dias, enquanto a Guayacan

so atingiu aos 38 dias com concentrações maiores que a primei­

ra. Isso indica uma-maior exigência em potássio da cultivar

Guayacan neste período.

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Page 49: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

39

Há diferença, também, na tendência da curva,

onde, na Contissol, a concentração decresce até o final do

ciclo, numa curva de 2� grau. Na Guayacan ocorre o decrésci­

mo até atingir um ponto de mínima concentração aos 106 dias.

A tendência em ambas as cultivares, quanto aos teores de

. . potássio, difere do nitrogênio e fósforo, po i s, a m1n1ma con

centração não ocorre quando a planta atinge o crescimento m§

ximo. Nota-se que há um efeito de diluição porque quando

há aumento no acúmulo de matéria seca, há um decréscimo na

concentração. Entretanto, a partir do máximo acúmulo de maté

ria seca, quando ocorreu decréscimo da mesma, as concentra-

ções de potássio não aumentam como ocorre com nitrogênio e

fósforo. HAMMOND et alii (19�1), relatam que a absorção de

nutrientes, inclusive o potássio, e rápido nos primeiros dias

do crescimento, provocando uma alta concentração na planta

e decresce com a idade da planta.

Resultados semelhantes foram encontrados por

CORDEIRO et alii (1980a) estudando o acúmulo de potássio

na soja, onde o ponto de máxima concentração foi atingido

aos 40 dias apos emergência.

ROBINSON (1973) e MACHADO (1979), estudando

o acúmulo de potássio em girassol, relatam que a concentra -

ção desse nutriente decresce com a idade da planta do início

ao final do ciclo. Também ANDRADE et alii (1977) encontrou

Page 50: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

40

um decréscimo na concentraçao desde o inicio do desenvolvimen

to.

A Figura 7 e a Tabela 12 mostram os

da análise de regressão referentes ao acúmulo de

resultados

potássio

na parte aérea da planta.

Observa-se pela Figura 7 e Tabela 12 que há um

ponto de inflexão aos 52 dias até atingir um máximo acúmulo

aos 85 dias, em média, acompanhando a curva de acúmulo de ma­

téria seca (Figura 1). Após o ponto de máximo houve um de-

Tabela 12 - Estimativas dos pontos de máximo e de inflexão do

acúmulo de potássio na parte aérea de duas culti­

vares de girassol com e $em adubação

Ponto de máximo Ponto de inflexão TRATAMENTO

Dias mg/planta kg/ha Dias mg/planta kg/ha

Contisso1 0-0-0 80 9603 600 51 4486 280

Guayacan 0-0-0 87 8099 506 54 3906 244

Contissol 2-1-1 85 7171 448 54 3458 216

Guayacan 1-1-1 87 6167 429 50 3337 209

Média 85 7935 496 52 3797 237

crêscimo no acúmulo de potássio até o final do ciclo. Esses r�

sultados cóncordam com ANDRADE et alii (1975a), usando o mi­

lho e CORDEIRO et alii 1979a) com soja. GACHON (1972), traba-

lhando com girassol, mostra resultados semelhantes no acúmulo

Page 51: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

41

de potássio, ao contrário do que ocorreu com nitrogênio e fós­

foro onde o máximo foi no final do ciclo. MACHADO (1979), com

girassol encontrou acúmulo máximo no final do ciclo.

Verificando-se o acúmulo de potássio, em mg/pla�

ta e /ou kg/ha, nota-se que a cultivar Contissol acumula

que a Guayacan, indicando maior exigência daquela na

desse nutriente (Tabela 12).

mais

absorção

Comparando estes resultados com os

por outros autores, observa-se grande diferença nos

máximos.

encontrados

acúmulos

Enquanto, neste trabalho, há um acúmulo médio de

8.000 mg de K/planta (500 kg de K/ha), MACHADO (1979) encon­

trou um acúmulo de 2.500 mg de K/planta (168 kg de K/ha) e GA­

CHON (1972)mostrou um acúmulo de 400 kg de K/ha. �ssa diferen­

ça no acúmulo mostra que a quantidade de 8.000 mg de K/planta

pode ser considerada ótima para um bom desenvolvimento das pla�

t a s v i s t o q u e as p r o d u çoe s n e s t e t r a b a l h o f o r a m s u p e r i o r e s â s e n

contradas nos trabalhos citados.

A Tabela 8 mostra os resultados de concentração

do potássio aos 56 dias após a emergência.

Verifica-se que não há niferenças entre as con-

centrações nas folhas e caules e também entre cultivares com

e sem adubo.

Page 52: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

42

As concentraçoes de 3,64% de K para a 1 Contissol 1

e de 3,15% de K para a 1 Guayacan 1 indicam ser suficientes pa­

ra o bom desenvolvimento das plantas pois foi com estas conceo

trações que ambas as cultivares atingiram produções máximas.

ROBINSON (1973) e MACHADO (1979) encontraram coo

centrações de potássio,ne_sse estádio de desenvolvimento, pro-

ximas a 2,00%,abaixo, portanto, ·das encontradas neste trabalho.

4.3.4. Cálcio

Na Figura 8 e Tabela 13 estao os resultados da

análise de regressão referentes à concentração de cálcio na

parte aérea da planta, com as respectivas equaçoes e os pon­

tos de máximo, inflexão e mínimo.

Tabela 13· Estimativas dos pontos de máximo, inflexão e m1n1-mo da concentração de cálcio na parte aerea de duas cultivares de oirassol com e sem adubação

TRATAMENTO

Contissol 0-0-0

Guayacan 0-0-0

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Guayacan 1-1-1

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Ponto de máximo Ponto de inflexão

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Ponto de mínimo

Dias

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Page 53: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

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Page 54: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

44

Como ocorre com o potássio, hã um aumento na con

centração dos 14 dias até atingir um ponto de máximo aos 32

dias. A partir daí a concentraçao decresce até o final do ci-

clo (Figura 8 e Tabela 13). Esse comportamento é inverso ao

do acúmulo de matéria seca (Figura 1), mostrando perfeitamente

o efeito de diluição: aumento de matéria seca com diluição dos

nutrientes n�la contidos.

Resultados semelhantes foram encontrados por

ROBINSON (1973), com a mesma cultura. MACHADO (1979), também

com girassol, verificou que as concentrações de cálcio se man­

tinham estáveis, até os 45 dias (2,60%), decrescendo daí até

o final do ciclo. Nota-se que a concentração máxima (média

de 1 ,90%) na Tabela 13 é bem inferior à encontrada por MACHA­

DO (1979), o que pode ser explicado pelo antagonismo entre K

� Ca pois o cálcio deve ter sido absorvido em quantidades maiQ

res que as necessidades da planta, já que, no trabalho deste

autor as produções foram inferiores.

Na Figura 9 verifica-se que a partir dos 42 dias

há um aumento acentuado no acúmulo de cálcio na planta, com

um ponto de inflexão aos 54 dias e ponto de máximo aos 85

dias ap6s a emergência. Ap6s o máximo acúmulo hã um decrés­

cimo até o fim do ciclo devido principalmente à queda das fo­

lhas a part,Ír da maturação fisiol6gica, pois o cálcio se con­

centra mais nas folhas, sendo pouco translocado para os or­

gãos reprodutivos. O acúmulo máximo de cálcio foi de 3.755

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45

mg/planta (235 kg/ha) (Tabela 14), superior ao encontrado

por GACHON (1972) que verificou um total de 220 kg/ha e por

M .O. C H A D O ( 1 9 7 9 ) q u e f o i d e 2 • 7 1 3 m g / p l a n t a ( 1 3 2 k g / h a ) , s e n d o

estes dois resultados obtidos no final do ciclo.

Tabela 14 - Estimativas dos pontos de máximo e de inflexão do

acúmulo de cálcio na parte aerea de duas cultiva­

res de girassol com e sem adubação

TRATAMENTO

Contissol 0-0-0

Guayacan 0-0-0

Contissol 2-1-l

Guayacan 1-1-1

Média

Ponto de máximo

Dias

80

89

84

86

85

mg/planta

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3.896

3, 162

3. 771

3. 775

kg/ha

262

244

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236

235

Ponto de inflexão

Dias

52

56

55

52

54

mg/planta kg/ha

l. 952

1.875

1. 492

1. 855

l. 794

122

117

93

l 16

112

Verifica-se na Tabela 8 que as concentraçoes nas

folhas, ao s 56 dias, são superiores às concentrações no cau­

le. Para fins de diagnose, a concentração considerada sufi­

ciente para o bom desenvolvimento da planta é de 2,81% de Ca

para a Contissol e 2,48% para a Guayacan, aos 56 dias apos

a emergência, estádio de início da floração.

MACHADO (1979) encontrou para o estádio conside­

rado, uma concentração maior, ou seja, de 2,95 a 3,41%, mos­

trando que houve, provavelmente, efeito antagônico entre K e

Page 56: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

46

Ca, havendo absorção excessiva de cálcio, pois a produção

no trabalho deste autor foi menor à deste trabalho.

4.3.5. Magnésio

A resultados analíticos de concentração de Magn�

sio na parte aerea da planta, inclusive as equações de regre§

são e os pontos de máximo, inflexão e mínimo, encontram-se na

Figura 10 e Tabela 15.

Tabela 15 - Estimativas dos pontos de máximo, inflexão e mínl

mo da concentração de magnésio na parte aerea,

de duas cultiv ares de girassol com e sem adubação

Ponto de maxímo Ponto de inflexão Ponto de mínimo TRATAMENTO

Dias % Dias % Dias %

Contissol o-o-o 38 0,51 65 0,41 92 0,31

Guayacan 0-0-0 34 0,53 62 0,42 90 0,31

Contissol 2-1-l 32 0,62 59 0,47 86 0,32

Guayacan 1-1- l 36 0,60 67 0,46 98 0,33

Média 35 0,57 63 0,44 92 0,32

O comportamento do magnésio em função da idade

da planta foi semelhante ao cálcio com baixas concet\t rações

no início do desenvolvimento e atingindo concentração máxima

aos 35 dias e mínma aos 92 dias, sendo o inverso do que

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Page 58: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

48

ocorre com o acúmulo de matéria seca. Também, neste caso, hã

o efeito de diluição do nutriente em função do aumento na ma­

téria seca. ROBINSON (1973) mostra um decréscimo na concentr�

ção a partir do estádio da formação do capítulo porem com

concentraçao de 0,71 a 0,97%. Ji MACHADO (1979) verifica que

as concentraç�es, do início ao final do ciclo da planta, valo­

res que variaram a 0,68% a 0,79%. Verifica-7e, portanto, que

os valores encontrados na Tabela 15 são inferiores aos cita­

dos, indicando, provavelmente, um efeito antagônico do potas­

sio sobre o magnésio, semelhante ao que ocorreu com o cálcio.

A Figura 11 e Tabela 16 mostram os

do acúmulo de magnésio, com os pontos de máximo

xao.

resultados

e de infle

Verifica-se que, a partir dos 42 dias apos a emer

gência, houve um aumento considerável na absorção de magnésio

atingindo um ponto de inflexão aos 54 dias e um ponto de ma-

ximo aos 87 dias, acompanhando diretamente o acúmulo de matê-

ria seca da planta (Figuras e 1 l ) .

A partir do ponto de máximo houve um decrésci-

mo no acúmulo total de magnésio, até o final do ciclo, que

deve ser devido à queda das folhas após a maturação fisioló­

gica da planta. GACHON (1972) encontrou resultados semelhan-

tes com um acúmulo �áximo de 97 dias,em girassol. ANDRADE et

alii (1975a), verificaram no mi lho, as mesmas tendências, is-

Page 59: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

49

Tabela 16 - Estimativas do ponto de máximo e de inflexão do

acúmulo de magnésio na parte aerea de duas culti-

vares de girassol com e sem adubação

Ponto de -

maximo Ponto de inflexão TRATAMENTO

Dias mg/planta kg/ha Dias mg/planta kg/ha

Contissol 0-0-0 81 1. 273 80 52 598 37

Guayacan O- O+,O 92 1 • 215 76 56 588 37

Contissol 2-1-1 86 1 .252 78 55 599 37

Contissol 1-1-1 88 1 .200 75 54 592 37

Média 87 1. 235 77 54 594 37

to e, acúmulo máximo na maturaçao fisiológica e decréscimo

até o final do ciclo. Entretanto, MACHADO (1979), em girassol,

verificou um acúmulo máximo no final do ciclo com qua ntidades

acumuladas em torno de 1.000 mg/planta, enquanto a Tabela 16

mostra 1 .235 mg/planta como o máximo de acúmulo.

A Tabela 8 mostra as concentraçoes de magne-

sio aos 56 dias após a emergência nas folhas e caules, onde

se verifica que nas folhas, as co ncentrações são maiores que

nos caules. As concentrações consideradas suficientes para

um bom crescimento da planta foram de 0,59% para a cultivar

Contissol e 0,53% para a 1 Guayacan 1• Estes valores são bai-

xos quando comparados aos enc�ntrados por ROBINSON (1973) e

MACHADO (1979) que citam valores médios próximos a 0,90%, nes

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50

te mesmo estádio. Provavelmente, a menor absorção de magnésio

(Tabela 8), seja devido ao antagonismo do potássio sobre o

magnésio, pois houve maior absorção de potássio pela planta,

porem as produções do girassol foram maiores que para os au-

tores citados, indicando melhor estado nutricional da

neste trabalho.

planta

4.3.6. Enxofre

A Figura 12 e a Tabela 17 mostram os resul tê

dos da análise de regressão, com as respectivas equações e

os pontos de máximo, inflexão e mínimo, das concentrações de

enxofre na parte aérea da planta.

Tabela 17 - Estimativas dos pontos de máximo, inflexão e mínl

mo da concentração de enxofre na parte aérea de

duas cultivares de girassol com e sem adubação

Ponto de máximo Ponto de inflexão Ponto de mínimo TRATAMENTO

Dias % Dias % Dias %

I

Contissol o-o-o 3 l 0,15 60 O, 1 O 89 0,06

Guayacan o-o-o 35 o; 16 66 O, 11 98 0,06

Contissol 2-1-1 31 o, 15 61 O, 11 92 0,07

Guayacan 1-1-l 32 O, 18 66 ·O, 12 99 0,06

Média 32 O, 16 63 O, 11 95 0,06

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52

Verifica-se que no inicio do desenvolvimento

as concentrações são relativamente baixas, aumentando até atin­

gir um ponto de máximo aos 32 dias apos a emergência, decresce�

do a partir dai até ocorrer um ponto de minimo em média aos 95

dias, coincidfndo com o maior acúmulo de matéria seca (Figuras

1 e 12 e Tabela 17). Isto mostra um efeito de diluição do nu-

triente estudado. ANDRADE et alii (197�a)com milho e MACHADO

(1979) com giras sol, encontraram valores máximos no inicio do

desenvolvimento, decrescendo até o final do ciclo. O Valor máxi

mo encontrado por MACHADO (1979) foi de 0,58%, bem superior ao

valor deste trabalho de O, 16%. Há, portanto, menor absorção de

enxofre pelas duas cultivares usadas aqui.

Verifica-se bem esta diferença observando-se a

Figura 13 e a Tabela 18, que mostram o acúmulo de enxofre pela

planta.

Tabela 18 - Estimativas dos ponto de máximo e de inflexão do

acúmulo de enxofre na parte aérea de duas cultiva -

res de girassol com e sem adubação

TRATAMENTO Ponto de máximo Ponto de inflexão

Dias mg/planta kg/ha Oi.as mg/planta kg/ha

Contissol o-o-o 80. 265 17 51 129 8

Guayacan o-o-o 87 277 17 53 136 9

Contissol 2-1-1·!- 87 256 16 52 128 8

Guayacan 1-1-1 85 250 16 46 118 7

M�dia - 85 262 17 51 128 8

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53

En9uanto nesta tabela se nota um acúmulo máxi­

mo de 262 mg/planta com produção de matéria seca de 340 g/pla�

ta, aos 85 dias, MACHADO (1979) encontrou um acúmulo máximo

no final do ciclo (90 dias) com 456 mg/planta e uma produção

de matéria seca de 191 g/p1anta, portanto, maior absorção de

enxofre para produção menor. Por isso, devido à maior produção

do girassol neste trabalho, provavelmente a absorção de enxo­

fre tenha sido suficiente.

As concentrações nas folhas -

sao maiores que

nos caules, quando são comparadas aos 56 dias após a emergên -

eia (Tabela 8). Apesar dos valores serem baixos (O, 18 a 0,23%)

q�ando se confronta com os encontrados por MACHADO (1979)

(0,35 a 0,41%), nao houve carência desse nutriente pois o de­

senvolvimento e a produção de grãos não foram prejudicados.

Portanto, pode-se considerar como suficientes os teores O, 18%

de S para a cultivar 1 Contissol 1 e 0,19% de S para a 1 Guaya­

can 1 , quando se efetua uma análise foliar para interpretação

do estado nutricional da planta.

4.4. Acúmulo de micronutrientes

4.4.1. Cobre

Os resulta_dos da anâl ise de regressao, com as

equações, pontos de máximo, inflexão e minimo, referentes

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54

concentração de cobre na parte aerea do girassol estão conti­

dos na Figura 14 e Tabela 19.

Tabela 19 - Estimativas do ponto de mfnimo da concentração de

cobre na parte aerea de duas cultivares de giras­

sol com e sem adubação

TRATAMENTO

Contissol

Guayacan

Contissol

Guayacan

Média

o- o- o

o- o- o

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Ponto de mínimo

Dias

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ppm

1 5

1 4

1 5

l 4

1 5

Verifica-se que os pontos de mínima concentrª

ção ocorreram em média aos 89 dias ap6s a emergência (Figura

14 e Tabela 19). Há um decréscimo na concentração do inicia

até atingir o ponto de mínimo, estabi 1 izando-se neste ponto.

Como se nota, o ponto de minimo coincide com o máximo acGmulo

de matéria seca �ue ocorreu aos 88 dias (Tabela 5 e Figura 1)

Mostrando um efeito de diluição do cobre em função da matéria

seca. ROBINSON (1973), mostra que as concentrações de cobre

têm pouca variação do início até a maturação, com valores abal

xo dos encontrados aqui. Porém, MACHADO (1979) encontrou re­

resultados semelhantes, com decréscimo até os 60 dias com esta

bilização neste ponto. As concentrações encontradas por ele

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Page 66: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

56

estão entre 16 e 32 ppm, bem próximas aos valores da Figura 14.

A Figura 15 e a Tabela 20 mostram os resulta­

dos do acúmulo de cobre.

Tabela 20 - Estimativas dos pontos de máximo e de inflexão do

acúmulo de cobre na parte aerea de duas cultiva -

res de girassol, com e sem adubação.

Ponto de máximo Ponto de inflexão TRATAMENTO

Dias mg/planta . g/ha Dias mg/planta g/ha

Contissol 0-0-0 83 5,77 361 54 2,70 169

Guayacan 0-0-0 90 5,52 345 58 2,58 161

Contissol 2-1-1 100 6,04 378 62 2,98 186

Guayaca n 1-1- l 88 5, 17 323 55 2,54 159

Média 90 5,63 352 57 2,70 169

Verifica-se que no início do desenvolvimento,

apesar da maior concentração do cobre, hã pouco acúmulo des­

te nutriente. A partir dos 42 dias após a emergência há um a�

menta rápido de absorção atingindo um ponto de inflexão aos

57 dias e máximo acúmulo 9os 90 dias, com acúmulo de 2,70 e

5,63 mg de Cu/planta, respectivamente (Figura 15 e Tabela 20).

Este comportamento é diretamente proporcional ao acúmulo de

matéria seca (Figura 1). Resultados semelhantes foram encon -

trados por ANDRADE et alii (1975b), com mi lho, atingind o um

máximo acúmulo aos 100 dias, correspondendo à maturação fisig

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57

lógica. Entretanto, MACHADO (1979), com girassol, verificou

um acúmulo máximo de cobre somente no final do ciclo da plan-

ta, com um acúmulo de 3,03 mg/planta, abaixo do

na Tabela 20.

encontrado

Na Tabela 21 estão contidos os dados de con­

centração de cobre, nas folhas e caules, aos 56 dias apos a

emergência. Verifica-se que nas folhas as concentrações são s�

p�riores que is do caule. No estádio considerado, início da

floração, as concentrações nas folhas foram de 27,0 ppm de Cu·

para a cultivar 1Contissol 1 e 27,3 ppm de Cu para a 1 Guayacan1

podendo-se considerá-las suficientes quando se utiliza a diag

nose foliar para estudar o estado nutricional da planta. Os

valores encontrados por MACHADO (1979), para esse mesmo está­

dio foram um pouco abaixo de 21 a 23 ppm.

4.4.2. Manganês

Verifica-se na Figura 16 e Tabela 22, que as

concentrações de manganês têm comportamentos diferentes, de­

pendendo da cultivar e da dose de adubo.

Na cultivar Contissol há um aumento na concen­

tração de manganes até atingir um ponto máximo aos 38 dias, em

média, decrescendo daí até uma concen�ração mínima aos 88 dias,

coincidindo com o acúmulo máximo de matéria seca. As concentra

ções médias sao maiores quando se usa adubações 2-1-1 (90 kg de

N e 45 kg de P e K/ha).

Page 68: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

Tab

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Page 70: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

60

Tabela 22 - Estimativas dos pontos de máximo, inflexão e míni

mo da concentraçao de manganes na parte a erea de

duas cultivares de girassol com e sem adubação

TRATAMENTO

Contissol 0-0-0

Guayacan 0-0-0

Contissol 2-1-1

Guayacan 1-1-l

Média

Ponto de máximo Ponto de inflexão Ponto de mínimo

Dias

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43

48

41

ppm

144

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188

153

146

Dias

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70

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120

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170

129

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96

88

ppm

96

98

15 l

115

Para a cultivar Guayacan há dois comportameD

tos diferentes. Sem adubo não há diferença nas concentrações

de manganês do início ao final do desenvolvimento de planta.

Já quando se aplica adubo, há um aumento no iníci o atê atin­

gir uma concentraçao máxima aos 48 dias para depois d ecrescer

até o fin al do ciclo (Figura 16 e Tabela 22).

MACHADO (1979) encontrou resultados diferentes

pois, usando também duas-cultivares, verificou que os trata-

mentos com adubação apresentaram concentrações menore s que

s em adubação, com valores máximos semelhantes aos encontrados

na Tabela 22. ROBINSON (1973) verificou que há um decréscimo

na concentra�ão de manganês do início ao final do ciclo.

A Figura 17 e a Tabela 23 mostram os resultados

Page 71: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

61

referentes ao acúmulo de manganes na parte aérea do girassol.

Verifica-se que a tendência deste acúmulo é semelhante ao

acúmulo de matéria seca onde o ponto de inflexão ocorreu aos

54 dias e o po nto de máximo aos 88 dias (Tabela 5). Apesar do

acúmulo de matéria seca ser menor nos trat amentos com ad uba -

ção nota-se que o acúmulo de manganês foi maior nas d uas cul­

tivares. Torna-se difícil uma interpretação quanto a esta

ocorrência, mais aind a quando se verificam os resultados de

MACHADO (1979), onde ocorreu o inverso, isto é, maior acúmulo

de matéria sec a com adubo e maior acúmulo de m anganes sem

adubo.

Ta bela 23 - Estimativas dos pontos de máximo e de inflexão do

acúmulo de manganês na parte aerea de duas culti­

vares de giras s ol, com e sem adubação

Ponto de -

maximo Ponto de inflexão TRATAMENTO

Dias mg/planta g/ha Dias mg/planta g/ha

Contissol 0-0-0 85 38,21 2.388 55 18,05 1 .128

Guayacan 0-0-0 90 32,34 2. 021 57 15, 12 946

Contissol 2-1-1 85 55,87 3.492 56 25,41 1. 588

Guayacan 1-1-1 87 42,27 2.642 56 20,02 1 • 251

Média 87 42, 17 2.636 56 19,65 1. 228

A Tabela 21 mostra a concentração de manganes

nas folhas e caules aos 56 dias ap6s a emergência. Verifica­

se que a concentraçao, nas folhas, é maior qua ndo foi aplica-

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62

do adubo, sendo diferentes da concentraçao no caule. Pode-se

considerar os teores 250,3 ppm de Mn na cultivar Contissol e

154,5 ppm de.Mn para a 1 Guayacan', como suficientes e sem

ocasionar problemas de toxidez de manganês. MACHADO

encontrou uma faixa de 101 a 250 ppm de manganês,

pr6x1mos aos encontrados neste trabalho.

4.4.3. Zinco

( 1979)

valores

Os resultados analíticos referentes às concen­

trações de zinco na parte aérea da �lanta, estão contidos na

Figura 18 e Tabela 24.

Tabela 24 - Estimativas do ponto de mínimo da concentraçao

de zinco na parte aérea de duas cultivares de gi­

rassol com e sem adubação

TRATAMENTO Ponto de Mínimo Dias m

Contissol o- o- o 70 41

Guayacan o- o- o 73 30

Contissol 2-1 -1 67 43

Guayacan l - l - 1 93 37

Média 76 38

Verifica-se, nas quatro .situaç�es, que foram

ajustadas equações do 2� grau com pontos de mínimo médio abal

x o d o m á_x i mo a c ú m u 1 o d e ma t é r i a se c a , ·ao s 8 8 d i a s ( F i g u r a 1 8

e Tabela 24). Nota-se também que na cultivar Con.tissol ocorr�

ram concentrações maiores que na 1 Guayacan', indicando que

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Page 74: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

aquela deve ser mais exigente em zinco ou que possui

c apacidade de extração deste nutriente pois em relação

produção de matéria seca não houve diferenças entre

64

maior

elas

(Figura 18 e Tabelas 5 e 24). Há um decréscimo nas concentra­

ções do início de desenvolvimento até aproximadamente 76 dias

após emergência, estabi 1 izando daí até a maturação. ROBINSON

(1973) verificou que há um decréscimo na concentração até o

final do ciclo. MACHADO (1979) mostra que a concentração di­

minui até os 60 dias após a emergência, havendo tendência de

acréscimo daí até o final do ciclo devido ao aumento da con­

centraçao nas sementes pois 48% do zinco absorvido é exporta­

do através d a colheita.

A Figura 19 e a Tabela 25 mostram os resulta-

dos do acúmulo de zinco na parte aerea do girassol.

Tabela 25 - Estimativas dos pontos de máximo e de inflexão do

acúmulo de zinco na parte aerea de duas cultiva­

res de gir assol com e sem adubação

Ponto de máximo TRATAMENTO

Dias

Contissol 0-0-0 85

Guayacan 0-0-0 92

Contissol 2-1-1- 90

Guayacan 1-1-1 90

Média 89

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11 ,88

15,74

12,58

14,07

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879

Ponto de inflexão

Dias

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59

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7,35

5,47

7,31

5,97

6,53

.g/ha

459

342

457

373

408

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65

Há um aumento no acúmulo de zinco a partir dos

42 dias, atingindo um ponto de inf�exão aos 57 dias e um máxl

mo acúmulo aos 89 dias, coincidindo com o máximo acúmulo de

matéria seca (Figura 19 e Tabelas 5 e 25). O acúmulo máximo

de zinco é maior na cultivar Contissol devido à maior concen­

tração nesta, apesar de não aumentar com isto a produção de

matéria seca em relação à cultivar Guayacan. ANDRADE et alii

(1975b) verificaram que há um acúmulo maximo de zinco aos 100

dias após a emergência do milho, entretanto MACHADO (1979)

estudando o girassol encontrou acúmulo máximo no final do ci­

clo.

A Tabela 21 mostra as concentrações encontra­

das nas folhas e caule aos 56 dias após a emergência. Verifi­

ca-se que nas folhas não há diferença entre cultivares e do­

ses de adubo. Porém, no caule a cultivar Contissol apresenta

- • , G

1 concentraçoes maiores que a uayacan. Esta diferença no caule

explica, em parte, a maior concentração encontrada na 1

Contis­

sol1, quando se analisa a planta inteira (Figura 18). Pela Ta­

bela 21, pode-se considerar os teores de 34,0 ppm de Zn na

cultivar 1 Contissol 1 e 27,8ppm de Zn na 1 Guayacan 1, como su­

ficientes para o bom desenvolvimento das plantas, quando se

deseja estudar o estado nutricional do girassol, com análise

foliar. MACHADO (1979) encontrou resultados semelhantes pois

determinou uma faixa entre 33 e 44 ppm de zinco'nas folhas.

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66

4.4.4 Boro

A Figura 20 e a Tabela 26 cont�m os resultados

Ja análise de regressão referentes à concentração de boro na

parte aérea do girassol.

Tabela 26 - Estimativas dos pontos de máximo, inflexão e míni

mo, da concentr ação de boro na parte aerea de

duas cultivares d e girassol com e sem adubação

Ponto de máximo Ponto de inflexão Ponto de mínimo TRATAMENTO

Dias ppm

Contissol 0-0-0 32 82

Guayacan 0-0-0 14 79

Contissol 2-1-1 29 74

Guayacan 1-1- l 14 79

Média 22 79

Dias ppm

59 60

61 55

60 57

Dias ppm

87 38

112 40

92 35

112 34

1 O l 37

A cultivar Contissol mos trou uma resposta de

3? grau enquanto na 'Guayacan' se verificou um a resposta li­

near, com as concentrações decrescentes do início ao final

do ciclo. Na'Co ntissol'·há um aumento do início atê atingir

um ma�imo aos 31 dias e depois decresce atê uma concentração

mínima aos 90 dias, acompanhando inversamente o acúmulo de

matéria seca (Figuras I e 20), mostrando o efeito de dilui­

ção do nutriente em relação ao maior acGmulo de matéria seca.

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Page 78: ABSORCAO DUAS CULTIVARES DE GIRASSOL (Helianthus annuus … · iii AGRADECIMENTO Ã Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiroz'', pelo oferecimento do curso e pela contribuição

68

MACHADO (1979) verificou uma tendência 1 i nea r,

com a concentração maior no in[cio do desenvolvimento, decre§

cendo até o final do ciclo, semelhante ao encontrado aqui

para a cultivar Guayacan. Já ROBlNSON (1973) encontrou resul­

tado semelhante ao verificado para a cultivar Contissol.

Os resultados encontrados do acúmulo de boro

na parte aerea do girassol estão contidas na Figura 21 e Ta-

bela 27.

quando nao

Verifica-se que há um maior acúmulo de boro

se usou adubação, apesar do acúmulo máximo ocorrer

em média aos 85 dias. Isto, provavelmente, deve ter ocorrido

devido ã aplicação de potássio ao solo que já continha alto

teor deste elemento (Tabela 3). O potássio, segundo Woodfruff

(1960), citado por VOISIN (1963), influi na absorção de boro

pela planta. Potássio em excesso pode diminuir drasticamente

a absorção de boro exigindo deste modo aplicações deste nu­

triente.

Na Tabela 21 encontram-se as concentraçoes de

boro nas folhas e caule. Verifica-se que as concentrações no

caule não variam com a cultivar ou dose de adubo, enquanto nas

folhas a concentração na cultivar Contissol é maior que na

Isto indica que a cultivar Contissol deve ser

mais exigente com relação ao boro, apesar de não haver uma

resposta na produção de matéria seca.

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69

Tabela 27 - Estimativas dos pontos de máximo e de inflexão

do acúmulo de boro na parte aérea de duas culti­

vares de girassol c om e sem adubação

Ponto de maximo Ponto de inflexão TRATAMENTO

Dia? mg/planta g/ha Dias mg/planta g/ha

Contissol 0-0-0 81 17,78 1. 111 52 8,37 523

Guayacan 0-0-0 87 17, 71 1 . 1 07 55 8,44 528

Contissol 2-1-1 83 13, 77 861 53 6,64 415

Guayacan 1-1-1 87 14,79 924 54 7, 15 447

Média 85 16, O l l. 000 54 7,65 478

Os teores 122,3 ppm de B para a cultivar'Con­

tissol I e 128,0 ppm de B par a a 'Guayacan 1 (Tabela 21) podem

ser considerados suficientes para o bom desenvolvimento da

planta, tanto em relação â carincia quanto â toxidez de boro.

Entretanto, diversos autores cita m como teor ótimo nas fo-

lhas os valores entre 15 e 57 ppm e MACHADO (1979) com va-

lores de 40 a 55 ppm de B.

4.4.5. Ferro

A Figura 22 e a Tabela 28 mostram os resulta-

dos referentes â concentração de ferro na parte aérea da

planta.

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11

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86,2

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23

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pl

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açã

o

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o

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7 l

Tabela 28 - Estimativas dos pontos de máximo, lnflex�o e mini­

mo da concentr ação de ferro na parte aérea de duas

cultivares de girassol com e sem adubação

Ponto de máximo P onto de inflexão Ponto de minimo TRATAMENTO

Contissol

Guayacan

Contissol

Guayacan

Média

0-0-0

0-0-0

2-1-1

1-1- 1

D ias

14

14

14

14

14

ppm

2.832

3.805

2.869

4.339

3.461

Dias

70

77

70

76

73

ppm

142

139

150

140

143

D ias

55

58

55

57

56

ppm

8

-124

1 1

-18 8

73

As concentraçoes de ferro no início do desen­

volvimento são bastante elevadas, s endo as máximas encontra -

das logo aos 14 dia s apos a emergência, decrescendo em segui­

da até atingir um ponto de mini mo, aos 56 dias, estabi 1 izando

até o final do ciclo (Figura 22 e Tabela 28). Como se nota,

a concentraçao mínima de ferro ocorre no período de f loração,

portanto, antes do máximo acúmulo de matéria seca que se dá

aos 88 dias. Isto evidencia que há urna paralização na absor-

ção de ferro no estádio da floração. ROBINSON (1973) e MA-

CHADO (1979) verificaram também este comportamento na absor -

ção de ferro pelo girassol.

Verificando-se a Figura 23 e a Tabela 29, not2

se aue o acúmulo miximo de ferro ocorre aos 87 dias, acompa­

nhando o acúmulo de matiria seca, apesar d e não haver aumen­

to na concentração deste elemento a partir dos 53 dias.

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72

Tabela 29 - Estimativa dos pontos de máximo e de inflexão do

acúmulo de ferro na parte aerea de duas cultiva-

res de girassol com e sem adubação

Ponto de máximo TRATAMENTO

Dias

Contissol 0-0-0 81

Guayacan 0-0-0 89

Contissol 2-1-1 90

Guayacan 1-1-1 88

Média 87

mg/planta

50,36

57,86

50,50

48,44

51,79

g/ha

3. 148

3.616

3. 156

3.028

3.237

Ponto de inflexão

Dias

53

58

57

54

56

mg/planta g/ha

25,21

28,35

26, 16

26,06

26,45

1. 576

1. 772

1. 635

1. 629

1. 653

ANDRADE et alii (1975b), em milho, verifica-

ram que o acúmulo máximo ocorria aos 105 dias, período de

maturaçao fisiológica, concordando com os resultados encon­

trados na Tabela 29. Já MACHADO (1979) e ncontrou, em girras­

sol, um acúmulo máximo somente no final do ciclo.

A Tabela 21 contém as concentrações de fer­

ro, aos 56 dias após a emergência, nas folhas e caule. Veri­

fica-se que as concentraçoes nas folhas são maiores que no

caule não havendo difere nças en-tre as cultivares ou mesmo en­

tre doses de adubo.

Os teores de 229,0 ppm de Fe para a cultivar

1 Contissol 1 e 223,5 ppm de Fe para a 1 Guayacan' podem· ser

considerados suficientes para o bom desenvolvimento da plan-

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73

ta, evitando a carência ou mesmo a toxidez deste nutriente.

MACHADO (1979) encontrou, para o mesmo estádio de desenvol-

vimento valores entre 153 e 227 ppm de ferro.

4.5. Acümulo de matéria seca e de nutrientes

A Tabela 30 mostra as estimativas dos pontos

de máximo e inflexão do acümulo de matéria seca e de nutrien­

tes na média das duas cultivares de girassol com e sem aduba-

çao.

Verifica-se que o intervalo do ponto de in-

flexão ao de máximo está entre 51 dias (S) a 91 dias (P), in

dicando um período de 40 dias em que a planta deve estar bem

suprida com todos os nutrientes estudados, apesar de

maior velocidade de absorção ocorreu aos 55 dias. o

de inflexão médio de todos o s nutrientes e da matéria

aos 55 dias equivale ao estádio do início da floração

que a

ponto

seca

e o

máximo aos 87 dias, provavelmente, equivale ao estádio de ma­

turação fisiológica.

4.6. Exportação de nutrientes

As quantidades de nutrientes acumuladas e e?5

portadas pelos grãos estão nas Tabel�� 31 e 32. Estas quanti­

dades foram calculadas para uma população de 62.500 plantas/

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74

Tabela 30 - Pontos de máximo e de inflexão estimados em dias

e kg/ha ou g/ha, média de duas cultivares com e

Matéria seca e

Nutrientes

Matéria seca

N

p

K

Ca

Mg

s

Cu

Mn

Zn

B

Fe

sem adubação,para a planta inteira

Ponto de máximo Ponto de inflexão

Dias Acúmulo Dias Acúmulo

kg/ha

88

90

91

85

85

87

85

90

87

89

85

87

21. 219

324

47

496

235

77

l 7

352

2.636

879

1 • O O O

3.237

g/ha

56

56

57

52

54

54

51

57

56

57

54

56

9,938

1 60

23

23 7

l 1 2

37

8

169

1 • 228

408

478

1. 653

ha, com produções de:

4.470 kg/ha para a cultivar Contissol o- o- o

2.908 kg/ha para a cultivar Contissol 2- 1- l

3.945 kg/�J para a cultivar Guayacan o-o-o

2.920 kg/ha para a cultivar Guayacan 1 - 1 - 1

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75

Para facilitar a interpretação, os resultados

foram expressos em kg de nutrientes, para uma produção de 1000

kg de grãos/ha.

Verifica-se pelas Tabelas 31 e 32 que o po­

t�ssio � o nutriente mais absorvido (m�dia de 141 kg/1.000 kg

de grãos), seguido do nitrogênio (94 kg).

A ordem de extraçao pela planta toda e a se-

guinte:

K > N > Ca > Mg > P > S, para os macronutrie�

tes e Fe > Mn > B > Zn > Cu, para os micronutrientes .

Entretanto, a ordem de exportação de nutrien­

tes pela colheita de grãos obedece a seguinte ordem:

N > K > P > Mg > Ca > S, para os macronutrien

tes e Fe > Mn > Zn > Cu > B, para os micronutrientes.

O terceiro lugar do fósforo na exportação se

deve à maior porcentagem de exportação em relação ao total ab­

sorvido (37,9%), pois na quantidade total absorvida ocupa o 5�

lugar.

Nota-se pela Tabela 31 que o potássio foi ab­

sorvido em grandes quantidades (141 kg de K/ha), sendo quatro

vezes maior que a quantidade encontrada por ROBINSON (1973)

(29 kg de K/ha) e MACHADO (1979) (43 kg de K/ha). Provavelmen­

te o maior ac�mulo neste trabalho tenha sfdo ben�fico para se

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76

Tabela 3 1 - Acúmulo -

maximo de nutrientes, em kg ou g ' em duas

cultivares de girassol com duas doses de adubos

e mêdia dos quatro tratamentos, na planta inteira

{palha + semente) para uma produção de l. 00 O kg

de g rao s

Contissol Guayacan Nutrientes Mêdia

o- o- o 2-1-1 o- o- o 1 - l - 1

kg

79 1 1 3 82 1 O O 94

p 1 2 1 5 1 3 14 1 4

K l 3 4 154 127 1 47 1 4 l

Ca 59 69 6 l 8 1 68

Mg 18 27 1 9 26 23

s 3 6 4 6 5

g

Cu 81 129 86 l 1 O 1 O 2

Mn 535 l • 2 O O 506 905 787

Zn 225 338 186 269 255

B 248 296 277 317 285

Fe 704 1. 085 905 l • O 3 7 933

obter

sadores.

maiores produç5es que as obtidas por aqueles pesqu!

Quanto is quantidades export�das, Tabela 32,

verifica-se que os resultados sio semelhantes aos encontrados

por ROBINSON (1973) e MACHADO (1979) com exceção ao manganes

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77

que exporta valores maiores aos encohtrados por estes autores.

A ordem de extração de nutrientes, encontra­

das neste trabalho, é semelhante à encontrada por Semihnenko

et alii (1960) e Rollier (1972), citados por VRANCEANU (1977).

ROBINSON (1973), MACHADO (1979) e GACHON (1972) encontraram

uma ordem de exportação de nutrientes semelhante à da Tabela

32.

Tabela 32 - Exportação de nutrientes, em kg ou g e porcenta­

gem do total acumulado, em duas cultivares de gi­

rassol com duas doses de adubo e média dos quatro

tratamentos, para uma produção de 1000 kg de grãos

Nutrientes

N

p

K

Ca

Mg

s

Cu

Mn

Zn

B

Fe

Exportação pela colheita de 1 .000 kg de grãos

Contissol o-o-o 2-1-1

Guayacan o-o-o 1-1-1

Média kg %

------------- kg-------------

33

5

l O

2

3

20

50

60

1 3

83

33

5

1 O

2

3

25

58

68

l 2

74

3 l

6

9

2

3

23

71

55

1 2

61

29

5

9

3

3

23

59

54

1 2

57

3 1 , 5

5, 3

9,5

2, 3

3, o

l , O

22,8

59,5

59,3

1 2, 3

68,8

33,5

37,9

6,7

3, 4

1 3 , O

20,0

22,4

7,6

23,3

4,3

7,4

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78

4.7. Diagnose foliar

A Tabela 33 mostra a concentração de nutrien­

tes aos 56 dias após a emergência, nas folhas de duas culti­

vares de girassol, relacionada com a produção maxima de cada

cultivar.

Verifica-se, de modo geral, que a cultivar

Contissol possui concentrações maiores que a 'Guayacan' indi­

cando, provavelmente .

Os valores encontrados na Tabela 33 podem ser

considerados suficientes para o bom desenvolvimento das plan­

tas de ambas as cultivares já que com estes valores atingiu­

se altas produções quando comparadas com a produtividade do

Brasil em torno de 1.800 kg/ha (HEMERLY, 1979)

Para fins de diagnose foliar podem ser usados

estes valore s como base para se verificar o estado nutricio­

nal das plantas de girassol.

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79

Tabela 33 - Concentração de nutrientes nas folhas de duas

Nutrientes

N

p

K

Ca

Mg

s

Cu

Mn

Zn

B

Fe

cultivares de girassol, aos 56 dias apos a emer­

gência,relacionada com a produção máxima de cada

cultivar

Concentração nas folhas relacionadas com a produção -

maxima

Contissol Guayacan

Produção máxima de -

kg/ha graos

4.470 kg/ha 3.945 kg/ ha

%

3,97 3,32

0,44 0,36

3,64 3 , 1 5

2,81 2,48

0,55 0,53

O, 18 O, 1 9

ppm

2 7, O 2 7, 3

250,3 l 54, 5

34,0 27,8

1 22, 3 128,0

229,0 223,5

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Bo

5. CONCLUSOES

Considerando as condições em que foi conduzi­

do o experimento, foi possível chegar às seguintes conclusões:

5. 1. Crescimento e produção

a) A produção de matéria seca

nhuma dose de adubo.

-

nao foi afetada por ne-

b) Só foi possível detectar efeitos negativos da adu­

bação NPK , na produção de grãos.

c) A maior velocidade de crescimento da planta ocor­

reu, em média, aos 56 dias apôs a emergência.

5.2. Absorção de nutrientes

a) Concentração na parte aerea

As concentrações mínimas ocorreram, de modo geral,

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8 1

próximas ou pouco após o perfodo de máximo acGmulo

de matéria seca (88 dias), mostrando claramente o

efeito de diluição do nutriente na planta.

b) Acúmulo de nutrientes

b. l. O acGmulo máximo de nutrientes ocorreu,

dia próximo aos 87 dias, coincidindo

em me-

com o

máximo acúmulo de matéria seca, o mesmo ocor-

rendo com o ponto de inflexão aos 55 dias.

b.2. As quantidades totais de nutrientes absorvi­

das pelas plantas obedecem à seguinte ordem:

K > N > C a > Mg > P > S > F e > M n > B > Z n > Cu.

b.3. A exportação de nutrientes através da colhei­

ta de grãos segue a ordem:

N > K > P > Mg > Ca > S > Fe > Mn > Zn >Cu > B.

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82

6. LITERATURA CITADA

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tivares de milho (Zea mays L.). 1. Acumulação de macronu­

trientes. Anais da ESALQ (32):115-4�.

ANDRADE, A.G. de, HAAG, H.P., OLIVEIRA, G.D. de e SARRUGE, J.R.

1975b. Acumulação diferencial de nutrientes por cinco cul

tivares de milho (Zea mays L.). l 1. Acumulação de micronu­

trientes. Anais da ESALQ (32):151-171.

BLAMEY, F.P.C., 1976. Boron nutrition of sunflowers (Helian-

thus annuus L.) on an Avalon medium sandy loan. Agrochemo­

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BLAMEY, F.P.C., MOULD, D. e CHAPMAN, J., 1979. Criticai boron

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Agron. J. 71:243-247.

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BLAMEY, F.P.C. e CHAPMAN, J. 1981. Protein, oil, and energy

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CORDEIRO, D.S., SARRUGE, J.R., HAAG, H.P. e OLIVEIRA, G.D.

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89

7. APtNDICE

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90

Tabela 34 - Resumo da análise de variância referente ao peso

de matéria seca da parte aérea (g MS/planta), em

função da idade da planta e da adubação, em duas

cultivares de girassol

Quadrados Médios

F. V. G. L. Contissol

Adubação 5 2737,69ns

Resíduo A 1 8 1605,87

Parcela 23

Idade 6 501965,99**

G. L.

5

1 8

23

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1761,58ns

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Adubação x Idade 30 2820,69** 35

450586,91**

3721,35**

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CV(A)% 25,50 32,66

CV(B)% 22,42 26,08

** Significativo pelo teste F, ao nível de 1% de probabilidade.

Tabela 34a. - Resumo da análise de variância referente ao peso

Adubação

Resíduo

CV%

F. V.

de grãos (g/25 plantas), em função da adubação,

em duas cultivares de girassol

Quadrados Médios

G. L.

5

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Contissol

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63938

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Guayacan

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